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Os Estados Unidos começaram, neste domingo (8), a enviar ajuda militar para Israel e aproximar sua força naval do Mediterrâneo, após os ataques surpresa da organização palestina Hamas.

No domingo, em uma chamada com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, o presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou que "haverá ajuda adicional para as forças armadas israelenses e haverá mais nos próximos dias", de acordo com um comunicado da Casa Branca.

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Biden prometeu "apoio total ao governo e ao povo israelense após os ataques terríveis e sem precedentes dos terroristas do Hamas".

O primeiro pacote de ajuda militar "começará a ser enviado hoje e chegará nos próximos dias", disse neste domingo o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin.

Ele também destacou que havia ordenado ao grupo de ataque do porta-aviões USS Gerald Ford, o maior navio de guerra do mundo, que se dirigisse ao Mediterrâneo Oriental, vindo do Mar Jônico, onde estava.

A Força Aérea também aumentou a presença de suas aeronaves de combate na região, afirmou Austin.

"Os Estados Unidos mantêm suas forças prontas globalmente para fortalecer a postura de dissuasão, se necessário", enfatizou.

- Americanos reféns do Hamas -

O chefe de diplomacia dos EUA, Antony Blinken, que aumentou neste domingo suas aparições na mídia, compartilhou informações de que havia americanos entre as vítimas dos ataques.

"Estamos trabalhando para verificar", afirmou.

Por sua vez, o embaixador de Israel nos Estados Unidos, Michael Herzog, indicou que entre as cerca de 100 pessoas - civis e soldados - sequestradas pelo Hamas em Israel, há cidadãos americanos.

Os contatos de alto nível entre autoridades dos EUA e Israel aumentaram após a ofensiva surpresa lançada a partir da Faixa de Gaza pelo movimento islâmico palestino.

Apesar do apoio unânime a Israel por parte da liderança política dos Estados Unidos, a situação institucional é complicada para o governo de Biden, já que uma das duas câmaras do Congresso está paralisada depois que seu líder foi destituído na semana passada, devido a divergências internas entre os republicanos.

A poucos meses das eleições presidenciais, Biden está sob pressão da oposição republicana, que o acusa de fraqueza em sua defesa de Israel e em sua política em relação ao Irã.

Blinken lembrou no domingo, na CNN, que o ex-presidente Barack Obama assinou um acordo com Israel em 2016 "para fornecer US$ 3,8 bilhões (R$ 12,2 bilhões, na cotação da época) anuais em ajuda militar".

"Todo o Poder Executivo (dos Estados Unidos) se comprometeu com toda a região, e além, para gerar apoio a Israel e garantir que cada país utilize todos os meios e toda a influência que possui para uma retirada do Hamas e para garantir que o conflito não se espalhe para outros lugares", disse ele no canal ABC.

Quando questionado sobre uma possível intenção de hostilidades do Hamas para sabotar as discussões destinadas a normalizar as relações diplomáticas entre Israel e a Arábia Saudita, apoiadas por Washington, o secretário de Estado democrata declarou: "Isso pode ser parte da motivação. Olha, quem se opõe à normalização? Hamas, Hezbollah, Irã. Então, não seria uma surpresa".

O número de mortos na guerra entre o Hamas e Israel subiu neste domingo para mais de 400 na Faixa de Gaza e mais de 600 em Israel, além de milhares de feridos, de acordo com os últimos relatórios das respectivas autoridades.

A Organização de Cooperação Islâmica, com sede na Arábia Saudita, disse neste domingo, 8, que está "muito preocupada com a perigosa escalada israelense no território palestino ocupado". O bloco de 57 membros condenou "a agressão militar israelense que levou à queda de centenas de mártires e feridos entre o povo palestino".

A última ronda de violência começou com um ataque surpresa sem precedentes, no qual militantes do Hamas invadiram Israel, matando centenas de pessoas e levando civis de volta para Gaza.

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Israel respondeu enviando tropas para a área fronteiriça e lançando ataques aéreos através do território bloqueado.

Autoridades palestinas dizem que mais de 300 moradores de Gaza foram mortos. Fonte: Associated Press

Vinte e uma pessoas morreram e outras 20 ficaram feridas na noite desta terça-feira (3) em Veneza, Itália, depois que um ônibus caiu de uma ponte e pegou fogo, informaram autoridades locais.

“O balanço provisório registra ao menos 21 vítimas e mais de 20 pessoas hospitalizadas, muitas delas em estado grave”, anunciou Luca Zaia, governador de Veneto, região da qual Veneza é capital, lamentando “uma tragédia de enormes proporções”.

“As operações de remoção e reconhecimento dos corpos continua”, informou Zaia no Facebook. O acidente ocorreu pouco após as 19h30 locais.

Até as 22h, bombeiros trabalhavam nos restos do ônibus carbonizado. O veículo fazia o trajeto entre o centro histórico de Veneza e um camping, o que explica o fato de que “as vítimas e os feridos são de várias nacionalidades, não apenas italianos”, assinalou Zaia.

De acordo com os bombeiros da cidade, o ônibus pegou fogo após cair de uma ponte erguida sobre uma ferrovia entre Mestre e Marghera, localidades pertencentes ao município de Veneza. “Ao menos 10 feridos em diversos níveis de gravidade foram retirados do local do acidente e transportados aos hospitais” da região, informaram.

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, expressou condolências. “Estou em contato com o prefeito Luigi Brugnaro e com o ministro dos Transportes, Matteo Salvini, para acompanhar as informações sobre essa tragédia.”

Segundo o jornal Il Corriere della Sera, o ônibus despencou da ponte de 30 metros e caiu perto da via férrea logo abaixo. Ele teria se incendiado ao entrar em contato com os cabos elétricos.

“O agravante da situação foi o uso de metano, o que permitiu que o fogo se propagasse rapidamente. O balanço é trágico e dramático, e temo que aumentará”, disse o ministro do Interior, Matteo Piantedosi, à rede pública Rai1.

Duas pessoas morreram e seis ficaram feridas em um grave acidente, na manhã desta terça-feira (3), na BR-408, em Nazaré da Mata, na Zona da Mata Norte de Pernambuco. Os veículos ocupados pelas vítimas colidiram no km 55 da rodovia.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) confirmou a colisão transversal entre uma Doblo e uma picape Strada. O helicóptero da corporação foi usado para ajudar no socorro aos envolvidos. Os vestígios do acidente indicam que a picape entrou na contramão. O motorista estava sozinho e morreu no local.

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O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado por volta das 7h40. As bases de Nazaré da Mata, do Recife, de Carpina, Limoeiro e Vicência foram remanejadas para a ocorrência.

Um dos passageiros da Doblo também faleceu no local e outros seis ocupantes ficaram feridos, apontou o Samu. As vítimas resgatas com vida, dois homens e quatro mulheres, foram encaminhadas para unidades de saúde de Carpina e no Recife.

Um homem de 38 anos foi levado para a Unidade Mista de Carpina, e o outro, de 18, transferido para o Hospital Getúlio Vargas (HGV), no Recife.

Das mulheres, uma, de 33, foi transferida ao Hospital Ermírio Coutinho, em Nazaré da Mata, e posteriormente encaminhada para o Hospital da Restauração (HR), no Recife, assim como a de 43 e a de 41, que foi levada pelo serviço aeromédico. Outra mulher, de 50 anos, também foi removida pelo serviço aeromédico, e encaminhada para o HGV.

O teto de uma igreja desabou no Estado de Tamaulipas, no norte do México, durante uma missa no domingo (1º) matando pelo menos 10 pessoas e ferindo cerca de 60. Equipes de busca ainda investigavam os destroços da igreja, em Ciudad Madero, até a manhã desta segunda-feira (2) em busca de sobreviventes e mais vítimas.

Acredita-se que aproximadamente 30 pessoas tenham ficado presas nos escombros quando o telhado desabou, disseram as autoridades.

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Os investigadores rastejaram sob os destroços e as autoridades contaram com cães farejadores para ajudar na busca por possíveis sobreviventes. A polícia estadual de Tamaulipas disse que cerca de 100 pessoas estavam na igreja no momento do desabamento.

O gabinete do porta-voz da segurança de Tamaulipas disse que 10 pessoas foram confirmadas como mortas no colapso, que descreveu como provavelmente causado por uma falha estrutural. O gabinete disse que 23 dos 60 feridos permanecem hospitalizados, sendo dois em estado grave.

O bispo José Armando Alvarez, da Diocese Católica Romana de Tampico, disse que o telhado desabou enquanto os paroquianos recebiam a comunhão na Igreja de Santa Cruz.

Posteriormente, a diocese publicou uma lista de pessoas feridas, incluindo um bebê de 4 meses, três crianças de 5 anos e duas crianças de 9 anos.

O número de vítimas jovens - os policiais disseram que três dos mortos eram crianças - pode ter sido devido ao fato de os batismos serem realizados na igreja.

Fotos publicadas pela mídia local mostraram a estrutura de concreto e tijolos, com partes do telhado caídas quase no chão. Imagens de câmeras de segurança a cerca de um quarteirão de distância captaram o momento do incidente.

O telhado parecia ser feito de concreto vazado relativamente fino, e fotos distribuídas pelas autoridades estaduais mostravam o forro do telhado apoiado no topo dos bancos em algumas partes da igreja. Isso deixou aberta a possibilidade de haver espaços para quaisquer sobreviventes.

"Neste momento, o trabalho necessário está sendo realizado para extrair as pessoas que ainda estão sob o rublo", disse Alvarez numa mensagem gravada. "Hoje vivemos um momento muito difícil."/Associated Press.

A boate em Múrcia, na qual um incêndio matou 13 pessoas no domingo (1º), tinha ordem de fechamento há um ano, informaram nesta segunda-feira (2) as autoridades da cidade do sudeste da Espanha.

Em janeiro de 2022 foi determinada a interrupção das atividades e em outubro foi emitida "uma ordem de execução de fechamento" do local, informou Antonio Navarro, secretário de Planejamento de Múrcia.

A medida foi decretada porque a empresa que administrava o local tinha licença apenas para uma boate, Teatre, mas fez obras para dividir o espaço e abrir outra casa noturna, a Fonda Milagros, onde aconteceu o incêndio letal, afirmou o secretário em uma entrevista coletiva.

As autoridades foram questionadas sobre o motivo pelo qual o local não havia sido fechado, já que a boate era muito conhecida na cidade e divulga suas atividades nas redes sociais.

"Estamos falando de uma tragédia sem precedentes e insisto que vamos agir com contundência para apurar todas as responsabilidades sobre o ocorrido até as últimas consequências, custe o que custar", disse Navarro.

As autoridades começaram a investigar as circunstâncias que provocaram o grande incêndio na boate Fonda Milagros às 6H00 de domingo e que provocou 13 mortes.

Entre as vítimas estavam pessoas de nacionalidade colombiana, nicaraguense, equatoriana e espanhola. Cinco pessoas que eram consideradas desaparecidas foram localizadas, informou o presidente regional de Múrcia, Fernando López Miras.

O incêndio, que também atingiu duas boates anexas, Teatre e Golden, teria começado no segundo andar do edifício, segundo López Miras.

A investigação começou com atraso nesta segunda-feira devido às temperaturas elevadas dos escombros e ao risco de desabamento da boate.

Uma jovem que frequentava a boate declarou ao jornal El País que a área reservada no segundo andar da Fonda Milagros, provável epicentro do incêndio onde acontecia uma festa de aniversário, era como "um labirinto". Ela disse que só era possível entrar ou sair da área por uma única escada.

Três dos 13 mortos foram identificados por suas impressões digitais e os demais precisarão de exames de DNA para completar o processo, segundo as autoridades.

O governo regional de Múrcia decretou três dias de luto e a prefeitura convocou um minuto de silêncio para 12H00 (7H00 de Brasília).

"Estamos comovidos e muito confortados com as demonstrações de carinho que recebemos de todo o mundo", disse o prefeito de Múrcia, José Ballesta.

No domingo, o rei Felipe VI expressou "dor e consternação" com a tragédia em Múrcia.

Seis homens foram mortos pela Polícia Militar do Rio de Janeiro durante supostos confrontos na favela da Cascatinha, em Vargem Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro, na manhã da quarta-feira (27). Segundo a PM, agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Polícia Ambiental e do Grupamento Aeromóvel estavam fazendo patrulhamento na região do Parque Estadual da Pedra Branca quando foram surpreendidos por criminosos que atiraram contra os policiais.

Houve revide e seis suspeitos morreram. Eles chegaram a ser conduzidos pela PM ao hospital municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, também na zona oeste, onde chegaram mortos.

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A PM apreendeu um fuzil e cinco pistolas que estariam com os mortos.

Segundo a corporação, as vítimas seriam envolvidas com o tráfico de drogas. O nome delas não foi divulgado.

Durante todo o dia, a PM manteve policiamento reforçado na favela da Cascatinha, onde estaria ocorrendo um confronto entre criminosos de facções rivais. Ninguém foi preso.

Um acidente de trânsito envolvendo 18 veículos deixou ao menos quatro mortos na manhã desta segunda-feira (25), em Goiás. O caso aconteceu no km 419 da BR-414, próximo à cidade de Abadiânia, no caminho entre Corumbá e Anápolis.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, um caminhão perdeu o controle e colidiu com outros 17 automóveis que estavam parados na pista em razão de um bloqueio da concessionária responsável pela estrada.

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A corporação informou que a empresa que administra a BR-414 estava fazendo uma manutenção na pista e, para isso, adicionou uma barreira para os condutores seguirem caminho no sistema de "pare e siga", o que acabou formando uma fila na rodovia. "Diversos veículos aguardavam serem liberados, quando um caminhão, ao se aproximar da barreira, perdeu o freio, vindo a colidir com 17 veículos", informou o tenente Coronel Altiere.

O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 11h15. O resgate das vítimas contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e a concessionária responsável pela estrada, que disponibilizou transporte para levar feridos às unidades de saúde mais próximas, especialmente em Anápolis.

Três pessoas morreram no local e uma veio a óbito no hospital, segundo a PRF. Ao menos nove pessoas precisaram ser levadas para atendimento, informou o Corpo de Bombeiros.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o motorista do caminhão envolvido no acidente teve ferimentos leves. Ele foi submetido ao teste de bafômetro e não estava alcoolizado. Ele informou às autoridades que o sistema de frenagem do veículo apresentou falhas antes da colisão.

Depois do acidente, o trecho da rodovia foi bloqueado para o atendimento às vítimas, remoção dos veículos envolvidos no acidente e contenção de combustível que vazava dos carros. De acordo com a PRF, a estrada da BR-414 já está totalmente liberada.

Pelo menos cinco homens foram mortos a tiros na madrugada deste sábado, 23, no município de Crisópolis, a cerca de 200 quilômetros de Salvador, na Bahia, durante uma operação policial. Segundo a PM, eles foram baleados em confronto com as forças de segurança. Na véspera, outras seis pessoas tinham sido mortas na capital e em Feira de Santana, numa megaoperação contra facções criminosas.

Na ação desta madrugada, a PM informou que tentava coibir a venda de drogas por homens armados na rua Maria Eunice. Ainda segundo a Polícia Militar, houve troca de tiros com "suspeitos". Todos teriam sido socorridos mas não resistiram aos ferimentos. A corporação informou que foram apreendidas na operação uma submetralhadora, uma espingarda, três revólveres, munições e balanças de precisão, além de cocaína e maconha.

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A Bahia enfrenta uma crescente onda de violência policial. Somente em setembro, foram registradas 46 mortes em confrontos com a PM da Bahia - 45 delas de supostos envolvidos com crimes e uma de um policial federal. A grande maioria das mortes ocorreu em operações nos bairros periféricos de Salvador.

Dados compilados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram que as mortes decorrentes de intervenção de agentes do Estado mais do que quadruplicaram desde 2015. Naquele ano, a taxa de ocorrências desse tipo era de 2,3 para cada 100 mil habitantes. No ano passado, chegou a 10,4.

A Bahia é governada pelo PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, há 16 anos. A Coluna do Estadão mostrou que o presidente foi alertado de que o governo perdeu o debate da segurança pública - e muito em função dos resultados apresentados na naquele Estado, cujo atual ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, foi governador entre 2015 e 2022.

O Estado de São Paulo registrou nos sete primeiros meses do ano aumento de 102,5% nos atendimentos ambulatoriais e internações causadas pela exposição ao calor, na comparação com o mesmo período de 2022. Foram cinco óbitos no período. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde nesta sexta-feira, 22, semana em que grande parte do Brasil enfrenta uma onda de calor.

De acordo com os dados da pasta, foram 312 atendimentos realizados em 2023 ante 154 no mesmo período do ano passado. Pessoas acima dos 60 anos, crianças com menos de quatro anos e pessoas com deficiência cognitivas são as mais afetadas e se enquadram no grupo de risco. Este público tem capacidade reduzida de perceber ou comunicar quando estão com sede e de regular a própria temperatura corporal.

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As informações da secretaria não levam em consideração os dados de agosto e setembro. A depender do calor feito nestes dois meses, e considerando a tendência de aumento das temperaturas no período de primavera, esses números devem aumentar.

O problema de altas temperatura, no entanto, está longe de ser uma particularidade do Brasil. Segundo a Agência Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), que faz registro de temperatura global há 174 anos, agosto de 2023 foi o mais quente já visto na comparação com todos os outros agostos do anos anteriores.

A previsão é de que o calor na capital paulista atinja seu pico neste final de semana, que marca o fim do inverno e início da primavera. Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura, os termômetros podem registrar 36ºC na tarde de domingo, 24. Se confirmado, será a temperatura mais alta do ano até agora. O recorde atual é desta sexta-feira: 34,7ºC.

Sem previsão de chuva, o sol predomina e mantém o tempo abafado. De acordo com CGE, a taxa de umidade cai de 28% (prevista para o sábado) para 23%, no domingo. As consequências dessa baixa umidade são a concentração de poluentes no ar e os riscos de queimadas, que podem agravar ainda mais problemas de saúde, principalmente respiratórios.

Para passar por esse período de altas temperaturas de forma mais saudável, os especialistas recomendam a ingestão de líquidos (de 1,5 litro a 2 litros), ao longo do dia; manter os ambientes ventilados, arejados e frescos; usar roupas leves e não fazer exercícios físicos no momento do dia em que o calor está mais intenso - a sugestão é fazer antes das 10h e depois das 16h.

A recomendação é observar o comportamento do público que está no grupo de risco, e que não pode ou consegue verbalizar o que sente. Crianças pequenas, por exemplo, ficam mais chorosas, irritadas, sonolentas e com a pele avermelhada. A queda na frequência de urina também é um sinal de que estão sentidos os efeitos do calor.

Idosos também merecem atenção especial por terem mais chances de apresentar quadros de desidratação. Por estarem sujeitos a doenças como diabetes e hipertensão, eles perdem mais água pela urina por causa da medicação.

Outro fator que contribui para desidratação em pessoas mais velhas é a diminuição natural das funções do hipotálamo, que tem a função de regular a temperatura do corpo. Com o comprometimento dessa região do cérebro, o idoso sente menos sede e, por isso, ingere menos líquido do que deveria.

Sinais de sonolência, letargia, fraqueza, dores de cabeça persistentes, tontura, náusea, vômito e convulsões podem ser indicativos de desidratação e aquecimento corporal. Em bebês, a moleira pode apresentar uma leve depressão. Qualquer pessoa que apresentar esses sintomas, independente da idade, deve buscar assistência médica.

Pelo menos seis pessoas morreram nesta sexta-feira, 22, durante megaoperação conjunta das forças de segurança na Bahia. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado, entre os mortos estão dois suspeitos de chefiar o tráfico de drogas em comunidades de Salvador.

Batizada de Operação Saigon, a ação desta sexta conta com cerca de 400 agentes das polícias Civil, Militar, Federal e Rodoviária Federal. A operação acontece na região do bairro de Águas Claras. Até o fim da manhã, além dos seis mortos, 15 suspeitos haviam sido presos. Os policiais tentam cumprir um total de 43 mandados, incluindo de busca e apreensão.

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De acordo com a SSP, dentre os mortos estão Eduardo dos Santos Cerqueira, conhecido como "Firmino", que seria uma das lideranças do tráfico de drogas no bairro de Águas Claras. Outro suspeito que morreu na ação é Gilmar Santos de Lima, o "Capenga". Segundo a secretaria de Segurança, ele acumula uma extensa ficha criminal por tráfico de drogas e homicídio.

A mãe e a mulher de Capenga foram presas. Com elas, a polícia encontrou drogas e R$ 8 mil em dinheiro. A mulher do suspeito estava com uma arma.

Crise na segurança pública

Na semana passada, o policial federal Lucas Monteiro Caribé foi morto durante operação conjunta das polícias em Salvador. Na sequência, pelo menos nove pessoas foram mortas em ação da polícia.

A Bahia enfrenta uma crise de segurança pública e também tem registrado alto índice de letalidade policial. Dados compilados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) mostram que as mortes decorrentes de intervenção de agentes do Estado mais do que quadruplicaram desde 2015. Naquele ano, a taxa de ocorrências desse tipo era de 2,3 para cada 100 mil habitantes. No ano passado, chegou a 10,4.

A Bahia é governada pelo PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, há 16 anos. A Coluna do Estadão mostrou que o presidente foi alertado de que o governo perdeu o debate da segurança pública - e muito em função dos resultados apresentados na naquele Estado, cujo atual ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, foi governador entre 2015 e 2022.

Fotos: Haeckel Dias/Ascom-PC

A prefeitura de Campinas, no interior de São Paulo, confirmou nesta quarta-feira, 20, a morte de um homem de 40 anos, após contrair a febre maculosa. É o 7º óbito causado pela doença, transmitida pelo carrapato-estrela, este ano, no município. O número equivale aos óbitos de todo o ano passado. No estado de São Paulo, foram registradas 16 mortes por maculosa até o dia 31 de agosto deste ano, segundo a Secretaria Estadual de Saúde. No mesmo período de 2022 foram 22 mortes.

Campinas está em região endêmica para a doença no estado. Além das mortes, houve ainda dois casos confirmados de febre maculosa em que os pacientes se recuperaram. Já no estado, o número de casos até agosto foi de 37, dois a mais do que em 2022. Em todo o Brasil, segundo o Ministério da Saúde, até 14 de setembro tinham sido registrados 191 casos e 51 mortes. A incidência se concentra na região Sudeste, com 135 casos e 44 óbitos.

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O paciente de Campinas apresentou sintomas no final de agosto e morreu no último dia 2. A causa foi confirmada após exames de laboratório. De acordo com a prefeitura, o homem percorreu áreas com possível presença de capivaras, hospedeiras do carrapato, nas margens do Rio Capivari e do Córrego São Vicente, na zona sul da cidade.

Em junho deste ano, Campinas registrou um surto de febre maculosa na Fazenda Santa Margarida, um local de eventos, no distrito de Joaquim Egídio. Quatro pessoas que participaram de shows e eventos na propriedade morreram após contrair a doença. As vítimas foram um homem de 42 anos e três mulheres: uma professora de 28 anos, uma dentista de 36 e uma adolescente de 16 anos.

Os outros óbitos foram de um soldado do Exército, de 18 anos, confirmado no dia 2 de agosto, e de um homem de 52 anos, ocorrido em julho. A prefeitura informou que todas as áreas de risco para transmissão de febre maculosa no município, incluindo alguns parques municipais, estão com placas de alerta aos visitantes. Os locais são monitorados pelo município. A Fazenda Santa Margarida foi liberada para eventos após ter aprovado um plano de ação para minimizar os riscos de contrair a doença.

Sintomas

Segundo o Ministério da Saúde, a febre maculosa é uma doença infecciosa grave causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, transmitida pela picada do carrapato. A doença não é transmitida de pessoa para pessoa. Os sintomas iniciais podem ser confundidos com os de outras doenças, por isso é importante estar atento às picadas de carrapato no corpo após frequentar matas e áreas verdes e buscar atendimento médico rápido em caso de sintomas.

Os principais sintomas são febre, dor de cabeça intensa, náuseas e vômitos, diarreia e dor abdominal, dor muscular constante, inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e dos pés. Pode aparecer gangrena nos dedos e orelhas, paralisia dos membros que sobe das pernas até os pulmões, causando parada respiratória.

Cuidados

Entre os cuidados para evitar a doença, estão usar roupas claras que ajudam a identificar o carrapato ao adentrar áreas com mato. Calças, botas e blusas com mangas compridas dificultam o acesso do aracnídeo ao corpo. Repelentes corporais também são indicados. Se encontrar um carrapato no corpo, é melhor usar uma pinça para a remoção, evitando apertar ou esmagar o bicho contra a pele. As roupas usadas em locais com carrapatos devem ser lavadas em água fervente.

Dois suspeitos de envolvimento no confronto que resultou na morte do policial federal Lucas Caribé Monteiro de Almeida, de 42 anos, na sexta-feira (15), durante operação de combate ao crime organizado, no bairro Valéria, em Salvador, na Bahia, foram mortos em ações policiais realizadas na noite de domingo (17). Desta forma, segundo a Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), o número de suspeitos mortos subiu para nove, além de uma prisão que foi efetuada.

Segundo a SSP-BA, em Periperi, policiais faziam patrulhamento na Rua Novos Unidos, após denúncias de que um traficante integrante da facção estava com outros criminosos. Os bandidos foram encontrados e houve confronto. "Um deles acabou atingido, foi socorrido, mas não resistiu. Um revólver calibre 38 e munições foram apreendidos", afirmou a secretaria.

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O segundo suspeito foi localizado na Palestina por policiais da Coordenação de Operações e Recursos Especiais (CORE) da Polícia Civil e do Comando de Operações Táticas (COT) da Polícia Federal. Ao atirar contra os policiais, ele foi atingido e não resistiu aos ferimentos.

"Uma pistola calibre 9mm, com carregador alongado e munições foram apreendidos com o indivíduo", disse a SSP-BA.

Conforme balanço divulgado, nas últimas 72 horas, ações integradas contra a facção que agiu no bairro Valéria localizaram três fuzis, uma carabina, uma submetralhadora, três pistolas, um revólver, carregadores, munições, rádios comunicadores e peças de veículo roubado.

"Um traficante, que possuía mandado de prisão por homicídio, foi preso e outros nove morreram em confrontos", afirmou o órgão.

Na sexta-feira, quatro indivíduos foram mortos por suspeita de fazerem parte do grupo de criminosos que trocou tiros com os policiais durante operação realizada no bairro Valéria. Dois morreram em tiroteio e outros dois durante tentativa de fuga.

No sábado  (16), o quinto suspeito foi morto após troca de tiros no bairro de Mirante de Periperi. No domingo, outros dois suspeitos morreram também após troca de tiros. Eles tentavam se esconder em um apartamento no Conjunto Paraguari II, no bairro de Periperi.

Ainda na noite de domingo, como citado anteriormente, foram registradas mais duas ocorrências em Periperi e na Palestina, que resultou na morte de mais dois suspeitos.

Crise na Segurança Pública

A Bahia vive uma crise na Segurança Pública e tem sofrido com altos índices de violência urbana e letalidade policial nos últimos anos. A operação Fauda tem como objetivo o combate a uma organização criminosa que atua no tráfico de drogas e armas, homicídios e roubos. A operação é realizada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco), que começou a atuar no mês passado para tentar coibir as organizações criminosas que se instalaram na Bahia, principalmente ligadas ao tráfico ou à milícia.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou a morte do policial federal Lucas Caribé Monteiro de Almeida. O agente integrou a equipe de segurança de Lula quando o presidente viajava à Bahia durante a campanha eleitoral no ano passado, ainda como candidato.

Após as eleições, Lucas Caribé continuou sendo designado pela Polícia Federal a fazer a proteção do petista durante os compromissos de Lula em território baiano. O agente era policial federal desde 2013. Ele iniciou na corporação no Pará, mas se transferiu para a Bahia em 2019. Atualmente estava lotado no Grupo de Pronta Intervenção (GPI).

Na quinta-feira, a Coluna do Estadão mostrou que o presidente foi alertado de que o governo perdeu o debate da segurança pública - e muito em função dos resultados apresentados na Bahia, cujo atual ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, foi governador entre 2015 e 2022. (COLABOROU MARCIO DOLZAN)

O mau tempo pode ter contribuído para a queda de avião de pequeno porte na tarde de sábado (16) na região de Barcelos, no interior do Amazonas, de acordo com informações preliminares. Segundo autoridades locais, duas aeronaves desistiram de aterrissar no aeroporto local pouco antes do acidente.

O desastre deixou 14 mortos: piloto, copiloto e 12 passageiros, todos turistas que iriam praticar pesca esportiva.

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A lista de vítimas não foi oficialmente divulgada pelas autoridades, que vão esperar os exames de reconhecimento dos corpos, mas na lista enviada pela Manaus Aerotáxi para o governo estadual, consta os nomes de Roland Montenegro Costa, médico no Distrito Federal, e de Gilcrésio Salvador Medeiros, dono de uma pousada em Niquelândia, em Goiás.

"Ele se foi de uma forma inesperada, mas estava indo fazer o que mais amava na vida: pescar", foi postado no perfil da pousada Serra da Mesa, em Niquelândia, a cerca de 260 quilômetros de Brasília.

A morte do médico Roland Montenegro Costa, que atuou na área de transplantes, foi confirmada pelo Conselho Regional de Medicina (CRM) do DF.

Cinco ex-colegas de Uberlândia, Minas Gerais, também estão entre as vítimas do acidente aéreo. Os cinco eram ex-colaboradores do grupo Algar, empresa de telecomunicações, que emitiu nota de pesar. "A Algar lamenta o acidente ocorrido e confirma que cinco dos ocupantes da aeronave são ex-associados."

Os nomes não foram revelados.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, afirmou nesta sexta-feira (15), que o homem que matou dois policiais militares na última quinta-feira (14), em Camaragibe, município da Região Metropolitana do Recife, não possuía antecedentes criminais, e que era portador de licença de colecionador, atirador desportivo e caçador (CAC). Segundo o chefe da pasta, a arma de Alex Silva, conhecido como "Samurai", responsável pelos disparos contra os PMs, era registrada no nome dele. 

A confirmação foi dada durante coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira no Palácio do Campo das Princesas, no Recife, onde a governadora Raquel Lyra (PSDB) se pronunciou sobre o caso das oito mortes, se solidarizando pelas famílias dos policiais mortos em serviço. 

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O que aconteceu 

Na noite da quinta-feira (14), os PMs foram atender a um chamado no bairro de Tabatinga, em Camaragibe, de uma denúncia anônima que algumas pessoas estavam em uma laje fazendo disparos com arma de fogo. Ao chegar ao local, eles foram recebidos com tiros, sendo atingidos na cabeça. Na troca dos disparos, uma mulher grávida foi atingida, e está hospitalizada. Alex fugiu. 

"Ao chegar no local, na escada, os policiais estavam chegando, ele de cima da escada, efetuou os disparos. E tiros precisos, atingiram as cabeças dos dois policiais. Havia mais pessoas sobre a laje, e com a confusão, se evadiram todos, então, uma das coisas que a investigação irá esclarecer é quem eram as pessoas que estavam lá”, relatou Alessandro. 

Durante a madrugada, três irmãos de Alex foram mortos, mas não se sabe ainda quem são os responsáveis pelos assassinatos. Na manhã desta quinta-feira, os corpos de duas mulheres foram encontrados em um matagal no município de Paudalho, na zona da Mata. Uma foi identificada como Maria José, de 58 anos, mãe de Alex, e a outra seria a companheira dele, mas a informação ainda não foi confirmada pelos peritos. 

Alessandro Carvalho afirmou ainda que as investigações, até o momento, não descartam nenhum possível suspeito. “Nós não temos como descartar nenhuma hipótese. O que nós temos é: dois policiais foram assassinados ao atender a uma ocorrência; cinco pessoas ligadas à vítima foram mortas em menos de 12 horas. Existe uma correlação, e é isso que nós vamos investigar. O delegado Erivaldo Pereira e equipe dele vai investigar. Seja qual for a hipótese, ela será checada, confirmada ou descartada”, declarou. 

Carvalho ressaltou que há uma linha de trabalho que já está sendo apurada para chegar aos verdadeiros responsáveis. “O que a gente quer é o resultado final, o que todos nós queremos aqui é o resultado final. Que se determine quem foram os autores, quais foram as pessoas que estavam em cima da laje, e que são coautores do homicídio dos policiais, e quem foram os autores dos homicídios contra os familiares do criminoso que matou os policiais. Então essa é a resposta que a polícia tem que dar no final”, disse. O secretário não soube informar se algum familiar de Alex vai receber algum tipo de suporte ou indenização por parte do estado. 

Programa que gera dúvidas 

O governo do estado lançou, ainda no final de julho, o programa “Todos Pela Segurança”, tendo como primeiro passo um período de escuta da população para entender as principais demandas em relação à segurança pública em Pernambuco. Alessandro Carvalho reforçou o calendário apresentado no dia do lançamento, cujo plano final deverá ser divulgado no dia 28 de setembro.

“A escuta da população também está em curso e irá terminar agora no sábado, dia 23. Eu cheguei [à chefia da Secretaria de Defesa Social] na semana passada e não participei de nenhuma etapa do ‘ouvir para mudar’. Então o que acontece? Eu cheguei, já fui secretário de 2014 a 2016, executivo antes, conheço um pouco da realidade do estado [em relação à] segurança. Porém de 2016 pra cá, sete anos se passaram, e muita coisa deve ter mudado. Então estou em processo ainda de conversa com as operativas para que eu me entregue o mais rápido possível aí que a gente tenha uma implementação e a medidas que possam melhorar a segurança no estado”, prometeu. 

 

A governadora Raquel Lyra (PSDB) se pronunciou, na tarde desta sexta-feira (15), no Palácio do Campo das Princesas, no Recife, na área central do Recife, sobre a chacina da família de um homem suspeito de matar dois policiais do 20º Batalhão da Polícia Militar, nessa quinta-feira (14), em Camaragibe, município da Região Metropolitana do Recife.

Em coletiva de imprensa, Raquel e o secretário de Defesa Social do Estado, Alessandro Carvalho se posicionaram sobre as mortes do soldado Eduardo Roque Barbosa de Santana, de 33 anos, e o cabo Rodolfo José da Silva, de 38 anos, do criminoso Alex Silva, o "Samurai" e dos familiares dele. "Infelizmente oito vidas foram ceifadas. A polícia está investigando cada uma delas como são: crimes bárbaros que aconteceram no nosso estado".

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Raquel fez questão de lembrar que os policiais morreram no exercício da profissão e prestou solidariedade a todas as famílias enlutadas. "Dois polícias foram mortos no exercício da profissão. Enquanto a gente está aqui, os policias estão sendo sepultados. São: cabo Rodolfo José da Silva e o soldado Eduardo Roque Barbosa de Santana. Eles morreram em uma ocorrência com disparos de arma de fogo, em Tabatinga, cidade de Camaragibe. Foram alvejados na cabeça e ambos mortos por um único atirador. Eu quero aqui me solidarizar com os familiares e amigos dos policiais Eduardo e Rodolfo", lamentou a governadora. 

 

Lentamente, a ajuda internacional começa a alcançar Derna, na Líbia, ao mesmo tempo em que crescem as perguntas sobre como a cidade pôde ser devastada pela tempestade Daniel, no fim de semana. São 10 mil desaparecidos. O número de mortos foi estimado na quarta-feira (13) em 20 mil pelo diretor do centro médico Al-Bayda, Abdul Rahim Maziq.

No entanto, Moin Kikhia, ex-funcionário público do Ministério das Finanças da Líbia, disse que o autoproclamado governo que controla o leste do país teme que o verdadeiro número de vítimas possa rondar as dezenas de milhares. "O número de mortes é muito maior do que se pensava. O governo acredita que sejam 40 mil, mas ninguém quer dizê-lo por medo de irritar as pessoas", disse Kikhia, fundador do Instituto Democrático Líbio, ao jornal britânico Telegraph.

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A Organização Internacional para as Migrações (OIM) afirmou ontem que 30 mil estão desabrigados. As inundações causaram danos significativos à infraestrutura de Derna, que ainda está praticamente inacessível.

Devastação

Equipes de resgate vasculharam prédios destruídos em busca de vítimas e recuperaram corpos que flutuavam no Mediterrâneo.

"Os cadáveres estão por todo o lado, dentro das casas, nas ruas, no mar. Onde quer que você vá, você encontra homens, mulheres e crianças mortos", disse Emad al-Falah, um trabalhador humanitário de Benghazi que está atuando em Derna. "Famílias inteiras foram perdidas."

Mais de 2 mil cadáveres foram recolhidos ontem e mais da metade deles foi enterrada em valas comuns em Derna, de acordo com o ministro da Saúde do governo local, Othman Abduljaleel. Muitos corpos foram retirados do mar.

"O mar despeja constantemente dezenas de corpos todos os dias", disse Hichem Abu Chkiouat, ministro da Aviação Civil do governo que dirige o leste da Líbia.

A surpreendente devastação refletia a intensidade da tempestade, mas também a vulnerabilidade da Líbia. O país está dividido por governos rivais, um no leste, o outro no oeste, e o resultado foi a negligência da infraestrutura.

Das sete estradas que levam à cidade, apenas duas estavam acessíveis ontem. Várias pontes que cruzam o Rio Derna caíram. A Câmara Municipal pediu a abertura de uma passagem marítima para a cidade e uma intervenção internacional urgente.

A tempestade em Derna é o mais recente golpe em um país que já foi devastado por anos de caos e guerra civil.

Trata-se do desastre ambiental mais fatal da história moderna da Líbia. Anos de conflito e a falta de um governo central deixaram a infraestrutura líbia em ruínas e vulnerável a chuvas intensas. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A tempestade Daniel, que atingiu a Líbia no fim de semana, matou 5,3 mil pessoas e deixou mais de 10 mil desaparecidos, de acordo com a Cruz Vermelha. Pelo menos 1,3 mil vítimas foram identificadas e enterradas ontem, mas centenas estão empilhadas em cemitérios e poucos sobreviveram para identificar os cadáveres.

O rompimento de duas barragens agravou a tragédia. A cidade portuária de Derna foi a mais atingida. Tariq al-Kharraz, porta-voz da administração que controla o leste da Líbia, disse que bairros inteiros foram arrasados, com muitos corpos arrastados para o mar. O número total de mortos, segundo ele, pode jamais ser conhecido.

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"Há corpos espalhados por toda parte - no mar, nos vales, sob os edifícios", disse Hichem Chkiouat, ministro da Aviação Civil do governo que controla o leste da Líbia. "Não estou exagerando quando digo que 25% da cidade de Derna desapareceu. Muitos edifícios desabaram."

A cidade tem 90 mil habitantes e é cortada pelo Wadi Derna, um rio sazonal que corre das terras altas, no sul, em direção ao Mar Mediterrâneo. O vale era protegido de inundações por barragens. Na noite de domingo, duas represas se romperam, provocando uma violenta enxurrada que foi levando tudo o que encontrava pela frente nas duas margens do rio.

Divisão

O rompimento das duas barragens no Wadi Derna é a demonstração do colapso da infraestrutura da Líbia depois da morte do ditador Muamar Kadafi e mais de uma década de guerra civil. Um dos países mais ricos em petróleo do mundo está dividido entre duas facções rivais: uma no leste e outra no oeste, cada uma apoiada por diferentes milícias e governos estrangeiros.

O Governo de Unidade Nacional (GNU), com sede em Trípoli, controla o oeste da Líbia. Seu líder, Abdul Hamid Dbeibeh, tem o reconhecimento da maior parte da comunidade internacional e recebe apoio da Turquia.

Já o Governo de Estabilidade Nacional (GEN), com base em Tobruk, liderado pelo general Khalifa Haftar, comanda o Exército Nacional Líbio (ELN) no leste do país - onde ocorreram as enchentes. O GEN tem apoio dos mercenários russos do Grupo Wagner.

A falta de um governo central atrapalha os investimentos em estradas e serviços públicos na Líbia. Durante anos, Derna foi ocupada por militantes islâmicos, até ser capturada pelo general Haftar, em 2019.

Tempestade

A enorme quantidade de chuva é resultado de um sistema muito forte de baixa pressão que provocou inundações catastróficas na Grécia, Turquia e Bulgária, na semana passada, deixando 27 mortos. Classificada como um "fenômeno extremo em termos de volume de água", a tempestade Daniel deslocou-se para o Mediterrâneo antes de se transformar em ciclone tropical. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Mais de um em cada cinco assassinatos de defensores da terra e do meio ambiente no mundo , registrados em 2022, ocorreram na Amazônia. No total, 177 pessoas perderam a vida em todo o planeta, sendo 39 (22%) na maior floresta tropical. É o que mostra levantamento da organização não governamental Global Witness, que há mais de uma década denuncia ameaças e mortes daqueles que se dedicam à defesa do meio ambiente e da terra, entre eles indígenas, guardas-florestais, autoridades e jornalistas.

Pela primeira vez, a instituição contabilizou os ataques a defensores atuantes no bioma.

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A consultora sênior da Global Witness, Gabriella Bianchini, destaca que os números revelam a Amazônia como um dos lugares mais perigosos do mundo para os ativistas, com violência, tortura e ameaças compartilhadas pelas comunidades de toda a região. A Amazônia tem quase 6,9 milhões de quilômetros quadrados e abrange oito países da América do Sul.

Segundo ela, ao atuarem contra a pressão agropecuária, desmatamento e garimpo ilegal, os defensores passam a ser intimidados e atacados.

“Esse número assustador é a tradução da ausência do Estado: a ausência de políticas públicas focadas na proteção de defensores e defensoras, na preservação de territórios tradicionais e na preservação do meio ambiente, e na demarcação de territórios tradicionais, bem como a ausência de responsabilização de empresas e outros agentes envolvidos em violações dos direitos humanos de defensores e defensoras”, disse a consultora à Agência Brasil.

Um dos casos emblemáticos dessa violência foi o do indigenista brasileiro Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips, mortos no dia 5 de junho de 2022, vítimas de uma emboscada, enquanto viajavam de barco pela região do Vale do Javari, no Amazonas.

Indígenas

Os indígenas estão entre os mais ameaçados. Mais de 36% dos ativistas assassinados no mundo, em 2022, eram de origem indígena, o equivalente a 39 pessoas. Em seguida, estão pequenos agricultores (22%) e afrodescendentes (7%). Somente na Amazônia, foram identificadas as mortes de 11 indígenas.

“Todos os anos, defensores desse bioma de valor inestimável pagam com a própria vida pela proteção de suas casas, meios de subsistência e da saúde do nosso planeta”, acrescenta a consultora.

A entidade aponta o esforço em ampliar a proteção dos defensores na América Latina, região com maior número de assassinatos, por meio do Acordo Regional de Escazú (firmado em abril de 2022), porém a maioria dos países amazônicos ainda não aderiu.

Brasil

O Brasil é o segundo país mais letal para ativistas ambientais. Junto com Colômbia e México, respondem por mais de 70% dos casos em todo o mundo, equivalente a 125 mortes.

No Brasil, foram 34 assassinatos no ano passado, contra 26, em 2021. Desde 2012, início da série histórica, 376 defensores perderam a vida em território brasileiro.

A Colômbia lidera o ranking mundial, com 60 assassinatos, quase o dobro de mortes registradas no país em 2021.

Para a Global Witness, a situação brasileira é preocupante e foi agravada pela política do governo passado. “Defensores da terra no Brasil enfrentaram a hostilidade implacável do governo de Jair Bolsonaro, cujas políticas escancararam a Amazônia à exploração e à destruição, desmontaram órgãos ambientais e alimentaram invasões ilegais de terras indígenas”, ressalta Gabriella Bianchini.

Em relação ao governo atual, as entidades esperam pela reestruturação “de agências reguladoras e com a criação de novos ministérios que poderão auxiliar na proteção daqueles que defendem o meio ambiente, como o Ministério dos Povos Indígenas”.

Recomendações

A Global Witness traz uma série de recomendações para um ambiente seguro aos defensores da terra e do meio ambiente, como cumprimento ou formulação de leis que protegem os direitos dos ativistas. Também consta nas recomendações a investigação e responsabilização de empresas e governos pelos ataques e danos aos ativistas.

Dezenas de pessoas morreram em um incêndio em um edifício residencial de Hanói, capital do Vietnã, informou a imprensa local, que citou pelo menos três crianças entre as vítimas.

Mais de 50 pessoas foram levadas para hospitais e dezenas morreram, informou a agência estatal Vietnam News Agency.

Os serviços de emergência conseguiram resgatar 70 pessoas que estavam bloqueadas pelas chamas, segundo a agência. O Viettimes, outro meio de comunicação oficial, informou que três crianças morreram na tragédia.

O incêndio foi controlado e as equipes de resgate procuravam corpos e sobreviventes durante a manhã.

O primeiro-ministro Pham Minh Chinh ordenou a abertura de uma investigação.

O chefe de Governo visitou o local da tragédia e depois seguiu para um hospital, onde conversou com algumas vítimas.

Este pode ser um dos incêndios mais letais dos últimos anos no Vietnã, país do sudeste asiático marcado por vários casos de violações das regras básicas de segurança.

O incêndio começou no estacionamento do subsolo do edifício pouco antes da meia-noite.

"Nós estávamos dormindo quando, de repente, sentimos muito calor porque não havia mais energia elétrica", contou à AFP Nguyen Thi Minh Hong, que escapou das chamas e recebia atendimento em um hospital de Hanói.

"Senti muito medo, ficamos cinco horas dentro do quarto", explicou a mulher de 34 anos, que mora no sétimo andar do prédio. "Tentei acalmar meus (dois) filhos colocando uma toalha molhada em seus rostos", acrescentou.

"Estávamos entre a vida e a morte", disse.

As chamas atingiram grande parte do prédio de 10 andares, que fica em uma rua estreita de um bairro residencial de Hanói. Os bombeiros precisaram escalar a fachada para chegar a algumas áreas afetadas.

Quase 150 pessoas moram no edifício, cujas varandas são protegidas por grades que as isolam do exterior, segundo autoridades.

"Não há saída de emergência, era impossível que as vítimas escapassem", declarou à AFP Hoa, uma moradora do bairro que não revelou o sobrenome.

"Ouvimos os gritos de socorro, mas não conseguimos ajudar".

Outra testemunha, Huong, viu o momento em que uma criança foi jogada pela janela para escapar das chamas.

"Havia fumaça para todos os lados. Jogaram um menino pequeno de um andar elevado, não sei se ele sobreviveu, se as pessoas conseguiram pegar a criança com um colchão", relatou Huong.

A tragédia aconteceu apenas dois dias após uma visita de poucas horas do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a país.

O Vietnã registrou vários incêndios letais nos últimos anos, que aumentaram as suspeitas sobre a falta de aplicação das regras básicas de segurança.

Um incêndio em um bar de karaokê perto da Cidade Ho Chi Minh (sul) há um ano deixou 32 mortos.

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