Tópicos | Centenário

Em homenagem ao centenário do cantor e compositor Jackson do Pandeiro, o grupo Forró Casamarela recebe o cantor Silvério Pessoa no Baile da Cigarra, neste sábado (17), na Casa Astral, no Poço da Panela, Recife.

No tributo ao Rei do Ritmo, o grupo abre a noite ao som de músicas já consagradas de seu repertório. Luiz Gonzaga, Dominguinhos e Trio Nordestino são alguns dos nomes que norteiam a apresentação do Forró Casamarela.

##RECOMENDA##

Já Silvério Pessoa, que desde que integrava a banda Cascabulho revisita a obra de Jackson do Pandeiro, apresenta com o Casamarela parte de seu mais recente álbum “Cabeça Feita - Silvério Pessoa canta Jackson do Pandeiro”, com canções como "Cabeça feita", "Na Base da Chinela", "Cabo Tenório", “1x1” e "Mãe Maria".

Os ingressos já estão disponíveis no site do Sympla. Aniversariantes da semana têm entrada gratuita até 18h30.

Serviço

Baile Sina de Cigarra - Homenagem ao centenário de Jackson do Pandeiro

Sábado (17) | 17h

Casa Astral (Rua Joaquim Xavier de Andrade, 104 – Poço da Panela)

R$ 15 (Lote 1), R$ 20 (Lote 2), R$ 25 (Lote 3) e R$ 30 (no dia do evento)

Ele nasceu no dia 31 de agosto de 1919, em Alagoa Grande (PB). Por conta de sua notável destreza vocal no trato com divisões rítmicas de xotes, cocos, emboladas, baiãos, sambas e outros sons, ganhou o título de rei do ritmo. Os 100 anos de Jackson do Pandeiro recebem homenagem da Banda Sinfônica do Recife, nesta quarta (26), às 20h, no Teatro de Santa Isabel, centenária casa de espetáculos mantida pela Prefeitura do Recife.

O medley em celebração ao artista nordestino tem participação especial do cantor Josildo Sá. O espetáculo é gratuito, com distribuição de ingressos iniciada uma hora antes, na bilheteria do teatro.

##RECOMENDA##

Para mim, Jackson do Pandeiro e Luiz Gonzaga são os dois maiores ícones da música nordestina. Como era um grande percussionista, Jackson trouxe para o canto uma habilidade com a divisão rítmica, realmente, muito original. Essa maneira de cantar, de dividir, nenhum cantor fez ou faz como ele, exalta Nenéu Liberalquino, regente da Banda Sinfônica.

Além da "Homenagem a Jackson do Pandeiro", o programa preparado pelo maestro Nenéu contempla outros clássicos da música brasileira e internacional. O concerto abre com a intensa e dramática "Galop", do russo Dmitri Shostakovich, para em seguida enveredar pela beleza da "Ária das Bachianas Brasileiras n. 5", de Heitor Villa-Lobos.

Criada pelo pianista e compositor paraibano Geraldo Medeiros, a obra "Côco ta-ra-ta-tá" prepara o clima para celebração à memória de José Gomes Filho, o Jackson do Pandeiro. O medley arranjado por Nilson Lopes é composto pelas músicas "O canto da ema", "Sebastiana", "Cabeça feita" e na "Base da chinela".

Com mais de 20 anos de carreira e tarimbado na arte do canto em ritmos quebrados - como o samba de latada - o cantor Josildo Sá sobe ao palco do Santa Isabel e se integra ao conjunto musical nessa homenagem a Jackson.

Para encerrar a noite, a Banda Sinfônica do Recife interpreta "Tarantella", grande clássico da cultura italiana, e "Pilatus: Mountain Of Dragons", de Steve Reineke – composição carregada de momentos climáticos, que lembra grandes trilhas sonoras de filmes.

*Da assessoria

Jackson do Pandeiro foi o nome escolhido para receber as homenagens do 29º Festival de Inverno de Garanhuns (FIG). Em 2019, é celebrado o centenário de nascimento do paraibano que ficou imortalizado na história musical do país como um dos criadores da identidade da música brasileira.

Outro motivo da escolha é o fato de Pernambuco ter sido o Estado que consagrou o músico, promovendo sua carreira por todo o país. O paraibano chegou a morar no Recife e foi na capital pernambucana, em 1953, que gravou seu primeiro disco.

##RECOMENDA##

Para relembrar a história e obra de Jackson, o Rei do Ritmo, um grande concerto está sendo montado para o público do FIG. Este ano, o festival acontece entre os dias 18 e 27 de julho. O evento é uma realização do Governo do Estado de Pernambuco através da Secretária de Cultura e Fundarpe.

A Fundação Cultural Tancredo Neves do Estado do Pará (Centur) promoveu, na quinta-feira (30), um duplo lançamento de livros em homenagem ao centenário do escritor paraense Ildefonso Guimarães. A cerimônia é uma parceria da família do ficcionista com a Editora Paka-Tatu.

No evento foram lançados a segunda edição de “Senda Bruta”, que foi originalmente publicado por Ildefonso em 1965 e recebeu o prêmio Samuel Mac Dowell do Governo do Estado, organizado pela Academia Paraense de Letras; e o inédito “Ildefonso Guimarães – Ensaio do Centenário”, dos escritores José Arthur Bogéa, Paulo Maués Corrêa e Paulo Nunes.

##RECOMENDA##

Nascido em Santarém, oeste do Pará, no dia 23 de janeiro de 1919, Ildefonso passou a maior parte de sua vida em Óbidos, cidade que o inspirou na escrita de diversas obras. O escritor também trabalhou como jornalista e fez parte da Academia Paraense de Letras desde 1966. Ele morreu aos 85 anos, em 2004, e faria 100 anos neste ano. Outros livros do autor são: “História sobre o Vulgar” (1961), “Os Dias Recurvos” (1984), “Contos Recontados” (1990), “Sombras do Entardecer” (2004) e “Crônicas de Rua” (2011).

Por Ana Luiza Imbelloni.

Há 100 anos, no dia 29 de maio de 1919, o Brasil bateu o Uruguai por 1 a 0 e conquistou o título do Sul-Americano, torneio que anos mais tarde viria se chamar Copa América. A partida tornou-se um marco na história do futebol nacional. O governo decretou ponto facultativo nas repartições públicas, os bancos e as principais casas comerciais ficaram fechados. Pela primeira vez o futebol deixava de ser exclusivo da elite e virava a alegria do povo. Nascia ali a paixão do povo pela seleção brasileira.

O autor do gol da primeira conquista da seleção foi Friedenreich, filho de um alemão com uma negra. Para Mario Filho, um dos principais cronistas esportivos do País, autor de "O Negro no Futebol Brasileiro", a conquista significou a "democratização do futebol brasileiro". O gol foi de voleio e fez explodir o recém-inaugurado estádio das Laranjeiras, então principal palco do futebol nacional. Os torcedores nas arquibancadas e no alto dos morros que circundavam o palco da partida ainda não sabiam que aquela vitória sobre a seleção uruguaia seria o passo inicial para miscigenação do futebol nacional.

##RECOMENDA##

Até então, todos os ídolos anteriores do futebol brasileiro foram brancos. O negro só tinha vez na seleção em caso de corte de um branco. O gol fez o país também receber o apelido de Nelson Rodrigues, irmão de Mario Filho, de "A Pátria de Chuteiras".

QUEM FOI FRIEDENREICH? - Friedenreich foi transformado em herói nacional. Ganhou o apelido de "El Tigre" por parte dos uruguaios e suas chuteiras foram expostas em uma loja na Rua do Ouvidor, no Rio, após aquela conquista. No futebol brasileiro passou por 18 clubes ao longo da carreira e levantou inúmeros títulos. Fez do Paulistano o recordista de títulos estaduais entre 1917 e 1929 ao levantar seis troféus.

O estilo de jogo encantava os torcedores nos estádios. Pode-se se dizer que foi um revolucionário da bola, ao dar dribles mais curtos e chutar com efeito. Ele também se tornou o primeiro atleta a marcar sete gols em um único jogo na goleada do Paulistano por 9 a 0 sobre o União da Lapa, em 1928.

ESTÁDIO DAS LARANJEIRAS - A casa do Fluminense foi inaugurada em 11 de maio de 1919 com goleada do Brasil de 6 a 0 sobre o Chile na estreia do Sul-Americano. Foi o primeiro grande estádio nacional com capacidade na época para 18 mil torcedores. O estádio perdeu uma de suas arquibancadas na década de 50 a pedido da prefeitura local que decidiu duplicar uma rua.

Hoje em dia tem capacidade para 4.300 torcedores. Por um período passou a ser campo para treinamento do profissional do clube. Mas desde que o Fluminense inaugurou seu Centro de Treinamento, em 2016, o elenco principal deixou de ir ao local.

A REPORTAGEM CENTENÁRIA - Pelo acervo do Estado, é possível ter um pouco da dimensão da importância daquele jogo de cem anos atrás. O relato da partida mostra uma narração como se fosse de rádio e um "scout" do que aconteceu minuto a minuto da partida.

Há lances engraçados, como: "Milton inutiliza nova avançada por estar 'off-side'. É a terceira vez em cinco minutos. A linha brasileira está atacando, auxiliada valiosamente pelos jogadores de linha média. Registra-se novo 'off-side' de Milton".

A narração do gol foi assim: "Os uruguayos avançam, mas são de novo repelidos. Neco avança, enquanto Heitor apanha a bola e escapa fazendo um belíssimo passe a Friedenreich, que 'shoota' marcando o primeiro 'goal' para o quadro nacional às 16 horas e 52 minutos".

No dia seguinte ao relato uma foto de destaque no jornal mostrava milhares de pessoas aglomeradas na porta em frente ao Estado acompanhando por um placar o andamento da partida.

AS CONQUISTAS BRASILEIRAS - A seleção brasileira vai em busca a partir de 14 de junho de seu nono título da Copa América. E receber a competição foi historicamente fundamental para a equipe nacional erguer seus troféus. Tanto é que as quatro primeiras foram conquistadas em casa. Em 1919, 1922, 1949 e 1989, com o Brasil como sede, a força do torcedor fez a diferença e o time brasileiro foi campeão.

O primeiro título fora de casa aconteceu na Copa América da Bolívia, em 1997. Dois anos mais tarde, a equipe brasileira de Ronaldo Fenômeno e Ronaldinho, comandada por Vanderlei Luxemburgo, faturou o torneio disputado no Paraguai. Em 2004, o Brasil foi campeão no Peru e a conquista mais recente aconteceu em 2007, na Venezuela.

A Índia recorda neste sábado o centenário do massacre de Amritsar, uma das maiores atrocidades do período colonial britânico e pela qual o país ainda espera as desculpas de Londres.

O Alto Comissário (embaixador) britânico na Índia, Dominic Asquith, depositou uma coroa de flores durante uma cerimônia no monumento dos mártires de Jallianwala Bagh, um jardim cercado de muros onde aconteceu massacre na cidade de Amritsar, em Punjab.

##RECOMENDA##

As marcas de tiros ainda podem ser observadas nos muros.

Na tarde de 13 de abril de 1919, soldados britânicos cercaram o jardim e abriram fogo contra milhares de homens, mulheres e crianças desarmados, que estavam reunidos para celebrar o Baisakhi, uma festa organizada na região norte da Índia.

Amritsar era na época cenário de manifestações violentas contra as detenções e o reforço dos poderes repressivos das autoridades britânicas após a I Guerra Mundial.

O balanço exato do episódio, que exaltou os partidários da independência, é incerto. Os arquivos do período colonial citam 379 mortos, mas os números indianos mencionam quase mil.

Na quarta-feira, a primeira-ministra britânica, Theresa May, afirmou na Câmara dos Comuns que o massacre representa "uma vergonhosa cicatriz na história indiano-britânica".

"Lamentamos profundamente o que aconteceu e o sofrimento provocado", disse May, que assim como seus antecessores se recusou a pedir desculpas.

O ministro chefe de Punjab, Amarinder Singh, considerou as palavras de May insuficientes e pediu "desculpas oficiais claras".

Na sexta-feira, milhares de pessoas com velas participaram em uma vigília antes da cerimônia de sábado.

A imprensa indiana reiterou esta semana a exigência por desculpas britânicas por este massacre que Winston Churchill, então secretário de Estado para a guerra, chamou de "monstruoso".

"Mesmo no ano do centenário do massacre, a Grã-Bretanha se recusou a dar este passo importante", afirmou o jornal Hindustan Times em um editorial, no qual também considerou que a declaração de May "era talvez um pouco mais forte qualitativamente [...] mas longe de ser suficiente".

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, citou uma "tragédia horrível" e escreveu no Twitter que a recordação das vítimas "nos estimula a trabalhar ainda mais pela construção de uma Índia da qual (as vítimas) estariam orgulhosas".

O líder da oposição Rahul Gandhi, presente em Amritsar, mencionou no Twitter "um dia tristemente conhecido que comoveu o mundo inteiro e mudou o curso da luta pela liberdade indiama".

A Índia celebra eleições legislativas desde quinta-feira e até 19 de maio.

A trajetória de Nelson Mandela, desde a luta pelo fim da segregação racial até o símbolo de ter sido o primeiro presidente negro da África do Sul, tem sido enaltecida por políticos nas redes sociais nesta quarta-feira (18), dia em que se estivesse vivo ele celebraria 100 anos de nascimento. Em mais um de seus recados desde que foi preso para cumprir pena da Lava Jato, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a “luta” de Mandela para “curar os ódios de uma nação dividida” servem como exemplo hoje para o Brasil. 

Ao reverênciar o líder africano, Lula pontuou também que mazelas como o racismo e uma espécie de apartheid são fortes no país. “Hoje faz 100 anos que nasceu Nelson Mandela. Nos encontramos algumas vezes, mas infelizmente não fomos presidentes ao mesmo tempo. A sua lição de luta, perseverança e que o perdão pode curar os ódios de uma nação dividida são importantes no Brasil de hoje, onde o racismo ainda é muito forte e onde querem reconstruir um apartheid social que lutamos tanto para diminuir”, observou. 

##RECOMENDA##

“O ser humano não nasce odiando, ele é ensinado a isso. Então vamos ensinar as pessoas a serem mais justas, solidárias e sem nenhum tipo de preconceito”, completou o ex-presidente. Mandela governou a África em 1994.

O Nobel da Paz de 1993 também foi recordado pela deputada federal Luiza Erundina (PSOL) que, enquanto prefeita de São Paulo em 1991, recebeu Mandela no Brasil. “Sem sombra de dúvidas uma das mais importantes figuras que já passou pela Terra e um dos políticos mais influentes de todos os tempos. Foi defensor da liberdade, dos direitos humanos e da dignidade humana. Por isso e muito mais, Madiba vive!”, declarou a psolista. 

[@#video#@]

A tese de que a voz de Mandela ainda ecoa pelo mundo também foi compartilhada pelos deputados  federais Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e Danilo Cabral (PSB-PE) . “Mudou o seu e o destino de seu povo. Sua voz contra a segregação racial se eternizou na História e virou holofote na escuridão do preconceito no mundo. Faria 100 anos hoje. Salve, Nelson Mandela!”, disse, em publicação no Twitter. “Mesmo tendo passado 27 anos preso, não desistiu e segue sendo um de nossos exemplos máximos na luta por igualdade, democracia e contra o racismo”, completou Danilo.

Mandela nasceu em 18 de julho de 1918 em Mvezo, atual província do Cabo Oriental, e morreu em 2013. 

A cúpula do PT está organizando um ato de protesto em Curitiba, no próximo dia 18, para marcar os 100 dias de prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato ao Palácio do Planalto. Após a frustrada tentativa de tirar Lula da cadeia, que escancarou a divisão no Judiciário, a ordem do comando petista é para que os manifestantes associem a data do protesto ao aniversário do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela. Morto em 2013, o líder da luta antiapartheid faria 100 anos em 18 de julho de 2018.

Os 100 dias de Lula no cárcere, porém, se completam no próximo dia 15.

##RECOMENDA##

O ex-presidente lidera as pesquisas de intenção de voto e já comparou sua situação à de Mandela. Em 24 de janeiro, por exemplo, horas depois do julgamento do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) que ampliou sua pena para 12 anos e 1 mês de prisão, Lula fez um discurso inflamado, na Praça da República, no centro de São Paulo, dizendo que voltaria ao Palácio do Planalto.

"Prenderam o Mandela. Ele ficou preso por 27 anos, mas nem por isso a luta diminuiu. Ele voltou e foi eleito presidente", declarou Lula na ocasião. "Eu tenho que avisar a elite brasileira: esperem, porque nós vamos voltar."

O PT vai insistir no argumento de que Lula é "preso político", como foi Mandela, que após deixar a prisão governou a África do Sul de 1994 a 1999.

Dirigentes do partido preparam manifestações em todo o País. O calendário de mobilização, aprovado nesta segunda-feira, 9, pela cúpula do PT, prevê uma série de atividades até 15 de agosto, quando a sigla pretende registrar a candidatura de Lula - embora tudo indique que sua entrada no páreo será barrada pela Lei da Ficha Limpa. Para o dia da inscrição de Lula no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os petistas programaram um "grande ato", em Brasília.

Na sexta-feira, militantes do PT planejam se concentrar diante do TRF-4, em Porto Alegre, em mais uma tentativa de chamar a atenção para a prisão do ex-presidente. O ato foi batizado como "Dia Nacional de Luta por #LulaLivre" e deverá ocorrer também em outras capitais.

A estratégia do PT consiste em acumular força para chegar à eleição com a narrativa da perseguição contra Lula. A avaliação do partido é a de que, se ele não puder ser candidato, terá grande poder de transferência de votos como cabo eleitoral. Embora o discurso oficial do PT seja que não existe "plano B" para substituir Lula, o mais cotado para ser o seu herdeiro na chapa é o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad.

Entre os dias 12 e 18 de julho, o Cinema da Fundação, nas salas do Derby e Museu, promovem a Mostra Ingman Bergman, em homenagem ao centenário de nascimento do ceneasta sueco. A mostra vai reunir seis produções do diretor e contará com a pré-estreia do documentário 'Bergman - 100', de Jane Magnusson.

Os ingressos para os filmes variam entre R$ 5 e R$ 2 (aos domingos). Entre os longas elegidos para compor a programação do evento estão Morangos Silvestre, O Sétimo Selo, Persona, Fanny e Alexander e Sonata de Outono.

##RECOMENDA##

Serviço

Mostra Ingmar Bergman

Cinema da Fundação Joaquim Nabuco - Derby ( R. Henrique Dias, 609 - Derby, Recife)

Cinema da Fundação Museu (Av. Dezessete de Agosto, 2187)

R$ 5 e R$ 2

O centro do Rio de Janeiro foi tomado hoje (10) pela multidão. O Cordão da Bola Preta, o maior e mais antigo bloco da cidade, completa, em 2018, os seus 100 anos de história. Desde bem cedo, os foliões já vinham chegando para acompanhar o momento marcante. Mas foi pouco após as 10h da manhã que o presidente do bloco, Pedro Ernesto, anunciou o início do desfile, e os cinco carros de som entraram em movimento na Rua Primeiro de Março. Os organizadores esperavam 1,5 milhões de pessoas. O cortejo teve início com um Parabéns pra você!, seguido de Cidade Maravilhosa, samba que é conhecido como um hino popular do Rio de Janeiro. Já bastante animados, foliões fiéis ao bloco ficaram ainda mais agitados ao início da terceira canção: a Marcha do Cordão da Bola Preta, composta Nelson Barbosa e Vicente Paiva e considerada o hino do bloco. \"Quem não chora não mama, segura meu bem a chupeta. Lugar quente é na cama ou então no Bola Preta\", diz o refrão. \"É o melhor e mais animado bloco do Brasil\", se emocionou Cátia Guimarães, motorista de van escolar que integrava uma turma de mulheres fantasiadas de cozinheiras, em trajes nas cores do Bola Preta: preto e branco. \"A ideia surgiu porque é um bloco que reúne as famílias. Então, tem que ter o tempero das cozinheiras. Todos os anos nós viemos assim. Mudamos apenas detalhes e os temas do avental\", disse.Alguns deixaram as fantasias em casa e vestiam a camisa comemorativa do centenário, desenhada pelo cartunista Ziraldo. Mas uma das principais marcas do Cordão do Bola Preta é mesmo o número considerável de foliões que usam a criatividade para homenagear o bloco. Um exemplo era a turma do vendedor ambulante Thiago Santos Leal, com o corpo todo pintado de preto e com adereços de homens das cavernas. Diziam ser os Uga Uga do Catiri, vila situada no bairro de Bangu. \"Todos os anos, os Uga Uga estão presentes. É uma tradição já, desde os anos 1990. Vem de pai para filho. E é isso, estamos aqui para zoar e curtir o carnaval na paz\", disse Thiago. Outro grupo peculiar, da técnica de enfermagem Selma Souza Silva, participava com fantasias da personagem Minnie, com saias de bolinhas pretas. \"É o bloco que mais representa o Rio de Janeiro\", avaliou a foliã. De fato, o desfile contava com moradores de todas regiões da cidade, mesmo as mais afastadas. \"A fantasia é característica do subúrbio do Rio. Trouxemos o carro do ovo, que vende 30 ovos a R$ 10 reais. A dona de casa deixa louça na pia, deixa a comida queimando, mas quando passa o carro, ela corre para pegar a promoção. Lembrando que são 30 ovos, R$ 10 reais. Dá para metade do mês\", explicou o segurança privado Diego Felipe da Silva. Bola Preta é o último representante remanescente dos antigos cordões carnavalescos que existiam no Rio de Janeiro (Tânia Rêgo/Agência Brasil) O grupo dele, que chamava bastante atenção e arrancava a gargalhada geral, é mais um dos fiéis ao Cordão da Bola Preta. \"A gente sai há mais de 10 anos. Sempre traz alguma coisa do momento, que seja característica da zona norte do Rio de Janeiro. E faz a alegria da galera. O carnaval é pra divertir e vamos esquecer um pouco dos problema que nós temos vivido devido à violência\". Em cima do carro de som, iam distribuindo acenos os famosos que acompanham o Cordão da Bola Preta. A rainha do centésimo desfile é a atriz Cris Vianna. Junto a ela, estavam a cantora Maria Rita, madrinha, e a também atriz Leandra Leal, porta-estandarte há 10 anos. O padrinho é o Neguinho da Beija-Flor.\"Eu amo carnaval. Para mim, é a melhor época do ano, mais até do que o aniversário ou o réveillon. Eu emendo, de bloco em bloco. Você vê as pessoas celebrando, sonhando, se divertindo. Você vê a avó pulando junto com os filhos e os netos. Eu acredito na magia do carnaval. E estar aqui no centenário deste, que é o meu bloco desde criança, é especial. Acho que vou chorar muito\", dizia Leandra Leal, antes de subir no carro.História O Cordão da Bola Preta foi fundado em 1918 e é o último representante remanescente dos antigos cordões carnavalescos que existiam no Rio de Janeiro, no início do século 20. O bloco atravessou os seus 100 anos trazendo uma história de resistência. Já na sua estreia, em uma época de repressão ao carnaval, autoridades policiais chegaram a tentar impedir o desfile. \"A arte muitas vezes é incompreendida. Tudo o que envolve cultura enfrenta, em algum momento, dificuldades, limitações, falta de boa vontade daqueles que podem ajudar. E o Bola Preta nasceu quando o chefe de polícia do Rio de Janeiro não queria permitir a criação de novos cordões. Felizmente, os fundadores peitaram essa decisão absurda\", diz o presidente Pedro Ernesto. Atriz Leandra Leal é porta-estandarte do bloco. (Tânia Rêgo/Agência Brasil) O Cordão da Bola Preta também sobreviveu a uma época de escassez de blocos de rua. \"Na década de 90, havia pouquíssimos blocos e o Bola Preta era praticamente o único que desfilava no centro do Rio de Janeiro. É difícil chegar a 100 anos. Nós chegamos. Passamos alguns momentos de muita dificuldade, mas em nenhum momento nos curvamos\", lembra o presidente. Segundo ele, a decisão de aquirir um imóvel para instalar a sede própria foi fundamental, já que muitos cordões acabaram por não dar conta de arcar com os aluguéis. O Bola Preta, porém, passou por dificuldades financeiras e sua histórica sede, na Avenida 13 de Maio, foi a leilão em 2007. Mas, há alguns anos, o bloco já tem novo endereço: Rua da Relação, na Lapa. Outro segredo da longevidade foi o apego à tradição e o compromisso com um dos principais objetivos dos fundadores: preservar a música do carnaval. \"Valorizamos as marchinhas, o samba-enredo, e isso faz a nossa potência. O Bola Preta nunca se enveredou por outros ritmos, o que poderia decretar o seu final porque perderia sua identidade\", acrescentou o presidente do bloco. 

O Reino Unido recorda nesta terça-feira as sufragistas, cuja luta, muito polêmica naquela época, permitiu que as mulheres conquistassem o direito ao voto no grande país europeu há exatamente 100 anos.

A primeira-ministra Theresa May - a segunda na história do país, depois de Margaret Thatcher - pronunciará um discurso em Manchester em homenagem às militantes heroicas, como sua líder Emmeline Pankhurst, Emily Davison, que morreu em uma ação de protesto ao jogar-se diante de um cavalo durante o Derby de Epsom de 1913, e aquelas que realizavam greves de fome.

As ativistas se acorrentavam às vias férreas, quebravam vitrines e sabotavam as linhas de energia elétrica. Chegaram, inclusive, a detonar uma bomba na casa do então ministro das Finanças, Lloyd George.

Muitas foram julgadas e condenadas. Com o centenário, uma campanha foi criada para que a ministra do Interior, Amber Rudd, perdoe as mais de mil ativistas que foram presas.

"A campanha das militantes foi totalmente essencial para fazer avançar o voto feminino", explicou à AFP Krista Cowman, professora de história da Universidade Lincoln, no Reino Unido.

"Antes disso, houve 50 anos de campanha pacifista que, na realidade, não serviu para nada".

Finalmente, em 6 de fevereiro de 1918, o Parlamento britânico adotou a "Lei de 1918 sobre a representação popular", que permitiu a inscrição de oito milhões de mulheres, com mais de 30 anos, no registro eleitoral.

Foi preciso esperar, no entanto, uma década para que as mulheres pudessem votar aos 21 anos, como faziam os homens.

"Aquelas que lutaram para instituir seu direito - meu direito, o direito de todas as mulheres - de votar nas eleições, de serem candidatas e ocupar plenamente seu lugar na vida pública, conseguiram isto enfrentando uma oposição feroz", afirmará May em seu discurso, de acordo com trechos antecipados por Downing Street.

"Perseveraram apesar de todo o perigo e desânimo porque sabiam que sua causa era correta", completará May, em um apelo a favor da tolerância com as divergências e a luta das minorias.

"Apesar de termos muito a comemorar, me preocupa que nosso debate público esteja se tornando agressivo. Que para muitos, discordar é cada vez mais difícil".

O centenário acontece no momento de outras batalhas, como a discussão sobre a diferença salarial entre homens e mulheres, que provocou um escândalo na BBC britânica, ou a questão dos abusos sexuais, após as revelações sobre o poderoso produtor de cinema americano Harvey Weinstein ou o jantar beneficente com empresários em Londres durante o qual as recepcionistas foram apalpadas, como revelou uma jornalista que trabalhou disfarçada.

A luta das sufragistas britânicas é provavelmente a mais conhecida, mas outras heroínas também lutaram ao redor do mundo, como a uruguaia Paulina Luisi, a brasileira Bertha Lutz ou a mexicana Elvia Carrillo.

A Nova Zelândia foi o primeiro país do mundo a aprovar o voto feminino, em 1893, seguida pela Austrália em 1902, Finlândia em 1906 e Noruega em 1913.

A União Soviética aprovou a medida em 1917, Alemanha em 1918, Estados Unidos em 1920, o Uruguai em 1927, a Espanha em 1931 e o Brasil em 1932, enquanto a França teve que esperar até 1944 e a Suíça muito mais, até 1971.

Atualmente existem restrições em alguns países, como no Golfo.

No dia 23 de dezembro, o Adamastor realizará um chá da tarde para homenagear os idosos com mais de cem anos. O evento ocorrerá às 16 h e os idosos ganharão o Troféu Centenário.

Através da Secretaria de Desenvolvimento e Assistência Social, a Prefeitura pede para que quem conheça idosos com mais de 100 anos entrar em contato pelo número 2087-7408 e falar com Fernanda.

##RECOMENDA##

 

Por Beatriz Gouvêa

[@#galeria#@]

O culto que celebra o aniversário de cem anos da Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco – IEADPE está sendo realizado na Arena Pernambuco na tarde deste sábado (21). A expectativa de público é de 65 a 70 mil pessoas, que só é possível porque foram colocadas cadeiras do lado de fora e na área do gramado, que foi coberto, e telões. 

##RECOMENDA##

O estádio tem capacidade para 45 mil pessoas nas arquibancadas e teve seu recorde absoluto de público em uma partida entre Brasil e Uruguai em março de 2016, com 45.010 torcedores enquanto que por volta das 17h, quando foi divulgado o último levantamento, cerca de 48 mil fiéis já chegaram à arena para o culto religioso desta tarde. O governador do Estado de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB) e o prefeito do Recife, Geraldo Júlio (PSB), também marcaram presença no evento, cumprimentando o presidente da igreja. 

Os portões do estádio foram abertos às 9h para o evento que teve início às 15h e segue até as 21h30 com a participação do pastor presidente Ailton Alves, que estará acompanhado no palco por cerca de 400 pastores, além de apresentação de cantores locais da igreja e de um coral de 2 mil vozes até o horário do culto oficial, que será realizado às 18h30.

A grande expectativa de público levou a um reforço no esquema de mobilidade e segurança. A organização do evento disponibilizou 1.030 ônibus saindo de todos os municípios pernambucanos, que chegarão  em horários pré-determinados, divididos entre 9h e 15h. 

Para caso de emergências, três postos de saúde foram montados e há 8 ambulâncias, sendo três delas equipadas com UTI. A segurança será realizada por 970 pessoas, entre orientadores, seguranças patrimoniais, seguranças de grandes eventos, PRF, BPRv, CIPIMOTOS, BPRP e Corpo de Bombeiros.   

Na quarta-feira (18) desta semana, todas as vagas de estacionamento da arena já haviam sido vendidas e há cinco Pontos de Verificação Veicular (PVVs) em volta do estádio para que apenas veículos credenciados tenham acesso ao estacionamento, em um esquema semelhante ao que foi utilizado na Copa do Mundo. 

Para as pessoas que pretendem utilizar o transporte público, é possível chegar através do metrô até o TI Cosme & Damião e a linha especial 047 – Cosme & Damião/Arena está funcionando para levar os usuários do TI Cosme & Damião até a Arena. Outra opção será o BRT Derby que disponibilizará 10 veículos e também haverá 15 ônibus circulando das 9h até às 22h30. 

*Com informações de Thayná Aguiar

LeiaJá também 

--> Evento religioso promete recorde de público na Arena PE

No próximo sábado (21), a Arena de Pernambuco será palco do culto de abertura oficial do Centenário da Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco – IEADPE. A celebração acontecerá das 15h às 21h30. A expectativa é que a Arena receba seu maior público desde a sua inauguração, com uma estimativa de, aproximadamente, 65 mil pessoas. 

A Igreja Evangélica Assembleia de Deus foi fundada em 24 de outubro de 1918, e possui membros em todas as cidades de Pernambuco. Além das atividades religiosas e missionárias, administra também projetos sociais por todo o Estado. Às 18h30, a celebração oficial será conduzida pelo pastor presidente Ailton Alves, que estará acompanhado, no palco, por cerca de 400 pastores, e contará também com a apresentação de um coral de 2 mil vozes, e cantores locais da própria igreja.

##RECOMENDA##

Sendo este o evento de maior público na Arena de Pernambuco, um forte esquema de organização, mobilidade e segurança foi montado para atender à demanda.  Para acomodar o público, além das arquibancadas (45 mil lugares), o gramado será coberto para dar espaço ao público, com cerca de 8 mil cadeiras. Na área externa serão disponibilizadas mais de 12 mil cadeiras para acomodar os fiéis que assistirão toda a programação através de 3 mega telões.

A organização do evento disponibilizará 1.030 ônibus, vindos de todo o Estado para trazer os fiéis, previamente cadastrados nas igrejas, e que vão participar da celebração, sendo a maioria da Região Metropolitana do Recife. Para evitar congestionamentos na BR 408, que dá acesso à Arena, um esquema de mobilidade está sendo preparado. Os veículos credenciados chegarão  em horários pré-determinados, divididos entre 9h e 15h. Os portões serão abertos às 9h.

 Todas as vagas de estacionamento da Arena de Pernambuco já foram vendidas. Sendo assim, nos estacionamentos azul e verde serão disponibilizados para os ônibus que vierem pela BR 232, enquanto os estacionamentos laranja e amarelo serão para os ônibus que devem vir por Camaragibe. Todos os ônibus já estão previamente credenciados pela organização do evento.

5 Pontos de Verificação Veicular (PVVs) serão montados no entorno da Arena, que estarão localizados nos acessos de São Lourenço da Mata, Camaragibe e BR 232. O esquema será similar ao usado na Copa do Mundo de 2014. Desta forma, não será permitido o acesso de carros particulares não credenciados.

Quem optar por usar o transporte público terá como opções o metrô (R$1,60), até o TI Cosme & Damião; a linha especial 047 – Cosme & Damião/Arena também irá funcionar neste dia, levando os usuários do TI Cosme & Damião até a Arena. 15 ônibus estarão circulando das 9h até às 22h30, custando R$3,20. Outra opção será o BRT Derby que disponibilizará 10 veículos. As saídas do Derby para a Arena de Pernambuco acontecerão das 13h às 17h30. O retorno será de acordo com a saída do público do evento. O serviço ficará disponível até às 22h30, custando R$15 (ida e volta).

Devido ao grande número de pessoas no estádio, três postos de saúde serão montados, com o apoio de 8 ambulâncias, sendo três equipadas com UTI. Em todas as unidades haverá o suporte de médicos, enfermeiros e socorristas.

A segurança do evento contará com um efetivo de aproximadamente 970 pessoas, entre orientadores, seguranças patrimoniais, seguranças de grandes eventos, PRF, BPRv, CIPIMOTOS, BPRP e Corpo de Bombeiros. 

A Bienal do Livro - Rio 2017 promove hoje (8) uma roda de conversa em homenagem aos 100 anos do samba e um debate aberto sobre gênero. O evento será no Café Literário (Av. Salvador Allende, 6.555 - Recreio dos Bandeirantes, Rio de Janeiro) .

Confira o cronograma:

##RECOMENDA##

Alunos de escolas públicas do ensino médio vão participar às 14h30 de uma competição de poesia, na Arena #SemFiltro, em que os estudantes vão recitar seus textos. Os três melhores serão escolhidos pelo público e premiados por um júri.

Às 17h, está prevista a mesa Concordância de Gêneros, com os escritores Marcelino Freire, Marco Antonio Torres, Lícia Loltran e Marcia Tiburi. A mediação é de Pedro Henrique França. O encontro vai abordar a diversidade sexual e os obstáculos às liberdades individuais.

Às 18h, autoras que tiveram seus livros adaptados para o cinema, a TV e o teatro vão bater papo com o público, e às 19h30, o ator e escritor Lázaro Ramos dará uma palestra.

Às 19h30, os escritores Luiz Antonio Simas, André Diniz e Marcelo Moutinho homenageiam o centenário do samba com as obras dos pioneiros do ritmo.

Para ter acesso, é preciso conseguir uma das pulseiras distribuídas uma hora antes da realização das mesas de debate, em um balcão em frente ao Café Literário. A capacidade máxima é de 220 pessoas. Entrada franca.

Na primeira mensagem aos fiéis que o aguardavam em Fátima para as comemorações do centenário das aparições da Virgem Maria, o papa Francisco pediu “concórdia entre todos os povos”, convidando-os a “lavar os pés na mesma mesa que une a todos.”  A multidão foi estimada em cerca de 300 mil pessoas. As cerimônias deste fim de semana preveem também a canonização dos irmãos pastores Jacinta e Francisco, que, ao lado da prima Lúcia, tiveram a visão da Virgem no início do século passado.

O papa Francisco chegou nesta sexta-feira (12) à Base Aérea de Monte Real, em Portugal, no horário previsto – 16hs30 – para uma visita de apenas 23 horas ao país. Quarto papa a visitar Fátima, Francisco foi recebido pela cúpula governista, tendo à frente o presidente Marcelo Rebelo de Sousa. No ano passado, assim que tomou posse, Rebelo foi ao Vaticano visitar o pontífice.

##RECOMENDA##

Na base aérea, depois de cumprimentar o primeiro-ministro Antonio Costa e o presidente da Assembléia, Ferro Rodrigues, e de um encontro reservado com Rebelo, o papa embarcou em um helicóptero militar em direção ao Estádio de Fátima. No centro do campo, Francisco tomou o papa móvel, que o levou à Capelinha das Aparições. O trajeto foi percorrido lentamente, com o papa acenando à multidão, que, desde cedo, ocupou as vias de acesso ao Santuário para vê-lo e aclamá-lo.

Quando o papamóvel surgiu no Recinto do Santuário, os sinos repicaram, levando os fiéis a saudar o papa Francisco com gritos de alegria e entusiasmo. Cantando e rezando, num coro estimulado pelos alto-falantes, as pessoas levantaram bandeiras multicoloridas de diversos países e de grupos de peregrinos de diferentes origens. O percurso não demorou mais de 15 minutos, até que o carro papal estacionou frente à Capelinha das Aparições.

Usando batina branca, Francisco desceu, cumprimentou os religiosos que o cercaram e entrou na capela onde, de pé, frente à imagem da Virgem de Fátima, rezou em silêncio durante cerca de 10 minutos.

Enquanto o papa rezava, todo permaneceram em silêncio. Em seguida, Francisco dirigiu-se à multidão e, em português, pediu a “concórdia entre todos os povos”, convidando-os a “lavarem os pés na mesma mesa que une a todos.”

Foi uma breve e singela cerimônia, após a qual o pontífice embarcou novamente no papamóvel para se recolher à Casa de Nossa Senhora das Dores, onde jantaria e pernoitaria, mas a multidão permaneceu no local. Somente por volta das 21h30, o papa regressaria ao Santuário para a Procissão das Velas.

Organização

A organização das cerimônias comemorativas do centenário das aparições da Virgem de Fátima e da canonização dos pastorinhos Jacinta, Francisco e Lúcia, que tiveram as visões, foi cuidadosa, tanto para os peregrinos quanto para as autoridades, jornalistas e convidados.. Cerca de 1.700 jornalistas, sendo 1.300 de Portugal, foram credenciados para as comemorações do centenário de Fátima. –.400 vieram de 32 países, incluindo os 72 que acompanharam Francisco na viagem entre Roma e Monte Real-Roma. Eles pagaram 1.738,15 euros, mais 30 euros pela documentação para a viagem.

Montada em uma grande tenda, ao lado da altar principal, em frente à Basilica, a sala dos jornalistas proporciona aos profissionais de imprensa uma visão privilegiada e oferece toda a estrutura necessária ao trabalho. Com facilidade, os jornalistas podem entrar e sair para observar o que se passa no recinto do Santuário, sem tumulto ou atropelos. Alguns órgãos de imprensa preferiram montar suas próprias redações, em um total de 25 espaços distribuídos pelas Basílicas de Nossa Senhora do Rosário e Centro de Imprensa.

O papa Francisco chegou nesta sexta-feira (12) à base aérea militar de Monte Real, em Portugal, de onde partirá para o Santuário de Fátima para comemorar o centenário das aparições da Virgem Maria a três pequenos pastores.

"Esta viagem é um pouco especial, é uma viagem para orar e um reencontro com Deus e a Santa Mãe de Deus", afirmou Francisco aos jornalistas a bordo de seu avião.

O pontífice argentino foi recebido pelo presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, com quem manteve uma reunião em privado. Em seguida, Francisco partirá de helicóptero para Fátima, 40 km ao nordeste.

Com orações, cantos religiosos e muita expectativa, uma maré de fervorosos peregrinos esperava a chegada do papa Francisco ao Santuário de Fátima para celebrar, sob forte medidas de segurança, o centenário das aparições.

Desafiando a chuva, milhares de católicos procedentes do mundo inteiro se concentram na esplanda diante da Basílica de Nossa Senhora de Fátima, centro do país.

Muitos peregrinos vieram a pé de várias regiões de Portugal, alguns inclusive andando de joelhos os últimos metros até a Capela das Aparições, para orar diante da imagem de Nossa Senhora de Fátima.

A pequena cidade de Fátima, com 12.000 habitantes, receberá no fim de semana cerca de 40.000 pessoas, 2.000 jornalistas, 100 grupos de peregrinos, 2.000 padres, 71 bispos, oito cardeais e 350 enfermos, informou Carmo Rodeia, diretora do santuário.

Muitos peregrinos irão de outros continentes, especialmente da América Latina, mas também da Ásia. A população portuguesa (10,3 milhões de pessoas, 89% delas católicas) terá grande representação e, por este motivo, o papa vai falar em português.

Após sua chegada, Francisco seguirá para a "Capelinha das Aparições", construída no local onde, segundo a crença popular, a Virgem apareceu pela primeira vez, em 13 de maio de 1917, aos três pastorzinhos.

A mãe de Jesus teria aparecido em seis ocasiões, entre maio e outubro de 1917, aos irmãos Jacinta (7 anos) e Francisco (9) Marto e a sua prima Lucia dos Santos (10), a quem revelou três "segredos", que a Igreja Católica considerou como proféticos da história do século XX.

Jacinta e Francisco foram beatificados por João Paulo II em Fátima em 13 de maio de 2000.

Desde 2008, o Vaticano pretende beatificar Lucia dos Santos, que se tornou freira e faleceu em 2005.

As revelações reportadas pelas três crianças, assim como os milagres que permitirão ao papa canonizar no sábado os irmãos Francisco e Jacinta, não constituem dogma, ou seja, não existe a obrigatoriedade de que todos os católicos acreditem.

Menino brasileiro

Um dos milagres alegados para a canonização dos dois pastores aconteceu com um menino brasileiro.

Seus pais narraram na quinta-feira em Fátima a história de sua rápida cura após uma grave queda.

João Batista e sua esposa, Lucila Yurie, se apresentaram para a imprensa, sem seu filho Lucas, no santuário católico de Fátima.

"Agradecemos a Deus pela cura de Lucas e sabemos, com toda a fé de nosso coração, que foi obtida graças ao milagre feito pelos pequenos pastores Francisco e Jacinta", disse seu pai, muito emocionado.

Em março de 2013, o menino, então com cinco anos, caiu da janela de uma altura de mais de seis metros e sofreu um grave traumatismo craniano, relembrou Batista.

Foi transferido do seu povoado em Juranda para o hospital Campo Mourão, no Paraná, "onde chegou no estado de coma grave e sofreu duas paradas cardíacas antes de ser operado de urgência", contou.

"Os médicos lhe davam poucas chances de sobreviver", assinalou seu pai.

Após entrar em contato com um grupo das Carmelitas, a família do menino, já "muito devota" de Nossa Senhora de Fátima, começou a invocar os pastores.

"Dois dias depois, Lucas acordou. Estava bem e começou a falar", assegurou Batista.

O menino deixou o hospital 12 dias depois do acidente. "Se recuperou totalmente, sem sequelas", assegurou seu pai, acrescentando que "os médicos, incluindo os que não creem, não puderam explicar essa recuperação".

Em uma noite de estádio Centenário pouco ocupado em Montevidéu-URU, o Sport encarou o jogo da volta contra o Danubio pela Copa Sul-Americana nesta quinta-feira (11). Tendo vencido em Recife por 3x0, a equipe comandada por Ney Franco entrou com a missão de administrar o resultado e poupar energias para a estreia no Brasileiro. A partida acabou sendo desastrosa durante os 90 minutos e o placar foi devolvido. Entretanto, o goleiro Magrão novamente salvou o rubro-negro que está classificado à segunda fase.

Para tirar três gols de vantagem, é preciso apertar o adversário por 90 minutos. Essa era uma missão complicada para o Danubio, mas encarada com muita disposição. Logo no primeiro minuto a bola foi cruzada na área rubro-negra, mas Arroyo furou o peixinho, deixando para Magrão recolher. Jogando com três volantes e apenas o jovem Fábio criando no meio, era de se esperar que o Leão se postasse mais recuado. A primeira chance real de gol veio aos 13 minutos em falta cruzada na área que, desviada de cabeça e um toque leve do Zarfino que parou nas mãos de Magrão. Na sequência, o escanteio ficou no bate-rebate e Jonathan dos Santos, livre de marcação, inaugurou o placar; 1x0.

##RECOMENDA##

Foram mais quatro minutos para que a pressão uruguaia voltasse a assustar os rubro-negros. Peña levantou na área e Matheus Ferraz furou a bola e viu Arroyo bater forte nas redes, mas pelo lado de fora. Mais um pouco e, aos 20, Matheus Ferraz se enroscou com Arroyo, o que o árbitro entendeu como pênalti. Na cobrança, o lateral Olaza cobrou com força, tirando de Magrão, aumentando para 2x0. Com menos de 30 minutos, o Danubio estava a um gol de devolver o placar da primeira partida. O Sport precisava acordar e, aos 26 teve sua primeira chance em cruzamento da direita que Fábio completou de primeira, mas nas mãos de Ichazo.

O primeiro tempo seguiu com o time recifense buscando mais o ataque, porém falhando no último passe. Enquanto isso, o time da casa investia nas bolas cruzadas na área, que vinha sendo o calo do Leão, principalmente no lado de Matheus. Até o apito do intervalo, o Danubio teve três chances claras de gol desperdiçadas, duas com Arroyo que brincava de perder oportunidades de aumentar o marcador. 

Situação piora e jogo vai para os pênaltis

Com Rodrigo e Matheus Ferraz, que não estavam bem, fora do time, Ney Franco queria mais ofensividade. Passando de um 4-4-2 para um 4-3-3, com Paulo Henrique, a expectativa era de diminuir o ímpeto dos uruguaios, principalmente assustando nos contra-golpes. Entretanto, com 10 minutos, o Danubio acabou de vez com a vantagem rubro-negra. Arroyo recebeu na área e, ao fintar Henriquez, foi derrubado. De pênalti, Olaza deslocou Magrão e igualou o placar 3x0.

O gol levava a decisão para os pênaltis e o Danubio seguia apertando por um quarto gol, até que marcou aos 19 com Malrechauffe, mas ele utilizou o braço e além de ter o gol anulado, acabou expulso de campo. A vantagem numérica fez o técnico abrir ainda mais o Sport, colocando Everton Felipe na vaga de Ronaldo. Mesmo com um a menos, os uruguaios não paravam de chegr no ataque e o Sport acabou perdendo Mena por lesão, igualando os números em campo.

Se os dois times tinham a mesma quantidade, parecia que os donos da casa tinham um sobrando. A dificuldade do Leão para chegar com perigo e as constantes finalizações do Danubio davam a impressão de que era melhor mesmo levar o jogo para as penalidades, apostando em Magrão. E foi o que aconteceu, a partida foi encerrada em 3x0, placar idêntico ao jogo de ida. Nas cobranças, o goleiro rubro-negro, mais uma vez, defendeu duas cobranças e colocou o Sport na segunda fase da Copa Sul-Americana.

FICHA DE JOGO 

Copa Sul-Americana - Primeira fase - Jogo de volta (ida: Sport 3x0 Danubio)

Local: Estádio Centenário, em Montevidéu-URU

Danubio: Ichazo; Peña, Matias De Los Santos, Fernández e Olaza; Malrechauffe, Gonzalo González, Zarfino e Ignacio González (Tabárez); Abdiel Arroyo (Olivera) e Jonathan dos Santos (Gravi). Técnico: Gastón Machado.

Sport: Magrão; Raul Prata, Durval, Matheus Ferraz (Oswaldo Henriquez) e Mena; Fabrício, Rodrigo (Paulo Henrique), Ronaldo (Everton Felipe) e Fábio; Rogério e André. Técnico: Ney Franco.

Arbitragem: Eduardo Gamboa - Chile

Assistentes: Raúl Orellana - Chile / Edson Cisternas - Chile

Gols: Jonathan dos Santos e Olaza 2x (DAN)

Cartões amarelos: Matheus Ferraz, Ronaldo, Oswaldo Henriquez e Raul Prata (SPT)

Cartões vermelhos: Malrechauffe (DAN)

[@#galeria#@]

Uma homenagem à altura do grande líder sertanejo Miguel Arraes. Foi assim que amigos, políticos, familiares e admiradores celebraram em grande estilo o centenário de nascimento do ex-governador. Em uma apresentação simbólica, com uma plateia visivelmente emocionada, a Orquestra Sinfônica do Recife - regida pelo maestro, compositor e pianista Marlos Nobre - tornou o desfecho das comemorações desta quinta-feira (15), no Teatro de Santa Isabel, em um momento que ficará marcado na memória dos que participaram. 

##RECOMENDA##

O maestro, em seu pronunciamento, definiu Arraes como “um grande político” e ainda declarou que foi o seu “herói” ao contar uma história na época em que sua irmã era militante do governo dele. “Arraes representou para mim uma figura muito importante. É com muita emoção que rejo esta peça e a dedico à memória de Arraes. A orquestra fica muito honrada e feliz por ser escolhida para esta homenagem”, declarou.

A abertura aconteceu com a participação da soprano Anita Ramalho com a “Bachianas brasileiras n° 5, de Villa-Lobos. O compositor reestruturou a obra de Johann Sebastian Bach utilizando ritmos brasileiros. “Essa é uma peça de Villa-Lobos, que se tornou símbolo do Brasil, e que Arraes adorava, o que a torna ainda mais significativa neste momento. Dedico esta noite à sua memória”, acrescentou o maestro Marlos, que coleciona um vasto currículo com premiações em concursos nacionais e internacionais.  

[@#video#@]

O segundo repertório da noite foi o “Opus 124”, que também fez os presentes vibrarem com ritmos populares como o maracatu. A secretária de Cultura do Recife, Leda Alves, falou sobre o espetáculo. “Essa foi mais uma homenagem a esse homem, cuja vida foi pautada por uma coerência muito grande. O que ele pensou e defendeu, ele viveu. Quem conviveu com ele sabe do que estou falando”. 

O evento também comemorou os 85 anos da Orquesta Sinfônica, considerada a mais antiga do Brasil. O primeiro concerto, em 30 de julho de 1930, também foi realizado no Teatro de Santa Isabel. 

Estiveram presente o prefeito do Recife, Geraldo Julio; o vice-prefeito Luciano Siqueira; o secretário de Turismo de Pernambuco, Felipe Carreras; e o chefe de gabinete do governo do Estado e bisneto de Miguel Arraes, João Campos.

Durante toda esta quinta, vários órgãos prestaram homenagem ao “Pai Arraia”, como também ficou conhecido. Nesta sexta-feira (16), o prefeito Geraldo Julio inaugura o busto em homenagem ao centenário de Arraes. O evento acontece no Parque da Macaxeira, na Avenida Norte Miguel Arraes de Alencar, às 9h30.

Desde a infância, o ex-governador de Pernambuco Joaquim Francisco conviveu com o líder sertanejo Miguel Arraes. Seu pai, José Francisco de Melo Cavalcanti, segundo contou Joaquim era amigo de Arraes quando, o primeiro, era deputado estadual, na década de 40 e, este último, secretário da Fazenda no governo de Barbosa Lima. A convivência foi desde a infância. “Arraes também considerava o meu pai um amigo embora, na política, isso tenha limites”, disse.

Apesar de garoto, Joaquim disse que não se esquece das primeiras memórias. “Eu guardei aquela imagem mais jovem de um homem inteligente, sabido, que sabia fazer uma composição política. Sempre o achei com um jeitão, autenticamente, nordestino. Falava 50% do que queria e os outros 50% guardava. Gostava do chamado varejo da política, da rua, da feira, da praça, do poeta, do repentista, do cantor. Era um homem humano. Se relacionava bem com as pessoas, agora, como um sertanejo era desconfiado”.

##RECOMENDA##

Para Joaquim Francisco, o ponto forte de Arraes era a firmeza das suas convicções. Contou que o governador não recuava do norte que queria seguir. “Ele tinha convicções de matriz muito forte na área socialista. Muitas delas não se concretizaram, não se materializaram, mas ele se manteve firme numa coerência em busca dos objetivos dele. Não trilhou caminhos convencionais porque ele sempre era um híbrido fértil. Navegava nos dois rios. Da direita e da esquerda. Essa dificuldade que, até hoje em dia algumas pessoas encontram numa convivência mais aberta, ele não tinha. Isso sem abrir mão das convicções dele. Aí era onde estava astúcia dele”.

                                                                                                

Joaquim declarou que, apesar da conjuntura não houve “guerras políticas” entre ambos. “Até porque ele era de um temperamento, quando queria, suave. Era muito experiente, muito jeitoso, fazia política e metade do que podia ele dizia, a outra metade você ficava esperando um novo encontro. Também era teimoso, ou seja, um político hábil, astucioso, coerente com as ideias dele e sabia o que queria”.

Ele também recordou da época em que era prefeito e Arraes, governador. “Era um aprendizado permanente. Ele conversava comigo, aquela coisa toda, eu era um adversário na prefeitura e ele um governador adversário. Eu ia lá despachar e ele conversava bem comigo, aquela conversa, mas, que as coisas que eu ia pedir, ele não atendia. Eu brincava com ele: “Dr. Arraes essas são soluções de gaveta”.

"Eu ia lá despachar com ele e ele conversava bem comigo, aquela conversa, mas, que as coisas que eu ia pedir, ele não atendia. Eu brincava com ele: “Dr. Arraes essas são soluções de gaveta”. “Eu sempre fui apressado, ansioso, queria soluções rápidas. Ele dizia: as coisas têm um ritmo. Você vai, espera um tempo, dá uma sequência e, assim, as coisas vão andando. Pedia para eu deixar de agonia. Ele não pegava no arranco, sempre mastigava o processo. Ouvia uma opinião. Era um político hábil, astucioso, obstinado, cabeça dura, coerente com as ideias dele e sabia o que queria. Um condutor, um líder, sem dúvida alguma, e conseguia em alguns momentos passar uma impressão completamente oposta”.

Joaquim acredita que os laços familiares facilitou o convívio. “Por exemplo, na transição de governo. Eu, que sou um animal rural e urbano, valorizo muito essa maneira de ser rural, de relembrar as ligações que você teve no passado, então, trouxe um clima de convivência cordial mesmo em polos opostos, sem radicalismo, eu o sucedi e depois ele disputou a eleição com Krause e ganhou a eleição. Eu sucedi ele e ele me sucedeu. Foi uma transição pacífica. Eu gostava de conversar com ele. Muitas pessoas reclamam que não conseguia conversar com ele. Eu conseguia”, contou.  

[@#video#@]

UM HOMEM ALÉM DO SEU TEMPO

Entre as muitas histórias relembradas, Joaquim Francisco destacou um episódio, na época em que era governador [1991/1995], que confirmaria que Arraes era um homem além do seu tempo. Arraes teria se encontrado com ele, dois anos após assumir a gestão, para questioná-lo quem seria o seu candidato para a Prefeitura do Recife. “...Daí, ele se encontrou comigo e me perguntou. “Eu queria saber de uma coisa, Joaquim. Quem será o seu candidato a prefeito? Porque eu estou recebendo esse povo de marketing e eles estão dizendo que o povo não quer mais saber de político, que o povo não quer político. Falaram que o povo quer técnico, gerente. E, aí, Joaquim, você vai fazer o que?...”.

Sobre o fato, Joaquim disse para Arraes que não saberia o que iria fazer e questionou o mesmo. “Eu também quero saber do senhor se o senhor vai botar um político ou um técnico”, teria retrucado.

Arraes teria continuado. “...Eu fico aqui pensando, tantos anos que a gente faz política, eu, Pelópidas, você, Dr.Roberto, cada um no seu canto e, de repente, o povo não quer mais saber da gente. O que a gente faz? Tem que pegar um técnico. Estou pensando em ligar para uma das multinacionais e dizer me arranje um prefeito técnico...”.

Joaquim não se esquece dessa história. “Isso há 28 anos e não me esqueço porque hoje está se debatendo isso. Ele já dizia que o povo na rua não queria político, que queria técnico por alguma razão, por algum desgaste político. Isso, lá atrás, já tinha esse tipo de discurso”.

No final das contas, uma semana após, a decisão de Arraes foi feita. Não botou um “técnico”. “Não vou botar um técnico (...). Eu pensei, se a gente é político, colocar um técnico daqui a pouco o povo não gosta da gente. O candidato dele foi Eduardo Campos; o de Joaquim, André de Paula, e Jarbas foi candidato. Ganhou Jarbas, ou seja, a tese do gerente faliu. Arraes estava certo". 



Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando