Tópicos | mortes

Pelo menos 2,1 milhões de pessoas ficaram sem energia após a forte chuva com rajadas de ventos que atingiu São Paulo nessa sexta-feira (3). O número preliminar refere-se aos clientes da Enel, concessionária que atua na capital paulista e em 23 municípios da região metropolitana. De acordo com a empresa, 600 mil usuários já tiveram o serviço restabelecido. Na capital, 1,4 milhão de pessoas ficaram sem luz, sendo que 400 mil já tiveram o serviço retomado. A estimativa da Enel é que na terça-feira (7) toda a rede esteja recomposta. 

“As questões das mudanças climáticas nos colocam grandes desafios”, disse o prefeito Ricardo Nunes, em coletiva de imprensa na sede da Enel, referindo-se ao acontecimento como excepcional. Ele informou que foram 618 chamados na área de iluminação pública, sendo que 133 estão em aberto e 99 ainda com espera para início do atendimento. Neste momento, 1.470 profissionais trabalham no corte de árvores, antes eram 300. Dos 6,5 mil semáforos, 247 seguem apagados por falta de energia e 20 por falha no equipamento. 

##RECOMENDA##

Enem

De acordo com Vincenzo Ruotolo, diretor de distribuição da empresa, das 308 escolas que vão receber o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste domingo (5), 84 tiveram algum problema de fornecimento de energia elétrica. “Está sendo priorizado o restabelecimento da energia e, em paralelo, estamos mobilizando geradores para atender eventualmente algum caso que não seja possível restabelecer até amanhã”, explicou. A concessionária apura quantas seguem sem energia.

Em nota, o governo do estado disse que outras concessionárias que atuam no estado, como CPFL e EDP, também informaram queda de energia. Em ao menos 42 municípios, incluindo os atendidos pela Enel, foi registrado corte de energia neste sábado (4). 

Mortes

Seis pessoas morreram em São Paulo em decorrência dos temporais e rajadas de vento que atingiram o estado nessa sexta-feira (3). A velocidade dos ventos, segundo a Defesa Civil estadual, chegou a 151 quilômetros por hora (km/h) em Santos, conforme dados da administração portuária. Na capital paulista, as rajadas alcançaram 103,7 km/h, recorde dos últimos cinco anos.

Defesas civis e o Corpo de Bombeiros registraram mais de 2 mil chamados em ocorrências em 40 municípios do estado, a maioria por queda de árvore.

Quatro pessoas morreram por conta da queda de árvores, sendo uma em Osasco, uma em Suzano, municípios da Grande São Paulo; e duas na zona leste da capital paulista. Também houve óbito em Limeira, por desabamento de um muro, e em Santo André, devido à queda da parede de um prédio.

Abastecimento de água

A queda da rede elétrica também impacta o fornecimento de água. A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) pediu economia aos consumidores até que a situação se normalize. “ Por conta da falta de energia, houve paralisação em diversas instalações e estações elevatórias, reduzindo o nível dos reservatórios da companhia”, informou em nota.

Os pontos mais críticos, na manhã deste sábado, foram nas regiões de Americanópolis, São Mateus, Itaquera, Vila Mariana, Vila Clara, Santa Etelvina, Guaianases, Cidade Tiradentes, Vila Mascote, Vila Santa Catarina, Vila Joaniza, Campo Grande, Jardim Promissão, Pedreira, Cidade Ademar, Chácara Flora, Morumbi e Capão Redondo.

Na Grande São Paulo, o desabastecimento afeta os municípios de Itapecerica da Serra, Mauá, Cotia, Santo André, Diadema, Osasco, Barueri, Guarulhos, Taboão da Serra, Itaquaquecetuba, Biritiba Mirim e Suzano.

A polícia do Maine, nos Estados Unidos, confirmou a morte de 18 pessoas em um ataque a tiros na noite desta quarta-feira, 25, em Lewiston. O atirador responsável pelo ataque está foragido e é procurado por policiais locais e federais. As autoridades afirmam que ele está fortemente armado e impuseram um lockdown na cidade.

Os policiais fecharam cidades inteiras e o campus do Bates College durante a busca e orientaram moradores a se abrigar no local por segurança e não se aproximar do suspeito em nenhuma hipótese. Ele foi identificado como Robert Card, de 40 anos.

##RECOMENDA##

"Por favor, fiquem dentro de suas casas com as portas trancadas", pediu a polícia do Maine aos moradores da região. Até o momento, a polícia encontrou um carro branco, que acredita ter sido utilizado pelo assassino, no distrito de Lisbon, a 11 km de distância de Lewiston.

De acordo com várias fontes policiais, cerca de 60 pessoas ficaram feridas no ataque, embora não esteja claro quantas ficaram feridas devido aos tiros.

O Gabinete do Xerife do Condado de Androscoggin, em Lewiston, disse em um comunicado publicado nas suas redes sociais que um suspeito continua foragido. "Estamos encorajando todas as empresas a encerrar seus locais ou fecharem enquanto investigamos", disse o comunicado. Segundo o Xerife Eric Samson, os policiais localizaram o veículo do suspeito em Lisbon - uma cidade a cerca de 11 km a sudeste de Lewiston - e o cercaram, mas o suspeito não estava dentro do carro.

O atirador foi primeiro na Sparetime Recreation, uma pista de boliche, onde atirou contra dezenas de clientes que estavam no local. Em seguida, ele foi para o bar e restaurante Schemengees Bar & Grille.

Justin Juray, proprietário da pista de boliche, descreveu a cena como um "caos total". A pista de boliche fica a cerca de 6 km do bar.

Atirador 'ouvia vozes'

A polícia identificou o suspeito como Robert Card, 40 anos, um instrutor de tiro que estava na Reserva do Exército e havia passado por uma instalação de treinamento em Saco, no Maine.

O atirador havia sido internado num centro psiquiátrico durante duas semanas, em junho deste ano, de acordo um relatório obtido pela agência Associated Press. O documento revela que o suspeito do ataque dizia "ouvir vozes" e já havia ameaçado abrir fogo contra uma base militar. O documento não fornecia detalhes sobre seu tratamento ou condição.

O presidente dos EUA, Joe Biden, conversou por telefone com a governadora do Maine, Janet Mills, com os legisladores Sens, Angus King e Susan Collins, e o deputado Jared Golden oferecendo "total apoio federal após esse terrível ataque", informou a assessoria de imprensa da Casa Branca. O gabinete de King disse em um comunicado que ele está indo para o Maine em um dos primeiros voos disponíveis para oferecer apoio.

O prefeito de Lewiston, Carl Sheline, afirmou estar "com o coração partido por nossa cidade e nosso povo" em uma declaração após o ataque, informou a mídia local. "Lewiston é conhecida por sua força e coragem, e precisaremos de ambas nos dias que virão", disse ele.

O Maine Medical Center em Portland, que possui o centro de trauma mais avançado do estado, confirmou que recebeu um paciente transferido de um hospital de Lewiston após os ataques. Em um comunicado, o centro disse que notificou a equipe de plantão e criou uma capacidade de atendimento crítico e sala de cirurgia "em antecipação a possíveis transportes de pacientes provenientes do ataque a tiros de Lewiston esta noite".

Devido ao que eles descrevem como uma situação dinâmica, o centro e outros hospitais da MaineHealth fecharam seus campi para funcionários não hospitalares e não pacientes até novo aviso, disse o comunicado.

O atirador parecia estar empunhando um fuzil do tipo AR-15, de acordo com fotos fornecidas pelas autoridades policiais. Aparentemente, o fuzil está equipado com uma mira ótica e um dispositivo que mantém dois carregadores de fuzil juntos, um dentro da arma e o outro ao lado, para recarga mais rápida. Armas de fogo semiautomáticas, como os fuzis do tipo AR-15, podem disparar tão rápido quanto o atirador consegue puxar o gatilho.

Ponto de encontro entre famílias

Um centro de reunificação para amigos e familiares procurarem seus entes queridos foi aberto na Auburn Middle School, disseram as autoridades, observando que conselheiros estariam no local para dar apoio.

Segundo o prefeito de Auburn, Jason Levesque, a escola é um "lugar mais feliz agora", onde testemunhas estão se reunindo com familiares preocupados. "Mas, do outro lado da felicidade", acrescentou, "você está vendo a agitação e o trauma pelos quais eles estão passando, especialmente as testemunhas". (Com agências internacionais)

Dados do Ministério da Saúde divulgados nesta segunda-feira (23) mostram que 60,5% das mortes em decorrência da Aids no Brasil em 2021, dado mais recente, foram de pessoas negras. A pasta voltou a publicar o "Boletim Epidemiológico da Saúde da População Negra", que não era atualizado desde 2015. O documento mostra que esse grupo da população é o mais vulnerável a doenças.

A análise leva em conta dados da série histórica que vai de 2011 até 2021 sobre a incidência da Aids no Brasil. Nesse período, o porcentual de negros - que incluem as populações autodeclaradas pretas e pardas - vítimas da Aids passou de 52,6% para 60,5%.

##RECOMENDA##

A quantidade de casos notificados entre os negros cresceu ainda mais ao longo dos anos, com um aumento de 12 pontos porcentuais, passando de 50,3% do total de casos em 2011 para 62,3% em 2021.

O boletim mostra ainda um quadro crítico da incidência da Aids em gestantes: quase sete em cada 10 grávidas (67,7%) diagnosticadas com HIV são negras. Desde 2000, a notificação de gestantes com HIV é obrigatória no país na tentativa de frear a chamada "transmissão vertical", que ocorre da mãe para o bebê. Os dados mostram, no entanto, que é preciso fortalecer essa estratégia.

A incidência da Aids entre os negros é ainda maior quando considerados os mais jovens. Entre as pessoas de 14 anos com detecção da doença, 71,2% são negros. Essa proporção vai caindo nas faixas etárias superiores.

A Aids é considerada uma doença "socialmente determinada", ou seja, associada à exclusão, o que indica a vulnerabilidade da população negra em diversos aspectos sociais. De acordo com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, é preciso levar em conta esses aspectos para promover acesso à saúde entre essa população.

"Todas as doenças têm interferência do que chamamos de determinantes sociais e também determinantes ambientais. Não só as doenças infecciosas, mas também diabetes, as doenças cardiovasculares. Então, é muito importante prestarmos atenção que a qualidade da saúde e a promoção da saúde passam por uma visão ampla desses aspectos sociais" analisa Nísia.

Durante o evento de lançamento do boletim, as autoridades do Ministério da Saúde classificaram como "inaceitável" os índices de morte por hipertensão entre as gestantes negras. O índice passou de 36,4% em 2010 para 39,7% em 2020.

"Tudo o que o boletim traz de dado é explicado pela persistência do racismo. Mais do que a causa, que creio que precisa sempre ser aprofundada, precisamos trabalhar nas políticas que nos levem a ter de fato a superação do racismo na nossa sociedade, a equidade como um princípio orientador", defende a ministra.

Em abril, o Ministério da Saúde removeu dos campos de notificação do Sistema Único de Saúde (SUS) opção que viabilizava classificar a cor da pessoa atendida no SUS como "sem informação". Com isso, os profissionais de saúde são obrigados a assinalar a raça/cor, o que, de acordo com a pasta, deve melhorar a qualidade dos dados.

Notificação compulsória de anemia falciforme

A ministra Nísia Trindade anunciou ainda que a pasta publicará uma nota técnica tornando obrigatória a notificação de anemia falciforme. A doença, que é genética, faz com que os glóbulos vermelhos percam seu formato de disco, ficando deformados. Isso leva a problemas de circulação e faz com que os pacientes tenham anemia, dor, lesões e se tornem mais suscetíveis a infecções. A doença é mais comum entre a população negra.

"Essa notificação já existe em vários Estados da federação", comentou Nísia Trindade, lembrando que há maior incidência da doença em Estados como Bahia e Tocantis. "A nossa orientação é para que isso ocorra em todo o Brasil. Já temos ferramentas técnicas para isso, precisamos do registro desses dados para que possamos atuar melhor no cuidado a essas pessoas e (estabelecermos) outras políticas que se fizerem necessárias", explicou Nísia Trindade

Ao menos cinco pessoas morreram e outras 18 ficaram feridas em um acidente envolvendo um ônibus de viagem no fim da tarde deste sábado, 21, na BR-070, na altura de Ceilândia, no Distrito Federal. O veículo era clandestino e teria tombado após o motorista tentar fugir de uma possível apreensão, segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) afirmou que o acidente ocorreu por volta das 18h deste sábado. Quatro pessoas morreram no local e uma outra vítima não resistiu após ser socorrida para um hospital de Taguatinga, conforme o Corpo de Bombeiros. Além disso, 18 passageiros ficaram feridos e recebem atendimento médico. Quatro deles estão em estado grave.

##RECOMENDA##

De acordo com a ANTT, o veículo havia passado por uma fiscalização momentos antes do acidente, que constatou que o ônibus estava em situação irregular. "O veículo de placa JHN-2973 não possui autorização para transporte interestadual de passageiros, sendo considerado um serviço clandestino", disse. Também foi identificado que o ônibus estava sem seguro e com os pneus "carecas".

Por conta disso, o ônibus passou a ser escoltado até o terminal rodoviário mais próximo. No caso, o Terminal Rodoviário de Taguatinga. Por lá, os passageiros seriam encaminhados para viagens por linhas regulares e o veículo seria apreendido - trata-se de procedimento padrão neste tipo de caso.

Antes de chegar ao destino final, no entanto, o motorista teria tentado fugir, segundo a agência. Ele perdeu o controle do veículo e o ônibus tombou no canteiro central da rodovia. Conforme a ANTT, não houve perseguição por parte da equipe da agência. "A Agência Nacional de Transportes Terrestres lamenta e expressa solidariedade aos familiares das vítimas do acidente", disse.

[@#video#@]

Um incêndio em um canavial de São Simão, na região sudoeste de Goiás, deixou quatro pessoas mortas e outras três feridas nesta quinta-feira (19). O fogo iniciou por volta das 15h e, segundo o Corpo de Bombeiros do Estado, se alastrou rapidamente devido aos ventos. Cerca de 400 hectares foram consumidos pelas chamas.

Dentre os feridos, dois foram encaminhados a um hospital local, e o terceiro foi transferido à capital, Goiânia, a mais de 360 quilômetros, devido à gravidade dos ferimentos. Ainda não há informações sobre o estado de saúde deles.

##RECOMENDA##

De acordo com os bombeiros, o batalhão da cidade de Quirinópolis foi acionado após vídeos começarem a circular nas redes sociais com imagens do incêndio no canavial. Ao chegarem ao local, os agentes foram informados pelas autoridades que quatro corpos já haviam sido encontrados e que três feridos haviam sido levados ao hospital.

A usina responsável pelo canavial chegou a colocar em ação quatro caminhões-pipa de combate a incêndios, mas as condições climáticas desfavoráveis impediram qualquer tipo de ação eficiente. Além das vítimas, o fogo destruiu diversas máquinas e veículos, incluindo tratores, caminhões, ônibus e colhedoras de cana.

Centenas de palestinos morreram nesta terça-feira (17) após um míssil atingir um hospital de Gaza onde milhares de civis se abrigavam. Autoridades palestinas culparam Israel, que rejeitou a acusação e atribuiu a explosão a um foguete com defeito lançado pela Jihad Islâmica - grupo aliado do Hamas. Autoridades palestinas registraram mais de 500 mortes no local.

Enquanto os dois lados tentavam vencer a guerra de narrativas, a notícia da destruição do Hospital Al-Ahli - fundado na década de 1880 por missionários anglicanos - teve efeitos diplomáticos. O líder da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, declarou luto de três dias e cancelou a reunião marcada para hoje com o presidente dos EUA, Joe Biden, em Amã.

##RECOMENDA##

Em seguida, a Jordânia cancelou o encontro, que teria a presença do presidente do Egito, Abdel Fattah el-Sisi, e do rei Abdullah, da Jordânia. Os governos egípcio e jordaniano emitiram um comunicado condenando "nos termos mais fortes possíveis" o ataque "bárbaro" ao hospital em Gaza. Irã e Turquia usaram tons parecidos para demonstrar indignação.

A explosão que deixou mais de 500 mortos complicou os planos de Biden. O americano deve se reunir hoje com o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, para transmitir seu apoio. Mas o presidente americano parece ter poucos argumentos para convencer os aliados árabes. Na Arábia Saudita, um conselheiro da família real afirmou que as negociações para normalização das relações com Israel estavam mortas.

Crise

Protestos eclodiram ontem em diversas cidades do Oriente Médio e do Norte da África. Os mais intensos foram registrados no Líbano, Tunísia, Turquia, Irã e na Cisjordânia. Em sua maioria, os atos se concentraram diante de embaixadas de Israel, EUA e França.

Em Amã, na Jordânia, manifestantes tentaram incendiar a embaixada de Israel. Imagens que circularam nas redes sociais mostraram uma multidão diante do prédio, cercado por forças de segurança. Segundo o governo jordaniano, o ato foi contido e não houve invasão.

A repercussão, no entanto, não ficou restrita ao Oriente Médio. O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, disse que o ocorrido no hospital não era "aceitável". "Existem regras nas guerras e não é aceitável atingir um hospital." Biden também se disse horrorizado com as mortes no hospital.

Escola

Uma escola da ONU foi bombardeada ontem, deixando pelo menos seis mortos e dezenas de feridos. O local atacado é um complexo de oito escolas em Al-Maghazi, região central de Gaza. Segundo a ONU, cerca de 4 mil pessoas se abrigavam nas instalações.

Palestinos que se deslocaram para o sul de Gaza após ordem do Exército de Israel cogitam voltar para suas casas no norte, em razão dos bombardeios israelenses ao sul. Israel admite os ataques, que alega terem como alvo líderes do Hamas. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério da Saúde de Gaza disse que um ataque aéreo israelense atingiu um hospital da cidade de Gaza lotado de feridos e outros palestinos em busca de abrigo, matando centenas de pessoas. Se confirmado, o ataque será, de longe, o aéreo israelita mais mortífero em cinco guerras travadas desde 2008.

Fotos do Hospital al-Ahli mostraram fogo consumindo os corredores, vidros quebrados e partes de corpos espalhadas pela área.

##RECOMENDA##

O ministério disse que pelo menos 500 pessoas foram mortas.

Vários hospitais na Cidade de Gaza tornaram-se refúgios para centenas de pessoas, na esperança de serem poupadas aos bombardeamentos depois de Israel ter ordenado que todos os residentes da cidade e áreas circundantes evacuassem para o sul da Faixa de Gaza.

O porta-voz militar israelense, contra-almirante Daniel Hagari, disse que ainda não há detalhes sobre as mortes no hospital. "Vamos obter os detalhes e atualizar o público. Não sei dizer se foi um ataque aéreo israelense." Fonte: Associated Press.

Mais duas mortes foram confirmadas em Santa Catarina, em decorrência das fortes chuvas que atingem municípios do Estado, conforme balanço divulgado pela Defesa Civil na noite de segunda-feira (16), mais um dia marcado pelo retorno dos temporais. Tratam-se de dois homens. Um deles foi eletrocutado ao tentar tirar de casa, em Três Barras, um aparelho de ar condicionado e o outro sofreu uma descarga elétrica ao sair à cavalo para lidar com o gado, em Calmon. Ao todo, seis pessoas já morreram.

Desde o início de outubro deste ano, as fortes chuvas têm causado transtornos aos moradores. Ainda de acordo com o relatório atualizado, ao menos 145 municípios registraram ocorrências relacionadas às chuvas, 125 estão em situação de emergência e Rio do Sul, no Alto Vale, decretou, na segunda-feira, estado de calamidade pública. O Estado tem 295 municípios, sendo Florianópolis a capital.

##RECOMENDA##

O alerta para fortes chuvas se mantém nesta terça-feira (17) com risco de moderado a alto para ocorrências associadas com queda de árvores, danos à rede elétrica, alagamentos, enxurradas, inundações graduais e deslizamentos.

"Na quarta-feira, 18, as instabilidades perdem força no leste do Estado, onde ainda haverá muita nebulosidade e deve ocorrer chuva fraca. Entre o Grande Oeste e parte do Alto Vale do Itajaí e dos planaltos, a atuação de sistemas de baixa pressão e a persistência do fluxo de ar quente e umidade do norte do País, continuam favorecendo a ocorrência de temporais isolados ao longo do dia", alerta a defesa civil catarinense.

Ao menos 24 mil pessoas estão desabrigadas em 78 municípios de Santa Catarina, segundo o último balanço oficial divulgado pelo órgão.

Ao menos três pessoas morreram vitimadas por um soterramento em uma obra de supermercado na Rua Jornalista Djalma Andrade, no Belvedere, zona sul de Belo Horizonte. A ocorrência, segundo o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, foi registrada na manhã desta terça-feira (17).

Ainda de acordo com a corporação, duas outras pessoas feridas foram atendidas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Não há ainda informações sobre o estado de saúde delas.

##RECOMENDA##

Segundo informações iniciais, um talude de três metros desabou e atingiu os trabalhadores. Os trabalhos dos bombeiros permaneciam no local por volta das 10h30. Ao menos seis viaturas foram encaminhadas para a ocorrência. Investigações vão analisar o motivo do acidente.

Israel segue, neste domingo (15), os preparativos para uma ofensiva no norte de Gaza, cuja população continua fugindo para o sul do enclave palestiniano, em meio aos maciços bombardeios na esteira do sangrento ataque do grupo islâmico Hamas.

Israel respondeu à incursão de 7 de outubro do Hamas, no poder na Faixa de Gaza, com bombardeios ao território, do qual o movimento islâmico continua disparando foguetes.

Na sexta-feira, o Exército israelense pediu aos civis no norte do enclave - 1,1 milhão de pessoas em uma população total de 2,4 milhões - que se deslocassem para sul e, no sábado, disse-lhes para "não demorarem".

Na noite de ontem, um porta-voz do Exército assegurou que a ofensiva terrestre não começaria no domingo por razões humanitárias.

As dezenas de milhares de soldados israelenses estacionados ao redor do enclave aguardam uma "decisão política" que lhes indicará quando iniciar a ofensiva terrestre, disseram os porta-vozes militares Richard Hecht e Daniel Hagari.

O ataque do Hamas, o pior da história de Israel, deixou 1.300 mortos, em sua maioria civis, e pelo menos 120 pessoas foram feitas reféns, segundo os militares israelenses.

Os bombardeios de Israel mataram mais de 2.300 pessoas, incluindo mais de 700 crianças, na densamente povoada e empobrecida Faixa de Gaza. Mais de 9.000 pessoas ficaram feridas, segundo as autoridades locais.

Segundo o Exército israelense, o centro de operações do movimento islâmico palestino, classificado como organização terrorista por Estados Unidos, União Europeia e Israel, fica na cidade de Gaza, no norte do enclave.

- "Sentença de morte" -

O deslocamento em massa da população e a perspectiva de uma ofensiva terrestre neste território - sitiado, sem água, alimentos e eletricidade - gera grande preocupação na comunidade internacional.

No sábado, o ministro iraniano das Relações Exteriores, Hussein Amir Abdollahian, alertou este sábado que "ninguém será capaz de garantir” o controle da situação se Israel invadir Gaza.

Também ontem, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que os Estados Unidos trabalham com a ONU e os países do Oriente Médio "para garantir que civis inocentes tenham acesso a água, alimentos e atenção médica". Ao presidente palestino, Mahmud Abbas, garantiu seu "total apoio" aos seus esforços para levar ajuda humanitária, "especialmente em Gaza".

A ajuda, procedente de vários países, acumula-se na fronteira do Egito com a Faixa e não chega a ser introduzida no território palestino, disseram testemunhas à AFP. O Egito controla a única entrada de Gaza que não está sob controle de Israel, a passagem fronteiriça de Rafah, que está atualmente fechada.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu acesso "imediato" da ajuda a essa pequena faixa de terra, sujeita a um bloqueio israelense desde 2006. Também se multiplicam as vezes pela abertura de corredores humanitários.

"É urgente e necessário garantir corredores humanitários e socorrer a população", declarou o papa Francisco em sua tradicional oração do Ângelus neste domingo.

Desde sexta-feira, milhares de moradores fogem com seus pertences empilhados às pressas em reboques, carroças, motocicletas e carros, em meio aos escombros, movimento que a agência humanitária da ONU já classifica como "deslocamento em massa".

A Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu, no sábado, que a retirada forçada de mais de 2.000 pacientes de hospitais para instalações lotadas no sul de Gaza equivaleria a "uma sentença de morte".

- "Continuará" -

O Exército israelense anunciou no sábado que, durante suas incursões na Faixa, encontrou "cadáveres" de reféns sequestrados pelo Hamas. O grupo islâmico já havia anunciado que 22 "prisioneiros" morreram nos bombardeios israelenses.

Netanyahu visitou tropas israelenses perto do enclave no sábado. "Estão preparados para o que está por vir? Isso vai continuar", disse ele a vários soldados.

O líder do Hamas, Ismail Haniyeh, acusou Israel de "crimes de guerra" em Gaza e afirmou que se recusa a permitir que os palestinos sejam "deslocados".

O movimento palestino é, regularmente, acusado por Israel de usar civis como escudos humanos.

Neste domingo, o Exército israelense anunciou ter matado em Gaza Billal al Kedra, um comandante do Hamas responsável pelo ataque ao kibutz de Nirim, perto do enclave palestino, onde morreram pelo menos cinco pessoas, segundo a imprensa local.

Na véspera, anunciou a morte de dois comandantes militares do grupo islâmico, que, segundo o Exército, estavam entre os responsáveis pelo ataque de 7 de outubro.

Ante o risco de um conflito em nível regional, os Estados Unidos anunciaram no sábado o envio de um segundo porta-aviões ao Mediterrâneo Oriental "para dissuadir ações hostis contra Israel", segundo o secretário americano da Defesa, Lloyd Austin.

Washington também organizou uma retirada de seus cidadãos em Israel por navio do porto de Haifa para o Chipre na segunda-feira, informou a embaixada americana.

- Uma frente no norte? -

A tensão também cresce na fronteira norte de Israel com o Líbano, onde o Exército israelense anunciou, no sábado, que havia matado "vários terroristas" que tentavam se infiltrar.

O Hamas assumiu no domingo a responsabilidade por duas infiltrações em território israelense pelo Líbano e confirmou a morte de três de seus combatentes.

A troca de disparos também deixou um morto e vários feridos em solo israelense, onde a zona limítrofe foi fechada para civis. Israel também tem soldados e tanques posicionados nessa área.

Um jornalista da agência Reuters foi morto e seis outros repórteres - da AFP, da Reuters e da Al-Jazeera - ficaram feridos na sexta-feira em bombardeios na zona.

Em outra frente, Israel anunciou ter atacado a Síria com artilharia na noite de sábado, após alertas aéreos nas Colinas de Golã, anexadas por Israel em 1967.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos também anunciou que um "ataque israelense" atingiu o aeroporto de Aleppo (norte), ferindo cinco pessoas.

A Força de Defesa de Israel (FDI) disse que 126 israelenses são mantidos reféns na Faixa de Gaza.

O Hamas já disse que 13 reféns morreram em Gaza por causa dos ataques aéreos israelenses, e que estrangeiros estavam entre os mortos, mas não especificou a nacionalidade das vítimas.

##RECOMENDA##

A agência de notícias Reuters informou que os militares israelitas já reportaram que, pelo menos, 279 soldados foram mortos desde 7 de outubro, quando o Hamas lançou o seu ataque ao sul de Israel. O número total de vítimas israelenses foi estimado em mais de 1,3 mil.

O Ministério da Saúde de Gaza disse que mais de 2,3 mil pessoas foram mortas com os bombardeios de Israel na Faixa de Gaza. Médicos também alertaram que milhares de outras pessoas poderiam morrer, à medida que as instalações médicas no território ficarem sem suprimentos.

Os militares de Israel estão se preparando para uma incursão terrestre na Faixa de Gaza nos próximos dias. Os militares anunciaram que o seu objetivo final é eliminar a liderança política e militar do grupo terrorista Hamas.

Espera-se que o ataque seja a maior operação terrestre de Israel desde que invadiu o Líbano em 2006. Seria também a primeira em que Israel tentou conquistar territórios desde a invasão de Gaza em 2008.

A operação corre o risco de ser demorada e envolve combates tanto no solo como nos diversos túneis construídos pela organização terrorista Hamas. Autoridades israelenses alertaram que o grupo terrorista Hamas poderia matar reféns israelenses e usar civis palestinos como escudos humanos durante o combate.

Com a bandeira a meio-mastro, os cerca de 270 kibutz de Israel realizaram cerimônias de luto, nesta quinta-feira (12), em homenagem às pessoas assassinadas no sábado nessas comunidades agrícolas pelos militantes do Hamas.

O movimento islamista palestino lançou uma ofensiva por terra, mar e ar contra Israel no sábado, e Israel respondeu bombardeando a Faixa de Gaza, governada pelo Hamas desde 2007.

##RECOMENDA##

Durante o ataque, cuja violência extrema abalou o país, os militantes capturaram cerca de 150 reféns e mataram cerca de 1.200 pessoas nas ruas, em suas casas ou em um festival de música.

Entre as vítimas israelenses, mais de 200 pessoas foram mortas em dois kibutz, Be'eri e Kfar Aza, situados a poucos quilômetros do enclave palestino.

Em Gaza, os bombardeios até agora causaram mais de 1.400 mortes, de acordo com as autoridades locais.

No kibutz de Sha'ar Hagolan, no centro-oeste do país, várias dezenas de pessoas cantaram o hino nacional em um ambiente carregado de emoção, com alguns participantes chorando e outros se abraçando, observou a AFP.

A cerimônia, que aconteceu simultaneamente em todos os kibutz de Israel às 18h00, pretendia mostrar "luto" e "solidariedade com os kibutz" do sul atacados pelo Hamas, afirmou Gali Dror, responsável pelo kibutz Sha'ar Hagolan, à AFP.

A homenagem também tinha como objetivo "nos fortalecer e demonstrar que estamos juntos", acrescentou.

Sha'ar Hagolan, com 500 habitantes, tem acolhido desde sábado cerca de 150 pessoas de outros kibutz do norte e do sul de Israel, segundo Dror.

"Por que? Não fizemos nada!", grita um homem, observando os socorristas levarem o corpo de um familiar. Eles acabavam de retirá-lo dos escombros em um bairro residencial da Faixa de Gaza, bombardeada sem cessar pelos israelenses, em resposta à ofensiva do Hamas.

Um pouco mais distante, em Shati, maior campo de refugiados do enclave, devastado pelas guerras e pela pobreza, alguém grita: "Venham! Ainda está vivo!".

Um socorrista se aproxima, segura a mão que emerge sob os escombros e, ajudado por vários colegas e vizinhos, consegue retirar um homem, preso em meio ao entulho. Sua cabeça está ensanguentada.

Dezenas de voluntários foram ajudar as equipes de resgate nesta área, para encontrar os corpos e eventuais feridos em meio aos escombros deixados pelo mais recente bombardeio israelense na Faixa de Gaza, submetida a um "cerco total", sem água, energia elétrica ou combustível.

- "Onde estão a mamãe e meus irmãos?" -

Desde que o movimento islamita Hamas, que governa Gaza, lançou, no sábado, um ataque em solo israelense, matando mais de 1.200 pessoas, o enclave palestino vive sob bombardeios.

Dia e noite, o barulho de explosões, drones e outras deflagrações é incessante. Ninguém dorme, tanto por causa do ruído quanto pelo medo de saber que qualquer casa está potencialmente ameaçada.

Israel quer "liquidar" o movimento islamita e, desde que a operação teve início, ordenada após a ofensiva do sábado - a mais mortal desde a criação do Estado de Israel, há 75 anos -, mais de 1.300 palestinos morreram em Gaza.

Em Shati, aviões de combate efetuaram dezenas de bombardeios em apenas meia hora na manhã desta quinta-feira.

Um homem tira o filho de quatro anos dos escombros. "Papai, onde estão a mamãe e meus irmãos?", pergunta o menino, com o corpo coberto de poeira e sangue.

Jamal al Masri mal compreende o que acaba de acontecer.

"Estávamos dormindo e, de repente, todo o bairro ficou sob as bombas do ocupante. Destruíram a minha casa", relata à AFP.

"A do meu irmão, a dos meus pais, as casas de vários vizinhos também...", acrescenta, ainda emocionado.

"Todo mundo foi afetado, há fragmentos de corpos, cadáveres, os dos meus filhos e os dos filhos de outros", explica.

"O que aconteceu, papai? Isto realmente está acontecendo conosco?", o interrompe sua filha. "Tudo vai ficar bem", responde. "Vamos ficar aqui, não vamos embora de Gaza", assegura, apesar de, ao seu redor, nada parecer funcionar.

- "Talvez não esteja morto" -

Em muitos bairros, os que não foram reduzidos a ruínas fumegantes, não há eletricidade.

A única central elétrica que abastece o enclave, onde vivem 2,3 milhões de palestinos (metade, crianças) está parada, e por isso não há internet, nem água. As redes de telefonia tampouco funcionam.

No hospital al Shifa, o maior de Gaza, reina o caos.

Entre as idas e vindas de ambulâncias, vizinhos se amontoavam para perguntar sobre seus entes queridos. Os feridos vão e vêm e também há crianças sentadas no chão, paralisadas, em silêncio.

Um enfermeiro deixa um dos menores aos cuidados de um médico e pergunta, aos gritos: "Alguém conhece este menino?".

Em seguida, corre para atender as dezenas de feridos que, deitados em colchões finos de espuma, esperam atendimento.

Do necrotério ouvem-se soluços, gritos, lamentos.

O local está cheio e há, inclusive, dezenas de corpos enrolados em lençóis no chão.

Um jovem sai dali, tremendo. "Talvez não esteja morto. Seu corpo não está ali", diz.

"Vamos ver no serviço de emergência, certamente está sendo operado", repete, como que tentando convencer a si próprio.

A Organização das Nações Unidas (ONU) disse nesta quinta-feira, 12, que ao menos 340 mil habitantes da Faixa de Gaza tiveram que deixar as suas casas nos últimos dias por causa de bombardeios lançados por Israel, após o ataque terrorista do Hamas no último sábado, 7.

Um balanço divulgado nesta manhã pelo governo palestino indica que 1.417 pessoas morreram em Gaza desde o início dos ataques de Israel. Entre elas estão 447 crianças e 248 mulheres.

##RECOMENDA##

Em Israel, o número de mortos durante o ataque do grupo terrorista Hamas chega a 1.300. Entre as vítimas há mulheres, crianças e bebês. O governo israelense afirmou e divulgou fotos de bebês mortos e carbonizados em dois kibutzim atacados pelos terroristas do Hamas.

O premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, postou em uma rede social fotos dos bebês mortos e carbonizados pelos terroristas do Hamas para comprovar os crimes. Ele disse que mostrou as imagens ao secretário de Estado americano, Antony Blinken, que visita Israel nesta quinta.

Em Gaza, os palestinos estão sem água, alimentos e eletricidade, após um "cerco completo" à Faixa de Gaza declarado pelo Ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, nesta semana.

Em Gaza, hoje, vivem em torno de 2,3 milhões de pessoas. A região tem apenas algumas horas restantes de abastecimento de combustível, segundo a ONU.

"Sem eletricidade, os hospitais correm o risco de se transformarem em necrotérios", afirmou o diretor regional do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), Fabrizio Carboni, nesta quinta-feira, 12. "A miséria humana causada por esta escalada é abominável e imploro às partes que reduzam o sofrimento dos civis", acrescentou.

A situação humanitária em Gaza é "terrível", acrescentou nesta quinta-feira (12), o vice-chefe de emergências do Programa Alimentar Mundial da ONU (PMA), Brian Lander.

‘Não haverá exceções humanitárias’

Na contramão do pedido feito pela Cruz Vermelha, Israel disse que "não haverá exceções humanitárias" ao cerco à Faixa de Gaza até que todos os seus reféns sejam libertados. Acredita-se que 150 pessoas foram levadas para a região de Gaza pelos terroristas do Hamas.

"Ajuda humanitária a Gaza? [...] Nenhum hidrante será aberto e nenhum caminhão de combustível entrará até que os reféns israelenses retornem para casa", postou o ministro da Energia de israelense, Israel Katz, no Twitter.

"Isto é diferente, não tem precedentes, as regras mudaram", disse o reservista israelense Yonatan Steiner, de 24 anos, que voltou de Nova York, onde trabalha para uma empresa de tecnologia.

Quase 220 mil dos desabrigados em Gaza foram alocados em 92 escolas administradas pela ONU, informou a agência de notícias Reuters.

Uma das pessoas desabrigadas, Hanan Al-Attar, 14 anos, disse que sua família chegou a sair correndo de casa somente com as roupas do corpo, quando bombas caíram nas proximidades. O tio dela chegou a voltar para casa para buscar algumas roupas, mas foi morto quando a residência foi atingida. "Eles estão bombardeando, por cima, as casas de civis, mulheres e crianças", disse o seu avô.

Na noite de quarta-feira 11, mais de 8 membros de uma mesma família - conhecida como família Samour - foram mortos após um bombardeio em uma residência, em Khan Younis.

Parentes e amigos correram para o necrotério para recolher os 8 corpos já recuperados pelas equipes de resgate, acreditando-se que mais 10 ainda estejam sob os escombros da casa da família.

Seus corpos foram levados em um caminhão coberto com cobertores floridos do hospital para um terreno baldio na mesma rua dos escombros do prédio, e depois alinhados em mortalhas brancas - uma delas manchada de sangue, enquanto centenas de homens se rezavam nas proximidades.

Os coveiros retiraram terra de uma longa trincheira, marcando sepulturas individuais com blocos de concreto. Um homem segurava a cabeça com uma das mãos enquanto acariciava um corpo envolto com a outra antes de ser colocado na sepultura e uma mulher chorava.

"Estes são os nossos parentes e sogros", disse Abdelaziz al-Fahem. "Esta é uma família civil que as forças israelenses bombardearam. É um verdadeiro massacre", acrescentou.

Explosões ecoaram por Gaza durante a toda noite. Bolas de fogo de ataques aéreos pulsavam em vermelho na escuridão acima das cidades e campos de refugiados sem eletricidade para iluminar as ruas.

Do ar, imagens de drones da destruição mostraram buracos entre edifícios de concreto compactados, com tábuas de madeira e barras de metal retorcidas enfiadas nos restos das casas bombardeadas enquanto os moradores as vasculhavam.

Ainda em Khan Younis, um grupo de pessoas ficou em cima dos destroços que restaram da destruição de uma casa por um ataque aéreo. Um colchão, almofadas e lençóis claros estavam sujos de fuligem e poeira em meio aos escombros, aparecendo entre os blocos de concreto. (Com agências internacionais)

A reação do governo Lula à morte do brasileiro Ranani Nidejelski Glazer, de 24 anos, durante os atentados do Hamas contra Israel no sábado, 7, foi criticada nas redes sociais e pela oposição pelos termos usados no comunicado do Itamaraty sobre o caso.

"O governo brasileiro tomou conhecimento, com profundo pesar, do falecimento do cidadão brasileiro Ranani Nidejelski Glazer, natural do Rio Grande do Sul, vítima dos atentados ocorridos no último dia 7 de outubro, em Israel", diz a nota, intitulada Falecimento de cidadão brasileiro em Israel. "Ao solidarizar-se com a família, amigas e amigos de Ranani, o Governo brasileiro reitera seu absoluto repúdio a todos os atos de violência, sobretudo contra civis."

##RECOMENDA##

O tom do texto, apontado como frio e insensível, e sem mencionar o Hamas, foi duramente criticado na conta da chancelaria no X, antigo Twitter. Pouco depois, o Itamaraty fechou os comentários do post, que até o começo da noite teve 4 milhões de visualizações. Um contexto sobre os assassinatos cometidos pelo Hamas em Gaza foi inserido no post pela rede de Elon Musk.

Críticas da oposição

O ex-presidenciável do Novo, João Amoêdo, que disputou a eleição em 2018, criticou a nota da chancelaria. "Não foi um 'falecimento', foi o assassinato de um jovem pelo grupo terrorista Hamas", disse.

O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) também questionou o governo. "Falecimento?? O Itamaraty não consegue condenar o terrorismo que assassinou um brasileiro?"

Após da confirmação da morte da segunda cidadã brasileira nos atentados, a carioca Bruna Valeanu , de 24 anos, o tom da segunda nota mudou levemente.

"O governo brasileiro lamenta e manifesta seu profundo pesar com a morte da cidadã brasileira Bruna Valeanu, de 24 anos, natural do Rio de Janeiro, segunda vítima dos atentados ocorridos no último dia 7 de outubro em Israel, diz o texto, intitulado Morte de cidadã brasileira em Israel. "Ao solidarizar-se com a família, amigas e amigos de Bruna, o governo brasileiro reitera seu total repúdio a todos os atos de violência contra a população civil."

Posição de Lula

Nesta terça, o presidente Lula retuitou as duas mensagens do Itamaraty mas não se pronunciou diretamente sobre as mortes dos cidadãos brasileiros.

No dia dos atentados, no entanto, o petista condenou os ataques do Hamas. "Fiquei chocado com os ataques terroristas realizados hoje contra civis em Israel, que causaram numerosas vítimas. Ao expressar minhas condolências aos familiares das vítimas, reafirmo meu repúdio ao terrorismo em qualquer de suas formas", disse o presidente.

O número de mortes por Acidente Vascular Cerebral (AVC) no mundo poderá aumentar 50% e chegar a quase 10 milhões até 2050 se ações de monitoramento e prevenção não forem aprimoradas, alerta um estudo feito pela Organização Mundial do AVC e publicado nesta segunda-feira, 9, no periódico científico Lancet Neurology.

A estimativa prevê que o número de vítimas da condição poderá passar dos 6,6 milhões registrados em 2020 para 9,7 milhões em 2050, com um aumento superior em países de renda baixa e média, grupo do qual o Brasil faz parte. Os dados de 2020 indicam que 86% dos óbitos daquele ano ocorreram nos países mais pobres. Em três décadas, esse porcentual deverá chegar a 91%, dizem os pesquisadores, e as mortes ficarão ainda mais concentradas nessas nações.

##RECOMENDA##

De acordo com a projeção, o cenário também levaria a um aumento de mais de 100% nos custos diretos e indiretos do AVC. Estima-se que os gastos com tratamento e reabilitação, somados às perdas de renda causadas pelas pessoas mortas e com sequelas, passe de U$ 891 bilhões (R$ 4,5 trilhões) para U$ 2,3 trilhões (R$ 11,8 trilhões) entre 2020 e 2050.

Os pesquisadores ressaltam que o AVC, que já é a segunda causa de morte no mundo, vem aumentando "de forma alarmante" entre pessoas jovens e de meia-idade (abaixo dos 55 anos). Os cientistas também ressaltam que o problema é ainda a terceira causa de incapacidade e uma das principais causas de demência.

De acordo com o estudo, entre as principais explicações para o aumento de mortes por AVC, em especial nos países de renda média e baixa, estão o alto número de casos de hipertensão arterial não diagnosticada ou não controlada, dificuldade de acesso a serviços de saúde de qualidade, investimentos insuficientes em prevenção dos fatores de risco, poluição do ar e estilo de vida pouco saudável.

Além disso, a alta prevalência de doenças infecciosas agudas que ainda atingem países mais pobres gera uma sobrecarga no sistema de saúde que dificulta a assistência adequada a pacientes com doenças crônicas que aumentam o risco de um AVC porque o sistema nem sempre consegue dar conta de atender os pacientes com os dois tipos de enfermidades.

Neurologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Leandro Gama lembra ainda que, em todo o mundo e também no Brasil, o acelerado envelhecimento populacional também aumenta a chance de ocorrência do AVC. "Quanto mais idosa a população, maior o risco. Como a expectativa de vida está aumentando, a gente vê o aumento do número de AVCs", diz o especialista, que ressalta que a idade avançada somada ao aumento de fatores de risco agrava o cenário.

Principais fatores de risco para o AVC

Especialistas explicam que cerca de 80% dos acidentes vasculares cerebrais são do tipo isquêmico, caracterizado pela obstrução da circulação sanguínea em artérias do cérebro. Os outros 20% são do tipo hemorrágico, quando um vaso sanguíneo se rompe.

Em especial para o AVC isquêmico, há fatores de risco claros que, se controlados, diminuem bastante o risco do problema:

- Pressão alta

- Diabetes

- Colesterol alto

- Obesidade

- Dieta não saudável

- Sedentarismo

- Tabagismo

"A principal formas de reduzir o risco é o controle rigoroso dos fatores, com check up regular para controle da pressão arterial, diabetes; evitar o tabagismo e o sedentarismo, e aí entra a questão da atividade física, que é uma das principais formas de evitar o AVC, tanto a aeróbica quanto a musculação", diz Gama.

No estudo, os especialistas destacam ainda a necessidade de políticas públicas em quatro pilares: monitoramento, prevenção, cuidados de urgência e emergência e reabilitação para os pacientes com sequelas.

No campo da prevenção, além das recomendações para autocuidado e conscientização dos indivíduos sobre fatores de risco, os pesquisadores ressaltam a importância de medidas governamentais para frear o aumento dos fatores de risco. Entre elas, está maior taxação de produtos alimentícios não saudáveis, como sal, álcool, bebidas açucaradas, gorduras trans etc.

"Um dos problemas mais comuns na implementação das recomendações de prevenção e cuidados do AVC é a falta de financiamento. [...] Essa tributação não só reduziria o consumo destes produtos - e, portanto, levaria à redução do AVC e de outras doenças não transmissíveis importantes - mas também geraria uma grande receita suficiente para financiar programas e serviços de prevenção do AVC e de outras doenças graves", afirmou, em nota à imprensa, a Valery L. Feigin, professora da Universidade de Tecnologia de Auckland, Nova Zelândia, e copresidente da comissão autora do estudo.

No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde disponíveis no portal Datasus, o número de mortes por AVC chegou a 106,9 mil no ano passado, aumento de 6% em relação aos 100,2 mil óbitos registrados dez anos antes, em 2012.

Sinais e sintomas do AVC

De acordo com a Sociedade Brasileira de AVC, os principais sinais e sintomas de um acidente vascular cerebral, que exigem o socorro imediato, são:

- Fraqueza ou formigamento na face, braço ou perna, especialmente em um lado do corpo

- "Boca torta" ao falar

- Confusão mental, alteração da fala ou "fala enrolada"

- Alteração da visão, com embaçamento ou visão dupla, em um ou ambos os olhos

- Alteração súbita do equilíbrio ou da coordenação / tontura ou desequilíbrio para andar

- Dor de cabeça muito forte, súbita, sem histórico de dor anterior

Se identificar os sintomas acima, procure um hospital imediatamente porque a intervenção rápida é fundamental para salvar o paciente e evitar sequelas.

No caso do AVC isquêmico, o mais comum, é feito o tratamento de reperfusão, que, com o uso de medicamentos anticoagulantes ou realização de um cateterismo, pode dissolver o coágulo formado nos vasos cerebrais, normalizando a circulação e evitando a morte de células neuronais. As chances de sucesso, no entanto, são maiores quando a intervenção é feita em até quatro horas após o início do problema.

O movimento islâmico palestino Hamas não está aberto, neste momento, a negociar uma troca de prisioneiros com Israel, declarou, nesta segunda-feira (9), em Doha, um membro da liderança política do grupo.

“A operação militar continua, portanto não existe, atualmente, nenhuma possibilidade de negociação sobre os prisioneiros ou qualquer outra coisa”, disse à AFP Hossam Badran.

"Nossa missão, agora, é fazer tudo o possível para impedir que a ocupação continue cometendo massacres contra o nosso povo em Gaza, atingindo diretamente residências civis", acrescentou.

Uma fonte familiarizada com as negociações, que não quis ser identificada, informou à AFP que o Catar tenta negociar uma troca de prisioneiros entre Israel e o Hamas, apontando que houve "alguns avanços".

O Hamas ameaçou hoje matar reféns, em resposta aos bombardeios de Israel contra a Faixa de Gaza.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), condenou os ataques do grupo armado Hamas a Israel no último sábado. O grupo lançou foguetes a partir da Faixa de Gaza contra o território israelense. O local é um território controlado pelo Hamas. Israel reagiu aos ataques com mais de 500 ataques aéreos contra a Faixa de Gaza. Desde o início do conflito, o número de mortos ultrapassa 1.200.

Lira afirmou que a guerra não é a solução para nenhum conflito. Por meio de suas redes sociais, Lira defendeu a participação do estado brasileiro para auxiliar no fim das hostilidades.

##RECOMENDA##

“A guerra não é a solução para conflitos políticos ou de qualquer natureza. O ataque do Hamas a Israel é inaceitável e cria mais um foco de tensão mundial. Devemos todos, inclusive o estado brasileiro, buscar o fim das hostilidades e o entendimento político. O caminho é o da paz”, disse Lira.

*Da Agência Câmara de Notícias

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, prometeu no domingo (8) aniquilar o Hamas após os ataques de sábado, que mataram mais de 700 israelenses e deixaram 2 mil feridos. Segundo os militantes palestinos, mais de 130 reféns israelenses, entre civis e soldados, foram levados para Gaza, o que deve tornar ainda mais complexas as operações militares contra o enclave de 2 milhões de habitantes.

"Será uma guerra longa e difícil", disse o premiê, que aconselhou a todos os palestinos que vivem em Gaza a fugir imediatamente.

##RECOMENDA##

Netanyahu afirmou ainda que as forças israelenses entrariam em uma "fase ofensiva" da guerra. "Ela continuará sem limites nem tréguas até que os nossos objetivos sejam alcançados."

Os soldados de Israel passaram o domingo combatendo militantes do Hamas ainda em território israelense. Os militares de Israel relataram combates em sete comunidades fronteiriças e em uma base militar. Tanques foram vistos cruzando terras agrícolas em partes do sul de Israel em direção a Gaza.

Combates

Abu Ubaida, porta-voz das brigadas Izz ad-Din al-Qassam, o braço militar do Hamas, afirmou que os combates continuam em diversas áreas perto da fronteira de Gaza, incluindo Zikim, Sufa e Mefalsim. Ele afirmou que o grupo conseguiu tomar uma nova leva de reféns israelenses no domingo.

Em 2006, o sequestro feito por militantes islâmicos de um único recruta, Gilad Shalit, consumiu a atenção da sociedade israelense por anos - uma pressão que levou Israel a concordar com a libertação de mais de 1.000 prisioneiros palestinos, muitos dos quais haviam sido condenados por terrorismo.

O Hamas, grupo que controla Gaza, continuou no domingo a disparar foguetes contra Israel, atingindo a cidade de Sderot, ferindo pelo menos uma pessoa. As autoridades israelenses emitiram um alerta para que os moradores não saíssem de casa, porque se acreditava que militantes palestinos poderiam novamente se infiltrar na cidade.

Os ataques por terra, ar e mar lançados por militantes palestinos no sábado - a pior invasão sofrida por Israel em 50 anos - fez o governo israelenses responder com bombardeios pesados a Gaza.

Mais de 400 palestinos foram mortos, incluindo 78 crianças, e 2,3 mil ficaram feridos, segundo o Ministério da Saúde palestino.

Reforço

Dezenas de reservistas israelenses partiram no domingo para suas bases, depois de Netanyahu convocar uma mobilização nacional. O governo também determinou a retirada dos moradores de 24 aldeias perto da fronteira, uma indicação de que Israel estaria preparando uma operação terrestre contra a Faixa de Gaza.

Os militares de Israel começaram no domingo a divulgar os nomes dos soldados mortos nos ataques de sábado e surgiram os primeiros relatos de testemunhas das batalhas contra os militantes palestinos.

"Havia terroristas dentro do nosso kibutz", disse Amir Tibon, por telefone. "Podíamos ouvi-los falar. Podíamos ouvi-los correr. Ouvimos eles disparando contra nossa casa."

Civis

Para o analista Aluf Benn, os ataques de sábado foram os piores golpes sofridos por Israel desde 1948.

"Em 1973, Israel foi apanhado de surpresa, mas os combates ocorreram longe dos civis", disse Benn ao jornal Haaretz. "Este foi um ataque contra civis e, pela primeira vez, temos dezenas de prisioneiros de guerra.

As pessoas estão tentando desesperadamente descobrir o que aconteceu com seus parentes." (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A reunião de emergência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (CSNU) para tratar do conflito entre o grupo Hamas e Israel durou cerca de 1h30 e terminou neste domingo, 8. Não se chegou a um consenso sobre o tema e, portanto, não há previsão de divulgação de um comunicado em conjunto do órgão, conforme apurou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

O conflito iniciado após ataques do grupo Hamas a Israel neste sábado é o primeiro teste de fogo da presidência rotativa do Brasil no Conselho de Segurança da ONU, durante o mês de outubro.

##RECOMENDA##

Após o início do conflito, o País ao lado de outros membros convocaram uma reunião de urgência para este domingo, na sede da organização, em Nova York.

No entanto, a expectativa era de que não se chegasse a um consenso entre os membros. Enquanto os Estados Unidos reforçou o apoio a Israel, a China defendeu a criação do Estado independente da Palestina e a Rússia é próxima ao Irã, um dos principais financiadores do Hamas.

O Brasil condenou os bombardeios e ataques feitos a Israel a partir da Faixa de Gaza neste sábado e defendeu ações para evitar que o conflito tome maiores proporções.

"O Brasil não poupará esforços para evitar a escalada do conflito, inclusive no exercício da Presidência do Conselho de Segurança da ONU", disse o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no sábado, em sua conta oficial no X, antigo Twitter.

A reunião do CSNU foi fechada à imprensa. É esperado que o representante permanente do Brasil junto à ONU, o diplomata Sérgio França Danese, fale à imprensa.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando