Tópicos | Fernando Beltrão

Depois de encararem questões de Ciências Humanas, Linguagens e redação, os candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) enfrentam agora, neste domingo (24), uma nova etapa. É o momento dos quesitos que cobram Ciências da Natureza e matemática. Como de costume, o Vai Cair No Enem e o LeiaJá não desamparam os estudantes horas antes da prova.

Neste sábado (23), a partir das 17h30, um respeitável time de profissionais revelará dicas essenciais para os feras. Os professores Fernando Beltrão (biologia), Valter Júnior (química), Tayrine Rocha (biologia), Luiza Paffer (física), Guilherme Amblard (física), Leandro Gomes (biologia) e Sandro Curió (matemática) participam de uma transmissão, no Instagram do Vai Cair No Enem e no youtube.com/vaicairnoenem, para compartilhar orientações aos candidatos. A pedagoga Erica Viana também fará uma análise educacional da organização do Enem.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

A produtora Thayná Aguiar e o jornalista Nathan Santos, editor do LeiaJá e do Vai Cair No Enem, também participarão da live. No domingo, dia do Enem, a partir das 7h teremos entradas, ao vivo, de pontos de aplicação do Exame, e às 20h, exibiremos os comentários dos professores, que analisarão as questões do segundo dia da prova.

“Professores experientes e tidos como referências no mercado educacional nos ajudarão bastante, com dicas essenciais para a prova, assim como docentes da nova geração. Convidamos todos os candidatos para acompanharem a live de maneira remota. Também será um momento de descontração, pois vamos exibir novamente algumas paródias que mostram como é possível aprender de maneira lúdica”, destacou o jornalista Nathan Santos.

Diante da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o segmento da educação, assim como muitos outros, teve que se adaptar repentinamente a uma nova realidade de execução de suas tarefas. O ensino remoto foi imposto em respeito à recomendação de distanciamento social, a fim de evitar a disseminação da doença. Mas, e para o ano de 2021? Qual será o modelo de ensino que está sendo planejado pelos cursinhos pré-vestibulares? Presencial, híbirido ou remoto?

Fernandinho Beltrão, proprietário da Academia Fernadinho Beltrão, sediada no Recife, conta, ao LeiaJá, que sobre o planejamento para o ano de 2021 do preparatório, a instituição informou já no mês de julho deste ano que no ano seguinte, não haverá atividades presenciais. “No mês de julho, nós já anunciamos que em 2021 não haverá nenhuma atividade presencial de sala de aula ou secretaria na Academia. Na Academia, tudo será remoto. Nenhuma atividade pedagógica será realizada na Academia. Então, desde julho que nós estamos com todo planejamento. Então, a gente decidiu que independente de vacina, independente de remédio, 2021 todo será remoto, para que a gente possa planejar. Porque aula presencial pode e deve ter 45 minutos a uma hora e meia, aula on-line pode e deve ter de 15 a 20 minutos, é bem diferente. É bem diferente fazer aulas menores em maior quantidade do que aulas maiores em menor quantidade”, revela o professor de biologia.

##RECOMENDA##

“Segunda coisa, as aulas presenciais pressupõem uma ideia que tem que levar em conta transporte público, tem que levar em conta cantina, tem que levar em conta temperatura da sala”, pondera Beltrão. Fernandinho diz que, pelo fato de a Academia já trabalhar com aulas ao vivo, eles não foram afetados; tratou-se de uma questão de adaptação. “Na Academia, a gente já faz todas as aulas transmitidas ao vivo há seis anos, por isso que a pandemia não pegou a gente. Era a pandemia chegando e a gente 10 quilômetros na frente. Nós estamos hoje a 300 quilômetros de dianteira, porque a gente já tinha isso. A gente já caminhava nesse sentido fazia muito tempo. Desde 1999, quando ainda se usava VHS, a gente já tinha aulas todas em vídeo. Então, assim, para este ano não foi difícil, foi adaptação. Para o ano que vem, aí a gente precisa ter planejamento, não dá para planejar vai e vem, não faz sentido. As provas têm que ser provas que durem de 45 minutos a uma hora. Não dá para o aluno eletronicamente, para treino, fazer prova desse jeito aí. Por outro lado, você pode fazer muito mais", relata.

"Por exemplo, em 2021, o planejamento da gente – e vai ser executado – é fazer mais ou menos 20 simulados por semana. Todos os dias têm simulado. Então, o aluno pode ter uma, duas ou três provas por dia. Ele faz se quiser. Por exemplo, ele vai ter 36 aulas na segunda-feira, 36 na terça, 36 na quarta, 36 na quinta. São aulas pequenas com temas previamente conhecidos. O aluno conhece os temas das aulas do ano inteiro de cada professor", continua Fernando Beltrão.

Já o proprietário do Espaço Conexão Cursos e pré-Enem, Everaldo Chaves, conta que o planejamento para o ano de 2021 se volta à modalidade híbrida. “Nós estamos planejando o ano de 2021 com a possibilidade de iniciarmos o ano letivo com aulas presenciais ou a depender da gravidade, do crescimento da pandemia, a gente iniciar o ano com aulas remotas. Então, na realidade, o planejamento ele está sendo híbrido, a gente está tendo que imaginar o ano presencialmente ou remotamente até a vacina ser aplicada em larga escala”, diz.

O gestor do Colégio e Curso Especial, Ozias Fonteles, conta que o planejamento para o ano de 2021 do pré-vestibular começou neste mês de novembro, mas que ainda há dúvidas quanto à procura por este tipo de curso. “Iniciamos o planejamento e a formatação, a precificação e a estruturação do planejamento agora em novembro, mas ainda com muitas dúvidas e interrogações a respeito de como vai ser o interesse, a procura por determinado tipo de curso. Então, nós optamos aqui a ofertar os dois modelos, o presencial e o remoto, visto que por experiências feitas nas semanas anteriores com os professores, o híbrido gera muitas dificuldades no momento da aula. Porque o híbrido tanto o professor tem que atender aos alunos que estão no momento na sala como os que estão em casa, da mesma forma. Isso aí requer operador, requer tempo para as perguntas tanto para quem está em casa como para quem está na sala de aula. Então, o modelo ainda não está funcionando redondo, vamos dizer assim", conta.

De acordo com Fernandinho, alguns resultados positivos - como economia de custos, principalmente por parte de alunos menos favorecidos economicamente - foram importantes na decisão de optar pela modalidade totalmente remota em 2021. “Na verdade, desde maio para junho, a gente resolveu que este ano (2020) a gente não voltaria e no ano que vem também não. Primeiro, pelos resultados, que a gente começou a perceber que estava havendo um grande avanço, inclusive nos alunos mais excluídos, que passaram a economizar transporte, roupa e lanches. Muito mais vantajoso para este grupo. Os meninos do interior, de outras cidades... Tudo isso fez com que a gente partisse para decidir 2021 totalmente on-line, totalmente não presencial. Todas as aulas são ao vivo, sempre. E não com presença de alunos”, assegura.

Everaldo Chaves, por sua vez, acredita que o ensino híbrido será adotado pelos cursinhos no próximo ano e que tanto docentes quanto discentes viram que é possível aprender de forma remota. “Acredito que a tendência é ensino híbrido, eu acho que a pandemia, ela trouxe mudanças e quebras de paradigmas para a educação. Tanto os professores quanto os alunos perceberam que é possível, sim, aprender remotamente. Então, eu acredito que os cursos presenciais, eles vão ficar cada vez mais otimizados, buscando suporte no ensino remoto”, avalia.

Quando perguntado se os alunos foram consultados a respeito do modelo a ser adotado em 2021 e qual é a modalidade mais aceita pelos estudantes, Fernandinho afirma que tanto os alunos como seus pais são ouvidos na Academia e que o modelo remoto é o mais aceito pelos estudantes. “Os alunos e os pais dos alunos são sempre muito ouvidos na Academia, todos os pais e todos os alunos têm acesso a todos os WhatsApp de todos os diretores. A gente conversa demais, justamente percebendo dos alunos que eles precisavam de ajuda. Ajuda é planejamento. Por exemplo, neste ano, nós não demos férias no mês de abril, que quase todos os colégios do Brasil deram. Também não demos em julho, também não vamos dar em dezembro nem janeiro, porque tem que cumprir o planejamento. É o jeito. É assim que funciona. Então sim (sobre o modelo remoto ser o que os alunos mais preferem), todos eles, é unanimidade", explica o docente de biologia.

Everaldo conta que, quando consultados  - em cenário de pandemia - acerca da modalidade de ensino a ser adotada no próximo ano - a maioria dos estudantes optou pelo ensino remoto. “Eles foram consultados. Em momento de pandemia, sem sombra de dúvidas, ensino remoto 70% dos alunos optaram. É tanto que agora eu voltei com ensino presencial e nem 10% dos alunos compareceram às aulas presenciais. A maioria preferiu se manter no remoto. Mas em um cenário normal, sem pandemia, o ensino presencial, ele ainda prevalece em meio aos estudantes de ensino médio, sobretudo os alunos mais novos”, explica.

Por meio de consulta para saber qual o modelo de ensino os alunos prefeririam estudar no próximo ano, Ozias conta que metade dos seus estudantes quer voltar ao ensino presencial, enquanto a outra metade prefere continuar no modelo remoto. “Fizemos uma pesquisa aqui através do Google Formulários e 50% já querem voltar ao modelo presencial e 50% ainda estão receosos e gostariam de continuar no modelo a distância (EaD). Mas tudo isso também deixando claro que o aluno ele precisa do contato da tutoria, do tira dúvidas e com a continuidade de simulados, aulões e essa tutoria on-line”, comenta Ozias. 

Em relação à sua expectativa quanto ao modelo de ensino a ser adotado no próximo ano pelo cursinho, Fernandinho conta que espera que os resultados sejam superiores aos que o cursinho sempre obteve. “A expectativa é que os resultados sejam muito, mas muito melhores do que o que a gente sempre teve. A gente sempre teve resultado bom. A Academia é não só mais antiga, mas o maior cursinho da cidade e a gente tem tido resultados fantásticos, mas a tendência é que seja melhor, é que ele abra um espaço de resultados nacionais. Agora, a gente sim pode fazer preparação como estamos fazendo preparação para a Universidade Estadual do Ceará (UECE), para a Universidade de Pernambuco (UPE), para a Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL), para a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), a Universidade Estadual Paulista (UNESP), a Universidade Estadual de Londrina (UEL), para a Universidade de São Paulo (USP). Ou seja, a gente consegue abrir um leque muito maior, porque faz um planejamento para ela. Então assim, a aceitação dos estudantes foi impressionante, foi muito melhor do que a gente poderia imaginar e os resultados, a expectativa é de uma coisa grandiosa, é de uma coisa muito boa. Avalie que o aluno não vai precisar perder oito, dez, doze horas por semana de transporte para os cursinhos. Ou o povo do interior, não precisa gastar dinheiro alugando apartamento em Recife. Fique em casa, agora sim é fique em casa. Ele vai gastar com a internet de qualidade em casa, com construir um estudiozinho para ele em casa”, finaliza.

Sobre sua expectativa no que diz respeito ao modelo de ensino a ser adotado no próximo ano no pré-vestibular, Everaldo afirma ser positiva. “Expectativa é, sem sombra de dúvidas, boa, porque a pandemia nos obrigou a conhecer outras ferramentas de ensino que nós professores e alunos percebemos que surtem efeito, então isso vai acabar otimizando muito a sala de aula, o ensino presencial. Por exemplo, meu curso tem três horas e meia, mas a partir do ano que vem vai ter duas horas presenciais, essa uma hora e meia, ela vai ser jogada para o ensino remoto. Então dá para otimizar o ensino presencial”, analisa.

