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Nanico até março deste ano, o PSL terá a missão de dar sustentação no Congresso ao presidente eleito, Jair Bolsonaro. O partido saltou de um parlamentar eleito em 2014 para a segunda maior bancada da Câmara na próxima legislatura, com 52 deputados. Destes, segundo um levantamento do Estadão Dados, 47 nunca haviam sido eleitos para prefeito, governador, assembleias legislativas ou o próprio Congresso.

Com uma bancada cuja diversidade varia de youtuber a coronel, o desafio será dar unidade ao grupo parlamentar. Para isso, o partido pretende capacitar seus parlamentares com uma bateria de "aulas" sobre temas como regimento da Câmara, economia e saúde. Segundo o presidente da sigla, Luciano Bivar, as palestras devem acontecer em janeiro, após a posse de Bolsonaro.

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Filho do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (SP), no final de seu primeiro mandato, é um dos mais experientes na bancada. No entanto, existe apenas um projeto de lei aprovado com a sua assinatura - que liberou para a venda a chamada "pílula contra o câncer". Recentemente, ele se envolveu em polêmica, ao dizer que o novo presidente da Câmara deveria "tratorar" os projetos da oposição.

A legenda recebeu neste ano R$ 6,2 milhões de Fundo Partidário, que saltará para a maior fatia, com R$ 110 milhões em 2019, segundo estimativa do Estado. Há ainda uma chance de a bancada aumentar, com a incorporação de partidos ou deputados de siglas que não ultrapassaram a cláusula de barreira.

Reunião

O desafio a partir de agora será estruturar o partido para a nova estatura e tornar a bancada a mais coesa possível, como disse Bivar ao Estado (mais informações nesta página). A primeira reunião dos parlamentares eleitos desde o fim do segundo turno foi antecipada em uma semana - será na próxima quarta-feira. No encontro, a sigla deve discutir encaminhamento de bancada, escolha de líder e prioridades do governo no Congresso, especialmente as reformas econômicas.

"A ideia é dar boas vindas e ter uma palestra sobre o liberalismo do Partido Social Liberal. Os deputados são eleitos e são colegas, mas não se conheciam antes. Tem deputado que nem eu conheço", disse Bivar.

As aulas serão organizadas, segundo ele, pela Fundação do partido, o Instituto de Inovação e Governança (Indigo). Atualmente, a fundação continua sob o comando do filho de Bivar, Sérgio, que deixou o partido em fevereiro com outros membros do Livres, depois que o clã Bolsonaro migrou para a legenda.

No próximo ano, quem deve comandar o braço teórico da legenda é Marcos Cintra, o economista responsável pela área tributária na equipe de Paulo Guedes, futuro ministro da Economia. O professor da FGV também deve ministrar as aulas para a bancada do PSL, ao lado de Eduardo Bolsonaro.

Há ainda a possibilidade de o partido pleitear a presidência da Câmara. O apoio do DEM ao governo Bolsonaro está vinculado à retribuição dos bolsonaristas em dar suporte à manutenção de Rodrigo Maia (DEM-RJ) no comando da Casa. Parlamentares do PSL, no entanto, ainda relutam em apoiá-lo.

Guinada

O PSL existe desde 1994, mas se projetou com a entrada de Bolsonaro neste ano. Para abrigar a família, o partido realizou algumas mudanças no estatuto e Bivar abriu mão da presidência para dar lugar a um dos assessores de Bolsonaro durante a campanha, o advogado Gustavo Bebianno. Terminada a eleição, o pernambucano de 73 anos, fundador do PSL, retomou o comando da legenda.

Até anteontem, apenas dois dos 27 diretórios estaduais não eram provisórios. Foi feita uma votação que homologou os presidentes interinos e reconduziu Bivar, oficialmente, para a presidência da sigla.

"O Bivar é o mais experiente ali. Sabe o que faz. Se ele achar que deve compor a executiva nacional com eleitos, ok. Se o critério for número de votos ou experiência, ok. Eu assino embaixo", disse a deputada federal eleita por São Paulo, Joice Hasselmann.

Segundo apurou o Estado, o estatuto da sigla deve sofrer algumas alterações. O presidente do PSL admite mudanças para adaptar o partido a algumas questões técnicas estabelecidas pelo TSE, mas um interlocutor afirmou que outros pontos também podem ser modificados.

Questionado se avalia que deveriam haver mudanças no partido, o deputado eleito Carlos Jordy (RJ) lembra que quando entrou para o PSL, no início do ano, o nome foi um dos pontos mais polêmicos. "Quando pegamos o partido, se questionou muito a sigla 'partido social liberal' porque nosso grupo é muito mais conservador nos costumes e liberal na via econômica. E social liberal tende muito mais para liberalismo libertário."

O vereador de Niterói, egresso do PSC, disse que está mais focado em estudar para sua estreia na Câmara do que se envolver em questões partidárias. Para ele, seria "bacana mudar o nome mais para frente, mas isso está a cargo da nacional".

 

5 Perguntas para Luciano Bivar, presidente do PSL

1. A bancada do partido terá unidade em pautas que tratam de costumes e em outras, como a da Escola sem Partido?

Escola sem Partido é uma prioridade. Escola tem de ensinar geografia e matemática, não para fazer política. Temos que explicar isso a todos os nossos deputados.

2. O projeto de criminalização do comunismo, de Eduardo Bolsonaro, é uma pauta da bancada?

O comunismo, se tem um partido político, tem de ser respeitado como partido. Eu defendo essa tese. O partido não alcançou a cláusula de barreira. Não é preciso que a gente criminalize o comunismo. Não tem motivo para criminalizar esse e aquele partido.

3. O PSL vai lançar candidato à Presidência da Câmara, da Comissão de Constituição e Justiça e outras?

Vou ter uma conversa com o presidente (eleito, Jair Bolsonaro) na terça-feira, 20, sobre esse assunto. E, na quarta-feira, 21, com a bancada. Vamos ver o que queremos como partido. Se for preciso reivindicar algumas coordenadorias, comissões, mesa ou presidência, a gente vai fazer.

4. Quais o nomes para liderar o PSL na Câmara?

Tem vários nomes. O Eduardo pode ser. Tem também a Joice (Hasselmann).

5. Como vai ser a relação do partido com o presidente?

O próprio Bolsonaro não quer se meter nisso, mas a nossa grande alavancagem se deve a ele. Isso é irrefutável. Enquanto eu for presidente do partido, vou ser como o primeiro-ministro da Inglaterra dele. Tenho de consultar a rainha para saber os caminhos que vou trilhar. Quem pensa que a rainha da Inglaterra não faz nada, está enganado. Vou consultar sempre o Bolsonaro, que é um filiado meu. Vou abstrair o cargo dele na Presidência e consultá-lo como membro do PSL. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), se encontrou com um grupo de deputados que formam a "bancada da bala" na manhã desta terça-feira, 23, em um hotel na Barra da Tijuca, zona oeste da capital fluminense. O encontro não constava na agenda do parlamentar.

Segundo a assessoria de Maia, a visita foi apenas para "um café" com os deputados e o presidente da Câmara deixou o hotel no final da manhã. Os demais parlamentares - são pelo menos 25 - deverão visitar o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) no início da tarde.

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A Coluna do Estadão desta terça-feira revelou que Rodrigo Maia vai colocar em votação após as eleições projeto que revoga o Estatuto do Desarmamento. O texto facilita a posse de armas em casa pelos cidadãos, retirando a exigência de comprovação da necessidade da compra. As medidas são bandeiras de Jair Bolsonaro, de quem Maia busca se aproximar para tentar se manter no comando da Câmara.

Rodrigo Maia deverá permanecer no Rio de Janeiro pelo menos até domingo, dia 28 quando ocorre a eleição em segundo turno.

A reforma da Previdência e a flexibilização do Estatuto do Desarmamento para ampliar a comercialização de armas de fogo estão entre as propostas legislativas que têm forte apoio na nova bancada de deputados federais do PSL, partido do candidato à Presidência Jair Bolsonaro. Levantamento do jornal O Estado de S. Paulo e do Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) que ouviu metade dos 52 eleitos mostra um posicionamento majoritariamente favorável a mudar o regime previdenciário e a alterar a legislação sobre o acesso a armamentos. A reportagem procurou todos os eleitos, mas 26 não responderam.

O levantamento também aponta que há uma divisão, entre os 26 entrevistados, em temas como privatização da Eletrobras e punição por abuso de autoridade.

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Tratada como prioridade pelo atual governo, a reforma da Previdência tem aval de 23 deputados da nova bancada do PSL. Só dois parlamentares se declaram contrários e um não tem opinião formada. Os favoráveis, no entanto, criticaram a proposta enviada pelo presidente Michel Temer à Câmara, e que não avançou. Seriam necessários 308 votos para aprová-la.

Alguns deles avaliam que policiais e militares devem ter regime diferenciado e ser poupados. "Não aceito tocar nos militares e policiais", diz o empresário Heitor Freire, presidente da sigla no Ceará.

A campanha de Bolsonaro tem defendido introduzir um novo regime de Previdência, em sistema de capitalização, no qual cada trabalhador, ao longo dos anos, contribui para uma espécie de poupança guardada para quando se aposentar e contará com os recursos que poupar. O modelo seria uma alternativa ao de repartição, que vigora atualmente, no qual os aposentados recebem do Estado, que arrecada de quem ainda trabalha.

O apoio à reforma da Previdência tem menos consenso quando os deputados são questionados sobre a fixação de uma idade mínima para a aposentadoria e se deve haver um teto comum aos setores público e privado para o pagamento do benefício. Entre eles, 17 são favoráveis à fixação de idade mínima, quatro são contra e cinco não têm opinião formada. Já sobre o teto único de pagamento, 16 são a favor, quatro contrários e seis não opinaram conclusivamente.

Alguns ponderam que reforma não deverá, necessariamente, ser apreciada em 2019, enquanto outros preferem aguardar um novo pacote e orientações do economista Paulo Guedes, que estaria à frente na política econômica num eventual governo Bolsonaro. É o que diz, por exemplo, Luiz Philippe de Orleans e Bragança, descendente da família Real. "Outras medidas precisam ser tomadas antes, como a reforma dos privilégios."

Armas e abuso

Uma das principais bandeiras de campanha de Bolsonaro, a flexibilização dos critérios para acesso a armas de fogo é o que encontra maior respaldo da bancada e sensibilizaria 26 deputados a votarem a favor. Só uma declarou ser contra, a advogada Alê Silva (MG). Deputados de carreira militar defendem que uma lei armamentista determina critérios de seleção sobre quem deve ou não portar armas.

Em seu plano de governo, Bolsonaro promete "reformular o Estatuto do Desarmamento para garantir o direito do cidadão à legítima defesa". O presidenciável defende, por exemplo, que produtores rurais possam ter acesso a fuzis.

A lei de abuso de autoridade, por outro lado, divide os correligionários do capitão reformado. A norma chegou a ser debatida e recebeu rechaço de integrantes do Ministério Público e do Judiciário, que viram no avanço das discussões uma forma de retaliação da classe política a investigações contra a corrupção, como a Operação Lava Jato. Treze novos deputados disseram ser contra mudar a legislação para punir juízes e procuradores por abuso de autoridade, enquanto 11 se declararam a favor e três não opinaram.

Bolsonaro se diz vítima de abuso de procuradores da República nos processos que respondeu ou responde no Supremo Tribunal Federal. Ele declarou ser favorável à criminalização do abuso de autoridade, mas foi contra a inclusão de regras na votação das Dez medidas contra a corrupção, por suspeitar que parlamentares investigados tentavam se blindar.

Eletrobras

A privatização da Eletrobras também racha a bancada. Onze dos questionados disseram ser favoráveis à venda da estatal, enquanto sete foram contra e outros sete fizeram ressalvas como saber melhor das condições financeiras da companhia, uma eventual capacidade de recuperação, e estudar a proposta de desestatização. Outros vinculam uma posição favorável à redução na tarifa paga pelo consumidor final.

"Acredito que a privatização de certas organizações será a principal e melhor saída para o Brasil. Em relação à Eletrobras, em particular, não gostaria de me posicionar porque não sei a posição de Bolsonaro", diz o empresário Daniel Freitas (SC).

Bolsonaro já sinalizou resistências à venda de companhias no setor de energia. Ele afirmou, em recente entrevista à TV Bandeirantes, que não aceitaria a privatização do setor de geração de energia elétrica, e deixou em aberto o setor de distribuição. As ações da Eletrobras despencaram na semana passada, em consequência à fala do presidenciável.

O cientista político Carlos Melo, do Insper, diz que tanto os consensos quanto as divisões entre os deputados eleitos sobre os temas questionados pela reportagem refletem os sinais que vêm do candidato a presidente.

Segundo ele, é normal que deputados se alinhem com o presidenciável, mas no caso do PSL isso se dá ainda mais forte porque não há uma definição partidária programática e orgânica, mas uma bancada eleita muito por conta do candidato. "Não está havendo um amplo debate", afirma.

No dia 11, quando a reportagem já entrevistava a bancada eleita, Bolsonaro orientou seus aliados a não conversar com jornalistas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

     

O Roda Viva Pernambuco irá entrevistar, nesta terça-feira (28), a candidata a governadora de Pernambuco Simone Fontana (PSTU). A sabatina de hoje compõe a série de entrevistas que estão sendo realizadas com os candidatos ao Governo de Pernambuco. O programa inicia, às 22h15, na TV Nova Nordeste/TV Cultura, no Canal 22.1 (HDTV). 

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Nesta terça, o Portal LeiaJá, representado pela editora de política Thabata Alves, irá participar da bancada do programa. Também irão compor a cientista política Priscila lapa, Sávio Gabriel, Diario de Pernambuco; Pedro Soares, cientista político e Jairo Lima, da Folha de Pernambuco e Wellington Ribeiro, do Blog Ponto de Vista. 

A versão pernambucana segue o mesmo estilo do Roda Viva Nacional com convidados semanais, que respondem às perguntas de uma bancada formada por jornalistas e críticos. A mesa de debate também é destacada com um chargista, que apresenta desenhos sobre o tema tratado ao longo do debate. Pernambuco é o primeiro estado a receber uma versão do programa conhecido em rede nacional. 

