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Em agenda de campanha em Pernambuco neste sábado (17), o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) afirmou, durante discurso no Pátio de Eventos Luiz Gonzaga, em Caruaru, no Agreste, que vai ganhar as eleições deste ano no primeiro turno.

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"Para presidente da República, nós vamos ganhar no primeiro turno. Vamos mostrar que nós não queremos a volta dos escândalos que tínhamos há pouco, no passado", assegurou. Essa afirmação do mandatário vai de encontro ao que todas as pesquisas projetam: um segundo turno entre ele e o ex-presidente Lula (PT).

Bolsonaro ainda destacou que, se reeleito, vai continuar investindo no Brasil e "não em Cuba ou na Venezuela".

'Estado é laico, mas sou cristão'

Como costuma fazer em seus comícios, Jair Bolsonaro voltou a afirmar que o Estado é laico, como determina a Constituição, mas ele e os candidatos apoiados por ele são cristãos. "Nós acreditamos em Deus, acreditamos na família e devemos lealdade a vocês, povo do Brasil", falou.

O mandatário também aproveitou para reforçar a sua ideologia. "Aqui na terra, nossa família é sagrada. Nós não queremos legalização de drogas aqui no Brasil. Não queremos a legalização do aborto e não admitimos ideologia de gênero para os nossos filhos. O nosso patrimônio é os nossos filhos e nós vamos preservar isso", destacou.

Passagem por Pernambuco

O presidente Jair Bolsonaro chegou por volta das 9h30 em Caruaru, onde pegou um helicóptero junto com Anderson Ferreira (PL) e Gilson Machado (PL), candidatos ao Governo de Pernambuco e ao Senado, respectivamente.

Eles seguiram para Santa Cruz do Capibaribe, de onde liderou uma motociata até o Pátio do Forró. No local, ele discursou os seus apoiadores e depois seguiu para Garanhuns, onde participará da Marcha para Jesus. Em seguida, o presidente voa para Recife e embarca para a o funeral da Rainha Elizabeth II na Inglaterra.

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Na noite da última sexta-feira (16), militantes fecharam a Avenida Ministro Marcos Freire, na beira mar de Olinda, para reivindicar o pagamento de suas participações na campanha eleitoral de um candidato a deputado federal. Segundo o site Observatório de Olinda, o protesto realizado foi atribuído a Milton Micuiba (União Brasil), na frente de um comitê.

"A gente trabalhando de sol a sol, segurando bandeira, entregando santinho, fazendo de tudo e na hora de o dinheiro sair: nada!!! Na semana passada enrolaram dizendo que a gente tivesse paciência, mas agora já são 15 dias sem receber. Eu e minha filha estamos passando fome em casa", contou uma mulher, de acordo com informações do blog.

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Uma outra pessoa participante da campanha disse também que a prestação dos serviços não teria chegado ao conhecimento de Milton. A ideia de chamar as militantes para o trabalho havia partido de um líder comunitário, que teria prometido ao ex-vereador cerca de 5 mil votos.

O LeiaJá entrou em contato com o candidato Milton Micuiba para esclarecer a situação. Segundo a assessoria de imprensa, os pagamentos dos municípios já foram todos realizados e já é o segundo vídeo que postam no intuito de distorção de informações. A equipe do candidato reforçou ainda que "é necessário que as pessoas procurem seus coordenadores caso não tenham acesso ao pagamento”.

Confira ao vídeo:

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O candidato a presidente do Brasil, Ciro Gomes (PDT), não gostou nada de ver que alguns apoiadores do ex-presidente Lula (PT) usarem a mesma logomarca que ele está usando em sua campanha. O "Prefiro Ciro" com as cores da bandeira do Brasil se transformou em "Prefiro Lula".

O pedetista ainda afirmou que os petistas "chuparam" a marca oficial da campanha do ex-presidente de uma empresa americana. 

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"Viciados em meter a mão no bolso alheio, alguns petistas tão conseguindo se superar. Escondidinho, 'chuparam' a marca oficial da campanha de Lula de uma empresa americana. Agora tentam se apropriar da nossa marca. Onde vai parar a roubalheira?", publicou Ciro em sua conta no Twitter.

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As mulheres são 53% do eleitorado brasileiro. Apesar disso, a participação feminina nos parlamentos é bem menor, entre 15% e 20%. Se analisarmos os cargos executivos, como governos estaduais e prefeituras, esse percentual é ainda menor. 

Mesmo baixos, esses números são recordes na realidade brasileira e só foram possíveis depois que o Congresso Nacional aprovou leis que garantem a participação feminina na política. É crime assediar, constranger, humilhar, perseguir ou ameaçar, por qualquer meio, candidata a cargo eletivo ou detentora de mandato eletivo. 

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Para ajudar o Brasil a tomar conhecimento da lei, a Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados, em parceria com outras instituições como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), lançou campanha de combate à violência política contra a mulher. As denúncias podem ser feitas pelo Ligue 180, por formulários disponíveis no site da ouvidoria do TSE e na sala de atendimento ao cidadão do Ministério Público Eleitoral.  A existência de leis, no entanto, não é garantia de sua aplicação. Pesquisadoras e políticas concordam que é preciso fortalecer uma cultura de combate à violência política contra mulheres. 

Ataques

Em período eleitoral, nas redes sociais, muitas candidatas a algum cargo político se deparam com ataques, em geral, relacionados à aparência e à conduta moral. Termos cruéis são usados, como: gorda, burra, feia, prostituta, doida. Mas por que a política é um dos universos hostis para as mulheres no Brasil?  Para responder a essa pergunta, estudos científicos apontam que é preciso entender de que forma as mulheres são socializadas.

“A gente vive num país sexista", diz a professora Valeska Zanello, do Departamento de Psicologia Clínica da Universidade de Brasília. "A gente aprende como mulher que a coisa mais importante na nossa vida, que a gente deve priorizar, é ter um companheiro, fazer uma relação e ter uma família. Estar sempre disponível para atender no dispositivo materno as necessidades, desejos e anseios dos outros." 

Por outro lado, continua a professora, política é debate. "Você tem que às vezes subir o tom. Você tem que dizer: não entre aqui, este não é seu espaço. Então, as mulheres na socialização não são preparadas para o jogo da política como ele é exercido hoje”, explica Valeska. 

A deputada Maria do Rosário (PT-RS) já foi vítima desse tipo de violência. “Nós precisamos de mais mulheres na política, mas as mulheres muitas vezes não se sentem seguras o suficiente. Nas suas comunidades, elas são atacadas. São colocados impropérios, inverdades, mentiras sobre suas vidas, atacam os seus filhos. O que mais preocupa a mulher é quando atacam seus filhos e filhas”, afirma a parlamentar. 

Quando a violência política atingiu o filho da deputada Joice Hasselmann (PSDB-SP), ela conta como se sentiu fragilizada. “Meu filho recebeu montagens pornográficas com a própria mãe. Quando aquilo chegou ao miolinho da minha família, mexeu comigo. Me deixou muito fragilizada. E eu não tenho vergonha de dizer isso. Sou uma mulher muito forte, mas tenho o direito também de ser frágil, de estar frágil e eu estava muito fragilizada naquele momento”, relembra Joice.

  Importunação sexual

Além de ataques à aparência das mulheres e a difamação delas, há outras formas de violência. Como a que ocorreu na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), quando a deputada Isa Pena (PCdoB) foi vítima de importunação sexual pelo deputado Fernando Cury (União) em plenário. 

O parlamentar foi flagrado por uma câmera da Alesp abraçando a parlamentar por trás e passando a mão no seio dela. O deputado foi julgado pelo Conselho de Ética e teve o mandato suspenso por 180 dias. 

Mas casos de cassação de mandato nos conselhos de ética do Poder Legislativo por causa de violência política de gênero são praticamente inexistentes. Segundo a professora Valeska Zanello, a não punição desse tipo de abuso é uma proteção para os homens. 

“Essa casa dos homens, ela se reproduz em várias instituições. No Judiciário, inclusive. Acho que em todas as instituições de poder. Geralmente nessas instituições, a gente vai ter como público majoritário homens e homens brancos. São os primeiros a barrar aquilo ali como denúncia, porque eles se identificam não com a mulher que sofreu o assédio, a humilhação, mas com o homem que assediou.” 

Lei O combate a violência de gênero virou lei virou lei em 2021 (Lei 14.192/21), com pena de reclusão de um a quatro anos e multa. Caso a discriminação ou menosprezo seja em relação a cor, raça ou etnia, a pena aumenta em um terço até a metade. 

O projeto que deu origem a lei é de autoria da deputada Rosângela Gomes (Republicanos-RJ), que relembra violências sofridas no ambiente político de todos os tipos. 

“Fui vereadora na cidade de Nova Iguaçu (RJ) e também encontrei uma casa onde há mais de três legislaturas não tinha uma representação feminina, uma vereadora. E, quando eu cheguei, cheguei com muita dificuldade, muita luta, enfrentei muitas humilhações a ponto de ser chamada de macaca, de ser chamada de analfabeta, ao ponto de ter a última cadeira, a última mesa. Não tinha direito a gabinete”, recorda a parlamentar.

  Caminho

No Congresso Nacional, as parlamentares trabalham para tornar natural a participação feminina na política, como pontua a deputada Joice Hasselmann.

“O grande papel de nós mulheres no poder, chegando ao poder, é tornar mais fácil o caminho daquelas que vêm depois de nós. O meu sempre foi difícil, o de tantas mulheres também", lamenta a parlamentar.  Apesar das dificuldades, a deputada Maria do Rosário diz que desistir da política não é uma opção. “Minha obrigação aqui é não desistir. Desistir não está no meu vocabulário. Desistam eles, os machistas. Eu vim aqui para fazer o meu trabalho.” 

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*Da Agência Câmara de Notícias

O candidato a governador Miguel Coelho (UB) disse, nessa quinta-feira (15), que a população de Pernambuco tem uma escolha a fazer na reta final da campanha. Segundo ele, o eleitor terá que optar entre “o improviso, a repetição do fracasso do PSB” e a “experiência de gestão que transformou a cidade de Petrolina”. A declaração foi feita durante sabatina em Carpina, na Zona da Mata Norte do Estado.

Miguel disse estar confiante no segundo turno e destacou que existe ainda uma massa de indecisos que somente agora começou a avaliar os candidatos. Para ele, os adversários Marília Arraes e Danilo Cabral representam um mesmo projeto que resultou no fracasso do governo Paulo Câmara. Já os demais não deixaram um legado como o que ocorreu em Petrolina. 

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“Todos esses que são candidatos deixaram um rastro positivo ou negativo. A gente precisa comparar e escolher qual o caminho que vamos seguir. As pessoas vão decidir entre o oba-oba, o que já deu errado e quem transformou uma cidade na melhor do Nordeste. Eu me apresento com a experiência de quem fez de Petrolina a melhor cidade para viver e com o desejo de fazer Pernambuco o melhor estado do Brasil. Estou pronto e peço a confiança do povo para que no dia 2 de outubro a gente escolha um governador de verdade, com competência para resgatar nosso estado”, afirmou o candidato em entrevista à rádio Carpina FM.

 

O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, voltou a investir no discurso religioso, voltado para o público evangélico, em evento na noite desta quinta (15), no Rio. A pouco mais de duas semanas do primeiro turno das eleições, ele destacou novamente, em breve discurso, temas caros aos religiosos conservadores. Falou do combate ao aborto, à descriminalização das drogas e à chamada "ideologia de gênero". Nenhum desses pontos, porém, integra os programas de seus adversários, nem tem sido cogitado por eles.

Bolsonaro falou em culto em homenagem ao aniversário de 64 anos do pastor Silas Malafaia, na zona norte carioca.

