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Um busto do ex-ditador marechal Humberto de Alencar Castello Branco foi instalado no jardim do novo edifício residencial para oficiais do Exército Brasileiro, no Recife. O prédio, localizado na Avenida Rosa e Silva, zona Norte da cidade, leva o nome do oficial que foi o primeiro presidente da República durante o período da Ditatura Militar, que durou de 1964 até 1985. 

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Entrada do Edifício Castello Branco, em homenagem ao presidente na época da Ditadura. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá 

O nome da edificação, assim como a escolha de instalar o busto de Castello Branco carregando a faixa presidencial, foram decididos ainda na época do projeto da planta, há cerca de oito anos. O Ministério Público chegou a entrar com uma ação civil pública, em 2020, para que o exército mudasse o nome do prédio, mas o pedido foi considerado improcedente. 

Segundo busto na cidade 

O Recife tem um espaço público que também homenageia o marechal. A Ponte Marechal Castello Branco, conhecida como ponte da Caxangá, que liga a zona Oeste da cidade com a entrada de Camaragibe, não apenas leva o nome do ex-ditador, como também tem um busto instalado de frente para a avenida. 

Ponte da Caxangá, zona Oeste da capital. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá 

O busto foi dado de presente ao então prefeito da cidade, Augusto Lucena, gestor municipal durante o período ditatorial. Em 2009, ele foi restaurado e colocado ao pé da ponte, como “homenagem da prefeitura do Recife”, como se lê na placa. 

Em 2020 houve um debate na Câmara Municipal, encabeçado pelo vereador Ivan Moraes (PSOL) e pela então vereadora, atual deputada estadual, Dani Portela (PSOL) para que www.leiaja.com/politica/2020/06/23/pedido-para-retirada-de-busto-de-dita...">https://www.leiaja.com/politica/2020/06/23/pedido-para-retirada-de-busto...">o busto fosse removido. À época, o vereador André Regis (PSDB) pediu vista do processo, suspendendo a votação do texto. 

 

A relação de Ayrton Senna e o Autódromo de Interlagos segue próxima. Em março deste ano, mês em que o ex-piloto completaria 63 anos, o Instituto do tricampeão mundial da F-1 irá inaugurar um busto completo do ídolo brasileiro e um circuito interativo dentro do autódromo paulista para o público em geral.

Por meio de tecnologia e atividades interativas, o público poderá passar por todas as conquistas das 11 temporadas de Ayrton Senna na F-1. Além disso, o local terá o busto de Ayrton Senna, também batizado de Nosso Senna, feito realizado por Lalalli Senna, artista multiplataforma e sobrinha do piloto, a partir da encomenda vinda da própria mãe de Ayrton, Dona Neyde.

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"Fico feliz de finalmente poder fazer a entrega completa desse projeto como idealizado pela família, com a abertura oficial da escultura ao público, e dos circuitos de estações interativas que planejamos com tanto carinho aos fãs e apoiadores do Ayrton. Esse projeto veio da encomenda da própria mãe do Ayrton, de tangibilizar o ‘Beco’, o Ayrton que nós conhecemos como família para a linguagem artística, o que foi um grande desafio. Depois decidimos como família ampliar o projeto e compartilha-lo com os fãs que sempre estiveram ao seu lado. O Ayrton era uma figura admirada por muitas pessoas, por ter representado tão bem os aspectos luminosos do Brasil com garra, força e vencendo do jeito certo", disse Lalalli Senna.

"A minha ideia é que as pessoas também vejam a si mesmas na imagem dele, como parte desse Brasil luminoso e vencedor, pois ele existe em cada um de nós. Além disso, a figura pública ‘Ayrton Senna do Brasil’ foi formada com o carinho das pessoas que torceram por ele. E isso está refletido na materialidade e sentido da obra", completou a responsável pelo busto.

A escultura de Ayrton Senna tem mais de três metros de altura e pesa mais de 500 quilos. A obra chegou ao Autódromo de Interlagos para a última edição do Grande Prêmio de São Paulo de F-1, em comemoração aos 50 anos da primeira edição do evento, e agora será aberta ao público em geral.

"Muita gente tem me perguntado quando e como poderiam ir visitar a obra, e agora ela foi finalmente entregue de forma oficial e a ideia é que sempre que o circuito estiver aberto ao público, as pessoas possam vir conhecer o busto e se divertir com as estações interativas. Agora é pra valer!", complementa Lalalli Senna.

O local, que será apresentado ao público entre os dias 2 e 5 de março, ficará localizado dentro do Setor A, uma das arquibancadas principais do Autódromo de Interlagos, em São Paulo.

ESPAÇO INTERATIVO

O Circuito Nosso Senna apresenta QR-Codes que possibilitam o acesso dos visitantes a declarações de Ayrton Senna, fatos e fotos marcantes de carreira da carreira do piloto brasileiro. Relembrando o sucesso que o tricampeão mundial do Brasil tinha na chuva, uma parte do espaço terá frases motivacionais escritas no chão em uma tinta que só pode ser vista em contato com a água.

"Esse espaço é especial, porque ajuda a aproximar cada vez mais o público jovem da história e do legado do Ayrton. Muitas pessoas não conseguiram ver o Senna correndo no autódromo ou mesmo pela TV, então nosso objetivo é cada vez mais resgatar as conquistas dele, o lado humano e trazer um pouco do que a nossa família pôde vivenciar ao lado do Ayrton", comentou Bianca Senna CEO de Senna Brands e sobrinha de Ayrton Senna.

"O circuito Nosso Senna não é apenas um presente para São Paulo, mas sim, para toda a população brasileira. Ayrton Senna conquistou o reconhecimento mundial e os corações de muitas gerações. Assim, com o projeto e com a tecnologia, desejamos que todos os visitantes, tanto os que viram Ayrton nas pistas, quanto os que não eram nascidos ainda, compreendam mais o porquê de Ayrton ser chamado de Herói", diz Karina Israel, CEO da YDreams Global.

Foto: Fábio Falconi/ Divulgação

Na manhã desta quarta-feira (24), João Campos (PSB) anunciou que a Prefeitura do Recife irá recuperar os monumentos que foram alvos de vandalismos e furtos. Recentemente, cinco obras que homenageiam nomes que marcaram a história da cidade foram alvos das ações criminosas - todas as peças eram feitas em bronze.

“Eu tô aqui no local ao lado do Forte das Cinco Pontas onde ficava o busto de Frei Caneca, que foi furtado de maneira criminosa esse final de semana. Nós já fizemos o Boletim de Ocorrência e nós vamos refazer o busto porque jamais deixaremos esquecidos ou negligenciados os heróis que ajudaram a construir o nosso estado e a nossa pátria. É importante que a gente denuncie qualquer ato de vandalismo", comentou o prefeito.

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Além do Busto de Frei Caneca, outros quatro pontos foram alvo de vandalismo e práticas criminosas. São eles a escultura O Mascate (Avenida Dantas Barreto), o brasão do Monumento a Sacadura Cabral (praça 17, Santo Antônio), o brasão da Ponte Maurício de Nassau, que liga os bairros do Recife a Santo Antônio, algumas peças da escultura Maracatu (nas imediações do Forte das Cinco Pontas), além de letras que compõem a obra central cravada no solo do Marco Zero, no coração do Bairro do Recife. 

À exceção das letras do Marco Zero, feitas em latão, as demais peças e obras são feitas em bronze. A população pode fazer denúncias de depredação do Patrimônio Público junto à Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb) através do telefone 156. A Emlurb já entrou em contato com artesãos para elaborar orçamento para os bustos e esculturas furtados, que serão produzidos em concreto para a reposição. Os brasões deverão ser feitos em bronze e as letras em latão. 

Vandalismo x dinheiro público

A Prefeitura do Recife destaca que somente para recuperar monumentos, pontes e edificações públicas que sofreram ações de pichação e vandalismo chega a gastar mais de R$ 2 milhões por ano. Para se ter ideia, esse montante seria o suficiente para construir duas Upinhas por ano, ou ainda construir uma escola padrão, bem como duas creches. Por isso, a prefeitura pede o apoio da população para a manutenção do patrimônio público. 

Parque das Esculturas

Depois de depredações e um certo abandono pelo poder público, o Parque das Esculturas, um dos mais famosos cartões postais da capital pernambucana, está passando por uma grande intervenção. O museu a céu aberto assinado pelo artista plástico Francisco Brennand, está recebendo um investimento de R$ 5,5 milhões para voltar imponente aos recifenses. 

As obras de restauro das 74 peças que compõem o acervo estão sendo feitas pelo artista plástico e coautor do projeto do Parque das Esculturas, Jobson Figueiredo. O poder público municipal garante que o trabalho, iniciado no final do ano passado, já está 90% concluído.

O Parque das Esculturas foi um presente para o Recife em comemoração aos 500 anos do Brasil, em 2000. O acervo conta com mais de cem peças que ajudam a contar, de maneira simbólica, parte da história pernambucana por meio de elementos artísticos criados por Francisco Brennand.

O craque Diego Maradona foi homenageado com um busto em uma partida da Seleção Argentina sub-20, nesta segunda-feira, em L'Alcudia, na Espanha. Porém o acontecimento chamou atenção da Internet por conta da aparência do homenageado na estátua.

Uma vez que as fotos da homenagem foram divulgadas na Internet, os fãs de futebol não perdoaram e expuseram críticas negativas à obra, além do surgimento de diversos memes — a maioria comparando o busto com o rosto de outros atletas de futebol. A obra é de autoria do artista Rafa Ferri.

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O evento contou com a participação do presidente da AFA (Associação do Futebol Argentino), Claudio Tapia, e do ex-jogador e agora técnico da seleção sub-20, Javier Mascherano.

A Universidade de Cambridge, na Inglaterra, inaugurou um busto de bronze em homenagem a Paulo Freire, considerado o patrono da educação brasileira. Sendo assim, a universidade inglesa se tornou a primeira instituição fora do Brasil a instalar uma escultura do educador brasileiro.

"Um gigante do pensamento educacional, cujas ideias estão sob ataque do governo do país", declarou a Universidade de Cambridge. A instituição reforça que a "Pedagogia do Oprimido", uma das obras de Freire, tornou-se um modelo para reformas educacionais internacionais da década de 70 e ainda é um dos textos de ciências sociais mais citados no mundo.

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No texto sobre a homenagem ao educador, a instituição inglesa aponta que as ideias de Paulo enfatizam o ensino do pensamento crítico nas escolas para que os cidadãos pudessem desafiar as formas não democráticas de poder.

No entanto, a Universidade de Cambridge lembra que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) prometeu purgar a filosofia freiriana do sistema educacional brasileiro.

"O busto de bronze com a imagem de Freire é um presente do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e foi arrumado por um grupo de estudantes latino-americanos. É de uma série limitada encomendada para exibição em escolas administradas pelo MST como parte de uma iniciativa mais ampla para proteger o legado de Freire", pontua a instituição.

 A Polícia Civil investiga uma loja do Mercado de Pulgas, localizado na cidade de Nova Trento, no interior de Santa Catarina, acusada de vender objetos nazistas. Um turista que passava pelo local observou a presença de um busto do ditador Adolf Hitler e do símbolo oficial de seu regime. Nesta segunda (9), o homem denunciou o caso às autoridades policiais, no munícipio Balneário Camboriú, e ao Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).

O estabelecimento tinha uma placa com uma suástica acompanhada pelos dizeres “Eintritt Verboten”, que significa "Entrada Proibida", em alemão. Ao jornal NSC, o cliente relata que ficou incomodado com os objetos e questionou o vendedor.

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“O trabalhador da loja afirmou que está há um mês no local e sugeriu ao proprietário que retirasse os objetos, mas que o mesmo afirmou que 'a loja é dele e ele vende o que quiser”, declarou o turista.

Por meio de nota, o MPSC confirmou que a Polícia Civil está apurando o caso. De acordo com o órgão, “a 2ª Promotoria de Justiça de São João Batista está aguardando a conclusão do inquérito policial para avaliar as medidas cabíveis".

No Brasil, é crime “fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo”. O delito é tipificado pelo art. 20. da Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, que prevê pena de reclusão de dois a cinco anos e multa para quem desobedecer a norma.

Por falta de quórum, a votação de requerimento sobre a retirada de busto do marechal Castello Branco de ponte no Recife não avançou durante reunião ordinária remota da Câmara Municipal do Recife nesta terça-feira (30). O requerimento voltará ao plenário na próxima segunda-feira (6).

Foram oito votos contra a retirada do busto, sete votos a favor e duas abstenções. Seriam necessários 20 votantes. O requerimento foi protocolado pelo vereador Ivan Moraes (Psol). "Uma escultura, um busto, é uma homenagem e cabe ao povo da cidade, do estado, decidir se alguém pode ser homenageado ou se alguém não deve ser homenageado", disse ele antes da votação nesta manhã.

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O busto do marechal Castello Branco está situado na Ponte Marechal Humberto Castelo Branco, conhecida como Ponte da Caxangá, na Zona Oeste do Recife. A placa abaixo do busto identifica que a construção se deu na gestão de Augusto Lucena, que era vice-prefeito da capital em 1963 e assumiu a prefeitura no ano seguinte, após o golpe militar que depôs João Goulart resultar no afastamento do governador Miguel Arraes e do prefeito Pelópidas Silveira.

Neste período, Lucena se filiou à Arena, sigla de sustentação política do governo federal. Ele encerrou o primeiro mandato em 1968, mas foi nomeado prefeito do Recife no governo de Eraldo Gueiros Leite (1971-1975).

Castello Branco governou o Brasil entre 1964 e 1967, portanto o primeiro presidente da Ditadura Militar no país. Foi responsável pelo Ato Institucional nº 2, que que extinguiu os partidos existentes no país e criou a Arena e o MDB, que representava a oposição moderada.

O ato também permitia que o presidente determinasse intervenção federal nos estados, decretasse estado de sítio por seis meses sem consulta prévia e aumentou o número de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de 11 para 16, assegurando maioria favorável ao governo. O presidente havia prometido devolver o cargo ao fim de sua gestão, o que não foi cumprido. 

 "A homenagem já foi prestada lá atrás, já foi realizada há muitos anos. Será que se a gente pedir a retirada do busto do general Castello Branco a gente não vai abrir precedentes para retirar outros monumentos?", questionou o vereador Rodrigo Coutinho (Solidariedade), que votou contra o requerimento.

"Esse revisionismo tem sido acompanhado de muita violência. A gente não precisa dessa violência aqui, a gente precisa discutir o futuro. Eu acredito que o que estamos presenciando é um período de obscurantismo mesmo. Vamos respeitar o passado", declarou André Régis (PSDB). Ele, que também votou não, foi responsável pelo pedido de vista que impediu a votação em 22 de junho. 

 O vereador Renato Antunes (PSC), oficial da reserva, iniciou seu discurso fazendo continência ao Exército Brasileiro. "O vereador [Ivan Moraes] disse que cabe ao povo decidir e eu pergunto qual foi o povo que foi consultado para a retirada, possivelmente apenas (...) a companheirada socialista, psolista e comunista que pediu para retirar esse monumento. Eu tenho certeza que não foi o povo do Recife que fez esse pedido", disse Antunes, que usa o gesto de aspas ao mencionar Ditadura e Regime Militar. 

Como se trata de um requerimento, o prefeito Geraldo Julio não tem obrigação de fazer a retirada do busto mesmo que o apelo seja aprovado na Casa. Confira abaixo os votos dos vereadores nesta terça-feira.

Não ao requerimento

Aimée Carvalho (PSB)

André Régis (PSDB)

Fred Ferreira (PSC)

Michelle Collins (PP)

Renato Antunes (PSC)

Ricardo Cruz (PP)

Rodrigo Coutinho (Solidariedade)

Samuel Salazar (MDB)

Sim

Augusto Carreras (PSB)

Eriberto Rafael (PP)

Goretti Queiroz (PSB)

Ivan Moraes (Psol)

Jairo Britto (PT)

Luiz Eustáquio (PSB)

Rinaldo Junior (PSB)

Abstenções

Aerto Luna (PSB)

Almir Fernando (PCdoB)

O vereador do Recife Ivan Moraes (PSOL) protocolou um requerimento para que seja retirado o busto do marechal Humberto de Alencar Castello Branco da Ponte Marechal Humberto Castelo Branco, conhecida como Ponte da Caxangá, na Zona Oeste da capital. Durante reunião ordinária da Câmara do Recife na segunda-feira (22), o vereador André Régis (PSDB) fez pedido de vista, impedindo a votação do requerimento durante a reunião. Castello Branco foi o primeiro presidente do período da Ditadura no Brasil.

Em sua justificativa, Ivan Moraes lembrou que, entre 1964 e 1985, a ditadura promoveu violência, tortura e mortes de milhares de pessoas. O político destacou que a Comissão Nacional da Verdade emitiu recomendações, entre elas, "preservação da memória das graves violações de direitos humanos", que sugere a mudança na denominação de logradouros, vias de transporte, edifícios e instituições públicas que contenham nomes de agentes públicos ou de particulares que notoriamente tenham participado ou praticado graves violações de direitos humanos durante a Ditadura Militar no Brasil.

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O Programa Nacional de Direitos Humanos PNDH-3, em sua Diretriz 25, destaca o vereador, prevê a "modernização da legislação relacionada com a promoção do direito à memória e à verdade, fortalecendo a democracia" e traz em sua alínea "c" a necessidade de "fomentar debates e divulgar informações no sentido de que logradouros, atos e próprios nacionais ou prédios públicos não recebam nomes de pessoas identificadas reconhecidamente como torturadores."

Responsável pelo pedido de vista, o vereador André Régis argumentou que permitir a retirada do busto do marechal seria abrir precedente para retirada de outros monumentos. Segundo ele, o requerimento é obscurantista, não democrático, perda de tempo e de visão mesquinha.

"Não cabe aqui à gente do Poder estar fazendo análise do ponto de vista histórico, de um passado recente, criticando porque houve, na concepção de alguns, períodos que não sejam considerados próprios às lentes dos dias atuais no que se refere à sociedade que nós desejamos", comentou. Segundo ele, a medida estaria reabrindo um passado que levou muito sofrimento "a muitos brasileiros de várias tendências de várias partes".

André citou seu caso pessoal, da perda de um tio no atentado no Aeroporto Internacional do Recife, em 25 de julho de 1966. O jornalista e poeta Edson Régis foi uma das duas vítimas fatais do ocorrido. Os militares afirmaram à época que o ataque tinha como alvo o marechal Costa e Silva, que era candidato à presidência. O episódio nunca foi elucidado. 

O vereador tucano ainda ressalta que Castello Branco foi responsável por uma grande reforma nas Forças Armadas que distanciou os quartéis da política e que o marechal foi o grande estrategista brasileiro na 2ª Guerra Mundial. 

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O vereador Renato Antunes (PSC) concordou com o pronunciamento de André Régis e disse que se não tivesse havido o pedido de vista votaria contra o mesmo, por entender que é simplismo revisar a história dessa forma. "A história é fruto da contradição. Se retirar o busto da ponte, vamos colocar o que no lugar, uma indagação pertinente. Não podemos retirar historicidade do Recife, votaria contra para não manchar a história do Recife, que serve para refletir sobre erros e acertos", defendeu Antunes.

No Twitter, Ivan Moraes reforçou que também quer outro nome para a ponte. "Monumento é homenagem. O povo deve decidir quem será celebrado em seu nome", assinalou. A placa abaixo do busto identifica que a construção se deu na gestão de Augusto Lucena, que era vice-prefeito da capital em 1963 e assumiu a prefeitura no ano seguinte, após o golpe militar que depôs João Goulart resultar no afastamento do governador Miguel Arraes e do prefeito Pelópidas Silveira. Neste período, Lucena se filiou à Arena, sigla do governo federal. Ele encerrou o primeiro mandato em 1968, mas foi nomeado prefeito do Recife no governo de Eraldo Gueiros Leite (1971-1975). 

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Castello Branco governou o país entre 1964 e 1967. Foi responsável também pelo Ato Institucional nº 2, que extinguiu os partidos existentes no país e criou a Arena e o MDB, que representava a oposição moderada. O ato também permitia que o presidente determinasse intervenção federal nos estados, decretasse estado de sítio por seis meses sem consulta prévia e aumentou o número de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de 11 para 16, assegurando maioria favorável ao governo. O presidente havia prometido devolver o cargo ao fim de sua gestão, o que não foi cumprido. 

A discussão sobre a retirada de monumentos em homenagem a figuras históricas não é nova, mas ganhou força em vários países recentemente. Estátuas de heróis nacionais racistas foram derrubadas e danificadas em protestos antirracistas após George Floyd morrer asfixiado em abordagem policial em Minneapolis, nos Estados Unidos. Na cidade britânica de Bristol, manifestantes lançaram no rio uma estátua de Edward Colston (1636-1721). Pelo menos sete cidades da Bélgica tiveram bustos do rei Leopoldo 2º (1835-1909) pichados e amordaçados. 

Edward Colston fez fortuna transportando mais de 100 mil escravos do oeste da África para colônias no Caribe e nas Américas. Sua empresa marcava o peito de escravos a ferro com 'RAC', sigla da companhia Royal Adventures into Africa. O empresário também era um filantropo e benfeitor em Bristol, ganhando, assim, um monumento no século 19.

Leopoldo 2º ficou conhecido pela forma brutal com a qual tratava seus escravos, que tinham as mãos decepadas caso não cumprissem as cotas de trabalho. Crianças também eram punidas com mutilação. 

Os apoiadores da manutenção dos monumentos levantam argumentos como: a história não pode ser editada, as gerações devem aprender com os acontecimentos passados e valor artístico e simbologia das estruturas. Alguns governos atualizaram as placas informativas que narram a biografia do representado, trazendo não apenas os feitos positivos. Movimentos antirracistas não consideram os argumentos suficientes e costumam citar o caso da Alemanha, que não possui busto de Adolf Hitler.

A juíza Gabriela de Oliveira Thomaze, da 1ª Vara de Jacupiranga (SP), aceitou denúncia do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), na segunda-feira (2), e colocou o ministro Ricardo Salles no banco dos réus por ter, enquanto Secretário do Meio Ambiente do Estado, "inutilizado e deteriorado" o busto do guerrilheiro de esquerda e ex-capitão do Exército Carlos Lamarca, que ficava no Parque Estadual Rio Turvo, no Vale do Ribeira.

A Procuradoria atribui ao chefe da pasta de Meio Ambiente do governo Bolsonaro crime contra o Patrimônio Cultural. Segundo a denúncia, em agosto de 2017, durante visita ao parque, Salles determinou que a estátua, seu pedestal e um painel contendo fotografias e informações acerca da passagem de Lamarca pelo Vale do Ribeira fossem retirados do local. Os objetos estavam ali desde 2012, por decisão do Conselho do Parque.

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Ex-capitão do Exército Brasileiro, Lamarca liderou a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), organização de luta armada que combateu a ditadura militar (1964-1985). Ele foi condenado pelo Superior Tribunal Militar como desertor e caçado pelo regime. Comandou assaltos a bancos e o sequestro do embaixador suíço Giovanni Bucher no Rio, em 1970, em troca da libertação de 70 presos políticos.

Entre 1969 e 1970, Lamarca e outros 16 guerrilheiros fizeram treinamento de guerrilha em grutas no meio da Mata Atlântica, no Sítio Capelinha, onde hoje fica o parque. Em 2017, o site da Secretaria do Meio Ambiente, indicava que a passagem do guerrilheiro pelo local era um "grande atrativo histórico" do parque.

Após determinar a retirada do busto do Parque, em 2017, Salles informou à reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, por meio de nota: "Narrar fatos é uma coisa. Erguer bustos com dinheiro público e em parque público é bem diferente. Carlos Lamarca foi um guerrilheiro, desertor e responsável pela morte de inúmeras pessoas. A presença desse busto no local inadmissível".

Nomeado para a pasta do Meio Ambiente em 2016 pelo ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), Salles deixou o cargo dias depois da visita a Cajati.

Em dezembro de 2017, quase cinco meses após a determinação, a Promotoria instaurou um inquérito para apurar se o ex-secretário havia cometido improbidade administrativa ambiental.

Após o início da investigação, Salles informou que já havia prestado as informações ao Ministério Público e indicou: "recurso de compensação ambiental não foi feito para colocar busto em parque, como fizeram lá. Ainda mais de uma pessoa que era um criminoso, independentemente do lado ideológico. Seria o mesmo que uma comunidade como a da Rocinha, no Rio, usar dinheiro público para fazer uma estátua do Fernandinho Beira-Mar. Seria usar o dinheiro público de forma inadequada. Mesmo não sendo mais o secretário, continuo achando que não é a melhor coisa ter um busto de Lamarca num parque público."

Defesa

A reportagem entrou em contato, por e-mail, com a assessoria de imprensa do Ministério do Meio Ambiente, mas não havia recebido resposta até a publicação desta matéria. O espaço está aberto para manifestações.

O português Cristiano Ronaldo tem um novo busto no aeroporto da Madeira, que tem o seu nome, depois que o anterior, que não se parecia nem favorecia o jogador, foi substituído com discrição na sexta-feira (15) a pedido do entorno do craque português.

"Este busto é muito melhor que o outro, todo mundo pensa assim", declarou Hugo Aveiro, irmão do jogador que venceu cinco vezes o prêmio Bola de Ouro, ao Diário de Notícias de Madeira.

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"Um escultor espanhol ofereceu o novo busto (...) e então decidimos fazer a troca", disse.

O primeiro busto foi apresentado em março de 2017 durante a cerimônia organizada para rebatizar o aeroporto em homenagem ao atleta nascido em Funchal, capital deste arquipélago português.

Objeto de críticas e de piadas, a escultura produzida pelo artista local e autodidata Emanuel Santos foi substituída de maneira discreta na madrugada de quinta-feira para sexta-feira pelos funcionários do Museu CR7, administrado pela família do craque da seleção de Portugal e do Real Madrid.

"O Museu CR7 nos solicitou a troca do busto em homenagem ao atleta e nós consideramos oportuno", confirmou o diretor do aeroporto da Madeira, Duarte Ferreira.

Quem não se lembra da escultura do busto de Cristiano Ronaldo que ficou famoso por não parecer nada com o jogador? Pois bem, outro craque do Real Madrid também recebeu a homenagem esculpida pelo mesmo artista. A empresa de apostas ‘Paddy Power’ pediu ao português Emanuel Santos, que desta vez, homenageasse o jogador Gareth Bale.

A poucos dias da final da Liga dos Campeões, a escultura ficará exposta em Cardiff, local da partida. A estátua tem cerca de 40kg e demorou 265 horas para ficar pronta. Segundo a imprensa portuguesa, a obra custou cerca de 30 mil Euros (R$110 mil). 

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Torturado e assassinado durante a ditadura militar, o padre Antônio Henrique recebe homenagens na próxima terça-feira (28). Desta vez, a Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara e a Prefeitura do Recife inauguram, às 15h, um busto do religioso na Praça do Parnamirim, na Zona Norte do Recife. A praça teria sido o último lugar em que o padre foi visto com vida em maio de 1969.

De acordo com a Comissão da Verdade, o ato faz parte da estratégia do grupo de “preservar a memória de fatos históricos ocorridos durante o período ditatorial”. O prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB); o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido; o secretário de Direitos Humanos da PCR, Paulo Moraes; e a irmã do Padre Henrique, Izaíras Pereira são esperados para a inauguração. 

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História  

Padre Antônio Henrique Pereira Neto foi ordenado sacerdote, no dia 25 de dezembro de 1965, aos 25 anos de idade, pelo então arcebispo de Olinda e Recife, Dom Helder Câmara. Logo após a ordenação foi convidado para assessorar Dom Helder e trabalhar na Pastoral da Juventude, sendo orientador espiritual de jovens universitários e secundaristas. Ele esteve ao lado do então arcebispo durante os embates travados pela igreja contra o regime militar. 

Em 25 de maio de 1969, Padre Henrique foi encontrado morto em um terreno baldio no Recife. De acordo com o laudo da época, a morte foi ocasionada por um crime comum, supostamente cometido por toxicômanos, sem motivação política. Já segundo apurações da Comissão da Verdade “o assassinato do Padre Antônio Henrique foi, eminentemente, um crime político”.

O prefeito de Londres, Boris Johnson, retomou nesta sexta-feira (22) a acusação de que Barack Obama retirou da Casa Branca um busto de Winston Churchill e obteve uma resposta irritada por parte de Downing Street e do neto do líder britânico.

Em um artigo publicado pelo jornal The Sun, o conservador questionou o pedido feito pelo presidente dos Estados Unidos para que os britânicos votem a favor da permanência do Reino Unido na União Europeia, sugerindo que Obama odeia o Império Britânico porque "é meio queniano".

Para ilustrar sua afirmação, contou o que aconteceu com o busto. "No primeiro dia do governo Obama, foi devolvido, sem cerimônias, à embaixada britânica em Washington", explicou Johnson, autor de uma biografia sobre o primeiro-ministro que liderou o país durante a Segunda Guerra Mundial.

"Alguns disseram que foi um desprezo em relação ao Reino Unido. Outros que foi o símbolo do desgostos ancestral pelo Império britânico a por parte do presidente meio queniano", concluiu.

O neto de Churchill, Nicholas Soames, deputado conservador como Johnson, respondeu no Twitter: "não é obrigatório ter o busto de Churchill no gabinete do presidente. Um argumento estúpido e irrelevante", escreveu, pedindo que Johnson "amadureça".

A Casa Branca já negou em 2012 que o busto tenha sido retirado da residência oficial, explicando que foi colocado em outro lugar.

Um porta-voz do atual primeiro-ministro britânico David Cameron disse que a decisão de colocar o busto em outro lugar não foi de Obama, e pediu que Johnson "se concentre em fatos".

O Palmeiras anunciou que o busto para o ex-goleiro Marcos será inaugurado neste sábado, às 12h, na sede social do clube. A homenagem será feita em uma peça de bronze e ficará eternizada ao lado das estátuas de Junqueira, Waldemar Fiúme, Ademir da Guia e Oberdan Cattani.

A construção do busto foi aprovada pelo Conselho Deliberativo e pelo Conselho de Orientação e Fiscalização do Palmeiras em janeiro de 2012, mas só agora será inaugurada. A data - dia 12, às 12h - faz alusão a camisa 12, imortalizada pelo goleiro.

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Em novembro de 2013, Marcos chegou a ver a homenagem, que ainda não estava 100% concluída, e elogiou o resultado. "Ficou legal para caramba, bem parecido. É um privilégio, o Palmeiras teve muitos jogadores importantes em sua história, mas eu tive a honra de vestir só essa camisa. É uma homenagem que nunca nem sonhei em ter. Consegui esse presente agora e estou muito feliz, ficar lá para toda a eternidade", disse o goleiro, em entrevista ao site do clube.

O busto de Oberdan Cattani foi inaugurado no dia 12 de junho deste ano, em um evento que contou com a presença de membros da diretoria do Palmeiras, familiares e amigos do ex-goleiro, que faleceu no dia 21 de junho de 2014, aos 95 anos, em decorrência de uma infecção pulmonar.

O busto do prático da barra Nelcy da Silva Campos, que rebocou um navio petroleiro em chamas, evitando uma explosão gigantesca, vai voltar ao Porto do Recife nesta sexta-feira (29). Ele havia sido retirado do local por causa das obras de modernização do porto.

A homenagem será no Terminal Marítimo de Passageiros do Porto Recife e deve contar com a presença de autoridades do Governo do Estado, da Prefeitura do Recife e da Marinha do Brasil, entre outros poderes.

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A escultura foi produzida em 2003 pelo artista Demétrio Albuquerque, e foi parte de uma homenagem a Nelcy Campos feita pelo 3º Distrito Naval da Marinha, em uma cerimônia alusiva ao Dia Mundial do Marítimo. Tem 80 centímetros, pesa quase 25 quilos e foi esculpida em resina e pó de mármore. 

Nelcy da Silva Campos nasceu no Recife no dia 21 de janeiro de 1931. Trabalhou durante 25 anos como prático, ofício que aprendeu com o pai. Morreu no dia 27 de setembro de 1990, de causas naturais.

O Recife comemora nesta quarta-feira (15) o centenário do engenheiro e gestor público Pelópidas Silveira. Para celebrar a data, algumas homenagens serão feitas ao primeiro prefeito da cidade eleito pelo voto popular (1955/1959). A solenidade de comemoração acontecerá no Museu da Cidade, às 19h. Pela manhã, às 10h, um busto do gestor será instalado no Centro do Recife.

O busto, confeccionado em concreto pelo escultor José Roberto, ficará na descida da Ponte Duarte Coelho, na esquina com a rua da Aurora, em frente ao Recife Plaza Hotel. Ou seja, na entrada da Conde da Boa Vista, via que foi alargada por Pelópidas. A Emlurb produziu a base da peça. 

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No Museu do Recife, a programação conta com a exibição de dois vídeos: um preparado especialmente em comemoração ao centenário, contando um pouco da vida e obra de Pelópidas;  o outro foi realizado em 1956 por Firmo Neto e traça o perfil do gestor.

As homenagens contarão com a presença dos familiares e amigos, além de entidades e profissionais ligados ao urbanismo. O evento terá a participação também do prefeito Geraldo Julio, que convidou ex-prefeitos da cidade para a solenidade.

A cerimônia está sendo organizada pelo Instituto da Cidade Pelópidas Silveira, órgão responsável pela área de planejamento do Recife e ligado à Secretaria de Planejamento Urbano.

História           

A história de Pelópidas se confunde com alguns dos mais significativos planejamentos e projetos voltados para o desenvolvimento social e urbano do Recife. Entre algumas de suas intervenções estão as construções, alargamentos e pavimentações de ruas e avenidas (Conde da Boa Vista, Beberibe e da Dom Bosco, por exemplo); reforma da Praça da Independência; instalação do serviço de ônibus elétrico; incentivo à construção de casas populares; construção de galerias, canais e pontes; construção de parques, praças e jardins, que tem no Sítio da Trindade uma referência das suas ações.

Prefeito da cidade por três vezes, o urbanismo foi um traço de grande relevância da sua passagem à frente do Executivo Municipal. Mas, o incentivo à criação de associações de bairro e à democratização da participação popular por meio das audiências públicas também assumem fundamental importância do legado por ele deixado.

Com informações da assessoria.

Primeiro prefeito do Recife eleito pelo voto popular, o engenheiro Pelópidas Silveira, se estivesse vivo, completaria 100 anos nesta quinta-feira (15). A data será celebrada com a inauguração de um busto do ex-gestor, às 10h, e uma solenidade organizada pelo Instituto da Cidade Pelópidas Silveira, órgão responsável pela área de planejamento do município, às 19h. 

A intervenção artística será instalada na esquina entre a Rua da Aurora e a Avenida Conde da Boa Vista, em frente ao Recife Plaza Hotel. Já as homenagens da noite vão acontecer no Museu da Cidade, no Forte das Cinco Pontas. No evento serão exibidos dois vídeos, sendo um preparado especialmente em comemoração ao centenário, contando um pouco da vida e obra de Pelópidas. O outro, em 16 milímetros, foi realizado em 1956 por Firmo Neto e traça o perfil de Pelópidas enquanto gestor. Este faz parte do acervo da cinemateca do Teatro do Parque.

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As solenidades contarão com a presença dos familiares e amigos de Pelópidas, além de entidades e profissionais ligados ao urbanismo. O prefeito Geraldo Julio (PSB) e ex-prefeitos da cidade também devem participar das homenagens. 

Quem foi Pelópidas?

Gestor do Recife por três vezes, o urbanismo foi um traço de grande relevância da passagem de Pelópidas sobre a administração municipal. O primeiro mandato de Pelópidas foi em 1946, quando ele assumiu o cargo após ser nomeado pelo governador José Domingues da Silva, permanecendo no cargo até agosto do mesmo ano. 

Em 1955, na primeira eleição popular para a prefeitura da capital, Pelópidas foi lançando candidato pela Frente do Recife, coligação que reunia seu partido (PSB), o PTB e o PTN. O socialista foi eleito com 81 mil votos.

O terceiro mandato aconteceu em 1963, quando ele foi eleito pela aliança firmada entre o PSB e o PTB. Porém o mandato foi mais curto do que o anterior, por ser aliado do ex-governador Miguel Arraes, com o golpe militar Pelópidas teve o mandato foi cassado pela Câmara de Vereadores do Recife.

Entre algumas de suas intervenções urbanísticas organizadas por Pelópidas Silveira estão as construções, alargamentos e pavimentações de ruas e avenidas (Avenida Conde da Boa Vista, Avenida Beberibe e da Rua Dom Bosco, por exemplo); reforma da Praça da Independência; instalação do serviço de ônibus elétrico; incentivo à construção de casas populares; construção de galerias, canais e pontes; construção de parques, praças e jardins, como o Sítio Trindade.

O engenheiro faleceu em 6 de setembro de 2008, aos 93 anos e, além do planejamento urbano do Recife, deixou como legado o incentivo à criação de associações de bairro e à democratização da participação popular por meio das audiências públicas.

A história do Recife teria sido marcada por uma grande tragédia, se não fosse a coragem e determinação de um guia de embarcações chamado Nelcy da Silva Campos. Ele evitou que um navio em chamas explodisse na costa do Recife. O ato heroico lhe rendeu uma estátua em sua homenagem no local do acontecido, mas devido a obras realizadas pela Prefeitura, ela teve que ser retirada, e o “herói contemporâneo de Pernambuco” caiu no esquecimento. 

No local onde estava a estátua - próximo ao Marco Zero - hoje está o novo pólo gastronômico. "Para colocar a estátua foi um processo demorado que precisou de autorização de diversos orgãos e para tirar foi sem cerimônia nenhuma, de surpresa e sem avisar a ninguém. Não dá para entender. Mas que bom que o Porto do Recife foi sensível à causa e já está providenciando a recolocação", contou chateado o filho do herói, Nelcy Campos Filho (na foto do lado direito, no local onde a estátua será colocada).

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Em reunião realizada na manhã dessa segunda-feira (8), ficou decidido que o monumento será colocado no novo Termina Marítimo de Passageiros. “A ideia é colocar a estátua até o dia 12 de maio, quando o ato heroico completará 30 anos”, explica o presidente da Sociedade dos Amigos da Marinha, Jorge Aragão. Na data, será feita uma solenidade para prestar homenagens a Nelcy da Silva. Segundo ele, também existe a ideia de colocar, na área interna do Terminal de Passageiros, um painel com um resumo dessa história.

No dia 12 de maio de 1985, o prático da barra Nelcy da Silva Campos evitou que parte da cidade fosse varrida do mapa ao rebocar para longe da costa o navio petroleiro Jatobá, que pegou fogo no Porto do Recife. De acordo com técnicos, a explosão evitada teria destruído tudo num raio de cinco quilômetros, atingindo os bairros de Santo Amaro, Recife Antigo, Boa Vista, Brasília Teimosa e Pina, porque o fogo poderia atingir o Parque de Tancagem do Brum, que estava a 500 metros do petroleiro e armazenava mais de cento e cinqüenta mil metros cúbicos de produtos inflamáveis.

História - A situação de risco começou por volta da 1h30 da madrugada, quando um dos três tanques do navio explodiu, deixando a embarcação em chamas. Atracado no Porto do Recife, o petroleiro carregava 1.500 toneladas de gás butano, conhecido como gás de cozinha.Todo o efetivo do Corpo de Bombeiros do Recife foi mobilizado para combater o incêndio, mas os homens não conseguiram debelar as chamas, que chegavam a 20 metros de altura. A situação era tão grave que o então governador de Pernambuco, Roberto Magalhães, foi acordado às presas e teve que deixar o Palácio do Campo das Princesas, onde morava, localizado no Bairro da Boa Vista.

Foi nessa situação que o prático da barra Nelcy da Silva Campos, então com 54 anos, foi chamado às pressas em sua casa pelas autoridades responsáveis pela Capitania dos Portos. Ele chegou ao porto por volta das duas horas da manhã e, com a ajuda de alguns auxiliares, começou um perigoso trabalho. Distribuindo as ordens, chegou a serrar dois dos nove cabos do navio petroleiro, que estava ancorado no Armazém A-1.

Um desses cabos, que foi amarrado a outro de 200 metros, serviu para prender o petroleiro no reboque Saveiro. Para que a saída do Jatobá fosse possível também foi preciso movimentar os navios que estavam na frente e atrás dele. Só depois desse difícil trabalho, a embarcação em chamas pode ser rebocada para alto mar, onde não representava mais perigo para os recifenses. O petroleiro foi deixado à deriva a aproximadamente cinco quilômetros da costa.

O herói - Nelcy da Silva Campos, filho de Nelson da Silva Campos e Juracy Campos - o nome dele é uma mistura do nome dos dois - nasceu no Recife no dia 21 de janeiro de 1931. Trabalhou durante 25 anos como prático da Barra do Porto do Recife, ofício que aprendeu com o pai, que ocupou o mesmo cargo. Nelcy morreu em 1990 de causas naturais.

Por Juliana Marques e Pedro Oliveira, com informações de assessoria

A praça Lamartine Babo, na rua Barão de Mesquita, na Tijuca, zona norte do Rio, que fica em frente ao 1º Batalhão de Polícia do Exército, onde funcionou o principal centro de torturas no Estado durante a ditadura militar, vai receber na sexta-feira (12) um busto do ex-deputado federal e engenheiro Rubens Paiva. Ele ficou preso e foi assassinado nas dependências do Departamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) da Barão de Mesquita em 1971, mas seu corpo nunca foi encontrado.

A homenagem, autorizada pela prefeitura, é uma iniciativa do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro (Senge-RJ). O autor do busto é o escultor Edgar Duvivier, de 59 anos, que tem outras obras espalhadas pela cidade, como estátuas da Princesa Isabel, do jogador Garrincha e do ex-governador Leonel Brizola. O artista diz que se baseou em fotografias enviadas pela família do ex-deputado. "As pessoas dizem que o Rubens Paiva era muito alegre e brincalhão. Procurei retratar isso na fisionomia dele. É uma homenagem muito importante. Ele precisa ser lembrado para que isso nunca mais aconteça", diz Duvivier.

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O busto de bronze pesa 20 quilos e ficará em cima de um pedestal de granito com 1,60 metro de altura - ao todo, a peça terá pouco mais de 2 metros. Duvivier afirmou que o busto será "chumbado com reforço, de forma que seja muito difícil de tirar". O presidente do Senge-RJ, Olimpio Alves dos Santos, disse temer "provocações" de setores militares e pediu ajuda da prefeitura na preservação do monumento. "É claro que nós temos preocupação com possíveis provocações, mas esperamos que isso não ocorra. Recebemos autorização para colocar o busto e já pedimos um reforço da Guarda Municipal", diz Santos. Segundo ele, o resgate da memória política do País é uma forma de afirmar a história de lutas do povo. O engenheiro destacou ainda obras e projetos de Rubens Paiva que hoje são referências, como um conjunto habitacional na Pavuna, zona norte do Rio.

Foram convidados para a inauguração do busto, às 13 horas, parlamentares, representantes dos governos e de entidades como a Comissão da Verdade do Rio (CEV-Rio), o Grupo Tortura Nunca Mais e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Integrante da CEV-Rio, o jornalista e escritor Álvaro Caldas ficou preso e foi torturado no DOI-Codi da Barão de Mesquita em duas ocasiões, no início da década de 1970. "É importante que seja um ato da sociedade civil, que a homenagem não tenha sido pautada pela Comissão da Verdade. O DOI-Codi do I Exército foi o principal centro de tortura da ditadura no Rio e em todo o País, equivalente à Escola de Mecânica da Armada (EsMA), na Argentina, que foi transformada em museu", diz Caldas, que voltou a visitar o quartel do Exército em setembro de 2013, junto a uma comitiva formada por parlamentares e integrantes de comissões da verdade.

"É um marco e uma conquista para nós que as pessoas conheçam a história sinistra desse lugar, que deveria ser tombado e transformado em centro de memória. Mas os comandos militares continuam contando com a conivência de governos civis e negando até hoje as torturas, mortes e prisões. A presidente Dilma Rousseff ficou hospedada na Barão de Mesquita. É uma coisa espantosa", afirmou o integrante da CEV-Rio. Procurado, o Exército não se pronunciou.

Caso dos Corintianos, o Parque São Jorge ganhará a representação de um dos maiores ícones da história do clube centenário. A diretoria alvinegra vai inaugurar neste sábado (28), a partir das 11h, um busto alusivo ao ex-jogador Sócrates, que faleceu no ano passado, no mesmo dia em que o Timão faturou o pentacampeonato brasileiro.

Com a camisa do Corinthians, o “doutor” Sócrates – como também era conhecido – conquistou três edições do campeonato paulista (1979,1982,1983) durante os seis anos que esteve no clube. Além das grandes atuações nos gramados, ele ainda tornou-se um dos atletas mais importantes da história por liderar a “Democracia Corinthians” - movimento onde os atletas podiam opinar sobre as decisões do clube.

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Pelo Brasil, foi um dos melhores jogadores com a camisa verde-amarela. Jogou 63 vezes, marcou 25 gols e integrou uma das melhores equipes das seleções da história, a de1982 - comandada por Telê Santana.

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