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A sede do Galo da Madrugada abriu suas portas, nesta quarta (24), para uma coletiva de imprensa na qual sua diretoria apresentou a camisa oficial da 44ª edição do bloco. Além disso, o presidente Rômulo Meneses aproveitou a oportunidade para falar sobre a especulação quanto à liberação do Carnaval de 2022 e os planos da agremiação para o próximo ano. Ele se disse “seguro” para ir às ruas com mais um desfile nas proporções que deram ao bloco o título de maior do mundo. 

Devido à incerteza quanto a liberação dos festejos momescos no próximo ano por parte do governo local, ainda não está confirmada a saída do Galo da Madrugada em 2022. O bloco costuma ocupar as ruas do centro do Recife no Sábado de Zé Pereira e consegue colocar cerca de dois milhões de foliões para brincarem juntos, o que rendeu à agremiação o título de maior bloco de Carnaval do mundo. 

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No entanto, o presidente Rômulo garantiu não trabalhar com "incertezas", e disse que tudo está sendo preparado como de costume, não havendo possibilidade de diminuição do desfile ou uma eventual realização em espaço fechado. “(A gente acredita) nos foliões que foram vacinados, nos foliões que estão indo às praias, a gente acredita nessa mobilização que está ocorrendo, não estou falando de suposição. É nisso que  a gente tá acreditando, é nisso que a gente acredita que vai ter o nosso Galo”. 

Meneses disse estar "seguro" para colocar o bloco na rua e mostrou-se otimista para a próxima edição do evento. “Só será feito um desfile menor se não tiver patrocínio pra fazer um desfile do tamanho que a gente sempre faz. Pra nós, ou tem o desfile ou não tem e a gente prefere trabalhar com a hipótese de que vai ter. Eu me sinto seguro do mesmo jeito que eu vejo segurança em ver milhares de pessoas indo trabalhar todo dia, milhares de pessoas indo pra praia toda semana. Por que não fazer um Carnaval com o pessoal usando máscara? O pessoal é disciplinado, o pessoal usa, o povo é consciente”. 

 

Apesar do avanço da vacinação, ao menos 70 cidades do interior de São Paulo já cancelaram o carnaval de 2022 motivadas pela pandemia de Covid-19. As prefeituras alegam o risco de um aumento nas infecções pelo vírus, por causa do fluxo de pessoas e aglomerações, e ainda o respeito às famílias que perderam entes queridos. Há casos também de prefeituras sem recursos para bancar a festa, por terem investido no controle da doença. Estâncias climáticas - como Caconde, Santo Antônio do Pinhal e São Bento do Sapucaí - estão na lista dos que não preveem a festa.

Na estância climática de Caconde, conhecida por um carnaval repleto de fantasias luxuosas, a prefeitura anunciou a suspensão da folia em 2022. Em nota, o município informou ter cancelado a festa diante das manifestações contrárias ao evento. "A saúde da população é prioridade e a vacinação é o caminho. Sinto que, em 2022, ainda não seja o momento de realizarmos o carnaval. Esse momento é de cautela para que, em 2023, tenhamos de volta o saudoso e tradicional carnaval de Caconde", disse o prefeito João Filipe (PSDB).

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A prefeitura de São Bento do Sapucaí, outra estância climática, também optou pela não realização do famoso carnaval "Tem Folia na Montanha" no próximo ano. Conforme a prefeitura, a decisão foi tomada em conjunto com os demais municípios da região, "levando em consideração que esses eventos possuem grande fluxo de munícipes e turistas, o que impossibilita de promover controle de público e dos protocolos sanitários", disse, em nota. "Além disso, há de se considerar o risco de uma nova onda de contágio", acrescentou.

Estância climática encravada na Serra da Mantiqueira, Santo Antônio do Pinhal já definiu que não fará o carnaval tradicional em 2022. A prefeitura estuda realizar uma folia fora de época, quando a pandemia estiver bastante arrefecida. "Como outras cidades também propuseram, podemos fazer um carnaval fora de época, talvez no segundo semestre", disse o prefeito Anderson Mendonça (PSDB).

Em algumas regiões do interior, como na de Jundiaí, as decisões foram conjuntas, envolvendo todas as cidades do polo regional. Isso aconteceu também no Vale do Paraíba, onde 13 cidades decidiram suspender a festa, entre elas a turística Cunha e a litorânea Ubatuba. Na região de Franca, 26 municípios tomaram a decisão de evitar a folia. Outros municípios alegaram, além da pandemia, a situação financeira. Em Sorocaba, a prefeitura comunicou as escolas de samba de que não disponibilizaria recursos públicos para a festa. A Associação Cultural do Samba, no entanto, foi autorizada a fazer um Carnaval paralelo, com recursos da iniciativa privada.

A prefeitura de Ribeirão Preto informou que não vai patrocinar ações para o Carnaval, mas incentiva os agentes culturais da cidade a realizarem festas relacionadas ao evento. Já a prefeitura de Potirendaba disse que, diante da situação financeira do município, as prioridades são saúde e educação.

Parte dos municípios ainda não definiu cronograma

Com um dos carnavais mais concorridos do interior, com uma infinidade de blocos inusitados e à tradição das marchinhas, São Luiz do Paraitinga só deve definir se haverá festa nas próximas semanas. De acordo com a prefeitura, a situação da pandemia está sendo avaliada com cautela e a preocupação, no momento, é estender a vacinação completa a todos os moradores.

Na estância turística de Socorro, a realização do carnaval 2022 ainda está indefinida. "O assunto está sendo discutido com os demais prefeitos da região turística do Circuito das Águas Paulista", informou a prefeitura. Os foliões de Brotas, estância conhecida pelo turismo de aventura, também esperam uma definição sobre o Carnaval do ano que vem. "Vamos conversar com os prefeitos da nossa região para, se possível, tomar uma decisão conjunta", disse o prefeito Leandro Corrêa (DEM).

Prefeituras condicionam folias

Em Campinas, a Secretaria de Cultura e Turismo publicou no edital convocando os blocos carnavalescos interessados em participar do carnaval 2022. O cadastro deve ser feito até 10 de dezembro. O edital esclarece que a realização do Carnaval está condicionada à situação epidemiológica da covid-19. Conforme a pasta, a avaliação será feita pela Vigilância em Saúde do município.

São José do Rio Preto também confirmou que pretende realizar a festa, desde que a situação epidemiológica se mantenha favorável. "Essa condição continua sendo avaliada junto à Secretaria da Saúde", disse. Em Santos, a prefeitura liberou o início dos preparativos para o Carnaval de 2022, mas ainda espera uma definição do governo estadual sobre a festa.

Rio confirma carnaval 2022, mas especialistas pedem passaporte vacinal para turistas

O secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, garantiu que há na cidade segurança sanitária para a realização do carnaval de 2022, cujo calendário está mantido. Segundo o secretário, a cidade já atingiu praticamente todos os indicadores necessários para a festa. Eles foram listados em estudo da Fiocruz e da UFRJ apresentado na última sexta-feira à Comissão Especial de Carnaval da Câmara dos Vereadores do Rio.

Atualmente, a cidade tem apenas 3% de resultados positivos para covid-19 no total de testes realizados. A meta a ser conquistada era 5%. A taxa de contágio, que deveria estar abaixo de 1, é hoje de 0,76. A cidade também conseguiu zerar a fila de internação para casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave. Outro indicador importante é o porcentual de vacinados, que deve estar em 80%. O índice atual é de 76%. A perspectiva é que a meta será alcançada bem antes do carnaval.

"Além da cobertura que a gente tem hoje, dos ótimos indicadores, a gente ainda tem uma cobertura adicional de dose de reforço que poucos países têm", afirmou o secretário aos vereadores. "A gente pode dizer neste momento que a covid está controlada na cidade do Rio e a gente tem condições ideais para ir retomando nossas atividades."

Especialistas que participam da comissão da Câmara dos Vereadores, entretanto, chamaram a atenção para o descompasso da cobertura vacinal do Rio de Janeiro para o restante do Estado e do Brasil e também de alguns países. Eles recomendaram que a Prefeitura cobre o passaporte vacinal para turistas.

"A prefeitura precisa deixar claro que vai exigir o passaporte vacinal para quem entrar no município no Natal, Réveillon e carnaval", afirmou o epidemiologista Roberto Medronho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O pneumologista Hermano Castro, da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz, também defendeu a cobrança do passaporte vacinal para turistas. Ele afirmou que é importante, até o carnaval, a manutenção de medidas como o uso de máscaras em aglomerações.

O desfile das escolas de samba está confirmado. O trabalho nos barracões já é acelerado. Os ensaios técnicos, no Sambódromo, estão previstos para a segunda semana de janeiro.

"É improvável que aconteça um adiamento dessa vez", afirmou o presidente da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), Jorge Perlingeiro. "A vacinação tem proporcionado o efeito necessário, vamos dar o maior carnaval de todos os tempos. Os barracões estão funcionando a todo vapor."

Segundo a Riotur, 506 blocos estão inscritos para fazer 620 desfiles na cidade, durante o carnaval, entre eles os chamados megablocos de Anitta, Ludmilla e Preta Gil. Nem todos serão aprovados; a lista final sai no fim de dezembro. Ainda assim, em 2020, por exemplo, foram autorizados 441 blocos. / COLABOROU (Roberta Jansen)

Veja abaixo as cidades de São Paulo que suspenderam o carnaval em 2022:

Altinópolis

Barrinha

Borborema

Botucatu

Brodowski

Cabreúva

Caçapava

Caconde

Cajuru

Campo Limpo Paulista

Cássia dos Coqueiros

Catanduva

Cunha

Dobrada

Dumont

Fernandópolis

Franca

Guaíra

Guariba

Guatapará

Iacanga

Ibitinga

Itapetininga

Itápolis

Itatiba

Itupeva

Jaboticabal

Jacareí

Jarinu

Jundiaí

Lagoinha

Lins

Louveira

Luis Antônio

Marília

Mogi das Cruzes

Monte Alto

Monteiro Lobato

Natividade da Serra

Nova Europa

Orlândia

Piacatu

Pitangueiras

Pradópolis

Poá

Potirendaba

Redenção da Serra

Ribeirão Preto

Rifaina

Roseira

Sales Oliveira

Santa Cruz da Esperança

Santa Ernestina

Santa Rosa do Viterbo

Santo Antônio da Alegria

Santo Antônio do Pinhal

São Bento do Sapucaí

São Joaquim da Barra

São Simão

Sarapuí

Sorocaba

Suzano

Taquaritinga

Taubaté

Ubatuba

Uchoa

Urupês

Valinhos

Várzea Paulista

Vinhedo

Mesmo sem a certeza da realização do Carnaval no próximo ano, devido a pandemia da Covid-19, a Prefeitura do Recife abriu licitação para a contratação de tapumes que servem para fazer o fechamento de edificações e áreas públicas durante o período momesco.

A prefeitura alega que uma Comissão Interna do Carnaval, composta por diversas secretarias da cidade, foi instituída no dia 22 de setembro, com o objetivo de garantir a observância de todos os prazos, protocolos legais, fiscais, contratuais e sanitários relativos à estrutura, por exemplo.

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"O Recife entende que apenas com a superação da pandemia será possível assegurar o evento com as características deste ciclo cultural da capital pernambucana. Em todo caso, a organização do Carnaval do Recife demanda uma série de ações administrativas, com prazos a cumprir para assegurar sua plena execuçã", explica a prefeitura.

Sendo assim, o Executivo municipal salienta que as tratativas sobre o Carnaval 2022, neste momento, serão conduzidas pela comissão formada em setembro. A Secretaria de Saúde também integra a comissão, realizando o monitoramento permanente do quadro sanitário e das recomendações.

O psolista Ivan Moraes Filho, vereador da ala de oposição na Câmara do Recife, compartilhou em suas redes sociais parte do que foi abordado sobre o Carnaval de 2022, na Casa Legislativa, em reunião desta terça-feira (23). Com uma fala que media interesses de favoráveis e opostos à comemoração, o parlamentar lembrou o histórico da saúde dos pernambucanos no pós-carnaval e que a pandemia não é o único desafio enfrentado ao organizar a festividade: “mesmo sem pandemia, o Carnaval é sanitariamente desafiador”. 

“Todo ano, o pós-folia é marcado por viroses, doenças respiratórias e outras mazelas. Em 2022 a responsabilidade do poder público é maior. Mas os governos não podem ignorar a realidade nem alimentar o racismo estrutural”, escreveu Moraes. 

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Em seus questionamentos, disse que é tão equivocado dizer que “vai ter carnaval de todo jeito” quanto que “não pode ter de jeito nenhum”, e ressaltou que os protocolos atuais já permitem uma realidade similar à do Carnaval, só que em menor escala. É o que acontece com casas de show, restaurantes e mesmo estádios de futebol no Estado. 

“Em 2022, as tarefas do governo precisarão ser revistas. Com os índices de infecção e vacinação, dá pra realizar os eventos tradicionais? Muito provavelmente não. É temerário acharmos 'aceitável' que quase todos os dias ainda morra gente de uma doença que tem vacina. Com as regras sanitárias de hoje, bares, restaurantes, igrejas, praias, tudo está aberto. Pode show pra 5 mil pessoas, futebol com metade da lotação. Num canto desses, se tocar frevo não é 'Carnaval'? Pode juntar 2 mil pessoas num lugar fechado, mas não pode 200 em lugar aberto?", prosseguiu o vereador. 

