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Policiais civis prenderam, nesta quinta-feira (28), um homem que era procurado pelo crime de extorsão mediante sequestro. Foragido do Rio Grande do Sul, o acusado foi encontrado por agentes do Rio de Janeiro em um motel, na Zona Sul da capital fluminense.

Diligências apontaram que ele estava no Rio de Janeiro, escondido no Morro do São Carlos, no bairro Estácio, há algumas semanas.

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Mais de um ano depois do crime

O caso ocorreu em outubro de 2022, no Rio Grande do Sul, quando dois irmãos foram sequestrados e mantidos em cativeiro por um dia.

De acordo com as investigações, o homem é líder de um grupo responsável pela prática desse tipo de crime no estado do Sul do país. Ele participava do planejamento e da coordenação da ação criminosa, além de se envolver no rapto das vítimas.

 

Aos 22 anos e no quinto período da graduação, Jéssica Nascimento constrói o sonho de se tornar médica/ Foto: Ricardo Araújo/LeiaJáImagens

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Uma jornada integral e sete períodos pela frente separam Jéssica Nascimento, jovem negra e oriunda de escola pública, do diploma de bacharel em medicina. Aos 22 anos e no quinto período da graduação, ela constrói o sonho de se tornar médica na sala de aula e laboratórios da UNINASSAU, na Zona Sul do Recife, Jéssica, após não ser selecionada pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), pleiteou uma bolsa integral no Programa Universidade para Todos (ProUni). 

“Eu tive muito receio em cursar medicina e pensei em fazer outras coisas, porque, na minha visão, era algo que estava muito distante de mim, das minhas condições tanto financeiras, quanto de estudo mesmo, porque eu venho de escola pública desde a infância. Mas, eu resolvi tentar. Acredito que esse é o primeiro passo para a gente ter algo que quer e deseja muito”, afirma a universitária.

A entrada no ensino superior só foi possível através das ações afirmativas existentes no ProUni: bolsas reservadas a grupos específicos da população, como pessoas com deficiência, autodeclaradas pretas, pardas e indígenas. Ela relembra a espera por um possível remanejamento em uma universidade pública e que, diante do cenário de incerteza, decidiu aproveitar o início das inscrições do programa de assistência estudantil. “Ao todo, o programa ofertava sete bolsas integrais. Eu não fui selecionada na primeira chamada, apenas na segunda. Foram muitas idas e vindas ao cartório, porque toda documentação apresentada deveria estar autenticada. Além disso, tive que apresentar uma declaração, escrita à mão, a qual me autodeclarava negra”, explica.

A universitária fala com orgulho da origem e ressalta que o apoio da família foi fundamental para o início da jornada acadêmica. “Diante das minhas inseguranças na escolha do curso, minha mãe sempre me apoiou em tudo. Meu pai teve um pouco de receio quando contei que optei por medicina, mas também tive apoio dele. Meus pais não concluíram o ensino médio e eu serei a primeira da família com uma formação superior, serei a primeira médica”, comenta a estudante. 

Dos graduandos em medicina que realizaram o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), em 2016, e ingressaram por meio de políticas de ações afirmativas ou inclusão social, apenas 8,1% se declararam de cor ou raça preta. Em contraponto, discentes da mesma categoria, no entanto, autodeclarados de cor ou raça branca representaram cerca de  45,7 % no exame. 

Para o cientista político e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Michel Zaidan, o período escravocrata deixou sérias sequelas que atingem, inclusive, a educação nacional em seus mais variados níveis. “A excludência não é só econômica, ela é racial, ela é étnica também, diga-se de passagem. Nós temos uma herança escravocrata pesada e nunca foi resolvida. No Brasil, ela é escondida. Aqui, em razão da pseudodemocracia racial, esse é um problema escondido que as pessoas têm o problema em assumir que há uma questão racial brasileira. Claro que isso pesa no cotidiano, nas relações sociais de uma maneira geral. Até se resolver esta questão vai demorar muito tempo, porque ela não é só uma questão de política pública, ela é uma questão cultural”, explica Zaidan.  

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“O Prouni é uma oportunidade de ter acesso ao que nos é negado de diversas formas todos os dias”

Na tentativa de promover o acesso ao ensino superior, sobretudo, privado, as ações afirmativas do ProUni surgem como reparação histórica e iniciativa de inclusão e equidade. Ainda a passos lentos, o programa vai democratizando os espaços acadêmicos, anteriormente, ocupados por uma elite financeira. “Cotas de renda são extremamente necessárias e por mais que haja um debate muito desonesto em relação às cotas raciais, elas também são uma reparação histórica mais do que necessária. Nós, pretos e os pardos, precisamos ocupar os espaços elitizados do país e ganhar voz. Graças às cotas estamos conseguindo. Não tem absolutamente nada a ver com capacidade, mas sim com oportunidade”, observa a estudante de fisioterapia Raynara Oliveira.

Moradora da cidade de Abreu e Lima, Região Metropolitana do Recife, Raynara divide seu tempo entre a graduação, monitoria e trabalho no programa Jovem Aprendiz na área administrativa. “Moro longe, então, levo mais de duas horas para chegar à faculdade. Nas quintas, dou aula de monitoria. Depois de largar da faculdade, eu trabalho, de 13h30 às 17h30, para conseguir um dinheiro para manter os custos do curso, como material, livros, passagem, entre outras despesas”, relata a jovem.

Raynara divide seu tempo entre a graduação, monitoria e trabalho no programa Jovem Aprendiz na área administrativa/Foto:arquivo pessoal

Apaixonada pela área de saúde, a estudante viu na fisioterapia uma oportunidade de trabalhar com o que gosta e um meio de interação com pessoas diversas. No entanto, o contexto social da família não era favorável para o ingresso em uma instituição de ensino privado. “Minha família não tem condições de pagar [a faculdade], minha mãe é desempregada e não moro com meu pai. Ele não paga pensão, nem muito menos ajuda com os custos, por isso, eu tenho que trabalhar em outro horário. O ProUni é uma oportunidade de ter acesso ao que nos é negado de diversas forma todos os dias, principalmente, para jovens negros e pobres como eu”, afirma.

A graduanda em fisioterapia, que estudou a vida inteira em instituições privadas como bolsista, em razão da tia professora, aponta a importância do programa para o acesso ao ensino superior. “Duas tias são formadas, uma em letras e outra em marketing, além do meu irmão mais velho, que está cursando a graduação de ciências contábeis também graças ao ProUni.  Tenho uma gratidão enorme pela existência do programa, pois, como já afirmei, minha família não tem condições de arcar com os custos do meu curso. E é muito incrível, não só para mim, quanto para eles, saber que através dos estudos e da minha dedicação, em todos os anos de escola, hoje, consigo fazer minha graduação gratuitamente”, conta Raynara. 

Nessa perspectiva, Michel Zaidan traça alguns aspectos positivos acerca do programa, como a inserção das classes mais abastadas no ensino superior. Entretanto, o cientista político ressalta que, mesmo com a crescente demanda pelos programas de assistência estudantil, há necessidade de um investimento maior na educação básica pública, a qual apresenta deficiências de ensino e estrutura, o que refletirá no desempenho dos discentes ao longo da trajetória educacional.

“Infelizmente, a nossa universidade recebe uma percentagem muito pequena da população estudantil, porque para a pessoa chegar no ensino superior é muito difícil, devido ao déficit ao longo do tempo no ensino básico [fundamental e médio] e assim por diante. Quando chega à universidade, a pessoa tem um enorme acúmulo de deficiências que não serão sanadas no ensino superior”, critica.

Para ele, o acesso à educação tem que ir além do assistencialismo e focar também na permanência dos estudantes nas graduações. Sobre isso, Michel Zaindan detalha no áudio a seguir:

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Quinze anos de universalização do ensino superior particular e desafios

Criado em 2004 e assegurado pela Lei nº 11.096/2005, promulgada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o para ProUni completa 15 anos em 2019. Para pleitear uma bolsa integral ou parcial, os estudantes precisam ter conhecimento dos requisitos e regras do programa antes do ato de inscrição. Logo, o candidato precisa ter cursado todo o ensino médio em escola pública ou em instituição privada na condição de bolsista integral. 

Em caso de requerentes com deficiência e professores da rede pública, no exercício do magistério, não é necessário atender ao requisito de renda (1,5 salário mínimo). Do ato de inscrição até a matrícula, os estudantes precisam comprovar as informações repassadas ao programa, através da documentação exigida e entregue a IES escolhida.

Nestes 15 anos, de acordo com dados divulgados e fornecidos ao LeiaJá pelo Ministério da Educação (MEC), foram mais de três milhões de bolsas, parciais e integrais, até o segundo semestre de 2018, oferecidas para estudantes de todas as regiões do Brasil. O apontamento demonstrou ainda que a maioria dos contemplados é de raça branca, cerca de 43%, seguido de pardos, 41,1%, e pretos, 12,6 %. O cenário chama atenção para o baixo quantitativo de indígenas nos espaços acadêmicos, aproximadamente 0,1%. 

No que se refere às políticas afirmativas dentro do programa, o MEC realizou um levantamento dos cursos superiores, em instituições privadas, que mais receberam bolsistas/cotistas desde a criação até o ano de 2018. O resultado indica que o bacharelado em administração ocupa o primeiro lugar entre os “prounistas” que se autodeclararam pretos, pardos ou indígenas e pessoas com deficiência. As graduações em direito e pedagogia, respectivamente, aparecem em segundo e terceiro lugares. 

Diante do contingenciamento de verbas destinadas à educação, anunciado pelo Ministério da Educação, em abril deste ano, alguns prounistas se sentiram ameaçados. “Eu recebia a notícia do corte com um pouco de medo, porque não sabia a que ponto isso poderia afetar as bolsas e continuidade do programa. Mas, resolvi não pensar tanto nisso para não interferir no meu desempenho”, conta Jéssica Nascimento.

Questionado sobre o tema, o MEC, por meio da sua assessoria de comunicação, foi categórica ao garantir a continuidade do ProUni. O órgão também afirmou que não terá redução das bolsas, tão pouco, mudanças no formato do programa. “As instituições de educação superior participantes do ProUni recebem, em contrapartidaàs bolsas de estudo ofertadas, isenção de impostos e contribuições, conforme disposto no art. 8º da Lei nº 11.096, de 13 de janeiro de 2005, não havendo, portanto, gasto de recursos do orçamento do Ministério da Educação para pagamento das bolsas concedidas no âmbito do programa”, explica a assessoria do Ministério ao LeiaJá.

Além disso, em meio às críticas ao atual governo, que é alvo de protestos, o MEC ressalta que é de interesse governamental dá continuidade a programas de assistência estudantil, como o ProUni e Fies. “Estes programas são instituídos por lei e têm como principal objetivo contribuir para a democratização e ampliação do acesso à educação superior e estão sendo continuados pelo governo”, finaliza a assessoria. 

Reportagem faz parte do especial "Para que servem as cotas?", produzido pelo LeiaJá. O trabalho jornalístico explica a importância das cotas para a equidade e democratização dos espaços de educação brasileiros. Confira as demais reportagens:

1 - Cotas: sanção da lei marca o ensino superior

2 - A perspectiva social que explica a criação das cotas

3 - Cotas raciais valorizam diversidade no ensino superior

4 - Saiba como funciona as Comissões de Verificação de Cotas

5 - Inclusão de pessoas com deficiência marca Lei de Cotas

6 - Cotas rurais garantem ensino ao povo do campo

7 - A aldeia no campus: cotas e reparação histórica aos índios

8 - Cotas para trans esbarram em preconceito no ensino básico

10 - O que é mito e o que é verdade sobre a Lei de Cotas?

11 - Como seria um mundo sem cotas? 

Há quase 300 anos, em 1728, um anúncio da Gazeta de Boston, nos Estados Unidos, veiculava aulas de taquigrafia por correspondência. De acordo com os registros históricos na literatura, provavelmente esse curso foi o primeiro a ser realizado a distância. Segundo o estudioso Lobo Neto (1995), o responsável pelas aulas foi o professor Cauleb Phillips: "Toda pessoa da região, desejosa de aprender esta arte, pode receber em sua casa várias lições semanalmente e ser perfeitamente instruída, como as pessoas que vivem em Boston", dizia parte do anúncio.

Cem anos depois, em 1833, um anúncio publicado na Suécia já se referia ao ensino por correspondência, e na Inglaterra, em 1840, Isaac Pitman sintetizou os princípios da taquigrafia em cartões postais que trocava com seus alunos. Em 1856, em Berlim, Charles Toussaint e Gustav Langenscheidt fundaram a primeira escola por correspondência destinada ao ensino de línguas. Em 1891, a administração da Universidade de Wisconsin aceitou a proposta de seus professores para organizar cursos por correspondência nos serviços de extensão universitária.

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Após as décadas de 1960 e 1970, o ensino a distância, embora tenha mantido os materiais escritos como base, passou a incorporar também o áudio e o videocassete, as transmissões de rádio e televisão, o videotexto, o computador e, mais recentemente, a tecnologia como um todo. Atualmente, a Educação a Distância ficou popularmente conhecida como EAD, utilizando dos ambientes interativos para se fortalecer cada dia mais no setor da educacional. Fóruns de discussão, chat, blogs, plataformas virtuais, vídeo, redes sociais e uma série de espaços acadêmicos na web foram criados para serem armazenados e acessados em tempos diferentes sem perder a interatividade.

De acordo com dados do Censo da Educação Superior de 2016, o mais recente, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), enquanto o ensino presencial teve queda anual de 0,08% nas matrículas, o ensino a distância (EAD) teve expansão de 7,2%. Ainda de acordo com o estudo, há 1.473 cursos superiores a distância no país, com um crescimento de 10% ao ano, desde 2010. Atualmente, são mais de 1,3 milhão de estudantes matriculados na modalidade, com expansão de 50% entre 2010 e 2015.

Na EAD, as mensalidades geralmente são mais baratas que os cursos presenciais, e é possível atender a um número maior de estudantes. A modalidade também possui relevância social por permitir o acesso daqueles que têm dificuldades em se inserir no ensino superior. Pessoas que não têm condições de pagar uma mensalidade muito alta, moram distantes das universidades, tem indisponibilidade de tempo, também são o público-alvo das instituições.

De acordo com dados das pesquisas feitas pela consultoria Educa Insights, a previsão é que os cursos a distância ultrapassem o número de 9,2 milhões de estudantes até 2026. Um dos motivos desse maior interesse é flexibilidade que o método permite, muitas vezes com o apoio da tecnologia.

Segundo o pesquisador Lars Janér, diretor da Instructure para América Latina, os provedores brasileiros de cursos que não oferecem ensino a distância estão perdendo e muito. “Os dados sugerem que eles poderiam estar aumentando o número de alunos que possuem, suas receitas e qualificando a maneira como ensinam profissionais interessados em continuar aprendendo. Alguns podem se preocupar com o fato de os profissionais mais antigos preferirem técnicas de aprendizado tradicionais, mas nossa pesquisa sugere que muitos prefeririam se envolver com tecnologias de ensino a distância”, afirmou em entrevista à revista Exame.

Nesse contexto de novas tecnologias e modernização do ensino, a performance do professor, antes só em sala de aula, também teve que passar por mudanças. O profissional para conseguir se manter no mercado das principais instituições de ensino do país buscaram alternativas para melhorar o engajamento e ultrapassar desafios e barreiras da nova modalidade a distância.

"O ambiente virutal é o futuro", aponta o professor Fernando Salvino - Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

Fernando Salvino, 30, professor do Grupo Ser Educacional, recebeu há dois anos o convite para participar da seleção de professores no projeto de Educação a Distância da instituição e foi aprovado. Habituado ao modelo tradicional das salas de aula, o professor teve de enfrentar barreiras e alguns desafios para alavancar a carreira. “No início foi meio impactante porque é uma mudança disruptiva, uma vez que estamos acostumados a trabalhar diretamente com os alunos em salas de aulas e seguir um padrão que já temos desde o início da educação moderna e tradicional. Mas, não podemos esquecer que vivemos uma série de revoluções e estamos na era pós-digital e por isso há essa necessidade de engajamento dos docentes para trabalhar cada vez mais com a Internet”, contou Salvino.

Para o professor de ciências contábeis, a educação a distância não é uma mudança apenas para os alunos. A adaptação do professor também precisa estar na pauta do projeto das instituições que investem no segmento. “Hoje nós temos uma mudança de comportamento. A minha geração tinha a figura do professor como o indivíduo que trazia o conhecimento e na época, o acesso à internet era limitado. Atualmente, o cenário é diferente. Temos alunos que têm acesso à informação 24 horas a partir de uma telefone e um pacote de dados. O professor se tornou mais um curador do conhecimento, porque o acesso à rede é muito grande e as informações são amplas. Mas ainda existe a necessidade dessa curadoria, que é onde o profissional faz o direcionamento do aluno para que ele tenha o conhecimento mais precioso e correto e não se perca no tornado de informações”, complementou.

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A flexibilidade dos dias de estudo e dos horários na EAD é uma vantagem para os alunos, mas pode transformar-se em desvantagem caso falte disciplina por parte do educando. Uma das principais problemáticas a serem superadas pela modalidade é a evasão dos estudantes durante o curso. De acordo com o Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp), 33,7% dos alunos abandonaram uma graduação EAD em 2015 – taxa que é 22,8% maior que a dos cursos presenciais.

O Censo EAD Brasil, divulgado pela Abed, listou quatro fatores fundamentais que estimulam essa desistência. Falta de tempo; questões financeiras; falta de adaptação à modalidade EAD ou à metodologia do curso e escolha errada.

A Educação a Distância foi conceituada no Brasil por meio do citado Decreto nº 5.622 (Brasil, 2005):

Art. 1º: Para os fins deste Decreto, caracteriza a Educação a Distância como modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos.  

De acordo com dados das pesquisas feitas pela consultoria Educa Insights, a previsão é que os cursos a distância ultrapassem o número de 9,2 milhões de estudantes até 2026 - Foto: Divulgação/QueroBolsa

Para entender as perspectivas de futuro do modelo a distância no Brasil, o LeiaJa.com entrevistou Flávio Murilo de Gouvêa, diretor acadêmico de EAD do grupo Estácio.

Como enxergas o EAD no Brasil hoje?

O EAD, apesar de não seguir o formato tradicional, já se apresenta como uma opção de ensino e aprendizagem há muito tempo. Já temos 12 anos de experiência nessa desafiadora metodologia. A EAD hoje aponta para uma solução, capaz de aliar dois pontos. Qualidade e baixo preço, porque nesse aspecto é acessível a vários jovens de baixa renda que conseguem chegar à universidade atualmente. É socialmente acessível e também consegue oferecer educação a milhares de municípios onde o ensino presencial não seria capaz de chegar. Chegamos nessas cidades e ofertamos a um preço justo nossas aulas.

Atualmente, os profissionais de educação estão preparados para o EAD?

Eles estão se preparando rápido e de forma ampla, é uma mudança importante na metodologia de ensino a forma como a EAD se caracteriza. É claro que não tem o contato direto em sala de aula, mas o aluno assiste a uma aula como se estivesse em um local coletivo. É um modelo de internet em que a gente disponibiliza um objeto de aprendizagem e o aluno vai se apropriando desse conteúdo para concretizar seu sonho. As instituições de ensino devem se apresentar como um local de aprendizado, não só de ensino. A gente entende que todo mundo aprende ao seu tempo e a sua forma. Existem várias formas de aprender e para isso é preciso que tenham vários modelos de aprendizagem. Procuramos ofertar a maior quantidade possível de formas diferentes para entregar o mesmo conteúdo. Cabe ao aluno escolher a melhor metodologia, podendo ser por áudio, vídeo, respostas de questões, entre outras. Os professores terão que ser mais multifacetados, naturalmente. O papel dele é colocar o seu conhecimento no sistema da acadêmico, através do ambiente virtual de aprendizagem, e uma única aula pode ser vista por mais de 100 mil pessoas.

Quais os desafios do EAD?

O principal desafio é que a experiência é um pouco solitária, é o aluno enfrentando a si próprio. Ele tem que ter uma autodisciplina muito forte. O que temos feito é investido em polos de ensino para que os alunos possam trocar experiências pessoalmente com outros. A gente entende que é preciso o contato para o aprendizado. Por isso, investimos no modelo em que o aluno precisa ir ao polo pelo menos uma vez por semana para participar de atividades em grupo com os colegas de turma e um tutor presencial. Isso faz com que o aluno crie laços sociais e permaneça estudando. Um problema é que a gente ainda sofre algumas barreiras em vários cursos de saúde. O pessoal resiste muito à educação a distância e é natural, faz parte da evolução dos aspectos educacionais e naturalmente da tecnologia. Se pararmos para pensar, os hospitais fazem o exame presencialmente, mas quem vai fazer o laudo está a quilômetros de distância. Aos poucos a modalidade vai ganhando mais espaço. Todos nós tivemos a experiência presencial, então há dificuldades em entender a distância

Como estão as políticas governamentais e a legislação em EAD no Brasil?

A EAD tem pouca regulamentação comparativamente com o ensino presencial. Quando não há regulação a gente impõe limites mais rígidos. Em 2017, as instituições ganharam liberdade de criação de polos de educação a distância. A estácio tem conceito “quatro”, então podemos ofertar 250 polos por ano. Em 2018, pretendemos fechar o ano com 600 polos no Brasil inteiro. A gente já está avançando muito nas engenharias. O MEC hoje permite laboratórios de simulações virtuais e isso vai fazer com que alunos tenham perto de sua casa a oportunidade de crescer profissionalmente com um bom curso de educação superior.

Mais duas liminares contra as demissões da Universidade Estácio de Sá foram concedidas esta semana, desta vez pela Justiça do Pará e de Santa Catarina. A primeira liminar, expedita no Rio, foi derrubada no dia seguinte da sua concessão.

Em seu parecer, a juíza do Trabalho do Pará Camila Afonso Cavalcanti considerou que "o poder diretivo do empregador para praticar a demissão individual não pode ser estendido para a prática da dispensa coletiva, em razão das naturais consequências do seu ato para uma coletividade de pessoas." Ao todo foram 54 demissões no Pará, segundo o parecer.

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"Desse modo, entendo que a demissão coletiva dos professores da Universidade Estácio de Sá nas instituições localizadas no Estado do Pará ofende princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, CRFB) e da valorização do trabalho e do emprego (art. 1º, IV, 6º e 170, VIII, da CRFB), sobretudo por deixar sem emprego uma grande quantidade de pessoas, afetando suas famílias e o convívio social", entendeu a juíza.

A Justiça no Pará, assim como a do Rio, exigiu que fossem publicados os nomes dos professores dispensados e os que serão contratados, no prazo de cinco dias.

Em Santa Catarina, o Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região anulou a dispensa coletiva sem intervenção sindical, determinando a reintegração em dois dias dos professores dispensados, sob risco de multa diária de R$ 10 mil.

O juiz Fabio Augusto Dadalt argumenta que "de um lado temos o empresário, que invoca a livre iniciativa e a propriedade privada, ainda mais em momentos de crise, quando costumam ser necessários ajustes - às vezes drásticos - no organograma das empresas; do outro lado temos o interesse coletivo, não só dos trabalhadores dispensados em massa, não só da família deles, mas também da coletividade em que estão inseridos, que é impactada pelo desemprego repentino de um grupo expressivo de pessoas."

A Estácio informou que está recorrendo das duas liminares e, assim como ocorreu no Rio, "confia no Poder Judiciário".

"A Estácio reafirma sua convicção de que todos os desligamentos foram realizados em estrita observância da legislação brasileira", afirmou em nota nesta quinta-feira, 14. A empresa demitiu 1,2 mil professores em 93 unidades espalhadas pelo País logo após a aprovação da reforma trabalhista, o que levou a especulações de que estaria pensando em se aproveitar das novas regras, que permitem, entre outras coisas, a contratação de trabalho intermitente, ou seja, pago pelas horas trabalhadas.

A Estácio negou que vá mudar o regime de contratação dos novos professores, que será pela CLT, mas admitiu que irá pagar salários menores, porém em linha com o mercado. A empresa havia informado anteriormente que as demissões fazem parte de uma reestruturação após o fracasso da sua aquisição pela Kroton, maior instituição de ensino do País, barrada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Três dias após a instiuição privada de ensino superior Estácio confirmar a intenção de demitir uma quantidade significativa de professores como parte de um processo de “reorganização institucional”, a Justiça do Trabalho do Rio de Janeiro acolheu um pedido do Sindicato dos Professores do Rio de Janeiro e Região (Sinpro-RJ) e suspendeu provisoriamente os desligamentos. As primeiras informações veiculadas pela imprensa davam conta de que a Estácio planejava demitir cerca de 1,2 mil funcionários em todo o país – cerca de 400 só no estado do Rio de Janeiro - mas a instituição não confirma no número.

A universidade tem prazo de 72 horas para apresentar a lista dos professores já demitidos, bem como os respectivos termos de rescisão contratual, a relação dos docentes que ainda planeja dispensar e quantas vagas pretende preencher nos próximos semestres. Por meio de sua assessoria, a Estácio informou que vai recorrer da decisão liminar anunciada na noite de quinta-feira (7).

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“A instituição acredita no Poder Judiciário e reforça que suas medidas foram tomadas com total amparo da lei. Afirma ainda que desconhece qualquer legislação que a obrigue a apresentar a relação dos profissionais desligados”. A Estácio é um dos maiores grupos de ensino do país. Fundada em 1970, no Rio de Janeiro, como uma faculdade de direito, a insituição atua em todas as unidades da federação e atende mais de 500 mil alunos na graduação.

A empresa afirma que o processo de “reorganização” visa a manter a sustentabilidade da instituição e envolve, além do desligamento de um número não confirmado de professores, a criação de um cadastro reserva para o preenchimento de eventuais vagas que surgirem nos próximos semestres.

“As novas contratações ocorrerão exatamente no mesmo regime de trabalho dos professores que estão sendo desligados e não se trata de recontratação dos mesmos professores que estão sendo desligados”, garante a universidade, argumentando que, por força de lei, as instituições universitárias só podem mexer na composição do quadro docente a cada final de semestre. “[É uma] janela muito restrita, o que faz com que o volume de desligamentos fique concentrado em curto espaço de tempo”. Nesta segunda-feira (11), o Ministério Público do Trabalho (MPT) deve realizar uma audiência pública para tratar do assunto.

Cortes em outras instituições

Também nesta quinta-feira, o Instituto Brasileiro de Medicina de Reabilitação (IBMR), do Rio de Janeiro, confirmou o desligamento de docentes, despertando a reação de alunos que, nas redes sociais, lamentaram as demissões. Fundada em 1974 e integrada à Rede Internacional de Universidades Laureate em 2009, o instituto mantém três campus na cidade do Rio de Janeiro. Assim como a Estácio, que não revelou quantos profissionais planeja desligar, o IBMR também não fala em números.

Já o IBMR, ao ser questionado pela Agência Brasil, se limitou a informar que os desligamentos “estão em linha com os praticados em outros momentos e fazem parte do universo de uma instituição de ensino”, tendo por base o processo semestral de avaliação de desempenho funcional. Procurado pela Agência Brasil, o Sindicato dos Professores do Município do Rio de Janeiro e Região (Sinpro-RJ) informou que já é rotina as instituições privadas de ensino demitirem professores a cada fim de semestre. No entanto, ao contrário do ocorrido em períodos anteriores, nenhuma delas está notificando o sindicato a respeito das homologações.

“É comum o IBMR e outras instituições de ensino demitir? É. É comum o IBMR demitir mais de dez ou vinte professores a cada fim de semestre? É. Assim como outras instituições universitárias. Infelizmente, na iniciativa privada, há uma rotatividade de professores expressiva”, declarou o diretor do Sinpro-RJ, Gustavo Henrique Cornélio, explicando que será preciso alguns dias para o sindicato se inteirar sobre a situação.

“Até recentemente, as homologações deviam ser antecipadamente notificadas e feitas obrigatoriamente nos sindicatos. Agora, escoradas na nova legislação trabalhista, as empresas estão procurando fazer o acerto de contas em suas próprias sedes. Estamos orientando a categoria a não aceitar isso, mostrando que é fundamental que isso seja feito no sindicato, com a orientação de um especialista, a fim de evitar erros”, acrescentou Cornélio.

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A Faculdade Estácio está com inscrições abertas para formação de cadastro reserva de professores para o(s) curso(s) de graduação e/ou graduação tecnológica e pessoas com deficiência. As vagas estão disponíveis em vários Estados e são voltadas para as áreas de farmácia, fisioterapia, psicologia, engenharia (civil, mecânica e elétrica) e relações internacionais.

Dividido em duas etapas, o processo seletivo consiste na inscrição do cadastro de formulário na internet e a segunda, uma prova de aula seguida por uma entrevista individual. Ao final das etapas, os resultados serão informados pelas unidades, por e-mail ou telefone conforme requisitos descritos na internet.

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As inscrições podem ser realizadas até o dia 16 de janeiro. Outras informações podem ser adquiridas na página oficial da instituição.

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Em parceria com a Harvard Business Publishing, a Faculdade Estácio do Recife abre inscrições para novas turmas de MBA nos cursos de Gestão Fiscal e Tributária; Gestão Estratégica de Pessoas; Gestão Financeira e Controladoria. As inscrições já estão abertas e as aulas estão previstas para iniciarem no próximo dia 22.

O aluno poderá optar entre aulas quinzenais aos sábados ou aulas semanais às quartas-feiras. Os interessados podem se dirigir à secretaria da Unidade da Abdias de Carvalho, 1678, no Prado, Zona Oeste do Recife, ouà Unidade de Boa Viagem na Rua Padre Bernardino Pessoa, 512. Mais informações podem ser obtidas no site da site da Estácio.

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O Espaço Carreiras da Faculdade Estácio do Recife realizará, na próxima quinta-feira (22), ações voltadas para quem quer ingressar no mercado de trabalho. Na ocasião, o público receberá de forma gratuita orientações sobre produção de currículos e dicas de mercado em tempos de crise econômica.

A programação conta com as palestras “Como elaborar um currículo profissional atrativo?”, “Desafios do currículo Lattes” e “Empregabilidade é possível em tempos de crise?”. Os interessados em participar do encontro, marcado para o horário das 19h às 22h, podem se inscrever pelo e-mail rafaela.cunha@estacio.br, informando nome, curso/profissão e tema da palestra que almeja participar. A unidade da Estácio fica na Avenida General San Martim, 1449, bairro de San Martim, Zona Oeste da cidade.    

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A companhia de ensino superior Kroton identificou sobreposição de suas operações de ensino a distância com as da Estácio em 80 municípios, de acordo com documento enviado ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) tornado público na quinta-feira, 8. A companhia cita ao todo 792 cursos nesses 80 municípios em que as operações de Kroton e Estácio juntas acumulam uma participação de mais de 20% do mercado.

Conforme antecipou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, em diversos cursos desses municípios a fatia de Kroton e Estácio juntas supera 90% do mercado. A companhia alega nos documentos enviados ao Cade, porém, que, mesmo com fatias elevadas, não seria possível exercer poder de mercado porque há presença de concorrentes e porque a legislação veda aumentos arbitrários de mensalidades.

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Boa parte dos municípios com cursos em que Kroton e Estácio possuem alta concentração de mercado está no Estado do Rio de Janeiro, sede da Estácio. As empresas reportam, por exemplo, deterem mais de 90% do mercado em diversos cursos em regiões como Cabo Frio, Duque de Caxias, Macaé, Nova Friburgo, Petrópolis e a própria capital fluminense.

Nestes municípios do Rio de Janeiro, a Kroton disputava anteriormente o mercado sobretudo com a Universidade Estácio de Sá, uma das instituições do grupo Estácio.

Por conta da sobreposição no ensino a distância, as empresas deverão ter de vender ativos para conseguir aprovação do negócio no Cade. A venda do EAD da Estácio de Sá e da UniSeb é esperada, conforme relatou o empresário e acionista da Estácio Chaim Zaher ao Broadcast.

Essa solução esbarra, porém, em dificuldades regulatórias. Na Estácio, o ensino a distância e o ensino presencial estão dentro de uma mesma instituição, o que obrigaria a empresa a ser dividida em duas. A legislação educacional brasileira impede a venda de cursos ou programas isoladamente.

As empresas alegam na documentação ao Cade ainda que "o mercado de oferta de cursos de ensino superior a distância apresenta diversos elementos a revelar uma intensa rivalidade entre os diferentes grupos." Para as companhias, a rivalidade tende a se intensificar com o crescimento do mercado e os recentes credenciamentos de polos de ensino a distância pelo Ministério da Educação.

Ensino presencial

No ensino presencial, as sobreposições encontradas entre os negócios de Kroton e Estácio são menores. Segundo reportaram as empresas nos documentos, as duas companhias atuam hoje em 109 municípios, sendo que há sobreposição em 15 deles. "O segmento de ensino superior presencial é especialmente pulverizado de modo que, mesmo após a operação, a nova companhia deterá apenas 12% do total de alunos matriculados em cursos de graduação presencial", afirmam as empresas.

Com a fusão, Kroton e Estácio pretendem criar uma companhia de 1,5 milhão de alunos. Aprovada pelos acionistas em assembleias em agosto, a união depende agora de um aval do Cade. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Kroton e Estácio protocolaram no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) o processo de fusão que pode criar uma companhia de ensino superior com 1,5 milhão de alunos. O documento, entregue na quarta-feira, 31, já leva em conta, no entanto, segundo o empresário e acionista da Estácio Chaim Zaher, a venda do ensino a distância (EAD) de duas instituições que hoje estão no guarda-chuva do grupo Estácio: a UniSeb e a própria Universidade Estácio de Sá.

De acordo com Zaher, em entrevista ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, na segunda-feira, as companhias apresentariam "os remédios prontos para tentar agilizar a aprovação de fusão". Segundo ele, além do EAD, a proposta prevê que algumas unidades presenciais também sejam vendidas, sem revelar quais.

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Em comunicado, as duas empresas afirmaram apenas que "cooperarão com o Cade em tudo o que for necessário para que essa autarquia possa emitir sua decisão sobre a operação."

No mercado, é consenso que a aprovação do negócio deve estar condicionada a restrições no ensino a distância e que será necessária a venda dos ativos de EAD da Estácio. Mas, para isso, a companhia deve ter de enfrentar desafios regulatórios. Segundo fontes ouvidas pelo Broadcast, na Estácio, o ensino a distância e o ensino presencial estão dentro de uma mesma instituição, o que obrigaria a empresa a ser dividida em duas.

Regulação

Especialistas consideram que essa cisão da Estácio vai exigir algumas modificações na forma como a regulação do setor é entendida hoje.

A legislação educacional brasileira permite a transferência de instituições de ensino entre mantenedoras (que são as estruturas administradoras de universidades e faculdades), mas o Decreto 5.773, de 9 de maio de 2006, impede a venda de cursos ou programas isoladamente.

Segundo essas fontes, há alguns raros precedentes de instituições de pequeno porte que conseguiram separar cursos de uma mesma mantenedora.

"Mas isso foi num período em que a regulação do setor era mais fraca", diz uma fonte. Para ela, o fato de o Brasil passar por uma transição de governo torna difícil prever qual seria o entendimento do MEC a respeito.

Em relatório após uma reunião com a Kroton, analistas do Santander reportaram que a Kroton considera possível um "spin off" de instituições de ensino caso necessário, mas a empresa não tem dado mais detalhes. Segundo com eles, porém, a Kroton se dispôs a fazer uma proposta mais "agressiva" quanto à venda de ativos para permitir que o andamento do processo ocorra de forma mais ágil.

A Kroton já informou que considera viável a fusão com a Estácio porque as operações de EAD da Estácio representam 2,7% do total da receita de uma empresa combinada.

Ranking

A Estácio de Sá tem 68,7 mil alunos de ensino a distância, segundo os dados mais recentes, de 2014, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e é a sexta maior instituição de EAD brasileira. Em sétimo lugar estava a UniSeb, o menor entre os ativos de ensino a distância das empresas juntas, com 43,4 mil matriculados. As duas instituições da Kroton lideram o ranking: em primeiro está a Unopar, com 310,8 mil alunos, seguida pela Uniderp, com 150,6 mil.

Outro momento importante no processo de fusão de Kroton e Estácio no Cade deve ser a reação dos concorrentes do setor de ensino. Pessoas próximas à Ser Educacional, que também fez uma oferta pela Estácio, mas foi preterida, têm afirmado que a empresa deve protocolar junto ao Cade suas percepções de que o negócio entre Estácio e Kroton é prejudicial à concorrência.

Ouvir outras empresas do setor é de praxe no ritual de processos complexos no Cade e a aposta da Ser, segundo as fontes, é de que outros relatos negativos sejam feitos por empresas do setor e possam afetar a percepção dos conselheiros. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Estão abertas as inscrições para o processo seletivo que vai escolher docentes que atuarão na Faculdade Estácio do Recife. De acordo com a instituição de ensino, os professores poderão dar aula em cursos de graduação e tecnológicos, nas áreas de humanas, engenharia e saúde.

Administração, direito, ciências contábeis, psicologia, fisioterapia, nutrição e engenharias são algumas das qualificações em que os docentes lecionarão. Entre as fases da seleção estão a inscrição, análise curricular, prova de aula e entrevista.

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De acordo com a Estácio, o processo seletivo deverá ser encerrado até o dia 8 de julho e o resultado final sairá a partir do dia 14 do mesmo mês. Os docentes devem se inscrever através do endereço virtual do certame até 19 de junho e pelo mesmo site é possível encontrar mais informações sobre a seleção. 

O Núcleo de Práticas Jurídicas (NPJ) da Faculdade Estácio do Recife segue dando continuidade ao mini-curso de Oficina de Redação Jurídica. Nesta terça-feira (5), o professor e Promotor de Justiça, André Felipe Menezes, vai ministrar um treinamento para quem deseja se especializar no tema. 

Os encontros e aulas do mini-curso, são realizados às terças-feiras, de forma quinzenal, das 16h40 às 18h. As inscrições são gratuitas e os interessados em participar da oficina devem procurar Núcleo de Práticas Jurídicas da Faculdade Estácio, localizado na Avenida Abdias de Carvalho, 1480, Zona Oeste do Recife.

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Mini-curso: Oficinas de Redação Jurídica

Início: 05/04 (terça-feira)

Calendário: 05/04 - 19/04 - 03/05 - 17/05

Horário: Das 16h40 às 18h

Onde: Av. Abdias de Carvalho, no Núcleo de práticas Jurídicas (NPJ) 

Telefone: (81) 3226-9017

 

 

A Oficina de Redação Jurídica, promovida pela Faculdade Estácio do Recife, já iniciou suas atividades e ainda recebe inscrições para o decorrer das aulas. A qualificação trabalha peças jurídicas produzidas por magistrados e membros do Ministério Público, com o intuito de preparar os participantes para a produção de sentença, denúncia criminal, recurso em sentido estrito e ação civil pública.

Ministrado pelo professor e promotor de Justiça do Estado, André Felipe Menezes, o curso contará com aulas sempre às terças-feiras, no horário das 16h40 às 18h. Todas as atividades são gratuitas e abertas ao público, com previsão de conclusão para 17 de maio.

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Os interessados em participar da oficina devem se inscrever no Núcleo de Práticas Jurídicas da Faculdade Estácio, localizado na Abdias de Carvalho, 1480, no Recife. Mais informações devem ser obtidas pelo telefone (81) 3226-9017.

Interessados em atuar como professores no ensino superior têm uma boa oportunidade. É que a Faculdade Estácio do Recife está selecionando docentes para as unidades Abdias de Carvalho e San Martin, podendo também, caso haja necessidade, haver vagas no campi de Boa Viagem.

Segundo a instituição de ensino, as vagas são direcionadas para as áreas de saúde, exatas e humanas, nos cursos de graduação e/ou graduação tecnológica. As candidaturas podem ser feitas até o próximo dia 29, através do endereço virtual do processo seletivo. A seleção constará de avaliação de currículo, prova de aula, além de entrevista individual.

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A Estácio promete divulgar a lista de classificados para a segunda fase até 15 de dezembro, com previsão de finalização do processo como um todo até 25 de janeiro. A instituição de ensino ainda informa que a contratação dos aprovados ocorrerá a partir do dia 26, também de janeiro.

Nos dias 18 e 25 de julho será promovido curso sobre gestão de manutenção industrial. Interessados na área poderão aprender conceitos de manutenção, setores operacionais, melhor estratégia de manutenção e estudo de caso. As aulas são promovidas pela Faculdade Estácio do Recife e voltada para engenheiros, técnicos, estudantes e profissionais. 

Quem desejar se inscrever deve confirmar interesse enviando comprovante do depósito do investimento, no valor de R$ 150, scaneado, para o e-mail elcio2005@oi.com.br. As aulas acontecerão aos sábados, das 7h às 16h, na unidade da Faculdade Estácio em San Martin. Será necessário que os alunos levem um notebook com Excel para participar das atividades práticas.

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Serviço

Local: Faculdade de Engenharia Estácio do Recife 

Endereço: Avenida General San Martin, 1449 – Bongi.

Investimento: R$ 150 

Data: 18 e 25 de julho, de 7h às 16h

Informações: (81) 3226-8800

Moradores do Morro de São Carlos, no bairro do Estácio, atearam fogo a dois ônibus em acessos à comunidade, na região central do Rio de Janeiro. Os veículos estavam na Avenida Salvador de Sá e na Rua Campos da Paz. As ações foram protestos em represália às mortes de dois moradores, os mototaxistas Rodrigo Lourenço, de 29 anos, e Ramon Moura Oliveira, de 22 anos, cujos corpos teriam sido encontrados na manhã desta sexta-feira (15), com marcas de facadas. Não há informação sobre pessoas feridas nos incêndios.

De acordo com moradores e familiares, as vítimas teriam sido abordadas por homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar durante a noite desta quinta-feira (14), e foram mortos a facadas. Os corpos foram encontrados em uma vala no alto da comunidade.

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Equipes da Delegacia de Homicídios (DH) estão no local para realizar perícia. O delegado Rivaldo Barbosa, titular da unidade, pediu que a indignação da população sirva para levar informações à Divisão de Homicídios.

Segundo testemunhas, 60 pessoas estavam no ônibus incendiado no Largo do Estácio, da linha 229 (Usina/Castelo), mas ninguém se feriu. Por volta de 7h30 desta sexta-feira, quatro homens que estavam com máscaras pararam o veículo e pediram para que todos os ocupantes descessem.

Eles teriam ainda pego o dinheiro do caixa do ônibus e comprado combustível para alimentar as chamas. O fogo atingiu a fiação elétrica e interrompeu o fornecimento de internet em alguns locais da região. Por volta das 11h, técnicos realizavam reparos.

Um ato de moradores em um dos acessos da favela foi dispersado com bombas de gás lacrimogêneo. Os artefatos foram lançados em frente a uma creche, onde estudam bebês e crianças de até 3 anos de idade. Por causa do ocorrido, pais compareciam à unidade para buscar seus filhos por volta de 11h.

"Foi um desespero. A gente se jogou a chão. A gente estava la em cima com as crianças e, foi de repente... Só escutamos as bombas e aquela fumaceira entrando. As crianças choraram muito. Descemos para essa sala aqui embaixo para ficarmos um pouco mais protegidas", disse uma professora da unidade.

"Estão esperando liberar as crianças para irmos embora. Até porque nossos próprios parentes estão preocupados", declarou outra funcionária da creche.Os moradores afirmam que, desde a entrada do Bope, no dia 8, a rotina de abordagens violentas se intensificou. "Eles já chegam atirando. Eu mesma não estou deixando minha filha de 12 anos ir para a escola", diz uma moradora do morro da Mineira, ressaltando que as mães da comunidade estão com medo.

Outro lado

De acordo com o major Ivan Blaz, assessor de ocupação da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP), a polícia está "apurando" e fornecendo todas as informações necessárias para a Delegacia de Homicídios. "O que estamos vivenciando hoje no Complexo de São Carlos é um evento que já vivenciamos em outros locais. É uma disputa de quadrilhas rivais atuando por territórios de pontos de vendas de drogas. Essa é a motivação do caos nesse momento", disse.

Segundo ele, a ação da Polícia Militar é "preventiva" e "pretende resguardar os moradores da comunidade e priorizar a prisão desses criminosos".

O protesto ocorre um dia após a morte de um adolescente, João Vitor Petrato Gomes, de 15 anos, e de um homem identificado como Ysmailon da Luz Alves Santos, de 21 anos. A PM afirma que uma pistola foi apreendida com João Vitor. A Polícia Civil investiga as circunstâncias da morte do adolescente. As armas dos PMs que participavam da ação do Bope foram recolhidas e encaminhadas à perícia.

Desde a noite do dia 8, policiais do Comando de Operações Especiais (COE) patrulham as comunidades da Coroa, Fallet, Fogueteiro e São Carlos e Mineira. A ocupação não tem data para terminar, informou o secretário de Segurança José Mariano Beltrame.

Os profissionais que concluíram a graduação em 2012 e 2014 podem concorrer a uma das 20 vagas oferecidas pela Faculdade Estácio de Sá. As oportunidades são destinadas aos egressos dos cursos de administração de empresas, ciências contábeis, ciências econômicas, ciências da computação, engenharias, marketing, comunicação social, sistemas de informação, direito, psicologia, pedagogia e cursos correlatos da graduação tecnológica. 

Dentre as exigências estão domínio de microinformática, inglês em nível intermediário e perfil alinhado as competência e valores da empresa. Também será levado em consideração o coeficiente de rendimento geral, com média mínima de 7.

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Os selecionados terão a chance de atuar em diferentes áreas, além de participar de workshops de capacitação e desenvolvimento de projetos. A seleção será composta por cinco etapas: triagem curricular, provas online, dinâmica de grupo, painel com executivos da empresa e entrevistas individuais. 

As vagas são destinadas a todas as regiões do Brasil. Para participar do processo seletivo, basta se cadastrar no site

Um morador do morro de São Carlos, no Estácio, na região central do Rio, e um policial militar que atuava na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do bairro morreram, no final da tarde desta terça-feira, 6, durante um tiroteio entre PMs e criminosos.

Segundo a polícia, um grupo de policiais estava fazendo uma ronda de rotina e, quando passava pela Rua São Carlos, foi surpreendido por criminosos armados. Houve rápida troca de tiros, e o soldado Caio Robinson da Silva Lins, de 27 anos, foi baleado na cabeça.

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Dois moradores, que não participavam do confronto, foram feridos por balas perdidas. As três vítimas foram levadas ao Hospital Central da Polícia Militar, mas o soldado e um dos moradores, identificado como Maurício Monnerat, morreram enquanto eram atendidos.

O segundo morador, cujo nome não foi divulgado, resistiu, mas seu estado de saúde não havia sido anunciado até esta noite.

Os criminosos conseguiram fugir. No local do confronto foram apreendidas uma mochila com drogas e uma pistola calibre ponto 45.

O soldado trabalhava na UPP desde 2012.

A Estácio está com inscrições abertas até o dia 12 de janeiro para cursos de aperfeiçoamento nas férias. As oportunidades são para as áreas de idiomas, gestão, tecnologia, marketing, saúde e preparatórios para a 2ª fase do Exame da OAB. Os cursos variam de carga horária e custos.

Os interessados devem acessar o portal Você Aprende Mais para escolher o curso e a forma de pagamento. Para fazer os cursos de férias não é necessário estar cursando nenhum tipo de graduação e não são exigidos pré-requisitos. Ao final do curso os alunos receberão certificados de conclusão. A faculdade fica na Avenida Engenheiro Abdias de Carvalho, 1678, Madalena. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (81) 3226-8800.

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Até dia 28 de novembro, a Estácio de Sá está com inscrições para cursos de pós-graduação nas modalidades presencial e à distância (EAD). A instituição está oferecendo 120 cursos com duração de 18 a 24 meses. As graduações são nas áreas de comunicação, educação, saúde, gestão, direito, tecnologia, entre outras. Inscrições devem ser feitas no site da Estácio.  

Os candidatos podem ficar isentos da primeira mensalidade. As aulas dos cursos de especialização e MBs serão iniciadas no mesmo mês. 

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