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A Escola de Referência em Ensino Médio Dom Sebastião Leme localizada no bairro do Ibura, no Recife, foi alvo de interferência da Polícia Militar nesta manhã da quarta-feira (10). Estudantes tentavam ocupar a escola contra a PEC do Teto dos Gastos e de acordo com alguns estudantes a polícia utilizou spray de pimenta, cacetete e a força bruta para afastá-los.

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Um movimento que realiza trabalhos sociais ministrando aulas de filosofia e sociologia estavam na escola nessa terça-feira (9) a pedido dos alunos, que os procuraram para explicar sobre a PEC 241. Depois dessa conversa, os estudantes mostraram a intenção de ocupar o local. O diretor da escola estadual, Givaldo Bastos, chamou a Polícia Militar deixando o local de forma truculenta, de acordo com informações dos estudantes que estavam no local.

Os detidos, ex-alunos da escola que estavam organizando a ocupação, identificados como Diogo Alves, Cícero da Silva, Pedro Aureliano e Tássia Seabra foram levados para a Central de Flagrantes, no bairro deSanto Amaro. Tânia Gabriela faz parte do grupo de voluntários e diz se sentir incrédula com a ação da polícia. "Quando chegamos, fomos barrados, ficamos em frente ao portão. Os alunos não deixaram que fechassem a grade e se iniciou o tumulto. O diretor acusou a gente de estar aliciando menores", afirmou Tânia. Segundo ela, em seguida chegou uma viatura com dois policiais. "Um era pacífico, mas o outro chegou agredindo e bateu com cacetete no celular de uma aluna. Em seguida chegaram mais nove viaturas. Os policiais chegaram agressivos, dizendo que não queriam conversa, só eles poderiam falar. Estavam com metralhadora. Tentamos conversar, mas eles imobilizaram meu primo, o Cícero, que é professor de filosofia e trouxeram ele para delegacia”, descreve a voluntária.

Assista, no vídeo, o momento em que o jovem é detido: 

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Outro integrante do movimento - que não quer ser identificado por medo da repressão - reclamou da postura do diretor da escola. “Somos ex-alunos e os alunos que estão na escola nos chamaram para explicar a PEC. Esse diretor assumiu a escola há 3 meses e hoje disse que nunca tinha nos visto por lá. Ele nos agridiu verbalmente, chamando de vagabundos e maconheiros e disse para uma das mulheres que o lugar dela era em casa lavando louça”, completa o rapaz.

De acordo com o movimento, outro grupo contra a PEC do Teto dos Gastos está se organizando para ocupar a escola Estadual de Lagoa Encantada que também fica na comunidade do Ibura, no Recife.

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A Universidade de Pernambuco (UPE) divulgou um comunicado, nesta quarta-feira (9), que promete acalmar os estudantes. A instituição de ensino garantiu que as provas do Sistema Seriado de Avaliação (SSA) estão mantidas, apesar das ocupações em protesto contra a PEC do teto.

Segundo o comunicado produzido pela Comissão Permanente de Concursos Acadêmicos, todas as provas (SSA 1, SSA 2 e SSA 3) serão realizadas nas datas previstas no Manual do Candidato, bem como os locais de exame estão confirmados. De acordo com a UPE, as ocupações que acontecem em algumas unidades não interferirão na realização do processo seletivo, pois “todos os locais de prova estarão liberados com antecedência para cada fase do SSA”.

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Ao LeiaJá, a assessoria de imprensa da UPE informou que uma comissão da Universidade dialogou com os movimentos responsáveis pelas ocupações. Os ocupantes aceitaram deixar os locais para a realização do SSA, mas voltarão assim que as provas cheguem ao fim. Ainda segundo a assessoria, as desocupações devem começar nesta quinta-feira (10). Estão ocupadas as unidades de Nazaré da Mata, Garanhuns, Petrolina, Palmares, bem como três áreas do Campus Santo Amaro, no Recife. 

Os feras do SSA 3 farão prova no próximo domingo (13) e na segunda-feira (14). Já os candidatos do SSA 2 terão prova nos dias 27 e 28 deste mês, enquanto que os estudantes do primeiro ano responderão as questões do Seriado em 4 e 5 de dezembro. 

Mais uma vez criticando a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55, nesta terça-feira (8), o senador Humberto Costa (PT) declarou que o presidente da República Michel Temer (PMDB) está tentando antecipar a votação da Proposta para evitar um debate mais amplo sobre o tema. Ele também declarou que, atualmente, no Brasil, está ocorrendo “o maior protesto estudantil desde a época da Ditadura Militar”.

O senador afirmou que, aproximadamente, 1.400 instituições de ensino no país aderiram ao movimento contra a PEC 55. “Cada dia fica mais claro que o corte é na carne dos trabalhadores, dos estudantes, da sociedade, enquanto ele e seus comparsas ampliam os seus privilégios. A tentativa de apressar a votação da PEC 55 mostra que, à medida em que se amplia a discussão sobre a medida, cresce a rejeição à proposta”, disse.

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Humberto também declarou que Temer ofendeu os estudantes, em recente evento com empresários. “Ele insinuou que os estudantes não sabem o que é uma PEC, subestimando a inteligência e a força da juventude. Tenho certeza de que, nas ocupações, tem muito mais gente consciente sobre a importância da educação brasileira do que em toda aquela esplanada dos ministérios. Esta é mais uma tentativa desesperada da gestão peemedebista de minimizar as ocupações”, cravou.

Protesto

Na próxima sexta-feira (11), está marcado um protesto nacional contra a PEC 55 e outras medidas Governo Temer. Segundo o presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Rui Falcão, “somente com a pressão da juventude e a sociedade na rua vamos conseguir derrubar essa medida, que implica em 20 anos de sofrimento para o povo brasileiro. No Senado, seguiremos resistindo e vamos lutar para que possamos ampliar o debate e esclarecer cada vez mais o que está em jogo”.

Humberto Costa esteve presente, no Recife, em outubro, no último ato realizado contra a Proposta. Em entrevista concedida ao Portal LeiaJá, ele ressaltou que o maior risco da PEC 241 será uma carência ainda maior aos direitos sociais. 

“O primeiro passo é estagnar, congelar os gastos do orçamento da nossa república. O segundo passo é retirar direitos porque a população brasileira vai continuar crescendo. Hoje, por exemplo, o Governo Federal tem que gastar, pelo menos, 18% das suas receitas com a educação e isso vai cair. A qualidade dessas políticas públicas irão cair violentamente”, alertou na ocasião.

A Escola de Referência em Ensino Médio Cândido Duarte, localizada em Apipucos, na Zona Norte do Recife, ocupada nesta segunda-feira (7) por 30 estudantes, foi cercada pela Polícia Militar na manhã desta terça (8). A unidade de ensino é a primeira escola pública estadual no Recife a entrar na lista do movimento estudantil contra a PEC do Teto dos Gastos (PEC 55).

De acordo com informações do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (SINTEPE), o objetivo do grupo é chamar atenção para os riscos que a PEC 55 traz a toda sociedade, além da reforma do Ensino médio e dos problemas da unidade de ensino, que, mesmo sendo integral, apresenta várias deficiências na estrutura e na merenda. O SINTEPE apoia o movimento e enfatiza que a luta dos estudantes é legítima na constante busca por direitos básicos como é a educação.

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Antes de anunciar a ocupação, os jovens procuraram participar das atividades com os representantes de outras instituições que também estão ocupadas pela mesma causa. Os jovens informaram que durante toda a ocupação serão realizadas oficinas culturais, aulas excepcionais e bazar para os alunos e para a comunidade próxima ao colégio.

Segundo um aluno do movimento estudantil, que preferiu não se identificar, estiveram no local representantes da PM, da Secretaria de Educação e dos Direitos Urbanos, o Deputado Edilson Silva (Psol) e representantes do SINTEPE. Existe uma reunião prevista com a secretaria da escola, mas ainda sem data e hora marcada. A negociação de desocupação da escola segue na tarde desta terça-feira e as aulas foram liberadas para os estudantes. Em conversa pelo telefone, o coordenador do 11º Batalhão da Polícia Militar 17 de Agosto disse ao LeiaJá que uma nova visita está prevista ao término do horário dos estudantes. 

A Escola de Referência em Ensino Médio Cândido Duarte, no último balanço realizado pelo Ministério da Educação, se classificou entre as 20 melhores escolas públicas de Pernambuco, atingindo a 17º posição com a pontuação de 522,12 no Exame Nacional do Ensino Médio em 2015. Foi divulgado o desempenho de 14.998 escolas que tiveram pelo menos 10% dos seus alunos participantes do Enem e a média geral delas nas quatro provas objetivas.

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O presidente Michel Temer (PMDB) criticou, nesta terça-feira (8), as ocupações estudantis contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55/2016, que limita os gastos públicos nos próximos 20 anos, em tramitação no Senado Federal, e a Medida Provisória (MP) que institui a reforma do Ensino Médio, também em análise no Congresso. 

Durante o discurso de abertura do seminário Infraestrutura e Desenvolvimento do Brasil, promovido pelo jornal Valor Econômico e Confederação Nacional da Indústria (CNI), Temer disse que hoje não se debate mais sobre um assunto. Segundo ele, o argumento intelectual deu lugar ao embate físico. 

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“Nós precisamos aprender no país a respeitar as instituições, e o que menos se faz hoje é respeitar as instituições. Isso cria problemas e o direito existe exatamente para regular as relações sociais. Hoje ao invés do argumento intelectual e verbal, usa-se o argumento físico. Vai e ocupa não sei o quê e bota pneu velho em estrada para impedir trânsito”, criticou.

Para o presidente, muitas pessoas, entre elas estudantes, protestam, mas não sabem o que é uma PEC. “Você sabe o que é uma PEC? É uma Proposta de Ensino Comercial. Estou dando um exemplo geral de que as pessoas debatem sem discutir ou ler o texto”, disparou. 

Sobre a reforma do Ensino Médio, Temer salientou que a proposta encaminhada por ele apenas reascendeu a discussão de algo que já era pauta no Congresso. “Quando nós colocamos a medida provisória [do Ensino Médio], nós fizemos baseados nos projetos de lei que estão lá [no Congresso]. Os projetos de lei dizem exatamente o que diz a medida provisória. O que fez a medida provisória foi agilizar o debate relativo ao Ensino Médio no País”, declarou. 

Os professores da Universidade Federal Rural de Perbambuco (UFRPE) entram em greve por tempo indeterminado a partir desta terça-feira (8). A paralisação foi votada em uma assembleia geral realizada no último dia 3 pela Associação dos Docentes (Aduferpe) da instituição. As aulas na UFRPE já estavam suspensas desde o dia 31 de outubro por conta de uma greve estudantil.

Estudantes, professores e técnico-administrativos são contra a proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/2016 (atual PEC 55), que congela por 20 anos os gastos públicos da União em áreas como saúde e educação. Eles também protestam por causa do  Projeto de Lei Complementar 257 (PLP 257/16), que estabelece o Plano de Auxílio aos Estados e ao Distrito Federal e medidas de estímulo ao reequilíbrio fiscal.

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No Brasil já são 60 universidades federais e estaduais ocupadas em todas as Regiões, além de mais de 1100 escolas e institutos federais. No Recife, desde o último dia 28 de outubro, os professores da Universidade de Pernambuco (UPE) decidiram entrar em greve. Na última quinta-feira (3), em uma assembleia realizada no Clube Universitário do Campus Recife, os professores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) foram favoráveis ao indicativo de greve. 

No próximo dia 10 de novembro, os docentes da UFPE decidem sobre a paralisação por tempo indeterminado das atividades e podem decretar greve. Na institução, já são mais de cinco centros de ensino ocupados pelos estudantes no Campus Recife. Na lista estão o Centro de Educação (CE), o Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), o Centro de Artes e Comunicação (CAC), o Centro de Biociência (CB) e o Núcleo Integrado de Atividades de Ensino (NIATE), que atende o (CFCH) e o Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA). 

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Caiu para 55 o número de colégios ocupados no Paraná. Na última sexta-feira, 4, o governo do Estado pediu a reintegração de posse de todas as 122 unidades que permaneciam ocupadas, mas nem todas as escolas foram notificadas. Em Curitiba, 19 colégios ainda permanecem ocupados.

Os estudantes começaram a ocupar as escolas no dia 3 de outubro em protesto contra reforma do ensino médio proposta pelo governo federal e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que prevê o congelamento dos gastos públicos nos próximos 20 anos.

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Os estudantes afirmaram que as desocupações têm acontecido de forma voluntária. O movimento Ocupa Paraná tem postado em sua página no Facebook imagens das atividades realizadas pelos alunos no período de ocupação.

No Colégio Estadual Desembargador Antônio Franco Ferreira da Costa, em Guaraniaçu, os alunos pintaram a quadra antes de deixar a escola.

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Neste sábado (5) foi realizado o primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem, com a participação estimada de mais de 8 milhões e meio de candidatos. Esta é, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a segunda maior edição do exame, atrás apenas da 2014. Pela primeira vez, os candidatos tiveram coleta de dados biométricos. 

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Em Pernambuco, os portões foram abertos às 11h (12h no horário de Brasília) e fechados uma hora depois. Dispostos a não se atrasar, alguns candidatos chegaram com muitas horas de antecedência, alguns junto aos pais. O primeiro aluno na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), Erivelton Filho, chegou com quatro horas de antecedência. Outros grupos, além de se adiantarem para chegar ao local de prova, ainda pediram ajuda espiritual em uma tenda de orações armada na Unicap

Mesmo depois de todos os casos de atrasos que se tornaram famosos no Enem 2015, ainda houve quem se atrasasse para a prova. Nas redes sociais, quem chegou atrasado virou assunto dos mais comentados no Brasil e no mundo. Outros casos de pessoas que deram "viagem perdida" aos locais de prova foram vividos por alunos que não sabiam que a data do Enem havia mudado por causa das ocupações na UFPE. 

 

Enquanto diversos estudantes realizam ocupações em todo o Brasil para protestar contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241 (atualmente denominada PEC 55), outros tentam realizar neste sábado (5) o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2016. Desavisados, alguns feras foram à Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) logo cedo para fazer as provas, mas encontraram portões fechados por conta dos protestos que ocorrem em parte da instituição de ensino.

Foi o caso do jovem Danilo Santana, de 24 anos. Ele saiu cedo de casa para realizar prova no Centro de Educação da UFPE, mas ao chegar ao local, em vez de outros feras, encontrou uma ocupação. "Não sabia que isso estava acontecendo no meu local de prova. Eu trabalho e tive que pedir dispensa e agora chego aqui e não vou poder realizar a prova", disse. 

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Danilo é um dos 240.304 estudantes que tiveram o Enem adiado por conta das ocupações. Estes candidatos farão as provas nos dias 3 e 4 de dezembro e serão informados do adiamento por SMS. A prova aplicada no próximo mês terá o mesmo modelo e nível de dificuldade do Enem deste fim de semana, mas com questões diferentes.

A candidata Dilma de Almeida, de 36 anos, também se confundiu e saiu de casa para realizar prova no Centro de Ciências Humanas e Filosofia (CFCH), outro local da universidade ocupado por estudantes. "Fiquei chateada porque não estava sabendo da ocupação e acabei gastando passagem para chegar aqui, é um gasto, né?", explica.  

Outra estudante que ficou em dúvida sobre sua prova por conta dos protestos foi a jovem Fernanda Maia de Sá, de 21 anos. Ela descobriu apenas um dia antes do Enem, na sexta-feira (4), que seu local de prova, o NIATE do Centro de Ciências Biológicas (CCB), não estava ocupado. "Se eu não tivesse vindo para ter certeza, teria pedido o Enem", disse.

Com informações de Camilla Assis

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Na véspera do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Ministério da Educação (MEC) atualizou nessa sexta-feira (4) o número de candidatos que terão as provas adiadas para dezembro - de uma previsão inicial de 191 mil, o total passou para 240 mil, considerando 364 locais de prova que permanecem ocupados pelos estudantes secundaristas. Caso outros colégios sejam ocupados até a manhã de hoje, a avaliação também deverá ser cancelada nesses lugares. Os coordenadores locais terão autonomia para suspender a prova, em caso de tumulto.

Dessa forma, o número final de candidatos que farão o Enem em dezembro - por ora, 2,7% do total - só será conhecido na segunda-feira. E deve aumentar: no Rio, por exemplo, há 12 unidades de ensino na lista do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão subordinado ao MEC e responsável pela prova. No entanto, pelo menos mais uma escola, ocupada na noite de anteontem, também não terá provas: a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), na Urca, zona sul da cidade.

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Em Minas, o Ministério Público Federal entrou com ação para exigir que se garanta que todos os concorrentes façam o exame hoje e amanhã, mesmo em escolas ocupadas. Não houve decisão da Justiça até as 20h. Em locais como a PUC-MG, tanto direção quanto ocupantes garantem que a invasão não atingirá os locais de prova, mas a aplicação do exame ainda dependerá de uma vistoria hoje.

Os afetados pela mudança estão sendo avisados por SMS, e-mail e pela página do participante, no site e no aplicativo do Enem. Os candidatos podem tirar dúvidas pelo 0800-616161 (discagem gratuita). Segundo o levantamento mais recente do MEC, os 364 locais de prova ocupados estão em 139 municípios de 19 Estados e Distrito Federal. Não há mais levantamentos de entidades estudantis e docentes - a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) passou a relatar apenas o número de faculdades tomadas pelo País: 170.

"Estamos atentos a todo e qualquer evento que possa comprometer a segurança da prova", disse a presidente do Inep, Maria Inês Fini. O ministro da Educação, Mendonça Filho, informou que ligaria ontem para governadores para alertá-los e reforçar a atuação da PM. "A preservação do exame e a sua inviolabilidade são questões fundamentais", disse.

Prova em dois meses

Por isso, o ministério optou por cancelar o Enem mesmo em escolas onde a ocupação está concentrada em apenas um cômodo. "O risco é altíssimo. Se tivermos de adiar o Enem para 500 mil candidatos, tudo bem", afirmou Mendonça.

Sobre a hipótese de haver ocupação de sábado para domingo, também não está descartado que o candidato que tiver realizado o primeiro dia de provas só preste a segunda etapa em 4 de dezembro. O ministro explicou que as duas versões se equivalem, por apresentarem uma formação técnica - a chamada Teoria de Resposta ao Item.

Ele ainda reiterou a impossibilidade de adiar a prova para todos os inscritos (mais de 8 milhões), alegando que não haveria tempo hábil para computar a correção do total de resultados a tempo de cumprir o cronograma das próximas etapas, como a inscrição no Sisu e nos programas ProUni e Fies.

O custo adicional de outra versão da prova, hoje estimado em R$ 2 milhões, também deve aumentar, segundo a secretária executiva do MEC, Maria Helena Guimarães de Castro. O esforço da pasta, agora, é para procurar novos locais para a aplicação do exame, o que pode ser um desafio: a nova data coincide com uma série de outros importantes vestibulares, como os de PUC-SP, PUC-RS, UFSCar e UFRR. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em rápida entrevista à Voz do Brasil, o ministro da Educação, Mendonça Filho, assegurou aos candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que não há risco de a prova deste fim de semana ser mais fácil ou mais difícil do que a que será aplicada em 3 e 4 de dezembro - adiamento estabelecido pelo MEC em função das ocupações dos estudantes secundaristas em locais de prova. "Elas serão absolutamente equivalentes. Tecnicamente, não há nenhuma diferença do ponto de vista de poder de classificação", disse o ministro.

Ele celebrou que 98% dos estudantes poderão fazer a prova normalmente nestes sábado e domingo, ao passo que "apenas" 240 mil ficarão para uma próxima leva. "Eles não terão prejuízo. Tomamos providências para que pudéssemos assegurar a todos o acesso à universidade com base nos mesmos mecanismos", afirmou Mendonça, citando que, independentemente da data de realização da prova, está mantido para todos o mesmo cronograma de acesso ao Sisu e a programas como o ProUni e o Fies.

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Sobre a equivalência entre as provas, Mendonça Filho explicou durante a entrevista que a elaboração de qualquer versão do Enem obedece a uma teoria técnica que assegura a mesma profundidade de conhecimento, sem distinção de grau de dificuldade, "assegurando as mesmas condições de competitividade".

Durante a entrevista, criticou ainda a "desinformação" sobre a PEC do Teto recentemente aprovada na Câmara dos Deputados. "A PEC veio para reequilibrar o orçamento público e devolver a capacidade de investimentos em educação e saúde", afirmou.

Por fim, recomendou que todos os candidatos que farão prova neste fim de semana "cheguem a tempo, com calma e tranquilidade, levando todos os materiais necessários, listados no site do MEC". Pelo horário oficial de Brasília, os portões abrem às 12h e fecham às 13h, para que as provas se iniciem às 13h30.

Meses de sacrifício serão colocados em prova neste sábado (5) e no domingo (6). Mais de 8 milhões de estudantes são esperados para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), principal meio de ingresso no ensino superior, após horas de estudo dedicadas a realização de sonhos. Respeitando o horário de Brasília, os portões dos locais de prova serão abertos ao meio dia e fechados às 13h, porém, como estamos no Horário de Verão, os horários variam em algumas localidades.

Em Pernambuco, os portões dos locais de prova serão abertos às 11h e o fechamento ocorrerá ao meio dia. Como em Brasília o Exame inicia 13h30, em solo pernambucano o início será às 12h30. Para que não ocorram problemas, os candidatos precisam chegar cedo aos pontos de aplicação. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela organização do Enem, preparou um quadro de horários conforme cada região: Veja a seguir: 

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De acordo com o edital do Enem, o Exame contará com uma redação e quatro provas objetivas, com 45 questões cada uma, todas de múltipla escolha. Neste sábado, primeiro dia de prova, os candidatos terão quesitos de Ciências Humanas e suas Tecnologias e de Ciências da Natureza e suas Tecnologias, com duração de 4 horas e 30 minutos. Já no domingo, segundo e último dia do Enem, será a vez das Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Redação e Matemática e suas Tecnologias, com duração de 5 horas e 30 minutos.

É importante que os feras fiquem atentos à portabilidade de alguns objetos. Só é permitido, por exemplo, o preenchimento do cartão de respostas com caneta esferográfica de tinta preta, composta por material transparente. Segundo o edital do Enem, o uso de caneta de outra cor não permite a leitura óptica das respostas. Além disso, os estudantes apenas poderão deixar os locais de prova a partir de duas horas após o início do Exame.

 

Os candidatos até podem ingressar nos locais de prova com celulares. Porém, os aparelhos deverão ser colocados em porta-objetos, que deverá ficar embaixo das cadeiras, até a finalização da prova. O telefone precisa ficar desligado, pois seu manuseio e até ativação podem causar eliminação. Outra informação extremamente importante é que os concorrentes devem portar documento de identificação com foto, como RG. 

Também não é permitido o uso de lápis, borrachas, lapiseiras, livros, ou qualquer outra fonte de informação. Óculos escuros, boné, gorros e similares também estão proibidos.       

Identificação biométrica

Por medida de segurança, os candidatos do Enem 2016 passarão por identificação biométrica. A ideia, segundo o Ministério da Educação (MEC), é combater tentativas de fraudes. Segundo o MEC, as digitais dos estudantes são colhidas durante as provas.

Sair com a prova

Quem quiser deixar os locais de aplicação do Exame portando os cadernos de prova deverão prestar atenção no horário. O edital apenas permite que isso aconteça nos últimos 30 minutos de prova. O fera que descumprir a norma será eliminado do processo seletivo.

Provas de dezembro - O MEC adiou o Enem para cerca de 240 mil estudantes, que correspondem a mais ou menos 2% do total de inscritos. O adiamento, segundo o Ministério, se deu pelas ocupações em locais que iriam receber a aplicação da prova. As manifestações protestam contra a PEC do teto, sob o argumento que podem ocorrer cortes financeiros para a educação.

Quem teve a prova adiada fará o Enem nos dias 3 e 4 de dezembro. O MEC garante que a prova será diferente.

NÚMEROS

Inscrições

Inscrições Totais: 9.276.329

Inscrições Confirmadas: 8.627.195 (93%)

Inscrições não confirmadas: 649.134 (7%)

Aplicação

Municípios com aplicação: 1.727

Locais de prova: 16.476

Solicitações

Uso de nome social: 407

Atendimentos especializados: 68.907

Atendimentos específicos: 101.896

Capacitações

Eventos de alinhamento e capacitações realizados: 19.553

Colaboradores de instituições aplicadoras capacitados: 511.188

Colaboradores participantes no EADs: 506.670

Chefes de sala e aplicadores capacitados no dia do evento: 17.780

Equipe envolvida

Total de colaboradores: 628.925, sendo:

Colaboradores de instituições aplicadoras: 600 mil

Funcionários da ECT: 15.500

Agentes de segurança pública: 13 mil

Policiais rodoviários: 85

Bombeiros: 340

Materiais impressos

Provas: 18 milhões

Materiais administrativos: 33 milhões

Segurança

Batalhões usados no armazenamento das provas: 60

Espaços militares armazenando prova: 13.870 metros quadrados

Centros integrados de monitoramento: 27

Distribuição

Malotes: 77 mil

Contêineres leves desmontáveis: 3 mil

Rotas de distribuição escoltadas: 6.100

Quilômetros percorridos: 309 mil

Escoltas de interiorização: 1.800

Veículos ECT: 3.050

Transporte a municípios de difícil acesso: 63

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O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será aplicado em três datas diferentes. A maior parte dos candidatos fará a prova neste fim de semana, 5 e 6 de novembro. Os cerca de 191 mil alunos que tiveram o exame adiado por causa da ocupação das escolas farão nos dias 3 e 4 de dezembro (sábado e domingo). Já a prova para pessoas privadas de liberdade e jovens sob medida socioeducativa foi remarcada para 13 e 14 de dezembro (terça e quarta-feira), conforme Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira, 4.

A reportagem informou erroneamente na manhã desta sexta que a data da prova dos alunos das escolas ocupadas também havia sido alterada para 13 e 14.

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Nesta quinta-feira, 3, a Justiça Federal no Ceará rejeitou o pedido do procurador da República Oscar Costa Filho, do Ministério Público Federal (MPF) no Ceará, de adiar o Enem para todos os candidatos do País. Com isso, a prova para a maior parte dos candidatos - não afetada pelas ocupações - está mantida para este fim de semana, 5 e 6 de novembro.

O MEC deve divulgar ainda nesta sexta-feira uma lista atualizada das escolas ocupadas onde o Enem será adiado, agora para 13 e 14 de dezembro.

Em virtude do adiamento do Enem para alguns estudantes para os dias 3 e 4 de dezembro por conta das ocupações que estão sendo realizadas em locais de prova, a UNINASSAU precisou adiar a data do vestibular de medicina que estava marcada para os mesmos dias. Com isso, a aplicação das provas da instituição será realizada no final de semana seguinte, nos dias 10 e 11 de dezembro. 

Ao todo, em Pernambuco, 13.581 estudantes tiveram as provas adiadas pelo Ministério da Educação. A Uninassau ainda não tem o número de quantos candidatos devem prestar a prova, já que as inscrições seguem abertas até o dia anterior ao da realização do vestibular.

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A instituição ainda faz a ressalva de que o vestibular tradicional para os demais cursos oferecidos segue mantido para o dia 20 de novembro. Para quem prestou o Enem, também será possível se inscrever para uma vaga no centro universitário por meio da nota obtida na prova. Exceto para o curso de medicina, que tem seu próprio processo seletivo.

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A Polícia Civil liberou na manhã desta sexta-feira (4) cerca de 30 estudantes que foram detidos depois de ocupar durante quase duas horas e meia a sede do Centro Paula Souza (CPS), na Santa Ifigênia, região central da capital paulista, nessa quinta-feira (3).

Os alunos foram levados ao 2º Distrito Policial (Bom Retiro), no centro, onde foi registrado boletim de ocorrência por dano ao patrimônio. A liberação ocorreu por volta das 2 horas.

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Os estudantes que ocuparam o Paula Souza apoiam às manifestações de secundaristas contra a reforma do ensino médio e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55, que limita os gastos públicos. O grupo também cobrava liberação de mais verbas para as Faculdades de Tecnologia de São Paulo (Fatecs).

A ocupação ocorreu às 17h30 e terminou pouco antes das 20 horas, quando a Polícia Militar invadiu o prédio e deteve os manifestantes. A polícia não jogou bombas para garantir a reintegração, mas estudantes gritaram que haviam levados golpes de cassetete. Ninguém da corporação se pronunciou a respeito.

A ocupação foi restrita ao prédio administrativo. Para terminar o ato, um grupo de policiais atraiu a atenção dos manifestantes, enquanto outro grupo os cercou, entrando por um acesso lateral. Jovens que acompanhavam a manifestação do lado de fora disseram que a PM novamente se valeu do entendimento do Estado de promover ações de reintegração de posse, mesmo sem mandado judicial, em caso de prédios públicos - a chamada autotutela.

O CPS informou que os estudantes foram retirados pacificamente pela Polícia Militar duas horas depois da invasão e não teriam chegado a apresentar suas reivindicações ao CPS. "E não é verdade que a evasão nas Fatecs seja de 60%. A desistência varia para cada um dos 72 cursos e em nenhum caso se aproxima desse patamar." (Colaborou Isabela Palhares)

O Ministério da Educação remarcou para os dias 13 e 14 de dezembro o período de aplicação das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para pessoas privadas de liberdade e jovens sob medida socioeducativa. Nessa data, o teste também será feito por cerca de 191 mil estudantes que tiveram a data adiada por causa da ocupação de escolas por alunos em protesto contra a MP do Ensino Médio e a PEC do Teto dos Gastos Públicos.

A nova data está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira, 4. O período inicialmente previsto para essa prova era nos dias 6 e 7 de dezembro, terça-feira e quarta-feira. Depois, o governo alterou para 3 e 4 de dezembro, para cair em fim de semana. No entanto, essa data iria coincidir com o período de pelo menos 13 vestibulares, em nove Estados e no Distrito Federal, que já estavam previamente marcados, e isso deve ter levado o MEC a mudar a data novamente, voltando a cair numa terça e numa quarta-feira.

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Ontem, a Justiça Federal no Ceará rejeitou o pedido do procurador da República, Oscar Costa Filho, do Ministério Público Federal (MPF) no Ceará, de adiar o Enem para todos os candidatos do País. Com isso, a prova para a maior parte dos candidatos - não afetada pelas ocupações - está mantida para este fim de semana, 5 e 6 de novembro.

O MEC deve divulgar ainda hoje uma lista atualizada das escolas ocupadas onde o Enem será adiado, agora para 13 e 14 de dezembro.

A Justiça Federal no Ceará indeferiu o pedido do Ministério Público Federal para suspender a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em todo o País. Com a decisão, a prova fica para mantida neste sábado, 5, e domingo, 6, para a maioria dos candidatos. Para aqueles que fazem o teste em escolas ocupadas, o exame será aplicado nos dias 3 e 4 de dezembro.

A juíza federal Elise Avesque Frtota decidiu em liminar que "apesar da diversidade de temas que inafastavelmente ocorrerá com a aplicação de provas de redação distintas, verifica-se que a garantia da isonomia decorre dos critérios de correção previamente estabelecidos, em que há ênfase na avaliação do domínio da língua e de outras competências que não têm 'o tema' como ponto central."

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Entenda

O Ministério Público Federal do Ceará (MPF-CE) pediu, nesta quarta-feira, 2, a suspensão do Enem. O procurador da República Oscar Costa Filho, autor do pedido, argumentava que o adiamento da prova para mais de 190 mil candidatos feria o princípio da isonomia.

Anunciado esta semana pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o adiamento foi provocado pela ocupação nas escolas onde 191 mil alunos deveriam fazer as provas.

O problema, segundo o procurador, estaria no fato de não poder ser aplicada a teoria da resposta ao item (TRI) à prova de Redação, prejudicando a igualdade entre os concorrentes. "As provas objetivas seguem a TRI, o que equilibra as chances. Mas as redações não. Isso prejudicaria os candidatos. Logo a Redação que, muitas vezes, decide a classificação", sustentava o procurador.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e o Ministério da Educação (MEC) prometem divulgar, nesta sexta-feira (4), uma nova lista de unidades educacionais que terão o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) adiado. A primeira relação, anunciada no dia 31 de outubro, traz 304 locais ocupados, atingindo mais de 191 mil candidatos.

De acordo com o MEC, os adiamentos ocorrem por causa das ocupações em protesto contra a PEC do teto. Dessa forma, alunos desses locais farão a prova nos dias 3 e 4 de dezembro, enquanto que os demais farão o Exame no próximo sábado (5) e domingo (6).

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Os adiamentos que devem ser anunciados nesta sexta-feira fazem parte de mais um plano do MEC, porém, o órgão ainda não tem o número exato de candidatos atingidos. O Ministério teme que mais prédios sejam ocupados de hoje para amanhã. Os ocupantes querem evitar cortes de recursos financeiros na educação e não concordam com a reforma do ensino médio.

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--> Procurador pede suspensão do Enem 2016 

O Ministério da Educação (MEC) confirmou, no final da tarde desta quarta-feira (2), que o procurador da República Oscar Costa Filho pediu a suspensão do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A prova está programa para ser realizada no próximo sábado (5) e no domingo (6).

De acordo com informações do G1 Ceará, como mais de 191 mil candidatos tiveram o Exame adiado para dezembro, por causa dos locais de prova ocupados, o procurador do Ministério Público Federal do Ceará defende que, a realização da avaliação em datas diferentes, fere a isonomia da seleção. A 8ª Vara da Justiça Federal deverá julgar a ação.

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O julgamento deve ocorrer até a próxima sexta-feira (4), uma vez que o primeiro dia de prova está marcado para sábado. A tendência, caso a Justiça aceite o pedido do procurador, é que o Enem seja suspenso em todo o País.

Em nota, o MEC informou que, juntamente com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) – responsável pela organização do Enem -, solicitou à Advocacia Geral da União uma defesa. Segundo o Ministério, os argumentos do procurador são equivocados. Confira a nota na íntegra:    

Em relação à Ação do Ministério Público do Ceará, divulgada nesta quarta feira (2) pedindo a suspensão da aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) nos dias 5 e 6 de novembro, o Ministério da Educação (Mec) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) informam que solicitaram à Advocacia Geral da União que apresente para a Justiça Federal os fatos que demonstram o grave equívoco na argumentação apresentada pelo Procurador da República Oscar Costa Filho, do Ceará. Todo ano, o ENEM realiza dois tipos de prova e, consequentemente, duas redações. As provas do ENEM têm o mesmo princípio da equivalência garantindo igualdade de condições a todos os inscritos. É lamentável qualquer tentativa que venha gerar insegurança e tumultuar um Exame que afeta a vida de 8,6 milhões de estudantes e seus familiares.

Várias ocupações estão sendo realizadas em unidades de ensino, como forma de protesto contra a PEC do teto. Estudantes temem que hajam cortes de recursos financeiros para a educação. Diante da situação, o MEC preferiu cancelar as provas do Enem nos locais ocupados, colocando mais de 191 mil candidatos para responderem o Exame nos dias 3 e 4 de dezembro.

Só em Pernambuco, mais de 13 mil estudantes tiveram a prova adiada. De acordo com o MEC, mais de 8 milhões de pessoas se inscreveram para edição 2016 do Enem.  

Depois do reitor Anísio Brasileiro se posicionar de forma contrária à PEC do teto, a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) emitiu, nessa terça-feira (1º), um comunicado oficial sobre a atual conjuntura da instituição de ensino. Vários prédios estão ocupados em protesto contra a PEC, assim como existe um movimento que não concorda com as ocupações.

No texto, a Reitoria da UFPE foi solidária e “reconhece o direito à manifestação dos estudantes que estão realizando protesto contra a PEC 241 (agora denominada PEC 55) e a reforma do ensino médio”. A instituição de ensino também lembrou que atos de protesto são frutos das liberdades individuais, “direito fundamental expresso em nossa Constituição e de grande importância para o funcionamento da democracia”.

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Porém, a Universidade destacou que o direito de ir e vir é essencial para a realização das atividades acadêmicas e administrativas. O movimento UFPE Livre, contrário às ocupações, argumenta justamente que esse direito está sendo prejudicado por causa das manifestações, enquanto que os ocupantes levantam a bandeira que estão lutando pelo futuro da educação.

Por fim, a UFPE convocou toda a comunidade acadêmica para debater o assunto. Confira, a seguir, o texto publicado pela Federal:   

A Reitoria da UFPE manifesta sua solidariedade e reconhece o direito à manifestação dos estudantes que estão realizando protestos contra a PEC 241 (agora denominada PEC 55) e a reforma do Ensino Médio. A Administração Central reitera sua disposição para o diálogo permanente com os alunos e demais membros da comunidade acadêmica a fim de discutir os temas relevantes à educação no país.

A livre manifestação é derivada das liberdades individuais, direito fundamental expresso em nossa Constituição e de grande importância para o funcionamento da democracia. A preservação do direito de ir e vir é fundamental para o funcionamento das atividades acadêmicas e administrativas da Universidade.  Assim, a Reitoria conclama a todos que fazem a UFPE a discutir essas e outras pautas relevantes para o ensino público, sempre dentro de um clima de respeito e diálogo.

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