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Entenda o protocolo atual 

De acordo com o Plano de Convivência com o Coronavírus no Estado, em agosto todas as atividades sociais e econômicas foram autorizadas a funcionar até a meia-noite em Pernambuco. Além disso, os estabelecimentos já podem ser ocupados com até 70% da capacidade total. Nesta regra, são contemplados igrejas, salões de beleza e espaços de formaturas e outros eventos.  

Outra mudança é a redução para um metro da distância necessária em locais como escolas, igrejas, escritórios, academias de ginástica, salões de beleza e demais locais. O uso da máscara segue sendo obrigatório. É permitida a apresentação musical com até cinco integrantes, com quaisquer instrumentos musicais, incluindo o cantor ou DJ, mas sem dança e sem a permanência das pessoas em pé. Além disso, mesas com até dez pessoas. 

Em outubro, o governo de Pernambuco anunciou a ampliação de público nos estádios de futebol para até 15% da capacidade do local. Também aumentou para até 2h o horário de funcionamento de eventos culturais, sociais e corporativos, bares e restaurantes, clubes sociais, cinemas, teatros, circos, colações de grau, aulas da saudade e cultos ecumênicos. Dos estádios, os que mais comportam pessoas, apesar da capacidade reduzida, são Arruda (9 mil torcedores, capacidade total de 60 mil) e Ilha do Retiro (5,2 mil torcedores, capacidade total de 35 mil), ambos no Recife.

Enquanto não chega a definição sobre a realização do Carnaval 2022, Dona Jacira, mãe do ex-BBB Gil do Vigor, está ensaiando para uma possível festa. Nesta segunda (22), ela mostrou aos seguidores do Instagram como está se preparando para a próxima folia, seja ela quando for: frevando ao lado do boneco gigante do seu filho. 

O boneco que vai representar o economista pernambucano e ex-brother Gil do Vigor pelas ladeiras olindenses foi confeccionado pelo Mestre Camarão, célebre artesão de Olinda, e já está em exibição na Casa dos Bonecos Gigantes, no Alto da Sé, na cidade histórica. O homenageado ainda não conheceu de perto a obra, mas sua mãe, Jacira, sim, e até frevou junto ao gigante. “Que energia é essa, hein? Em breve, novidades”, disse ela em seu Instagram.

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Nos comentários da postagem, os seguidores de Jacira se mostraram animados e muito curiosos sobre a tal “novidade”. “Que lindo. Já quero frevar com Gil nas ladeiras de Olinda”; “Amei muito, rei do Carnaval agora”; “Nosso vigoroso virou boneco”; “Que homenagem mais linda”; “Eu acho que vai ter o bloco dos vigorosos. Será?”. 

A ex-secretária especial de cultura do governo de Jair Bolsonaro, Regina Duarte, usou uma de suas redes sociais neste final de semana para criticar a realização do Carnaval em 2022 e o isolamento social adotado durante o auge da pandemia do novo coronavírus.

Em sua conta oficial no Instagram, Regina postou um texto que criticava medidas de distanciamento social, como o fechamento de escolas e igrejas. No final, a publicação questiona: "E agora querem festejar o Carnaval?".

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Na legenda da postagem a atriz aproveitou para reforçar o seu posicionamento contra as medidas de restrição social. “Isolados naquele 'fique em casa' maligno, privados da maior arma de defesa da nossa imunidade, ou seja, o SOL , a nossa vitamina D gratuita … complexo, né? E a Economia , agora, quem assume…?”.

A postagem ganhou o apoio de vários seguidores da ex-secretária. “Absurdo, não ao carnaval e outros. Estou com você Regina”, comentou uma mulher. “O carnaval tem que ser remoto, assim como foram as aulas dos nossos filhos! Em forma de live! #nãoaocarnaval”, apoiou outra seguidora.

Assim como a testagem em massa e o uso de máscaras por parte da população, o isolamento social foi recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como forma de evitar a disseminação do coronavírus pelo mundo. A medida foi adotada por vários países, e também foi aplicada nos estados brasileiros.

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A agremiação carnavalesca Elefante de Olinda anunciou sua camisa para 2022, ano em que comemora 70 anos de fundação. As vendas se iniciam neste sábado (20), já na sede do bloco e chegam em breve nos pontos de venda licenciados. O valor é de R$ 45 reais e os tamanhos disponíveis vão de PP ao XXG. Com o vermelho predominante, a camisa foi desenvolvida pelo designer Julio Klenker. Confira os detalhes:

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O Governo de Pernambuco tenta viabilizar condições seguras para realizar o Carnaval, mas afastou a possibilidade de a comemoração ser retomada no início de 2022. Nessa quinta-feira (18), o secretário de Saúde André Longo disse que ainda é "cedo" para uma definição sobre o assunto.

O índice de imunização completa da população ainda impede a realização da festividade que reúne milhares de pessoas no Estado. Além disso, o período da comemoração coincide com o de maior circulação de doenças respiratórias, o que dá margem para o adiamento.

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LeiaJá também: Michele Collins quer suspender Carnaval do Recife

"Especialmente o Carnaval, que se realiza de forma concomitante, neste ano no final de fevereiro, com o período de sazonalidade das doenças respiratórias. Nós precisamos chegar em fevereiro com as melhores condições sanitárias possíveis. E, para isso, precisamos de mais de 90% da população vacinada com as duas doses e, pelo menos, dois milhões de pernambucanos, os mais vulneráveis, acima dos 55 anos, com a dose de reforço", afirmou o secretário.

Ele aponta que a pasta, através do Comitê de Enfrentamento à Covid-19, acompanha o cenário da pandemia e discute semanalmente sobre as garantias para anunciar as comemorações.

Outro fator preocupante é a volta de medidas restritivas em países da Europa com um nome aumento de casos. "Nós estamos vendo situações como a de Portugal, que começa a ter aumento de pacientes internados. E Portugal se aproxima dos 90% de cobertura vacinal", alertou.

Para impedir a realização do Carnaval do Recife no início de 2022, nessa terça-feira (16), a vereadora Michele Collins (PP) protocolou um requerimento na Câmara Municipal em que alerta para os riscos de um nova disparada de casos da Covid-19. 

"É muito cedo para pensar em aglomerar", certificou a parlamentar na sessão remota da Câmara. A intenção é suspender a comemoração, pelo menos, até março.

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Ela reforçou o gasto de recursos com a Saúde ao longo da crise sanitária e alegou que a realização do maior bloco carnavalesco do mundo, o Galo da Madrugada, ainda é inviável.

"Quando a gente pensa em dois milhões de pessoas na rua, quando a gente pensa em uma reunião de 200 mil pessoas na rua, se fosse só 10% das pessoas que frequentam o Galo da Madrugada, já seria muito", avaliou.

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Novo auxílio aos autônomos

Sensível à vulnerabilidade econômica dos autônomos que se sustentam durante os eventos do circuito carvalesco, Michele sugeriu que o debate sobre um auxílio comece a ser discutido. "Foi dado um auxílio no ano passado. Eu creio que já é tempo de pensar novamente em melhorar a condição dessas pessoas que dependem disso", sugeriu.

Decisão do povo

A missionária quer que a própria população participe da decisão através de uma votação aberta e pediu que o prefeito João Campos (PSB) viabilize a concorrência para saber se a maioria apoia ou discorda da realização do Carnaval nos primeiros meses do próximo ano.

Gracyanne Barbosa descobriu, a partir de um post nas redes sociais, que está fora dos planos da escola de samba União da Ilha para o Carnaval 2022 do Rio de Janeiro. A modelo fitness lamentou a situação e se disse surpresa com a decisão da agremiação que defendeu nos últimos três anos, chegando a responder comentários de fãs nas redes sociais, que achavam que ela tinha abandonado seu posto de rainha da bateria. “Em nenhum momento sinalizaram que não me queriam”, publicou.

Respondendo os comentários, Gracyanne alfinetou a escola publicando alguns emoticons de dinheiro, alegando que a sua vaga de Rainha da Bateria teria sido vendida. A UOL ela esclareceu: “Soube que eles venderam o posto e eu super entendo isso. Nunca paguei para ser rainha, mas entendo. Só não entendo o motivo de não conversarem antes. Até pelo respeito. Eu tinha relacionamento tão bacana com todos eles, inclusive com o presidente. Se ele me falasse que a escola está precisando de grana e que tinha alguém para pagar pelo posto, eu entenderia. Eu não posso pagar. Posso ajudar de outras formas, mas não tenho como pagar. Fico dias longe de casa, minha grana é suada. Tenho outros projetos e sonhos para realizar”.

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A esposa do cantor Belo ainda revelou que já estava atendendo pedidos de compromissos para o Carnaval do próximo ano e já tinha ido a eventos, como a escolha do samba da União da Ilha, além de já ter negociado e entregado camisas da bateria.

Pouco depois do anúncio do desligamento de Gracyanne, a escola de samba fez a publicação informando quem assumirá o seu antigo posto, Juliana Souza. No post, a União da Ilha explicou que tenta, com a escolha, sanar um desejo antigo da comunidade, de ter uma rainha da bateria que fosse cria da Ilha. “Há 25 anos, Juliana passou a frequentar a quadra da agremiação, sempre levada pelo seu pai (um dos grandes compositores da escola e diretor de carnaval por vários carnavais). Além disso, ela desfilou por muitos anos como destaque em alegorias até chegar ao posto de uma das musas da escola. A vez de ser rainha chegou para ela para o carnaval de 2022”, informou.

Confira post de desligamento de Gracyanne feito pela União da Ilha:

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No início de agosto, a São Clemente divulgou nas redes sociais o resultado do cartaz em homenagem a Paulo Gustavo, morto em maio deste ano, vítima da Covid-19. A agremiação vai contar a vida do humorista no carnaval carioca de 2022. Com o tema 'Minha Vida é Uma Peça', a escola promete emocionar o público. Assim como Paulo Gustavo, confira cinco famosos que tiveram suas trajetórias transformadas em samba-enredo.

Silvio Santos

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Todo mundo está acostumado a ver Silvio Santos apenas na televisão. Em 2001, o dono do SBT saiu das telas direto para a avenida. A escola de samba Tradição preparou um enredo sobre a vida pessoal e artística do apresentador. Na época, Hebe Camargo, Ratinho e Gugu Liberato marcaram presença no desfile.

Xuxa Meneghel

Sucesso no mundo do entretenimento brasileiro, Xuxa Meneghel pousou sua nave na Sapucaí. Em 2004, a eterna rainha dos baixinhos virou samba-enredo da escola Caprichosos de Pilares. A história da apresentadora gaúcha foi retratada com o tema 'Xuxa e seu Reino Encantado no Carnaval da Imaginação'.

Claudia Raia

Considerada um dos grandes nomes da dramaturgia, Claudia Raia foi homenageada em 2016 pela escola Nenê de Vila Matilde. A agremiação paulista sacudiu as arquibancadas do Anhembi com o enredo 'Rainha Raia nas Asas do Carnaval', destacando a colaboração da atriz na arte.

Zezé Di Camargo & Luciano

Em 2016, Zezé Di Camargo & Luciano emocionaram a Sapucaí. Os sertanejos viraram samba-enredo na escola Imperatriz Leopoldinense. A dupla levou o público à loucura ao mostrar que também tem samba no pé.

Ivete Sangalo

A vida de Ivete Sangalo muita gente já conhece, mas mesmo assim ela foi levada à avenida em 2017. A escola de samba Grande Rio homenageou a cantora com o enredo 'Ivete - Do Rio ao Rio', contando a trajetória dela em Juazeiro, na Bahia, até o estrelato na música brasileira.

A Casa da Cultura Luiz Gonzaga, maior centro da cultura e arte pernambucana, localizado às margens do Rio Capibaribe, no Recife, será palco do projeto Casa da Cultura em Movimento. A iniciativa reúne apresentações de bloco de carnaval, coco de roda, cavalo-marinho e maracatu. Além disso, há, ainda, vivências socioculturais para crianças e adolescentes, com visitas guiadas pelo local. A estreia acontece nesta sexta-feira (22), às 13h.

O evento faz parte de uma temporada de seis programações, que deverá ser realizada até março de 2022. Idealizado e coordenado pela produtora Jaqueline Araújo, o projeto tem como proposta acontecer  sempre às sextas-feiras. Durante os meses de novembro e dezembro, as atividades vão ficar concentradas no horário das 13h às 16h. Já nos meses seguintes, acontecem a partir das 14h.

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A programação cultural do projeto, que conta com incentivo do Governo do Estado, por meio dos recursos do Funcultura, contempla quatro grupos da cultura popular e tradicional. Sendo três deles do Recife e outro, de cultura popular  da Zona da Mata Norte.

Ao todo, o  projeto Casa da Cultura em Movimento deverá apresentar, ao longo de seis meses, cerca de dez apresentações, gratuitas. Todas elas serão distribuídas entre os grupos culturais, que revezam a participação dos seus integrantes, para que mais pessoas possam participar das apresentações. Dentro das atividades, haverá também, espaço para receber Pontos de Cultura e projetos sociais previamente convidados, que atendem crianças e adolescentes de bairros vulneráveis das cidades de Olinda e Paulista.

A ideia é que a cada mês, cerca de 20 participantes, tenham vaga reservada na plateia para prestigiar e contemplar as apresentações culturais que serão exibidas no local. Eles também vão poder participar de uma visita guiada pela história da Casa da Cultura de Pernambuco. O projeto vai fornecer transporte e lanches para o público infantil.

Para entreter o público, entre uma apresentação e outra, visitantes,  rabalhadores do local e moradores do entorno vão poder desfrutar de uma boa leitura de livros disponíveis na geladeira cultural, que será implantada e doada ao espaço, por meio do projeto. Todas as atividades do projeto terão recursos de acessibilidade, por meio da Língua Brasileira de Sinais (Libras). O objetivo é garantir o acesso de pessoas surdas e ou ensurdecidas à programação.

*Da assessoria

Nesse domingo (17), a modelo Wenny Isa foi coroada rainha de bateria da esolca de samba Unidos de Bangu. A irmã da cantora Lexa conquistou o cargo da agremiação carioca aos 12 anos. No Instagram, a garota compartilhou com os seguidores cliques ao lado do carnavalesco Milton Cunha. 

"Fui recebida com tanto carinho pelo incrível Milton Cunha. Que surpresa maravilhosa", escreveu a menina na rede social. O cargo de Wenny já foi ocupado por Lexa e pela própria mãe, a empresária Darlin Ferrattry. A cerimônia de recepção de Wenny Isa foi realizada na quadra da escola de samba e transmitida por meio de uma live.

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Confira:

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A venda de ingressos para o primeiro desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro desde o início da pandemia de Covid-19 foi aberta nesta quinta-feira (14). Os valores variam de R$ 115 para cadeiras numeradas no setor 12 (dispersão) a R$ 500 para arquibancada numerada no setor 9 (meio do Sambódromo).

O carnaval do ano que vem será nos dias 26 (sábado), 27 (domingo), 28 de fevereiro (segunda-feira) e 1º de março (terça-feira).

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Os desfiles do grupo especial estão marcados para os dias 27 (domingo) e 28 de fevereiro. Também é possível garantir vaga no desfile das campeãs, que será no dia 5 de março, sábado. Os ingressos estão sendo vendidos pela internet.

Desfiles

Os bilhetes para os desfiles de domingo valem da noite do dia 27 até a madrugada do dia 28. Nesse primeiro dia, passam pela Marquês de Sapucaí as escolas de samba Imperatriz Leopoldinense, Estação Primeira de Mangueira, Acadêmicos do Salgueiro, São Clemente, Unidos do Viradouro, Beija-Flor de Nilópolis.

Já os ingressos para a segunda-feira valem da noite do dia 28 até a madrugada do dia 1º.  Para esse dia, estão previstos os desfiles de Paraíso do Tuiuti, Portela, Mocidade Independente de Padre Miguel, Unidos da Tijuca, Acadêmicos do Grande Rio, Unidos de Vila Isabel.

Os pesquisadores Hermano Castro, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e Roberto Medronho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), enviaram proposta ao presidente da Comissão Especial de Carnaval da Câmara de Vereadores do Rio, Tarcísio Motta, de indicadores para a realização de um carnaval seguro em 2022. O relatório foi encaminhado também à Comissão Científica do município.

De acordo com Motta, o mais importante é a questão da vacinação e que a cobertura vacinal alcance números significativos, não apenas na capital fluminense. “Como o carnaval é um evento que recebe muitos turistas na cidade, é preciso que a gente fique com 80% da vacinação também no estado e no país”, disse ele. O índice se refere às duas doses completas ou à dose única.

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Em entrevista à Agência Brasil, o pesquisador Hermano Castro, da Fiocruz, explicou que há necessidade de estabelecer o mesmo percentual para a cidade, o estado e o país, porque o Rio de Janeiro é o centro do carnaval no Brasil e recebe muita gente de outras localidades. “O ideal é que você tenha atingido a imunidade coletiva de 80%”, afirmou.

Essa imunidade é baseada em um cálculo que se faz em epidemiologia, que tem a ver com a taxa de contaminação, a taxa de transmissão da variante Delta, que está de 5 a 9,5. Ou seja, uma pessoa pode passar a Covid-19 para outras cinco e até nove. Antes passava para três. “É baseado nisso”. Castro avaliou que, com o avanço da vacinação, é possível que até o carnaval, se alcance os 80%. "O próprio município do Rio vai atingir esse patamar”.

Média móvel

No relatório, os pesquisadores definiram outros indicadores para a capital do estado. Um deles é a média móvel de atendimentos na rede municipal de saúde. “O indicador de atendimento na rede de urgência e emergência por dia no município pode ser utilizado por meio do atendimento diário e de sua média móvel de sete dias, computando casos de síndrome gripal e síndrome respiratória aguda grave”, diz o relatório.

A proposta que está sendo submetida ao comitê de especialistas da capital fluminense envolve uma média móvel semanal menor que 110 casos, ou o mesmo que 1,63 caso por 100 mil habitantes, com o menor tempo e a menor quantidade de pessoas para garantir o acesso às enfermarias e às unidades de UTI. O indicativo é não haver fila. “A gente colocou um número de três pessoas, no máximo, esperando uma hora. O ideal é que seja zero, como está atualmente. A fila está zero. Não tem ninguém esperando. Significa que há poucos casos sendo atendidos na rede municipal”.

Outro indicador é a taxa de testes positivos. De cada 100 testes que são coletados e levados para laboratório, a taxa de positividade está menor que 5%. “Na semana passada era 4%. Significa que de cada 100 amostras coletadas na população para diagnosticar Covid-19, só quatro vinham positivas. É uma taxa boa”, disse Hermano Castro.

A taxa de contágio da cidade, definida como R, que determina o potencial de propagação do vírus, deve estar abaixo de 1 e, preferencialmente, em torno de 0,5, quando cada vez menos indivíduos se infectam e o número de contágios retrocede. Esse número deve ser sustentado por um período mínimo de sete dias. Segundo Castro, esses indicadores não são difíceis de atingir. “Eu acho que é um esforço governamental importante avançar com as vacinas”.

O presidente da Comissão Especial de Carnaval da Câmara, Tarcísio Motta, defendeu que esses são os elementos que devem ser observados para que se tenha um carnaval seguro. “É bastante provável que isso aconteça. Nós estamos com todos esses indicadores melhorando. Se nada de muito ruim acontecer no caminho, podemos ter um carnaval alegre e seguro”. Ele espera que o Comitê Científico avance em suas análises para que, até o dia 2 de dezembro, o relatório final da comissão possa apresentar suas recomendações à prefeitura do Rio. “A questão é acompanhar, fiscalizar e fazer o monitoramento desses índices”.

Motta reforçou que se nada de anormal acontecer de agora até fevereiro de 2022, o carnaval poderá ser realizado. "A nossa questão é essa: só poderemos ter carnaval se ele não for um risco para a vida. Ele não será um risco para a vida se esses indicadores estiverem monitorados. Se for necessário distanciamento e máscara, não haverá carnaval”.

Orientações

Hermano Castro lembrou que o relatório busca, realmente, um carnaval seguro. “Nessa festa, é difícil a gente propor uso de máscara, a não ser a máscara de carnaval, e distanciamento social. São coisas difíceis”. Ele considera que para haver carnaval e aglomeração, com pessoas próximas das outras, sem a máscara, é necessário ter padrões e indicadores bem rígidos para que o ambiente seja o mais seguro possível.

O presidente da Comissão de Carnaval da Câmara, Tarcísio Motta, sugeriu que, em ambientes fechados, possa haver a cobrança do passaporte vacinal. À prefeitura, disse que poderiam ser montados estandes de testagem para os foliões, com a realização de estudos sobre como o vírus vai se comportar ao longo do carnaval, para fins de controle.

Audiência pública

O relatório foi uma resposta dos pesquisadores da Fiocruz e da UFRJ à audiência pública da qual participaram, promovida pelos carnavalescos do Rio e pelas autoridades públicas cariocas, visando ao encaminhamento de sugestões para o comitê científico do município.

Hermano Castro lembrou que antes do carnaval, o Rio de Janeiro terá a experiência do réveillon. Por isso, acredita que os membros do comitê já estariam estudando os indicadores e orientações propostos no relatório. “Também o réveillon recebe milhares de pessoas de todo o mundo”, destacou.

A cobertura vacinal na cidade do Rio está em quase 60% atualmente. Hermano Castro acredita que já em novembro, atingirá 65%, chegando em dezembro a 80%. “Como o carnaval é em fevereiro, acho que a gente consegue atingir esses indicadores”. No Brasil, a cobertura está mais lenta, da ordem de 46%. Mas, com a primeira dose, o percentual de brasileiros alcança 70%. “Contando que todos esses vão tomar a segunda dose no Brasil, você já tem hoje 70% vacinados. Já está bem perto. O que não pode é faltar vacina”. No estado do Rio, a vacinação está mais atrasada (em torno de 41%), porque há municípios que não vacinaram nem 10% da população ainda. Para Castro, é importante pressionar as autoridades para vacinar a população. “É fundamental”.

Ele lembrou ainda que os indicadores ajudam as autoridades a decidir o que pode e o que não pode ser liberado no carnaval. Se o passaporte vacinal for exigido, por exemplo, reduz o risco de pessoas não vacinadas irem para a cidade, além do risco de transmissão, adoecimento e morte durante o próprio carnaval, embora o impacto disso só seja percebido após o evento.

Outras medidas

O relatório indica outras medidas a serem tomadas pelas autoridades. Entre elas está a exigência do passaporte vacinal em espaços fechados, como no Sambódromo, clubes, bares e casas de festas, uma forma de proteção e direito coletivo em saúde pública. Além disso o levantamento sugere controle de fronteiras aéreas e terrestres, principalmente com a exigência da vacina, garantia de trabalho seguro nos barracões para os colaboradores, com a oferta de um projeto de segurança sanitária, onde possa ser oferecida a testagem para os trabalhadores, distribuição de máscara, distanciamento físico e higienização das mãos.

O documento sugere também a construção de mecanismos públicos, como um Painel do Carnaval, para o monitoramento dos indicadores ao longo de todo o processo, começando, no mínimo, 100 dias antes do carnaval, e terminando até 30 dias depois a festa. Um sistema de divulgação pública deverá ser montado para informar as agremiações e coletivos carnavalescos sobre a segurança sanitária e a viabilidade do carnaval, bem como calcular o impacto sobre a cidade após o evento.

Após ato realizado na última terça (5), em frente à Prefeitura do Recife, lideranças e integrantes de diversas nações de maracatu de baque virado conquistaram uma primeira vitória: serem ouvidos pela gestão municipal. Sete representantes da categoria tiveram uma reunião com o Secretário de Governo e Participação Social, Carlos Muniz, e o Secretário de Cultura, Ricardo Mello, para apresentarem suas demandas. Entre elas, o aumento da subvenção paga à categoria no Carnaval e a abertura da Casa do Maracatu. Como resposta, os maracatuzeiros receberam uma data limite para o início de um diálogo mais aprofundado dessas e de outras questões. 

Ao final da reunião, o presidente da Associação de Maracatus Nação de Pernambuco (Amanpe), Fábio Sotero, falou sobre o acordado entre maracatuzeiros e a gestão. Em entrevista ao LeiaJá, Fábio se mostrou confiante com o prazo dado pelo secretariado da prefeitura para que ações concretas comecem a ser realizadas em prol dos maracatus. “Todas as pautas da gente ficaram pra eles começarem a nos dar respostas até o próximo dia 14. Entre elas, a Casa do Maracatu. Eles estão reformando uma casa no Pátio de São Pedro para ser a Casa dos Patrimônios. A gente já tinha solicitado isso e dissemos que tínhamos o interesse em dividir o espaço com outros patrimônios, mas sob nossa administração”, disse.

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O presidente da Amanpe afirmou, ainda, ter dado uma espécie de ultimato à gestão quanto aos valores da subvenção, um auxílio pago pela Prefeitura do Recife para auxiliar nos custeios da produção do Carnaval das agremiações. “Deixei muito claro que se não houver aumento para o Carnaval 2022, nenhuma nação de maracatu vai pra rua”.  

Em ato realizado na última terça (5), representantes das nações de maracatu pediram para serem ouvidos pela gestão. Foto: Júlio Gomes/LeiaJàImagens

Procurada pelo LeiaJá, a Prefeitura do Recife informou, através de sua assessoria de imprensa, estar desenvolvendo ações pelo fomento não só do maracatu, como também de outras manifestações tombadas como patrimônio, e elencou alguns dos auxílios criados durante a pandemia em funçao dos trabalhadores da cultura, entre eles o “AME - auxílio municipal emergencial, voltado para os ciclos carnavalesco e junino".

Além disso, a gestão afirma que “a Comissão do Carnaval, criada pelo executivo municipal, sob coordenação das secretarias de Cultura e de Governo, que receberam a Associação de Maracatus ontem (também recebida em outras oportunidades na Prefeitura), segue trabalhando para organização do evento em 2022, desde que liberado pelas autoridades da saúde”. 

Confira a nota na íntegra.

A Prefeitura do Recife participa da elaboração do Plano de Salvaguarda do Maracatu Nação, que visa pactuar ações conjuntas entre o poder público nas suas diversas esferas e a sociedade civil. Mais do que isso, está em atividade um comitê criado pela administração municipal, envolvendo diversos órgãos como Iphan, Fundarpe e universidades, dedicado ao debate sobre os patrimônios culturais imateriais do Recife, com vistas a definir diretrizes para preservação e fortalecimento dessas expressões. 

Neste ano de 2021, a Prefeitura do Recife realizou o AME - auxílio municipal emergencial, voltado para os ciclos carnavalesco e junino, dando amparo às cadeias produtivas destes eventos, alcançando assim as mais diversas representações da cultura popular. Também foi com olhar para este segmento, que o Recife passou a ter a Lei do Registro do Patrimônio Vivo, outra proposta da gestão municipal aprovada na Câmara e já sancionada pelo prefeito. 

O processo de diálogo com as mais diversas manifestações da cultura recifense vem acontecendo desde o início do ano, por meio do Chama Cultura. Com o MOVE Cultura, outra ação local, a Prefeitura já reabriu a Casa do Carnaval, espaço de pesquisa, formação e memória, com exposição sobre a ciranda, novo patrimônio cultural imaterial do país. Também no Pátio de São Pedro, a prefeitura irá instalar a Casa dos Patrimônios - Centro de Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial do Recife. 

Outra ação pontual que vem ao encontro de todas essas articulações de salvaguarda a longo prazo foi o Edital Sevy Caminha Prêmio de Trajetória, lançado pela Prefeitura do Recife, dentro da programação da nova etapa recifense da Lei Aldir Blanc. O edital premiará mestres e mestras, reconhecendo o mérito cultural de atividades artísticas e culturais ligadas aos saberes tradicionais da cultura popular. As inscrições estão abertas até o próximo dia 18 de outubro. Edital e calendário completo podem ser acessados no site: www.culturarecife.com.br

Somam-se a isto duas linhas específicas para ações nas áreas de Patrimônio Cultural e Cultura Popular no Sistema de Incentivo à Cultura (SIC 2020-2021), retomado este ano. Sobre as demandas relativas aos valores das subvenções, vem acontecendo uma discussão interna, avaliando o cenário em busca de encaminhamentos possíveis, mas o diálogo permanece aberto.

A Comissão do Carnaval, criada pelo executivo municipal, sob coordenação das secretarias de Cultura e de Governo, que receberam a Associação de Maracatus ontem (também recebida em outras oportunidades na Prefeitura), segue trabalhando para organização do evento em 2022, desde que liberado pelas autoridades da saúde. Todas as medidas administrativas serão adotadas. E o diálogo mantido.

A Prefeitura de São Paulo anunciou nesta terça-feira, 5, a abertura das inscrições dos blocos e outros detalhes do carnaval de rua de 2022. Mesmo com a pandemia ainda em curso, a gestão Ricardo Nunes (MDB) projeta que os números da covid-19 estarão em baixa daqui a quatro meses, permitindo a repetição do público de 2020, de 15 milhões de pessoas. Não estão previstas restrições a aglomerações.

A ideia é novamente concentrar a programação nos quatro dias de carnaval e em outros dois fins de semana (o anterior e o posterior à data comemorativa), totalizando oito dias. As cidades com os maiores carnavais do País, como Salvador, Rio e Recife, também têm sinalizado na mesma direção.

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O secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, destacou que a realização do evento dependerá da situação da pandemia no início de 2022.

Na avaliação dele, o maior risco seria o surgimento de uma variante de preocupação que pudesse gerar um "impacto sanitário grande", como foi com o avanço da P.1, originalmente identificada em Manaus. "Neste momento, iniciamos o planejamento do evento (com a publicação de editais; uma comissão planeja o evento desde julho). A sua realização dependerá do quadro sanitário do ano que vem", afirmou.

Ele e outros secretários presentes na coletiva admitiram que é inviável ter um controle sanitário da covid-19 em um evento deste porte.

Questionado sobre o assunto, Aparecido destacou a redução nos números de óbitos e internações, além de estimar que 90% da população paulistana estará com o esquema vacinal completo (duas doses ou a vacina de dose única) até 15 de outubro, número que chegaria perto de 100% até o fim do mês. "A cidade está muito próxima do controle da pandemia."

Ele admitiu que seria inviável haver um controle de vacinados entre o público. "Em um evento desta natureza, de grande participação popular, é evidente que fica muito difícil ter controle de apresentação de comprovação vacinal", comentou. Ele salientou que a expectativa é de avanço da cobertura vacinal em todo o País até o ano que vem.

Com o crescimento nos últimos anos, o carnaval paulistano tem atraído foliões de outros locais. Uma pesquisa do Observatório do Turismo, da Prefeitura, apontou que 73,6% dos foliões moram na cidade e que 50,4% vai a mais de um desfile. Entre os visitantes, 59,3% vivem na Grande São Paulo, 20,7% no interior paulista, 19,4% em outros Estados e 0,6% fora do País.

Outro dado apontado no levantamento é que o público majoritariamente utiliza transporte coletivo para ir aos desfiles, principalmente ônibus ou trem (51,4%) e ônibus (31,6%). Durante a programação, são frequentes casos de estações e veículos com altíssima lotação.

A média móvel é de 498 mortes diárias por covid-19 no País, calculada com base nos dados dos últimos sete dias. Ao todo, apenas 44,2% da população brasileira está com o esquema vacinal completo. A estabilização dos números da doença neste patamar tem preocupado parte dos especialistas.

Maioria do público se concentra em megablocos, aponta Prefeitura

Na coletiva, a Prefeitura mostrou ter desenvolvido um cálculo para estimar a capacidade e quantidade de públicos dos desfiles, com a classificação da aglomeração em cinco níveis (o mais alto é de 6 pessoas por metro quadrado). Estes dados serão utilizados exclusivamente para o planejamento de infraestrutura, não para a contenção de aglomerações.

Segundo dados apresentados pelo secretário municipal das Subprefeituras, Alexandre Modonezi, 85% do público frequenta cerca de 10% dos blocos, de médio e grande porte. Os chamados megablocos geralmente são liderados por agremiações populares (como o Acadêmicos do Baixo Augusta, por exemplo) e artistas famosos, como a cantora Daniela Mercury e outros.

Ao todo, a edição de 2020 teve 570 blocos e 670 desfiles. A maioria dos desfiles fica concentrada especialmente na região central (240) e zona oeste (224), majoritariamente nas subprefeituras Sé, Pinheiros e Lapa.

O período de inscrições de blocos estará aberto de 15 de outubro a 5 de novembro, com divulgação do resultado em 28 de novembro. O edital de patrocínio do evento será publicado em 18 de outubro. Os percursos dos blocos não serão alterados, com os desfiles de maior porte concentrados na Rua da Consolação, na Avenida Tiradentes, no Parque do Ibirapuera e em outros sete pontos.

Durante a coletiva, a Prefeitura também anunciou a instalação de tendas temáticas contra a violência contra a mulher, o assédio, o racismo e a LGBTfobia, além de uma voltada ao cuidado infantil. Serão distribuídas pulseiras para a identificação de crianças e adolescentes, além de camisinhas.

Embora não tenha sido citado na coletiva, a Secretaria das Subprefeituras firmou um contrato de seis meses com a FDTE no fim de agosto para a elaboração de um "estudo para planejamento estratégico através da disciplina da engenharia da complexidade, visando otimizar as ações de segurança e mobilidade urbana em eventos de grande porte, em especial o Carnaval de Rua", com o valor de R$ 430 mil.

Além disso, em 23 de setembro, a Prefeitura abriu um pregão para contratar empresa para oferecer banheiros químicos nos desfiles.

Também para o ano que vem, produtoras preparam festivais com a temática carnavalesca para janeiro, com apresentações de blocos e artistas, em locais como o Canindé e o Memorial da América Latina. A venda de ingressos já está aberta.

Os desfiles das escolas de samba estão previstos de 25 a 28 de fevereiro, com o retorno das campeãs ao sambódromo em 5 de março. Nesta terça, a São Paulo Turismo, vinculada à Prefeitura, publicou o edital de chamamento público para exploração comercial dos camarotes nas edições de 2022, 2023 e 2024.

Parte das agremiações tem retomado aos poucos o ritmo de trabalho, com seleção de integrantes para comissão de frente, apresentação de fantasias e ensaios fechados.

Na manhã desta terça-feira (5), representantes e integrantes de nações de maracatu de baque virado promoveram um ato em frente à Prefeitura do Recife, localizada na região central da capital, na tentativa de levar algumas demandas da categoria diretamente ao prefeito João Campos (PSB). Entre elas, um aumento no valor da subvenção paga aos grupos para custeio do Carnaval. Quinze nações de baque virado compareceram ao ato, chamado pela Associação de Maracatus de Baque Virado de Pernambuco (Amanpe).

Durante o ato, a mestra Joana Cavalcante, primeira e única mulher a reger uma nação, o Encanto do Pina, falou sobre as dificuldades que as nações vem enfrentando durante esses quase dois anos de pandemia. "As nações estão sucateadas, tem gente que nem pra fazer um ato tinha dinheiro pra vir. Eles acham que a gente só sobrevive do Carnaval? Ao longo do ano, as atividades que a gente faz dentro das nossas comunidades a gente faz como? A gente tá lutando pra sobreviver".

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De acordo com a mestra, a categoria vem tentando, em vão, pedir o auxílio da gestão municipal para a manutenção da manifestação secular, reconhecida como Patrimônio Imaterial Cultural do Brasil, pelo IPHAN, e diante disso, ainda não foi possível vislumbrar qualquer atividade para um possível Carnaval em 2022. "Como se pensa no Carnaval sem (ter) nada? Sem nenhuma ajuda de custo, sem apoio. A gente não tá conseguindo nem sobreviver dentro das nossas comunidades. As nações movimentam a sobrevivência de muitas famílias, muitos trabalhadores, e tá todo mundo desamparado".

A falta de valorização dos integrantes e grupos que mantém viva a tradição do maracatu de baque virado dentro do estado de Pernambuco, e no Recife, também foi colocada em pauta durante o ato. O mestre da nação Estrela Brilhante do Recife, Fábinho, disse ser "revoltante" o descaso e citou um exemplo. "A prefeitura criou o Recife Virado e botou um grupo percussivo para representar o maracatu quando aqui temos nações centenárias (para isso), é um absurdo. As nações têm 100 anos de valorização da cultura e eles botam um grupo de percussão na hora de mostrar nossa cultura", disse em relação à solenidade realizada no último mês de setembro.

Otimista com o avanço da vacinação, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), confirmou a realização do Carnaval em 2022 sem restrições, como o distanciamento social. Neste domingo (3), durante agenda no bairro do Méier, na capital fluminense, Paes falou à imprensa garantindo que ele próprio seria o “primeiro a desrespeitar” qualquer regra durante a folia e que a população não deve se transformar em “viúva” da pandemia. 

A fala do prefeito vai de encontro ao posicionamento do secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, que na última sexta (2), durante audiência pública da Comissão Especial do Carnaval da Câmara de Vereadores do Rio, afirmou que a festa só será realizada se houver  um cenário epidemiológico favorável, com taxas de contágio baixas. Na mesma ocasião, o presidente da Liga das Escolas de Samba (Liesa), Jorge Perlingeiro, disse que era preferível adiar a festa mais uma vez caso fosse necessário realizá-la com restrições e diminuição de público no sambódromo. 

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Já para Eduardo Paes, o avanço da vacinação tem sido vista com otimismo. O prefeito garantiu, na manhã deste domingo (3), ser possível haver o Carnaval de 2022 sem qualquer restrição. “A única certeza que a gente tem é que estamos vacinando todo mundo, e com todo mundo vacinado, a vida volta ao normal. Quem vai ficar fazendo distanciamento no Carnaval? Fica até ridículo, pedindo um metro de distância. Se tivesse, eu seria o primeiro a desrespeitar”, disse à imprensa.

Além disso, o gestor mostrou estar confiante no desempenho da ciência e frisou ser necessário voltar à ‘vida normal’.  “Não vamos ficar também viúvas da pandemia, querendo que se tenha pandemia o resto da vida. A ciência avançou, venceu, e permitiu que se abra. Então vamos abrir, graças a Deus”.

Diante do avanço da vacinação contra a Covid-19, alguns governadores e prefeitos já debatem a realização de um carnaval em 2022. Em entrevista ao UOL News, o médico Dráuzio Varella, contudo, defendeu que o Brasil não terá condições de promover as festas de grande magnitude, em razão do risco de repique do número de casos da doença.

"Não estamos em situação ideal, mas estamos um pouco melhor. Quinhentas mortes por dia ainda é muito. A epidemia não acabou e nem vai acabar, não vai ter carnaval ano que vem, se tiver está errado, porque corremos risco de repiques", declarou Drauzio.

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O médico reforçou a importância da manutenção do uso da máscara, ainda que haja uma tendência de controle da pandemia no país. "Temos que pensar: a epidemia sumiu? Não. Então tenho que usar máscara em ambientes fechados [...] Aprendemos que em ambientes abertos e bem ventilados você pode ter mais segurança. É preciso usar máscara na rua porque de repente você entra em uma loja ou encontra alguém", acrescentou.

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