Tópicos | suspeito

A polícia da Argentina prendeu Nicolás Gabriel Carrizo na noite desta quarta-feira (14) como mais um dos suspeitos de terem participação na tentativa de assassinato da vice-presidente Cristina Kirchner. O homem é um dos membros do grupo de vendedores de algodão doce que estaria envolvido no atentado.

Carrizo, que chegou a dar um depoimento voluntário logo após o ataque do dia 1º de setembro, é a quarta pessoa a ser presa, depois do brasileiro Fernando Sabag Montiel, que fez os disparos de arma de fogo, de Brenda Uliarte, namorada de Fernando, e de uma amiga de Brenda, Agustina Díaz.

##RECOMENDA##

O jornal "La Nación" informa que a ordem de prisão, emitida pela juíza do caso, María Eugenia Capuchetti, teve como base mensagens trocadas por celular com os envolvidos, mais especificamente, com Uliarte.

Ainda conforme informações da mídia argentina, teria sido a namorada de Fernando a responsável por "dar a ordem" de assassinar Cristina. Nas conversas obtidas até o momento, Uliarte teria dito a Díaz que tinha achado alguém para cometer o crime e que, assim que o assassinato fosse cometido, ela fugiria para outro país com uma identidade falsa.

Na noite do dia 1º de setembro, o brasileiro entrou no meio de um grupo de apoiadores de Cristina, que estavam em frente à residência da vice-presidente em Buenos Aires para saudá-la, e apertou o gatilho por duas vezes - mas a arma falhou. O revólver ficou a cerca de um metro do rosto da política argentina.

Os próprios apoiadores e os seguranças da vice-presidente detiveram Montiel no momento da ação e a justiça continua a investigar se o crime foi planejado por mais pessoas. 

Da Ansa

A polícia israelense anunciou, neste domingo (14), a prisão de um suspeito do ataque armado a um ônibus perto da Cidade Velha de Jerusalém, que deixou oito feridos, dois em estado grave e uma mulher grávida.

"O terrorista está em nossas mãos", disse o porta-voz da polícia Kan Eli Levy à rádio pública horas após o ataque, que ocorreu nas primeiras horas de domingo perto do Túmulo de Davi, um local sagrado para judeus, cristãos e muçulmanos.

"Trata-se de um agressor solitário, um morador da cidade com antecedentes criminais", declarou o primeiro-ministro israelense, Yair Lapid, durante sua reunião de gabinete.

"Qualquer um que queira nos prejudicar deve saber que pagará o preço por qualquer dano aos nossos civis", ressaltou em um comunicado.

O Magen David Adom, o equivalente israelense da Cruz Vermelha, interveio após receber relatos de tiros em um ônibus em Jerusalém.

Seu porta-voz, Zaki Heller, relatou sete feridos, "todos conscientes, uma mulher e seis homens, dois dos quais em estado grave".

A polícia registrou oito feridos, de acordo com o balanço mais recente.

"Podemos confirmar que cidadãos americanos estão entre as vítimas", informou à AFP um porta-voz da embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém.

No Hospital Shaarei Tsedek, em Jerusalém, a equipe médica precisou realizar uma cesariana em uma mulher grávida ferida no ataque.

"Ela continua entubada e em estado grave. A criança nasceu e está em estado estável", disse o porta-voz do hospital à AFP.

Por sua vez, o movimento islâmico palestino Hamas, que controla a Faixa de Gaza, saudou uma "operação heroica", sem reivindicá-la formalmente.

"Nosso povo continuará resistindo e lutando contra o ocupante por todos os meios", disse o Hamas em comunicado.

- "Todo mundo em pânico" -

"Eu estava voltando do Muro das Lamentações. O ônibus estava cheio de passageiros. Parei no ponto do Túmulo de Davi. Naquele momento começou o tiroteio", disse o motorista do ônibus, Daniel Kanievsky, a um pequeno grupo de jornalistas no local.

"Vi duas pessoas sangrando no ônibus. Todo mundo estava em pânico", acrescentou ele, parado na frente de seu ônibus crivado de balas perto da Cidade Velha de Jerusalém.

Recentemente, 19 pessoas - a maioria civis israelenses - foram mortas, principalmente em ataques de palestinos. Três atacantes árabes israelenses também foram mortos.

Neste contexto, as autoridades israelenses intensificaram as operações na Cisjordânia ocupada. Mais de 50 palestinos foram mortos, incluindo combatentes e civis, em operações e incidentes na Cisjordânia.

E na semana passada, o exército israelense realizou uma "operação preventiva" contra a Jihad Islâmica, um movimento islâmico armado na Faixa de Gaza, que respondeu com salvas de foguetes contra Israel.

Pelo menos 49 palestinos, incluindo combatentes da Jihad Islâmica, mas também civis e crianças, morreram durante esta escalada militar de três dias, que terminou com uma trégua em 7 de agosto, favorecida pela mediação do Egito.

A Justiça revogou a prisão domiciliar do bolsonarista Jorge Guaranho - que matou tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu, no Rio de Janeiro - e determinou, nesta sexta-feira (12), que ele seja transferido para o Complexo Médico Penal (CMP), em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. 

O policial penal é apoiador declarado do presidente Jair Bolsonaro (PL), e réu por homicídio duplamente qualificado pela morte do tesoureiro do PT de Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda. O crime aconteceu em julho e o policial ficou um mês internado no hospital. 

##RECOMENDA##

Guaranho recebeu alta na quarta-feira (10), e deveria ser transferido para o Complexo, mas um ofício do próprio sistema informou que o local não tinha estrutura para atendê-lo por conta das necessidades médicas que ele necessita e, por isso, ele ficou em prisão domiciliar e usando tornozeleira eletrônica. 

No entanto, em nova decisão publicada nesta sexta-feira, o juiz Gustavo Germano Francisco Arguello informou à Secretaria de Segurança Pública (Sesp) que o Complexo Médico Penal “apresenta plenas condições estruturais e humanas de custodiar o réu”, diferentemente da argumentação inicial. 

O despacho também destaca que um documento junto aos autos do processo diz que o Complexo Penal “possui condições de garantir a manutenção diária das necessidades básicas do custodiado com supervisão contínua.. levando em consideração as informações do Relatório de Evolução Médica do paciente”. 

A Polícia Civil de Minas Gerais confirmou na noite desta quarta-feira (10) que Paulo Sérgio de Oliveira, de 50 anos, é o responsável pela morte da menina Bárbara Victória, de 10. Em 2 de agosto, dia em que o corpo da menina foi encontrado em Ribeirão das Neves, na Grande Belo Horizonte, ele disponibilizou material genético para exame de DNA no Instituto de Criminalística da capital e foi liberado na sequência. O material genético de Oliveira, que foi encontrado morto dois dias depois do crime, é compatível com o identificado no corpo da criança, conforme informações do governo de Minas Gerais.

No dia do desaparecimento, Bárbara saiu de casa por volta das 17h30, vestindo short rosa e camiseta do Atlético-MG. Ela foi a uma padaria no bairro Landi e saiu do estabelecimento com uma sacola de pão. Familiares disseram que o trajeto costumava ser percorrido em menos de cinco minutos e que, diante da demora da menina, começaram a procurá-la. Com sinais de asfixia, a menina foi encontrada caída no matagal ao lado de um campinho nos arredores, dois dias depois.

##RECOMENDA##

Na quinta-feira da semana passada, 4, o governo de Minas Gerais informou que o principal suspeito de matar a menina de 10 anos tinha sido encontrado morto na tarde de quarta-feira, 3, com indícios de ter cometido suicídio por enforcamento.

Segundo a polícia mineira, Bárbara sofreu abuso sexual e foi morta por asfixia. Ela desapareceu no dia 31 de julho, um domingo. Na noite do crime, Paulo Sérgio de Oliveira chegou a ser encaminhado à delegacia, onde prestou esclarecimentos e foi solto por falta de provas concretas.

 Na noite dessa terça-feira (9), uma jovem de 19 anos, identificada como Fernanda Mirtes da Silva, foi assassinada em Prazeres, no município de Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife (RMR). O corpo foi encontrado ao lado do companheiro, que foi preso por suspeita de feminicídio. 

  O companheiro da vítima foi encaminhado ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no Recife, onde prestou depoimento. A Polícia Civil não confirmou a causa da morte, mas testemunhas informaram que o suspeito, de 21, chegou a espancar e asfixiar a vítima. Ele também teria escrito seu nome com cortes na perna da companheira.  

##RECOMENDA##

Os vizinhos acionaram os policiais e o proprietário do imóvel em que o casal morava abriu a casa para que homem fosse preso. Ítalo ficou à disposição da Justiça. Um inquérito foi instaurado para investigar o crime.

 

[@#galeria#@]
Na madrugada desta quarta-feira (11), uma dupla foi presa após arrombar e furtar um quiosque na orla de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. Na chegada da Polícia Militar (PM), os dois homens já estavam rendidos por populares e seguranças do comércio local.

A PM foi acionada por volta das 2h30 e explicou que um dos suspeitou tentou fugir, mas foi alcançado na Rua dos Navegantes. O outro foi detido no local, com uma bolsa cheia de bebidas alcoólicas. 

##RECOMENDA##

Um deles estava com escoriações e foi conduzido à UPA da Imbiribeira, onde recebeu atendimento médico. Após o socorro, os dois foram levados para a Delegacia de Boa Viagem, onde ficaram à disposição da Justiça. 

Após ser capturado no aeroporto de Natal, no Rio Grande do Norte, o suspeito de assassinar Renata Alves Costa, de 35 anos, em um apartamento no bairro de Campo Grande, na Zona Norte do Recife, foi transferido para a capital pernambucana nesta terça-feira (10). Ele deu entrada no Instituto de Medicina Legal (IML), onde passou pelo exame de corpo de delito. 

O caso está sendo acompanhado pelo Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), que segundo nota da Polícia Civil já concluiu o interrogatório do suspeito. O suspeito foi identificado por familiares da vítima como João Raimundo Vieira da Silva Araújo. A Polícia não confirmou a identidade dele.

##RECOMENDA##

LeiaJá também: Suspeito de matar a namorada em Campo Grande é preso

Após os procedimentos do inquérito, a expectativa é que ele seja encaminhado para uma unidade prisional, mas a Polícia Civil não confirmou o local onde o suspeito deverá permanecer custodiado. 

O feminicídio ocorreu no último sábado (10) e o corpo de Renata foi encontrado no dia seguinte, com um tiro na testa. O suspeito era seu namorado, que foi flagrado pela câmera do elevador do prédio no dia do crime.  

José Raimundo já tinha passagem por agredir a ex-esposa e também teria baleado dois funcionários de um hotel na Zona Sul do Recife, em 2019. Ele cumpria prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica, e teria rompido o equipamento no dia do assassinato, concluiu a Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres).  

O governo de Minas Gerais informou nesta quinta-feira (4) que o principal suspeito de matar Bárbara Vitória, de 10 anos, foi encontrado morto na tarde de quarta-feira (3). Há indícios de que o homem, que estava na casa de um parente em Belo Horizonte, tenha cometido suicídio por enforcamento.

O corpo da menina foi encontrado na terça-feira (2) em Ribeirão das Neves, na Grande BH. Ela estava desaparecida desde domingo, dia 31 de julho, quando saiu para comprar pão. Os investigadores trabalham com a hipótese preliminar de crime sexual seguido de estrangulamento.

##RECOMENDA##

LeiaJá também: Menina encontrada morta aparece correndo em vídeo

O suspeito de matar a menina de 10 anos foi detido em duas ocasiões. Primeiro, foi encaminhado à delegacia na noite de domingo, onde prestou esclarecimentos e foi solto por falta de provas concretas. Na terça-feira (2) ele disponibilizou material genético para exame de DNA no Instituto de Criminalística de Belo Horizonte, sendo novamente liberado. O resultado deve sair em até 15 dias.

No dia do desaparecimento, Bárbara saiu de casa por volta das 17h30, vestindo short rosa e camisa listrada do Atlético-MG. Ela foi a uma padaria, no bairro Landi, e saiu do estabelecimento com uma sacola de pão. Familiares disseram que o trajeto costuma ser percorrido em menos de cinco minutos - e que, diante da demora da menina, começaram a procurá-la. Com sinais de asfixia, Bárbara foi encontrada caída no matagal ao lado de um campinho dos arredores, sem a calça.

Imagens do circuito interno de TV de uma revenda de gás do bairro mostraram a menina caminhando na rua e conversando com um homem vestindo preto. A Polícia Civil de Minas informa que a investigação segue nos trâmites legais, sob sigilo, até o final das diligências necessárias.

A polícia prendeu um homem de 35 anos, que não teve o seu nome divulgado, que ameaçava divulgar fotos íntimas das vítimas caso elas não aceitassem manter relação sexual com ele. A prisão aconteceu na quinta-feira (28) na Vila Sion, Minas Gerais.

Uma das mulheres havia procurado a delegacia no dia da prisão do suspeito e, ainda no local, chegou a receber ameaças. "A vítima relatou que o homem ameaçava divulgar as fotos, inclusive para a família dela, caso não tivesse relação sexual com ele. Ela estava abalada e informou que realmente havia enviado essas mensagens para o suspeito. No momento que ela estava na delegacia, recebeu conteúdo ameaçador e a Polícia Civil foi ao local e conseguiu efetuar a prisão em flagrante”, disse a delegada Francielle Drummond em entrevista à Inter TV.

##RECOMENDA##

Outras três vítimas também foram identificadas após a denúncia, mas a polícia acredita que o número possa ser maior. A delegada detalha que, usando um nome fictício, o acusado sempre agia da mesma forma, procurando mulheres entre 40 e 50 anos nas redes sociais. Depois de conseguir fotos íntimas delas, começava a ameaçá-las.

"As vítimas até oferecem dinheiro, mas ele só quer relação sexual", salienta Francielle. O homem não tinha antecedentes criminais e já foi levado para o presídio, onde deve responder pelo crime de divulgação de cena de sexo e pornografia.

O suspeito de participar dos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, detido em flagrante nesta quinta-feira (7) por uso de documentos falsos, disse à Polícia Federal (PF) que não tem envolvimento com os homicídios e a ocultação dos corpos.

Conhecido como Colômbia, o homem compareceu voluntariamente à delegacia da PF em Tabatinga, no Amazonas, a pretexto de saber se estava sendo investigado e para refutar acusações veiculadas na imprensa. Acabou preso em flagrante após apresentar duas identidades, uma brasileira, outra colombiana, cada qual com um nome.

##RECOMENDA##

“Inicialmente, ele apresentou um documento brasileiro no qual é identificado como Rubens Vilar Coelho, nascido em Benjamim Constant [Amazonas]. No decorrer do depoimento ele acabou dizendo que nasceu em Leticia [Colômbia] e apresentou um documento colombiano com outro nome, Rubén Darío da Silva Vilar”, declarou o superintendente da PF no Amazonas, delegado Eduardo Alexandre Fontes, ao explicar por que Colômbia acabou detido em flagrante.

Em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira, em Manaus, Fontes disse que autoridades brasileiras e peruanas estão checando a suspeita de que Colômbia teria mais uma identidade, peruana.

“Aguardamos pela decisão judicial na expectativa de que ele permaneça preso. Até para que possamos esclarecer qual é realmente a sua identidade”, disse o delegado Fontes, ao informar que um inquérito foi instaurado apenas para investigar o uso de documentos falsos por Colômbia. “Entendemos que não é o caso de ele ficar em liberdade provisória, afinal, não sabemos sequer sua real identidade. Se ficar em liberdade, ele provavelmente vai fugir”, acrescentou Fontes.

De acordo com o delegado, Colômbia negou “veementemente” qualquer participação nos assassinatos de Bruno e Dom. Colômbia disse que conhece ao menos um dos três suspeitos detidos por envolvimento nos crimes, o pescador Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como Pelado, com quem teria “relações comerciais”, já que costuma comprar peixes dos pescadores da região do Vale do Javari (onde o indigenista e o jornalista foram mortos) para revender.

“Até o momento, o que há [evidenciado] é uma relação comercial [de Colômbia] com alguns pescadores. Agora, estamos investigando se existe apenas esta relação comercial ou se existe uma [associação com a] pesca ilegal; se ele [Colômbia] participa efetivamente, financiando-a”, acrescentou o delegado. Segundo Fontes, até o momento, as suspeitas de que Colômbia também tem ligações com narcotraficantes que atuam na região só foram apontadas na imprensa.

A Agência Brasil ainda não conseguiu contato com a defesa de Colômbia.

Um homem que diz ter envolvimento no assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips se apresentou nesta quinta-feira, 23, à Polícia de São Paulo. Gabriel Pereira Dantas prestou depoimento e foi detido no 77º Distrito Policial, na região central da capital paulista. O relato dele ainda não foi confirmado pela Polícia Federal e pela força tarefa no Amazonas, responsáveis pela investigação do caso.

Ainda não se sabe se o homem é um dos cinco suspeitos identificados pela Polícia Federal. Os três presos na região do crime são Amarildo da Costa Oliveira, o "Pelado", seu irmão Oseney da Costa de Oliveira e Jeferson da Silva Lima.

##RECOMENDA##

Em depoimento à Polícia Civil, Gabriel afirmou que, no dia do assassinato, estava bebendo com "Pelado". Ele diz que estava na mesma embarcação do outro suspeito quando eles avistaram Bruno e Dom passarem de lancha pelo rio. Logo, teriam partido atrás do indigenista e do jornalista, afirmou.

Segundo Gabriel, "Pelado" puxou uma espingarda calibre 16 e apontou para Bruno e Dom, tendo primeiro atirado no jornalista e depois no indigenista, a uma distância de cerca de três metros. O local do crime teria sido o Rio Madeira, próximo à comunidade Santa Isabel. Ele ainda disse que conhecia "Pelado" havia apenas uma semana.

Gabriel afirmou à polícia que ficou responsável por esconder os pertences dos mortos na floresta, enquanto "Pelado" teria saído para buscar ajuda de moradores ribeirinhos e "dar destino aos corpos". Depois dos crimes, o novo preso disse ter fugido para Santarém (PA), depois Manaus (AM), Rondonópolis (MT) e por fim para a capital paulista, onde relatou que estava morando nas ruas.

Segundo informações da Polícia Civil, o suspeito afirmou que "não aguentava mais a situação" e que carregava "um sentimento de peso e culpa nas costas" por ter filhos pequenos. Uma entrevista coletiva em São Paulo deve esclarecer mais detalhes sobre o novo depoimento e a prisão.

A Polícia Federal afirmou nesta quarta-feira (15) que o jornalista inglês Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira foram assassinados no Vale do Javari no domingo (5). A confirmação veio após Amarildo Oliveira, conhecido como "Pelado", preso por suspeita de participação no desaparecimento, confessar envolvimento no crime.

"Ontem a noite nós conseguimos que o primeiro preso neste caso, conhecido por Pelado, voluntariamente resolveu confessar a pratica criminosa. Durante a confissão ele narra com detalhes o crime realizado e aponta o local onde havia enterrado os corpos", afirmou Eduardo Alexandre Fontes, superintende regional da PF em coletiva de imprensa.

##RECOMENDA##

Na manhã dessa quarta-feira (15), a PF levou Oseney para a área de buscas no rio Itaquaí, onde foram encontrados remanescentes humanos. Ele admitiu que a dupla foi abordada e morta no trajeto de barco entre a comunidade de São Rafael. Ainda estão sendo feitas escavações no local, que fica 3,1 km do rio. Também se espera encontrar no local o barco usado por Bruno Pereira e Dom Phillips no trajeto.

"Nós não descartamos a hipótese de outras pessoas estarem envolvidas. Temos muito o que fazer no inquérito para coletar seguramente provas de autoria e materialidade", afirmou o Delegado da Polícia Civil, Guilherme Torres.

Os novos materiais descobertos e vestígios humanos coletados próximos ao local na sexta-feira, 10, estão sendo periciados. A análise é feita a partir de materiais genéticos fornecidos pelas famílias de Pereira e Phillips. Uma mochila com pertences do jornalista também foi identificada na mesma área.

Nesta terça-feira, 14, a PF também prendeu Oseney da Costa de Oliveira, que vive perto do local onde a mochila do repórter foi encontrada. Os investigadores já tratavam o caso como suposto homicídio. O pescador foi o segundo preso de envolvimento no desaparecimento da dupla detido temporariamente. Ele é irmão do também pescador Amarildo da Costa Oliveira, o primeiro preso pela PF na investigação. Testemunhas relataram aos policiais federais que os dois saíram de barco em alta velocidade atrás de Bruno e Dom no dia do desaparecimento.

Pereira e Phillips percorriam a região do Vale do Javari. Pereira orientava moradores da região a denunciar irregularidades cometidas em reserva indígena e o jornalista estrangeiro acompanhava o trabalho para registrar em livro que pretendia escrever.

Para lembrar

No domingo, 5 de junho, o indigenista Bruno Araújo Pereira, da União das Organizações Indígenas do Vale do Javari (Univaja), e o jornalista inglês Dom Phillips, do britânico The Guardian, partiram da comunidade ribeirinha de São Rafael em direção à cidade de Atalaia do Norte, ambas no estado do Amazonas. A viagem costuma durar apenas duas horas, mas Bruno e Dom nunca chegaram. Após horas sem contato, uma equipe da Univaja formada por indígenas conhecedores da região que trabalhavam com Bruno partiu em busca dos dois, mas sem sucesso.

Na segunda-feira, 6, a União dos Povos Indígenas comunicou o desaparecimento. No entanto, a entidade denunciou, em nota, que apenas seis policiais e uma equipe da Funai juntaram-se às buscas nesse dia. A Univaja, a Defensoria Pública da União (DPU) e o Ministério Público Federal (MPF), ajuizaram uma Ação Civil Pública contra a União para que a Polícia Federal, Forças de Segurança ou das Forças Armadas (Comando Militar da Amazônia) disponibilizassem pessoal e equipamentos para reforçar a busca pelos desaparecidos.

O Comando Militar da Amazônia (CMA), por sua vez, afirmou que ainda não havia iniciado as buscas por não ter recebido ordem do Escalão Superior, conforme divulgou o jornalista e colunista do Estadão, Pedro Doria.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou o que chamou de "aventura" do jornalista e do indigenista. A declaração foi dada na terça-feira, 7. O presidente afirmou que a dupla pode ter sido executada e que na região, que segundo ele é "selvagem", "tudo pode acontecer". O que o presidente chamou de "aventura" fazia parte do trabalho de Bruno, que atuava na Amazônia há anos desafiando poder de narcotraficantes, garimpeiros e outros exploradores com projeto de vigilância no Vale do Javari.

Ainda na noite da terça-feira, a Polícia Militar prendeu um homem suspeito de participar do desaparecimento de Bruno Pereira. Amarildo, conhecido pelo apelido de "Pelado", foi preso em flagrante portando munição de calibre 762, de origem peruana, o que sugere envolvimento com o crime internacional.

Na quarta-feira, 8, a Justiça Federal da 1ª Região respondeu à Ação Cívil apontando omissão do governo federal e exigindo reforços às buscas no Vale do Javari. No mesmo dia, autoridades anunciaram a criação de um gabinete integrado, com participação do Exército, Marinha, Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros para coordenar as buscas a partir de Manaus, a 1.136 km de distância de Atalaia do Norte. Na ocasião, as forças de segurança disseram não haver "indícios fortes de crime".

Na quinta-feira, 9, a Polícia Federal informou ter encontrado vestígios de sangue na lancha do pescador Amarildo, que teve sua prisão temporária decretada na sequência. O material foi enviado para análise em Manaus, onde existe estrutura necessária para a perícia.

Na sexta, 10, a ONU afirmou que o governo brasileiro foi muito lento para iniciar as buscas e elogiou organizações civis, como a Unijava, que se mobilizaram antes mesmo das forças nacionais. O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o governo federal adotasse imediatamente "todas as providências necessárias", usando "todos os meios e forças cabíveis" para as buscas.

No mesmo dia, reportagem do Estadão revelou que o governo federal não havia deslocado soldados da Força Nacional de Segurança de outros Estados para atuar nas buscas. Tampouco havia decretado Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que é procedimento costumeiro em casos que envolvem regiões com pouca estrutura de segurança. Isso contraria as declarações de Bolsonaro na Cúpulas das Américas, onde afirmou que as autoridades trabalharam "desde o primeiro momento" em uma "busca incansável" pelos dois.

Também na sexta, a Polícia Federal no Amazonas informou ter localizado "material orgânico aparentemente humano" próximo ao porto de Atalaia do Norte. O material também foi enviado a Manaus.

No sábado, 11, reportagem do Estadão revelou que líderes indígenas recorreram a escoltas para se deslocarem pela região do desaparecimento, por temerem o crime organizado. Os repórteres especiais também mostraram um pouco da rotina de medo que acompanhava as buscas a Bruno e Dom.

Quando completou-se uma semana do desaparecimento, no domingo, 12, atos reuniram familiares, amigos e apoiadores de Bruno e Dom em Copacabana, no Rio de Janeiro, além de Belém, Salvador e outras capitais. As manifestações homenagearam os dois e cobraram agilidade das autoridades nas buscas.

No mesmo dia, o Corpo de Bombeiros encontrou mochila e objetos pessoais de Dom e Bruno presa a uma árvore numa região alagada dos rios que dividem o Brasil e o Peru.

Ameaças

Um mês antes de seu desaparecimento, Bruno Pereira havia recebido ameaças por causa de seu trabalho junto aos indígenas no combate a invasões na Amazônia. "Sei quem são vocês e vamos achar para acertar as contas", dizia o bilhete enviado à advogado da Unijava. Como demonstrado pelo Estadão, projeto do indigenista desafiava poder de narcotraficantes e garimpeiros na região do Vale do Javari.

Bruno foi exonerado da Fundação Nacional do Índio (Funai) em 2019, por ordem do presidente da entidade, Marcelo Augusto Xavier da Silva, mas sem nenhuma argumentação técnica. À época, ele já era considerado um dos principais especialistas em indígenas isolados. Indigenistas e servidores repudiaram a exoneração. Em nota, afirmaram que ela "representa mais um passo para um retrocesso histórico da política pública para proteção dos povos indígenas isolados".

A Justiça do Amazonas decretou na tarde desta quarta-feira, 15, a prisão temporária, pelo prazo de 30 dias, do pescador Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como Dos Santos, o segundo suspeito preso na investigação do desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips.

A prisão foi determinada pela juíza Jacinta Silva dos Santos, da Vara Única de Atalaia do Norte, em audiência de custódia presencial. O procedimento é padrão e serve para o juiz analisar a legalidade das prisões e a necessidade de continuidade da detenção ou a possibilidade de eventual concessão de liberdade.

##RECOMENDA##

"A audiência de custódia foi relativa ao cumprimento da prisão temporária decretada por este Juízo, atendendo a pedido da autoridade policial", informou a juíza.

Após os 30 dias, a prisão temporária pode ser renovada ou convertida em preventiva, que não tem prazo determinado. O pescador não constituiu advogado e por enquanto é representado pela Defensoria Pública do Amazonas. Ele foi preso na noite de ontem em Atalaia.

Dos Santos é irmão do também pescador Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como Pelado, o primeiro preso pela Polícia Federal (PF) na investigação. Testemunhas relataram aos policiais federais que os dois saíram de barco em alta velocidade atrás de Bruno e Dom no dia do desaparecimento.

Um dos presos por suspeita de envolvimento no desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips foi levado pela Polícia Federal, na manhã desta quarta-feira (15), para a área de buscas no rio Itaquaí.

O homem foi levado da delegacia de Atalaia do Norte (AM) para o porto da cidade, principal acesso às terras indígenas do Vale do Javari. Uma vez lá, foi colocado em um carro da Polícia Federal e embarcou usando boné, máscara de proteção facial e um casaco com capuz.

##RECOMENDA##

Os policiais que atuam no caso não quiseram confirmar se o homem decidiu revelar informações que podem elucidar o caso, considerado suspeita de homicídio. Mais cedo, os agentes incluíram um cão farejador na equipe de buscas.

Pereira e Phillips percorriam a região do Vale do Javari. Pereira orientava moradores da região a denunciar irregularidades cometidas em reserva indígena e o jornalista estrangeiro acompanhava o trabalho para registrar em livro que pretendia escrever.

Ainda nesta quarta-feira, a PF deve divulgar resultado de testes de DNA feitos em vestígios humanos que foram encontrados durante as investigações. Parentes de Pereira e Phillips cederam amostras para comparação.

A Polícia Federal (PF) informou nessa terça-feira, 14, que prendeu mais um suspeito de participação no desaparecimento do jornalista inglês Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, na região do Vale do Javari, no Amazonas.

O preso é o pescador Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como Dos Santos. Ele será interrogado pelos policiais federais e depois vai passar por audiência de custódia na Vara Única de Atalaia.

##RECOMENDA##

Oseney é irmão do também pescador Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como Pelado, o primeiro preso pela PF na investigação. Testemunhas relataram aos policiais federais que os dois saíram de barco em alta velocidade atrás de Bruno Dom no dia do desaparecimento.

Durante as buscas nesta terça, a PF também apreendeu cartuchos de arma de fogo e um remo, que ainda serão analisados.

Investigação continua

Uma das principais pistas até o momento foram os vestígios de sangue encontrados no barco de Pelado. O material coletado foi enviado para perícia em Manaus, mas uma análise preliminar feita por técnicos do Instituto de Criminalística da Polícia Federal confirmou que o material é compatível com um estômago humano.

Os policiais também encontraram uma mochila e outros objetos pessoais que, segundo a PF, pertencem ao indigenista e ao jornalista. Os materiais foram localizados com a ajuda de mergulhadores do Corpo de Bombeiros em uma área alagada, de difícil acesso, no rio Itaquaí.

Um suspeito de envolvimento no desaparecimento do jornalista inglês Dom Phillips e do indigenista Bruno Araújo Pereira foi preso em flagrante nesta terça-feira, 7, de acordo com o procurador jurídico da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), Eliesio Marubo.

Em entrevista à Rádio Eldorado nesta quarta-feira, 8, Marubo afirmou que o suspeito chama-se Amarildo, conhecido como "Pelado", o mesmo que já havia prestado depoimento à polícia na terça-feira. A Polícia Civil do Amazonas confirma a prisão em flagrante por posse de munição de uso restrito, mas ainda não trata da relação dele com o desaparecimento, informa apenas que a conexão ainda será apurada. Como mostrou o Estadão, "Pelado" já havia sido interrogado como suspeito no caso.

##RECOMENDA##

Segundo Marubo, há "uma vasta quantidade de provas" contra o detido, que teria relação com pescadores e caçadores da região. "Ainda estamos tentando buscar informações para esclarecer de que maneira e que grau de interesse ele possuiria nesse caso", afirmou.

O homem vive na comunidade de São Rafael, conhecida pela forte influência de garimpeiros, caçadores, pescadores e traficantes de drogas. A localidade é usada como base para invasões de terras indígenas do Javari.

Quanto ao bilhete contendo ameaças a Bruno Pereira, recebido por Marubo há um mês e meio e revelado ontem pelo Estadão, o advogado afirmou que encaminhou um pedido de abertura de inquérito para o Ministério Público Federal, mas, como não ainda não obteve resposta, continuou as atividades com normalidade.

"Se tiver atuação mais efetiva das forças, sobretudo da parte de inteligência, acho que a gente consegue, sim, avançar com algumas informações, mas estamos falando de uma área de fronteira, onde os recursos são escassos e cada vez mais o Estado é menos presente", disse.

As buscas pelos desaparecidos seguem nesta quarta-feira, três dias após a dupla ter sido vista deixando a comunidade São Gabriel em direção a Atalaia do Norte, no Amazonas.

Marubo avalia como "paliativas" e "desordenadas" as ações das autoridades na varredura da região do Vale do Javari. Segundo ele, são cerca de 35 homens do Exército, Marinha e PMs contra um grupo de 50 indigenistas atuando nas buscas.

Policiais federais prenderam nesta quarta-feira (25), em flagrante, um suspeito de abusar sexualmente de crianças que faziam parte de seu convívio e de compartilhar vídeos e fotos dos atos cometidos. A prisão foi feita durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão da Operação Arcanjo II, da Polícia Federal (PF).

De acordo com a PF, os mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos municípios de Magé e do Rio de Janeiro. Os agentes informaram que localizaram vídeos e imagens com conteúdo de abuso infantil. Eles apreenderam fantasias, celulares, notebooks e pendrives contendo os registros dos abusos sexuais e outros vestígios.

##RECOMENDA##

O inquérito foi instaurado a partir de informações da organização não governamental norte-americana National Center for Missing & Exploited Childen (NCMEC), que permitiram, com a ajuda de diligências policiais, a identificação do suspeito.

Um homem foi preso por tentativa de feminicídio, neste domingo, no bairro da Torre, Zona Norte do Recife. Segundo a polícia, ele tentou matar a ex-esposa com onze facadas em Olinda, na Região Metropolitana.

Ele responde por tentativa de homicídio doloso com recurso que impossibilitou a defesa da vítima. A Polícia Civil informou que o crime aconteceu no dia 8 de abril deste ano, por volta das 22h.

##RECOMENDA##

A mulher foi surpreendida quando saía do trabalho e fechava o estabelecimento. O ex-marido a abordou portando uma faca tipo "peixeira". A vítima foi ferida em várias partes do corpo.

O suspeito vai ser investigado pela 9ª Delegacia de Polícia de Homicídios. A Polícia Civil não deu mais informações do caso, mas uma coletiva de imprensa na próxima segunda-feira (2) detalhará a ocorrência.

A Polícia Federal (PF) prendeu nesta sexta-feira (29) mais um suspeito de participar do assalto a agências bancárias em Araçatuba, interior paulista, em agosto do ano passado.

Durante cumprimento de mandado de prisão e de busca e apreensão em Hortolândia, também no interior de São Paulo, o homem foi detido em flagrante por estar armado sem porte. Foi realizada ainda uma ação de busca e apreensão em Campinas (SP)

##RECOMENDA##

Segundo a PF, o investigado preso tinha papel importante na organização criminosa responsável pelo assalto e estava na região central de Araçatuba atuando diretamente durante o crime. Já foram presas 38 pessoas suspeitas de participarem do assalto.

O assalto

Na madrugada do dia 30 de agosto do ano passado, um grupo atacou com explosivos duas agências bancárias – uma do Banco do Brasil e outra da Caixa Econômica Federal - em Araçatuba, no interior paulista. Os ladrões também espalharam explosivos por diversos pontos da cidade.

Na fuga, houve troca de tiros com a polícia e reféns foram usados como escudo, colocados até sobre os capôs dos carros da quadrilha. Três pessoas, incluindo dois assaltantes, morreram na ação, além de ao menos três pessoas que ficaram feridas.

A justiça americana julgará o suspeito pelo tiroteio no metrô de Nova York, que deixou 23 feridos, dez deles baleados, detido nesta quarta-feira (13), por "ataque terrorista", anunciaram as autoridades.

O detido, identificado como Frank R. James, de 62 anos e nascido em Nova York, irá comparecer na quinta-feira (14) perante o tribunal federal de Brooklyn, anunciou a corte.

"Nós o pegamos", disse o prefeito, Eric Adams, após capturarem o homem mais procurado de Nova York desde a manhã de terça-feira, quando ativou duas granadas de fumaça e abriu fogo contra os passageiros de um vagão se aproximava da estação "36 Street", no Brooklyn.

Sua detenção, em uma rua do sul de Manhattan, foi possível graças a colaboração dos moradores. Várias testemunhas o identificaram em um McDonald's e depois caminhando pela rua.

"O senhor James enfrenta agora uma acusação federal por seus atos. Um ataque terrorista contra o (sistema de) transporte coletivo", disse Michael J. Driscoll, assistente de direção do escritório do FBI em Nova York.

Segundo o promotor de Nova York, Breon Peace, se for considerado culpado, James enfrenta uma pena de prisão perpétua.

Seu cartão de crédito e as chaves da van que ele havia alugado na Filadélfia foram encontrados no local do ataque.

Histórico criminal

Segundo o chefe de investigação da polícia, James Essig, o suspeito tem um vasto histórico de detenções por posse de ferramentas para roubos, atos sexuais criminais, roubo e desvio de conduta.

James já havia postado vários vídeos no YouTube, nos quais aparece fazendo longos, e às vezes agressivos, comentários políticos, incluindo críticas ao prefeito Adams, um ex-capitão da polícia que defende mão de ferro nas ações de segurança na maior cidade do país.

A irmã de James, Catherine James Robinson, disse ao jornal The New York Times que ficou "surpresa" ao ver seu irmão considerado como suspeito. "Nunca pensei que poderia fazer algo assim", reconheceu, depois de especificar que há tempos não tem contato com ele.

Serviço normal

O metrô reabriu nesta quarta-feira com o "serviço normalizado" e "completo em todas as linhas depois que a NYPD [Polícia de Nova York] concluiu sua investigação", disse a autoridade de trânsito desta cidade de quase nove milhões de pessoas.

Para muitos passageiros que dependem inteiramente desse transporte público para se locomover na cidade, hoje era mais um dia comum como outro qualquer, apesar de estarem mais alertas depois do tiroteio.

"Estava muito mais atenta hoje, olhando o que acontecia à minha volta e garantindo que estava seguro", disse à AFP Laura Swalm, de 49 anos, que usa com frequência o trem de Nova Jersey para Manhattan. Ela também comentou que teve a impressão de que havia menos gente esta manhã do que em outros dias.

"Muita gente que vive longe não tem escolha. Depende do metrô, não pode deixar de usá-lo, independentemente se há um incidente ou não", disse à AFP Daniela, de 29 anos, originária da Bósnia, que reconhece que não pode evitar pensar "que um dia posso não voltar para casa com meus filhos".

Pistola, munições e um machado

Armado com uma pistola, o suspeito colocou uma máscara de gás enquanto o trem entrava na estação. Depois, acionou duas granadas de fumaça e realizou 33 disparos, segundo o chefe de polícia de Nova York, James Essig. A polícia encontrou uma pistola Glock 17 de calibre 9 mm, três carregadores de munições adicionais e um machado. Ainda segundo os policiais, James comprou a pistola legalmente no estado de Ohio.

Segundo o último balanço do tiroteio, 10 pessoas ficaram feridas à bala e outras 13 por inalar fumaça ou no empurra-empurra durante a fuga.

"O que se viu foi uma bomba de fumaça preta explodindo e depois... as pessoas indo para a parte de trás [do vagão]", disse à CNN uma das vítimas do tiroteio, Hourari Benkada, ao descrever o momento em que os passageiros começaram a fugir, correndo para o fundo da composição.

Benkada contou que embarcou no primeiro vagão, na Rua 59, e se sentou ao lado do atirador. Como estava com fones de ouvido, não percebeu nada até o vagão começar a se encher de fumaça.

"Fui empurrado e foi quando levei um tiro na parte de trás do joelho", acrescentou.

Nova York registra este ano um aumento dos tiroteios e uma retomada dos crimes violentos. Até o dia 3 de abril, os incidentes com armas subiram para 296, enquanto, no mesmo período do ano passado, foram registrados 260, segundo as estatísticas da polícia.

Leis brandas sobre armas e o direito constitucional de portar armamento têm frustrado repetidamente as tentativas de reduzir o número de armas em circulação no país, apesar de a maioria da população americana ser favorável a controles mais rígidos.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando