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Com os dois filhos nos ombros, Wilfredo e Nataly deixam a costa mexicana em direção ao Rio Grande. Com a água na cintura, eles evitam a linha de boias que o estado do Texas colocou para bloquear a passagem de migrantes e seguem rumo aos Estados Unidos.

Eles atravessam Piedras Negras, no estado de Coahuila, e buscam chegar à margem oposta de Eagle Pass, uma cidade no sul do Texas cujo governador, o republicano Greg Abbott, militarizou para conter o fluxo de migrantes.

No Rio Grande, uma fronteira natural entre este estado americano e o México, as boias laranjas se estendem por aproximadamente 300 metros. Elas são projetadas para girar caso alguém tente segurá-las, e em cada lado há discos de metal serrilhados.

Nas últimas semanas, dois corpos foram encontrados no local.

A família de Wilfredo Riera, um venezuelano de 26 anos, atravessa o rio com mais de uma dezena de migrantes, longe das boias.

"Nos alertaram [sobre as boias], mas disseram que não marcavam todo o território, que havia uma forma de acessar", afirma.

Eles levaram cerca de dez minutos para ir de uma margem à outra, até se depararem com uma barragem interminável de arame farpado afiado. Mas encontraram um ponto vulnerável e conseguiram passar.

- "Queremos nos entregar" -

"Queremos nos entregar", diz Wilfredo. Mas ainda não há guardas à vista. À frente deles, uma cerca de aproximadamente três metros de altura possui arame farpado em seu topo, que os migrantes cobrem com as roupas para atravessarem ao outro lado.

Nataly Barrionuevo, uma equatoriana de 39 anos, morava com o marido Wilfredo e seus filhos, Yeiden, de dois anos, e Nicolás, de sete, no Equador. Saíram de lá há um mês e meio, em busca de trabalho e melhores condições de vida, e no caminho cruzaram a floresta de Darién, da Colômbia ao Panamá.

Um veículo da polícia de fronteira para no local e pede que mostrem os documentos.

Eles revistam apenas os homens e colocam todos em um veículo, com destino a um centro de detenção. Lá, avaliarão se é viável processar o seu pedido de asilo. Caso seja aceito, entrarão temporariamente no país, até que um juiz analise o seu caso. Do contrário, serão deportados.

"Queremos trabalhar, criar um futuro para eles", diz Nataly, apontando para seus filhos.

- "Zona de guerra" -

Ao pular a cerca, os migrantes chegam em Heavenly Farms, propriedade privada do casal Urbina, agricultores de nozes.

A fazenda, que tem acesso direto ao rio é totalmente cercada e vigiada pelos militares do Texas. Embora não gostem, não têm escolha senão aceitar, confessa Magali Urbina, de 52 anos.

"Meu marido e eu não acreditamos em fronteiras abertas. Mas também não acreditamos que devamos tratar as pessoas de forma desumana. Gostaríamos que o governo federal fizesse mais para que isso não aconteça", disse ela.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos ordenou ao Texas que retire as boias, que considera um problema humanitário e também diplomático, pois vai contra os tratados fronteiriços com o México.

O governo do Texas, por sua vez, justificou que está protegendo a área.

"Estamos autorizados a fazer o que estamos fazendo, proteger a fronteira", disse Abbott, que culpa a administração do presidente americano, Joe Biden, pela crise migratória no país.

Governadores de outros estados conservadores, que consideram esta parte do Texas uma "zona de guerra", enviaram tropas para apoiá-lo.

Abbott "criou um cenário aqui para fazer com que parecesse uma zona de guerra", diz Jessie Fuentes, proprietário da Epi's Canoe & Kayak Team, que oferecia passeios no rio e teve que fechar seu negócio. "Peço respeito pela humanidade e pelo rio", acrescentou.

Já Robie Flores, que nasceu e cresceu em Eagle Pass, recorda um passado em que os habitantes dos dois lados da fronteira podiam até mesmo se cumprimentar à distância, cenário que mudou com a implantação de barreiras de contêineres.

"Essa não é a nossa comunidade. E também não é assim que tratamos as pessoas. É muito triste ver isso. Os imigrantes são pastoreados como gado. Somos uma comunidade fronteiriça e isto", diz ele, apontando para os fios, "não é quem somos".

Donald Trump, 1,90m de altura, 98kg e cabelo loiro. Como qualquer outro acusado, o ex-presidente dos Estados Unidos passou por um processo de fichamento em uma prisão em Atlanta nesta quinta-feira (24), após ser acusado de tentar manipular as eleições presidenciais de 2020.

Durante uma sessão que durou menos de 30 minutos, Trump, de 77 anos, foi formalmente acusado de 13 acusações na prisão do condado de Fulton, em Atlanta, de acordo com registros divulgados pelo escritório do xerife. Ele foi fotografado em uma foto policial histórica e posteriormente liberado sob fiança de US$ 200 mil (R$ 988 mil).

Trump, acusado de conspirar com outros 18 acusados para anular o resultado das eleições de 2020 no estado sulista, passou brevemente pela prisão antes de partir em um comboio em direção ao aeroporto.

Até agora, Trump havia sido isento de tirar uma foto policial, mas desta vez foi tratado como qualquer outra pessoa.

Sua imagem foi distribuída poucos minutos depois, mostrando o ex-presidente olhando para a câmera com o rosto rígido e a testa franzida.

Em declarações aos jornalistas após sua prisão, Trump, o favorito à nomeação presidencial republicana de 2024, disse que era um "dia muito triste para os Estados Unidos" e acusou seus oponentes democratas de "interferência eleitoral".

"O que aconteceu aqui é uma paródia da justiça", acrescentou. "Eu não fiz nada de errado."

Seu ex-advogado Rudy Giuliani, um dos 19 processados pelas tentativas de anular o resultado das eleições de 2020 neste estado, disse na quarta-feira que falou com Trump para desejar boa sorte.

"O que estão fazendo com ele é um ataque à Constituição dos Estados Unidos", disse Giuliani ao sair da prisão do condado de Fulton, em Atlanta, a capital do estado, onde foi oficialmente detido antes de ser liberado sob fiança.

- Permanência breve -

Seu último chefe de gabinete, Mark Meadows, se apresentou nesta quinta-feira e foi liberado após pagar fiança de US$ 100 mil (aproximadamente R$ 500 mil). Outro acusado, Harrison Floyd, ficou detido porque não foi favorecido com a liberdade sob fiança.

Todos tiveram as digitais coletadas e sua foto de registro policial tirada, que rapidamente foi divulgada na imprensa e nas redes sociais.

O xerife do condado de Fulton, Pat Labat, antecipou que o procedimento normal na Geórgia é tirar uma foto do acusado antes de ele ser liberado sob fiança.

As duas entradas da prisão foram fechadas ao trânsito na manhã desta quinta-feira, com exceção dos veículos da polícia. Agentes com coletes à prova de balas esperavam em um dos acessos em uma van.

- Ausente do debate republicano -

Nesta quinta-feira, Trump trocou de advogado na Geórgia, substituindo Drew Findling por Steven Sadow, uma decisão que ainda não foi explicada.

No passado, Sadow criticou a lei contra o crime organizado usada pela promotora do condado de Fulton, Fani Willis, para indiciar coletivamente os 19 réus, uma norma que prevê penas de cinco a 20 anos de prisão.

Em 14 de agosto, um grande júri nomeado por Willis os acusou de tentarem ilegalmente anular o resultado das eleições de 2020, vencidas neste estado-chave pelo atual presidente, o democrata Joe Biden.

Os 19 acusados tinham até o meio-dia local (13H00 de Brasília) de sexta-feira para se apresentarem às autoridades. Espera-se que eles retornem ao tribunal na semana de 5 de setembro, presumivelmente para anunciar se se declaram culpados ou não.

A procuradora Fani deseja que o julgamento aconteça em março de 2024.

Trump é alvo de quatro acusações criminais, duas em nível federal, em Washington e na Flórida (sudeste), uma no estado de Nova York e outra na Geórgia.

Cada processo, no entanto, rende para ele milhões de dólares em doações, feitas por apoiadores convencidos de que ele é vítima de uma "caça às bruxas", como ele mesmo afirma.

A apresentação de Trump às autoridades da Geórgia ocorre após o primeiro debate para as primárias republicanas, realizado na noite de quarta-feira em Milwaukee, Wisconsin, ao qual o magnata considerou desnecessário comparecer, dada a sua liderança nas pesquisas.

Em vez disso, o empresário deu uma entrevista ao ex-apresentador da Fox News Tucker Carlson, que foi ao ar na rede social X (antigo Twitter) ao mesmo tempo em que o debate era exibido.

"Por que deveria ficar ali por uma hora ou duas (...) sendo assediado por pessoas que sequer deveriam ser candidatos presidenciais?", interrogou, ao justificar sua ausência.

Apesar da ausência, Trump roubou as atenções do debate, e quase todos os pré-candidatos com exceção de dois disseram que apoiariam sua candidatura republicana mesmo que seja condenado.

Um homem abriu fogo e matou três pessoas na quarta-feira (13) em um bar Los Angeles, Califórnia, informou a polícia, que também notificou a morte do atirador.

"Quatro mortes confirmadas no local, incluindo o atirador", anunciou a polícia do condado de Orange nas redes sociais.

"Seis pessoas foram levadas para hospitais, cinco delas com ferimentos de bala", acrescentou.

"Durante o incidente, aconteceu um tiroteio que envolveu um policial", afirmou a força de segurança. Nenhum oficial ficou ferido.

O atirador, um policial aposentado, pretendia atacar a ex-esposa, de acordo com fontes não identificadas citadas pelo jornal Los Angeles Times.

O tiroteio aconteceu no bar Cook's Corner, em Trabuco Canyon, um ponto de encontro de motociclistas.

Os Estados Unidos pagam um preço elevado pela proliferação de armas de fogo e pelo amplo acesso de seus cidadãos às mesmas.

O país tem mais armas que habitantes e um a cada três adultos possui ao menos uma arma.

Uma consequência da estatística é a elevada taxa de mortes por armas de fogo nos Estados Unidos, sem comparação com outros países desenvolvidos.

Caso você não saiba, vários famosos (até anônimos) quando começam a ganhar bastante dinheiro investem em imóveis tanto no Brasil quanto fora dele. E esse é o caso de Larissa Manoela e também o de Xuxa Meneghel.

De acordo com uma publicação feita pela TMZ, a rainha dos baixinhos acabou vendendo a sua mansão localizada em Miami, nos Estados Unidos, pelo valor de nada mais, nada menos do que 174 milhões de reais.

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A residência era de Xuxa Meneghel desde meados de 1999, quando ela a comprou por cerca de um milhão de dólares. Ainda de acordo com o site, o novo proprietário é o rapper Rick Ross, e ele planeja uma reforma grande na casa para que fique mais a sua cara.

A mansão é localizada em um recanto de luxo em Miami e por lá também circulam celebridades com grandes nomes, como de Jennifer Lopez, Saquille O'Neal e outros. A casa ocupa um total de 900 metros quadrados de área útil com piscina aquecida, sala de entretenimento, terraço com ampla visão para a água e uma doca de 12 metros.

Ela ainda tem um bar molhado, área de café da manhã, área diferentona de jantar, sala de jantar formal, saguão imenso de entrada, lareira, banheira de hidromassagem, despensa enorme e um closet consideravelmente imenso.

O advogado Cezar Bittencourt, que assumiu a defesa de Mauro Cid no caso das joias, deu mais uma entrevista nesta segunda-feira (21). À CNN, ele afirmou que seu cliente vai confessar os crimes em novo depoimento à Polícia Federal.

“É uma confissão. Vai admitir. As provas estão aí”, disse Bittencourt, reafirmando várias vezes que Cid havia “resolvido o problema do chefe”, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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Cezar Bittecourt disse ainda que o “resultado da venda”, ou seja, o dinheiro apurado com a venda do Rolex cravejado de diamantes, foi entregue para "quem determinou a venda”.

O advogado não detalhou quando será o novo depoimento, mas deve ir na tarde desta segunda-feira (21) ao Supremo Tribunal Federal, onde agendará audiência com o ministro Alexandre de Moraes.

Acordo com a defesa de Bolsonaro

Bittencourt também foi questionado sobre um encontro que teria acontecido entre ele e a defesa do ex-presidente. Ele admitiu a conversa, mas negou que haja alguma estratégia conjunta de defesa.

“Não sou inimigo (do advogado de defesa de Bolsonaro). Somos rivais no processo. Não tem nenhuma dificuldade (de conversar). É apenas mais um trabalho”, afirmou, antes de negar qualquer pressão que tenha recebido para que Cid não envolvesse Bolsonaro no esquema de venda ilegal dos presentes oficiais. “Não recebi pressão e não vai adiantar pressionar. Sou experiente. Vou fazer meu trabalho como sempre faço para defender meu cliente”, disse.

O rim de um porco geneticamente modificado ainda funciona, 32 dias após ter sido transplantado, em um paciente com morte cerebral, informou um centro médico dos Estados Unidos nesta quarta-feira (16).

O procedimento faz parte de um grande experimento focado na implantação de órgãos entre espécies, a fim de reduzir a fila de espera para um transplante.

Mais de 103 mil pessoas esperam para receber um órgão nos Estados Unidos, e 88 mil precisam de rins.

"Este trabalho demonstra que um rim de porco - com apenas uma única modificação genética e sem medicações ou dispositivos experimentais - pode substituir a função de um rim humano por pelo menos 32 dias sem ser rejeitado", explicou o médico Robert Montgomery, diretor do Instituto de Transplante Langone da Universidade de Nova York (NYU).

Montgomery realizou o primeiro transplante de rim de um porco modificado geneticamente em um ser humano em setembro de 2021, seguido por um procedimento semelhante dois meses depois. Desde então, houve outros casos.

Enquanto nos transplantes anteriores os rins apresentavam até 10 modificações genéticas, o último procedimento apresentou apenas uma: no gene envolvido na chamada "rejeição hiperaguda", que supostamente ocorre poucos minutos após conectar um órgão animal a um sistema circulatório humano.

Ao eliminar o gene responsável pela biomolécula chamada alfa-gal, que seria o alvo principal dos anticorpos humanos, a equipe da Langone conseguiu interromper a rejeição imediata.

"Agora reunimos mais evidências mostrando que, pelo menos nos rins, apenas eliminar o gene que desencadeia uma rejeição hiperaguda pode ser suficiente, em conjunto com fármacos imunossupressores clinicamente aprovados, para conduzir com sucesso um transplante em um humano, até conseguir um rendimento ótimo, possivelmente a longo prazo", concluiu Montgomery.

Os pesquisadores também inseriram a glândula timo do porco -responsável por educar o sistema imunológico - na camada externa do rim, para evitar uma rejeição posterior.

O paciente teve ambos os rins removidos e um implantado, que imediatamente começou a produzir urina.

Os testes mostraram que os níveis de creatinina, um produto residual, estavam em níveis ótimos e não havia sinais de rejeição.

É importante que não seja detectada nenhuma evidência de citomegalovírus suíno - que pode desencadear falência de órgãos. A equipe planeja continuar com o monitoramento por mais um mês.

A pesquisa foi possível porque o paciente, um homem de 57 anos, decidiu colocar seu corpo à disposição da ciência.

Em janeiro de 2022, cirurgiões da Escola de Medicina da Universidade de Maryland realizaram o primeiro transplante de um porco para um humano.

No entanto, o paciente faleceu dois meses depois e sua morte foi atribuída à presença de citomegalovírus suíno no órgão.

Mesmo com recibo do Rolex em seu nome, o advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef, diz nunca ter visto o relógio de luxo que o ex-presidente recebeu em excursão ao Oriente Médio. A Polícia Federal avalia provas contundentes do seu envolvimento na venda ilegal e investiga sua viagem aos Estados Unidos, onde a peça foi vendida. 

"Nada. Nunca vi esse relógio. Nunca vi joia nenhuma [...] nunca na minha vida. Desafio a provarem isso. Falo e garanto", afirmou ao blog de Valdo Cruz. 

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O relógio avaliado em cerca de R$ 300 mil foi recebido de presente em 2019 e vendido nos Estados Unidos em junho de 2022, pelo ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid. 

LeiaJá também: Rosto do pai de Cid é visto em foto para vender relógio

Com a exigência da devolução do Rolex ao acervo da União, em março de 2023, Wassef viajou aos Estados Unidos com a missão de reavê-lo. Ele nega envolvimento, mas seu nome aparece no recibo de recompra. 

"Uma coisa é a viagem que fiz para os EUA. Outra coisa é me acusar de organização criminosa e esquema de joia. É uma armação", defende-se.   

Conversas dele com Cid aumentam ainda mais os indícios da participação no esquema criminoso. Um mês seguinte da ida aos EUA, o advogado volta para São Paulo, onde teria entregado o relógio a Mauro Cid. Dois dias depois, a peça é devolvida à União. 

Wassef diz não ter qualquer relação ou amizade com Mauro Cid, limitando as interações trocadas em poucos contatos. "Nunca tomei choppinho. Zero. Era absolutamente formal. Conto na mão as vezes que falei com ele [...] zero de qualquer outro tema ou assunto”, complementou. 

A Covid-19 continua a contabilizar vítimas e uma nova subvariante, conhecida como EG 5 ou Eris, já se espalhou nos Estados Unidos e Grã-Bretanha. A cepa é uma evolução da Ômicron e carrega a característica de ser mais infecciosa.

Os sintomas gerais são os mesmos da Covid-19: tosse, febre, falta de ar, cansaço, dores no corpo, perda do olfato e do paladar, e dor de cabeça. No entanto, a EG 5 se aproxima muito mais de uma gripe ou resfriado comum, com coriza, espirro e tosse seca.

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Ela foi mais percebida nos Estados Unidos, sendo identificada em 17,3% dos casos de Covid confirmados entre a metade de julho e o início de agosto. Também foram relatados casos da cepa na Grã-Bretanha, Índia e Tailândia. Segundo a Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido, cerca de 12% das amostras avaliadas no fim de julho foram classificadas como EG 5.

Apesar da preocupação com sua transmissibilidade, a subvariante se mostra suscetível às vacinas contra o coronavírus. Por isso, ainda é importante obedecer as etapas de imunização, com os reforços em dia.

O governo dos Estados Unidos determinou que suas empresas não poderão investir livremente no exterior em tecnologias avançadas, como Inteligência Artificial (IA) e computação quântica, se envolverem "países problemáticos", e citou a China, anunciou o Departamento do Tesouro na quarta-feira (9).

A decisão, decorrente de uma ordem executiva do presidente Joe Biden, busca "defender a segurança nacional americana protegendo tecnologias críticas para a próxima geração de inovações militares", disse o Tesouro em comunicado.

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As novas regras exigem que empresas e indivíduos americanos notifiquem o governo sobre certos tipos de transações e proíbem outras caso envolvam "entidades relacionadas às tecnologias avançadas identificadas na ordem executiva".

"A China está empenhada em adquirir e produzir tecnologias-chave que podem ajudar a modernizar seu exército, e esta ordem executiva é projetada especificamente para limitar o investimento dos EUA em empresas envolvidas neste esforço", explicou um funcionário do governo Biden em conferência por telefone.

Washington teme que a China se beneficie dos investimentos dos EUA, não apenas na transferência de tecnologia, mas também por meio de benefícios intangíveis, como o apoio na criação de linhas de produção, compartilhamento de conhecimento e acesso a mercados.

O Ministério das Relações Exteriores da China anunciou que apresentou um protesto "solene" aos Estados Unidos sobre essa medida.

"A China está extremamente descontente e se opõe fortemente à insistência dos Estados Unidos em introduzir restrições aos investimentos na China", disse um porta-voz em comunicado.

A ordem executiva de Biden "desvia-se seriamente dos princípios de uma economia de mercado e concorrência justa, prejudica a ordem do comércio internacional e perturba seriamente a segurança da indústria e das cadeias de abastecimento globais", acrescentou um porta-voz do Ministério do Comércio chinês.

- Um passo adiante -

A decisão do governo Biden não abrangeria determinados tipos de transações, sejam elas empresas da bolsa ou filiais de empresas americanas.

"É um grande passo adiante", disse à AFP Nicholas Lardy, pesquisador do Instituto Peterson. "Não se trata mais apenas de restringir as exportações, mas agora também de capitais, algo que nunca havia acontecido antes", acrescentou.

Mas se os Estados Unidos tentarem "cortar o financiamento dos fundos de capital de risco ou de capital privado" por conta própria, o efeito pode ser limitado, disse Lardy.

"É possível que, mesmo não sendo diretamente afetadas pelas proibições, algumas empresas pensem duas vezes sobre o tipo de investimentos que poderiam fazer, o que poderia reduzir as transações bilaterais no longo prazo", explicou Emily Benson, diretora de Projetos Comerciais e Tecnológicos do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS).

Esta nova decisão é mais um passo nas tentativas dos Estados Unidos de impedir que a China reduza a brecha tecnológica existente entre as duas superpotências.

Em outubro, Washington anunciou que iria apertar os controles sobre as exportações para a China de semicondutores de ponta "usados em aplicações militares".

Temendo novas restrições à exportação, gigantes da tecnologia chinesa, incluindo Baidu, ByteDance, Tencent e Alibaba, correram para comprar os chips necessários para novos sistemas de IA generativos da empresa americana Nvidia, de acordo com o Financial Times.

Os semicondutores ultrassofisticados da Nvidia estão em alta demanda desde que o lançamento do ChatGPT deu início a uma corrida feroz pela IA generativa de conteúdo.

Nova York quer implementar a primeira tarifa de circulação de veículos nos Estados Unidos, mas a medida enfrenta uma dura oposição, inclusive por parte dos motoristas dos icônicos táxis amarelos da cidade.

Parecido com o que se faz há tempos em Londres e em Singapura, o plano pretende melhorar a qualidade do ar na "Big Apple", descongestionando as engarrafadas ruas de Manhattan.

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Também busca aumentar a receita essencial para modernizar um sistema de metrô em ruínas usado por cerca de quatro milhões de nova-iorquinos todos os dias.

Prevista para entrar em vigor em 2024, a medida já foi contestada na Justiça, o que expõe a dificuldade de se tributar os motoristas em um país onde o carro é o rei do transporte.

As autoridades insistem em que a cobrança da taxa ajudará o meio ambiente, ao reduzir a poluição, e tornará o tráfego na agitada cidade mais eficiente, reduzindo o tempo de deslocamento.

"A tarifa de congestionamento é uma oportunidade geracional", disse John McCarthy, porta-voz da Autoridade de Transporte Metropolitano de Nova York (MTA).

O plano pretende cobrar dos motoristas por circularem abaixo da rua 60 na ilha de Manhattan, uma área que abrange os bairros financeiros de Midtown e Wall Street.

A MTA ainda não definiu as tarifas, mas estuda cobrar US$ 23 (em torno de R$ 112, na cotação atual) por circular nos horários do "rush", e US$ 17 (R$ 83), para os momentos de menos fluxo.

E isso incomoda muitos. O motorista de táxi Wein Chin está preocupado com o fato de que a tarifa, que os motoristas repassariam aos clientes, resultaria em menos viagens. O motorista ganha entre US$ 300 e US$ 400 por semana (R$ 1.470 e R$ 1.960) e já está tendo problemas para pagar um empréstimo de US$ 170.000 (R$ 833 mil). A quantia foi usada para tirar sua carteira de motorista.

"Não sei se conseguiria sobreviver, pagando a hipoteca e sustentando uma família", disse à AFP o homem de 55 anos, que emigrou de Mianmar para os Estados Unidos em 1987.

A Aliança de Trabalhadores de Táxi de Nova York, um sindicato que representa 21.000 taxistas, calcula que essa cobrança pode significar uma perda de renda para os motoristas de US$ 8.000 por ano (R$ 39, 2 mil). Seus filiados saíram às ruas nas últimas semanas para exigir a isenção da cobrança da taxa.

O presidente do sindicato, Bhairavi Desai, disse que a taxa pode significar uma sentença de morte para alguns profissionais já atingidos nos últimos anos por uma onda de motoristas do Uber e pela pandemia da covid-19.

- Emissões -

As autoridades propuseram descontos para contemplar os nova-iorquinos de baixa renda. Cerca de 700.000 veículos entram na zona de pedágio proposta todos os dias, com carros trafegando a uma média de 11 km/h, devido aos engarrafamentos, segundo as autoridades.

A iniciativa da MTA pretende reduzir em 10% o tráfego diário e, portanto, as emissões de dióxido de carbono. As autoridades citam estudos que indicam que, no centro de Londres, as emissões de CO2 caíram 20% após a introdução de uma tarifa similar em 2003.

“Sabemos que a poluição dos veículos é uma das principais causas da crise climática que prejudica tanto nosso planeta quanto nossa saúde”, declarou Tim Donaghy, da ONG Greenpeace.

Este projeto levou anos para ser criado em Nova York. O magnata Michael Bloomberg propôs um pedágio em 2007, quando era prefeito pelo Partido Democrata (2002-2017), mas foi somente em 2019 que os legisladores locais finalmente chegaram a um acordo.

O governo federal americano deu sinal verde para a proposta em junho deste ano, e as diferentes autoridades locais se comprometeram a introduzir o imposto na primavera (outono no Brasil) de 2024.

Mas o estado vizinho de Nova Jersey respondeu processando o governo, alegando que o plano representaria um fardo financeiro injusto para aqueles que precisam dirigir até Manhattan para trabalhar. Esse estado também se opõe a que seus moradores tenham de pagar pela melhoria do sistema de metrô de Nova York.

A governadora de Nova York, Kathy Hochul, acredita que o processo de Nova Jersey não impedirá que a taxa seja promovida.

O MTA estima que as novas tarifas vão gerar em torno de US$ 1 bilhão (R$ 4,9 bilhões na cotação atual) por ano para melhorias no sistema de transporte.

"É uma vitória completa para o transporte público, o trânsito e o meio ambiente", disse à AFP o porta-voz do grupo de defesa do transporte público Riders Alliance, Danny Pearlstein.

Parece que MC Daniel e Mel Maia estão dando mais uma chance ao amor. MC Daniel está fazendo uma turnê nos Estados Unidos e recebeu a companhia da atriz, que já finalizou as gravações da novela Vai na Fé.

Durante uma apresentação, o funkeiro levou os seus fãs à loucura após fazer uma declaração à amada. E olha que a demonstração de amor não parou por aí, já que ele ainda deu um beijão em Mel.

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"Dei sorte no amor, casei com a Mel Maia", disse ele se dirigindo ao fundo do palco para beijar a atriz.

Em outra publicação nas redes sociais, os dois apareceram se abraçando em um quarto de hotel.

Vale pontuar que Mel Maia e MC Daniel assumiram o namoro no fim de 2022, e viveram um relacionamento intenso até junho, quando o funkeiro confirmou o término.

Um corpo foi encontrado dentro de um barril nesta segunda-feira (31) na praia de Malibu, uma região elegante da Califórnia frequentada por ricos e famosos, informou a polícia.

As autoridades assinalaram que o corpo de um homem foi descoberto dentro de um barril de 55 galões (208 litros) por trabalhadores em uma praia suntuosa.

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Detetives de homicídios do escritório do xerife do condado de Los Angeles trabalham no caso, segundo o departamento. Até o momento, não foram reveladas a identidade ou a causa de morte do homem.

A emissora de televisão ABC7 disse que o barril foi visto flutuando na água na praia de Malibu Lagoon State por trabalhadores sanitários na noite de domingo.

De acordo com o canal, os trabalhadores decidiram esperar até a manhã desta segunda para investigar do que se tratava.

Fotos feitas pela AFP mostravam o barril fechado, de pé, em águas rasas sobre um banco de areia, a poucos metros do cais de Malibu.

A região, emoldurada por uma costa idílica e a menos de uma hora de Los Angeles, é lar de várias celebridades, como o vocalista do Coldplay, Chris Martin.

A atriz Courteney Cox, da série "Friends", também tem uma luxuosa mansão no local, a mesma propriedade onde o príncipe Harry afirma ter ingerido cogumelos alucinógenos, conforme ele mesmo revelou em sua biografia.

Julia Roberts, Cindy Crawford, Leonardo DiCaprio e Paris Hilton também compraram propriedades neste refúgio idílico no passado.

No ano passado, um caso similar foi registrado em Nevada, quando as águas do reservatório do lago Mead recuaram, revelando um barril com restos humanos. Segundo especialistas, esse achado poderia estar vinculado às atividades da máfia em Las Vegas décadas atrás.

Um dos shows mais esperados pelos anônimos famosos, além o de RBD, é o de Rihanna e o de Beyoncé. E felizmente, a Queen B anda rodando o mundo espalhando a sua palavra, ou melhor, a sua voz para todos os cantos de alguns estádios.

Diversas celebridades já apareceram recentemente indo para fora do Brasil, pagando preços exorbitantes para conseguir um lugar pertinho de Beyoncé e aproveitar cada detalhe de seu show. Uma outra famosa que desembarcou nos Estados Unidos para ver a cantora, foi Sabrina Sato.

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Em um comunicado enviado para a imprensa, a apresentadora fez questão de posar e mostrar os detalhes de seu look escolhido a dedo para a ocasião. Sabrina usou um vestido preto transparente super sexy, acompanhado de um boné de coelhinha e depois um de cristais criado por um estilista para ela usar exclusivamente no evento.

- Todo mundo montadíssimo aqui no show da Beyoncé. PASSADA! Não tem ninguém básico! Só na montação.

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump afirmou nesta sexta-feira (28) que irá manter sua candidatura para retornar à Casa Branca mesmo se for considerado culpado e condenado em qualquer uma das investigações criminais que estão sendo realizadas contra ele.

A reação ocorre um dia após procuradores federais acrescentarem três acusações graves à sua denúncia seu manuseio de documentos confidenciais.

Questionado pelo radialista conservador John Fredericks se uma decisão desfavorável interromperia sua campanha, Trump respondeu rapidamente: "De jeito nenhum. Não há nada na Constituição que diga que deveria".

De acordo com o principal candidato ao Partido Republicano, "até mesmo os loucos da esquerda radical dizem que não, que isso não me impediria. Essas pessoas estão doentes", disse.

O ex-presidente dos EUA ainda destacou que seus antecessores, incluindo o democrata Barack Obama (2009-2017) e o republicano George W. Bush (2001-2009), "pegaram documentos" dos arquivos da Casa Branca, sugerindo falsamente que tiveram conduta semelhante aos supostos crimes dos quais ele é acusado.

"Nunca ninguém passou por isso. Isso é uma loucura", acrescentou, afirmando que não fez nada de errado.

No mês passado, o magnata republicano, que sobreviveu a dois julgamentos no Congresso, foi indiciado pela primeira vez no caso dos documentos confidenciais.

De acordo com o tribunal, ele é responsável por colocar em risco a segurança nacional ao armazenar informações nucleares e de defesa ultrassecretas após deixar a Casa Branca.

O fentanil "produzido em massa no México" pelos cartéis continua sendo a principal ameaça aos Estados Unidos, porque "seu único limite" são as substâncias químicas usadas para fabricá-lo, advertiu nesta quinta-feira (27) a agência antidrogas americana (DEA).

O opioide sintético, até 50 vezes mais potente do que a heroína, mata quase 200 pessoas por dia nos Estados Unidos, segundo dados oficiais, e foi responsável por dois terços das 107.735 mortes por overdose registradas no país em 2021.

"É a droga mais letal que os Estados Unidos já enfrentaram", alertou hoje a diretora da DEA, Anne Milgram, durante sessão do subcomitê de justiça da Câmara dos Representantes sobre crime e vigilância do governo federal. "O fentanil é barato de fabricar, fácil de disfarçar e letal para quem o toma. Apenas dois miligramas podem matar uma pessoa", explicou.

O que preocupa em relação às drogas sintéticas é que "seu único limite são as substâncias químicas que podem ser compradas para fabricá-las", acrescentou Anne, explicando que a rede de fornecimento começa na China, com empresas que fabricam substâncias químicas conhecidas como precursores, que vêm a ser os componentes básicos do fentanil e das metanfetaminas.

As substâncias "são enviadas para o México ou para outros lugares da América Latina", onde os cartéis fabricam o fentanil e o enviam para os Estados Unidos em forma de pó ou comprimido, misturado a outras drogas, ou em forma de pílula, como se fosse analgésico falsificado.

- Pó ou comprimidos -

"Esses comprimidos estão sendo produzidos em massa no México", alertou Anne. Em 2022, a DEA apreendeu 400 milhões de doses letais de fentanil, e, neste ano, já confiscou mais de 200 milhões, ressaltou.

A diretora da DEA está preocupada com a forma como os traficantes "impulsionam a demanda" de forma nunca vista, introduzindo o fentanil em outros produtos para "produzir em massa".

O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, encontra-se sob pressão desde que congressistas republicanos pediram, em março, que os cartéis sejam classificados como grupos terroristas e que o Exército americano possa combatê-los onde quer que eles estejam.

O México, porém, não é a única preocupação da DEA. As organizações do narcotráfico da Colômbia "não apenas enviam cocaína diretamente para os Estados Unidos", mas também o fazem "cada vez mais por meio de cartéis mexicanos", disse Anne, acrescentando que o mesmo acontece com o Peru e outros países sul-americanos.

- Maconha e opioides -

Para enfrentar a crise dos opioides, Washington mudou de estratégia e deixou de se concentrar apenas nos chefes do tráfico, mas também em toda a cadeia de fornecimento, desde o envio de precursores até o transporte para os Estados Unidos por meio, principalmente, dos portos de entrada na fronteira com o México.

Outro tema de grande preocupação para a DEA é o uso, pelos cartéis, de redes sociais e plataformas criptografadas para fazer a droga chegar às vítimas, que podem ser adolescentes que acreditam estar tomando analgésicos. A agência também rastreia criptomoedas, após observar "uma grande quantidade de lavagem de dinheiro chinês dos cartéis das drogas nos Estados Unidos".

Dois congressistas americanos - o republicano Matt Gaetz e o democrata Steve Cohen - levantaram uma questão polêmica: a retirada da proibição federal da maconha, cujo uso recreativo é legalizado em 23 estados.

No ano passado, o presidente Joe Biden pediu ao Departamento de Saúde e Serviços Humanos e ao procurador-geral Merrick Garland que revisassem como convém catalogar a maconha na lei federal.

"Estudos mostram amplamente que, nos estados com acesso à maconha medicinal, há uma taxa mais baixa de prescrição desses opioides que podem levar ao vício", ressaltou Matt Gaetz. Anne Milgram disse que ainda não recebeu as conclusões, necessárias para que a DEA possa fazer sua própria avaliação.

Em todos os jogos de uma Copa do Mundo, é comum que o momento em que as seleções se enfileiram para ouvir seus respectivos hinos nacionais seja uma ocasião de muita emoção. Durante o Mundial feminino de 2023, muitas foram as atletas que choraram e cantaram a plenos pulmões as canções que representam seus países.

Dentre as 32 seleções que participam do torneio, no entanto, há uma grande exceção. A seleção feminina norte-americana se recusa a cantar o hino nacional dos Estados Unidos. Na partida de estreia contra o Vietnã, apenas três - Julie Ertz, Alyssa Naeher e Lindsey Horan - das onze titulares foram vistas entoando a canção americana.

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O gesto, ou a falta dele, não é novidade e ocorre desde o Mundial de 2019. De acordo com a zagueira Noemi Girma, o foco das atletas é o jogo e a questão do hino nacional é algo que está em segundo plano na mente das norte-americanas. "No final, cada jogadora pode escolher o que quer fazer, é tudo o que tenho a dizer", ela afirmou durante coletiva de imprensa.

Nem todas as atletas justificam a ação deliberada de não cantar o hino, algo que é criticado por torcedores e comentaristas nos EUA, mas a seleção norte-americana não tem o melhor dos relacionamentos com a canção do país.

Uma das líderes do elenco, Megan Rapinoe já chegou a afirmar que nunca mais cantaria o hino dos EUA devido as inúmeras injustiças e preconceitos que ocorrem no país. Desde 2016, a atacante já se ajoelhou inúmeras vezes durante a canção, imitando o protesto antirracistas iniciado pelo jogador de futebol americano Colin Kaepernick.

De acordo com a jogadora, a possibilidade dela voltar a cantar o hino é quase inexistente. "Seria necessário uma reforma da do sistema criminal. Seria preciso diminuir a enorme lacuna de desigualdade que temos. Seria necessário um enorme progresso nos direitos LGBTQIA+", ela afirmou em entrevista a um veículo americano.

"Nós não estamos sozinhos, e as autoridades dos Estados Unidos estão escondendo evidências", declarou nesta quarta-feira (26) um ex-funcionário de inteligência dos Estados Unidos perante um comitê do Congresso.

David Grusch testemunhou que acredita "absolutamente" que o governo possui um fenômeno aéreo não identificado, ou UAP, na sigla em inglês que substituiu Objetos Voadores Não Identificados (Ovni) na terminologia oficial, bem como restos de suas operações não humanas.

"Durante o exercício de minhas funções oficiais, fui informado sobre um programa de várias décadas para recuperar restos de acidentes envolvendo UAPs e realizar engenharia reversa", disse Grusch.

"Com base nos dados que coletei, tomei a decisão de relatar essa informação a meus superiores e a vários membros da inspeção geral, tornando-me um denunciante", explicou.

Quando pressionado para fornecer detalhes durante a audiência, Grusch reiterou várias vezes que não poderia comentar em um ambiente público devido à classificação sigilosa das informações.

Ele afirmou que o governo dos Estados Unidos está ocultando informações sobre UAPs não apenas do público, mas também do Congresso, e que pessoalmente entrevistou pessoas com conhecimento direto sobre naves não humanas.

"Meu depoimento é baseado em informações que venho recebendo de indivíduos com uma longa trajetória de legitimidade e serviço a este país, muitos dos quais também compartilham evidências convincentes, como fotografias, documentação oficial e depoimentos orais classificados", disse Grusch aos legisladores.

O representante norte-americano Tim Burchett apoia a ideia de que o governo tem ocultado informações e disse no início da audiência (na qual dois ex-funcionários da Marinha também testemunharão sobre avistamentos de UAPs) que "o que está encoberto será descoberto".

- "Não temos respostas" -

"Este é um assunto de transparência governamental. Não podemos confiar em um governo que não confia em seu povo", disse.

Questionado sobre a existência de vida além da Terra, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, afirmou que não possui uma posição definitiva sobre o assunto.

"O que acreditamos é que existem fenômenos aéreos inexplicados que foram relatados e informados por pilotos da Marinha e da Força Aérea", disse ele, acrescentando: "Não temos respostas sobre o que são esses fenômenos".

Sean Kirkpatrick, chefe do escritório do Pentágono criado para identificar os UAPs que representam potenciais ameaças, informou aos legisladores no início do ano que não havia identificado sinais de atividade alienígena.

O Escritório de Resolução de Anomalias em Todos os Domínios (AARO, sigla em inglês) "não encontrou até agora evidências críveis de atividade extraterrestre, tecnologia de fora deste mundo ou objetos que desafiem as leis conhecidas da física", testemunhou Kirkpatrick em abril.

Entretanto, o governo dos Estados Unidos começou a levar o assunto dos UAPs mais a sério nos últimos anos.

A Nasa realizou sua primeira reunião pública sobre o assunto em maio e instou a abordagem científica mais rigorosa para esclarecer a origem de centenas de avistamentos misteriosos.

O Pentágono também começou a prestar especial atenção ao tema após uma série de avistamentos inexplicáveis por parte de pilotos da Marinha e da Força Aérea.

A preocupação central foi que esses avistamentos poderiam se tratar de tecnologia de vigilância aérea usada pela China para coletar informações de inteligência sobre defesas dos Estados Unidos.

Após mais de 30 anos no corredor da morte de uma prisão em Ohio, a execução de Keith LaMar estava prevista para 16 de novembro, mas foi adiada para janeiro de 2027 por falta de injeções letais, anunciaram as autoridades estaduais nesta quinta-feira (13).

"A nova data para a execução foi remarcada para 13 de janeiro de 2027", indica um comunicado do governador de Ohio, Mike DeWine, que baseia sua decisão nos "problemas de vontade dos fornecedores farmacêuticos para proporcionar drogas ao Departamento de Reabilitação e Correção de Ohio".

Em abril, DeWine já tinha adiado para 2026, pelas mesmas razões, as execuções previstas para agosto, setembro e outubro deste ano. Desde 2018, o estado não realizou nenhuma execução da pena capital.

Um número crescente de empresas farmacêuticas tem se recusado a fabricar a injeção letal que é administrada nos condenados à morte.

LaMar, de 54 anos, foi condenado à pena capital pelo homicídio de cinco detentos e um agente penitenciário em um motim em abril de 1993 na prisão onde já cumpria pena. Segundo ele, seu julgamento esteve repleto de irregularidades como a destruição de provas e ocultação de informação que o inocentava.

Este afro-americano, que sempre negou sua culpabilidade nas mortes, passou a maior parte dos últimos 30 anos aguardando a execução em isolamento em um presídio de segurança máxima em Ohio.

"Três anos podem passar num piscar de olhos, por isso redobremos nossos esforços, nossa energia para resolver até o fim esta loucura de uma vez por todas", disse LaMar em uma mensagem enviada à AFP, na qual agradeceu aos que o apoiaram e incutiram nele "a fé e a crença de que coisas melhores ainda são possíveis".

Preso desde os 19 anos pelo homicídio de um velho amigo por uma disputa envolvendo drogas na década de 1980, LaMar garante que, depois do motim, as autoridades penitenciárias lhe pediram que delatasse os responsáveis em troca de uma redução de pena, o que ele se negou a fazer.

LaMar, que escreveu um livro contando sua história e clamando sua inocência, lutou pela reabertura de seu caso e para que tivesse um julgamento justo.

"Quando você é pobre e preto em um país racista, você é um pobre condenado", disse ele em uma entrevista à AFP do corredor da morte no ano passado.

Nos dois últimos anos, ocorreram reviravoltas em seu caso. Além de uma equipe de advogados tentar reabrir o processo, um grupo de músicos de jazz - a música que o salvou nos confins de sua solidão - realizam uma campanha para exigir "Justiça para Keith LaMar".

Por meio de um telefone no corredor da morte, LaMar gravou um disco com a banda do espanhol Albert Marqués e participou de numerosos shows que o conjunto realizou em países como Espanha, França, Chile e em diversas cidades dos Estados Unidos, como mais um integrante do grupo.

"Que continuemos pedindo justiça, estamos quase lá", diz LaMar em sua mensagem de esperança.

Os Estados Unidos voltaram a integrar oficialmente a Unesco, anunciou a instituição nesta terça-feira (11), após a conclusão dos últimos trâmites de reingresso - aprovado no final de junho pelos países membros deste órgão da ONU.

"O retorno dos Estados Unidos à Unesco é efetivo. Voltaram a ser oficialmente um Estado-membro de nossa organização", comemorou em comunicado a diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay.

A maioria dos países votou a favor, no final de junho, do retorno dos EUA à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), cujo cargo foi abandonado por Washington durante a presidência de Donald Trump (2017-2021).

O país concluiu o processo de aceitação da Ata Constitutiva da Unesco. O Reino Unido, depositário do documento, efetuou o registro posteriormente, segundo um diplomata da organização.

Em outubro de 2017, os Estados Unidos anunciaram a saída da organização devido ao "persistente viés anti-Israel". Essa retirada, acompanhada por Israel, entrou em vigor em dezembro de 2018.

Seu retorno como 194º membro da Unesco ocorre em um cenário de crescente rivalidade com a China, que deseja transformar a ordem internacional multilateral nascida após a Segunda Guerra Mundial.

Dez países se opuseram ao retorno de Washington, entre eles Irã, Síria, China, Coreia do Norte e Rússia.

A volta dos Estados Unidos é um alívio para a instituição, cujo orçamento dependia 22% dos recursos de Washington.

A Coreia do Norte advertiu que derrubará qualquer avião espião dos Estados Unidos que violar seu espaço aéreo e criticou os planos de Washington de enviar um submarino com mísseis nucleares para a região da península coreana.

Um porta-voz do ministério norte-coreano da Defesa Nacional disse que um avião espião americano realizou voos "provocativos" neste mês, incluindo que entrou no espaço aéreo do país "várias vezes".

"Não há garantia de que não aconteça um acidente tão chocante como a queda de um avião de reconhecimento estratégico da Força Aérea dos Estados Unidos" no Mar do Leste da Coreia, afirmou o porta-voz em um comunicado divulgado pela agência estatal KCNA.

O porta-voz citou incidentes anteriores quando Pyongyang derrubou aeronaves americanas e alertou que os Estados Unidos pagarão um preço pela espionagem aérea "encenada freneticamente".

O comunicado também critica o envio planejado de recursos nucleares americanos à península coreana como "a chantagem nuclear mais patente" contra a Coreia do Norte, que segundo Pyongyang representa uma grave ameaça à segurança regional e global.

"A atual situação prova claramente que a situação na península coreana está se aproximando do limiar de um conflito nuclear devido às ações militares provocativas dos Estados Unidos", acrescenta.

Washington anunciou em abril o envio de um submarino com mísseis nucleares para a primeira visita a um porto sul-coreano em décadas, sem revelar uma data.

A Coreia do Norte lançou vários de mísseis desde o início do ano, enquanto Estados Unidos e Coreia do Sul intensificaram a cooperação militar com vários exercícios bélicos na região.

O presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol deve participar esta semana da reunião de cúpula da Otan na Lituânia, em busca de mais cooperação com a aliança de defesa diante das crescentes ameaças da Coreia do Norte, anunciou o governo de Seul.

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