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"Nós resgatamos os nossos valores, nosso patriotismo, nossa liberdade e nossa fé", disse. "Tem coisas que são muito caras para nós: aborto, ideologia de gênero, drogas, propriedade privada e família."

Ao lado do governador Cláudio Castro e do senador Romário, candidatos do PL no Estado, Bolsonaro disse que "jamais esperava ser presidente". Afirmou ainda que "seria muito mais fácil estar do outro lado da Esplanada". O encontro contou com a participação de pastores e lideranças evangélicas, Um dos presentes era o pastor Cláudio Duarte. Ele é um dos mais aguerridos defensores do presidente na redes sociais.

Foi o segundo encontro religioso com a participação de Bolsonaro em menos de uma semana no Rio. No último sábado (10), ele esteve em Deodoro, na zona oeste. Discursou na Convenção das Assembleias de Deus do Ministério de Madureira. Sua abordagem foi muito parecida com a do culto da noite desta quinta.

O movimento se deu após o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, presidenciável pelo PT, intensificar sua agenda voltada ao público evangélico nas duas últimas semanas. Na sexta (9), o petista se reuniu com pastores em São Gonçalo, na Região Metropolitana fluminense. Os religiosos oraram pela saúde e vitória do postulante do PT.

Pesquisas apontam ampla vantagem do presidente sobre Lula nesse segmento. É um dos poucos onde o presidenciável do PL vence o petista - e com larga vantagem, com o dobro das intenções de voto.

No fim do culto, o pastor Silas Malafaia reuniu Bolsonaro, Castro, Romário e os pastores Sóstenes Cavalcante e Samuel Malafaia, candidatos à Câmara dos Deputados, no púlpito da igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, no bairro da Penha. Dirigiu-se aos fiéis. "Nunca na história do Brasil tivemos um presidente que honrasse o povo cristão, a igreja de Cristo e Deus como o presidente Jair Bolsonaro. Nós somos mais de 30% da população, a igreja evangélica. Nós vamos influenciar, sim. Se sindicalista, socialista e comunista influencia, nós vamos influenciar, sim", disse Silas Malafaia.

O ministro Paulo de Tarso Sanseverino, do Tribunal Superior Eleitoral, determinou nesta quinta-feira, 15, mais uma vez, a suspensão da veiculação, em inserções ou programas em bloco, de propagandas do presidente Jair Bolsonaro em que a primeira-dama Michelle apareça por tempo superior ao permitido pela legislação eleitoral. O magistrado ainda proibiu a veiculação de propagandas com o mesmo teor, sob pena de multa de R$ 25 mil.

A decisão atendeu um pedido da Coligação Brasil da Esperança, que patrocina a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Palácio do Planalto. O grupo sustentou que a campanha de Bolsonaro lançou mão de uma 'trucagem' para seguir veiculando propaganda que já havia sido suspensa por ordem do TSE.

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A peça em questão era protagonizada pela primeira-dama que aparecia por tempo superior a 25% do tempo total da inserção, contrariando a lei eleitoral. A propaganda era narrada integralmente por Michelle, com a alternância entre passagens da mulher de Bolsonaro e de imagens de obras e outros serviços.

De acordo com a Coligação Brasil da Esperança, a propaganda agora questionada usou 'artifício da tecnologia' para continuar veiculando a peça suspensa pelo TSE, ao contar com uma dubladora. Segundo o grupo, a artimanha 'causa, de forma clara, no eleitor a impressão de que as frases estão sendo ditas pela primeira-dama, uma vez que a narradora não alterou sequer as frases'.

Ao analisar o caso, Paulo de Tarso Sanseverino apontou que o teor da fala veiculada na propaganda eleitoral agora questionada é 'idêntico' ao depoimento proferido por Michelle na inserção derrubada pelo TSE. Segundo o magistrado, ao longo do vídeo, são veiculadas cenas diversas contendo mulheres, crianças e o presidente, além de imagens da primeira-dama nos trechos em que a fala se dá em primeira pessoa.

Assim, na avaliação do ministro, 'persiste a participação de Michelle Bolsonaro, na condição de apoiadora, em mais de 25% do tempo da inserção, haja vista a veiculação, durante toda a propaganda, de depoimento com aparência de ter sido por ela proferido'.

"Com efeito, o discurso veiculado, além de igual ao da inserção anterior, apresenta trechos em que as falas na primeira pessoa do singular ("O meu depoimento não é só de uma esposa, que ama o marido" e "Eu sei quem é ele dentro de casa") são exibidas simultaneamente à imagem de Michelle Bolsonaro dizendo-as, dando a entender se tratar de depoimento da própria, sobretudo porque o áudio se mostra contínuo, isto é, sem mudança da voz feminina que o profere", registrou.

Assim, Sanseverino entendeu que o fato de a aparição de Michelle Bolsonaro na inserção ter sido reduzida, dando lugar a outras cenas, 'não afasta a sua participação durante 100% do tempo da inserção via áudio consubstanciado em seu discurso'.

Considerando que, em julgamento anterior que analisou a fala idêntica da primeira dama, o TSE entendeu que o pronunciamento desrespeitou a lei eleitoral, o ministro registrou que, em uma primeira análise, 'verifica-se a probabilidade de reconhecimento da irregularidade da inserção de propaganda eleitoral em questão'.

Segundo a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, a mulher é a "ajudadora" do esposo. Ela também afirmou que por ser "espiritual" e Jair Bolsonaro, "técnico", eles se completam. As declarações foram dadas na quarta-feira (14), durante agenda de campanha do presidente e candidato à reeleição, em Natal (RN). Trecho da fala foi publicado pelo portal UOL.

"Aqui tem um homem talvez um pouco mais técnico, mas aqui tem uma mulher espiritual. Então, eu acho que se completa, né? Tem que ser assim, minhas amadas. A mulher é ajudadora do esposo, não é isso? É a gente que aguenta, né? Mas graças a Deus, Deus tem falado muito ao coração do meu marido", disse.

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Conquistar o voto das mulheres é essencial para Bolsonaro, por isso, Michelle se tornou uma das estrelas da campanha. Conforme mostrou o Estadão, na convenção do PL, a primeira-dama chegou a inflar leis de proteção ao público feminino aprovadas durante a gestão do marido.

Desde o início da campanha, Michelle coleciona uma série de frases e declarações polêmicas. Em agosto, afirmou que o Palácio do Planalto era consagrado a demônios antes da posse de Bolsonaro. No mesmo mês, associou religiões de matrizes afro-brasileiras, como a umbanda e o candomblé, às "trevas".

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, anunciou nesta quinta-feira (15) uma campanha pela paz nas eleições. O lançamento ocorre no Dia Internacional da Democracia e tem o objetivo de lembrar, segundo Moraes, que "adversários não são inimigos, devem se respeitar e devem jogar a regra do jogo, que no caso eleitoral, é a legislação eleitoral e a Constituição".

"É importantíssimo comemorarmos e lembrarmos no Dia da Democracia que o TSE e todo o Poder Judiciário existe para garantir o estado democrático de direito e para garantir a democracia", ressaltou o presidente da Corte.

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Moraes lamentou casos de violência física e verbal ocorridos no contexto das eleições deste ano e lembrou a agressão do deputado Douglas Garcia (Republicanos-SP) à jornalista Vera Magalhães em debate realizado na última terça-feira (13). "Coisa totalmente fora dos padrões de civilidade", criticou.

Ex-juiz e candidato ao Senado pelo Paraná, Sérgio Moro (União Brasil) vai ter de pagar multa de R$ 10 mil após ignorar decisão judicial. O ex-ministro manteve no ar vídeo em que aparecia um músico que afirma não ter dado autorização para o uso de sua imagem. O autor da ação alega ainda que a peça lhe causou constrangimentos.

As informações foram divulgadas pela colunista Mônica Bergamo. O Estadão confirmou as informações da multa aplicada pela 6ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Paraná a partir da decisão da juíza Ana Lúcia Ferreira. Cabe recurso da sentença. A decisão original pela remoção do conteúdo é de 22 de junho, porém, Moro manteve a peça no Facebook até o dia 5 de setembro. No Twitter e no Instagram, o vídeo foi removido.

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A advogada do trompetista Reinaldo Soares Neto, Tânia Mandarino, autor da ação, disse à colunista que vai recorrer da sentença para ampliar a multa a no mínimo R$ 25 mil. Apoiador de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o músico alegou ter sido questionado sobre ter "trocado convicções por cachê" e que passou a ser visto com "desconfiança por donos de bares onde era chamado para tocar".

A Coligação Brasil da Esperança, do ex-presidente e candidato Luiz Inácio Lula da Silva, apresentou nesta quarta-feira (14) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um pedido de providências sobre o fato de a plataforma YouTube favorecer conteúdos pró-bolsonaro, sobretudo aqueles produzidos pela Rede Jovem Pan de Comunicação. O favorecimento foi revelado por uma pesquisa publicada pela NetLab, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 

  No pedido, os advogados da campanha de Lula argumentam que a Justiça Eleitoral e as plataformas digitais assinaram um memorando de entendimento no início de 2022, com o objetivo de combater a desinformação. Também se comprometeram, neste caso a empresa Google (que detém a plataforma YouTube), a conferir acesso amplo a informações produzidas por fontes confiáveis. 

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  "O privilégio concedido aos conteúdos da Rede Jovem Pan podem violar esse acordo, bem como o princípio da neutralidade das redes, previsto no Marco Civil da Internet", afirmam os advogados.   

A Coligação Brasil da Esperança pede ao TSE que o Google seja provocado a se manifestar sobre os dados levantados pelo estudo da UFRJ e que informe quais medidas adotará para corrigir a irregularidade apontada. 

  "O estudo referenciado traduz a compreensão de que a plataforma YouTube não trata de forma isonômica o conteúdo distribuído ao usuário a título de 'conteúdo informativo', dada a sua concentração em uma mesma rede de produção de conteúdo sobre a qual, de forma ainda mais grave, recai graves indícios de imparcialidade política", defendem os advogados. 

 A Coligação Brasil da Esperança, que tem como candidato o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é formada pelos partidos PT, PV, PCdob, PSOL, REDE, PSB, Solidariedade, Avante, Agir e Pros.

*Da assessoria 

A campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) entrou em campo para tentar reverter o desgaste provocado pelo corte no Orçamento de 2023 nas verbas da Farmácia Popular, que distribui gratuitamente remédios à população de baixa renda.

Até o momento, porém, não há nenhum movimento do governo para mudar o projeto que já foi enviado ao Congresso. Como revelou o Estadão, a proposta de Bolsonaro foi colocar mais dinheiro no orçamento secreto, esquema montado pelo seu governo para compra de voto no Parlamento.

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A tesoura de 60% nos recursos para os medicamentos do programa foi revelada pelo Estadão na semana passada. Na terça, 13, a reportagem apresentou a lista dos medicamentos que são oferecidos pelo governo dentro do programa e que vão ser atingidos. O corte restringe de fraldas geriátricas a 13 tipos diferentes de princípios ativos de remédios usados no tratamento da diabetes, hipertensão e asma, segundo alerta da ProGenéricos, associação que reúne os principais laboratórios que atuam na produção e comercialização no País.

O governo Bolsonaro retirou verba do programa, considerado uma política bem-sucedida para desafogar o SUS, para garantir mais recursos em 2023 ao orçamento secreto. O presidente não vetou as emendas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2023 e o projeto enviado ao Congresso no fim de agosto prevê R$ 19,4 bilhões para o orçamento secreto, modalidade de destinação de verbas sem critérios técnicos ou mesmo vínculos com políticas públicas.

Na manhã desta quarta, 14, depois da repercussão da manchete do Estadão com a reportagem sobre a tesourada no programa, que está sendo replicada por rádios de todo o País, a campanha acionou o presidente para a necessidade de anunciar a recomposição dos recursos. Os ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Saúde, Marcelo Queiroga, foram acionados pelo presidente.

O programa Farmácia Popular atende mais de 21 milhões de brasileiros em quase 3,5 mil municípios, por meio de mais de 28 mil farmácias conveniadas, segundo dados do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma) referentes a 2021.

De acordo com o Sindusfarma, estudos demonstram que o programa tem ajudado uma grande parcela da população, especialmente famílias de baixa renda, a seguir corretamente tratamentos de saúde, principalmente de doenças crônicas e de larga incidência, como hipertensão e diabetes.

Nas redes sociais, aliados do presidente estão tentando mostrar que não faltam medicamentos nas farmácias credenciadas agora, mas escondem que o corte dos recursos foi feito no projeto de Orçamento de 2023 - e que só vai ser votado depois das eleições. Ou seja, se nada for feito, os remédios e fraldas geriátricas vão faltar no ano que vem.

O projeto de Orçamento tem sido fonte de desgaste para o presidente nas eleições. A proposta foi sem recursos para manter o Auxílio Brasil em R$ 600 em 2023 (ficou a previsão de R$ 405) e sem a correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física, promessas do presidente. Por outro lado, o governo manteve no texto a desoneração dos combustíveis com custo de R$ 52 bilhões no ano que vem.

Na semana passada, em nota, o Ministério da Economia afirmou que os cortes na Farmácia Popular são resultado da "enorme rigidez alocativa a que a União está subordinada, agravada pela necessidade de alocação de recursos para reserva de emendas de relator", afirma, em referência ao orçamento secreto.

O ministério disse ainda que "embora a situação gere uma alocação de recurso inicialmente aquém da vontade do governo federal, a discussão em torno do valor final a ser destinado no próximo ano se dará no Congresso Nacional, o ambiente legítimo e, com certeza, sensível aos anseios e às escolhas da sociedade em torno das políticas públicas consideradas mais relevantes", diz a nota. Ou seja, jogou a responsabilidade para recompor as verbas do programa para os deputados e senadores.

Segundo Leonardo Ribeiro, especialista em Orçamento, o presidente da República pode enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação nos projetos enquanto não for iniciada a votação na Comissão Mista de Orçamento (CMO). O Ministério da Economia foi questionado sobre se haverá alguma alteração do projeto apresentado ao Congresso, mas não respondeu.

"É um processo político, ainda não houve encaixe", disse o ministro da Economia, Paulo Guedes, a empresários durante almoço na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), nesta quarta-feira, 14. Ele não sinalizou que enviará uma mudança ao projeto de Orçamento de 2023 que já foi entregue ao Congresso no dia 31 de agosto.

Procurado desde a semana passada, o Ministério da Saúde não se manifestou.

Na sessão administrativa desta terça-feira (13), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) respondeu afirmativamente às indagações apresentadas em consulta formulada pela deputada federal Celina Leão (PP), que questionou o cumprimento do percentual de tempo de propaganda eleitoral relativo a candidaturas de mulheres e pessoas negras. 

A consulta, com cinco indagações acerca de parâmetros e medidas que efetivamente assegurem as candidaturas de mulheres e pessoas negras, assim como o devido espaço de tempo na propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV, foi deferida por unanimidade pelo Plenário, que acompanhou o voto do relator, ministro Benedito Gonçalves. 

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Ao explanar sobre cada um dos questionamentos contidos na consulta, Gonçalves afirmou que o tempo de propaganda eleitoral gratuita para candidaturas de mulheres e pessoas negras deve observar não apenas o percentual global, mas também os percentuais individuais, assim considerados separadamente, em rádio e televisão, os blocos e as inserções. 

“O cálculo apenas global poderia representar, entre outras consequências, a redução da efetividade da ação afirmativa, haja vista brechas por meio das quais a propaganda dessas candidaturas poderia ser direcionada a plataformas de menor alcance”, explicou. 

O ministro também votou no sentido de confirmar que os tribunais eleitorais devem disponibilizar as informações do tempo de propaganda gratuita dessas candidaturas com base nos dados fornecidos por partidos políticos, federações e coligações constantes do formulário previsto no Anexo III da Resolução TSE nº 23.610/2019. Segundo o relator, a falta dessas informações inviabiliza quaisquer providências em caso de descumprimento dos percentuais, fazendo com que os interessados busquem, emissora por emissora, tais dados. 

Ainda conforme o ministro, o tempo das referidas candidaturas deve observar o período global da campanha, bem como os ciclos semanais. Segundo ele, a existência de ciclos semanais a um só tempo contempla a periodicidade já prevista na Lei nº 9.504/1997, prestigia a ação afirmativa e preserva a autonomia partidária, garantindo-se às legendas que gerenciem a propaganda, desde que respeitado o critério de cálculo.

  No que tange a eventuais penalidades, o ministro afirmou que a inobservância dos percentuais mínimos de propaganda gratuita para essas candidaturas, embora não autorize a Justiça Eleitoral a impor sanções de direito material, possibilita que os interessados ajuízem representação para fins de compensação e requeiram as imposições de medidas pessoais típicas.

Diante do princípio da reserva legal, Gonçalves reforçou que não cabe ao Poder Judiciário criar sanções, o que não se confunde, porém, com a mera regulamentação dos critérios de aferição dos percentuais da propaganda, tema das demais indagações. 

Por fim, o ministro destacou que, na hipótese de inobservância dos percentuais destinados às referidas candidaturas, deve haver a respectiva compensação nas semanas seguintes, até o fim da campanha.

*Do TSE

O Progressistas doou R$ 1 milhão para a campanha presidencial de Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição. Na lista de doadores e fornecedores aberta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), através do DivulgaCand (Contas), é possível visualizar o registro do montante, mas como repasse. O partido progressista tem um histórico de alianças com a gestão bolsonarista, tendo se solidificado através da relação do mandatário com Ciro Nogueira, presidente da sigla e ministro-chefe da Casa Civil. 

Segundo a prestação de contas, o dinheiro é um repasse de uma outra transferência feita pelo controlador da Cosan, Rubens Ometto, à direção nacional do partido aliado de Bolsonaro. A informação de que o repasse à sigla teria destino final à conta de campanha do chefe do Executivo é do UOL. 

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Na lista de doações de Ometto aparece uma transferência de R$ 1,5 milhão para a direção do Progressistas na Paraíba. Entre os repasses da sigla no estado não há registro de que parte desse valor tenha sido encaminhado à direção nacional. Veja no recorte abaixo:

Captura de tela da listagem do DivulgaCand. Divulgação/TSE 

O controlador da Cosan, Rubens Ometto, lidera a lista com um desembolso de R$ 5,75 milhões para 24 diferentes destinatários. O PSD é o maior beneficiário. O partido recebeu 35% do total doado pelo empresário. Ometto não fez doações diretas para os candidatos à Presidência. 

As assessorias de imprensa do Progressistas e a do empresário Rubens Ometto não responderam à reportagem sobre a transferência. O PL, partido de Bolsonaro, já transferiu ao todo R$ 15, 645 milhões para a campanha do seu candidato. O Republicanos, outra sigla da coligação do presidente, ainda não transferiu recursos. 

 

A campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) calcula ter recebido aproximadamente 300 mil doações individuais nas últimas 24 horas, após aliados e simpatizantes pedirem transferências de R$ 1 por pix para ajudar na tentativa de reeleição de Bolsonaro Planalto e combater "fraudes" na urna eletrônica.

Nas redes sociais, apoiadores vincularam a iniciativa a uma contagem paralela de votos contra fraudes na urna - tese de Bolsonaro que nunca foi comprovada e é contestada pela própria Justiça Eleitoral. Integrantes da campanha dizem que esse discurso não partiu do comitê, mas começaram a usar a iniciativa para turbinar o pedido de doações.

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No início da semana, uma mensagem começou a circular em grupos de WhatsApp e em outras redes sociais sugerindo que os eleitores de Bolsonaro enviassem um Pix para o CNPJ da campanha e assim organizassem um "parâmetro antifraude". O movimento gerou uma onda de doações com o valor de R$ 1 e preocupação com a prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que precisa ser feita de forma individual e enviada após 72 horas.

Pelas redes sociais, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do presidente, divulgou uma mensagem pedindo as doações e reforçou que a campanha está precisando de dinheiro. "Surgiu espontaneamente uma campanha de doação de R$ 1,00 para a campanha do Presidente Bolsonaro (assim como há outra de R$ 1.022,00 de produtores rurais). Informo que doação de qualquer valor é bem-vinda, desde que seja do seu coração. E, sim, estamos precisando", escreveu o parlamentar.

A deputada Carla Zambelli (PL-SP) gravou um vídeo para incentivar os eleitores a transferirem o Pix para a campanha do presidente. "Tem muita gente falando: doa 1 real porque a gente vai saber quantas pessoas vão votar no presidente. Na verdade, não é nem por isso que a gente pede a sua doação. A gente pede a doação para ajudar mesmo a campanha presidente porque é uma campanha cara e a sua contribuição pode fazer a diferença", disse.

Ao Estadão, Zambelli afirmou que a vinculação do Pix ao "parâmetro antifraude" foi feita por apoiadores e nem faz sentido porque não são todos os eleitores que farão a transferência. "A gente falou: vamos aproveitar que isso está viralizado e vamos dizer que pode ser feito realmente, mas qualquer valor."

O contador responsável pela campanha de Bolsonaro, Guilherme Sturm, disse ao Estadão que aproximadamente 300 mil doações foram feitas nas últimas 24 horas - o número ainda não foi confirmado, o que deve acontecer até quinta-feira (15). Ele estima que a maioria foi pix de R$ 1.

"Nós vamos processar isso mecanicamente e o processamento é feito com ferramentas digitais. É algo inusitado, mas já passou o primeiro susto", afirmou o contador, dizendo que será possível transmitir todas as informações ao Tribunal Superior Eleitoral em tempo hábil após uma preocupação inicial com o volume de doações.

O PL não priorizou a campanha de Bolsonaro na distribuição do fundo eleitoral. Candidatos a governador e o conjunto de deputados e senadores acabaram recebendo a maior fatia, o que levou o comitê a pedir doações individuais para empresários e outros eleitores - desde ruralistas até pessoas que possam ajudar com R$ 1. De acordo com a prestação de contas feitas pela campanha até o momento, Bolsonaro arrecadou R$ 21,9 milhões: R$ 10 milhões do fundo partidário, R$ 11,8 milhões de doações individuais e R$ 90 mil do fundo eleitoral.

A prestação de contas deve aumentar o custo da campanha de Bolsonaro com contabilidade. O contador afirmou, porém, que o gasto não inviabiliza o processamento. Para cada doação, ele calcula um custo de 10 centavos para fazer a prestação de contas.

O candidato ao Governo de Pernambuco, Miguel Coelho (UB) percorreu as ruas de São Lourenço da Mata junto com o candidato a estadual Bruno Pereira na "Caminhada 44", aquecendo nesta reta final da campanha.   

Após percorrer as ruas da cidade, Miguel aproveitou o clima chuvoso para falar de um de seus principais compromissos, abastecimento. Ele disse que o PSB de Paulo Câmara e Danilo Cabral deixou Pernambuco alcançar o status de líder em falta de água e desperdício. Miguel falou ainda que, após assumir o governo, a insegurança hídrica tem data para acabar. 

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 "Assumo aqui um compromisso: nos próximos quatro anos, não haverá nenhuma cidade, nenhum bairro no nosso estado onde as pessoas tenham que passar pela humilhação da falta de água, do rodízio ou do racionamento", disse Miguel. "Isso acontece porque tem um governo incompetente, acomodado, que só lembra do povo na hora de cobrar a conta e o imposto, mas na hora de trabalhar ele vira as costas para quem mais precisa", pontuou. 

 Para sanar o problema e cumprir o compromisso, Miguel Coelho ressaltou que vai realizar a concessão da Compesa, cujos recursos irão custear várias obras previstas no seu plano de governo. Ele assegurou que no modelo proposto, a companhia vai continuar responsável pela captação, produção e tratamento de água, e que a distribuição, coleta e tratamento de esgoto serão concedidas à iniciativa privada.

  Além de Bruno Pereira, que articulou a caminhada em São Lourenço, participaram lideranças locais e de municípios vizinhos. Também estiveram no do ato político a candidata a vice Alessandra Vieira, o senador Fernando Bezerra, o ex-prefeito Jairo Pereira, o candidato a deputado federal Guilherme Uchoa Júnior, e o ex-prefeito de Carpina, Carlinhos do Moinho. 

*Da assessoria 

O candidato a deputado federal por São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) disse que foi ameaçado por um bolsonarista enquanto panfletava nessa sexta-feira (9), em São Bernardo do Campo, no interior de São Paulo. O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem-teto contou que o homem esbravejou "aqui é Bolsonaro" e mostrou uma arma na cintura ao recusar o material de campanha.

O incidente ocorreu no fim da tarde, na Rua Marechal Deodoro, Centro de São Bernardo do Campo. Boulos relatou que estava acompanhado da candidata a deputada estadual Ediane Maria (PSOL) e cerca de 30 pessoas.

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Em seu perfil nas redes sociais, o candidato comunicou que vai entrar com uma representação no Ministério Público Eleitoral (MPE) para identificar e punir o cidadão.

"Ameaças bolsonaristas não vão nos intimidar", destacou Boulos, que informou que a agenda não será alterada: "Seguiremos na rua, dialogando com as pessoas e virando votos".

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O candidato a vice-presidente na chapa petista, Geraldo Alckmin (PSB), resolveu se pronunciar sobre o resgate, por bolsonaristas na internet, de falas antigas em que acusava seu hoje companheiro de chapa, o candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva, de envolvimento com corrupção. Em vídeo divulgado nas redes sociais a ser exibido em rede nacional de rádio e televisão, o ex-tucano e antes adversário político histórico do PT afirmou ter sido iludido e defendeu que Lula foi preso injustamente.

"Muito cuidado. Nesta eleição, antigas falas minhas estão sendo usadas por Bolsonaro para confundir o povo. Naquela época, muitos de nós fomos iludidos por um julgamento que depois a própria Justiça anulou porque foi parcial e suspeito. Hoje, está provado que Lula foi preso injustamente", diz Alckmin. No dia da prisão de Lula, em 2018, ele declarou que "ninguém está acima da lei".

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Na peça divulgada nesta sexta, 9, o ex-governador de São Paulo aproveita para subir o tom contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição. "Agora, é a família Bolsonaro que precisa explicar ao povo a compra de 51 imóveis com dinheiro vivo", afirma.

Expoentes do bolsonarismo como o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), coordenador geral da campanha à reeleição do pai, compartilham à exaustão vídeo em que Alckmin, enquanto candidato a presidente em 2018, acusou o PT de querer "voltar à cena do crime" com a candidatura de Lula, que estava preso pelos desdobramentos da Operação Lava Jato. Impedido pela Justiça, o petista deu a Fernando Haddad a missão de substituí-lo nas urnas. Ele acabou perdendo a disputa em segundo turno para Bolsonaro.

Em 2021, o Supremo Tribunal Federal (STF) acabou por anular os processos de Lula por erros processuais e considerou Sergio Moro (União Brasil), posteriormente ministro de Bolsonaro e hoje candidato ao Senado pelo Paraná, um juiz parcial para julgar o ex-presidente.

Candidatas e candidatos, partidos políticos, coligações e federações partidárias devem ter uma atenção especial com o artigo 22 da Resolução do TSE nº 23.610, que trata da propaganda eleitoral, do horário gratuito e de condutas ilícitas durante a campanha. 

O artigo estabelece 12 tipos de propaganda que a Justiça Eleitoral não pode tolerar durante o período e é taxativo ao afirmar que a pessoa que descumprir a regra poderá responder judicialmente. 

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Confira os 12 tipos de propagandas vedadas pela legislação: 

1) Veiculação de preconceitos de origem, etnia, raça, sexo, cor, idade, religiosidade, orientação sexual, identidade de gênero e quaisquer outras formas de discriminação, inclusive contra pessoa em razão de deficiência; 

2) Veiculação de propaganda de guerra, de processos violentos para subverter o regime, a ordem política e social; 

3) Veiculação de propaganda provocadora de animosidade entre as Forças Armadas ou contra elas, ou delas contra as classes e as instituições civis; 

4) Veiculação de incitamento de atentado contra pessoa ou bens; 

5) Veiculação de propaganda que instigue a desobediência coletiva ao cumprimento da lei de ordem pública; 

6) Propaganda que ofereça, prometa ou solicite dinheiro, dádiva, rifa, sorteio ou vantagem de qualquer natureza; 

7) Veiculação de propaganda que perturbe o sossego público, com algazarra ou abuso de instrumentos sonoros ou sinais acústicos, inclusive aqueles provocados por fogos de artifício; 

8) Propaganda feita por meio de impressos ou de objeto que a pessoa inexperiente ou rústica possa confundir com moeda; 

9) Propaganda que prejudique a higiene e a estética urbana; 

10) Propaganda que calunie, difame ou injurie qualquer pessoa, bem como atinja órgãos ou entidades que exerçam autoridade pública; 

11) Propaganda que desrespeite os símbolos nacionais; 

12) Propaganda que deprecie a condição de mulher ou estimule sua discriminação em razão do sexo feminino, ou em relação à sua cor, raça ou etnia. 

 Esferas penal e cível  Já o artigo 23 da mesma resolução destaca que qualquer pessoa que se sentir ofendida por calúnia, difamação ou injúria, sem prejuízo e independentemente da ação penal cabível, poderá solicitar, na esfera cível, a reparação do dano moral. Responderá pelo dano a pessoa que ofendeu e, solidariamente, o partido político desta, quando for responsável por ação ou omissão. Também responderá pelo dano a pessoa que, favorecida pelo crime, tenha de qualquer maneira contribuído para a prática. 

*Da EM/CM, DM

Não exagera quem questiona hoje se política é o único assunto nas redes sociais. Em agosto, o número de menções aos candidatos à Presidência aumentou mais de sete vezes. Com isso, passou de 2,9 milhões, de julho, para 20,9 milhões de postagens, no mês passado. Os dados constam de relatório da Torabit, empresa parceira do Estadão no Monitor de Redes Sociais.

O crescimento na popularidade dos candidatos, de 620%, está relacionado ao início da campanha, no dia 16, e a eventos que atraíram o interesse dos eleitores. Os destaques são as sabatinas do Jornal Nacional, da TV Globo, e o debate organizado por Band, Cultura, UOL e Folha de S.Paulo.

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O nome mais citado entre os concorrentes ao Palácio do Planalto é o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 44,4% dos posts monitorados no Twitter, Instagram, Facebook e YouTube. A métrica engloba tanto menções positivas quanto negativas. Já o presidente Jair Bolsonaro (PL) é o segundo, com 40,5%, e reduziu a distância em comparação com julho. Os demais candidatos são bem menos comentados, mas cresceram com aparições na mídia tradicional.

"O que se passa na TV e no rádio interfere nas redes sociais", diz Maria Paula Almada, pesquisadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Democracia Digital (INCT.DD), da Universidade Federal da Bahia (UFBA). "O material de debates, horário eleitoral e entrevistas ao Jornal Nacional reverbera tanto entre apoiadores quanto adversários, que vão tirar o que houve de negativo para circular nas redes."

‘TCHUTCHUCA’ - Bolsonaro protagonizou um episódio de engajamento na internet ao se envolver em confusão com o youtuber Wilker Leão, no Palácio da Alvorada. O youtuber gritou ofensas contra o presidente e o chamou de "tchutchuca do Centrão" enquanto filmava a cena, até que Bolsonaro parte em sua direção, puxa-o pelo braço e tenta tomar o celular.

O termo chegou ao primeiro lugar dos trending topics mundial do Twitter, alavancado por opositores. Das 386 mil menções, 90,8% foram negativas, o que inclui piadas e memes. Perfis chamaram o presidente de "ladrão de celular" e criaram uma letra de funk com nomes de aliados e referências ao "orçamento secreto".

A militância bolsonarista, por outro lado, conseguiu mobilizar apoiadores para a convocação dos atos do dia 7 de Setembro, quando se comemora o Bicentenário da Independência. Aliados e o próprio presidente também exploraram entrevistas concedidas aos podcasts Flow, Ironberg e Cara a Tapa.

Lula ganhou o reforço do deputado federal André Janones (Avante-MG), que era responsável por cerca de 1,2 mil menções diárias. O apoio do parlamentar, por exemplo, proporcionou uma das lives mais comentadas no Facebook.

Assim como quando recebeu a adesão à sua candidatura da cantora Anitta, Lula virou assunto com a declaração de voto de celebridades como o ator Bruno Gagliasso e a cantora e ex-BBB Juliette.

DESAFIO - O principal desafio do petista é se sobrepor ao fluxo de menções negativas em referência à corrupção. Assim como em julho, o assunto foi o mais citado em posts sobre Lula, com incidência de 21%. Foi também o tema escolhido por Bolsonaro para confrontar o adversário no debate.

No YouTube, o vídeo do apoio de Lula à tolerância religiosa e à manutenção das igrejas em seu governo foi o destaque de visualizações. Foram mais de 5,5 milhões de pessoas alcançadas graças ao impulsionamento. A campanha gastou pouco mais de R$ 2 milhões em anúncios no Google - dos quais R$ 1,61 milhão apenas na plataforma de vídeos online.

Para Maria Paula, o investimento em ataques mútuos por Bolsonaro e Lula pode ter efeito contrário. "A campanha negativa é ruim para ambos os candidatos porque os dois têm uma taxa de rejeição altíssima. Essa estratégia fará com que a rejeição aumente ainda mais."

Corrupção, diz Stephanie Jorge, cofundadora da Torabit, ainda que não seja uma agenda prioritária para as campanhas, mobiliza os internautas. "É um assunto sempre em alta nas buscas das eleições."

PELOTÃO - Para ela, é importante que as campanhas, em especial as que estão no pelotão da retaguarda, como a de Ciro Gomes (PDT) e a de Simone Tebet (MDB), invistam em "conteúdo, constância e interação" como os principais elementos para manter o crescimento. Ciro e Simone aumentaram a popularidade nas redes ao participarem das sabatinas do Jornal Nacional e com o início do horário eleitoral em rádio e televisão, além do debate da Band - que também beneficiou Soraya Thronicke (União Brasil) e Felipe d’Avila (Novo).

O pedetista foi o terceiro em melhor desempenho na amostra de posts com a hashtag #JornalNacional. Ele também explorou a entrevista para o programa Roda Viva, da TV Cultura, em suas páginas oficiais. Por outro lado, precisou lidar com críticas na internet por apresentar uma peça de propaganda que mostrava uma barragem se rompendo como forma de defender uma alternativa para a polarização política.

Simone, que teve audiência menos expressiva na sabatina, recuperou-se com o debate da Band. Ela e Soraya tiveram cerca de 10% das menções cada nas redes, mais do que o triplo do desempenho esperado. Parte dessa popularidade é explicada por ataques bolsonaristas - no caso de Soraya, uma das estratégias foi chamá-la de "traíra" pelo fato de ter apoiado Bolsonaro em 2018. 

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