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Um trabalhador do Programa Calçada Legal, que prevê a requalificação de calçadas em vias do Recife, morreu na manhã desta quinta-feira (23) após um muro cair sobre ele, durante o horário de trabalho. Edinaldo Miguel de Oliveira, de 49 anos, estava em uma vala aberta para a instalação de um tubo de drenagem. O muro de uma residência atrás da cratera cedeu e caiu sobre o homem, que morreu na hora. O caso aconteceu na Avenida Afonso Olindense, no bairro da Várzea, Zona Oeste da capital pernambucana.

O Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionados por volta das 10h30, mas a morte do trabalhador foi constatada antes mesmo do socorro. A obra do Calçada Legal é realizada pela Construtora Prime, empresa terceirizada responsável pelo alargamento de calçadas e sistema de drenagem. A Autarquia de Urbanização do Recife (URB) enviou uma equipe técnica ao local para averiguar o ocorrido.

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Por meio de nota, a Prefeitura do Recife lamentou a morte de Edinaldo. Leia na íntegra:

“A Prefeitura do Recife lamenta profundamente a morte do trabalhador Edinaldo Miguel de Oliveira, da construtora Prime, que atuava em uma obra na Avenida Afonso Olindense, nesta quinta-feira (23). Assim que o sinistro ocorreu, uma equipe do Samu foi acionada, juntamente com a do Corpo de Bombeiros, para prestar todo o atendimento necessário, mas ao chegar ao local foi constatado o falecimento do funcionário. A Autarquia de Urbanização do Recife (URB) enviou uma equipe técnica para averiguar o ocorrido e cobrar todas as providências necessárias à construtora contratada para o serviço. No local, está em andamento uma obra do Programa Calçada Legal, que prevê a requalificação das calçadas. Por fim, a gestão municipal endossa que vai acompanhar a perícia da Polícia Científica e investigação da Polícia Civil sobre o caso”.

A régua para medir o desempenho do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na área ambiental, em 2023, já está dada: a queda no atual índice de desmatamento. O novo presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, ainda aguarda a sua nomeação no Diário Oficial da União, mas trabalha nas repartições do órgão para fazer valer a meta que impôs a si mesmo: de cortar, pela metade, o volume do desmatamento ilegal registrado no ano passado, na Amazônia e demais áreas do País.

Agostinho, que foi estagiário e voluntário do Ibama quando tinha 15 anos, em Bauru (SP), chega agora à presidência do órgão, com 44 anos, escolhido pela ministra do Meio Ambiente e das Mudanças Climáticas (MMA), Marina Silva. Ex-deputado federal do PSB, por São Paulo, tem a missão de colocar em prática as políticas de um ministério que passou a ser acompanhado com lupa, dentro e fora do País.

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Em entrevista ao Estadão, ele disse que o Ibama voltou a atuar, após anos de paralisação durante a gestão Jair Bolsonaro, mas é preciso recuperar a estrutura do órgão, que foi esvaziada. O Ibama já chegou a ter 2 mil fiscais em campo. Atualmente, conta com menos de 350 agentes pra fiscalizar o Brasil inteiro. Um novo concurso já foi pedido. "A gente tem meio Ibama hoje. Se você considerar todos os funcionários em atividade, são 2.900 servidores. Temos apenas 53% de seu quadro total previsto. O governo Bolsonaro paralisou o Ibama, perseguiu os servidores, desmontou o órgão."

As ações de combate ao crime do garimpo que assola a terra indígena Yanomami, em Rondônia, disse Agostinho, não têm prazo para acabar e incluirão, num próximo momento, medidas de recuperação de florestas degradadas. Na área de multas ambientais, foi montada uma força-tarefa para tentar impedir a prescrição de 130 mil autuações, que somam R$ 18 bilhões, um valor que supera com folga quatro anos do orçamento do MMA.

O trabalho de proteção e fiscalização ambiental, disse o novo presidente do Ibama, deve contar não apenas com recursos da União, mas também do Fundo Amazônia e outros órgãos que voltaram a bater na porta do órgão, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Fundo Global para o Meio Ambiente, (GEF, na sigla em inglês), um dos maiores financiadores de projetos ambientais do mundo.

Qual é a situação do Ibama que o senhor encontrou?

A verdade é que a gente tem meio Ibama hoje. Se você considerar todos os funcionários em atividade, são 2.900 servidores. Temos apenas 53% do quadro total previsto, mesmo sabendo que, no ano passado, houve uma decisão do Supremo Tribunal Federal, que obrigava o governo passado a fazer concurso. A gestão Bolsonaro paralisou o Ibama, perseguiu os servidores, desmontou o órgão. Estamos trabalhando agora para chamar quem não foi chamado, para fazer um novo concurso.

Quantos servidores devem ser contratados?

Ainda não temos um número fechado, mas se eu conseguir ampliar o quadro com cerca de 500 servidores, já seria um alívio importante para nós.

Ainda neste ano?

Estamos tratando disso. Já enviamos um pedido ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. Vamos trabalhar para recompor o quadro. Não dá para o Brasil, que tem a maior biodiversidade do mundo, que tem metade de seu território com alguma cobertura vegetal, mesmo que degradada, não ter uma estrutura capaz de atender a tudo isso.

Haverá recursos?

Fizemos uma recomposição do orçamento, não podemos reclamar do orçamento agora. A área ambiental, como um todo, teve um aumento de R$ 550 milhões, um recurso que foi dividido em várias ações e programas do ministério. Para o Ibama, devemos ter um fôlego de aproximadamente R$ 100 milhões, é o que vai permitir fazer planejamento, botar a equipe na rua, fazer operações, contratar helicópteros, tocar toda a logística e inteligência do órgão. Paralelamente, a gente está restabelecendo as relações internas.

O que isso significa?

Tem muito servidor aqui que foi vítima de assédio, de perseguição, humilhações. Temos de recuperar o ambiente interno e, ao mesmo tempo, recuperar nossa governança institucional com as outras entidades. Áreas estratégicas do Ibama foram desmontadas, notadamente, as áreas de fiscalização e de apuração de multas. O Ibama não conseguia mais dialogar com as outras instituições, porque a Funai também estava com o mesmo problema, a Polícia Federal lidava com bastante restrição, e a gente precisa trabalhar junto. Estamos hoje com mais de 100 policiais da Força Nacional dentro da terra Yanomami, por exemplo, apoiando nosso trabalho. Além disso, estamos revendo os despachos do antigo presidente (Eduardo Bim), as políticas que estavam acontecendo aqui dentro.

Houve recorde de desmatamento nos últimos anos. O que esperar neste primeiro ano de governo Lula?

Nossa meta principal é combater o desmatamento. O Ibama vai ser avaliado por isso e esta é a prioridade número um da ministra Marina Silva. Se a gente conseguir reduzir o desmatamento próximo de 50% neste primeiro ano, vai ser uma importante vitória. Se somarmos todas as áreas, foram quase 2 milhões de hectares desmatados no ano passado. É muita coisa. Pela primeira vez, a gente teve Cerrado e Amazônia com um índice muito próximo.

A meta é cortar o desmatamento pela metade em relação ao ano passado?

É isso. Eu acho que é o que a gente precisa perseguir. Nós já perdemos 20% da floresta. Daquilo que sobra, 40% sofreram alguma degradação. Precisamos botar um freio de arrumação nisso. Não quer dizer que proprietários não vão poder fazer desmatamento legal, mas o fato é que a floresta de pé tem que valer mais do que floresta do chão. Hoje, no Mato Grosso, o preço de uma área desmatada é o dobro de uma área com floresta. Não faz sentido, não pode continuar assim.

A gestão anterior do Ibama deixou de executar um plano de ação previsto na terra indígena Yanomami. Por quê?

Porque tudo estava praticamente parado aqui, porque havia apenas ações pontuais. As diretorias não faziam mais planejamento, você não tinha uma estratégia definida, desde coisas simples, como uma política de remoção de funcionários, até o enfrentamento desses desafios. O comando aéreo estava desmontado, as estratégias de trabalho estavam desmontadas. Havia uma determinação judicial de agir na região, inclusive, que não foi cumprida. Em janeiro, começamos imediatamente a trabalhar nisso. Estamos na terra Yanomami sem data de saída. A pedido da ministra Marina Silva, também começamos a fazer um plano de restauração e de recuperação da área, que é outro problema que precisa ser enfrentado.

Em que fase está o trabalho na terra Yanomami?

A primeira etapa foi estrangular a logística. Conseguimos o fechamento do espaço aéreo. Depois, atacamos quem vendia combustível ilegalmente, por exemplo, os suprimentos. Tinha empresa de Cubatão vendendo combustível de aviação para o garimpo. Fizemos as barreiras, apreendemos muito combustível, armamento e alimentos. Agora, além da limpeza da área, estamos buscando os cabeças do crime.

Todas os garimpeiros estão sendo liberados?

As pessoas estão sendo fichadas e liberadas, mas estamos colhendo depoimentos e muita informação útil, que está servindo para operações como a que foi realizada nesta semana pela Polícia Federal, indo atrás de quem financia o crime. É quem a gente quer pegar. Não trabalhamos com a perspectiva de sair logo da terra Yanomami. Vamos ficar na região e faremos operações em outras terras indígenas, também, em parceria com a Funai, a PF e a Força Nacional. Fora isso, temos um passivo enorme ambiental. Será um desafio grande para ser recuperado.

Como impedir que o garimpo retorne?

Vamos ter uma presença constante nessas áreas, as pessoas terão de se acostumar a ver os agentes do Ibama nestas cidades, na padaria, nas ruas. Vamos priorizar os municípios com maiores taxas de desmatamento. Não temos mais do que 30 municípios prioritários. Isso será definido pelo PPCDAm (Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal).

Há um passivo gigantesco de multas ambientais no Ibama. O que será feito disso?

Temos 130 mil multas que podem prescrever e que somam R$ 18 bilhões. Estamos com uma força tarefa para salvar o máximo possível, fazendo triagem dos processos, separando as multas maiores, avaliando o grau de complexidade.

O governo Bolsonaro queria fazer a conciliação dessas multas com os autuados. Isso vai prosseguir?

A gente está abandonando aquela ideia de conciliação, que nunca foi conciliação, aquilo nunca existiu. Fizeram poucas audiências, estavam brincando de conciliação e deixaram acumular esse volume bilionário que pode prescrever. Vamos retomar a proposta de conversão de multas, recuperar tudo aquilo que estava acontecendo e foi abandonado, como o projeto que prevê a conversão de multas para recuperar o São Francisco, a bacia do Parnaíba, entre outros projetos.

Qual é a situação de financiamentos internacionais, como o Fundo Amazônia?

É um programa fundamental e que acaba de ser retomado, com a sua primeira reunião realizada nesta quinta-feira. Estamos empolgados com essa possibilidade de retorno. E o interessante é que outros doadores também estão aparecendo. Tenho recebido visitas e ligações diárias.

Quais doadores?

Já falei, por exemplo, com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com o Fundo Global para o Meio Ambiente, (GEF, na sigla em inglês), que é um dos maiores financiadores de projetos ambientais do mundo. Muitas organizações vieram, querem ajudar o governo brasileiro a restabelecer a governança, a por fim no desmatamento ilegal, e o Ibama é peça-chave nessa história.

A bancada ruralista faz muita pressão sobre o processo de licenciamento ambiental. Como fica essa área?

Não vamos atropelar as decisões técnicas, elas serão respeitadas. Servidores sofreram todo tipo de pressão no governo Bolsonaro. Isso acabou. Estamos em um novo governo, que respeita a lei ambiental. Sabemos que o Brasil precisa voltar a crescer e seremos parceiros nisso, mas com a garantia da questão ambiental, é preciso botar um equilíbrio nessa balança.

Como medir esse equilíbrio?

É preciso que não haja ingerência e que o servidor possa trabalhar. Esse setor de licenciamento precisa ser reestruturado. É preciso que os processos prevejam a participação da sociedade, como prevê a convenção da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Qualquer empreendimento ganha força quando uma população é respeitada e ouvida. Isso não quer dizer que será dela a decisão sobre o licenciamento, mas ela vai embasar o processo, para que haja uma decisão técnica.

Dois pilotos sobreviveram "milagrosamente" quando um avião-tanque Boeing 737 caiu e pegou fogo em uma área remota da Austrália Ocidental, na segunda-feira (6).

O aparelho deixou um longo rastro na área onde caiu, enquanto participava da extinção de um incêndio no parque nacional Fitzgerald, cerca de 420 quilômetros ao sudeste de Perth.

As imagens aéreas captadas após o acidente, ocorrido na segunda-feira, mostraram uma coluna de fumaça preta espessa e grande parte da fuselagem em chamas. Pouco depois, apenas a cauda do avião não havia virado cinzas.

No entanto, os dois pilotos conseguiram sair do avião e, após um dia de internação, receberam alta médica na terça-feira.

"É quase milagroso que eles tenham conseguido sair daquele avião", disse o ministro regional de Emergências, Stephen Dawson, em entrevista coletiva na terça-feira.

"Estamos muito aliviados por eles estarem bem. É um resultado verdadeiramente extraordinário. E provavelmente é um teste para suas habilidades como pilotos", acrescentou.

O enorme avião-tanque, um antigo avião de passageiros adaptado, atingiu o solo apenas 20 segundos depois de lançar sua carga na área queimada, disseram as autoridades.

O Escritório de Segurança do Transporte da Austrália iniciou uma investigação sobre a primeira "colisão com o solo" envolvendo um Boeing 737 no país.

O dólar à vista furou os R$ 5,00 e renovou mínima a R$ 4,9408 (-2,36%) na manhã desta quinta-feira, atingindo a menor cotação intraday desde 10 de junho do ano passado (R$ 4,8856).

O analista de inteligência de mercado da Stonex, Leonel Mattos, disse que há um apetite maior por mercados mais arriscados, como o Brasil, tanto de investidor local como de estrangeiros, após decisão suave do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e a comunicação mais rígida do Comitê de Política Monetária (Copom) brasileiro, na quarta-feira.

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Às 10h33, o dólar à vista cedia 2,27%, a R$ 4,9458. O dólar março perdia 2,06%, a R$ 4,9765.

A mortalidade prematura por câncer no Brasil deverá diminuir no período de 2026/2030. A projeção foi feita por pesquisadores do Instituto Nacional de Câncer (Inca), em comparação à mortalidade prematura observada entre 2011 e 2015, para a faixa etária de 30 a 69 anos de idade, com dados do Sistema Nacional de Informações sobre Mortalidade (SIM). Apesar disso, a redução prevista ficará ainda distante da Meta 3.4 dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), que estabeleceu até 2030 diminuição do risco de morte prematura de um terço para doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), que incluem os diversos tipos de câncer.

A pesquisadora Marianna Cancela, da Coordenação de Prevenção e Vigilância do Inca (Conprev), informou à Agência Brasil que, para certos tipos de câncer, há previsão de aumento e, para outros, de queda. Para 2026/2030, a previsão é de uma redução nacional de 12% na taxa de mortalidade padronizada por idade por câncer prematuro entre os homens e uma queda menor, de 4,6%, entre as mulheres. Em termos regionais, há uma variação de 2,8% entre as mulheres, na Região Norte, a 14,7% entre os homens, na Região Sul. As previsões foram calculadas usando o software Nordpred, desenvolvido pelo Registro de Câncer da Noruega, e amplamente utilizado para fazer previsões de longo prazo sobre a incidência e mortalidade por câncer.

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Marianna explicou que, quando se fala em número de casos, todos os tipos de câncer terão aumento no período compreendido entre 2026 e 2030 por duas razões. A primeira envolve o aumento da população e mudança na estrutura populacional, com o envelhecimento de boa parcela dos brasileiros, para quem a maioria das DCNTs são mais prevalentes; a segunda razão é o aumento dos fatores de risco.

De acordo com o artigo do Inca Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável para o Câncer Podem Ser Cumpridos no Brasil?, publicado na revista científica Frontiers in Oncology no último dia 10 de janeiro, as DCNTs responderam por 15 milhões de mortes prematuras na faixa de 30 a 69 anos, em todo o mundo, em 2016, sendo que mais de 85% dessas mortes ocorreram em países de baixa e média renda. O câncer foi responsável por 9 milhões de mortes anualmente, perdendo apenas para as doenças cardiovasculares (17,9 milhões de mortes/ano), considerada a principal causa de morte por DCNT no mundo. A perspectiva é que as DCNTs continuem a aumentar em países de baixa e média renda, contribuindo para perdas econômicas associadas a mortes prematuras da ordem de US$ 7 trilhões nesses países, nos próximos 15 anos.

Maior aumento

De acordo com o estudo do Inca, o câncer de intestino, ou colorretal, é o que deverá apresentar maior aumento de risco de óbitos prematuros para homens e mulheres até 2030, no Brasil, de cerca de 10%. Por regiões, o Norte do país deve mostrar o maior aumento (52%) entre os homens, seguido pelo Nordeste (37%), Centro-Oeste (19,3%), Sul (13,2%) e Sudeste (4,5%). Segundo Marianna Cancela, a incidência mais alta “é consequência da chamada ocidentalização, dos hábitos de vida, maior obesidade, sedentarismo, a questão da alimentação, com preferência por consumir produtos industrializados”. Nas regiões onde a incidência está mais baixa atualmente, é previsto um aumento maior. Entre as mulheres, o Nordeste lidera, com projeção de expansão de 38%, seguido por Sudeste (7,3%), Norte (2,8%), Centro-Oeste (2,4%) e Sul (0,8%).

O câncer de intestino é o segundo tipo mais incidente no país, ficando atrás do de próstata entre os homens, e do de mama, entre as mulheres. O Inca estima que, em cada ano do triênio 2023/2025, serão diagnosticados cerca de 46 mil casos novos de câncer colorretal, correspondendo a cerca de 10% do total de tumores diagnosticados no Brasil, à exceção do câncer de pele não melanoma.

Outros tipos de câncer

Marianna Cancela informou que o câncer de pulmão entre os homens foi o que apresentou maior projeção de queda, próximo de 30%, evidenciando a efetividade de todas as políticas contra o tabagismo implementadas desde a década de 1980. Para as mulheres, a projeção é de aumento de probabilidade de morte prematura de 1,1%.

No câncer de colo de útero, observou-se queda na mortalidade prematura em todas as regiões. “Só que, mesmo com essa queda, a taxa de mortalidade prematura na Região Norte continua sendo extremamente elevada, na comparação aos outros lugares e à média nacional”. No Norte do Brasil, a mortalidade prematura era mais alta do país entre 2011/2015: 28 mortes por 100 mil pessoas, contra média nacional de 16 óbitos por 100 mil.

A projeção para 2026/2030 na Região Norte é de 24 mortes por 100 mil, enquanto a média brasileira fica em 11 óbitos por 100 mil. “Mesmo com essa queda, continua sendo muito elevada”, avalia Marianna. A pesquisadora destacou, que além de ser uma região complicada em termos de logística, existe no Norte brasileiro um vazio assistencial. “Para certos tipos de câncer, a gente vê exatamente isso que, mesmo com queda, o número continua extremamente alto.”

Em relação ao câncer de mama, as projeções para até 2030 são de queda no Sudeste, certa estabilidade no Brasil e na Região Sul e aumento nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Marianna esclareceu que, nesse tipo de câncer, há fatores hormonais que tornam complicado evitar a doença. A diminuição do número de filhos por mulher e o fato de uma mulher não ter tido filhos aumentam o risco de câncer de mama. “A amamentação é um fator protetor”. Tal como acontece com o câncer colorretal, aumentam o risco de câncer de mama a questão da alimentação, p sedentarismo e o consumo de álcool. Outro fator que aumenta o risco é o fato de as mulheres ficarem grávidas mais velhas, adiando a maternidade. “Tudo isso acaba resultando em aumento do risco.”

Sobre o câncer de estômago, apesar de ser projetada queda, a mortalidade prematura continua alta na Região Norte. É um câncer de origem infecciosa, que acomete mais homens que mulheres. “A gente tem aí uma mistura de câncer de países em desenvolvimento com câncer de países desenvolvidos que resulta nessa dupla carga de doença”. Entre 2011/2015, a mortalidade prematura de câncer de estômago no Brasil estava em 20 óbitos por 100 mil pessoas. No Norte, eram 21 mortes por 100 mil, no Sudeste, 23; e no Sul, 24. “Só que a queda [projetada] nas outras regiões foi muito mais acentuada”. A Região Norte tem queda prevista até 2030 para 19 óbitos por 100 mil habitantes; Sudeste e Sul, para 13 casos, cada, e Brasil, para 12. Ou seja, a queda é mais acentuada nas regiões mais ricas do país, constatou o estudo.

Políticas públicas

O câncer respondeu, em 2019, por 232.040 óbitos no Brasil, em todas as idades. Na faixa de 30 a 69 anos, foram 121.264 mortes. “No geral, a gente tem visto uma leve queda”, disse a pesquisadora. Entre 2011/2015, eram 145,8 casos por 100 mil entre homens e 118,3 casos por 100 mil entre mulheres. Para 2026/2030, a projeção é de 127,1 óbitos por 100 mil entre homens (queda de 14,8%), e 113 casos entre mulheres, por 100 mil (-4,7%). Isso foi observado em todas as regiões, exceto no Norte, onde se prevê um ligeiro aumento (1,3% nos homens e 3,5% nas mulheres). Marianna reiterou que, mesmo com essa queda, vai ter aumento de casos porque acaba acompanhando o envelhecimento populacional.

O artigo do Inca conclui que há necessidade de políticas públicas, especialmente para prevenção do câncer, de maneira multissetorial. “Tem que ter um acesso mais eficaz a todas as fases de controle do câncer: prevenção, diagnóstico precoce, tratamento, para poder garantir que tenha uma diminuição”, destacou a pesquisadora.

Ela ponderou, que tal como ocorreu em relação ao câncer de pulmão, os esforços têm que ser contínuos e de longo prazo, porque o câncer é uma doença que tem uma latência longa, ou seja, precisa de anos de exposição para se desenvolver. Por isso, precisa de políticas de prevenção junto à população durante anos, para que possa haver queda nos números.

Para prevenir o aparecimento de câncer, os especialistas recomendam não fumar, não beber, praticar atividade física, evitar o sedentarismo, dar preferência a alimentos não processados. As pessoas devem sempre prestar atenção a sinais que o corpo dá e não hesitar em procurar atendimento médico, recomendou a pesquisadora do Inca.

Os preços do setor industrial caíram 1,29% em dezembro de 2022 frente a novembro, o quinto resultado negativo em sequência. Com o resultado, a inflação da indústria fechou o ano de 2022 com alta de 3,13%, terceiro menor valor acumulado no ano desde o início da série histórica, em 2014.

Os dados são do Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgado nesta quarta-feira (1º), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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A alta de 2022 foi aproximadamente 25 pontos percentuais menor que a de 2021. Segundo o gerente do IPP, Felipe Câmara, esse resultado consolida a trajetória deflacionária da indústria iniciada no segundo semestre, que pode ser associada, em grande medida, aos preços em baixa das commodities no mercado internacional.

“Barril de petróleo, minério de ferro e insumos fertilizantes são alguns dos produtos de destaque nesse sentido. A redução do preço do óleo bruto, acompanhando os preços internacionais, além de exercer impacto direto sobre o resultado das indústrias extrativas, naturalmente provoca uma queda de custos ao longo da sua cadeia derivada, como o refino e os outros produtos químicos com reflexo no preço final praticado nesses setores”, explicou Câmara.

Aumentos pontuais

No caso dos alimentos, a ligeira alta observada em dezembro está associada a aumentos de preço pontuais. “Produtos com influência grande no resultado do setor, como carne bovina e leite, mantiveram a dinâmica de meses anteriores, com os preços em viés de baixa em face da maior oferta nesta época do ano. Influência superada por aumentos como o do açúcar cristal, provocado por uma expansão lenta da oferta nacional, ou do farelo de soja, que acompanhou a alta corrente do mercado internacional”, acrescentou o pesquisador.

Segundo o IBGE, o IPP mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, ou seja, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação.

As atividades que, em dezembro de 2022, tiveram as maiores variações no acumulado no ano foram papel e celulose (19,45%), impressão (19,17%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (16,99%) e fabricação de máquinas e equipamentos (15,71%).

Já as principais influências no acumulado da indústria geral vieram de refino de petróleo e biocombustíveis (1,23 ponto percentual -pp), outros produtos químicos (-1,21 pp), alimentos (1,20 pp) e metalurgia (-0,87 pp).

As mortes cometidas por policiais militares em serviço em 2022 caíram para o menor patamar desde 2001 no Estado de São Paulo. Só na comparação com o ano anterior, a queda foi de 39%, de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública. Em relação há dois anos, a redução é de 61%. Especialistas e autoridades, que classificam a queda como "significativa", apontam o uso das câmeras corporais, aquisição de mais armas não letais e a criação de órgãos de fiscalização da conduta dos policiais como as principais razões para a queda da letalidade policial.

Dados oficiais apontam a morte de 256 pessoas por policiais militares em serviço em 2022. É o menor número das últimas duas décadas. Em 2021, foram relatados 423 casos. Em 2020, havia ficado em 659 mortes. Entre os policiais de folga, houve aumento: as ocorrências com morte subiram de 120 para 126 na comparação dos últimos dois anos. Considerando-se o total de ocorrências (serviço e folga), foram 382 casos de letalidade da PM em 2022 ou uma queda de 29,6% em relação a 2021 (543 mortes). Esse índice é o menor desde 2005.

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Na visão dos especialistas, um dos fatores responsáveis pela queda é o uso das câmeras corporais. Acopladas às fardas, as câmeras gravam imagens das atividades policiais em tempo real e transmitem os dados para uma central. Isso permite acompanhamento das ações e armazenamento na nuvem.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, "todas as abordagens, fiscalizações, buscas, varreduras, acidentes e demais interações com o público" são registradas automaticamente. Implementadas em agosto de 2020 e expandidas ao longo de 2021, as câmeras fazem hoje parte da rotina de 179 unidades policiais, em 66 dos 134 batalhões da PM, com mais de 10 mil equipamentos corporais em uso.

Governo

O uso das câmeras foi um dos temas centrais da campanha eleitoral ao governo estadual no ano passado. Uma das mais polêmicas promessas do então candidato ao governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) era rever o programa de câmeras instaladas nas fardas dos policiais militares. Posteriormente, Tarcísio recuou. "Não vamos alterar nada. Para quem está esperando que a gente mexa nesse programa agora, não vamos mexer", declarou o governador no início do mês.

Posição semelhante foi adotada também pelo secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite. Ele chegou a acenar com uma alteração do programa, mas depois recuou. Nesta sexta-feira, 27, em entrevista coletiva, Derrite afirmou que pretende ampliar o uso das câmeras, mas com foco operacional. Os equipamentos serão usados, por exemplo, para a leitura das placas de veículos roubados ou para a preservação de cenas de crime.

"Daremos funcionalidade operacional para as câmeras. Além da finalidade de fiscalização e controle, que é válida, podemos usar na leitura de veículos com placas roubadas, por exemplo. Ou ainda em novas modalidades de policiamento, como policiamento ambiental, com a vistoria em matas fechadas e a tecnologia de georreferenciamento para saber onde o policial se encontra."

Análise

Um estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV), antecipado pelo Estadão e divulgado no fim do ano passado, apontou que o uso de câmeras corporais nos uniformes da Polícia Militar de São Paulo evitou 104 mortes.

Segundo o estudo, as câmeras corporais tiveram um impacto positivo, reduzindo em 57% o número de mortes decorrentes de ações policiais em relação a unidades policiais onde ainda não houve a implementação desse tipo de tecnologia.

As conclusões do estudo esvaziaram o discurso adotado na campanha eleitoral pelo governador eleito de que as câmeras inibiriam e constrangeriam os policiais durante o trabalho. A revisão do programa de monitoramento enfrenta resistência na cúpula das forças de segurança do Estado.

Diretora executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Samira Bueno reconhece a importância dos equipamentos, mas afirma que eles não são os únicos responsáveis pela queda da letalidade.

A especialista cita um estudo realizado em parceria com a Unicef, entre 2020 e 2021, que mostra a redução da letalidade em todos os batalhões militares, inclusive naqueles que não usavam o equipamento de filmagem. "A câmera corporal é importante, mas não é uma panaceia, a solução definitiva para os problemas do uso excessivo da força", diz.

Medidas

Entre as outras iniciativas que, em sua opinião, também contribuem com a queda estão a criação do Comissão de Mitigação de Não Conformidades da Polícia Militar, uma espécie de área de compliance da corporação, formada por oficiais, para avaliar os casos de uso da força, como mortos e feridos em supostos confrontos com policiais militares no Estado.

Outro fator importante é a aquisição de mais armas não letais. Hoje são cerca de 7,5 mil tasers (armas de choque) em São Paulo. "(A PM é) a terceira maior força policial no mundo a utilizar esse tipo de equipamento, atrás apenas das polícias de Nova York (EUA) e Londres (Reino Unido)".

O secretário Derrite destacou ontem a formação e a capacitação como fatores que também influenciam, na sua visão, na redução das mortes por policiais. "Além das câmeras corporais, que são uma defesa do próprio policial, evitando que o criminoso tente enfrentar o Estado, na figura do policial, o treinamento dos policiais é fundamental para não se colocar em situação de risco".

Derrite questionou, inclusive, a expressão "letalidade policial". Em sua visão, a expressão mais adequada seria "letalidade criminal". "O policial é sempre a primeira vítima de um confronto. É ele que recebe o primeiro disparo. Eu chamo de letalidade criminal. É nosso compromisso não estimular o confronto."

No dia 12 deste mês, policiais das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) mataram dois suspeitos durante ocorrência que terminou na Rua da Consolação, na região central da capital. A polícia dizia perseguir suspeitos ligados a uma quadrilha de assalto a condomínios na Grande São Paulo. Um terceiro suspeito sobreviveu no caso.

A abordagem está sob análise do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil. As imagens gravadas pelos policiais serão analisadas para verificar a versão apresentada pelos agentes.

Secretário fala em defasagem de agentes na polícia

O policiamento no Estado enfrenta a maior defasagem de homens em sua história recente. O diagnóstico é do novo secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite. "Ninguém está aqui para tapar o sol com a peneira. Herdamos a pior defasagem de efetivo policial da história. Estamos trabalhando com efetivo de cerca de 15% na Polícia Militar, 25% da Polícia técnico-científica e quase 33% da Polícia Civil", afirmou, no Centro de Operações da Polícia Militar (Copom).

O secretário reconhece que a falta de policiais cria desafios para as operações. "A PM possui mecanismos e estratégias para identificar manchas criminais para fazer o deslocamento do policiamento que, em tese, não iria para aquela região, para coibir esses delitos. Mas, com a defasagem, a gente ainda não consegue evitar que todos os delitos cessem de uma hora para outra", avalia.

Diante do cenário, a pasta vem tentando aumentar o efetivo. Além da publicação e nomeação de 878 novos soldados, publicadas no Diário Oficial, existe um concurso em andamento da Polícia Civil com 2.939 vagas, sendo 250 delegados de polícia, 1.600 escrivães, 189 médicos legistas. "Provavelmente, teremos concomitância de concursos para que a gente consiga recompor a defasagem do efetivo", afirma o secretário.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Walcyr Carrasco decidiu desabafar na ultima quarta-feira, dia 18, em seu Instagram. O novelista reclamou de ter que pegar um ônibus até o avião ao invés de embarcar por meio de um finger, uma espécie de ponte que leva os passageiros direto à aeronave. O novelista revelou que sofreu um acidente no transporte e que passa por problemas de saúde.

- Ontem caí no ônibus e só não despenquei de vez porque outros passageiros me ajudaram. Nada contra andar de ônibus. [...] O que vocês não sabem é que tenho um problema na perna que vem se acentuando e cujo tratamento começo na volta, revelou ele sem contar qual era o seu destino no momento do acidente.

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O dramaturgo aproveitou o post para meter a boca no trombone e criticar as companhias aéreas pela falta de responsabilidades nesses casos.

- Ontem reclamei sim, mesmo porque na minha frente, na escadinha, havia uma senhora que não dava conta nem de subir. Não era só um problema meu, mas de outros também. Fica a ideia!

A adolescente Maria Luiza, de 14 anos, filha do comentarista esportivo Alê Oliveira, caiu de uma tirolesa no Estádio do Mineirão, na última quinta-feira (12), e teve de ser hospitalizada. O caso veio à tona nessa terça-feira (17), após o pai da jovem tornar o caso público no Instagram. Alê informou que hesitou ao comentar a situação e que utilizou os últimos dias para cuidar da filha, antes de divulgar o incidente. Maria passa bem, mas sofreu ferimentos e precisou fazer uso de medicação.

O jornalista publicou o vídeo do momento em que a adolescente se prepara para pular. As imagens foram feitas por amigas da jovem. A queda ocorreu no começo do salto e 'Malu', como chamam os amigos no fundo do vídeo, caiu sobre a arquibancada. Por sorte, em uma altura menor em relação ao chão do que seria no restante do trajeto.

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Em nota conjunta, o Mineirão, a MXP (empresa contratante da tirolesa) e a Nerea lamentaram o ocorrido e informaram que perícia realizada identificou falha humana na operação, com o Mineirão encerrando a atividade na tirolesa. Elas informaram que Maria Luiza recebeu atendimento médico no estádio e foi encaminhada para o Hospital João XXIII, que diagnosticou escoriações leves sem fratura, tendo alta no mesmo dia. Afirmam ainda que “prestaram todo o suporte à visitante e seus familiares e seguem à disposição dos envolvidos.”

Alê, porém, criticou o termo “escoriações leves”, mostrando imagens dos ferimentos sofridos pela sua filha. Ele mandou um recado direto aos responsáveis: “que ninguém mais passe por isso e que a vida tenha piedade de vocês”. Após ter ficado em dúvida a respeito da divulgação das imagens, ele decidiu torná-las públicas por “um grito contra a irresponsabilidade, impunidade, contra a falta de cuidado com a vida do próximo”.

Dezoito pessoas, entre elas o ministro do Interior da Ucrânia e outros altos funcionários do ministério, morreram nesta quarta-feira (18) quando um helicóptero caiu nos arredores de Kiev, na cidade de Brovari, disse o chefe da polícia nacional. O helicóptero caiu perto de uma creche na cidade de Brovari, na periferia leste da capital. Duas crianças estavam entre os mortos e 15 estavam no hospital, disseram as autoridades ucranianas. Ao menos outras 14 pessoas ficaram feridas. A queda ocorreu na área de uma creche.

Entre as vítimas estão o ministro do Interior, Denis Monastirski, 42, seu vice-ministro do Interior, Yevhen Yenin, e o secretário de Estado do Ministério de Assuntos Internos, Yurii Lubkovich.

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Um vídeo publicado no perfil do Twitter do assessor do ministro de Assuntos Internos da Ucrânia, Anton Gerashchenko, mostra o local do acidente. E possível ver as chamas e muita fumaça na região da queda.

A causa da queda do helicóptero ainda não foi esclarecida. Não se sabe se foi acidente ou um ataque russo. Não houve nenhum comentário imediato da Rússia, que invadiu a Ucrânia em fevereiro passado.

O ministro Denis Monastirski, responsável pela polícia e segurança dentro da Ucrânia, é o oficial ucraniano mais graduado a morrer desde o início da guerra. O chefe da polícia nacional, Ihor Klymenko, disse que Monastyrski foi morto junto com seu vice e outros altos funcionários do ministério. "Havia crianças e funcionários na creche no momento desta tragédia. Todos já foram evacuados. Há vítimas", escreveu o governador da região de Kiev, Oleksiy Kuleba, no Telegram.

Jornalistas que foram ao local viram vários cadáveres envoltos em cobertores de alumínio em um pátio perto do prédio danificado pelo acidente. "Estamos obtendo informações sobre as vítimas e as circunstâncias", escreveu o vice-chefe do gabinete presidencial da Ucrânia, Kyrylo Tymoshenko, no Telegram. (Com agências internacionais).

A população da China encolheu pela primeira vez em 61 anos no ano passado, em um sinal claro da crise demográfica iminente enfrentada pelo país, agravada por décadas da política que limitou a maioria das famílias a terem um único filho. É a primeira vez desde o período conhecido como a "A Grande Fome de Mao" em que há redução da população chinesa.

A agência nacional de estatísticas da China anunciou nesta terça-feira, 17, um declínio de 850 mil pessoas para uma nova população total de 1,41 bilhão. A taxa de natalidade atingiu o nível mais baixo já registrado, em 6,77 por 1.000 pessoas, abaixo dos 7,52 em 2021.

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A última vez que a população da China diminuiu foi em 1961, após três anos de fome causada pela desastrosa política industrial do "Grande Salto Adiante de Mao Tsé-tung", potencializada por inundações e secas.

Os esforços do governo para reverter a queda na taxa de natalidade começaram para valer em 2016, quando a política do filho único foi cancelada, aumentando o limite para dois filhos. Mas nem essa revisão, e nem um ajuste de 2021 para permitir três filhos, diminuíram a tendência de queda.

A China está diante de uma força de trabalho cada vez menor, que terá dificuldades para sustentar uma população que envelhece rapidamente. Sua posição como a nação mais populosa do mundo provavelmente será assumida pela Índia neste ano, de acordo com projeções da ONU.

Embora prevista há muito tempo, essa reversão chegou muito antes do esperado. Tanto os principais estudiosos chineses quanto as Nações Unidas estimaram, em 2019, que a tendência de queda não começaria até o início da década de 2030.

O reconhecimento oficial de uma população em declínio é um "ponto de inflexão histórico extremamente importante" não apenas para a China, mas também para o mundo, disse Yi Fuxian, estudioso da Universidade de Wisconsin-Madison e crítico de longa data do fracasso de Pequim em aceitar a extensão da sua crise demográfica.

Se não for abordada, argumenta Yi, o "rápido envelhecimento da sociedade chinesa prejudicará a visão de Pequim de si mesma como uma potência ascendente pronta para ultrapassar os Estados Unidos". Uma perda de dinamismo econômico prejudica o atual modelo de desenvolvimento dependente de mão de obra barata do país, enquanto a falta de uma rede de seguridade social ou sistema de pensões robusto pode "evoluir para uma catástrofe humanitária", disse ele.

Em entrevista ao jornal britânico "Financial Times", o presidente e economista-chefe da Pinpoint Asset Management, Zhiwei Zhang, afirmou que cada vez menos a China vai poder confiar no fator demográfico como um impulsionador do crescimento econômico. Na opinião de Zhang, o desafio será passar o foco do volume para o valor. "O crescimento econômico terá que depender mais do crescimento da produtividade, que é impulsionado por políticas governamentais", afirmou.

O perigo para o presidente chinês Xi Jinping é que sua busca pelo "rejuvenescimento nacional" termine em uma estagnação econômica semelhante à que tem atormentado o Japão desde os anos 1990. A nação do Leste Asiático, antes considerada rival dos Estados Unidos, é agora a sociedade mais idosa do mundo, com 29% da população com mais de 65 anos. Com uma força de trabalho comparável, a China também pode ficar aquém de sua ambição de se tornar um líder global.

Durante décadas, os líderes chineses entenderam que a demografia é o destino - e adotaram políticas extremas em resposta. A partir da década de 1970, os temores dos líderes comunistas de uma população em expansão superando a oferta de alimentos levaram a uma campanha que dizia às famílias que se casassem mais tarde, esperassem entre os filhos e tivessem menos filhos em geral. A taxa de natalidade caiu drasticamente.

Mas a liderança chinesa continuou apavorada com uma população superdimensionada. Sua solução foi a draconiana política do filho único, implementada em 1980. A política resultou em abortos forçados em massa, esterilizações e inserção de dispositivos intrauterinos.

Entre as muitas consequências não intencionais da política está um acentuado desequilíbrio de gênero, já que as mulheres grávidas fazem abortos seletivos por sexo. Isso resultou na China com uma proporção de sexo de 104,69 homens para cada 100 mulheres em 2022.

Uma sociedade construída em torno da família de um único filho também oferece apenas um suporte limitado para o cuidado da criança. Em várias pesquisas, os entrevistados citam regularmente os custos crescentes de uma família numerosa como o principal motivo para não ter mais filhos.

Isso é especialmente verdadeiro para os chineses que vivem em grandes cidades, muitos dos quais têm crenças radicalmente diferentes sobre casamento e parto em comparação com a geração de seus pais. Outras preocupações frequentemente citadas incluem a falta de creches disponíveis e salários mais baixos para as mulheres após o parto.

Nos últimos meses, os governos locais adotaram medidas de apoio para aliviar esses encargos financeiros. No ano passado, Xangai concedeu às mães 60 dias adicionais de licença-maternidade, além da folga garantida pelo Estado; a licença paternidade foi estendida para 10 dias. Na terça-feira, Shenzhen se tornou a mais recente cidade chinesa a conceder subsídios de 10.000 yuans (R$ 7.596) para casais que têm um terceiro filho.

Muitos acreditam que muito mais é necessário. Escrevendo no "Weibo", o economista Ren Zeping pediu políticas imediatas para incentivar o nascimento, como subsídios para o parto, inclusão de tratamento de fertilidade no seguro social e melhores garantias de emprego para as mulheres. "A população é a questão futura mais importante e mais facilmente negligenciada [que a China enfrenta]", disse ele.

Os profissionais ativos também enfrentam perspectivas de emprego cada vez menos atraentes, à medida que as décadas de rápido crescimento econômico da China chegam ao fim. Em meio à repressão do governo às indústrias de tecnologia e à riqueza excessiva, trabalhar como funcionário público de repente se tornou atraente porque é visto como uma carreira estável.

As autoridades também anunciaram na terça-feira que o produto interno bruto cresceu apenas 3% no ano passado, já que interrupções regulares provocadas pela política de "covid zero" prejudicaram o consumo, ao mesmo tempo em que o crítico setor imobiliário se contraiu. A expansão foi drasticamente menor do que os 5,5% almejados pelas autoridades. O desemprego entre jovens de 16 a 24 anos permaneceu alto, em 16,7% no ano, depois de atingir quase 20% em julho.

Os bloqueios severos aumentaram o mal-estar entre os jovens chineses. Um vídeo de um morador de Xangai dizendo aos trabalhadores de prevenção de coronavírus que "somos a última geração" se tornou viral nas redes chinesas em maio, com muitos internautas dizendo como a frase capturou uma sensação de desespero que eles também sentiam pela falta de um futuro desejável no qual eles pode trazer descendência.

A mesma frase foi amplamente divulgada no "Weibo" em resposta ao anúncio de terça-feira de um declínio populacional.

Índia

A ultrapassagem da Índia sobre a China no ranking dos países mais populosos do mundo pode ter impactos mais profundos sobre a geopolítica global do que significar uma mera menção enciclopédica. Ter a maior população do planeta aumentará o peso da Índia no cenário internacional, tornando seus interesses geopolíticos mais difíceis de serem ignorados.

Como apontou a "The Economist" em um artigo recente, um exemplo disso pode vir no âmbito das organizações internacionais. O fato da Índia não possuir assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, enquanto a China possui, por exemplo, passará a parecer mais anômalo.

O crescimento populacional também deve repercutir em fatores econômicos. Com média etária de 28 anos e uma crescente população em idade de trabalho, a Índia tem agora a chance de colher seu próprio dividendo demográfico, como fez a China nas últimas décadas.

A expectativa é que a Índia seja responsável, de hoje até 2050, por mais de um sexto do aumento da população mundial em idade de trabalho (entre 15 e 64 anos). Segundo previsão do Banco Estatal da Índia, o país deve se tornar a 3ª economia do mundo até 2029.

Entretanto, a "Economist" pondera que a prosperidade indiana depende da produtividade da juventude do país, que têm índices menores que os chineses. "Menos da metade dos adultos indianos integra a força de trabalho, contra dois terços na China. Chineses a partir dos 25 anos têm em média 1,5 ano a mais de escolaridade do que indianos na mesma faixa etária", diz a revista. (Com agências internacionais).

Entre o drama das muitas famílias que perderam parentes no acidente do voo da Yeti Airlines, que caiu em um desfiladeiro enquanto tentava pousar em um aeroporto recém-inaugurado na cidade turística de Pukhara, no Nepal, a história da copilota do avião chamou a atenção do mundo. Um porta-voz da companhia aérea confirmou à agência de notícias britânica Reuters que Anju Khatiwada, que fazia parte da tripulação no voo, perdeu o marido, também piloto de avião, em um acidente em 2006.

"O marido dela, Dipak Pokhrel, morreu em 2006 na queda de um avião Twin Otter da Yeti Airlines em Jumla", disse o porta-voz da companhia aérea Sudarshan Bartaula, ao comentar a situação envolvendo Anju Khatiwada.

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Ainda de acordo com o porta-voz, Anju, de 44 anos, conhecia o trajeto entre Katmandu e Pokhara, que já havia feito anteriormente, e tinha mais de 6.400 horas de voo. Ela fazia parte da equipe da Yeti Airlines desde 2010. "Ela conseguiu o treinamento de piloto com o dinheiro que recebeu do seguro após a morte do marido", explicou Bartaula.

Sem esperança de encontrar sobreviventes, o Nepal decretou um dia de luto nacional nesta segunda-feira, 16. Havia 68 passageiros a bordo e 4 tripulantes, o que configura a pior catástrofe deste tipo no país em três décadas.

O acidente de domingo (15) é o mais mortal desde 1992, quando todas as 167 pessoas a bordo de um avião da Pakistan International Airlines morreram quando ele colidiu com uma colina enquanto tentava pousar em Katmandu.

O Nepal é lar de oito das 14 montanhas mais altas do mundo, incluindo o Monte Everest, e tem um histórico de acidentes aéreos. De acordo com o banco de dados de segurança da aviação da Flight Safety Foundation, houve 42 acidentes fatais de aviões no país desde 1946.

Um porta-voz da Autoridade de Aviação Civil do Nepal disse que um gravador de dados do voo e um gravador de voz da cabine foram recuperados do local do acidente. Os gravadores, encontrados nesta segunda-feira serão entregues aos investigadores.

As equipes de resgate ainda estão procurando nos destroços, que estão espalhados por um desfiladeiro de 300 metros.

Ainda não está claro o que causou a queda do avião, que ocorreu a menos de um minuto de voo do destino final, em meio a um dia ameno e de ventos calmos.

Um dos passageiros do avião fez uma transmissão ao vivo do acidente. As imagens mostram o passageiro e depois a paisagem. De repente, as imagens ficam distorcidas e é possível escutar barulhos de engrenagem e pessoas gritando, quando o vídeo passa a mostrar um incêndio.

A aeronave bimotor ATR 72, operada pela Yeti Airlines, completava o voo de 27 minutos da capital, Kathmandu, para Pokhara, 200 quilômetros a oeste. Ele transportava 68 passageiros, incluindo 15 estrangeiros, além de quatro tripulantes, informou a Autoridade de Aviação Civil do Nepal em comunicado. Os estrangeiros incluíam cinco indianos, quatro russos, dois sul-coreanos e um Irlandês, um australiano, um argentino e um francês. (Com agências internacionais).

Sem esperança de encontrar sobreviventes, o Nepal vive um dia de luto nacional nesta segunda-feira (16) após o desastre aéreo no domingo que matou pelo menos 68 pessoas, entre elas uma argentina, na pior catástrofe deste tipo no país em três décadas.

A esperança de encontrar algum sobrevivente entre as 72 pessoas a bordo do avião que caiu no Nepal no domingo é "nula", disse à AFP Tek Bahadur KC, chefe do distrito de Taksi, onde o avião caiu no domingo.

"Até agora recuperamos 68 corpos. Estamos procurando por mais quatro corpos... estamos rezando por um milagre. Mas a esperança de encontrar alguém vivo é nula", afirmou.

O avião, um ATR 72 da companhia Yeti Airlines que saiu de Katmandu, capital do Nepal, caiu com 72 pessoas a bordo - 68 passageiros e quatro tripulantes - pouco antes das onze da manhã, horário local (02h15 no horário de Brasília) perto de Pokhara (centro), onde deveria pousar.

A aeronave em chamas foi encontrada em um precipício de 300 metros de profundidade, entre o antigo aeroporto construído em 1958 e o novo terminal internacional inaugurado em 1º de janeiro em Pokhara, porta de entrada para alpinistas do mundo todo.

Soldados usaram cordas para retirar corpos do fundo do precipício entre o final do domingo e início desta segunda-feira.

"A busca foi interrompida por causa da névoa. Vamos retomá-la em uma ou duas horas, quando o tempo melhorar", informou o policial AK Chhetri na madrugada desta segunda-feira.

"Trinta e um (corpos) foram levados para hospitais", disse o oficial à AFP.

A bordo do avião estavam 14 estrangeiros: cinco cidadãos indianos, quatro russos, dois coreanos, um australiano, um irlandês e um francês, segundo o porta-voz da companhia aérea, Sudarshan Bardaula.

Uma passageira argentina que foi identificada como Jannet Sandra Palavecino, de 58 anos, mãe de duas filhas e natural da província de Neuquén (sudoeste), também estava no avião, segundo o jornal La Nación de seu país.

Após o acidente, os socorristas tentaram apagar o fogo entre os restos do avião, um ATR 72 movido por dois motores turboélice.

- Como uma bomba -

Em comunicado datado de Toulouse, no sudoeste da França, a ATR, fabricante do avião, especificou que se tratava de um modelo 72-500, acrescentando que seus especialistas estavam “totalmente comprometidos em apoiar tanto a investigação quanto o cliente”, a companhia aérea.

Num vídeo compartilhado nas redes sociais, cuja autenticidade a AFP não conseguiu verificar, o avião é visto voando baixo sobre uma área residencial antes de se inclinar de forma brusca para a esquerda, e então se ouve uma forte explosão.

"Estava andando quando ouvi uma forte explosão, como se uma bomba tivesse explodido", contou Arun Tamu, de 44 anos, que estava a cerca de 500 metros do local do impacto e que transmitiu um vídeo ao vivo nas redes com os restos do avião em chamas.

- Histórico de acidentes aéreos -

O setor aeronáutico do Nepal cresceu muito nos últimos anos, tanto no transporte de mercadorias quanto no transporte de turistas.

No entanto, devido à falta de treinamento da equipe e a problemas de manutenção, as empresas geralmente sofrem com problemas de segurança. A União Europeia, portanto, proibiu todas as transportadoras nepalesas de entrar em seu espaço aéreo.

O país do Himalaia também possui algumas das pistas mais remotas e complicadas do mundo, ladeadas por picos cobertos de neve que tornam a aproximação desafiadora até mesmo para pilotos experientes.

As companhias indicam que o Nepal não possui infraestrutura para estabelecer previsões meteorológicas precisas, principalmente nas regiões mais remotas e de difícil relevo montanhoso, onde foram registrados acidentes fatais nos últimos anos.

O acidente deste domingo é o mais mortal no Nepal desde 1992, quando todas as 167 pessoas a bordo de um avião da Pakistan International Airlines morreram quando caiu perto de Katmandu.

Um avião com 72 pessoas a bordo caiu pouco antes do pouso em Pokhara, no Nepal, e ao menos 67 morreram, informou a companhia aérea Yeti Airlines e a polícia local neste domingo (15).

No entanto, o número de vítimas é confuso, com emissoras nepalesas chegando a afirmar que não há sobreviventes na tragédia. Das 72 pessoas, 68 eram passageiros e quatro eram tripulantes, sendo que muitos estrangeiros estavam no voo, já que Pokhara é conhecida por ser um local de montanhismo e peregrinação religiosa.

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As equipes de resgate continuam a atuar no local em busca de possíveis sobreviventes e também procurando as caixas-pretas da aeronave.

O voo havia partido da capital Kathmandu com destino ao aeroporto de Seti George, mas o acidente ocorreu por volta das 10h50 (hora local).

A aeronave era um ATR-72 e, conforme imagens divulgadas pelas redes sociais, praticamente se dividiu em duas partes. Vídeos pouco antes do acidente mostram o avião já voando desgovernado e virando para o lado esquerdo bruscamente antes do estrondo da queda.

O dia estava claro no momento do acidente e as causas precisarão ser estudadas.

A presidente do Nepal, Bidhya Devi Bhandari, afirmou estar "chocada" com o desastre e decretou um dia de luto nacional para essa segunda-feira (16). Esse é um dos piores acidente aéreos da história do país.

Da Ansa

Uma queda de barreira na Via Dutra (BR-116), em Piraí, no sul fluminense, provocou a interdição total da pista sentido Rio de Janeiro. O incidente ocorreu na madrugada desta terça-feira (10), na altura do quilômetro (km) 231,1, na Serra das Araras.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal, a pista de subida, no sentido São Paulo, está operando em mão dupla. A ocorrência está provocando engarrafamentos de cinco km no sentido Rio e de dois km no sentido SP.

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No último sábado (7), uma queda de barreira em Barra Mansa também provocou a interdição total da pista sentido Rio, da Via Dutra, e um congestionamento que superou os 20 km de extensão.

Os casamentos estão ganhando sobrevida no Brasil. O número de divórcios no país diminuiu 10% neste ano em relação a 2021, segundo pesquisa do Colégio Notarial do Brasil.

Entre janeiro e novembro, foram 68,7 mil separações registradas nos cartórios de Notas. É o menor número desde 2018.

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De acordo com o vice-presidente do Colégio Notarial, Eduardo Calais, o fim do isolamento social e a retomada das atividades podem estar entre os motivos para a queda nos divórcios.

Em 2021, foram 76,6 mil divórcios nos cartórios, recorde na história brasileira.

Com relação a 2020, primeiro ano da pandemia, a queda foi de 3,8%. Naquele ano, foram encerrados 71 mil casamentos.

Os divórcios realizados em cartório são consensuais, quando as partes têm acordo sobre os termos. Nesse caso, não é necessário passar por um juiz para oficializar o fim do casamento

Seis pessoas morreram e duas ficaram feridas na véspera de Natal depois que um ônibus caiu de uma ponte e despencou por dezenas de metros em um rio no noroeste da Espanha.

O acidente ocorreu no sábado, pouco antes das 21h30 (17h30 em Brasília), em uma ponte do município de Cerdedo-Cotobade, localizado na Galícia, perto da fronteira com Portugal, informaram as autoridades locais neste domingo(25).

No total, oito pessoas estavam no ônibus, que viajava entre as cidades de Lugo e Vigo. Entre as vítimas do acidente, duas foram resgatadas com vida: o motorista, de 60 anos, e uma mulher.

Os outros seis passageiros foram encontrados mortos, segundo equipes de resgate, que postaram no Twitter uma imagem do ônibus.

As duas primeiras vítimas foram encontradas próximas aos destroços do veículo, poucas horas após o acidente.

Os corpos das outras quatro pessoas foram recuperados no rio Lérez, onde ocorreu a tragédia, segundo a Defesa Civil. Até então, o número de desaparecidos era incerto, pois o motorista tinha “dúvidas” sobre quantos estariam no ônibus no momento do acidente.

- Intensas chuvas -

"As equipes de resgate confirmam que todas as pessoas desaparecidas foram resgatadas", disse o Serviço de Emergência da Galícia no Twitter, especificando que as buscas seriam concluídas.

Segundo a Defesa Civil, cinco espanhóis da Galícia estão entre os mortos, incluindo uma mãe e seu filho. A sexta vítima fatal é uma mulher de nacionalidade peruana que cuidava de um idoso em Cerdedo-Cotobade.

Entre os passageiros do ônibus estavam pessoas que visitavam parentes detidos na prisão de Monterroso, localizada no centro da Galícia, na véspera de Natal, informou o jornal regional La Voz de Galicia.

Um motorista deu o sinal de alarme após verificar que a barreira de segurança da ponte estava destruída. O serviço de emergência recebeu uma chamada de dentro do ônibus, o que permitiu localizar o veículo.

As operações de resgate foram complicadas pelas intensas chuvas que caíram durante a noite e também pelo relevo da região.

- Grande desnível -

Sob a ponte existe "um grande desnível" de "trinta metros", confirmou um porta-voz da Defesa Civil. Em comunicado, os socorristas reportaram que chegava a atingir os 75 metros em determinadas partes.

Estas condições obrigaram que os trabalhos de busca fossem suspensos por várias horas e retomados na manhã deste domingo.

O incidente "é uma tragédia absoluta", disse à imprensa o prefeito de Cerdedo-Cotobade, Jorge Cubela, destacando o "profissionalismo" das equipes de resgate enviadas ao local.

Uma investigação foi aberta para apurar as causas do acidente, ainda desconhecidas.

Segundo o porta-voz da Defesa Civil, o motorista do ônibus tem experiência ao volante e, além disso, testou negativo para álcool e drogas.

“Ainda não sabemos com certeza as causas”, mas “é verdade que as condições climáticas estavam muito ruins ontem à noite (sábado)”, confirmou o presidente da comunidade da Galícia, Alfonso Rueda.

Um helicóptero com cinco pessoas caiu em um terreno baldio no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste do Rio, na manhã desta quarta-feira, 14. Os quatro passageiros estão internados em um hospital "em estado estável", segundo a unidade de saúde. O piloto não precisou ser internado.

O Corpo de Bombeiros do Rio informou que a aeronave caiu na Avenida das Américas, na altura do número 13.750, e a corporação foi chamada pouco antes das 11h. Militares do Grupamento de Busca e Salvamento, do quartel do Recreio e do 1° Grupamento de Socorro Florestal e Meio Ambiente foram ao local, onde prestaram os primeiros socorros às vítimas. Em seguida, os passageiros - que seriam um casal argentino e outro norte-americano - foram encaminhados ao Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca (zona oeste).

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A Aeronáutica vai investigar o que causou o acidente. O piloto teria relatado uma falha mecânica na aeronave, que segundo os bombeiros pertence a uma empresa de táxi aéreo que oferece voos panorâmicos pelo Rio.

Até a publicação desta reportagem, o Estadão não conseguiu contato com a empresa. O piloto tentou um pouso de emergência, mas o impacto no chão foi tão forte que a cauda e uma das portas do helicóptero se desprenderam.

Milhares de motoristas e passageiros dos transportes públicos no Reino Unido tiveram nesta segunda-feira (12) os seus deslocamentos afetados por nevascas, principalmente na região de Londres, e três crianças morreram ao cair enquanto brincavam em um lago congelado.

O país enfrenta uma onda de frio particularmente intensa há vários dias, com temperaturas que chegam a -10°C em algumas áreas, embora a agência meteorológica britânica tenha afirmado que as temperaturas "não são incomuns para esta época do ano".

No domingo, quatro crianças foram resgatadas com parada cardíaca e hospitalizadas em estado crítico depois que caíram em um lago congelado em Solihull, região central da Inglaterra. De acordo com testemunhas, elas estavam brincando no gelo e caíram na água.

A polícia anunciou nesta segunda-feira que não foi possível reanimar três delas - de 8, 10 e 11 anos. A quarta criança - de 6 anos - luta por sua vida em "estado crítico".

A agência meteorológica emitiu alertas amarelos para neve, neblina e geada em várias áreas do Reino Unido, especialmente no sul da Inglaterra e no norte da Escócia.

O aeroporto de Stansted, localizado ao norte da capital britânica e usado principalmente pela companhia aérea de baixo custo Ryanair, fechou suas pistas na noite de domingo enquanto a neve era retirada e alertou para atrasos e cancelamentos.

- Motoristas bloqueados durante horas -

No seu site, muitos voos programados para a manhã de segunda-feira permaneciam cancelados, mas as pistas já estão "abertas e totalmente operacionais", informou o aeroporto em comunicado enviada à AFP, no qual explica que "alguns voos podem sofrer atrasos" devido às condições meteorológicas.

A Ryanair também informou no Twitter que "devido às fortes nevascas no Reino Unido, as pistas dos aeroportos de Stansted e Gatwick (sul de Londres) foram temporariamente fechadas durante a noite, interrompendo todos os voos programados".

Nas redes sociais, dezenas de passageiros presos nos aeroportos da capital britânica publicaram vídeos que mostravam as pistas cobertas de neve e aviões sem condições de decolar.

Segundo a BBC, no domingo mais de 50 voos também foram cancelados no aeroporto de Heathrow, o maior da capital, devido à neblina.

Na manhã desta segunda-feira, o tráfego ainda estava muito perturbado nas principais estradas de Londres, com engarrafamentos gigantescos.

Na noite de domingo, alguns motoristas ficaram presos em seus veículos por várias horas, surpreendidos pela nevasca, principalmente em Sussex, ao sul de Londres, onde a polícia aconselhou "viagens apenas em caso de necessidade".

Os passageiros do sistema ferroviário também enfrentavam atrasos e cancelamentos significativos na manhã desta segunda-feira, com algumas linhas do metrô de Londres interrompidas ou com atrasos.

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Quatro homens morreram e um ficou ferido na madrugada deste sábado (10), após o carro em que estavam cair de um viaduto da BR-101, no bairro dos Torrões, na Zona Oeste do Recife. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o veículo tem registro de roubo do dia anterior.

O acidente ocorreu por volta das 4h, no quilômetro 69,6 da rodovia. O impacto da queda deixou o veículo destruído e as peças espalhadas no canteiro às margens da BR-101.  

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A PRF foi acionada e verificou que o carro foi roubado na sexta (9), em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR).

O homem ferido foi levado à UPA dos Torrões pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Em seguida, ele foi transferido ao Hospital da Restauração, no Centro da capital.

A Polícia Militar, Instituto de Criminalística (IC) e Instituto Médico Legal (IML) também participaram da ocorrência. O caso será investigado pela Polícia Civil.

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