A entrevistada desta noite, em 2016, foi candidata à Prefeitura do Recife. Professora da rede estadual, ela já foi candidata a senadora e a vereadora do Recife. Na última eleição, Simone Fontana tinha como uma das propostas valorizar os servidores da educação através do pagamento do piso salarial e também melhorar as condições de trabalho. 

Na próxima terça-feira (4), o candidato a governador entrevistado será Julio Lóssio (Rede). Já no dia 11 de setembro, será a vez do governador Paulo Câmara (PSB) participar do programa. Maurício Rands (PROS) e Armando Monteiro (PTB) participam do debate, respectivamente, no dia 18 e 25 de setembro. A escolha das datas foi feita mediante sorteio. 

É em um casarão de dois pisos cor de terra com janelas verdes, à beira do Lago Sul, em Brasília, que atua um dos mais combativos grupos setoriais do Congresso brasileiro. A 10 minutos de carro da Praça dos Três Poderes, parlamentares proprietários de terras, produtores rurais e simpatizantes dos negócios do campo se reúnem toda terça-feira pela manhã para afinar discurso e decidir ações políticas e legislativas de interesse do setor.

Levantamento do Estadão/Broadcast nos registros do Congresso mostra na segunda reportagem dessa série que a atual representação política do agronegócio chega a 210 deputados e 26 senadores, num total de 236 políticos em exercício (39,7% dos congressistas), em 18 partidos. Destes, 119 deputados e seis senadores (21%) assumem a ligação. Essa articulação setorial opera na Frente Parlamentar Mista da Agropecuária (FPA), criada em 2015 com assinaturas de 198 deputados e 27 senadores (38% dos 594 congressistas), e que pode alcançar 260 votos, superando os 257 votos (maioria absoluta) exigidos para determinadas matérias. Entre os deputados, 42 vivem do agro e 80 admitem ligações.

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Entre os que se consideram da FPA, há ainda os que não assumem ligação com "ruralistas". É o caso do deputado Benito Gama (PTB-BA). "Não me considero da bancada porque não sou do setor, sou economista e professor."

Nestas eleições, em que o apoio do grupo é cobiçado por quase todos os candidatos, em mais uma prova de sua força, pelo menos 93 deputados pretendem manter o mandato, oito querem vaga no Senado e cinco tentarão vaga nos governos estaduais, mostrando que a aposta do setor na renovação é baixa.

No Senado, dois são produtores rurais, cinco se dizem ligados ao setor, seis serão candidatos à reeleição, um está indeciso, um disputará a Presidência (Alvaro Dias, Podemos-PR) e um é candidato a governador (Ronaldo Caiado, DEM-GO).

A renda do setor cresceu 13% no ano passado, na maior expansão isolada do Produto Interno Bruto (PIB) de 2017. Na soma de tudo que foi produzido no País - R$ 6,6 trilhões -, o agro contribuiu com R$ 300 bilhões. A casa no Pontão do Lago Sul mantém um time de 16 técnicos, advogados, economistas, agrônomos e jornalistas para acompanhar a agenda do governo e orientar o voto dos parlamentares.

"Quando o tema é de interesse do agronegócio, nós vamos pra cima", diz a presidente da FPA, deputada Tereza Cristina (DEM-MS), que desde fevereiro dirige a frente, nova versão do que foi no Congresso a bancada ruralista. Exercendo forte pressão política, os neorruralistas obtiveram, por exemplo, a redução de alíquotas de 2% para 1,2% do Funrural e o perdão de 100% nas multas e encargos do saldo das dívidas para quem entrou no Refis. Valor da operação: R$ 15 bilhões. A Fazenda protestou, o Planalto vetou, mas a bancada implodiu os vetos em abril.

A influente FPA é mantida pelo Instituto Pensar Agropecuária (IPA), braço institucional do lobby em Brasília, com dinheiro de 39 entidades empresariais do setor. Ao ano, o grupo gasta R$ 2,8 milhões para vigiar o governo e o Congresso.

'Aspecto legal'

A presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputada Tereza Cristina (DEM-MS), não gosta da palavra "lobby" para o movimento dos produtores a partir do casarão do Pontão do Lago Sul. Ela prefere dizer que se trata de "uma casa de debate e apoio técnico" aos interesses do campo. Nos EUA, essa atividade foi regulamentada nos anos 40, na esteira da histórica Lei Agrícola (1933), e tem forte presença na condução da legislação rural americana. Nos últimos anos, serve de inspiração para os produtores no Brasil.

Agrônoma, Tereza Cristina diz que a "FPA segue o viés da iniciativa privada e dá o aspecto legal às demandas do setor". Para comandar o grupo, ela conta com 17 parlamentares com funções executivas. Mas os encontros das terças-feiras na casa do Pontão costumam reunir até o triplo disso. Pelo menos 50 parlamentares batem ponto semanal.

Novata em Brasília, mas experiente na produção rural em Mato Grosso do Sul, com passagem pela Federação da Agricultura do Estado, Tereza Cristina diz que é preciso "acabar com o mito" segundo o qual "o setor do agronegócio é inimigo da sociedade". Para ela, o campo segura a inflação e a balança comercial brasileira. "A sociedade deveria gostar mais do agronegócio."

A deputada afirma que é preciso separar a prática política da FPA do IPA. Ela argumenta que a FPA ganha conhecimentos com o debate que ocorre na casa do Lago Sul. A origem do apoio remonta à Frente Ampla da Agropecuária Brasileira, articulação ruralista pré-Constituinte de 1988, tempos da liderança do ex-deputado federal Alysson Paolinelli e do ex-presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras Roberto Rodrigues.

Afastados

Dos 227 parlamentares que assinaram o documento de criação da Frente, em 2015, 19 estavam, em junho, afastados ou em cargos nos Executivos. Há ainda parlamentares processados, como o senador Cidinho Santos (PR-MT), um dos líderes na FPA, réu em ação de desvio de verbas. Também frequentam a casa do Pontão os deputados Alfredo Kaefer (PP-SC), que responde a processos no Supremo Tribunal Federal, e Nelson Meurer (PP-PR), condenado por corrupção. Todos alegam inocência. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A bancada do PSB na Câmara dos Deputados realiza uma reunião de extraordinária na tarde desta terça-feira, 8, depois de ter sido surpreendida na manhã de hoje pela desistência de Joaquim Barbosa, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, de concorrer à Presidência da República.

O líder Julio Delgado (MG) convocou os deputados para discutir a situação eleitoral do partido. O foco do PSB é eleger governadores - a sigla planeja disputar em 10 Estados - e ampliar sua bancada federal, de deputados e senadores.

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Parte dos dirigentes socialistas deseja que o partido lance outro nome para disputar a sucessão do presidente Michel Temer, para evitar uma dispersão dos diretórios entre pré-candidatos como Geraldo Alckmin (PSDB), Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede).

Parlamentares, porém, avaliam que o racha é inevitável por causa das conveniências eleitorais de cada Estado e que a aliança seria uma forma de deixar o caminho livre para quem divergir do comando nacional.

Em março, o congresso do PSB aprovou uma resolução que vinculava o partido a candidaturas de centro-esquerda, o que significava um afastamento de Alckmin. Partidários do ex-governador paulista não devem conseguir reverter a decisão, conforme avaliação de deputados.

Deputados do PSB dizem que o projeto eleitoral de Barbosa tinha pouca sintonia com o que o partido projetava de candidatura e querem uma explicação por parte dele. Havia uma reunião prevista para ocorrer nesta semana.

A desistência frustrou inclusive a formação de uma aliança suprapartidária em prol de Barbosa. Deputados do PPS, por exemplo, desejavam organizar um café amplo com Barbosa para quebrar o engessamento do ex-magistrado na política.

Mensalão, Lava Jato, ex-presidente preso, outro quadro histórico preso e hospitalizado, ação por improbidade, 21 dos 51 deputados investigados, sendo 5 já réus no Supremo Tribunal Federal (STF). Apesar da acusação de envolvimento em esquemas de corrupção há mais de dez anos, o saldo até aqui do Partido Progressista em 2018 foi um dos mais positivos dos partidos brasileiros - tradicionais e novos.

A sigla fechou a janela partidária, que se encerrou em 7 de abril, com 51 deputados na Câmara, 15 a mais do que elegeu há quatro anos. O PP se tornou a segunda maior bancada da Casa, ao lado do MDB, que também saiu da janela com 51 deputados.

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Na distribuição do fundo partidário, que leva em conta o número de parlamentares eleitos na última disputa, o PP fica com a quarta maior fatia: R$ 4,2 milhões por mês. Como o partido costuma atuar apenas no Legislativo - e na Esplanada, chefiando ministérios -, não precisa custear campanhas caras à Presidência. O único Estado comandado pelo PP hoje é o Paraná, por Cida Borghetti. Além de sua reeleição, o partido deve lançar candidatos em Rondônia, Roraima, Acre e Rio Grande do Sul.

O partido deve receber ainda do fundo eleitoral cerca de R$ 134,3 milhões, segundo levantamento do jornal O Estado de S. Paulo. A soma só fica atrás de três siglas, MDB, PT e PSDB, que devem receber, respectivamente, R$ 243 milhões, R$ 212 milhões e R$ 185 milhões.

Com foro privilegiado, mesmo crimes comuns dos parlamentares são julgados pelo Supremo. No caso do PP, as acusações mais citadas são de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Mas há ainda inquéritos por lesão corporal e racismo. Este último, contra o deputado federal Luis Carlos Heinze (pré-candidato no Rio Grande do Sul), que chamou quilombolas, índios, gays e lésbicas de "tudo que não presta". O inquérito, porém, foi arquivado por imunidade parlamentar e ainda por "ausência de dolo específico".

O partido também foi o único denunciado, como pessoa física, por improbidade administrativa na Lava Jato. Ao lado do MDB, também tem uma denúncia na chamada investigação do "quadrilhão". O STF acatou as acusações no mês passado e quatro políticos do partido se tornaram réus (veja quadro nesta página). Questionado sobre as denúncias, o presidente da sigla, senador Ciro Nogueira (PI), alega que "não existe nenhum partido de importância no País que não tenha sido (alvo)". Contra ele próprio, tramita no Supremo mais de um inquérito.

Ministérios

Após a reforma ministerial do presidente Michel Temer, a legenda manteve os maiores orçamentos da Esplanada: Ministério da Saúde, Agricultura, Cidades e o comando da Caixa Federal. No mês passado, o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR) deixou o Ministério da Saúde para voltar para a Câmara, mas logo assumiu Gilberto Occhi, então presidente da Caixa Econômica ligado ao PP. Para o banco público, o partido indicou Nelson Antônio de Souza. Alexandre Baldy se filiou à legenda na janela partidária e se manteve no comando das Cidades.

Nascido do Arena, o PP teve diferentes nomes na redemocratização, mas participou da base de todos os partidos desde então. Ciro Nogueira atribui a escalada do partido com a coerência da bancada nas votações do Congresso. "Graças à coerência e à unidade. Nos últimos dez anos, os que mais votaram unidos e coerentes foram os progressistas. Outro motivo, é que nosso foco é totalmente no Congresso, fortalece muito a bancada federal na Câmara e no Senado", afirmou o senador à reportagem.

Nas últimas votações importantes, o PP votou unido no impeachment de Dilma Rousseff e contra as denúncias de Temer. Na reforma trabalhista, apenas 8 dos então 42 deputados votaram contra. Desde 2015, o partido de Paulo Maluf, que hoje cumpre prisão domiciliar e está hospitalizado, vem tentando renovar sua imagem. Propagandas do ano passado, chamavam a sigla, inclusive, de "novo PP". A mudança é capitaneada pelo por Nogueira, presidente do partido pelo terceiro mandato seguido, desde 2013.

Ricardo Barros atribuiu parte do sucesso na janela à liderança de Nogueira. "É um partido homogêneo, em que a liderança do presidente Ciro Nogueira é efetiva", afirmou.

Bancada

Depois de 18 anos no PTB, o deputado Arnaldo Faria de Sá mudou para o PP alegando que sofreria um processo de expulsão no seu ex-partido por ter votado contra a reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Ele disse que sua ida ao PP não está vinculada ao financiamento de sua campanha com recursos do fundo partidário e que só negociou com o Guilherme Mussi (PP-SP), presidente da sigla em São Paulo, a sua permanência em comissões. "Minha única exigência foi essa", afirmou.

Orgulho

Condenado no mensalão e na Lava Jato, preso e com direitos políticos cassados desde 2013, o ex-deputado Pedro Corrêa não deixa de comemorar, de sua casa em Recife (onde cumpre prisão domiciliar desde o ano passado), a escalada do PP.

"A gente sente orgulho, embora eu não esteja filiado mais ao partido. À distância, torço por ele", disse ele ao Estado, em entrevista por telefone. Corrêa lembra ainda que, sob sua gestão, a legenda chegou a ter também 50 parlamentares.

"É um partido forte. Deve ter alguma coisa boa para os parlamentares estarem ficando com ele, um sex appeal, algo assim", brinca. Ele também atribuiu o crescimento da legenda à ascensão da direita no mundo. Lembra que o PP é "progressista e liberal".

O ex-presidente do PP conta que as últimas conversas com políticos que teve foi em 2017, quando ainda estava preso na carceragem da Polícia Federal em Curitiba, antes de conseguir converter seu regime para domiciliar. Os diálogos giravam em torno de notícias de jornais televisivos com seus então companheiros de cárcere: os petistas José Dirceu e José Genoino, entre outros.

Certa vez disse durante sessão da CPI da Petrobrás na Câmara, em 2015, que só não prendiam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (condenado e preso na Lava Jato), porque não tinham coragem. "É, eu estava errado", revê ele.

"Estamos passando o País a limpo, o empresariado, o mundo político. Agora tem que ver Judiciário também. E vamos ver o que vai sobrar disso", diz o ex-deputado, que chegou na Câmara em 1979, pelo Arena, e saiu quando cassado no escândalo do mensalão em 2006.

Aos 70, Corrêa diz ter a saúde frágil. Ele conta que sua última cirurgia, nas costas, seria herança dos tempos em que dormiu sobre um colchão fino na cadeia - primeiro em Pernambuco, depois no Paraná. Seu correligionário Paulo Maluf (SP), também preso, está internado no Hospital Sírio Libanês há mais de dez dias.

"Acho que ele tem de estar num hospital, o Estado não tem condições de tomar conta dele. Fora que é muito caro. Não tem estrutura, não tem dinheiro." O Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar o habeas corpus do ex-prefeito de São Paulo nesta semana.

Questionado se sente falta dos tempos em que participava da política, Correa não nega. "Eu fiz tudo que eu tinha que fazer, agora estou quieto pagando minha pena. Mas mesmo se eu puder um dia tentar, meu eleitorado está morrendo todo. Mas gostaria mesmo de voltar à política, as coisas no mundo só se resolvem com política." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente interino do PSDB, Tasso Jereissati (CE), classificou a confusão entre ele e deputados do PSDB como "uma reação delirante" e "uma coisa meio atabalhoada". "Esse PSDB desses caras não é o meu PSDB", criticou após o episódio. Durante reunião da bancada tucana na Câmara, nesta terça-feira, 31, integrantes da ala governista do partido bateram boca com o senador cearense e chegaram a trocar ameaças de agressão com parlamentares do grupo oposicionista.

A reunião foi convocada pelo líder do PSDB na Casa, deputado Ricardo Tripoli (SP), para que o publicitário Moriael Paiva, da empresa Big Data, contratado por Tasso, fizesse uma exposição sobre o plano de reestruturação de comunicação do PSDB nas redes sociais. A contratação provocou reações negativas porque Moriael foi responsável pela campanha do governador Fernando Pimentel (PT) em 2014, que derrotou a candidatura de Pimenta da Veiga, apoiado por Aécio Neves, ao governo de Minas Gerais.

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"Foi uma reação delirante de Minas e Goiás. Não entendi, uma coisa atabalhoada. Esse PSDB desses caras não é o meu PSDB. Mas enquanto eu for presidente interino vou continuar até o fim com o projeto de reestruturar o PSDB", comentou Tasso. Ele reafirmou que manterá a contratação do publicitário, que ele diz ter conhecido como assistente do ex-ministro falecido Sérgio Motta.

O clima esquentou na tarde desta terça-feira, 31, durante reunião da bancada do PSDB na Câmara. Tucanos da ala governista do partido bateram boca com o presidente interino do partido, senador Tasso Jereissati (CE), e chegaram trocaram ameaças de agressão com parlamentares do grupo oposicionista.

A reunião foi convocada pelo líder do PSDB na Casa, deputado Ricardo Tripoli (SP), para apresentar a empresa Ideia Big Data. A companhia foi contratada por Tasso nas últimas semanas para cuidar da comunicação e das redes sociais do partido.

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A discussão começou quando os deputados Domingos Sávio (MG), Paulo Abi-Ackel (MG) e Giuseppe Vecci (GO) criticaram a contratação da empresa. Os três parlamentares são aliados do senador Aécio Neves (MG), presidente licenciado da legenda.

"Coloquei que era um absurdo contratar uma empresa que fez uma campanha com ataques que considero criminosos ao PSDB de Minas", contou Sávio à reportagem. Segundo ele, a firma atuou na campanha que elegeu em 2014 o atual governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), adversário do PSDB no Estado.

Sávio disse que a empresa tem ligações com a agência de propaganda Pepper, contratada pela campanha eleitoral da ex-presidente Dilma Rousseff em 2014 e que atualmente é investigada pela Operação Acrônimo por suspeita de lavagem de dinheiro.

O deputado mineiro acusou ainda o dono da empresa de fazer postagem nas redes sociais atacando tucanos. "O dono dessa empresa vem fazendo, por exemplo, postagens com ataque ao governador (de São Paulo) Geraldo Alckmin", afirmou. "Mostrei que era inaceitável contratar uma empresa dessas", disse.

Os ânimos se exaltaram quando Vecci questionou Tasso sobre se ele seria candidato a presidente nacional do partido na eleição interna marcada para dezembro. "O Tasso parece que ficou nervoso com essa pergunta, mas não quis responder. Nesse momento nosso tom de voz e do Tasso aumentou", relatou Sávio.

Integrante da ala oposicionista, o deputado Daniel Coelho (PE) confirmou que, nesse momento, o clima da reunião piorou e alguns deputados se levantaram para tentar pedir que Sávio, Vecci e Abi-Ackel parassem de "tumultuar". "O Tasso só respondeu: 'esse não é meu PSDB'. Eles só queriam tumultuar", criticou o pernambucano.

Segundo Sávio, após essa confusão, ele e outros dois deputados da ala governista deixaram a reunião. "Se ele é candidato (a presidente do PSDB), as pessoas têm direito de saber. E se for, ele tem que se afastar do comando do partido", disse. A reportagem ainda não conseguiu contato com Tasso.

O plenário que discute a reforma política na Câmara é o que vivenciou o maior número de trocas partidárias nos últimos dez anos. Desde janeiro de 2015, quando iniciou esta legislatura (2015-2019), até agora, um de cada quatro parlamentar mudou de partido. No total, foram 124 deputados "infieis" e, destes, 31 mudaram mais de uma vez.

O "mercado de vagas" dos partidos escancarou nesta semana uma briga entre DEM e PMDB, com críticas do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), às iniciativas do partido do presidente Michel Temer em arrematar deputados que já estavam em negociação com a sua sigla (mais informações nesta página).

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Segundo dados da Câmara, foram quase 400 trocas desde 2007, quando o Supremo Tribunal Federal determinou que os mandatos pertencem aos partidos, não a deputados e vereadores. Desde então, só dois deputados perderam o mandato por infidelidade partidária, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ambos eram do DEM. Walter Brito Neto (PB), em 2006, e Robson Rodovalho (DF) dois anos depois. Do total de trocas, 160 foram feitas desde o começo de 2015. E as mudanças devem se intensificar em março, quando está prevista a janela partidária, brecha para a troca sem o risco de perda do mandato.

Apesar de criticadas pelos próprios parlamentares, as propostas relativas à troca de siglas não avançaram nas discussões da reforma política. A supressão dos artigos que tratam de fidelidade partidária será, segundo a deputada Shéridan (PSDB-RR), um dos poucos consensos na votação do segundo turno de uma proposta de emenda à Constituição (PEC) da qual é relatora, prevista para ocorrer amanhã na Casa.

O relatório da deputada propõe estender a regra da fidelidade partidária para cargos majoritários e seus vices e prevê que o candidato eleito por um partido que não atingir a cláusula de barreira pode mudar de sigla. A cláusula de barreira impõe restrições à legenda que não alcançar determinado porcentual de votos. "Eu acho que não ficou como queríamos, mas podia ser pior. Foi a construção política que conseguimos", afirmou Shéridan.

Para o cientista político da Arko Advice Murillo Aragão, o levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo com base em informações da Câmara indica uma "indústria de partidos". "Troca de partido não é necessariamente um problema, mas não pode ser abusivo. O mundo político desmoraliza os partidos ao permitir a criação de legendas sem orientação programática."

Por outro lado, a professora de Ciência Política da Unicamp Andréia Freitas disse ver com naturalidade o aumento das mudanças. "Em momentos de crise, é normal que haja uma maior movimentação entre os partidos. Neste momento, a que estamos vivendo é a (Operação) Lava Jato. Os políticos estão calculando qual o melhor lugar para disputar reeleição, estão se reposicionando."

Janela

Em março de 2016, quando ocorreu a primeira janela partidária, houve 94 trocas de partido. Por meio dela, o parlamentar não tem direito à "portabilidade" - levar tempo de TV e recursos do Fundo Partidário para a nova legenda. Pela regra, a troca durante o mandato, fora da janela, só é permitida se houver "justa causa" - discriminação política pessoal, mudança no programa partidário ou se o parlamentar quiser migrar para um partido recém-criado.

Inicialmente, o relatório de outra PEC sobre reforma política, de autoria do deputado Vicente Cândido (PT-SP), previa antecipar a janela para dezembro, mas, sem consenso, a data foi mantida em março.

Na avaliação do professor de Direito do Mackenzie Diogo Rais, a janela partidária "desrespeita o laço com a sociedade". "É uma janela casuística. Não é isonômico, pois quem mudou de partido uma semana depois tem de responder por isso", afirmou o professor. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A proposta do Ministério da Saúde de transferir parte da produção da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) de Goiana, em Pernambuco, para Maringá, no Paraná, será tema de um encontro entre o ministro Ricardo Barros (PP-PR) e a bancada estadual da Câmara Federal. Durante o encontro, Barros deve tentar conter os ânimos dos parlamentares que defendem sem titubear a manutenção do desenvolvimento da empresa no Estado e classificam como política a decisão da pasta. 

O Ministério da Saúde estuda firmar um consórcio para que a produção do Fator VIII Recombinante, principal renda da fábrica pernambucana, seja levada para Maringá o que esvaziaria a Hemobrás em Goiana. Uma das justificativas da pasta é de que já foi gasto R$ 1 bilhão para a obra da empresa na Mata Norte de Pernambuco, mas até agora ela não foi concluída e para isso seriam necessários mais R$ 600 milhões. Além disso, outro ponto mencionado é o encerramento da Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) celebrada entre a Hemobrás e a irlandesa Shire em 2012. O contrato encerra em outubro, mas a empresa já se colocou à disposição para reestabeler a parceria.

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Na reunião, Ricardo Barros deve encontrar uma bancada áspera com a proposta. O assunto, inclusive, já foi tema de audiência pública na Assembleia Legislativa de Pernambuco. Na ocasião, os senadores Humberto Costa (PT) e Armando Monteiro (PTB) refutaram a transferência da produção

“Por que ela [a empresa] não faz a planta de recombinantes em Pernambuco? Por que ela só pode ser feita no Paraná? Esta proposta vai exigir uma decisão de caráter político e estratégico. Não permitiremos o esvaziamento do polo farmacoquímico. Se a Hemobrás não agregar a produção do fator recombinante ele terá a sua economia prejudicada”, argumentou Armando. 

Já sob a ótica do petista, esta discussão está sendo “mal conduzida” pelo ministro Ricardo Barros. “Para terminar esta fábrica são R$ 600 milhões, mas o tanto de recursos que estão indo para outros campos. E nós também podemos apresentar emendas que cheguem a este valor. A não ser que [a instalação no Paraná] seja por um pensamento político mesquinho”, bradou na ocasião.

Em jantar com o governador Geraldo Alckmin (PSDB) no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, na noite desta segunda-feira, 24, a cúpula do DEM informou ao tucano que o partido espera contar com pelo menos 50 deputados federais na janela de transferência partidária prevista para ocorrer no início de 2018. Ao menos doze deles viriam do PSB, partido do vice-governador Marcio França, um dos principais aliados de Alckmin e que disputa a presidência nacional do partido.

No encontro que reuniu o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), o ministro da Educação, Mendonça Filho (PE), o senador e presidente da sigla, José Agripino Maia (RN), os deputados Efraim Filho (PB) e Rodrigo Garcia (SP), e o prefeito de Salvador, ACM Neto, o tucano foi informado de que o DEM, que hoje tem 31 deputados, sendo 29 em exercício, calcula que vai chegar a 50 deputados, se tornando uma das maiores bancadas da Câmara e superando a do PSDB, que tem 46.

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Segundo um dos presentes, a reunião, que durou cerca de uma hora e meia, foi uma "deferência" ao governador, visto como um aliado "histórico" da sigla, e também serviu como uma sinalização de que o partido de Rodrigo Maia pode apoiar a candidatura de Alckmin em 2018. Os caciques também falaram sobre cenários locais, em especial o da Bahia, onde o prefeito de Salvador, ACM Neto, deve disputar o governo estadual com ampla aliança do campo governista. Para derrotar o PT, que governa o Estado, ACM deve reunir em seu palanque, em 2018, PSDB, PMDB, PPS e o próprio DEM.

O deputado federal Silvio Costa (PTdoB), um dos mais legítimos defensores de Luiz Inácio Lula da Silva, desembarcou no Recife, nesta quarta-feira (10), para participar da vigília em defesa do ex-presidente. Durante seu pronunciamento para os militantes, no monumento Tortura Nunca Mais, chegou a dizer que a bancada do PT de Pernambuco faz falta durante a situação política que o Brasil está passando.

“É muito grande a falta que a bancada do PT de Pernambuco faz neste momento, mas quero dizer uma coisa a vocês: no final, a verdade sempre vence”, discursou. O parlamentar citou o nome do ex-prefeito do Recife João Paulo, também presente no ato, ao falar sobre esse tema.

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Ainda durante seu pronunciamento, Costa falou que um dos advogados de Lula, o Cristiano Zanin Martins, fez de tudo para que o petista não tivesse que prestar depoimento hoje ao juiz Sérgio Moro. “Mas, o país chegou a um ponto que qualquer um de nós temos direito de tentar ganhar tempo para a Justiça, menos o Lula. O Lula não tem direito”, reforçou.

O deputado voltou a falar que todo o cenário se trata de “uma armação para torná-lo inelegível” para a disputa presidencial que ocorre no país no próximo ano.

A agenda da bancada ruralista avança em alta velocidade pelas comissões e corredores do Congresso Nacional. Seu conteúdo inclui o fim das demarcações de terras indígenas e da Fundação Nacional do Índio (Funai), redução das florestas protegidas, flexibilização do licenciamento ambiental, venda de terras para estrangeiros e a remuneração de trabalhadores rurais com moradia e alimentação.

Em meio às reformas que testam o Palácio do Planalto e a tempestade política que não se afasta de Brasília, os ruralistas veem nesta atual gestão de governo a oportunidade de aprovar seus principais projetos. "A bancada está mesmo muito forte porque está comprometida com esse novo momento do Brasil", resume o deputado Nilson Leitão (PSDB-MT), que tem gastado bastante tempo recente para explicar que não defende a volta do trabalho escravo pelo interior do País.

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Em fevereiro, Leitão assumiu a presidência da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), com o compromisso de ser a nova voz dos ruralistas e encampar projetos polêmicos, como a Proposta de Emenda à Constituição 215, que repassa ao Congresso a atribuição de definir as demarcações das terras para povos tradicionais. Para isso, conta com a força de 228 parlamentares. "Não tem nenhum partido com o tamanho da frente parlamentar agropecuária", exibe.

Aos 48 anos e em seu segundo mandato como deputado federal, o líder tucano nascido em Cassilândia, no Mato Grosso do Sul, gosta de frisar que não é ruralista nem dono de chácara, sítio ou fazenda. Em sua declaração de bens durante a campanha eleitoral de 2014, disse ter R$ 674 mil na soma de todas as suas posses, entre elas um Fiat Uno, ano 2013. Suas ligações políticas com o agronegócio, no entanto, são antigas.

Prisão

Com formação técnica em contabilidade, Leitão foi bancário e trabalhou na área administrativa do Serviço Social da Indústria (Sesi) em Mato Grosso. Ali começou a se aproximar do meio político, até chegar, em 2001, à prefeitura de Sinop, berço da soja no Mato Grosso. Foi reeleito. Em 2007, no segundo mandato, chegou a ser preso pela Polícia Federal durante a Operação Navalha, acusado de ter recebido R$ 200 mil da empresa Gautama, para facilitar as obras de esgotamento sanitário no município. Leitão negou ter recebido propina. Foi solto logo depois e classificou sua prisão como "arbitrária" pela Polícia Federal.

A influência que ganharia no meio ruralista passou a se refletir em suas arrecadações eleitorais. Em 2010, quando deixou o município agrícola para tentar uma cadeira na Câmara, Leitão angariou R$ 1,3 milhão de doadores, volume que se multiplicaria por dois nas eleições de 2014, chegando a R$ 2,5 milhões.

Na reeleição, o deputado recebeu R$ 317 mil doados pelos "reis da soja", como são conhecidos os irmãos Elusmar e Erai Maggi, primos do atual ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP-MT). A doação dos Maggi só seria superada pela Galvão Engenharia. A empreiteira, envolvida nos escândalos da Operação Lava Jato, doou R$ 500 mil para a campanha de Leitão, que também recebeu R$ 42 mil de outra empresa investigada, a Cervejaria Petrópolis. A relação de doadores inclui ainda repasses de R$ 200 mil do fazendeiro Wilson Roque Pozzobon e de usinas de cana-de-açúcar, como a Copersucar e Guarani, com R$ 100 mil cada uma.

Trabalho escravo

A chegada à liderança da frente agropecuária, eixo político mais poderoso dentro do Congresso, passou pela atuação nos temas de interesse dos ruralistas. Em 2012, Leitão foi suplente da CPI do Trabalho Escravo, que investigou casos de trabalho análogo à escravidão nas áreas rurais e urbanas do País. Hoje, o líder tucano é criticado por sua proposta de remunerar esses trabalhadores com casa e comida. Leitão diz que é vítima de uma interpretação equivocada. "É uma maldade", afirma.

Com o aval do ministro da Justiça, Osmar Serraglio, para tocar as pautas da bancada ruralista, Leitão apresentou na semana passada seu relatório final sobre a CPI da Funai-Incra. No documento de 3.385 páginas, o relator afirma que a Funai não tem mais condições de prosseguir.

Segundo ele, o fato de cuidar apenas de demarcação não justificaria a existência da Funai porque já não haveria mais nada para ser demarcado. "[PARA DEMARCA]O Brasil tem 13,5% de território indígena demarcado para 500 mil índios. Então, falta de terra não é."

O deputado se diz convencido de que são as ONGs que "fazem a cabeça" dos índios. "Se você ouvir os índios, pelo menos 95% deles não vão falar em terra. Eles vão falar em saúde, educação. O Estado brasileiro é o grande culpado desse conflito, terceirizou o trabalho para várias ONGs e esse dinheiro não chegou inteiro aos índios, ou nem chegou", acusou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou na terça-feira, 31, com o ex-presidente e ex-senador José Sarney (PMDB) a fim de tentar reverter os votos da bancada do Maranhão para impedir o impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff. O foco de Lula é nos dois senadores peemedebistas do Estado, Edison Lobão, ex-ministro de Minas e Energia dele e de Dilma, e João Alberto Souza.

O receio dos dois senadores do PMDB é que eles pudessem perder o direito a concorrer à reeleição em 2018, uma vez que a ex-governadora e ex-senadora Roseana Sarney (MA), filha de Sarney, poderia voltar ao Senado.

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A Coluna do Estadão antecipou que a bancada do Maranhão iria votar unida para condenar a presidente afastada. Além de Lobão e Souza, o senador Roberto Rocha (PSB) também vai votar a favor do afastamento definitivo de Dilma.

A bancada do PT no Senado ameaça não assinar a sentença do julgamento de impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff. A posição deve ser adotada se a petista perder o mandato e ficar inabilitada por oito anos para o exercício de função pública.

Os aliados querem retirar essa proibição do relatório, a ser votado, para preservar os direitos políticos de Dilma de disputar eleições e até ocupar postos na administração pública.

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"A inabilitação é a proibição para manter qualquer vínculo público. Se isso for mantido e o impeachment for aprovado, a presidente não poderá nem mesmo ser servidora. É uma morte também profissional", afirmou o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE).

Um dia após o afastamento do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do mandato e da presidência da Câmara, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) ampliou a distribuição dos ministérios entre os principais partidos que devem dar sustentabilidade ao possível novo governo no Congresso. Temer concentrou as investidas nas quatro maiores bancadas com que pretende trabalhar na Casa: PMDB, PSDB, PP e PR.

Somadas, essas bancadas têm 206 votos e, para o vice, devem ser o eixo de sustentação de seu governo, ainda mais após o afastamento de Cunha, com o qual Temer contava para aprovar as medidas econômicas que pretende enviar ao Legislativo.

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O primeiro passo dado pelo vice foi a confirmação do deputado Mauricio Quintella Lessa (PR-AL) no comando do Ministério dos Transportes, que tem sob o guarda-chuva empresas públicas e autarquias do porte do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e Valec Engenharia, Construções e Ferrovias S.A.

Os acertos foram feitos em encontros realizados entre Temer e o deputado no Palácio do Jaburu, residência oficial da Vice-Presidência. O vice questionou a possibilidade de não fundir a pasta com a Aviação Civil. Mas o deputado disse que via dificuldades em abrir mão, uma vez que a pasta, que deve virar secretaria, vinha sendo negociada desde o início das conversas com o partido.

O pedido de Temer à Quintella Lessa foi feito em meio à pressão do PMDB da Câmara que também reivindica o comando da Aviação Civil. A bancada peemedebista conseguiu, contudo, emplacar o nome do atual líder, deputado Leonardo Picciani (RJ), para o Ministério do Esporte. A pasta é considerada estratégica para o PMDB fluminense em razão da Olimpíada do Rio, neste ano.

A negociação foi feita entre o vice e o deputado estadual Jorge Picciani, presidente da Assembleia Legislativa do Estado e pai de Leonardo.

A ideia inicial era indicar o deputado federal licenciado Marco Antônio Cabral para o cargo. Filho do ex-governador do Rio Sérgio Cabral, o nome de Marco Antônio enfrentou resistência entre membros da bancada do PMDB na Câmara, por ele ser "muito novo". Atualmente, Marco Antônio ocupa o cargo de Secretário do Esporte no governo do Estado do Rio.

O PMDB da Câmara dos Deputados deve assegurar ainda a indicação do deputado Osmar Terra (RS) para o Ministério de Desenvolvimento Social.

A ida de Leonardo Picciani para os Esportes, por outro lado, deve ser foco de novos problemas para Temer. Parte da bancada defende uma nova eleição interna para definir o novo líder em vez de manter no posto o primeiro-vice-líder, Leonardo Quintão (MG).

Senado. Na reta final da montagem do novo governo, Temer concentrou as negociações no PSDB que, apesar de usar o discurso de que não indicará nomes, deverá emplacar dois senadores e um deputado na equipe.

Nos últimos dias, o vice convidou o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) para assumir o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O senador faz parte do grupo mais próximo do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG). A possibilidade de Tasso ir para a Esplanada deve atrapalhar, contudo, os planos do senador José Serra (PSDB-SP), que deverá assumir Relações Exteriores.

Nas negociações preliminares chegou-se a ser discutida a possibilidade de se transferir as funções de comércio exterior do Ministério de Desenvolvimento para o Itamaraty. Já a formulação da política industrial passaria para o Planejamento, previsto para ser comandado pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR). O desenho, no entanto, ainda não foi fechado.

Além de Tasso e José, o deputado Bruno Araújo (PSDB-PE) também deve fazer parte da nova equipe ministerial, comandando a pasta das Cidades. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A bancada do PSB na Câmara dos Deputados diz estar disposta a participar de um eventual governo Michel Temer, mesmo se não houver consenso dentro do partido sobre o tema. A bancada já conta com apoio da maioria dos senadores para indicar o futuro ministro da Integração Nacional. A principal resistência a essa participação hoje está entre os governadores do partido.

Após reunião nesta terça-feira, 3, com o vice-presidente Michel Temer (PMDB), a bancada do PSB na Câmara acertou que indicará o líder do partido na Casa, deputado Fernando Bezerra Filho (PE), para ministro da Integração em eventual gestão do peemedebista. Ele é filho do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), que ocupou a Pasta durante o governo da presidente Dilma Rousseff.

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Após o encontro com Temer, o deputado reuniu a bancada da Câmara para fechar apoio a seu nome. Nas conversas, a deputada Tereza Cristina (PSB-MS) chegou a questionar a indicação. Ela queria que o partido assumisse o Ministério da Agricultura, para o qual gostaria de ser indicada. A pasta, contudo, deve ir para o PP.

Fernando Filho levou a posição da maioria da bancada da Câmara para a reunião da direção do partido ainda na noite de terça. No encontro, a bancada do Senado também manifestou apoio à indicação. Único governador do partido presente ao encontro, Paulo Câmara (PE) continuou se posicionando contra a participação do PSB em um eventual governo Temer.

Outros governadores do PSB, Rodrigo Rollemberg (DF) e Ricardo Coutinho (PB), também têm resistido a apoiar a participação em um governo Temer. Segundo interlocutores dos gestores, eles temem que a legenda apoie um governo que não tem respaldo nas urnas e pode vir a "degringolar". Além disso, os dois possuem o PT como aliados em seus governos.

Sem consenso entre parlamentares e governadores, o presidente do partido, Carlos Siqueira, marcou reunião da Executiva Nacional da sigla para a próxima terça-feira, 10, para "bater o martelo" sobre o assunto. A bancada da Câmara tenta construir o consenso, mas já avisou estar disposta a participar de governo Temer mesmo sem apoio dos governadores.

Deputados e senadores afirmam que as bancadas no Congresso são maioria na Executiva Nacional. Lembram ainda que Rollemberg e Coutinho não possuem deputados do PSB de seus Estados na Câmara, o que diminui o poder de influência deles na decisão do partido sobre apoiar ou não um eventual futuro governo Michel Temer.

Ciente de que perdeu força com o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff em andamento no Congresso Nacional, o deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), líder do partido na Câmara, tenta, agora, se reaproximar da maioria da bancada da legenda na Casa e do vice-presidente da República, Michel Temer.

Num dos acenos ao grupo majoritário do partido na Casa, Picciani abriu mão de indicar o deputado Rodrigo Pacheco (MG) e aceitou um acordo com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para indicar Osmar Serraglio (PR) para a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.

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Até então um dos principais aliados da presidente Dilma Rousseff na Câmara, Picciani também aconselhou o então ministro Marcelo Castro (PMDB-PI) a deixar o comando do Ministério da Saúde. Castro reassumirá sua vaga na Câmara.

O gesto agradou a Temer e à maioria da bancada, que reclamava do fato de peemedebistas permanecerem no governo mesmo após a legenda ter anunciado o rompimento com a gestão petista. Marcelo Castro entregou seu cargo na quarta-feira, 27. Também na quarta-feira, Picciani foi ao encontro de Temer no Palácio do Jaburu. O líder peemedebista queria ouvir do correligionário como a bancada da sigla na Câmara será contemplada em eventual governo do vice, em caso de afastamento de Dilma Rousseff. No encontro, o deputado disse ao vice que a bancada deseja manter o Ministério da Saúde, o que ficou de ser avaliado por Temer, segundo interlocutores de Picciani. A pasta também é cobiçada pelo PP.

Liderança

Picciani sabe que perdeu força com o processo de impeachment da petista e que isso pode ameaçar sua permanência na liderança do PMDB.

Em dezembro, o peemedebista foi destituído do posto de líder do partido por deputados da ala pró-impeachment. Em seu lugar, assumiu o mineiro Leonardo Quintão. No entanto, cerca de uma semana depois, Picciani foi reconduzido à liderança do PMDB na Câmara ao apresentar lista de assinaturas com apoio ao nome dele para o cargo.

Nesta nova fase, o deputado recalcula rotas para concretizar a vontade de se tornar presidente da Casa.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nesta sexta-feira, dia 12, Monica Iozzi irá se despedir da bancada do Vídeo Show.Apresentando o programa ao lado de Otaviano Costa desde 2015, quando a atração vespertina sofreu uma repaginada, a apresentadora foi muito bem aceita pelo público.

Embora Fernanda Lima, Dani Calabresa, Miá Mello e outros nomes tenham sido citados para substituir Monica Iozzi, a assessoria do programa informou que, por enquanto, Otaviano Costa, Joaquim Lopes e Giovanna Ewbank irão comandar a bancada.

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Com um bom humor irreverente, Monica não teve papas na língua ao longo da sua apresentação, até que, na última semana, acabou sendo trollada por Otaviano que fez brincadeiras com seu affair de carnaval, Klebber Toledo.

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