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A reunião aconteceu no Palácio do Planalto, com o presidente da República em exercício, o vice-presidente Geraldo Alckmin. O presidente do Senado em exercício, senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL), ressaltou que busca atendimento à população de Maceió atingida pelo risco de colapso das minas de sal-gema exploradas pela Brasken, no momento em que o Brasil participa da COP 28.

"Estamos falando mais do que nunca sobre a importância de cuidar do meio ambiente e do clima, e temos aqui, no nosso país, uma das maiores catástrofes da América Latina e do mundo", frisou.

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*Da Agência Senado

Os tremores de terra e o risco de colapso que colocaram Maceió em estado de emergência têm ligação com a atividade de extração de sal-gema, utilizado para produzir soda cáustica e policloreto de vinila (PVC), localizado a mais de mil metros de profundidade. A extração foi interrompida pela Braskem há cinco anos, mas isso não impediu que a movimentação do solo continuasse. Pesquisadores, porém, dizem alertar sobre riscos na área pelo menos desde 2010.

Pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) afirmam que apontavam para riscos de afundamentos em Maceió há mais de uma década. "Um estudo publicado na revista científica Geophysical Journal International mostrou que a exploração do sal-gema pela Braskem estava provocando aumento do nível do lençol freático na região. Esse aumento de pressão poderia causar o afundamento do solo", diz texto divulgado nesta semana no site da UFAL, citando publicação cientifica de 2010.

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"Em 2011, outro estudo, publicado na revista científica Engineering Geology, chegou à mesma conclusão. Os pesquisadores estimaram que o afundamento poderia atingir até 1,5 metro em algumas áreas da cidade", acrescenta o texto. A Defesa Civil de Maceió disse na noite desta quinta-feira (30) que o desabamento pode ocorrer a qualquer momento.

A Braskem, por sua vez, afirma em nota que a extração de sal-gema em Maceió "sempre foi acompanhada utilizando a melhor técnica disponível, fiscalizada pelos órgãos públicos competentes e com todas as licenças necessárias para sua operação". A empresa também declarou que não havia indícios de problemas relacionados à mineração até cinco anos atrás.

"Antes de 2018, não existiam indicativos de trincas ou rachaduras sobre as quais houvesse suspeita de relação com a atividade de extração de sal. De acordo com os estudos técnicos realizados nos últimos quatro anos, conduzidos por diversos especialistas nacionais e internacionais das diferentes áreas das Geociências, foi evidenciado que a subsidência é complexa", diz a Braskem.

"Ao tomar ciência em 2019 de que a subsidência estava acontecendo na região, a companhia interrompeu definitivamente a extração de sal-gema nessa região e iniciou as ações para mitigação de riscos e reparações", acrescenta a companhia.

Geóloga morava em área desocupada após tremores de terra

Sobre os sismos que têm sido detectados nos últimos dias, a geóloga Regla Toujaguez, professora dos cursos de Engenharia e Ciências Agrárias da UFAL, diz que eles são esperados na atual situação. "Na extração, trabalha liquofazendo muito o sistema. Injeta água no sistema e lubrifica muito lá embaixo", explica. "Tirou o sal e ficam muitas cavidades. Essas cavidades são preenchidas com fluido. A mineração parou, mas eles precisam manter o sistema e fazer monitoramento diário", afirma.

A própria professora da UFAL foi diretamente afetada pelo caso. Ela morava no bairro Pinheiro, um dos que precisaram ser desocupados. "Nosso prédio teve problema, muitas casas tinham rachaduras. Como os vizinhos sabiam que eu era geóloga, a todo momento vinham bater na minha porta para perguntar se era seguro", conta Regla. Todos eles foram removidos, a partir de 2018, e indenizados pela Braskem.

O geólogo Francisco Dourado, professor de Geologia da Universidade do Estado do Rio (UERJ) e coordenador do Centro de Pesquisas e Estudos sobre Desastres da instituição, explica que os colapsos ocorrem se há perda da auto sustentação de uma estrutura. "Quando falamos de cavernas, minas subterrâneas ou qualquer cavidade subterrânea, os colapsos causam a subsidência (afundamento) da camada acima dessa cavidade."

Dourado diz que esse tipo de incidente não é raro. "Algumas regiões do planeta sofrem muito com esse problema. O Alabama (nos EUA) sofre com subsidências naturais, assim como Rio e São Paulo sofrem com os deslizamentos e as inundações. Os colapsos causados pelo homem geralmente estão associados a minerações, mas há outras causas, como as construções de túneis para o sistema de transporte", cita.

Ele lembra os casos da escavação para a Linha-4 do metrô do Rio, que causou problemas em edificações na Gávea, na zona sul carioca, e da construção de um túnel na duplicação da Estrada Rio-Juiz de Fora, que provocou rachaduras em alguns imóveis.

Na avaliação do professor, colapsos provocados por intervenção humana - como em Maceió - "certamente" resultam de problemas no projeto. Ele ressalta, contudo, que isso não necessariamente significa que tenha havido erros na concepção.

"A natureza é heterogênea. No meio natural, podem surgir descontinuidades que, por mais detalhada que seja a prospecção, podem passar sem serem observadas. Nesses casos, aplica-se o princípio da imprevisibilidade da natureza", pondera Dourado.

Áreas precisam ser monitoradas por anos, mas poderão ser reaproveitadas

As áreas onde ocorreram evacuações e tiveram construções demolidas pela prefeitura de Maceió não estão condenadas para sempre. Elas poderão ser reocupadas, mas isso dependerá de monitoramento constante, avaliação de custo e interesse público.

"Depende da intensidade do problema e do mapeamento da extensão", considera Dourado, da UERJ. "Diferentes soluções podem ser adotadas, e isso vai condicionar as medidas de mitigação e seus custos. A partir daí, se estabelece a relação custo-benefício", afirma.

"Se os custos (financeiros, políticos e sociais) ultrapassarem os benefícios, opta-se por proibir o uso da área, mas isso não significa que a área não será utilizada. Se o custo for menor que os benefícios, executam-se as obras e a área pode ser novamente ocupada. Às vezes por um novo tipo de ocupação, como uma área de lazer ou comercial", exemplifica.

Regla Toujaguez, da Federal de Alagoas, ressalta que o monitoramento das condições do solo precisa ser diário e se estender por ao menos cinco anos após a constatação que ele está estabilizado. A partir daí, o espaço pode ser reurbanizado.

"As áreas foram compradas pela empresa, que poderá fazer uso dela. Há quem diga até que possam virar condomínios. Mas será que as pessoas vão esquecer do que aconteceu tão rápido assim?", questiona a professora.

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A prefeitura de Maceió (AL) decretou situação de emergência por 180 dias por causa do iminente colapso de uma mina de exploração de sal-gema da Braskem, que pode provocar o afundamento do solo em vários bairros. A área já está desocupada e a circulação de embarcações da população está restrita na região da Lagoa Mundaú, no bairro do Mutange, na capital.   

O Gabinete de Crise criado emergencialmente pela prefeitura comunicou oficialmente os órgãos de controle e de segurança sobre o perigo do desastre, entre eles os comandos da Marinha e do Exército.

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Nove escolas estão estruturadas com carros-pipa, colchões, alimentação, equipes de saúde, equipes da Guarda Municipal e de assistência social para receber até 5 mil pessoas vindas das regiões afetadas. 

Além disso, 85 pacientes do Hospital Sanatório, que fica localizado em área de risco, foram encaminhados para outras unidades de saúde, entre elas o Hospital Universitário, que também recebeu equipamentos para a hemodiálise de 352 pessoas. 

Nesta quarta-feira (29), a Defesa Civil da cidade informou que os últimos tremores se intensificaram e houve um agravamento do quadro na região já desocupada. “Estudos mostram que há risco iminente de colapso em uma das minas monitoradas. Por precaução e cuidado com as pessoas, reforçamos, mais uma vez, a recomendação de que embarcações e a população evitem transitar na região até nova atualização do órgão”, informa a prefeitura.

Por causa da exploração mineral subterrânea realizada no local, diversos bairros tiveram que ser evacuados emergencialmente em 2018. Rachaduras surgiram nos imóveis da região, seguido de um tremor de terra, criando alto risco de afundamento. Mais de 55 mil pessoas tiveram que deixar a região, que hoje está totalmente desocupada.  Recentemente, a Braskem foi condenada pela Justiça a indenizar o estado de Alagoas por danos causados pela exploração de sal-gema, que resultou na retirada da população de cinco bairros de Maceió. O sal-gema é uma matéria-prima usada na indústria para obtenção de produtos como cloro, ácido clorídrico, soda cáustica e bicarbonato de sódio.

Braskem Em nota, a Braskem diz que monitora a situação da mina e desde a última terça-feira (28) isolou a área de serviço da empresa, onde são executados os trabalhos de preenchimento dos poços. “Os dados atuais de monitoramento demonstram que o movimento do solo permanece concentrado na área dessa mina”, informou.

A empresa diz que também está apoiando a realocação emergencial dos moradores que ainda resistem em permanecer na área de desocupação e segue colaborando com as autoridades.

Um incêndio registrado no túnel de uma mina de ouro no sul do Peru deixou pelo menos 27 trabalhadores mortos, segundo autoridades locais. As causas do incidente ocorrido na madrugada do sábado (6), em Yanaquihua, no Departamento de Arequipa, estão sendo investigadas. Investigações preliminares indicam que um curto-circuito provocou uma explosão a cerca de 100 metros de profundidade.

A mineradora Yanaquihua informou em comunicado que 175 trabalhadores foram evacuados durante a emergência e que as 27 pessoas que morreram prestavam serviços a uma empreiteira contratada.

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O Ministério Público do Distrito de Arequipa afirmou estar realizando investigações na mina para esclarecer os fatos. Pelo Twitter, a Presidência do Peru expressou solidariedade aos familiares dos mortos. Fonte: Associated Press.

Pelo menos 11 pessoas morreram na explosão em uma mina de carvão no centro da Colômbia, informou nesta quarta-feira (15) o governador do Departamento de Cundinamarca, Nicolás García. Dois trabalhadores conseguiram sair sozinhos, sete foram resgatados e dez ainda estão presos.

García afirmou que o acidente na cidade de Sutatausa, a 74 quilômetros de Bogotá, ocorreu em razão do "acúmulo de gás metano", que explodiu por "uma faísca gerada pela picareta" de um trabalhador. "Ainda estamos em busca das pessoas que estão presas. Cada minuto que passa é menos tempo de oxigênio e será muito difícil encontrá-las com vida", lamentou o governador.

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Cerca de 30 trabalhadores estavam dentro dos túneis no momento da explosão, que ocorreu na noite de terça-feira em uma mina legal, e afetou outras cinco, também legais, que se comunicam entre si.

Socorro

Os mineiros soterrados estão a 900 metros de profundidade, dificultando ainda mais a busca realizada pelos mais de 100 socorristas que trabalham com picaretas, de acordo com García.

O presidente colombiano, Gustavo Petro, lamentou ontem o acidente e apresentou sua solidariedade aos parentes das vítimas. "Estamos fazendo todos os esforços, ao lado do governo de Cundinamarca, para resgatar com vida as pessoas soterradas", escreveu o presidente colombiano no Twitter.

Imagens divulgadas pela imprensa local mostraram equipes dos bombeiros e trabalhadores do departamento de atendimento a desastres operando nas entradas das minas de carvão. Ao redor, algumas pessoas aguardam informações sobre seus parentes desde a madrugada. Seis dos resgatados foram levados para hospitais próximos e deverão receber alta em breve, segundo os médicos.

Tragédias em minas são frequentes na Colômbia, especialmente em túneis ilegais no Departamento de Cundinamarca. Normalmente, o acúmulo de gases é a causa mais comum dos acidentes. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A incerteza reina sobre o destino de três pessoas soterradas a 900 metros de profundidade em uma mina na Catalunha nesta quinta-feira (9), depois que um tuíte do presidente desta região do nordeste espanhol confirmando as mortes foi apagado pouco depois.

"Lamentamos profundamente a morte de três mineiros no acidente na mina de Suria", cerca de 80 quilômetros a noroeste de Barcelona, escreveu Pere Aragonès nesta mensagem apagada de sua conta oficial minutos depois.

Vários meios de comunicação espanhóis, que citam fontes dos serviços de emergência que trabalham no local, garantem que eles morreram.

Segundo a polícia regional catalã, o acidente ocorreu pouco antes das nove da manhã (05h00 no horário de Brasília), quando houve "um deslizamento de terra" em uma galeria da mina.

"Há três pessoas presas a 900 metros de profundidade e agora estamos avaliando com a empresa como faremos o resgate", disse à AFP um porta-voz dos bombeiros catalães.

A polícia regional indicou que mobilizou unidades especializadas para participar do resgate, incluindo uma unidade canina, enquanto os serviços regionais de emergência especificaram, por sua vez, que enviaram dois helicópteros com equipe médica e psicólogos ao local.

Qualificando o ocorrido de "notícia terrível", a ministra do Trabalho da Espanha, Yolanda Díaz, expressou seu "carinho" e "solidariedade aos familiares e colegas dos trabalhadores vítimas de um desabamento na mina de Suria".

Aragonès expressou seu "total apoio às famílias dos mineiros afetados e também a todos os seus colegas da mina de Suria", no início de uma sessão no Parlamento regional.

"Os serviços de emergência apoiam os serviços da própria empresa, que também atuam neste trágico acidente", acrescentou.

Esta mina de potássio pertence à ICL Iberia, filial espanhola do grupo israelense ICL.

Procurada pela AFP, a empresa não respondeu aos pedidos de comentário sobre o incidente.

Em seu site, esta empresa com sede em Suria afirma ter 1.100 funcionários e ser "a única empresa que produz sais de potássio na Espanha".

A empresa detém duas minas nesta zona que "representam", segundo ela, "uma das mais importantes reservas de potássio da Europa Ocidental".

Dois mineiros morreram nesta mesma mina de Suria em dezembro de 2013, depois que o teto da galeria caiu, segundo a mídia local.

As equipes de resgate ainda buscam sinais de vida em uma mina de carvão no noroeste da Turquia, após retirarem 22 corpos de seu interior na madrugada deste sábado (15, noite de sexta em Brasília), após uma explosão que deixou dezenas de trabalhadores presos.

O acidente ocorreu às 18h15 locais de sexta-feira (12h15 em Brasília) na mina de Amasra, no litoral do Mar Negro, e deixou pelo menos 22 mortos, anunciou o ministro da Saúde da Turquia, Fahrettin Koca, no Twitter.

"Perdemos 22 de nossos cidadãos na explosão que ocorreu em uma mina [...] Estamos fazendo o melhor para garantir que os feridos se recuperem o mais rápido possível", escreveu Koca.

Outro funcionário do governo, o ministro do Interior Suleyman Soylu, disse aos jornalistas que se deparou com "um panorama realmente triste" ao comparecer ao local da tragédia ao lado do ministro de Energia.

As equipes de salvamento não estão poupando esforços para resgatar os trabalhadores, que estão presos em galerias subterrâneas situadas a entre 300 e 350 metros abaixo do nível do mar.

Segundo Soylu, 49 trabalhadores ainda estariam no interior da mina, de um total de 110 que trabalhavam no local no momento da explosão.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, anunciou que estava cancelando sua agenda para viajar ao local do acidente neste sábado. "Nosso desejo é que a perda de vidas não seja maior e que nossos mineiros possam sair sãos e salvos", tuitou.

Imagens da televisão local mostravam centenas de pessoas, muitas delas em prantos, reunidas diante de um edifício branco danificado perto da entrada da mina.

"De acordo com as primeiras observações", a explosão teria sido provocada pelo acúmulo de grisu, um gás comum em minas subterrâneas composto essencialmente por metano, informou o ministro de Energia, Fatih Donmez.

O Afad, órgão público responsável pela gestão de desastres da Turquia, anunciou inicialmente no Twitter que um transformador defeituoso tinha sido a causa da explosão, mas depois corrigiu essa informação e afirmou que se tratava de gás metano que explodiu por razões "desconhecidas".

- O resgate continua -

"Não sei o que aconteceu. Houve uma pressão repentina e não consegui ver mais nada", disse à agência estatal Anadolu um operário que conseguiu sair sozinho dos túneis.

Imagens difundidas pela televisão turca mostravam paramédicos dando oxigênio aos operários que conseguiram sair e depois sendo levados para hospitais próximos.

A governadora local afirmou que uma equipe de mais de 70 socorristas tinha conseguido chegar a um ponto situado a cerca de 250 metros de profundidade.

