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O Projeto Chapéu de Palha da Fruticultura realiza, de 7 a 12 de janeiro, a quinta edição do cadastramento de trabalhadores rurais da fruta. O processo de inscrição será executado nos municípios de Petrolina, Lagoa Grande, Cabrobó, Orocó, Santa Maria da Boa Vista, além de Belém de São Francisco e Petrolândia. 

Com o cadastro, os agricultores passam a contar com um auxílio financeiro de R$232,50, durante o período de entressafra de 2013. O procedimento garante a inscrição dos camponeses que trabalharam na última safra e ficaram desempregados no período de 1 de junho a 31 de dezembro deste ano.

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Para efetuar o cadastro é preciso comprovar, por meio da carteira profissional, trabalho na fruticultura por no mínimo 30 dias corridos e participar de um dos cursos de capacitação ou profissionalizantes oferecidos por cinco secretarias estaduais envolvidas diretamente no programa. Os interessados deverão apresentar CPF, carteira de identidade, número do PIS ou do NIS. 

O Corpo de Bombeiros de Pernambuco (CBMPE) foi acionado para socorrer vítimas de queda no final da manhã desta sexta-feira (7). Conforme a corporação, dois homens, de 45 e 32 anos, caíram de uma laje da obra em que trabalhavam, na Rua Cais de Santa Rita, próximo às Torres Gêmeas, no Centro do Recife.

Os trabalhadores foram atendidos no local e seguiram para a emergência do Hospital da Restauração (HR), no bairro do Derby, área central do Recife, com hemorragia abdominal e fraturas pelo corpo. O CBMPE não divulgou os nomes das vítimas.

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Sem receber salário desde novembro, uma manifestação do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil e Pesada (Marreta) foi feita nesta quarta-feira (5) em frente ao Ministério do Trabalho, localizado na Avenida Agamenon Magalhães, bairro do Espinheiro, Zona Norte do Recife. Com faixas e carro de som, os assalariados reivindicam o pagamento não só do mês anterior, como também da primeira parcela do 13°.

O Sindicato dará entrada a um documento para comprovar a falta de salários e, em seguida, será encaminhado para o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). “Essa dívida é absurda e já está enorme. Muitos trabalhadores de vários municípios do interior precisam do dinheiro para sustento da família e ainda não receberam nenhum. Vamos fazer esse ato para ver se há solução”, afirmou a presidente do Marreta, Dulcilene Morais.

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Um dos assalariados relata que nem mesmo o aluguel da casa em que ele mora foi pago. “Já estamos em dezembro, passou do prazo e até agora nada. Não paguei o aluguel, já estão me cobrando e cadê que o Governo do Estado faz alguma coisa? Isso é uma vergonha”, reclama Elieliton Daniel Soares, ajudante de maqueiro.

O objetivo principal é interferir no contrato do Governo de Pernambuco com a Advance Construções e Participações, já que a construção do presídio em Itaquitinga, Zona da Mata Norte - onde está sendo feita a obra pelos trabalhadores- está sendo realizada a partir de uma parceria público-privada (PPP). A ata de reivindicação já está a caminho do MPPE.

 

Acabou sem acordo a audiência realizada no Ministério Público do Trabalho (MPT), na manhã desta quinta-feira (20), entre o Sindicato da Construção Civil de Pernambuco (Marreta) e a Advance Construções e Participações Ltda, responsável pela construção do Centro Integrado de Ressocialização de Itaquitinga. A empresa não se comprometeu a quitar os salários atrasados dos cerca de mil operários, por isso a obra seguirá paralisada.

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“A Advance propõe que seja organizado um calendário de pagamentos, mas as obras no presídio não serão retomadas enquanto os débitos dos salários atrasados de um mês e quinze dias sejam quitados”, afirmou a presidente do Marreta, Dulcilene Morais. Cerca de 200 operários se reuniram no Ministério do Trabalho, hoje (20) pela manhã, de onde seguiram para protestar em frente ao Palácio do Governo, após o término da audiência.

Além do pagamento dos salários, o Marreta reivindica que a construtora faça o repasse dos valores referentes ao FGTS e INSS para os trabalhadores. Por isso, uma nova audiência foi agendada para o próximo dia 25, com a orientação de que a Advance Construções e Participações Ltda notifique todas as empresas terceirizadas que também atuam na construção do Presídio de Itaquitinga. Caso não seja encontrado um acordo nesse novo encontro, o Marreta irá solicitar que o Ministério Público autue a construtora.

Com informações da assessoria

 

São Paulo - Na próxima quinta-feira (20), a Central Única dos Trabalhadores (CUT) vai promover um ato público com objetivo de intensificar a luta dos trabalhadores em suas campanhas salariais. O ato terá início às 10h e deve ocorrer na Avenida Paulista, com manifestações em frente às sedes da Petrobras, do Banco Central e da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em São Paulo. Também está marcado um ato para a próxima segunda-feira (17), em Brasília, em frente ao Ministério do Planejamento.

Segundo a CUT, devem participar do movimento trabalhadores bancários, metalúrgicos, químicos, petroleiros e dos Correios, cuja data-base ocorre no segundo semestre. Após assembleia realizada nesta semana, os bancários de São Paulo decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir da próxima terça-feira (18).

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Além da campanha salarial, a CUT pretende também reforçar a luta pela isenção do imposto de renda na Participação de Lucros e Resultados (PLR) e o fim da terceirização, entre outros.

Por Juliana Gomes

Trabalhadores da construção civil de Belém, Ananindeua, Marituba e Barcarena, no Pará, entram hoje (5) no segundo dia da greve. De acordo com a categoria, a greve deve continuar por tempo indeterminado. 

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Durante a manhã desta quarta-feira (5), houve novas manifestações. Os trabalhadores interditaram o Km 8 da BR-316, no município de Marituba, causando um congestionamento de oito quilômetros na rodovia. No local havia a presença de policiais militares e rodoviários, que tentavam controlar a situação.

Na manhã de ontem (4), cerca de três mil operários se reuniram em uma passeata pelo centro de Belém. Uma comissão foi recebida pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do Pará (Sinduscon-PA), mas não houve acordo. A categoria reivindica, dentre outros pontos, reajuste de 16% a 20% dependendo da função, plano de saúde, cesta básica no valor de R$ 100, promoção e garantia de 10% de vagas para mulheres.

Funcionários da Universidade Salgado de Oliveira (Universo), localizada no Recife, realizaram um ato de advertência de greve nesta segunda-feira (27). De acordo com informações de alguns trabalhadores, os profissionais pedem melhores salários e pagamento de encargos trabalhistas.

Na ocasião, os funcionários falaram com alunos e com quem passava nas proximidades da instituição de ensino. Eles explanaram os motivos da movimentação e, ainda nesta tarde, os trabalhadores farão uma reunião para decidirem se o ato grevista vai continuar.

A reportagem do Portal LeiaJá entrou em contato com a assessoria de comunicação da Universo. A assessoria informou que a instituição não se pronunciará sobre o assunto.

Após a realização da assembleia dos operários da Refinaria Abreu e Lima e Petroquímica Suape, no Complexo Portuário de Suape, no município de Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife, um grupo de pessoas promoveu um tumulto, jogando pedra nos carros e nos transeuntes que estavam no local, nesta quarta-feira (8).

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplanagem no Estado de Pernambuco (Sintepav-PE), o Batalhão de Choque da Polícia Militar foi acionado e dispersou os vândalos, que passaram então para outras áreas do Complexo Industrial e queimaram alguns ônibus.

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Através do seu endereço virtual, o Sintepav repudiou a ação dos vândalos e informou que os verdadeiros trabalhadores acompanharam os informes da assembleia sem agitação, e quando retornaram para suas residências, foram surpreendidos pela agitação.

Ainda sobre os agitadores, o Sintepav informou que aguarda que as autoridades competentes tomem as devidas providências, e que o direito dos trabalhadores que não se envolveram na confusão seja garantido.

Os trabalhadores da Refinaria Abreu e Lima e da Petroquímica Suape decidiram parar as atividades na manhã desta quinta-feira (2). A categoria afirma que o acordo firmado na última sexta-feira (27) não agradou os manifestantes e foi aprovado por uma minoria deles. Segundo eles, o trabalho só será retomado na próxima quarta-feira (8), quando haverá uma nova assembleia para decidir o futuro da paralisação.

De acordo com Rogério Rocha, assessor do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplanagem no Estado de Pernambuco (Sintepav-PE), na semana passada parte da categoria aceitou um aumento de 10,5%, equiparação salarial, reajuste de 30% no vale alimentação (passando de R$ 200 para R$ 260), além de benefícios.

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Mas segundo Rocha, na assembleia da próxima semana uma nova pauta de reivindicações será sugerida. “Os trabalhadores querem aumento de 15% no salário, pelo menos R$ 350 de vale alimentação e uma ajuda de custo de R$ 600”, finalizou.

Em junho deste ano, a fabricante de telefones celulares Nokia divulgou um plano de reestruturação completo da corporação. Uma das ações do projeto é fechar a sua última fábrica na Finlândia, que é o seu país de origem.

De acordo com o site Tecmundo, a produção na planta de Salo parou e o local deverá ser fechado por completo até o mês de setembro, ainda deste ano. Na última sexta-feira (27) foi produzido o último telefone no espaço.

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A ideia da Nokia é cortar gastos, e dentro deste processo, a previsão de demissão de 3.700 funcionários do território finlandês, além de 10 mil trabalhadores em todo o mundo.

Ainda segundo o Tecmundo, após chegar a um acordo com os representantes do sindicato dos funcionários da empresa, a Nokia decidiu fechar em definitivo a fábrica. A instituição já chegou a liderança no segmento telefônico, e hoje, luta para sobreviver em meio a dura concorrência com outras grandes empresas, como a Apple e a Samsung.

Com informações da Tecmundo

A Agência Câmara de Notícias divulgou nesta semana que trabalhadores que realizam atividades a céu aberto e recebem radiação solar poderão receber acréscimo de 20% da remuneração salarial. A ideia é oriunda do Projeto de Lei 3519/12, do deputado Vinicius Gurgel (PR-AP), que também fixa a carga máxima de trabalho desses profissionais em seis horas diárias ou 36 horas semanais.

De acordo com a agência, o texto aponta que o adicional de 20% será disponibilizado sempre que não existir a opção do recebimento do acréscimo de insalubridade, correspondente a 40% do salário.

A proposta ainda tem a intenção de fazer com que os trabalhadores tenham direito a descanso de dez minutos a cada 90 profissionais, não contados na jornada de trabalho, bem como eles deverão possuir equipamentos de proteção individual, que incluem vestuários fotoprotetores e bloqueadores solares.

O autor do projeto argumenta que essas ações deverão diminuir os casos de câncer de pele. De acordo com a Agência Câmara de Notícias, Gurgel também destaca que o poder público gasta muito dinheiro com o tratamento dos doentes. “É sempre mais oneroso ao Estado e à sociedade em geral o custo decorrente dos cuidados necessários ao tratamento de doenças e da assistência familiar ao cidadão impossibilitado de trabalhar do que o investimento em uma política de prevenção”, diz o deputado, segundo a agência.

Se a proposta for aprovada, as empresas que não respeitarem as regras de proteção aos trabalhadores poderão pagar multa em favor dos empregados, no valor de dez vezes a mais da quantia salarial.

Com informações da Agência Câmara de Notícias.

Se proteger das doenças causadas pelos raios solares é um dever de todos, e também poderá se tornar uma obrigação nas empresas. Isso mesmo, uma obrigação. É que o Projeto de Lei 4027/12, do deputado Márcio Marinho (PRB-BA), quer obrigar empregados que realizem atividades a céu aberto a utilizarem protetor solar.

O texto da proposta também indica que cabe ao empregador orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, a guarda e a conservação do protetor solar. Além disso, os patrões precisariam fiscalizar a utilização correta do produto.

“Apesar de todos os estudos acerca dos efeitos deletérios da exposição excessiva ao sol, os males do trabalho a céu aberto ainda não são considerados pela legislação trabalhista”, argumenta o deputado Márcio Marinho, segundo informações da Agência Câmara de Notícias.

O projeto ainda será analisado pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público, e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

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Nesta terça-feira (17), a Caixa Econômica Federal (CEF) inicia o pagamento dos benefícios do Programa de Integração Social (PIS), relativos ao calendário 2012/2013. No total, são 17,9 milhões de trabalhadores que têm direito ao abono salarial, e mais de 27 milhões poderão sacar os rendimentos do PIS. De acordo com a assessoria de imprensa da CEF, beneficiários que possuam conta no banco terão o valor creditado automaticamente, a partir do dia 24 deste mês, em sua conta corrente ou poupança Caixa. Porém, a conta deve ter o trabalhador como único titular.

As empresas que possuem convênio com a instituição financeira creditarão o benefício diretamente na folha de pagamento dos meses de julho e agosto de seus empregados. Segundo a assessoria de imprensa, mais de 27 mil empresas estão cadastradas, o que corresponde que cerca de 2,9 milhões de empregados serão beneficiados com o abono ou os rendimentos do PIS em seus contracheques.

A partir do dia 15 do próximo mês, poderão sacar o benefício os trabalhadores que não possuem conta na Caixa e não estão vinculados a uma empresa. O procedimento deverá ser feito nos terminais de autoatendimento, casas lotéricas, Correspondentes Caixa Aqui ou Agências da Caixa.

Direitos

De acordo com a CEF, têm direito ao abono os trabalhadores cadastrados no PIS ou PASEP até 2007 (cinco anos de cadatramento), que tenham trabalhado no mínimo 30 dias, consecutivos ou não, no ano de 2011, com carteira de trabalho assinada por empresa, que tenham recebido, em média, até dois salários mínimos mensais e que tiveram seus dados informados corretamente pela empresa ao Ministério do Trabalho e Emprego na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do ano-base 2011.

Sobre os rendimentos, têm direito ao saque os trabalhadores que foram cadastrados no PIS-PASEP até 04/10/1988 e que tenham saldo na conta PIS. O pagamento obedece ao mesmo calendário do abono salarial.

Ainda segundo a Caixa, hoje, é permitido o saque do saldo de quotas da conta PIS ao trabalhador que apresentar algum dos motivos previstos em lei: aposentadoria, invalidez permanente, reforma militar, transferência para a reserva remunerada, tratamento de AIDS ou câncer do titular ou de seus dependentes, morte do titular, como benefício assistencial à pessoa portadora de deficiência e ao idoso e participante com idade igual ou superior a 70 anos.

Mais detalhes informativos sobre os benefícios podem ser encontrados no endereço virtual da CEF. Também é possível obter informações por meio do telefone 0800-726-0101.

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Só neste ano, inúmeros grupos de trabalhadores entraram em greve. Bancários, metroviários, policiais, rodoviários, professores, funcionários públicos, entre outras categorias, paralisaram suas atividades em protesto contra os patrões, empresários ou contra o poder público. As reivindicações desses grupos são diversas, que vão desde campanhas salariais, até melhoria nas condições de trabalho.

A sociedade se divide em opiniões. Uns são a favor das greves, com a justificativa de que os trabalhadores precisam lutar por melhorias para suas carreiras. Já há pessoas que criticam veemente as paralisações, alegando que as greves prejudicam intensamente quem precisa dos serviços prestados pelos grevistas.

As greves não iniciaram somente na época contemporânea. No contexto de um mundo ingressando no capitalismo, mais precisamente no período da Revolução Industrial, na Inglaterra, por volta do século 19, as condições de trabalho das indústrias levaram os trabalhadores a iniciar protestos. De acordo com o professor de história, Luís Manuel Domingues (foto), várias pessoas perderam seus empregos por causa de máquinas que foram instaladas nas empresas, e por isso realizaram um grande movimento. “Os operários quebraram as máquinas. Eles não tinham ideia de que a decisão vinha dos patrões”, conta o professor.

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Luís Manuel também destaca a diminuição da jornada de trabalho - que chegava a 16 horas -  como um dos pilares das reivindicações. As condições precárias de trabalho foram outros alvos de grandes paralisações. Isso acontecia em vários países, como nos Estados Unidos, em 1872, no dia 1º de maio, quando inúmeros grevistas foram assassinados, e por isso, a data marca o Dia do Trabalhador. “O Brasil também passou por fortes paralisações, como a primeira greve geral, em 1917, quando socialistas conseguiram mobilizar trabalhadores de todo o país na busca pela redução da jornada de trabalho para oito horas, direitos para mulheres, em que muitas tinham que parir no emprego porque não eram liberadas, e muitas outras reivindicações”, relata o professor. Outro movimento forte foi a greve dos metalúrgicos, em São Paulo, de 1978 a 1980, que teve como um dos líderes o ex-presidente Lula.

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Ideologias dos grevistas

Para o professor Luís Manuel, a greve não alcança o objetivo de imediato. “É um processo de longo tempo e de luta”, comenta ele. “É a necessidade pelo avanço do trabalho que leva os grupos a parar, inclusive nos dias atuais”, completa Luís Manuel.

Uma das categorias que resolveu parar de trabalhar foi a dos professores de universidades federais. O presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Pernambuco (Adufepe), Jaime Mendonça (foto), já passou por inúmeras paralisações em sua carreira profissional. Ele classifica a greve como “a última ação de reivindicação de um trabalhador”. De acordo com Mendonça, é um movimento difícil de ser feito, porque necessita da adesão de um bom número de pessoas e resulta em discussões com os empregadores.

Para o também grevista e diretor da Adufepe, Irani Júnior, é certo que a sociedade como um todo sofre com a paralisação de uma determinada categoria. “Sabemos que a sociedade sofre, mas, é necessário que haja valorização de uma categoria, e no futuro todos perceberão que é importante lutar pelas reivindicações de um grupo”. O também professor Audísio Costa destaca o caso da paralisação dos professores em prol da educação. “Sem educação não há desenvolvimento, e por esse motivo lutamos por uma educação bem feita, com boas condições de trabalho e valorização da carreira do docente”, defende Costa.


Sobre a ideia de que no serviço público é mais viável realizar uma greve, o docente Daniel Rodrigues se opõe ao pensamento. “Só porque se trata de um serviço público não é mais simples fazer uma paralisação. Claro que o nível de estabilidade de funcionário público no emprego é maior, mas também existem dificuldades, como a demora dos governos para atender as nossas reivindicações”. Segundo Rodrigues, uma das causas dos trabalhadores de instituições privadas não realizarem greves é a possibilidades de demissão. Todavia, o professor de história Luís Manuel aponta outras causas. “O crescimento econômico brasileiro aumentou a demanda por trabalhadores, e quem para pode perder seu cargo para outro trabalhador que está pronto para assumir a função”, completa.

No que díz respeito a organização das greves e a liderança dos grupos trabalhistas, na segunda metade do século 19 os sindicatos começam a atuar na sociedade. “Os sindicatos também foram resultados de uma luta demorada dos trabalhadores. Eles começaram atuar depois da Revolução Russa e da Segunda Guerra Mundial”, conta o professor de história. Porém, existem trabalhadores que apontam os sindicatos como grupos de interesses políticos e econômicos. Um professor da rede privada de ensino de Pernambuco, que preferiu não se identificar, é um dos que não concordam com o trabalho dos sindicatos. “Eles lucram muito com isso. Quem está no sindicato quer se manter no cargo por interesses e quem está fora tem vontade de entrar”, diz o trabalhador não identificado.

Quando a greve é ilegal

A greve é um direito do cidadão garantido por lei na constituição brasileira. Todavia, existem condições de paralisações que são consideradas ilegais e a população precisa ficar atenta para não ser prejudicada. De acordo com o advogado Theobaldo Pires, uma greve é ilegal quando deixa de seguir etapas. “Tem que existir um aviso prévio ao empregador que vai ocorrer a greve, com uma antecedência de 72 horas”, explica o advogado, sobre uma das etapas.

Pires também destaca o princípio de continuidade dos serviços públicos. Ele explana que não pode ocorrer greve total no serviço público, porque a regularidade de atividades dos serviços deve ser mantida. O poder judiciário definiu que o mínimo para a manutenção da legalidade do movimento grevista é de 30%. Abaixo isso, a paralisação é considerada ilegal, e há casos que o poder judiciário solicita acréscimo na quantidade.

Existem serviços, dentro do âmbito público ou privado, que em hipótese alguma pode parar totalmente. São os chamados serviços essenciais, como o tratamento e abastecimento de água, produção e distribuição de energia elétrica, gás e combustíveis, assistência médico e hospitalar, transporte coletivo, compensação bancária, funerários, entre outras atividades.

Theobaldo Pires também faz um alerta. Os trabalhadores não são obrigados a aderirem a uma greve da sua categoria. “Quem não quer participar não pode sofrer qualquer tipo de violência por não fazer parte de uma paralisação. Inclusive, se for constatado que alguém está cometendo o ato, essa pessoa pode ser demitida por justa causa. Isso é considerado abuso do direito de greve”, relata o advogado.   

Professores e funcionários civis do Colégio Militar do Recife aderiram a um momento de paralisação. Pela primeira vez na história, a ação ocorrerá nesta quarta-feira (27), em atividade simultânea com a unidade militar de Porto Alegre.

Existe ligação entre os servidores e professores do Colégio Militar do Recife com o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica e Profissional (Sinasefe – Seção Sindical do Colégio Militar do Recife – SINSASEFE-CMR). Algumas das reivindicações dos profissionais são reestruturação das carreiras, garantia de carga horária semanal de 30h, democracia e condições de trabalho, e reajuste salarial dos professores em 22,08%.

Os integrantes prometem se reunir nesta quarta-feira (27), próximo ao colégio, na avenida Visconde de São Leopoldo, 198, no bairro de Engenho do Meio. O encontro ocorrerá por volta das 7h.

Cerca de 40 canteiros de obras, entre eles alguns do programa "Minha Casa, Minha Vida" do governo federal, estão parados nesta segunda-feira em Manaus, porque os operários decidiram cruzar os braços. O motivo da paralisação, que deve se estender apenas ao longo do dia, é uma negociação salarial da categoria na capital amazonense.

Conforme informações do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil e Montagem (Sintracomec), desde às 5 horas ninguém trabalhou. A categoria reivindica reajuste salarial de 13%, além de participação nos lucros e acesso a plano de saúde. As empresas oferecem, de acordo com o diretor intersindical, Joenildo de Souza Vasconcelos, 6% de reajuste.

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Com o desentendimento das negociações, o Sintracomec organizou a paralisação que deve acontecer temporariamente, como um alerta. "Nesta tarde, nós voltamos a nos reunir com as empresas para uma nova conversa, caso o acordo não aconteça, os trabalhadores podem voltar a fazer greve", afirma Vasconcelos.

Independente da conclusão da reunião desta tarde, os operários da construção civil de Manaus devem trabalhar na terça-feira. "Caso uma nova greve for acontecer, vai acontecer depois de terça", informa o diretor.

O mês de maio deve ser marcado por mobilizações intensas de categorias como os trabalhadores da construção civil e dos transportes do Estado de São Paulo. Com data-base no dia 1.º, as negociações com os representantes patronais não avançaram e os sindicalistas já falam em paralisações.

"Tivemos uma ou duas reuniões por semana desde o começo de março e ainda não conseguimos avançar na pauta de reivindicações", queixa-se Antônio de Souza Ramalho, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de São Paulo (Sintracon). "Estamos mobilizados para uma greve por tempo indeterminado a partir do dia 7", avisa ele.

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Na campanha dos operários da construção civil estão juntos os sindicatos de várias centrais sindicais como Força Sindical, Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Central Geral dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CGTB). Juntas, elas representam mais de 1 milhão de trabalhadores. Só na base do Sintracon, ligado à Força Sindical, são 370 mil operários.

A categoria reivindica aumento real de 5%, além da reposição da inflação acumulada nos últimos 12 meses. O sindicato patronal não apresentou contraproposta, informa Ramalho. "Mesmo assim, temos esperança de que haja um entendimento, porque uma greve geral desgasta todo mundo, principalmente quem comprou imóveis na planta", diz o sindicalista.

Segundo ele, as construtoras têm atrasado, em média, em nove meses a entrega das chaves dos apartamentos por falta de mão de obra. Mais do que isso, ele afirma que os consumidores reclamam muito do acabamento dos imóveis. Na falta de mão de obra, tem se trabalhado em regime de empreitada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Mesmo com a redução do ritmo de crescimento da economia, categorias profissionais com data-base para renovação de acordos e convenções coletivas nos primeiros quatro meses do ano estão conseguindo conquistar aumentos reais de salários que chegam a superar os níveis registrados em igual período de 2011.

Na Bahia, cerca de 35 mil operários da construção pesada e de infraestrutura e montagem industrial convenceram as construtoras a conceder aumento real de 4,77%, além da reposição da inflação, depois de 17 dias de greve. Em São Paulo, 42 mil químicos do setor farmacêutico fecharam acordo com os laboratórios que prevê aumento real de 2,41%, um ponto porcentual acima do índice conquistado no ano passado.

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Para economistas, o cenário continua favorável aos aumentos, independentemente do agravamento da crise na zona do euro e da desaceleração da economia brasileira neste início de ano. Entre os pontos que facilitam o trabalho dos sindicatos em 2012 os analistas citam os índices de preços bem comportados até agora.

Em março, a inflação acumulada em 12 meses, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), usado como parâmetro nas negociações entre empregados e patrões, estava em apenas 4,97%. Foi a menor variação de preços registrada para o período depois de março de 2007, quando ficou em 3,29%.

"Quanto mais baixa a inflação, mais fácil é a obtenção de aumento real de salário", diz José Silvestre, coordenador de relações sindicais do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Na média, a inflação para as datas-base em 2012 vai girar em torno de 5%, abaixo do ano passado, quando foi superior a 5%, frisa Silvestre. A política de redução de juros adotada pelo Banco Central (BC) também é positiva, segundo o técnico.

Mas o BC ainda vê a força do mercado de trabalho como um risco importante à evolução dos preços. O que preocupa a autoridade monetária é o fato de que as negociações salariais atribuem peso excessivo à inflação passada, em detrimento da inflação futura, que está em processo de redução e tende a ser marcadamente menor do que a inflação passada. A demanda aquecida pelos aumentos reais de salários poderia exercer pressão de alta sobre os preços. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Existem funcionários que não estão muito atentos aos métodos de segurança das empresas em que trabalham. É o que mostra o estudo encomendado pelas empresas McAfee e Xerox (NYSE: XRX). De acordo com a pesquisa, 54% dos trabalhadores entrevistados afirmaram que eles nem sempre seguem as políticas de segurança de tecnologia da informação (TI). Ainda existem 33% que sequer conhecem essas políticas, e 21% que colocaram em risco a segurança dos números de cartões de crédito dos clientes, além de documentos fiscais e relatórios financeiros.

O estudo também destaca, que em locais de trabalho que possuem impressora, copiadora ou multifuncional, 51% dos entrevistados já copiaram, digitalizaram ou imprimiram informações confidenciais no trabalho. Somente 13% dos trabalhadores necessitam de uma senha ou código de acesso para liberar ações em equipamentos de impressão. Ainda de acordo com a pesquisa, outros 54% falaram que os computadores representam o maior perigo à segurança da rede das suas empresas, que comparados com outros dispositivos de TI.

Porém, conformo o estudo, 39% disseram que se preocupam pelo menos às vezes com a segurança de informações confidenciais, 86% afirmaram que se preocupam pelo menos algumas vezes com dados pessoais, 77%, com informações dos clientes, 77%, com informações dos funcionários e 70%, com as informações confidenciais da empresa.

A pesquisa
O estudo foi realizado pela Harris Interactive, nos Estados Unidos, através da internet, no período de 5 a 9 de janeiro deste ano. A pesquisa teve a participação de mais de 2.541 entrevistados, com idades a partir de 18 anos. Desses, 1.391 trabalham em período integral ou meio-período.

Brasília - A Previdência Social quer terminar o ano com uma cobertura de 70,5% dos trabalhadores. Atualmente a abrangência chega a 67%. Essa é uma das metas do Plano Estratégico da Previdência Social (2012-2015). Segundo o secretário de Políticas de Previdência Social, Leonardo Rolim, o objetivo é alcançar uma cobertura previdenciária de 77% dos trabalhadores até 2015, o que vai significar a inclusão de 16 milhões de pessoas.

“Estamos trabalhando em um grande plano de inclusão previdenciária para diversos públicos onde há uma baixa cobertura previdenciária. Estamos falando de trabalhadores rurais, pessoas com deficiência, empreendedores individuais, cooperativados, donas de casa de baixa renda, trabalhadoras domésticas, população coberta pelo Bolsa Família”, disse o secretário.

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Rolim disse ainda que, desde 2009, o Ministério da Previdência Social começou a fazer mudanças nas regras de inclusão na Previdência de alguns grupos, como foi o caso do microempreendedor individual.

“Entre os trabalhadores que estão na informalidade, 11 milhões eram empreendedores individuais e nós já conseguimos trazer 2 milhões. Outro público muito importante são as donas de casa de baixa renda [que em sua maioria não têm cobertura previdenciária].”

O plano foi apresentado na semana passada ao Conselho Nacional de Previdência Social.

 

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