Sobre a sua expectativa sobre o modelo de ensino de 2021, Ozias diz: “Minha expectativa em relação ao modelo é que 50% dos alunos vão optar pelo presencial e 50% vão optar em continuar pelo EaD, até por questões de preço também. Vamos dizer assim, o EaD hoje, ele está 50% mais barato do que o curso presencial. Agora, alguns cursos de ponta vão apenas adotar o modelo totalmente a distância, outros cursos vão adotar o híbrido. Mas eu acredito que o modelo misto, presencial ao mesmo tempo e on-line, acredito que possa, a gente possa estar atendendo melhor à expectativa dos alunos”.

A respeito dos modelos de ensino que podem vir a ser adotados pelos cursinhos pré-vestibulares em 2021, o professor de redação Diogo Xavier, que leciona no Squadrão Aula Show, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife, diz que o ensino remoto é o modelo que ele acha mais adequado, considerando o cenário atual de pandemia. “Acredito que é mais viável investir no remoto, com algumas atividades híbridas, como monitorias e simulados presenciais para os que optarem pela modalidade, e remotos para quem não puder ou quiser. Ainda há risco de lockdown, de nova onda de contaminação, portanto começar as aulas mesmo de forma híbrida e depois ter que mudar a modalidade seria mais estressante para o fera. Eu acredito ser melhor já começar o preparo se acostumando com a forma remota”, pondera.

Já o professor de literatura Talles Ribeiro, que já atuou nos Caras de Pau do Vestibular e no Curso Nobre, acredita que essa não será uma escolha dos cursinhos e que as coisas ficarão sujeitas ao desenvolvimento da pandemia. No entanto, ele acredita que o ensino híbrido será o modelo mais adequado. “Acredito que isso não será uma escolha dos cursinhos. Nem dos professores, nem dos alunos. Tudo vai ficar a cargo de como a pandemia se desenvolverá. Mas acredito que o sistema híbrido deverá ser a melhor solução. O ensino presencial é insubstituível com a mesma qualidade”, diz Ribeiro.

Diogo Xavier e Talles Ribeiro indicam, ainda, quais são os benefícios e desafios de cada tipo de ensino adotado. “De todas as modalidades, acredito que para a maioria dos alunos o rendimento é melhor na forma presencial, a interação é mais frequente, é mais fácil manter o foco. O ensino híbrido, da forma como algumas escolas estão adotando, com a transmissão on-line da aula dada em sala, fisicamente, acredito ser um paliativo, não vejo como tão produtivo. Isso porque dividir a atenção entre os alunos que estão presentes fisicamente e os que acompanham por conferência torna a aula menos fluída, mais trabalhosa. Mas, em um contexto pós-pandemia, um ensino híbrido em que as aulas sejam parte presenciais e parte remotas ou gravadas, ambas para todos os alunos, pode potencializar o rendimento e até ajudar a sanar dificuldades. Já a modalidade remota, com um trabalho desde o início do ano letivo ou do preparo para o vestibular, e orientações a respeito de disciplina, planejamento, autonomia, pode ser adotada, mesmo após a pandemia, como uma modalidade para os alunos que optarem estudar integralmente em casa. É flexível, segue a realidade do estudante e tem muito potencial”, explica Xavier.

“O desafio para o presencial é a própria pandemia. O medo, o desgaste emocional. Tudo isso influenciará no rendimento dos alunos e professores. Já no híbrido, acredito que a maior dificuldade seja a adaptação. É confuso para o aluno entender quando, como e por que deve-se ir presencialmente ou ficar em casa. Porém, o remoto acredito que é o que carrega consigo mais desafios. Primeiro, por causa do acesso. O senso comum diz que todos os jovens hoje em dia são 'ligados' na internet, no mundo digital... Mas não é bem assim, durante a quarentena mais rígida ficou evidente a dificuldade que muitos alunos têm em usar as ferramentas digitais. Ademais é sabido que a internet não chega a todos e quando chega, não chega com a mesma qualidade”, acrescenta Ribeiro.

Entre os modelos presencial, híbrido ou remoto, o que permite melhor interação e rendimento dos alunos é o presencial, na opinião de Diogo: “Acredito que a modalidade presencial é mais interativa que as demais. Vivemos uma época multiconectada, em que estamos ligados simultaneamente a vários aparelhos e aplicativos. Em casa, muitas vezes o aluno ouve a aula enquanto olha as redes sociais, ou lava os pratos, por exemplo. Nessa situação, poucos interagem. Na sala de aula, fisicamente, é mais fácil haver a interação. Mas acredito que, com  orientação e autodisciplina dos estudantes, é possível tornar o ensino remoto ainda mais interativo e produtivo”. 

O desempenho escolar de estudantes, aferido através de suas notas, simulados e aprovação em provas como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e outros vestibulares, muitas vezes leva alguns alunos a posições de destaque na escola e fora dela. O professor de biologia Fernando Beltrão, mais conhecido como Fernandinho, é um crítico da ideia de tratar de modo distinto estudantes com alto rendimento, criando o que ele define como “rankeamento de alunos”. O docente ministrou uma palestra a respeito do assunto nesta quarta-feira (9), durante a 12ª Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, no Centro de Convenções, em Olinda, no Grande Recife. 

Para o professor, classificar os estudantes com base no seu desempenho e, o que em sua visão é ainda pior, se valer desse rankeamento para a atração de alunos com altas notas para outras escolas, oferecendo bolsas de estudos, causa prejuízos tanto para os estudantes considerados "número um" quanto para os demais colegas e professores. Na sua análise, o aluno que é considerado "brilhante" em relação aos demais costuma sofrer bullying e pode ter distorções de auto-imagem.

##RECOMENDA##

“Tenho uma tese de que o rankeamento é danoso para todos, pois quando ele é posto como 'top', ele com frequência já passa a ser vítima de bullying, ninguém o convida para nada porque ‘só pensa em estudo’ quando muitas vezes não é isso, ele é uma vítima. Esse aluno também pode começar a desenvolver uma auto-imagem patológica, passando a achar que os outros são inferiores a ele só porque tira nota boa”, explicou Fernandinho. 

Para o professor, os demais estudantes que não conseguem atingir o mesmo nível de rendimento acadêmico podem se sentir tolhidos e desestimulados em sala de aula, com medo e vergonha de se expressar e tirar dúvidas diante dos colegas tidos como melhores. Como consequência, não acreditam que possam evoluir para além do ponto em que se encontram por não ser como o aluno do topo. “É como se aparecesse um dançarino profissional de Frevo aqui e eu, coitado, já vou ficar com vergonha de mostrar minha pequena arte de Frevo porque tem um gênio no ambiente”, explicou Fernandinho. 

 

Na avaliação do professor, a prática do rankeamento e destaque excessivo a estudantes com alto desempenho acadêmico também pode gerar problemas com a expectativa da família do aluno. Ele dá, como exemplo, a situação em que fica um estudante que tem um irmão que é considerado um aluno exemplar. “Quem tem um irmão genial... coitado. As famílias dizem ‘seu irmão foi primeiro lugar, você vai ser também’, seu irmão é seu irmão, você é você. Ele pode ter sido primeiro lugar geral do vestibular, você o último colocado e vocês dois serem felizes”, explicou Fernandinho.

O professor lembra que o desempenho escolar é apenas um aspecto da vida de um ser humano e que o ideal é que além de ter boas notas, os alunos aprendam a falar, ouvir, se relacionar e tenham momentos de relaxamento e descontração. 

Como alternativa a este modelo, o docente sugere uma conduta em que a escola busque seguir estimulando os alunos que já têm bons resultados, mas direcione mais esforços principalmente àqueles que estão apresentando um desempenho mais abaixo e podem melhorar. Na opinião de Fernandinho, exaltar o crescimento do desempenho de alunos que estão com um rendimento mediano ou baixo tanto pode ajudar esses estudantes como dar “gás” aos que já estão bem para continuarem apresentando bons resultados.  

LeiaJá também

--> Manifestação cobra escolas bilíngues em Pernambuco

--> Bolsonaro veta atendimento psicológico em escolas públicas

--> Superdotação: muito além das habilidades acadêmicas

O LeiaJá pomove, nesta sexta-feira (5), mais uma aula, ao vivo, focada no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Por meio do projeto Vai Cair No Enem, os candidatos podem conferir, a partir das 20h30, um encontro de gerações de professores de biologia.

Fernando Beltrão, o Fernandinho, e André Luiz somam 60 anos de experiência em ensino. Representando a nova geração de educadores, marcam presença os docentes Ramon Gadelha e Filipe Carthagenes. Eles revelam os principais assuntos de biologia cobrados no Enem.

##RECOMENDA##

Assista:

[@#video#@]

 

 

 

 

 

Depois da denúncia do professor de biologia Fernando Beltrão, de que a questão 170 da parte de matemática da prova cinza do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), finalizado nesse domingo (11), seria idêntica a um quesito aplicado no Vestibular 2013-2014 da Universidade Federal do Paraná (UFPR), a organização do Enem anunciou uma decisão. Na noite desta segunda-feira (12), o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou que a questão foi anulada. Confira a seguir a anulação conforme cada cor do caderno de questão:

Caderno Amarelo – 150;

##RECOMENDA##

Caderno Cinza – 170;

Caderno Azul – 163;

Caderno Rosa – 180;

Caderno Laranja – 150;

Caderno Verde – 150.

[@#galeria#@]

“O Ministério da Educação (MEC) instaurou sindicância para apurar responsabilidades. O item da prova foi formulado por um professor que compõe o Banco de Elaboradores de Itens do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e, em decorrência do descumprimento dos requisitos de ineditismo e sigilo, a questão está anulada”, informou o Inep em seu site oficial.

O Instituto explicou que a questão foi formulada em 2012 por um docente que, segundo o Inep, estava vinculado à UFPR. Em 2013, o mesmo quesito foi utilizado no processo seletivo da Universidade. “O Ministro da Educação, Rossieli Soares, contatou o Reitor da UFPR, Ricardo Fonseca, que colocou a Instituição à disposição para colaborar com a apuração. A Universidade havia celebrado um Acordo de Cooperação Técnica com o Inep para integrar o processo de elaboração e revisão de itens do Banco Nacional de Itens (BNI)”, acrescentou o Instituto.

Ainda de acordo com o Inep, a Comissão de Sindicância do MEC está investigando o fato que pode resultar em processos, inclusive cível ou criminal. Ao fazer a denúncia por meio do Instagram nesse domingo, o professor Fernando Beltrão criticou veemente o que ele classificou como plágio.

“Foi uma cópia. O Inep paga para fazer uma prova original e faz uma desgraça dessas. Está errado, concurso público não pode ser assim”, declarou o professor de biologia.

LeiaJá Também:

--> Você sabe como é feita a prova do Enem? Inep responde

--> Entenda o que acontece com questões anuladas no Enem

No próximo domingo (11) será realizado o segundo dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Professores alertam que a segunda etapa do Exame é decisiva para os estudantes que desejam uma vaga no curso de medicina das universidades públicas do Brasil. De acordo com os especialistas, a prova de Ciências da Natureza, que engloba as disciplinas de física, química e biologia, tem peso considerável para garantir uma vaga no curso.

O professor de física Isaac Soares, afirma que os estudantes que desejam cursar medicina devem priorizar o segundo dia de aplicação de provas. De acordo com o educador, Ciências da Natureza têm um peso significativo para o curso. “Medicina tem um peso muito grande de Ciências da Natureza. Então, o fera deve prestar muita atenção nas questões da área porque vai decidir muito a vaga de quem quer entra no curso de medicina. O peso [da prova específica] está em torno de 3,5. Portanto, o fera tem que ter um foco muito grande em física, química e biologia”, pontuou.

##RECOMENDA##

Segundo o professor de química Berg Figueiredo, a prova de Ciências da Natureza tem um peso decisivo em todos os cursos da área de Saúde. Para o docente, os vestibulandos que desejam uma vaga no curso de medicina devem estar atentos aos pesos atribuídos à prova nos diferentes campus das universidades públicas do País, citando como exemplo o estado de Pernambuco. “Ciências da Natureza tem peso 3,5, um peso consideravelmente elevado para o aluno que quer concorrer em medicina aqui na Universidade Federal de Pernambuco. Vale lembrar que mudando o polo o peso também muda. O peso que temos aqui em Recife na UFPE em medicina é diferente do peso de medicina no Campus em Caruaru.  Mas em geral, em qualquer curso na área de Saúde, Ciências da Natureza tem um peso muito importante”, destacou.

O professor de biologia Fernando Beltrão, que há mais de 30 anos prepara jovens para o vestibular e é uma das referências no estado de Pernambuco para aqueles que almejam uma vaga no curso de medicina, deu algumas dicas para ajudar os estudantes no segundo dia do Exame. Confira o vídeo:

[@#video#@]

 

Seja em instituições privadas ou universidades públicas, ser aprovado em medicina representa a realização de um sonho para muita gente. Cursinhos formam turmas gigantescas, cheias de candidatos que almejam ingressar no curso, fazendo da graduação uma das mais concorridas do País. No último Sistema de Seleção Unificada (Sisu), por exemplo, a qualificação foi a quarta mais procurada.

No mercado, médicos são valorizados e fazem parte dos grupos profissionais que apresentam boas condições financeiras. Um estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revelou que medicina é o curso superior que oferece as melhores vantagens profissionais. Esses são apenas alguns dos aspectos que fazem os estudantes focarem na aprovação. Mas nem sempre ela chega no tempo almejado, exigindo esforço e perseverança.

##RECOMENDA##

Yasmin Araújo, 26 anos, vê na aprovação de medicina a realização de um sonho. Neste sábado (5), ela inicia sua sexta tentativa, por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A candidata conta que sempre teve bom desempenho na preparação, mas no momento da prova acabava ficando nervosa. Para mudar essa realidade, ela promete mais segurança e está confiante na aprovação.

“Tenho problema com ansiedade e isso me atrapalhou nas últimas edições. Minha rotina este ano foi muito intensa, foram várias horas de estudo, e por esse esforço estou muito confiante. Estou mais preparada do que nunca, com a emoção sob controle”, contou a estudante. Yasmin fez seu preparatório em curso localizado no Centro do Recife.

Professor do Conexão Isoladas, Marconi Sousa passou o ano todo ajudando os candidatos do Enem. Ele viu de perto o esforço de jovens que alimentam o sonho da aprovação em medicina. De acordo com o docente, além de saber bem a parte de biologia, o fera que almeja ser um médico precisa dominar a matemática. “A prova de matemática tem um peso muito grande, porque para você saber química e física, automaticamente tem que saber matemática. O aluno tem que se preocupar em fazer uma boa prova. Agora, nesta reta final, é deixar um pouco de lado o conteúdo e relaxar, porque o que teve que ser aprendido já aconteceu”, destaca o professor. 

Outro educador experiente na preparação de candidatos que almejam medicina, o professor Fernando Beltrão sabe da importância que é dedicar um ano inteiro aos estudos. Em entrevista ao LeiaJá, ele traçou um panorama para a prova. Confira no vídeo a seguir: 

[@#video#@]

Neste sábado, primeiro dia de prova, os candidatos terão quesitos de Ciências Humanas e suas Tecnologias e de Ciências da Natureza e suas Tecnologias, com duração de 4 horas e 30 minutos. Já no domingo (6), segundo e último dia do Enem, será a vez das Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Redação e Matemática e suas Tecnologias, com duração de 5 horas e 30 minutos.

LeiaJá também

--> Confira todas as informações sobre o Enem 2016

--> Dicas abençoadas: padre abençoa feras com aulas do Enem

--> Rave do Enem: festa espanta negatividade dos feras

--> UNINASSAU adia vestibular de medicina por conta do Enem 

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando