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Há dois fatos, dentre tantos, que o ex-governador Gustavo Krause considera marcante quando recorda Miguel Arraes. A primeira aconteceu quando Krause disputou a eleição para governador do estado com ele, no ano de 1994. Perdeu a disputa para Arraes, mas, em dezembro do mesmo ano, foi convidado por Fernando Henrique Cardoso para ser o ministro do Desenvolvimento Urbano e do Meio Ambiente no seu primeiro mandato na presidência da República [1995/1999].

“Após o convite de FHC, eu liguei para o governador Joaquim Francisco e liguei para ele [Arraes] que era o governador eleito contando sobre o convite. Ele disse que já sabia e já havia me dito. Eu disse que queria fazer uma visita aos dois e ele me disse que vinha até a minha casa”.

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Krause disse que Arraes roubou a cena e que achou o gesto de ir até sua casa de uma elegância maior. “Ele, com aquele vozeirão dele, disse, eu vou à sua casa. É impressionante. Ele veio ao meu apartamento e roubou a cena política sem ter tido esse intuito, mas, a leitura era extremamente positiva. Achei um gesto de elegância de fundo político e outro de apreço. Um indicado ministro tinha perdido a eleição. O outro veio para a casa do que perdeu, o que significa que foi uma eleição decente. Ficamos nesta varanda. Conversamos quarenta minutos sobre Pernambuco, sobre o Brasil e sobre o Ministério. A imprensa estava toda aqui e ele disse que esse negócio de imprensa era comigo”.

Ainda contou outra história que marcaria quando Krause já era ministro e Miguel Arraes governador, por volta do ano de 1996I1997. Em uma reunião, o líder do povo teria dito que o charuto que Krause trazia no bolso de seu paletó era “fraco”. “Eu disse, de fato e ele disse que ia mandar um charuto bom para mim e, à tarde, chega no meu apartamento duas caixas de charuto cubanos de primeira linha. Esse lado humano, eu diria, de senso de humor era muito acentuado. Um senso de humor muito interessante com uma certa ironia. Às vezes, dava uma gargalhada. Ele administrava bem o mistério. Ele tinha esse raposismo no bom sentido. Esse lado, só nessas oportunidades, é possível contar. São fatos presentes e absolutamente relevantes para a história de Pernambuco”, ressaltou.

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ENTRAR PELA PORTA QUE SAIU

Krause era governador quando Arraes o sucederia, em 1987, e conta que o clima, na época, era de acirramento ideológico e havia uma propaganda muito forte para Arraes embasada no “Entrando pela porta que saiu”.

“Havia esse clima de resgate histórico que favoreceu ainda mais a expressiva vitória que ele teve. Eu tive que ter muito equilíbrio no exercício do governo de manter um clima de segurança e de harmonia para evitar a radicalização (...)Repassei o governo com todos os balanços. Não houve essa coisa de herança maldita. Eu convivi com o político Miguel Arraes em grande parte da minha vida e mesmo situado politicamente em campos opostos eu tinha com ele uma boa convivência, uma relação amistosa. Se existe uma qualidade que deve ser ressaltada em Miguel Arraes é o fato de jamais ele levou para o campo pessoal qualquer discussão, qualquer debate. Isso é absolutamente correto e verdadeiro”, relembrou.

Krause contou que, na época de Arraes, era feito muito mais política do que gestão. “Isso não acontecia só com Arraes, isso acontecia com pessoas boas e qualificadas que faziam política. Isso era uma característica de Getúlio, de Tancredo, característica de uma geração que delegava a gestão a pessoas capazes, competentes e fazia a costura. Como gestor ele fazia parte de um padrão. A gestão era uma coisa delegada. Agora, as prioridades políticas eram ditadas pela sensibilidade social”.

                                                                                            

DO POLÍTICO AO MITO

Para Krause, Arraes tinha uma capacidade enorme de administrar o mistério e o enigma no ponto de vista político. “Essa coisa que se fala muito do mito e, de fato, ele mexia muito bem com o imaginário popular. Ele era uma espécie de um dos pais dos pobres que a nação elegeu porque ele, vou dar a minha definição, como toda definição limitada e falha, foi um vocacionado líder popular. Os próprios adversários reconheciam isso. Não é porque morreu não”.

Ainda o definiu como uma personalidade que deixou fascínio. “Arraes tinha aquele olhar de soslaio. Aquela maneira desconfiada, às vezes, falava, você não entendia, mas ele falava para não entender mesmo. Também tinha um tipo de carisma que ficou colado na imagem dele ao longo da vida. Ele entrou para a história com essa percepção e se mantém vivo com essa percepção de um líder popular”.

“Todos esses líderes que atingem o patamar e passam para a história em vida, ou após a morte, todos eles são extremamente sedutores no contato pessoal e no ponto de vista coletivo. Uma capacidade enorme de ser amado ou ser temido. Ser enigmático. Faz parte do jogo da sedução do poder e do jogo pelo voto”, acrescentou.                                                             

                                                                                                                                                                                                                                                                      "Ser enigmático. Faz parte do jogo da sedução do poder e do jogo pelo voto”

A INFLUÊNCIA ACIMA DAS IMPERFEIÇÕES

Para Gustavo Krause, Arraes continuar a exercer uma influência política. “Temos uma breve passagem por essa coisa que se chama vida. Nosso ciclo biológico ele é finito e a nossa vida política, a vida de quem faz política, ela é uma enorme incógnita. Enquanto de vista biológico tem gente quem pensa que não morre, de ponto de vista político tem pessoas que pensam que não morrem e pessoas que, efetivamente, não morre mesmo após a morte. Eles continuam a exercer uma influência política. Arraes é uma delas. O poder da influência, da opinião. Ele manteve isso permanente e hoje tem o nome escrito na história”.

Krause diz que, muitas vezes, a obstinação de Arraes podia ser vista como teimosia. “Uma sabedoria que, às vezes, era considerada uma esperteza, o não dito, que podia ser confundido com dissimulação, que não é pecado em política. Você não pode ter essa transparência que poder ter na vida pessoal. Ele cultivava muito bem isso. Todos nós somos um mosaico. Eu não gosto de aproximação com os moralistas. Com os que querem ser o martelo da humanidade. O que me atrai nas pessoas é o fato das pessoas serem humana. Ele tinha essa face. Você pode fazer um mosaico de qualidades que superam os defeitos, as falhas humanas”.

“Ele não atacava ninguém, estava sempre do lado do bem. Quem quisesse que ficasse do lado do mal. Quem quiser que tomasse o caminho da perdição como ele disse com os ex- aliados dele, que romperam com ele. Ele manejava muito bem. Ele administrava isso com muita competência”.

 



O deputado federal Jarbas Vasconcelos é categórico ao falar de Arraes, ao qual foi aliado e adversário no cenário político. “Os meus momentos com Arraes foram muito mais de convivência, de fraternidade, do que de desavença. A gente teve uma desavença política. A minha visão política não era a mesma de Arraes, eu tinha uma preocupação também com os despossuídos e tal, mas, a visão de governo, de administração, de problemas do estado eu tinha uma visão, ele outra. Não adianta ficar especificando o porquê, mas, a minha visão não coincidia com a dele administrativa e, às vezes, até política”, explicou.

Divergências de lado, Jarbas diz que, acima de tudo, é preciso destacar quem foi Arraes neste centenário. O definiu como uma pessoa digna e que honrou as tradições pernambucanas quer como deputado estadual quer como deputado federal, prefeito da Capital uma vez ou governador três vezes. “Diante das controvérsias, Miguel Arraes foi um homem que lutou pelo povo. Ele fez suas articulações políticas, mas procurou sempre fazer as coisas onde seus acertos, as suas decisões corretas, fossem bem maiores. O positivo prevaleceu sobre o negativo. Isso é muito importante num político. Isso não é comum nos dias de hoje dentro dessa mediocridade que marca o cenário político nacional”, contou.

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Apesar das divergências, Jarbas Vasconcelos disse que teve com Arraes uma convivência longa e fraterna

Para o ex-governador, o fato mais marcante no sertanejo era a sua sensibilidade para com os mais necessitados. “O que marcou muito a presença de Arraes não só em Pernambuco, mas a nível nacional foi esse conceito que se criou em torno dele de que ele era um político voltado para uma atividade de atendimento aos necessitados, aos despossuídos, aqueles que precisavam da presença do estado. É um acervo, é um conjunto de atividade política muito forte. O que marcou a presença de Arraes como prefeito foi o contato dele com as comunidades mais carentes, com as comunidades mais pobres e necessitadas”.

“Assim também foi como governador de Pernambuco. Ele marcou exatamente o primeiro mandato dele com a atuação na Zona da Mata de Pernambuco, de fazer o entendimento entre trabalhadores rurais, os operários das usinas, fornecedores de cana e produtores, os chamados usineiros. Eram setores de classes que não se entendiam. Que viviam num estágio de não boa convivência e ele conseguiu, naquela época, fazer acordos e entendimentos. Naquela época, a região produtora de açúcar, era a maior fonte na economia de Pernambuco, era a coisa mais expressiva dentro da economia. Hoje não mais, porém, antes era a cana de açúcar e Arraes teve uma participação muito grande. Não era homem de estar na tribuna toda hora e a todo instante, mas, era sempre ouvido pela imprensa nacional”, recordou. 

                                                                                                                                                                                      

UMA RELAÇÃO PACÍFICA

Jarbas e Arraes se conheceram em um momento atípico, em Paris, quando o peemedebista exercia o cargo de deputado federal. Arraes, à época, estava no exílio, na Argélia, e foi até a Cidade das Luzes. Jarbas conta que conviveram por dois dias e, desde então, percebeu uma singularidade no homem que foi deposto do seu cargo em Pernambuco: o de ser uma pessoa culta. “E o exílio ajudou para isso. Para que lesse mais, que se dedicasse mais, que analisasse mais as coisas. Ele tinha uma análise do mundo muito grande. Às vezes, com discordância mesmo, mas ele tinha uma visão de mundo que segmentou e ampliou no exílio. Arraes caiu [golpe] com muita dignidade”.

As adversidades entre os dois vieram a tomar corpo em 1992.  “Aí as divergências afloraram com muita clareza. Ainda assim, a gente procurava se entender fazendo as coisas sem quem um hostilizasse o outro. A gente ficou afastado, mas, um afastamento que diria muito mais político do que pessoal. Não foi uma coisa de intriga, que possa ser debitado ou creditado ao campo pessoal. Foi uma divergência de visão política que, naquele momento, a gente teve quando da disputa da prefeitura. Eu disputei e ganhei a prefeitura. O candidato Eduardo campos, lançado muito novo, por sinal, eu ganhei a eleição, mas, foi uma convivência fraterna, respeitosa e muito longa”.  

                                                                        

O SONHO DA PRESIDÊNCIA

Quando Arraes voltou, em 79, ele era grande referência da esquerda brasileira. Quando se reelegeu governador, dizem que houve uma quitação com a história. No fundo, houve um resgate do governador deposto que depois volta pelo caminho da democracia. Conta-se, nos bastidores, que Arraes pensava em alçar voos mais altos e a história caminhava para isso. No entanto, as circunstâncias mudaram, principalmente, quando nas eleições de 1998, Jarbas venceu por margem superior a 1 milhão de votos o então governador Miguel Arraes.

Dizem que Arraes guardou certa frustração por não ter sido candidato a presidente da República. Arraes foi cogitado, debatido e Eduardo Campos, o neto, se viabilizou. Mas, eram tempos diferentes.

Jarbas Vasconcelos comentou sobre o assunto. “Eu não sei se ele morreu com essa frustração, mas fazia parte do projeto de Arraes mesmo que, se vivo fosse, desmentisse. Estava embutido nele e era normal. Perfeitamente normal que uma pessoa com a carreira que Arraes teve como deputado estadual no primeiro estágio, depois, prefeito da Capital e depois governador de Pernambuco três vezes. Uma figura nacional naquela época que se destacava como Brizola e outros mais e não ter isso dentro da cabeça, a possibilidade de disputar a presidência, não seria normal. O normal era ter esse projeto e ele tinha. Eu considerava uma coisa natural”.

                                       

Questionado teria o seu apoio, Jarbas foi convicto ao dizer que sim. “Se fosse candidato à presidência na época em estávamos juntos, mas, como se diz, o cavalo selado passa uma vez. O cavalo nunca passou. Essa oportunidade ele nunca teve até porque ele pagou um tributo muito caro no exílio. Muitos anos exilado, fora do país arrancado a força. Um tempo muito grande exilado”. 

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Miguel Arraes, ex-governador de Pernambuco, não se preocupava com rótulos, como o mesmo disse em um discurso. “O rótulo de radical, conciliador, não tem nenhum sentido para mim (...). O que importa é a prática política, o que me importa são os posicionamentos que se tomam ao lado de determinadas camadas sociais”, declarou num tempo em que boa parte dessa camada citada pelo líder ansiava por dias mais igualitários e justos. 

O primogênito e único filho homem de Maria Benigna Arraes de Alencar e José Almino de Alencar e Silva, foi adorado muito mais do que pela criação do programa Chapéu de Palha, que atendeu os trabalhadores rurais da palha da cana e suas famílias, na região da Zona da Mata, durante o período da entressafra da cana-de-açúcar.

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Arraes trouxe, para muito deles, o significado da importância que eles tinham diante das suas próprias vidas ao colocar, numa mesma mesa, usineiro, os fornecedores de donos de engenho e os trabalhadores.

Um verdadeiro “choque cultural e político” como definiu o próprio neto Eduardo Campos, que herdaria o dom e o carisma do sertanejo que ficaria marcado na história brasileira. “Ele chegou ao governo e faz que a lei seja cumprida na realidade onde não existia lei para os pequenos. Um usineiro sentar na mesma condição diante de um governador com trabalhadores em busca que se cumprisse a lei”, chegou a dizer Eduardo. Ali, um tempo novo estaria por iniciar.

                                                                                                                                                                                                                                                                                                    O sertanejo foi visto como um santo por muitos. Nascia o mito Arraes

O ex-governador de Pernambuco ficaria rotulado ora por ser um homem cabeça-dura, teimoso, de posturas convictas, ora pela sensibilide humana aguçada que o fez ser venerado pela população mais necessitada, que o tinham como um santo, principalmente, pelos camponeses, que diziam que ele era capaz de fazer chover. Era o mito Arraes que nascia, o mito do Sertão. O guerreiro do povo brasileiro, como a população entoava em diversas visitas que ele fazia pelos municípios do estado. Arraes deixaria marcas inigualáveis para a política brasileira. 

Arraes conseguiu realizar o que registrou em seu discurso quando assumiu pela primeira vez o Governo de Pernambuco, no dia 31 de janeiro de 1963, onde citou um poema do escritor Carlos Drummond de Andrade. Em sua lápide ficaria registrada uma parte do texto: “Luto com as velhas armas que sempre lutei: as minhas duas mãos e o sentimento do mundo”. Sentimento, esse, que marcaria a vida dos de milhares de pessoas eternizando o seu nome na história.

                                                                                                        

O neto de Miguel Arraes, Antônio Campos (PSB), iniciou, nesta terça-feira (8), a abertura das homenagens ao ex-governador Miguel Arraes - que completaria 100 anos, se estivesse vivo, no próximo dia 15 de dezembro. Em texto enviado à imprensa, Campos define Arraes como “um homem além do seu tempo”. Miguel foi prefeito do Recife, deputado estadual e federal, e por três vezes governador de Pernambuco.

Antônio Campos frisou que o líder cearense, que fez carreira política em Pernambuco, será “sempre lembrado como a de um homem que construiu através do diálogo uma compreensão do ser humano muito além das suas fronteiras territoriais”. 

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No artigo, que tem como título “A atualidade de Miguel Arraes”, o ex-candidato a prefeito de Olinda conta um pouco sobre a trajetória de Arraes desde quando era prefeito e criou, em 1960, o Movimento de Cultura Popular (MCP) até os episódios que vivenciou durante a Ditadura Militar, quando foi desposto pelo golpe. 

“Sua fidelidade ao povo que o elegeu fez com que não aceitasse a sugestão de renúncia proposta pelos militares por ocasião do Golpe de 1964. Preso, foi exilado na Argélia, onde, ao lado da família, viveu por 14 anos. No exílio, Arraes ampliou sua compreensão do mundo através de estudos e convivência com grandes lideranças mundiais (...) Estendeu sua compreensão de diálogo entre os homens para uma visão maior de diálogo entre os povos. Viva Arraes, guerreiro do povo brasileiro”, ressaltou Campos.

Hoje, o Instituto Miguel Arraes (IMA) anunciou a programação que irá celebra a data. As comemorações iniciam, no dia 13 de dezembro, com uma sessão solene no Congresso Nacional e a abertura de uma exposição na Câmara dos Deputados para homenagear o ex-governador. Na solenidade, o filho mais velho de Arraes, José Almino Alencar e Silva, fará um pronunciamento em nome da família.

Após uma série de adiamentos, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse nesta quinta-feira (6) que o governo pretende enviar ainda em outubro a reforma da Previdência para o Congresso. "Deve chegar no Congresso ainda antes de nós termos concluído a votação da PEC 241 (Teto dos gastos) na Câmara. Presumivelmente agora em outubro", disse.

Após sucessivos adiamentos, o ministro disse que não gostaria de "fixar uma data", porque o presidente Michel Temer ainda quer discutir a proposta com as centrais sindicais, as confederações de empregadores e os líderes da base aliada. "Política tem o seu tempo", afirmou.

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As declarações do ministro foram dadas após participar de uma homenagem a Ulysses Guimarães, na Câmara de Deputados. Um dos fundadores do PMDB, o político completaria 100 anos nesta quinta-feira.

Citando o ex-presidente do partido, Padilha disse que o governo atual precisa de "coragem" para colocar em curso as reformas necessárias, como a da Previdência e o ajuste fiscal representado pela PEC que estabelece um teto para os gastos públicos.

"Tem algumas palavras que definem bem Ulysses, político tem que ter coragem. Hoje, quem faz política no Brasil tem que ter coragem de enfrentar o desafio que aí está. Precisa ter coragem para assumirmos o controle das contas públicas, ou elas ficarem incontroláveis para sempre.", disse.

O ministro se mostrou confiante de que os deputados irão aprovar a PEC do Teto na próxima semana. Segundo ele, a campanha publicitária que o governo lançou na TV e a atuação de convencimento dos parlamentares vai garantir uma votação expressiva. "Nós não podemos correr o risco, nós temos que ter responsabilidade máxima com o dinheiro do cidadão, não tem dinheiro público, quem paga a conta sempre é o cidadão", afirmou.

Em comemoração aos 100 anos do samba, em 2016, o show carioca E o enredo virou MPB será apresentado no Teatro Santa Isabel, no Recife. O espetáculo será realizado na próxima terça-feira (6), às 20h, pela cantora e compositora Adriana B, Igor Eça (vocal, violão, teclado e baixo), Rubem França (violão e cavaquinho) e Bira Souza (bateria e percussão).

O projeto é composto por sambas-enredos que fizeram história no Carnaval brasileiro. O objetivo é dar nova roupagem às composições que marcaram época. A ideia ficou engavetada por mais de dez anos e foi retomada este ano para os festejos do centenário do samba.

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O repertório tem canções como Das maravilhas do mar, fez-se o esplendor de uma noite, de Davi Correia e Jorge Macedo (Portela, 1981), Caymmi mostra ao mundo o que a Bahia e a Mangueira tem, de Ivo Meireles, Paulinho e Lula (Mangueira, 1986) e Domingo, de Aurinho da Ilha, Ione do Nascimento, Adhemar Vinhaes e Waldir da Vala (União da Ilha, 1977). 

Os ingressos custam R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia) e estão à venda na bilheteria do Teatro Santa Isabel e nas lojas Refazenda do Rosarinho e shoppings RioMar, Recife. 

Serviço

E o enredo virou MPB

Teatro Santa Isabel | Praça da República, s/n - Santo Antônio – Recife

R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia)

Refazenda do Shopping RioMar | Av. República do Líbano, 251 – Pina - Recife

Refazenda do Shopping Recife | Rua Padre Carapuceiro, 777 - Boa Viagem - Recife

Refazenda do Rosarinho | Rua Telles Júnior, nº 489 – Rosarinho - Recife

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Não foi nenhum gol ou grande atuação de um jogador que marcou a primeira rodada da Copa América do Centenário, mas uma gafe continental cometida pela organização do torneio. Na partida do grupo C da competição entre México e Uruguai, que foi vencida por 3 a 1 pelos mexicanos, a seleção celeste teve seu hino trocado pelo do Chile antes do início do jogo.

Perfilados para a execução do hino, após o mexicano, os atletas uruguaios ficaram sem muita reação, alguns, inclusive com cara de constrangimento. Apenas o zagueiro e capitão Godín tentou entoar alguns trechos do hino celeste, mas sem apoio dos companheiros. A curiosidade é que o Chile foi quem eliminou a seleção Uruguai da última Copa América e posteriormente se sagraram campeões. 

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Confira o vídeo do momento do erro:

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A organização da Copa América, em seguida, pediu desculpas aos Uruguaios pelo equívoco emitindo uma nota oficial em seu twitter e prometendo que irá tomar as medidas necessárias para que o erro não se repita:

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Naquele que foi o mais emocionante jogo deste começo da Copa América Centenário, a seleção do México recompensou o apoio dos torcedores que lotaram o University of Phoenix Stadium, no Arizona, ao derrotar o Uruguai por 3 a 1, neste domingo, pela primeira rodada do Grupo C da competição.

A partida foi cheia de alternativas, com duas expulsões e quatro gols, sendo definida apenas nos minutos finais, quando o México marcou duas vezes e garantiu a vitória após ser dominado no início do segundo tempo, quando o Uruguai se reorganizou e pressionou os adversários mesmo com um jogador a menos - depois, Guardado recebeu o cartão vermelho, deixando os times em igualdade numérica.

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As duas seleções voltam a entrar em campo na próxima quinta-feira pela segunda rodada do Grupo C. O Uruguai, que não contou com o lesionado Luis Suárez, vai tentar se reabilitar diante da Venezuela, que superou na estreia a Jamaica, próxima adversária do México, o líder da chave pelo saldo de gols.

O JOGO - Antes mesmo do começo, a partida teve o seu primeiro incidente, quando foi executado o Hino Nacional do Chile ao invés do tema do Uruguai, o que levou os organizadores da Copa América a realizarem um pedido de desculpas públicas.

E o Uruguai não poderia ter iniciado a partida de modo pior, pois, logo aos três minutos, após cruzamento destinado a Herrera, Álvaro Pereira cabeceou para as próprias redes, já deixando a seleção mexicana em vantagem, para alegria dos seus torcedores, que lotaram o estádio no Arizona.

Em desvantagem, os uruguaios demoraram para entrar no jogo, sofrendo com a velocidade da seleção mexicana. Mas poderia ter arrancado o empate aos 30 minutos, quando Cavani foi acionado por Lodeiro na grande área e finalizou para a segura defesa de Talavera.

Só esse lance foi quase uma exceção em um primeiro tempo controlado pelo México, que poderia ter marcado segundo gol nos minutos finais e ainda realizou algumas jogadas de efeito. Uma das suas chances surgiu após uma cobrança de escanteio, em que Muslera impediu a finalização de Chicharito Hernández. Logo depois, José Giménez travou um chute do atacante.

E aos 44 minutos, o Uruguai ficou com um jogador a menos em função da expulsão de Vecino, que recebeu o segundo cartão amarelo ao derrubar Corona, que puxava um contra-ataque.

Mas mesmo em desvantagem e com apenas dez jogadores, o Uruguai não deixou de exibir a sua tradicional valentia, a ponto de pressionar a seleção mexicana e criar chances de gols na volta do intervalo. Aos 14 minutos, bela trama começou com uma arrancada de Godín ainda da defesa, após roubar uma bola. Ele passou por dois mexicanos e acionou Cavani, que passou Rolán finalizar, mas para fora.

O jogo foi ficando aberto, tanto que o México, mesmo dominado, quase marcou o seu segundo gol com Chicharito em um contra-ataque. Mas o Uruguai era mesmo superior, tanto que quase marcou após falha de Talavera, aos 26 minutos, após cobrança de falta, em que o goleiro saiu mal do gol, mas conseguiu se recuperar para impedir o gol de Cavani.

Na sequência, o México também ficou com dez jogadores, pois Guardado foi expulso após cometer falta em Sánchez. E na cobrança da infração, aos 28 minutos, Godín cabeceou para as redes, empatando o duelo para o Uruguai e premiando o melhor segundo tempo de sua equipe.

O placar de 1 a 1 e a ausência de um jogador em cada time deixou o duelo bastante franco nos minutos finais. E as melhores chances de gol foram do México. Aos 32 minutos, Lozano parou em Muslera. Mas, aos 40 minutos, a seleção mexicana chegou ao gol de desempate. Após cobrança de escanteio, Lozano alçou a bola na área e Rafa Márquez finalizou para as redes.

O Uruguai não deixou de lutar, e quase marcou com Gastón Ramírez. Mas o México parecia mais bem condicionado fisicamente e marcou o terceiro aos 46, em mais uma jogada com a participação de Lozano. Dessa vez, ele entrou na área e cruzou para Jiménez. Mesmo atrapalhado, ele acionou Herrera, que marcou de cabeça o gol que sacramentou o triunfo mexicano em um jogo eletrizante.

FICHA TÉCNICA

MÉXICO 3 x 1 URUGUAI

MÉXICO - Talavera; Néstor Araujo, Diego Reyes, Héctor Moreno e Layun; Rafa Márquez, Herrera e Guardado; Javier Aquino (Lozano), Chicharito Hernández (Raúl Jiménez) e Jesús Corona (Duenas). Técnico: Juan Carlos Osorio

URUGUAI - Muslera; Maxi Pereira, José Giménez, Godín e Alvaro Pereira; Arévalo Ríos, Vecino, Lodeiro (Alvaro González), Carlos Sánchez (Gaston Ramírez) e Diego Rolán (Abel Hernández); Cavani. Técnico: Óscar Tabárez.

GOLS - Álvaro Pereira (contra), aos 3 minutos do primeiro tempo; Godín, aos 28, e Rafa Márquez, aos 40, e Herrera, aos 46 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Raúl Jiménez (México); Godín, Maxi Pereira e José Giménez (Uruguai).

CARTÕES VERMELHOS - Vecino (Uruguai) e Guardado (México).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

ÁRBITRO - Enrique Cáceres (Paraguai).

LOCAL - University of Phoenix Stadium, em Phoenix.

A CBF vai enviar nos próximos dias ao Barcelona um projeto para Neymar disputar tanto a Copa América Centenário, em junho, como a Olimpíada do Rio, em agosto, pela seleção brasileira. O planejamento foi feito de uma maneira que a presença do atacante nos dois torneios não prejudicaria as suas férias nem comprometeria os seus treinos de pré-temporada. Pelo menos é o que pensam os responsáveis pela seleção.

Pelo plano da CBF, Neymar se apresentaria depois de 28 de maio, data em que será disputada a decisão da Liga dos Campeões da Europa, caso o Barcelona esteja na briga pelo título - os demais convocados para a seleção devem começar a treinar no dia 23. Assim, não participaria do amistoso que o Brasil fará no dia 29, em Denver, nos Estados Unidos, provavelmente contra o Panamá.

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O ex-santista jogaria normalmente na Copa América Centenário. A seleção estreia no dia 4 de junho e a final será no dia 26. Em seguida, entraria de férias e se apresentaria para a Olimpíada em 24 de julho (os demais atletas se reunirão no dia 18). O torneio de futebol dos Jogos do Rio ocorrerá de 3 a 20 de agosto.

Ou seja, Neymar teria quase um mês de férias. O problema é que o Barcelona exige que o atacante participe pelo menos de parte da sua pré-temporada. Se ele cumprir a exigência antes de juntar à seleção, teria as férias reduzidas.

Um dos argumentos que a CBF apresentará aos espanhóis é que se o Barcelona tiver um jogador convocado para a Eurocopa (de 10 de junho a 10 de julho) e depois for chamado também para representar seu país na Olimpíada, acabará tendo período menor de férias e de pré-temporada que Neymar - de acordo com o plano que será apresentado aos catalães.

Neymar já declarou diversas que, por ele, joga tanto a Copa América Centenário como a Olimpíada. "Eu já disse para todos que quero jogar as duas competições, mas é algo que precisamos conversar ainda. Estamos falando com o Dunga e com o Luis Enrique e ainda não temos nada decidido", disse o atacante na última quinta-feira, véspera da partida contra o Uruguai.

Dunga já revelou que, se tiver se optar, vai preferir contar com Neymar na Olimpíada. A reportagem do jornal O Estado de S.Paulo conversou com pessoas ligadas à CBF, que revelaram que o clima na comissão técnica é de desconfiança. Eles acreditam que o Barcelona pode até ceder o jogador, mas ainda deve fazer jogo duro.

Dunga deu sorte ao Brasil na definição dos grupos da Copa América Centenário, que será disputada de 3 a 26 de junho nos Estados Unidos. No sorteio realizado neste domingo em Nova York, com a presença do treinador, a seleção brasileira caiu no Grupo B ao lado de Equador, Haiti e Peru, adversários do segundo escalão no futebol americano.

O Brasil estreia no dia 4 de junho contra o Equador, no estádio Rose Bowl, em Pasadena (Califórnia), onde a seleção conquistou o tetra na Copa do Mundo de 1994. No dia 8, enfrenta o Haiti, no Orlando Citrus, em Orlando. E fecha a fase de grupos contra o Peru, no dia 12, no Foxborough, na região metropolitana de Boston.

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Ao comentar sobre os adversários do Brasil, Gilmar Rinaldi, coordenador da seleção, disse que o Brasil tem a obrigação de se impor, seja qual for o adversário. "Temos de jogar bem e ganhar. A dificuldade e a facilidade somos nós que vamos criar. Temos que nos preparar muito e mostrar a força do futebol brasileiro dentro de campo na primeira fase e ganhar confiança para seguir na segunda fase", disse.

O grupo mais equilibrado é o A, com o anfitrião Estados Unidos, Colômbia, Costa Rica e Paraguai. A Argentina, uma das favoritas, entrou no Grupo D com Chile, Panamá e Bolívia. O C tem México, Uruguai, Jamaica e Venezuela.

CORRUPÇÃO - Além do aspecto histórico, a Copa América Centenário também ficará marcada por ter sido a competição que serviu como base para desvendar um milionário esquema de corrupção, levou vários cartolas até então considerados intocáveis à prisão e pode mudar a relação dos negócios com o futebol. Até agora, 41 dirigentes e empresários estão denunciados sob a acusação de cometerem crimes diversos. E as investigações da Justiça dos Estados Unidos estão longe de terminar.

José Maria Marin, ex-presidente da CBF, é um dos brasileiros envolvidos no escândalo. Acusado de fraude, conspiração e lavagem de dinheiro, desde novembro passado cumpre prisão domiciliar em Nova York. O presidente licenciado da CBF, Marco Polo Del Nero, e o ex-presidente Ricardo Teixeira também foram indiciados pela Justiça dos Estados Unidos. Eles negam participação em qualquer ato ilícito.

Outro brasileiro às voltas com as autoridades americanas é o empresário J.Hawilla - está em prisão domiciliar, admitiu à Justiça os crimes de extorsão, lavagem de dinheiro e obstrução e faz acordo para devolver US$ 151 milhões. Foi por meio da investigação dos negócios envolvendo uma empresa da qual Hawilla era um dos sócios, a Datisa, que o FBI encontrou o fio da meada de um propinoduto por onde escoaram pelo menos US$ 110 milhões.

A empresa criada e 2013 tinha como outros sócios os argentinos Alejandro Burzaco, da Torneos y Competencias, e Hugo e Mariano Jinkis, da Full Play, todas empresas ligadas ao segmento de compra e revenda de direitos de transmissão e de marketing.

Pelo esquema que levaria inicialmente à prisão de vários dirigentes ligados à Conmebol e à Concacaf no dia 27 de maio em Zurique, durante um congresso da Fifa - entre eles Marin, os ex-presidentes da Conmebol Nicolas Leoz e Eugenio Figueredo, e os ex-presidentes da Concacaf Jack Warner e Jeffrey Webb -, vários dirigentes receberam propina ao negociar os direitos de transmissão e contratos de marketing de várias competições.

A Copa América Centenário foi um dos torneios "negociados", assim como as Copas Américas de 2015, 2019 e 2023. E o FBI entrou na investigação porque dinheiro ilegal das transações passaram pelo sistema financeiro do país.

A descoberta do esquema colocou em risco a realização da competição que tem como pano de fundo comemorar os 100 anos de Copa América, mas no segundo semestre do ano passado a manutenção do torneio como sede foi confirmada pela Conmebol. Em dezembro, a entidade anunciou uma outra empresa como detentora dos direitos de transmissão e de marketing.

Enquanto isso, além de Marin, vários outros cartolas cumprem prisão domiciliar, após acordos com a Justiça dos Estados Unidos em que pagaram multas vultosas e deram como garantias bens diversos - até joias de família foram utilizadas.

Confira os grupos da Copa América Centenário:

GRUPO A - Estados Unidos, Colômbia, Costa Rica e Paraguai

GRUPO B - Brasil, Equador, Haiti e Peru

GRUPO C - México, Uruguai, Jamaica e Venezuela

GRUPO D - Argentina, Chile, Panamá e Bolívia

Nesta terça-feira (15), o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), recebeu familiares do ex-governador Miguel Arraes de Alencar. O encontro foi o pontapé inicial para as comemorações do centenário de nascimento, que serão realizadas no próximo ano. Nesta terça, Arraes comemoraria 99 anos. 

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Ao lado de Câmara estavam a viúva Magdalena Arraes, os filhos Ana e Pedro, o neto Antônio Campos, a viúva do também ex-governador Eduardo Campos, Renata Campos, e os bisnetos Elisa, Luis Felipe e Miguel. “Ele foi uma pessoa que contribuiu muito para a redemocratização do nosso País. Um exemplo de homem público e de gestor comprometido com o social”, disse Paulo Câmara. 

Uma comissão organizadora do centenário será formada por membros do Governo, da Assembleia Legislativa, Instituto Miguel Arraes e do Partido Socialista Brasileiro (PSB). A ministra Ana Arraes salientou que “além da sua atuação no Brasil, é importante resgatar os detalhes da história de Arraes na Argélia. Ele contribuiu com as suas experiências no continente africano, na questão da água e das tecnologias de infraestrutura”. 

Miguel Arraes de Alencar foi, por três vezes, governador do Estado, além de ter sido também deputado federal e prefeito do Recife. Em 1964, teve o governo interrompido durante a ditadura militar. Arraes faleceu aos 88 anos, em 2005. 

Nesta segunda (24), um dos mais significativos espaços culturais do Recife, o Teatro do Parque, completou 100 anos de história. Mas, ao invés de uma festa de aniversário, a data foi comemorada com um velório simbólico, realizado por diversos movimentos e grupos de artistas que lutam pela revitalização e reabertura do espaço, fechado há cinco anos para reformas. O ato foi liderado pelo (Re)Existe Teatro do Parque, em conjunto com o Movimento Guerrilha Cultural e Grupo João Teimoso, mas conta com o apoio de outros grupos, como o OcuParque, que estarão durante todo este dia promovendo ações culturais em frente ao teatro para chamar a atenção da sociedade para o descaso do poder público com o local.

Teatro do Parque: centenário e sem respeito

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Priscila Krause cobra retomada da obra do Teatro do Parque

Representante do (RE)Existe Teatro do Parque, o ator Óseas Borba Neto estava vestido de preto, como se fosse a um verdadeiro enterro, e explicou a motivação do protesto: "O Velório não é pra enterrar o teatro, mas pra mostrar que queremos o Parque aberto denovo". Ele, e os demais movimentos participantes da mobilização, acompanham o caso do teatro desde 2013 e o apelo é para que as obras sejam retomadas para que o Parque possa ser entregue à população. "Em plena segunda-feira a obra está parada. Não tem ninguém trabalhando lá dentro", o ator fez questão de salientar.

Além dos artistas, também juntaram-se ao movimento algumas pesoas que costumavam frequentar o teatro. Dona Maria Lindete, moradora da Boa Vista, lamentou muito pelo Parque ainda estar desativado: "Eu frequentava desde mocinha, é de fazer chorar". Ela relembrou alguns projetos que movimentavam o Parque como o Pixinguinha, o Seis e meia e as exibições de filmes.

Já o ator e artista popular Carlos Amorim, da Cia D'Loucos de Teatro Popular, foi além e reclamou da ausência de políticas culturais na cidade do Recife: "Infelizmente não se discute política cultural nesta cidade. Aqui está a classe artística em sua essência. O Teatro do Parque fechado é um crime para os artistas e para a sociedade pernambucana."

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Dia de mobilização

Ao longo de toda esta segunda (24), os movimentos em prol do Teatro do Parque e outros que abraçaram a causa estarão na Rua do Hospício, em frente ao equipamento cultural, promovendo recitais poéticos, apresentações musicais e projeções de vídeos. Também haverá momentos em que o microfone estará aberto para quem quiser participar da manifestação. Segundo S.R. Tuppan, do OcuParque, será um dia para "celebrar e também protestar". Confira a programação completa: 

11h às 16h - Microfone aberto para quem quiser se expressar com poesias, depoimentos e performances

15h às 18h - Banca de revistas com distribuição da Outros Críticos, com tema Ruínas e Cultura e do livro Guia Comum do Centro do Recife

16h - Performance Parabéns para quem?!, de Ângelo Fábio

17h - Performance de Flávio Renovatto

18h - Projeção de imagens do projeto #Dajaneladomeuonibus, de Isabela Faria e video mapping com o VJ Mozart Santos na fachada do teatro

18h às 18h30 - Recital poético com S.R. Tuppan e convidados como Tereza Augusta Maciel e Lúcio Mustafá, com microfone aberto

18h30 às 19h30 - Apresentações musicais em memória ao Projeto Seisemeia com Tereza Augusta Maciel, Lúcio Mustafá, Bruno Nascimento e Isadora Melo

Considerado um dos equipamentos culturais mais importantes de Pernambuco, o Teatro do Parque completa, na próxima segunda-feira (24), 100 anos, mas sem espectadores para festejar a data. Foram décadas de histórias marcadas por espetáculos, apresentações musicais e sessões de cinema, além de eventos. Agora, o espaço está à espera da conclusão de uma reforma que está paralisada e que já teve diferentes datas de reinauguração divulgadas e não cumpridas.

Já são cinco anos fechado. Artistas e comerciantes lamentam a interdição do Teatro do Parque e não conseguem projetar boas perspectivas.

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Criado em 1915 para ser um teatro, o espaço estava situado em dos melhores locais da cidade. Integrado ao Hotel Parque, o Teatro do Parque sofreu sua primeira e grande intervenção no final da década de 1920. A mudança se deu com o intuito de modernizar a antiga estrutura e receber o glamour e as novas tecnologias das indústrias cinematográficas de 1930, período do cinema mudo no Brasil.

Segundo a arquiteta responsável pelo estudo técnico para a restauração do acervo de Bens Integrados ao edifício do Teatro do Parque, Simone Arruda, esta grande reforma, idealizada e realizada por Luiz Severiano Ribeiro, foi feita em 1929, transformando o espaço completamente 14 anos depois da inauguração. “Foram intervenções que promoveram significativas alterações com o propósito de adequar o antigo teatro ao funcionamento de um cinema moderno a exemplo dos que eram construídos no mesmo período Rio de Janeiro e que deram origem à Cinelândia. Há informações inclusive de que o investimento da reforma foi maior que o da construção”, ressalta Simone.

Ainda conforme Simone Arruda, com as intervenções, pouquíssimos elementos não foram modificados. “Peças do mobiliário, revestimentos de piso e pinturas murais, em estilo Renascença, que compunham a configuração original do teatro, foram substituídos nesta grande reforma de 1929, que introduziu no edifício os novos ambientes e uma decoração de inspiração Art Deco", explica. Entre estas substituições, a arquiteta destaca os murais originais da boca de cena, executadas por Henrique Elliot e Mário Nunes, que retratavam dançarinas espanholas e foram sobrepostos pela composição atualmente existente.

Outras obras que merecem destaque foram feitas a partir de década de 1950. A primeira foi a reforma empreendida na gestão do prefeito Augusto Lucena, em que se pretendeu ocultar toda a ornamentação, inclusive encobrindo com painéis de madeira as pinturas murais da boca de cena. A outra foi a intervenção de restauro inaugurada em 1988, que removeu esses e outros anteparos trazendo à luz parte da decoração remanescente.

Simone afirma que a pesquisa histórica possibilitou novas informações para traçar melhor a trajetória do centenário do edifício e identificar elementos decorativos que o Cine-Teatro do Parque possuía em 1929.

 

Artistas falam das perspectivas 

 

Renato Phaelante                                                   Cleuson Vieira                                                    Roberto Santana

Frequentador assíduo do Teatro do Parque como espectador e como ator, o teatrólogo Renato Phaelante lembra dos momentos vividos durante sua infância. “Foram épocas inesquecíveis! O Teatro do Parque faz parte da cultura e da infância de milhares de pernambucanos. Eu particularmente cresci no bairro da Boa Vista e frequente bastante as sessões de cinema e os espetáculos, durante toda a adolescência. Não tenho dúvida que eu absolvi uma cultura muito boa através do Parque”, falou. Ainda como ator, ele acrescenta: “Quando o Teatro de Amadores de Pernambuco pegou fogo pudemos contar com a estrutura do Parque e do Santa Isabel e guardo boas lembranças desses momentos”, recorda Phaelante.

O cantor Renato Santana, que trabalha com música há 35 anos, relembra com saudade os projetos oferecidos pelo equipamento. “São inúmeras as recordações. Sejam elas como apresentações no palco ou como espectador. Dentre as que marcaram, posso citar o show de Belchior, o lançamento do CD em homenagem ao centenário do frevo e a apresentação de Amelinha”, relembra. O artista ainda apontou o projeto Seis e Meia como um dos melhores. “De tempo em tempo, artistas do cenário nacional se apresentavam a preço popular, e isso era muito bom, mas infelizmente tudo se perdeu”, lamenta.

Quem também demonstra sua nostalgia é o ator Cleuson Ferreira. Ao Portal LeiaJá, o artista detalha com tristeza a leitura da situação feita pelo filho, que é autista, de nove anos, ao perceber que o Teatro não está mais funcionando. “Sempre tive o costume de trazer o meu filho ao Teatro do Parque, nas minhas apresentações e em várias outras. Com o fechamento, deixei de trazê-lo. Porém, um dia, depois de tanta insistência dele, o trouxe para ver o Teatro. Quando ele estava sentado e viu as cadeiras cobertas e empoeiradas, disse: 'o teatro acabou!' Neste momento meus olhos encheram de lágrimas. Acho que realmente está acabando”, conclui.

*Fotos: Líbia Florentino e Paulo Uchôa

Preso político, promotor público no interior, deputado estadual, vereador do Recife e líder comunista, Paulo Cavalcanti, completaria cem anos de idade nesta segunda-feira (25). Para marcar a data, uma série de homenagens será realizada até a próxima quarta (27). 

A primeira delas será na Assembleia Legislativa (Alepe), às 18h desta segunda, quando acontece uma sessão solene que contará com a exibição de um documentário, um recital e o lançamento de uma revista biográfica do homenageado, editada pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe). Familiares e amigos de Cavalcanti participam do evento. 

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Já nesta terça-feira (26), às 20h, a Orquestra Sinfônica do Recife, sob a regência do maestro Marlos Nobre, presta homenagens ao líder político no Teatro Santa Isabel. Na quarta, será a vez da Câmara dos Vereadores do Recife realizar sessão solene marcando o centenário, às 16h. 

Outras instituições também vão prestar homenagem a Paulo Cavalcanti, que morreu aos 80 anos, entre elas a Academia Pernambucana de Letras, a União Brasileira dos Escritores, o Partido Comunista Brasileiro e a Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara.

Como parte das comemorações pelo centenário de nascimento do ex-prefeito do Recife, Pelópidas Silveira, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), lançou, nesta quinta-feira (16), o edital do 1º Prêmio Pelópidas Silveira em Planejamento e Gestão Urbana e Regional. A seleção pretende premiar os estudos e experiências exitosas na área que o político teve destaque enquanto gestor público. 

Durante a solenidade, que aconteceu no Palácio do Campo das Princesas, os presentes enalteceram o legado do primeiro prefeito do Recife eleito por voto popular. Paulo Câmara chegou a afirmar o desejo de administrar o estado como Pelópidas geriu a capital pernambucana. “Quero governar Pernambuco como Pelópidas fez pela nossa cidade e, principalmente, ouvindo o povo. Em favor da decência, da governabilidade e tendo o povo junto com a gente”, destacou.

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Organizado pela Secretaria Estadual de Planejamento e Gestão (Seplag), o edital do prêmio prevê a participação de profissionais, estudantes do ensino médio, técnico e superior de todo o país, desde que a instituição em que estejam matriculados seja reconhecida pelo Ministério da Educação. Na visão do responsável pela Seplag, o secretário Danilo Cabral (PSB), a iniciativa deve contribuir para o planejamento urbanístico do estado. 

“O legado que ele deixou referência o nosso conjunto político. Não é um legado de apenas pedra e cal. São intervenções urbanas que são importantes para o cidadão”, observou Cabral. “O prêmio é um olhar especial sobre a questão do planejamento. Para o próximo ano vamos ter, com certeza, um conjunto de contribuições para todo o estado nesta área”, acrescentou. 

Representando a família, a filha do ex-prefeito, Hebe Silveira, agradeceu as homenagens e relembrou as principais características da gestão de Pelópidas. “Ele dizia que o segredo do sucesso era a participação popular. Seu modelo de gestão nascia da alma”, observou Hebe. 

O prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), comparou as principais defesas de Pelópidas com a atual conjuntura política do país. “As ações dele demonstraram como se faz política na essência. Todos os políticos que quiserem se inspirar numa atividade democrática podem olhar para Pelópidas”, discursou. Geraldo lembrou ainda que o ex-prefeito era integrante do PSB e pontuou a necessidade dos correligionários de seguirem o exemplo dele e dos ex-governadores Eduardo Campos e Miguel Arraes. 

Dados do concurso

As inscrições são gratuitas e começam na próxima terça-feira (21), seguindo até 31 de agosto. Elas podem ser realizadas de forma presencial, na sede da Agência Condepe/Fidem, na avenida Boa Vista, área central do Recife, ou pela internet, nos sites da agência e da Seplag. Os resultados serão divulgados no dia 1º de fevereiro de 2016. Serão premiadas até três redações com um tablet, cada; até três artigos científicos no valor de R$ 5 mil, cada; e até três projetos de experiência exitosa, no valor de R$ 8 mil, cada.

A noite desta quarta-feira (15) foi marcada por uma homenagem da Prefeitura do Recife ao centenário do engenheiro e gestor público Pelópidas Silveira. A solenidade, organizada pelo Instituto da Cidade Pelópidas Silveira, órgão da gestão municipal responsável pela área de planejamento do Recife, aconteceu no Museu da Cidade, e reuniu autoridades, amigos e familiares, além de representantes de entidades e profissionais ligados ao urbanismo para prestar homenagem ao gestor.

"Esta é uma data muito marcante para nós recifenses. Pelópidas foi e é um grande exemplo de político, de gestor público, um homem honrado, que nos ensinou a ser realizador, a ter um programa de governo estruturado,  um trabalho público com preocupações urbanísticas e acima de tudo a escutar o povo, coisa que  seguimos na nossa gestão, tendo como exemplo o Recife Participa , que é um grande canal de diálogo com a população", destacou o prefeito Geraldo Julio (PSB).

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O evento também contou com a participação dos secretários municipais de Planejamento Urbano, Antônio Alexandre; de Planejamento e Gestão, Alexandre Rebelo; de Governo e Participação Social, Sileno Guedes (PSB); de Cultura, Lêda Alves; de Desenvolvimento e Empreendedorismo, Roseana Amorim; além do vice-governador Raul Henry (PMDB); do presidente do Instituto da Cidade Pelópidas Silveira, João Domingos; e dos filhos do homenageado, que foi prefeito da cidade por três vezes, e teve o urbanismo como um traço de grande relevância da sua passagem à frente do Executivo Municipal.

"Agradecemos a atenção da Prefeitura do Recife, em conceder essa homenagem a este que além de um grande pai foi um grande profissional, e que pensava sempre numa cidade melhor para as pessoas", destacou emocionada Hebe Silveira, filha de Pelópidas.

A noite ainda contou com a exibição de dois vídeos, sendo um preparado especialmente em comemoração ao centenário, contando um pouco da vida e obra de Pelópidas. O outro, em 16 milímetros, foi realizado em 1956 por Firmo Neto e traça o perfil de Pelópidas enquanto gestor e faz parte do acervo da cinemateca do Teatro do Parque. 

*Com informações da Assesoria de Imprensa

O Recife comemora nesta quarta-feira (15) o centenário do engenheiro e gestor público Pelópidas Silveira. Para celebrar a data, algumas homenagens serão feitas ao primeiro prefeito da cidade eleito pelo voto popular (1955/1959). A solenidade de comemoração acontecerá no Museu da Cidade, às 19h. Pela manhã, às 10h, um busto do gestor será instalado no Centro do Recife.

O busto, confeccionado em concreto pelo escultor José Roberto, ficará na descida da Ponte Duarte Coelho, na esquina com a rua da Aurora, em frente ao Recife Plaza Hotel. Ou seja, na entrada da Conde da Boa Vista, via que foi alargada por Pelópidas. A Emlurb produziu a base da peça. 

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No Museu do Recife, a programação conta com a exibição de dois vídeos: um preparado especialmente em comemoração ao centenário, contando um pouco da vida e obra de Pelópidas;  o outro foi realizado em 1956 por Firmo Neto e traça o perfil do gestor.

As homenagens contarão com a presença dos familiares e amigos, além de entidades e profissionais ligados ao urbanismo. O evento terá a participação também do prefeito Geraldo Julio, que convidou ex-prefeitos da cidade para a solenidade.

A cerimônia está sendo organizada pelo Instituto da Cidade Pelópidas Silveira, órgão responsável pela área de planejamento do Recife e ligado à Secretaria de Planejamento Urbano.

História           

A história de Pelópidas se confunde com alguns dos mais significativos planejamentos e projetos voltados para o desenvolvimento social e urbano do Recife. Entre algumas de suas intervenções estão as construções, alargamentos e pavimentações de ruas e avenidas (Conde da Boa Vista, Beberibe e da Dom Bosco, por exemplo); reforma da Praça da Independência; instalação do serviço de ônibus elétrico; incentivo à construção de casas populares; construção de galerias, canais e pontes; construção de parques, praças e jardins, que tem no Sítio da Trindade uma referência das suas ações.

Prefeito da cidade por três vezes, o urbanismo foi um traço de grande relevância da sua passagem à frente do Executivo Municipal. Mas, o incentivo à criação de associações de bairro e à democratização da participação popular por meio das audiências públicas também assumem fundamental importância do legado por ele deixado.

Com informações da assessoria.

Um dos mais amados clubes do estado, o América ganha hoje uma bela homenagem do escritor Roberto Vieira, um livro que conta a história de um passado vitorioso do clube. Se atualmente, o time alviverde não vive seus melhores dias tendo perdido sua sede na estrada do arraial e tendo brigado contra o rebaixamento no Campeonato Pernambucano de 2015, no livro são contados grandes feitos do mequinha. O livro “América-PE – O campeão do centenário” será lançado nesta segunda-feira (13), às 20h, na Hamburgueria Vintage, no bairro das graças.

O escritor Roberto Vieira reuniu em 184 páginas um século de história do clube. O feito foi realizado através de consultas em documentos obtidos por meio do Arquivo Público Estadual e da Fundação Joaquim Nabuco. Roberto relata que o maior objetivo do livro é resgatar o que estava esquecido na história do futebol pernambucano. “Quase ninguém sabe, por exemplo, que o América foi o primeiro time do estado a construir uma tribuna, vestiário e academia de ginástica em um estádio e o primeiro do mundo a importar jogadores do Suriname, então Guiana Holandesa, em 1955” comentou o autor.

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Entre alguns relatos estão os de quando o América enfrentou grandes clubes do Brasil com Vasco, Flamengo, Palmeiras e Portuguesa. Outro destaque é a conquista dos seis títulos pernambucanos, porém um em especial chama mais atenção o de 1922, no qual celebrava-se o centenário da independência do Brasil. E claro, também dedica suas páginas aos principais presidentes e antigos craques do clube, como Dimas, Zé Tasso e Lessa.

Nesses 101 anos de história, o Mequinha já viveu muitos altos e baixos, a atual perda da sede do clube é classificada pelo escritor como um crime não só ao clube, mas a história do estado. “É um absurdo. A sede é um monumento histórico do futebol pernambucano. O governo e a sociedade têm que intervir” afirmou. Porém Roberto ainda tem esperanças de dias melhores, como já aconteceu por várias vezes na história do time alviverde, inclusive com a conquista de novos torcedores. “Criar torcedores é um processo lento, mas não é impossível. E o América tem essa simpatia natural que o coloca como segundo time de muitos torcedores, com enorme potencial de crescimento”, finalizou.

Em comemoração aos 100 anos da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), as semifinais e finais do Campeonato Pernambucano terão uma bola especial. A Penalty confeccionou a Campo Pró S11, que tem a logomarca do Centenário da FPF e terá os escudos dos clubes que disputarem a fase eliminatória.

A bola tem oito gomos e é confeccionada com PU Ultra 100%. Possui camada NeoGel, que a deixa mais macia e elástica. Ela é aprovada pela FIFA e mede 68 - 70 cm de diâmetro, com peso entre 420 - 445g.

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Nesta terça-feira (2), o Prefeito do Recife Geraldo Julio assina a autorização para o início da reforma do Teatro do Parque, no Centro do Recife. O equipamento cultural está fechado desde 2010, com cadeiras mofadas, paredes infiltradas, cupins e até animais, que foram encontrados pelo LeiaJá no local. Em nota, a Prefeitura do Recife afirmou que a obra já está licitada e deverá ser concluída em 24 meses, com um custo de R$ 8,2 milhões.

Na festa de 99 anos, Teatro do Parque segue fechado

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Em setembro de 2014, o movimento Teatro do Parque (Re)existe realizou um ato em frente ao teatro com diversas atividades culturais. O grupo é formado por estudantes, artistas e cidadãos de diversos segmentos e é a terceira vez que se manifestam em defesa do aparelho cultural, que está fechado desde 2010. Eles se dizem cansados de ouvir promessas e afirmam que permanecerão lutando pelo espaço cultural.

Cancelamentos e esvaziamento: retrato da Cultura do Recife

O Teatro do Parque completou 99 anos no último mês de agosto e o LeiaJá já havia adiantado com exclusividade que o espaço não estará reformado e aberto ao público para seu centenário. Segundo informação publicada no Diário Oficial do Município no dia 16 de agosto, a previsão é que os trabalhos durem 24 meses, com orçamento de R$ 8,2 milhões para reforma e aquisição de novos equipamentos. 

Movimento popular pede a volta do Teatro do Parque

"A intervenção contempla a recuperação e o restauro do edifício, a aquisição de novos equipamentos, implantação de um projeto paisagístico, recuperação do sistema de climatização, a substituição da coberta do equipamento e o redimensionamento e a substituição das calhas."

Teatro do Parque (Re)existe exige reabertura do espaço

Em entrevista ao Portal LeiaJá, o Gerente de Relações com a Imprensa da Prefeitura do Recife, Carlos Eduardo Santos, informou que em 2015 a obra deverá ser concluída. "Já está tudo pronto e licitado, assim que o Prefeito assinar, a obra já pode ter início e seguirá o prazo de 12 meses", disse. 

Um dos maiores teatros do Recife está fechado desde 2010

Atualização:

*A Prefeitura do Recife esclareceu no início da tarde desta terça (2) que a nota enviada mais cedo continha um erro. O prazo da obra não é de 12 meses, mas 24 meses como constava no edital lançado em agosto deste ano.

 

 

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