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O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), sancionou, na quarta-feira (11), uma lei que prevê isenção de impostos para escolas de samba e entidades que organizam o desfile de carnaval no Sambódromo do Anhembi. O texto não é válido para organizações de carnaval de rua.

A isenção é válida para barracões, sedes e quadras com "finalidade carnavalesca", mesmo que alugados. Embora a lei seja descrita como voltada a "atividades físicas e esportivas", ela se refere majoritariamente ao carnaval de escolas de samba. O projeto de lei original é de Celso Jatene (PL) e Milton Leite (DEM), que é presidente de honra de uma agremiação.

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O texto prevê a remissão integral dos créditos tributários, multas e juros de Imposto sobre Serviços (ISS), Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) e taxas de fiscalização municipal.

Já a Liga Independente das Escolas de Samba, entidade que organiza os desfiles, poderá utilizar gratuitamente e por 40 anos as estruturas da Fábrica do Samba e da Fábrica do Samba 2. Além disso, a lei concede a permissão de uso de áreas públicas pelo mesmo período para as escolas Império da Casa Verde, Acadêmicos do Tatuapé, Morro da Casa Verde, Tom Maior, Uirapuru da Mooca, Mocidade Alegre, Mocidade Unida da Mooca, Dragões da Real, Sambas Unidos de Santa Bárbara e Estrela do Terceiro Milênio - cujo presidente de honra é Milton Leite.

A lei também anistia de qualquer pagamento retroativo à municipalidade por uso irregular de espaços públicos. Além disso, ressalta que, para ter acesso a isenção e remissão de créditos tributários, as escolas precisarão realizar atividades culturais, sociais e esportivas gratuitas para a comunidade local e estarem regularizadas em até 120 dias.

A Prefeitura precisa ainda publicar a regulamentação da lei em até 60 dias. A sanção ocorre menos de um mês após o projeto ser aprovado na Câmara Municipal.

Na contramão do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinou o fim de "penduricalhos" como o auxílio-moradia, tribunais de contas estaduais mantêm uma série de pagamentos de benefícios que chegam a elevar os contracheques de conselheiros, auditores e procuradores que atuam junto a esses órgãos para além do teto previsto pela Constituição, de R$ 39,2 mil. Com isso, eles conseguem ganhar mais do que um ministro do Supremo, o presidente da República, um deputado e um senador.

Levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo em tribunais de contas de todo o País encontrou exemplos de criação ou ratificação de benefícios, nos últimos anos, que elevam consideravelmente os salários. O Tribunal de Contas de Mato Grosso, por exemplo, paga um "vale-livro" anual que em janeiro chegou a R$ 70,9 mil. No Distrito Federal e Goiás, os tribunais incorporaram benefícios temporários aos salários.

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Em junho de 2018, o Tribunal de Contas de Alagoas derrubou norma interna que proibia repasses acima do teto constitucional. Conselheiros, auditores e procuradores recebem todos os meses um extra nos salários por alguma tarefa que desempenhem na área administrativa. Antes, o que excedia o teto era cortado. Após a nova resolução, o desconto parou de ser aplicado e o valor da gratificação passou a ser pago integralmente.

O presidente do Tribunal de Contas de Alagoas, Otavio Lessa de Geraldo Santos, nomeado em 2002 pelo seu irmão e governador Ronaldo Lessa, recebe R$ 46.100,96, ultrapassando em R$ 6,8 mil o teto. Os demais conselheiros recebem R$ 44.327,85, incluindo a ex-presidente Rosa Maria, irmã de um ex-presidente da Assembleia Legislativa. O único que não recebe acima do teto é Cícero Amelio da Silva, por ter sido afastado do tribunal após ser condenado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) por falsidade ideológica e prevaricação.

A assessoria do tribunal afirmou que a Constituição "pressupõe consideração de cada um dos vínculos formalizados, afastada a observância do teto remuneratório quanto ao somatório dos ganhos do agente público".

Essa explicação, no entanto, só valeria se fossem dois empregos públicos diferentes. Pelo previsto na Constituição, conselheiros só podem acumular o cargo de professor. As funções como a de presidente, corregedor ou ouvidor estão implicitamente remuneradas quando se paga o subsídio de conselheiro. "Essas funções adicionais não são autônomas para justificar recebimentos extras", explica o advogado Jacoby Fernandes.

No Distrito Federal, conselheiros do Tribunal de Contas recebem um bônus de 25% do subsídio por terem passado pelo menos um dia pela presidência da Casa - e a gratificação continua sendo paga mesmo na aposentadoria. Atualmente, o valor é de até R$ 8.865,56 (no somatório do salário, o que exceder os R$ 39 mil é cortado). Essa incorporação de verba temporária como permanente foi proibida em 2006 pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A posição do CNJ, porém, não impediu os conselheiros de ratificarem a vantagem, em 2014.

O fundamento da gratificação na capital é uma lei distrital de 1994. Os sete conselheiros recebem uma "remuneração temporária" de no mínimo R$ 7.617,77. A reportagem questionou como se chega a esse valor, mas o tribunal não detalhou.

'Legal'

A Procuradoria-Geral da República apresentou uma ação ao Supremo pedindo a suspensão do benefício a quem não estiver na presidência, afirmando que o pagamento é inconstitucional e "afronta" a moralidade administrativa. Por meio de sua assessoria, o Tribunal de Contas do Distrito Federal informou que a gratificação de 25% é "decorrência de expressa previsão legal" contida na lei distrital que está em "pleno vigor".

No Tribunal de Contas de Goiás, a gratificação de 25% por exercício de mais de uma função faz, na prática, com que todos os conselheiros, auditores e procuradores recebam o salário de um ministro do Supremo. A reportagem constatou que um procurador novato, que ingressou em março no tribunal, com salário de R$ 31,9 mil, recebeu os 25% adicionais (R$ 7,9 mil) no primeiro salário, atingindo R$ 39,29 mil. Pagar a todos extras por funções temporárias é uma forma de elevar o piso para o teto. A prática em Goiás se repete em outros tribunais, que elevam os salários dos seus membros para o teto por meio dos "penduricalhos". O órgão goiano informou que as gratificações estão previstas em lei.

De natureza política, a indicação de conselheiros de tribunais de contas é distribuída entre o Legislativo e o Executivo. Nos Estados, são quatro membros indicados pelas Assembleias Legislativas e três indicados pelo governador, com aprovação dos deputados, sendo uma indicação de livre escolha, outra de um auditor de carreira e a terceira de um promotor.

Supremo

Levantamento do cientista político Audálio Machado, feito para o mestrado na Universidade Federal de Pernambuco, em 2017, mostrou que 126 de 186 conselheiros de tribunais de contas tinham origem política e vinham de cargos eletivos ou de direção e assessoramento nos governos estaduais. Outros nove foram nomeados pelas relações de família.

A questão dos "penduricalhos" deve voltar à pauta de debate do Supremo. A Corte deverá julgar diversas ações que questionam pagamentos em tribunais de contas e de Justiça. Existe precedente da Corte obrigar a devolução de verbas consideradas inconstitucionais. Em 2017, o Supremo obrigou representantes do Tribunal de Justiça do Acre a devolver adicional de 40% concedido por terem ensino de nível superior. O recebimento do bônus foi considerado um ato de má-fé. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Senado aprovou nesta segunda-feira, 3, a medida provisória 871, que determina um pente-fino nos benefícios do INSS e modifica regras para a concessão de aposentadoria rural, acabando com o papel de sindicatos no cadastro do trabalhador do campo, com o objetivo de coibir fraudes. Foram 55 votos a favor e 12 contrários. A matéria foi aprovada a poucas horas de acabar a sua vigência. Ela agora segue para sanção presidencial.

O governo considera a medida como um dos alicerces da reforma da Previdência, que ainda está em tramitação na Câmara, e estima que a economia será de R$ 9,8 bilhões em 12 meses.

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O secretário especial da Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, e outros integrantes da equipe econômica passaram o dia no Congresso para negociar com os senadores a votação da medida. A líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP) também acompanhou parte da votação. Havia o risco real de a MP ser derrubada porque raramente a Casa realiza votações às segundas-feiras e era preciso convencer os parlamentares a antecipar a vinda para Brasília.

O governo defendeu que os senadores mantivessem o texto da forma como ele foi aprovado pela Câmara para que não houvesse o risco de ela ser modificada e, assim, caducar, pois teria que voltar para uma segunda análise dos deputados, o que seria impossível.

Para garantir o quórum suficiente para começar a votar, a equipe econômica aceitou fazer um acordo com senadores da oposição, que pediram em troca a inclusão de uma emenda na proposta de reforma da Previdência. O grupo exigiu que seja incluído no relatório do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) um gatilho para que o prazo de cadastramento de trabalhadores rurais e pescadores seja renovado caso, ao seu término, não tenha havido o registro de 50% desses profissionais. O período do novo prazo, no entanto, ainda não foi definido.

Na versão do texto da MP aprovada pela Câmara, o trabalhador rural poderá fazer uma autodeclaração de atividade no campo, cuja veracidade será comprovada por órgãos públicos e essa modalidade valerá até 2023. Depois desse prazo, a autodeclaração não será mais aceita e o trabalhador rural terá que se inscrever no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) para comprovar o tempo de serviço no campo e poder receber o benefício.

A proposta de criação de um gatilho foi apresentada pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e, segundo o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), será incorporado pelo relator da reforma da Previdência na Câmara, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP).

A MP transfere a responsabilidade de comprovação do tempo de serviço do trabalhador rural dos sindicatos para órgãos subordinados ao Ministério da Economia. Na discussão da MP na Câmara, os deputados alteraram o texto inicial para estabelecer um período de transição para a exigência do cadastro.

Inicialmente, o Cadastro Nacional de Informações Sociais valeria a partir de 1º de janeiro de 2020, mas a concessão do benefício por meio do CNIS passou a valer a partir de 1º de janeiro de 2023. Até lá, valerá a autodeclaração dos segurados especiais, ratificada por órgãos públicos, como o próprio INSS ou prefeituras, Ematers, etc.

Assim como na Câmara, os senadores também discutiram sobre o termo "gênero" que está na lista de informações que deveriam ser repassadas ao INSS. Parlamentares conservadores pediram que a palavra fosse alterada para "sexo", porque, de acordo com eles, o termo original deturpava a matéria porque era uma questão de "ideologia de gênero". Outros senadores protestaram contra a mudança e alegaram que isso colocava o texto da medida em risco.

No início da votação, o senador Angelo Coronel (PSD-BA) apresentou um destaque para que os sindicatos voltassem a fazer o cadastro dos trabalhadores rurais, mas, sem conseguir apoio suficiente, decidiu por retirá-lo.

O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo de Barros, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro parabenizou nesta segunda-feira, 3, o empenho do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e de senadores da Casa em votarem hoje a medida provisória 871, que faz um pente-fino em benefícios previdenciários e assistenciais, conhecida como MP antifraude do INSS. A MP perde a validade nesta segunda se não for aprovada pelo Senado.

Segundo o porta-voz, desde a última quinta-feira, 30, o presidente e seus líderes no Congresso buscaram convencer os senadores da importância de estarem presentes e formarem quórum para votarem medidas provisórias de interesse do governo. Por volta das 17h, o Senado alcançou o quórum mínimo para votação da MP.

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"A medida provisória 871 é deveras importante para o governo atual porque é um dos alicerces do projeto da nova Previdência", disse o porta-voz. De acordo com Rêgo de Barros, a aprovação da MP deve gerar ao País um retorno de até R$ 100 bilhões em dez anos.

A base do governo do presidente Jair Bolsonaro no Senado espera a presença de 64 senadores na votação da norma, criada para combater fraudes no INSS. Caso não seja votada, o impacto estimado é de cerca de R$ 10 bilhões por ano. A MP precisa da maioria simples dos votos para ser aprovada.

Previdência

De acordo com o porta-voz, o presidente acredita que "quanto mais pronta venha a ser aprovada a nova Previdência, melhor para o País e melhor para a sociedade". Ele ponderou, no entanto, que Bolsonaro entende "que o timing deste momento é da Casa dos legisladores". "E se adapta a esse timing buscando o convencimento para que essa votação ainda neste primeiro semestre."

A oposição no Senado fechou um acordo com o governo para garantir a votação da medida provisória 871, que faz um pente-fino em benefícios previdenciários e assistenciais, conhecida como MP antifraude do INSS. O acordo para a votação engloba a inclusão na reforma da Previdência, que tramita na Câmara, de um gatilho para que o prazo de cadastramento de trabalhadores rurais e pescadores seja renovado caso, ao seu término, não tenha havido o registro de um porcentual mínimo ainda a ser definido desses profissionais.

De acordo com o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), a oposição se comprometeu a não obstruir e não pedir verificação de quórum durante a votação da medida nesta segunda-feira, 3, último dia de sua vigência. Se não for aprovada hoje, ela perde sua validade, por isso a necessidade do governo de garantir esse acordo com a oposição. Randolfe afirmou que o acordo foi fechado com o bloco que reúne a Rede, PDT, Cidadania e PSB. O PT não faz parte do grupo.

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"Neste sentido, nós compreendemos que o prazo seja de um ano, seja de cinco anos para a transição para o cadastro nacional é um prazo insuficiente para um sistema que tem quase 98% de trabalhadores rurais e pescadores ainda sendo convalidados por sindicatos", afirmou Randolfe.

Na versão do texto da MP aprovada pela Câmara, o trabalhador rural poderá fazer uma autodeclaração de atividade no campo, cuja veracidade será comprovada por órgãos públicos e essa modalidade valerá até 2023. Depois desse prazo, a autodeclaração não será mais aceita e o trabalhador rural terá que se inscrever no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) para comprovar o tempo de serviço no campo e poder receber o benefício.

A proposta de criação de um gatilho foi apresentada pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e, segundo o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), será incorporado pelo relator da reforma da Previdência na Câmara, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP). O porcentual que será levado em consideração para o cadastro ainda será definido.

O secretário especial da Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, acompanhou a reunião de Bezerra e a oposição e chancelou o acordo. "O gatilho proposto é muito bem-vindo e pertinente. Este tipo de correção que nós esperamos do Parlamento brasileiro. Não vejo nenhuma dificuldade do relator acatar", disse.

Com 42 senadores presentes, o quórum mínimo para votação da Medida Provisória 871 foi alcançado na tarde desta segunda-feira, 3, no plenário no Senado. A MP perde a validade hoje se não for votada.

A base do presidente Jair Bolsonaro no Senado espera a presença de 64 senadores na votação da norma, criada para combater fraudes no INSS. Caso não seja votada, o impacto estimado é de cerca de R$ 10 bilhões por ano.

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A MP precisa da maioria simples dos votos para ser aprovada. A discussão e a votação começará em instantes.

O governo tem até esta segunda-feira (3) para aprovar no Senado a medida provisória que faz um pente-fino em benefícios previdenciários e assistenciais, conhecida como MP Antifraude do INSS. A matéria corre risco real de caducar, sobretudo por falta de quórum para a votação, marcada para um dia em que vários parlamentares não costumam estar de volta à capital federal. No entanto, o Planalto mapeia que entre 55 e 65 parlamentares estarão no Senado. Para que a votação seja realizada, é necessária a presença de no mínimo 41 dos 81 senadores no plenário.

"Esperamos que haja quórum por volta das 17h30 e possamos votar a matéria e aprová-la. Não há risco, vamos votar", declarou ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o líder do governo na Casa, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE). A sessão está marcada para as 16 horas, quando também deverá ser votada uma outra MP, a que prorroga o pagamento de gratificações de servidores da Advocacia-Geral da União (AGU).

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O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, afirmou que o governo está fazendo um esforço para garantir o quórum necessário à votação da medida. "A expectativa é aprovar", disse. Ele e sua equipe estarão no plenário para auxiliar o líder do governo no Senado na tarefa de convencer os demais parlamentares e também para tirar dúvidas de última hora sobre a iniciativa, considerada um dos pilares da estratégia do governo para enfrentar a questão previdenciária. Quando enviou sua proposta de reforma, o governo Michel Temer foi cobrado pelo combate a fraudes no INSS.

A mobilização para conseguir o quórum também está sendo feita por senadores governistas, que neste fim de semana telefonam para os colegas e fazem um apelo para que estejam em Brasília e garantam a votação da medida. Se não for aprovada até esta segunda, a MP 871, assinada pelo presidente Jair Bolsonaro para combater fraudes em pagamentos do INSS, perde a validade e ameaça um ajuste de quase 10 bilhões/ano, projetado pela equipe econômica.

Descontentes

Mesmo se houver quórum, as matérias correm risco também pela ameaça de parlamentares de barrarem a votação por causa de insatisfações com o Planalto. Descontente com a articulação política do governo, o MDB - que tem a maior bancada do Senado, com 13 integrantes - pretende comprometer a votação da MP reagindo à declaração do presidente Bolsonaro de que vai vetar o despacho gratuito de bagagem aérea que o Congresso aprovou. A franquia foi incluída em outra medida provisória aprovada no Congresso, a que abriu o setor aéreo para o capital estrangeiro, e já foi para a sanção do presidente.

Para o líder do MDB, Eduardo Braga (AM), não adianta os senadores atenderem o apelo do governo se o presidente Bolsonaro não faz o mesmo quando se trata de demanda dos congressistas. "Estamos pedindo para os senadores irem para Brasília porque nós não queremos ser omissos, agora o que não pode acontecer é a gente continuar contribuindo para encontrar soluções para o Brasil, atender os apelos do presidente e ele não ter um gesto de afirmação dessa relação na hora em que estamos salvando as medidas provisórias", declarou, acrescendo que o cenário "pode impactar" na votação da MP Antifraude.

Ao longo desta segunda-feira, líderes partidários devem conversar para tentar acertar uma estratégia. As bancadas do PSD e do PT cogitam não registrar presença na sessão até que o governo consiga levar 41 senadores para plenário e viabilizar o início da deliberação. "Vamos para Brasília, mas, por nós, não vai ter quórum. Se aprovar como está essa medida provisória, não precisa aprovar a reforma da Previdência para acabar com aposentadoria rural e benefício assistencial", disse o líder do PSD, Otto Alencar (BA). Uma das resistências no texto é a exigência de que trabalhadores rurais estejam em um cadastro nacional para ter acesso à aposentadoria rural, aumentando os parâmetros de comprovação para o benefício. Se algum ponto for alterado, o texto voltaria para a Câmara - o que praticamente eliminaria a chance de aprovação do texto no prazo.

"Não somos nós que vamos dar presença para o governo. Acho que o governo vai conseguir se mobilizar para levar senadores, mas, talvez, vários partidos entrem em obstrução e isso pode ser que derrube a medida provisória", afirmou o senador Rogério Carvalho (PT-SE). "Essa medida é desnecessária, o desejo de tirar benefícios é uma questão ideológica para dificultar acesso a um direito conquistado pela população. Não há argumento para dizer que uma medida provisória vai combater fraudes."

Nos cálculos do governo, a oposição não conseguiria ter votos para cancelar a MP, mas há preocupação com a obstrução e o prazo apertado para o Congresso chancelar o texto. Além do descontentamento com o Planalto, senadores ameaçam impedir a votação em resposta à Câmara, que tem votado algumas medidas perto do limite de validade, emparedando o Senado a apenas "carimbar" o conteúdo dos deputados federais. "O País não tem nada a ver com isso, é verdade, mas esse aborrecimento só foi se generalizando", comentou o líder do PSL no Senado, Major Olimpio (SP).

Na avaliação do líder do PSL, partido de Bolsonaro, a MP Antifraude corre risco por falta de articulação do governo. Ele calcula que 64 senadores estarão na sessão, mas observa que não há garantia de registro de presença. "Houve uma 'pixotagem' geral do governo, que não conseguiu se mobilizar para que a Câmara votasse essa medida antes. Quem está funcionando como grande articulador do governo e único é o Davi Alcolumbre (presidente do Senado - DEM-AP), mais ninguém do governo fez esforço", disse.

Olimpio avaliou a situação como "delicada" para a votação nesta segunda. "O problema hoje do governo não é a oposição, são os aliados. Não temos certeza inequívoca de dizer que vai votar. Com 41 presentes, te dou a certeza que a maioria vota favoravelmente, mas precisamos ter 41 para abrir, aí é o desafio maior." COLABOROU IDIANA TOMAZELLI

Uma mobilização pela aprovação no Senado da Medida Provisória (MP) 871, que tem por objetivo combater fraudes e irregularidades em benefícios previdenciários, está em quinto lugar nos trending topics do Twitter Brasil neste domingo (2), com a hashtag #SenadoAprovaMP871.

A votação da MP no Senado está marcada para esta segunda-feira (3), mesmo dia em que está marcada para caducar. A proposta cria um programa de revisão de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), exige cadastro do trabalhador rural e restringe o pagamento de auxílio-reclusão apenas aos casos de pena em regime fechado. Segundo o governo, a medida pode gerar economia aos cofres públicos de R$ 9,8 bilhões apenas no primeiro ano de vigência.

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Dentre as pessoas que publicaram a hashtag está a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF). Segundo a deputada, há receio de que não haja quórum para votar a MP nesta segunda-feira. "#SenadoAprovaMP871 porque não existe nada mais importante para vocês senadores fazerem nesta segunda-feira!", disse a deputada.

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Após a apuração de crimes contra a Previdência Social, estimados em R$ 5,6 milhões, a Polícia Federal (PF) desencadeou a Operação Hodie, que prendeu um ex-servidor do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e um intermediário. Segundo as autoridades, o prejuízo evitado foi de aproximadamente R$ 8,8 milhões.

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Desencadeada nessa quinta-feira (30), a PF só divulgou os dados da operação nesta sexta-feira (31). As investigações iniciadas em 2015, descobriram cerca de 98 benefícios com indicativos de fraudes e irregularidades, relacionados a concessão de auxílio-doença, aposentadorias por invalidez, aposentadoria por idade para segurado especial e pensão por morte.

Após a constatação dos crimes, três mandados de busca e apreensão foram cumpridos, sendo dois na residência do ex-servidor, em Palmares, Zona da Mata Sul de Pernambuco, e um na residência de um intermediário, no município de Água Preta, mesma região. Além dos contratos fraudulentos de benefícios, foram apreendidas diversas carteiras de trabalho. Todo material passará por análise.

Caso acusados, a dupla responderá por estelionato qualificado, falsidade ideológica, uso de documentos falsos, peculato e inserção de dados falsos no sistema. Somadas, as penas podem atingir 35 anos de reclusão.

A partir desta segunda-feira (13), os pedidos de revisão do valor do benefício, do recurso ou cópias dos processos do Instituo Nacional do Seguro Social (INSS), serão realizados apenas pela internet, no “Meu INSS” ou pelo telefone 135. A mudança faz parte do projeto “Transformação Digital”, implantado pelo INSS para ampliar a oferta de serviços digitais.

Estes tipos de serviços representam em média 70 mil atendimentos presenciais por mês nas agências. O Meu INSS é acessível através de computador ou celular, nele é possível acessar diversos serviços, além de poder atualizar dados cadastrais.

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Para acessar os serviços de cópia de processo, revisão e recurso, basta ir em “Agendamentos/Requerimentos”, escolher o requerimento ou clicar em “Novo Requerimento”, atualizar os dados caso seja pedido e logo em seguida escolher a opção “Recurso e Revisão” ou “Processos e Documentos”, conforme o que busca.

 

Neste sábado (13) é comemorado o Dia do Beijo e, para celebrar essa demonstração de carinho, o LeiaJá separou algumas curiosidades sobre beijar na boca.

De acordo com a odontóloga, doutora em periodontia e professora da Univeritas/UNG, Tânia Rocha Cabral Ribas, beijar na boca ajuda a aumentar a imunidade. "O contato com novas bactérias na cavidade bucal, fortalece nossa defesa orgânica por ativar nosso sistema imunológico", conta.

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O beijo também ajuda na higiene bucal, pois estimula as glândulas salivares levando ao aumento do volume de saliva, conhecida como o detergente natural da boca. "O beijo também reduz os níveis do hormônio cortisol, que está relacionado com o estresse. Em grandes concentrações, esse hormônio torna as pessoas mais vulneráveis a infecções", ressalta Tânia.

Ao beijar, uma pessoa mexe cerca de 29 músculos ao mesmos tempo, é o que diz a pesquisa da médica francesa Martine Mourier, publicada na revista Exame em setembro de 2016. Isso, é claro, também ajuda na queima de calorias, pois um beijo prolongado queima em média de 12 a 14 calorias.

Segundo o site Calendarr, a comemoração do Dia do Beijo tem origem em uma lenda italiana. O jovem Enrique Porchelo era conhecido por ter beijado todas as meninas da vila em que morava. Decidido a mudar a fama do nobre, um padre da região ofereceu moedas de ouro para qualquer jovem que se apresentasse dizendo nunca ter sido beijada pelo rapaz. Como ninguém apareceu, o tesouro ficou guardado e acredita-se que até hoje está escondido em algum lugar da Itália.

por Laura Dantas

O Suco Verde ou Suco Detox, tem como objetivo limpar o organismo das impurezas adquiridas ao longo do dia. A bebida, rica em fibras, minerais e  vitaminas, tem despertado o interesse do público em geral. Mas para alcançar os resultados é importante ficar atento a maneira correta de consumi-lo. 

O LeiaJá bateu um papo com a nutricionista Fabiana Freire, que alerta sobre os riscos, benefícios e demonstra a preparação correta da bebida. 

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Confira os detalhes no vídeo a seguir:

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A renda com trabalho informal e a obtida com pensões, aposentadorias e outros benefícios pagos pelo governo estão ganhando peso maior no orçamento das famílias brasileiras, enquanto a contribuição do salário vem encolhendo. No ano passado, quase 40% dos ganhos dos domicílios vieram da informalidade e de benefícios do governo. Em 2014, antes de o País entrar em crise, esses rendimentos respondiam por um terço da renda familiar.

Os números são da consultoria britânica Kantar WorldPanel, que visita semanalmente 11 mil domicílios para radiografar o consumo no País. Uma vez por ano, a consultoria investiga de onde vem a renda do brasileiro para bancar despesas básicas, como alimentação, saúde, habitação e transporte.

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Apesar de a economia ter voltado a crescer em 2017, o desemprego recuou muito pouco e continua em níveis elevados. Com isso, a participação do salário vem diminuindo no orçamento familiar. Em 2014, respondia por 63% da renda dos domicílios. No ano passado, a fatia recuou para 56%.

Nas regiões mais pobres, o peso dos rendimentos da informalidade e dos benefícios já ultrapassa o do salário. No Norte e Nordeste, por exemplo, os salários contribuíram o ano passado para 47% da receita doméstica, enquanto bicos e benefícios somaram 49%. Os 4% restantes vieram de outros tipos de ganhos, como doações, herança ou aluguéis. No Grande Rio de Janeiro, região afetada pela crise fiscal do Estado, mais da metade da renda das famílias já vem da informalidade e de benefícios pagos pelo governo.

"Do ponto de vista da renda, o aumento da informalidade é uma notícia ruim", diz o economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Fabio Bentes. Como o ganho obtido com bicos é muito menor do que a renda de salário - entre 30% e 40% -, falta dinheiro no fim do mês.

Dívida

O estudo mostra que, pelo terceiro ano seguido, o gasto médio com despesas básicas tem superado a renda familiar em torno de 2%. No ano passado, a renda média mensal por domicílio foi de R$ 3.173, enquanto a despesa média mensal ficou em R$ 3.241.

Para fechar essa conta, explica Giovanna Fischer, diretora da consultoria e responsável pela pesquisa, as famílias têm se endividado. Recorrentes e herdadas de anos anteriores, as dívidas são um dos fatores que têm impedido que o orçamento volte ao azul. Além disso, a lenta recuperação do emprego formal contribui para manter essa defasagem. "Não há nenhum indicador que mostre recuperação da renda e, até o fim do ano passado, ela estava abaixo do gasto", diz Giovanna. Bentes diz que a grande oferta de mão de obra disponível deve manter a renda pressionada para baixo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Aposentados e pensionistas que não fizeram a prova de vida nos últimos 12 meses terão seus benefícios bloqueados automaticamente. De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), existem hoje 1,334 milhão de casos que estão sujeitos ao bloqueio automático, exigido pela Medida Provisória (MP) 871/2019, editada pelo governo para combater as fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Até a entrada em vigor da MP 871, o bloqueio do benefício não era automático, embora a prova de vida já fosse obrigatória desde 2012

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Para regularizar a situação, aposentados e pensionistas que estiverem há mais de 12 meses sem realizar a prova de vida devem comparecer a uma agência do banco em que recebem o benefício, levando consigo um documento oficial com foto (RG, CNH ou Carteira de Trabalho). 

O procedimento pode ser feito no mesmo dia em que o segurado for sacar o benefício. No caso de pessoas que não tenham condições físicas de se deslocar até a agência bancária, a prova de vida poderá ser feita por procuração, desde que o procurador seja previamente reconhecido pelo INSS.

Há mais de dois anos sem posto físico do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), agora a população do Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, passa a contar com uma plataforma digital para agendamentos de atendimentos online nas sete regionais do município. O acesso ao INSS Digital é feito diretamente no portal da Prefeitura, por meio do Canal Cidadão. Assim, o usuário escolhe o local, a data e hora para ser atendido, sempre de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, evitando a formação de filas e o deslocamento para outras cidades.

Por meio do portal, o usuário pode dar entrada nos 16 serviços disponíveis, entre os quais: aposentadorias, benefícios, auxílios e certidões. Todo processo pode ser acompanhado diretamente no site oficial do INSS. No dia marcado, o cidadão se dirige à Sala do Empreendedor, disponível em todas as regionais (Jaboatão Centro, Cavaleiro, Curado, Muribeca, Guararapes, Prazeres e Piedade), para dar entrada na documentação exigida.

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O governo publicou, nesse sábado (5), em edição extra do Diário Oficial da União, decreto que regulamenta a prorrogação de benefícios fiscais a empresas das áreas da Sudam (Amazônia) e da Sudene (Nordeste). Ao contrário do que anunciou o presidente Jair Bolsonaro na sexta-feira (4) pela manhã - e que à tarde foi desmentido -, o texto não prevê aumento imediato de impostos para compensar a perda de arrecadação com os incentivos. O decreto, no entanto, abre uma brecha para que o governo eleve a carga tributária caso esses benefícios extrapolem o limite estabelecido para este ano.

Na sexta-feira pela manhã, Bolsonaro chegou a dizer que havia assinado decreto aumentando a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para compensar a prorrogação dos incentivos, mas foi desmentido mais tarde pelo secretário da Receita, Marcos Cintra, e pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que disseram que não será necessário mexer no tributo.

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O decreto publicado é fruto de uma queda de braço da área política e da econômica, em que venceu o ponto de vista da primeira. O texto limitou a concessão dos incentivos fiscais aos valores já previstos no Orçamento de 2019 - uma renúncia fiscal de R$ 755,5 milhões, segundo estimativa da Receita Federal.

Considerada confusa pelos técnicos da área econômica ouvidos pelo Estadão/Broadcast, a norma, porém, deixa uma brecha para que, se for necessário, haja aumentos de impostos até o fim do ano para compensar a ampliação dos benefícios, para além dos R$ 755,5 milhões. O texto determina que os incentivos que ultrapassem o limite orçamentário de 2019 somente entrarão em vigor quando implementadas medidas de compensação previstas na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que são elevação de alíquotas ou criação de novo tributo.

Com a sanção do projeto que prorroga benefícios para as superintendências do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e da Amazônia (Sudam) pelo presidente Jair Bolsonaro, a primeira ideia discutida pelo governo foi elevar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para compensar a renúncia fiscal adicional. No governo anterior, do presidente Michel Temer, a equipe econômica havia defendido o veto do projeto. No novo governo, o time queria que, se sancionado, houvesse a compensação com o aumento de tributos, para cumprir à risca a LRF.

Nas reuniões, porém, técnicos da Sudam e da Sudene insistiram que não seria necessária a ampliação do orçamento deste ano, porque os novos projetos que seriam apresentados demoram a sair do papel e só teriam efeito financeiro em dois ou três anos em média. O entendimento da área econômica, porém, era diferente, de que não havia como garantir esse intervalo no impacto financeiro dos novos projetos.

O primeiro argumento convenceu a área política, que encontrou uma solução para não começar o governo aumentando impostos e descumprindo, já no quarto dia de governo, uma das promessas de campanha.

Ao limitar o valor da renúncia neste ano ao que já está previsto no Orçamento, na prática, novos projetos apresentados só poderão ter efeito financeiro neste ano se houver uma medida de compensação. A expectativa é que isso não ocorra, mas, segundo os técnicos, há autorização para isso, a depender do andamento desses projetos.

Não há no decreto previsão de que a renúncia da ampliação dos benefícios, estimada em R$ 755 milhões, seja automaticamente transferida para 2020. Na elaboração do Orçamento de 2020, a Receita Federal terá de computar o impacto fiscal referente aos projetos apresentados neste ano e estimar o impacto de 2020, que deve ser maior do que o R$ 1,4 bilhão previsto.

O temor da área econômica é que esse "jeitinho" encontrado para sancionar a lei sem compensação sirva de modelo para outros projetos e acabe desconfigurando a LRF.

Polêmica

A prorrogação dos incentivos para o Norte e Nordeste acabou explicitando o primeiro ruído entre Bolsonaro e sua equipe. Poucas horas depois de o presidente anunciar que, "contra sua vontade", já havia assinado o aumento do IOF, o secretário da Receita, Marcos Cintra, disse que Bolsonaro "se enganou" e que a elevação do tributo não seria necessária.

No fim da tarde, coube a Onyx dizer que o presidente "se equivocou" e que o aumento não seria necessário, já que a equipe havia encontrado outra solução. O ministro da Economia, Paulo Guedes, não falou sobre o assunto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pelo menos R$ 8,5 milhões foram pagos como forma de propina a cinco políticos pela Odebrecht. São eles os senadores Romero Jucá (MDB-RR) e Renan Calheiros (MDB-RR) e os ex-senadores Delcídio do Amaral (sem partido-MS) e Gim Argello (sem partido-DF), além de um quinto nome que ainda não foi identificado.

Os pagamentos teriam sido feitos para que os envolvidos aprovassem o projeto de resolução do Senado que limitou a concessão de benefícios fiscais pelos Estados em portos a produtos importados.

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A constatação foi dada após uma perícia realizada pela Polícia Federal nos sistemas de comunicação e de contabilidade da Odebrecht, que teve uma de suas empresas, a Braskem, diretamente beneficiada.

Segundo reportagem do G1, o inquérito para investigação desse sistema de corrupção foi aberto em abril de 2017 com base nas delações premiadas dos executivos e ex-dirigentes da Odebrecht.

Na época, Cláudio Melo Filho, ex-executivo da construtora, delatou à Procuradoria Geral da República que repassou R$ 4 milhões a Romero Jucá, que era líder do governo no Senado. O ex-senador Delcídio do Amaral cobrou R$ 500 mil, após o texto da concessão ter sido aprovado pelo Congresso Nacional. Renan Calheiros e Gim Argello teriam recebido, segundo investigação, R$ 1 milhão cada. Uma quinta pessoa também recebeu propina paga pela Odebrecht, no entanto, a PF ainda não conseguiu descobrir quem é a pessoa cujo codinome é Glutão. Essa pessoa teria recebido, em maio de 2012, R$ 3 milhões, conforme orientação de Cláudio Mello.

O delegado Bernardo Amaral, responsável pelas investigações, solicitou ao Supremo Tribunal Federal 60 dias para a conclusão das investigações. Conforme divulgado pelo G1, a justificativa para a extensão do prazo é cruzar dados da perícia com provas coletadas na Operação Armistício.

O ministro Edson Fachin pediu à PGR que se manifeste em parecer sobre o pedido da PF. O magistrado aguarda o posicionamento da procuradora-geral da República, Raquel Dodge.

Oito mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos nas cidades do Recife e Paulista, no Grande Recife, após a Polícia Federal de Pernambuco deflagrar a Operação Garoa, que visa combater crimes de fraude contra a Previdência Social. Cinco servidores do INSS já foram afastados das atividades e impedidos de exercer função pública. Além de terem as suas contas bancárias bloqueadas, eles estão impedidos de sair do Brasil.

Os investigados poderão responder na Justiça pelos crimes de estelionato majorado, formação de quadrilha e inserção de dados falsos em sistema de informação, além de outros crimes a serem revelados com a conclusão da investigação. As penas somadas podem alcançar mais de vinte anos de prisão. Não ocorreram prisões até o momento.

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Segundo a PF, as investigações tiveram início em dezembro de 2017, a partir de relatórios do órgão de inteligência da Previdência Social, que indicou uma série de irregularidades constatadas em benefícios assistenciais concedidos na Agência de Previdência Social (APS) em Paulista com possível participação de servidores.

Um relatório demonstrou que, no ano de 2016, a referida agência concedeu o montante correspondente a 19% da espécie Amparo Social ao Idoso em nível nacional, enquanto que a média por agência seria 3,21%. Isto é quase seis vezes mais que a produtividade comum.

Benefícios de Amparo Social ao idoso estavam sendo concedidos para pessoas cujos processos continham documentos de identificação com fotos idênticas. Segundo a polícia, com o avanço das análises foi possível identificar que após a concessão, os benefícios eram transferidos entre várias cidades, inclusive entre Estados distantes, o que é considerado como um fato incomum nessa espécie de benefício destinado aos idosos, cuja condição física geralmente impossibilita esses tipos de deslocamentos.

Algumas pessoas estavam se passando por titulares destas fraudes, o que pode gerar a prisão em flagrante delito. Os servidores estão sendo investigados pela suspeita de alterar os inscrições dos benefícios e cadastrar em instituições financeiras sediadas em municípios no interior do Estado.

Com essa operação, a PF aponta que se descobriu uma organização criminosa especializada na prática de fraudes à Previdência Social, atuando principalmente na região Nordeste. Assim, pessoas idosas foram criadas para obter benefícios no INSS em contas bancárias também falsas.

As investigações devem prosseguir para identificar outros possíveis envolvidos e mais benefícios fraudados, na tentativa de evitar um desvio de mais de 12 milhões de reais.

Em 2018, somente 8,4% da população brasileira recebeu algum tipo de auxílio financeiro do governo federal. Ao todo, o Brasil tem 52,1 milhões de pessoas em situação de pobreza – com renda de até R$ 387 por mês – e 16,1 milhões são beneficiárias de algum programa de transferência de renda que juntos, segundo o Portal da Transparência, representam o gasto de R$ 22,39 bilhões.

Os recursos financeiros são concedidos periodicamente aos brasileiros inscritos nos seguintes programas sociais: Bolsa Família, Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), Garantia-Safra e Seguro-Defeso do Pescador Artesanal. Cada iniciativa possui regras específicas que devem ser atendidas para que o valor seja pago.

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O Bolsa Família, que atende famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza, teve em 2017 um investimento de mais de R$ 29 bilhões. Entre janeiro e agosto deste ano, o repasse caiu e foram destinados R$ 20,1 bilhões ao programa.

Enquanto o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), que é um conjunto de ações que visam retirar crianças e adolescentes menores de 16 anos do trabalho precoce (com exceção da condição de aprendiz a partir de 14 anos), sofreu uma redução de R$ 891 mil em 2017 para R$ 98 mil entre janeiro e agosto deste ano.

Já o Garantia-Safra beneficia agricultores com renda familiar mensal de até um salário mínimo e meio e que plantam entre 0,6 e 5 hectares de feijão, milho, arroz, mandioca e algodão. Esses trabalhadores passaram a receber o auxílio quando os municípios em que moram comprovaram a perda de, pelo menos, metade das produções. No ano passado, foram investidos R$ 568 milhões e, entre janeiro e agosto de 2018, o repasse caiu para quase R$ 293 milhões.

E o seguro-desemprego do pescador artesanal é uma assistência financeira temporária concedida aos pescadores profissionais artesanais, que durante o período em que os animais protegidos se reproduzem são obrigados a parar suas atividades para preservação da espécie e sustentabilidade da pesqueira na região. Para ter direito, o trabalhador deve comprovar que exerce a pesca protegida de maneira ininterrupta, seja sozinho ou em regime de economia familiar. No ano passado, foram repassados quase R$ 2,4 bilhões e, entre janeiro e agosto de 2018, o investimento foi de R$ 1,9 bilhões.

Os senadores e deputados federais do Brasil são os mais bem remunerados da América Latina, com um salário mensal de R$ 33.763 e benefícios que chegam a R$ 179 mil. Uma realidade bem distante da vivida por 25% dos brasileiros.

Dados da Síntese de Indicadores Sociais de 2017, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que 52,1 milhões de pessoas, o equivalente a uma em cada quatro, tinham em 2016 uma renda domiciliar per capita de até R$ 387 por mês, o que configura situação de pobreza. Isso significa que um brasileiro que se encontra nessa faixa de renda demoraria sete anos e três meses para conseguir ganhar o que um parlamentar recebe em um mês (sem considerar os benefícios).

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De acordo com o IBGE, a pobreza atinge principalmente homens e mulheres negros (67%), crianças e adolescentes de até 14 anos (42%), famílias formadas por mulheres sem companheiros e com filhos de até 14 anos (55%), e mulheres negras também sem companheiro e com filhos de qualquer idade (64%).

Já os gastos anuais com os 513 deputados federais, segundo o site Congresso em Foco, chegam a R$ 1,1 bilhão. Cada deputado custa anualmente mais de R$ 2,1 milhões para os cofres públicos, sendo que mensalmente são gastos mais de R$ 91,8 milhões com salários, benefícios e privilégios dos deputados federais.

São R$ 33,7 mil de salário, R$ 1,4 mil de ajuda de custo, entre R$ 30,4 mil e R$ 45,2 mil de cotão (valor usado para gastos como passagens aéreas, fretamento de aeronaves e alimentação), auxílio-moradia de R$ 4,2 mil ou apartamento funcional e R$ 101,9 mil de verba de gabinete para até 25 funcionários.

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