"Os esforços de resgate continuam", disse a governadora provincial. Ainda não está claro se as equipes conseguirão se aproximar mais dos trabalhadores e o que estaria bloqueando sua passagem.

O prefeito de Amasra, Recai Cakir, assinalou que "quase metade dos trabalhadores foram retirados", citado pela emissora turca NTV. "A maioria está a salvo, embora existam alguns seriamente feridos", acrescentou.

Os trabalhos de resgate continuam madrugada adentro, apesar da dificuldade adicional da falta de luz.

A promotoria local disse que estava tratando o ocorrido como um acidente e que havia aberto uma investigação formal.

Os acidentes de trabalho são frequentes na Turquia, onde o forte desenvolvimento econômico da última década veio muitas vezes em detrimento das normas de segurança, especialmente na construção e na mineração.

O país sofreu seu desastre mais mortal na mineração em 2014, quando 301 trabalhadores morreram em uma explosão na cidade de Soma (oeste).

Doze mulheres que trabalhavam em uma mina de ouro ilegal na província indonésia de Sumatra Setentrional morreram em um deslizamento de terra, informou a polícia local.

O acidente aconteceu na quinta-feira (28) na localidade de Bandar Limabung e matou 12 mulheres com idades entre 30 e 55 anos. Elas procuravam ouro em uma mina ilegal abandonada.

"O penhasco ao redor da mina desabou e sepultou as 12 mulheres, matando todas", declarou o chefe da polícia local, Marlon Rajagukguk. Ele disse que as vítimas não eram profissionais do setor de mineração.

Duas mulheres que trabalharam com as vítimas conseguiram sobreviver à catástrofe. Elas informaram as autoridades sobre o acidente.

As equipes de emergência demoraram horas a encontrar os corpos das vítimas, que estavam em um buraco de dois metros de profundidade repleto de lama.

"Todos os corpos das vítimas foram entregues às famílias", disse o policial.

O país rico em metais preciosos tem muitas minas artesanais. Os moradores procuram vestígios de ouro, sem o equipamento adequado, em locais abandonados.

Os acidentes em minas são frequentes no arquipélago devido aos deslizamentos de terra, especialmente durante a época das monções.

A região de Kemerovo, na Sibéria, observa nesta sexta-feira (26) o primeiro dos três dias de luto após a morte de 52 pessoas, incluindo seis funcionários das equipes de resgate, em um acidente em uma mina de carvão.

Os investigadores anunciaram a detenção de diretores da mina por violações das normas que resultaram na catástrofe, uma das mais graves dos últimos 10 anos em um setor na Rússia que tem várias tragédias.

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O alarme soou às 8H30 locais de quinta-feira, quando fumaça foi detectada na mina de Listvyazhnaya, na cidade de Gramoteino (Kemerovo), uma região com muitas minas de carvão.

As autoridades locais afirmaram que 285 pessoas estavam na mina no momento do acidente. Muitos foram resgatados, mas 46 trabalhadores ficaram presos a centenas de metros de profundidade.

Durante a noite, o governo anunciou que não havia sobreviventes entre os mineiros bloqueados. Também informaram a morte de seis espeleólogos da equipe de resgate.

Nesta sexta-feira, o ministro interino de Situações de Emergência, Alexander Chupriyan, afirmou que outro mineiro foi resgatado com vida, sem revelar detalhes.

Os integrantes da equipe de resgate falecidos serão condecorados com a medalha de honra a título póstumo, anunciou Chupriyan. "Os mineiros e os integrantes da equipe de resgate cumpriram com seu dever até o fim", declarou o ministro em um comunicado.

Uma fonte do Ministério Público citada pelas agências de notícias russas afirmou que a investigação considera que o acidente foi provocado por uma explosão de grisu, um gás que ocorre quando o metano se mistura com o oxigênio

Cinquenta pessoas estão hospitalizadas, segundo as autoridades locais.

Os investigadores, que destacam a "violação das normas de segurança, anunciaram na quinta-feira a detenção do diretor da mina, de seu assistente e do gerente do local do acidente.

A mina pertence à empresa SDS-Ugol (propriedade do milionário Mikhail Fediaev), uma das maiores produtoras de carvão na Rússia.

Dois diretores do departamento de inspeção de unidades industriais foram colocados sob investigação por "negligência".

"É uma grande tragédia", declarou na quinta-feira o presidente Vladimir Putin.

Os acidentes em minas russas são provocados com frequência pelo desrespeito das normas de seguranças, má gestão ou uso de equipamentos antigos da era soviética.

A mina de Listvyazhnaya já havia sofrido dois acidentes: em outubro de 2004 uma explosão de metano matou 13 pessoas. A imprensa russa cita ainda outra explosão, em 1981, que provocou cinco vítimas fatais.

Em maio de 2010, um acidente na mina de Raspadskaya, também na região de Kemerovo, deixou 91 mortos e 100 feridos.

Nove dos 10 mineiros ainda presos a centenas de metros de profundidade em uma mina de ouro no leste da China foram encontrados mortos, anunciou nesta segunda-feira (25) a imprensa estatal chinesa.

Uma explosão em 10 de janeiro em uma mina de ouro em Qixia, na província oriental de Shandong, bloqueou 22 mineiros a várias centenas de metros de profundidade.

Desde então, 10 morreram, 11 foram resgatados vivos no domingo e um ainda é procurado, informou a agência de notícias Xinhua.

Mas apesar dos "esforços incessantes" das equipes de resgate, "infelizmente nove mineiros foram encontrados mortos" e seus "corpos foram recuperados", disse Chen Fei, prefeito de Yantai - a cidade que administra Qixia.

Os esforços de resgate continuam para encontrar o último mineiro preso, de quem não há notícias no momento.

A deflagração obstruiu o duto de ventilação e danificou o teleférico que permitia que os mineiros subissem à superfície.

Os socorristas tentam há duas semanas resgatar os trabalhadores bloqueados a várias centenas de metros no subsolo e ameaçados pela elevação das águas. Um dos mineiros presos não resistiu aos ferimentos sofridos e morreu na semana passada.

Na manhã de domingo, os enormes obstáculos que obstruíam o duto de ventilação caíram para o fundo, o que facilitou o resgate dos mineiros.

Um contato foi estabelecido há uma semana com eles, presos a cerca de 580 metros de profundidade.

Graças a um cabo metálico introduzido por meio de um duto perfurado na rocha, os socorristas conseguiram enviar alimentos, remédios e telefones a esse grupo de mineiros encontrados.

As operações de perfuração foram complicadas pela estrutura geológica do solo, feito de rochas particularmente duras como o granito.

Dezesseis trabalhadores morreram e um está em estado crítico após ficarem presos em uma mina de carvão no sudeste da China neste domingo (27), afirmou a rede estatal CCTV.

Uma correia transportadora pegou fogo nas primeiras horas da manhã, segundo o governo - citado pela agência de notícias estatal Xinhua -, produzindo níveis perigosos de monóxido de carbono.

Os médicos estão lutando para salvar a vida do sobrevivente, informou a CCTV. A causa do acidente ainda está sendo investigada, segundo disse o governo do distrito de Qinjiang na rede social Weibo.

A instalação, Songzao Coal Mine, pertence à empresa estatal de energia Chongqing Energy e fica nos arredores da cidade de Chongqing.

Acidentes em minas são comuns na China, onde o setor tem um histórico de segurança insatisfatório e as regulamentações geralmente são mal aplicadas.

As autoridades de Mianmar atualizaram nesta sexta-feira (3) para 162 o número de vítimas do deslizamento de terra que atingiu uma mina de jade em Hpakant, no norte do país.

As buscas iniciadas logo após o desastre na quinta-feira (2) foram suspensas por algumas horas por conta do risco de um novo deslocamento de terra, já que as chuvas ainda caem com força na área. Apesar das chances serem remotas, os socorristas procuram por possíveis sobreviventes.

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Segundo informações das autoridades, as fortes chuvas que vinham atingindo a região há vários dias provocaram o deslocamento de parte da terra que cobria a montanha, que desmoronou rapidamente. O deslizamento atingiu um lago criado para tratar a água da mina, o que provocou uma grande onda de lama e rejeitos, que rapidamente atingiu todos que estavam no local.

O estado de Kachin possui muitos recursos naturais preciosos e é palco de constantes tragédias do tipo, além de conflitos militares entre membros da etnia local e membros das Forças Armadas do país.

Da Ansa

Pelo menos 14 pessoas morreram e outras duas continuam retidas na sequência de uma explosão numa mina de carvão na província de Guizhou, no sul da China, informou nesta terça-feira (17) a agência noticiosa oficial Xinhua.

A explosão ocorreu durante a madrugada. As equipas de resgate conseguiram, entretanto, libertar com vida sete dos 23 trabalhadores que se encontravam na mina, situada no condado de Anlong.

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Os serviços de emergência encontraram ainda os corpos sem vida de 14 mineiros, enquanto os outros dois permanecem encurralados nos escombros.

O acidente aconteceu depois de, no sábado passado, uma inundação numa mina de carvão na província de Sichuan, centro da China, ter feito 5 mortos e deixado 13 mineiros encurralados.

As minas de carvão na China, consideradas na última década as mais perigosas do mundo, registraram no ano passado 224 acidentes, que causaram 333 mortos, segundo dados oficiais. O pior ano deste século foi 2003, quando se contabilizaram 6.990 mortes nas minas no país.

Uma explosão em uma mina de carvão matou 15 operários e feriu outros nove na província de Shanxi, no norte da China, informou nesta terça-feira (19) a imprensa local.

Segundo a agência oficial de notícias Xinhua, a explosão foi provocada por gás e ocorreu em uma mina da empresa Shangxi Pingyao Fengyan Coal & Coke Group.

A mesma fonte revelou que 35 operários estavam na mina quando ocorreu a explosão, e onze conseguiram escapar ilesos.

Os feridos se encontram em situação estável e as autoridades já iniciaram uma investigação sobre as causas da explosão, informou a Xinhua.

Acidentes em minas são comuns na China, onde a indústria de mineração é conhecida por seus baixos padrões em matéria de segurança.

Pelo menos 35 funcionários de uma mina em Teutschenthal, no leste da Alemanha, foram resgatados após ficarem presos a 700 metros da superfície nesta sexta-feira, 8.

Segundo a polícia, os trabalhadores ficaram presos depois que a mina explodiu, às 9h. Um deles ficou gravemente ferido e foi encaminhado para um hospital da região. Não há informações sobre seu estado de saúde e sobre as causas da explosão.

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Os funcionários que estavam no subterrâneo se refugiaram em um setor seguro da mina de Teutschenthal e receberam oxigênio.

Conforme o site de notícias Mitteldeutsche Zeitung, a mina, localizada nos arredores da cidade de Halle, foi fechada em 1982, mas está sendo usada como depósito de dejetos de outras minas. Cerca de 100 pessoas trabalham no local. / COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Pelo menos 15 pessoas morreram após uma barragem em uma pequena mina de ouro siberiana desabar e a água inundar os dormitórios de dois trabalhadores. O Ministério de Emergências disse que sete corpos ainda não foram identificados. O órgão regional da saúde disse que 16 pessoas ficaram feridas.

A barragem não havia sido registrada ou aprovada para uso pela Rostechnadzor, a agência russa de supervisão tecnológica e ecológica, afirmou a agência de notícias Interfax. O colapso ocorreu em um período de fortes chuvas por volta das 6h de sábado do horário local, perto da vila de Shchetinkino, na região de Krasnoyarsk, cerca de 3.400 quilômetros a leste de Moscou.

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O presidente do governo regional de Krasnoyarsk, Yuri Lapshin, disse que a "a estrutura hidrotécnica foi construída de maneira improvisada". O Comitê de Investigação do país disse que abriu uma investigação criminal sobre possíveis violações dos regulamentos de segurança no local de trabalho. Fonte: Associated Press.

Os trabalhadores dos três poderosos sindicatos da mina de Chuquicamata, localizada no norte do Chile, rejeitaram uma proposta da Codelco, a maior empresa de cobre do mundo, e decidiram continuar a greve que começou há 10 dias.

Os sindicatos, que reúnem cerca de 3.200 trabalhadores de Chuquicamata, convocaram uma votação no sábado (22) para responder à proposta lançada na terça-feira pela Codelco, que incluía um bônus de cerca de US$ 20 mil, reajuste salarial de 1,2% e melhorias no plano de aposentadoria dos trabalhadores, como uma indenização especial e mais benefícios de saúde.

Na votação, 1.511 trabalhadores rejeitaram a oferta, enquanto 1.225 votaram a favor, de acordo com a mídia local.

A Codelco, a mineradora estatal chilena responsável por 9% da oferta mundial de cobre, disse que a proposta é "a oferta final" e "representa o maior esforço que a administração pode fazer dentro da estrutura da negociação coletiva regulada".

Agora, os trabalhadores vão continuar com a greve e, dentro de uma semana, quem quiser poderá deixar o desemprego, segundo as leis chilenas.

Chuquicamata, localizada no deserto de Atacama, é a maior mina a céu aberto do mundo. Ela emprega cerca de 4.300 mineiros e produz cerca de 320.000 toneladas métricas (TMF) por ano, tornando-se a terceira mina mais importante da Codelco.

Uma mina de ouro na região nordeste da República Democrática do Congo (RDC) desabou, provocando a morte de 13 mineradores, informaram autoridades locais. O acidente ocorreu na noite de quinta-feira em Mambasa, na Província de Ituri.

Segundo o líder da sociedade civil de Ituri, Godefroid Tshombe, entre os feridos há crianças que se dedicam à mineração depois que saem das aulas.

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Tshombe disse que o desmoronamento foi causado pela fragilidade do solo úmido das chuvas que caem na região. (Com agências internacionais)

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma mina de carvão na qual morreram 29 pessoas em um dos mais graves acidentes da história da Nova Zelândia foi reaberta nesta terça-feira (21), após nove anos, e especialistas iniciaram o longo processo de recuperação dos restos mortais.

Os homens faleceram na mina Pike River em novembro de 2010 por uma explosão provocada pelo acúmulo de gás metano inflamável.

A mina da Ilha Sul foi selada pelo temor de novas explosões, o que enfureceu as famílias, que desejavam recuperar os corpos de seus parentes.

Especialistas afirmaram que a mina era muito perigosa para entrar, mas as famílias das vítimas argumentaram que era a única maneira de determinar a causa da explosão que matou 24 neozelandeses, dois australianos, dois britânicos e um sul-africano.

A controvérsia foi tão intensa que quando a primeira-ministra Jacinda Ardern foi eleita em 2017, sete anos depois do acidente, ela nomeou especificamente o ministro Andrew Little para supervisionar a reabertura da mina.

Little anunciou que o lacre do túnel de acesso à mina Pike River havia sido retirado. "Hoje retornamos", disse o ministro, que descreveu a tragédia como a "consequência de uma falha empresarial e regulatória".

"A Nova Zelândia não é um país onde 29 pessoas podem morrer no trabalho sem que as contas sejam verdadeiramente prestadas (...) e é por isto que hoje cumprimos nossa promessa".

O avanço na mina será lento porque os trabalhadores tentarão minimizar o risco de outra explosão de metano. "O projeto de recuperação acontecerá de maneira profissional", disse o ministro. "O mais importante é que acontecerá de maneira segura".

Uma investigação oficial em 2012 criticou as práticas de trabalho inseguras na mina e destacou que o local não deveria ser operacional. A polícia afirmou que não existiam provas suficientes para apresentar acusações por homicídio contra os diretores do local.

Ainda antes do desastre na barragem de Brumadinho, o Ministério Público de Minas já havia aberto um processo específico para investigar a barragem da mina em Brumadinho (MG). De acordo com o procurador-geral do Estado, Antônio Sérgio Tonet, a Promotoria "cobrou da Vale informações e laudos para atestar a segurança da população e da natureza".

A mineradora apresentou em novembro documento atestando a segurança da barragem, com laudos e perícia de uma empresa externa. Segundo Tonet, será buscada a responsabilidade criminal pela tragédia. "E se houver os pressupostos que justificam prisão cautelar, não tenho dúvida que vamos pedir."

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Em dezembro, o Conselho de Política Ambiental de Minas aprovou licença para que a Vale ampliasse a capacidade produtiva da Mina Jangada e do Córrego do Feijão, onde fica a barragem que rompeu, de 10,6 milhões de toneladas por ano para 17 milhões de toneladas anuais. O trâmite de licenciamento foi considerado acelerado por especialistas e, na reunião em que foi aprovada a ampliação, foram mencionados riscos da barragem.

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