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 O candidato à presidência da República, Ciro Gomes (PDT) apresentou, nesta terça-feira (16), como proposta de governo, o programa "Eduardo Suplicy", que pretende fornecer R$ 1 mil para famílias que vivem em situação de pobreza.

"O Programa de Renda Mínima ‘Eduardo Suplicy’ será o maior programa de transferência de renda da nossa história. Ele vai garantir uma renda de R$ 1 mil, em média, para 24,2 milhões de famílias carentes", prometeu o candidato em postagem nas redes sociais

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De acordo com Ciro, o dinheiro utilizado para a realização da proposta seria de programas de transferência de renda já existentes (como o Auxílio Brasil, antigo Bolsa Família) + imposto sobre grandes fortunas e taxação de lucros e dividendos. Além disso, o candidato detalhou que terão acesso ao dinheiro todas as famílias pobres. 

Por fim, Ciro escreveu, em tom de disputa, que " Enquanto eles matam com esmola, vou garantir a sobrevivência do povo", "ainda dá tempo de você salvar o Brasil". Vale destacar, que de acordo com a última pesquisa eleitoral do IPEC, o candidato aparece em terceiro lugar com 6% das intenções de voto, bem atrás do primeiro lugar, o candidato Lula (PT), que aparece com 44% e do atual presidente Bolsonaro (PL), que vem em segundo lugar, com 32% dos votos.

O presidenciável Ciro Gomes (PDT) bateu boca com jornalistas durante entrevista do Roda Viva, da TV Cultura, nessa segunda-feira (15). O pedetista perdeu a paciência com Vera Magalhães, que discursou contra a insistência que ele teve de não permitir que colegas continuassem com suas perguntas de forma objetiva. Em certo ponto, a jornalista afirmou que as respostas do ex-ministro tendiam para o discurso político e não para um debate.

A discussão aconteceu após Ciro ser questionado pelo jornalista Flávio Costa sobre o discurso de pacto nacional e plebiscito após seis meses no cargo, o que o entrevistador alegou ser comum em campanhas no geral, como na de Michel Temer (MDB), ex-presidente interino da República. 

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“Essa história de pacto nacional todo mundo, até o [Michel] Temer falava de pacto nacional e pacificação”, declara Flávio. Gomes retruca e pede que o jornalista não o “confunda”. “Não estou confundindo, só estou citando o Temer. Você fala em plebiscito após 6 meses. Isso não é tensionar ainda mais essa relação com o Congresso que é dominado por Arthur Lira hoje, Ciro Nogueira, essas raposas do centrão?”, continuou o entrevistador. 

Quando Ciro Gomes começa a responder ao questionamento, a apresentadora Vera Magalhães o interrompe, após duas tentativas sem sucesso. “Por que isso, meu Deus? Me deixe terminar”, esbravejou o candidato do PDT. 

“Candidato, eu preciso lhe interromper porque senão vira discurso e é uma entrevista”, retrucou a jornalista. O ex-ministro, então, rebateu: “Por que essa hostilidade?”. Vera Magalhães, por fim, respondeu mais uma vez: “O senhor foi hostil comigo, eu tentei lhe interromper duas vezes e o senhor não permitiu. É uma entrevista, só temos duas horas”. 

Confira o momento do mal-estar e outros trechos de destaque: 

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- - > LeiaJá também: ‘Para Ciro Gomes, Bolsonaro será preso se perder eleição’ 

Na avaliação do candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT), o presidente Jair Bolsonaro (PL) vai para a cadeia caso não consiga se reeleger. "Vai ser preso porque é um criminoso", disse o pedetista, durante entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite desta segunda-feira, 15.

Para Ciro, a motivação para prisão do chefe do Executivo estaria principalmente na atuação do governo durante a pandemia de Covid-19. "Negacionismo, superfaturamento, roubalheira, botou o Brasil no fim da fila da vacina, briga com o Doria sobre vacina, matou o nosso povo", afirmou.

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Ciro falou também durante o programa sobre uma pauta cara ao bolsonarismo: o armamento da população. O pedetista prometeu permitir que as pessoas possam usar armas na zona rural. "Na área rural, dentro do domicílio, eu considero razoável porque ali não tem um 190 para ligar. O exercício da autodefesa, infelizmente, é um imperativo das populações isoladas em bases rurais", ponderou.

O candidato disse, no entanto, que vai revogar todos os decretos de Bolsonaro que permitem o porte e a posse de armas em ambiente urbano. "Arma na rua vai ser só exclusividade da polícia. Andou na rua (com arma), vai ser apreendido", pontuou.

O Brasil terá 12 candidatos à Presidência da República nas eleições deste ano. Com o fim do prazo para registro das candidaturas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), já estão definidos os nomes dos postulantes a ocupar o Palácio do Planalto pelos próximos quatro anos.

Vale lembrar que o TSE ainda julgará todos os registros de candidatura. Isso deverá ocorrer até o dia 12 de setembro. No entanto, os candidatos estão em campanha oficialmente a partir de hoje (16). São eles:

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Ciro Gomes (PDT)

José Cruz/Agência Brasil

Natural de Pindamonhangaba (SP), Ciro Gomes construiu sua carreira política no Ceará, onde foi prefeito de Fortaleza, eleito em 1988, e governador do estado, eleito em 1990.

Renunciou ao cargo de governador, em 1994, para assumir o Ministério da Fazenda, no governo Itamar Franco (1992-1994) por indicação do PSDB, seu partido na época.

Ciro foi ministro da Integração Nacional de 2003 a 2006, no governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Deixou a Esplanada dos Ministérios para concorrer a deputado federal e foi eleito. Também exerceu dois mandatos de deputado estadual no Ceará. Tem 64 anos e quatro filhos.

candidata a vice-presidente na chapa é Ana Paula Matos (PDT), vice-prefeita de Salvador, eleita em 2020 na chapa encabeçada por Bruno Reis (União Brasil).

A soteropolitana tem 44 anos e atuação forte na área social e de combate à pobreza. Negra, tem lutado contra o racismo e defendido políticas afirmativas. Se eleita, será a primeira mulher negra a ocupar o cargo no Brasil.

Advogada, professora, pós-graduada em finanças e com mestrado em administração, Ana Paula é servidora concursada da Petrobras.

Constituinte Eymael (DC)

Marcello Casal jr/Agência Brasil

Nascido em Porto Alegre, José Maria Eymael cursou filosofia e direito na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). É advogado com especialização em direito tributário e atua como empresário há 50 anos nas áreas de marketing, comunicação e informática. Nas urnas, será identificado como Constituinte Eymael.

Como líder universitário, Eymael presidiu o Centro Acadêmico São Tomás de Aquino da Faculdade de Filosofia da PUC-RS e a Federação dos Estudantes de Universidades Particulares do Rio Grande do Sul. Nessas funções, coordenou campanhas nacionais e regionais como a do barateamento do livro didático.

Em 1962, ingressou no Partido Democrata Cristão (PDC) em Porto Alegre, passando a atuar na Juventude Democrata Cristã. Eymael foi deputado constituinte. Aos 83 anos, é a sexta vez que se candidata à Presidência da República.

O vice na chapa é o economista João Barbosa Bravo, de 75 anos, natural de São Gonçalo (RJ), registrado como Professor Bravo.

Felipe D'Avila (Novo)

Reprodução/Twitter/Felipe d'Avila

Felipe D’Avila, nascido em São Paulo, é cientista político, mestre em administração pública pela Universidade de Harvard e coordenador do movimento Unidos Pelo Brasil.

Fundou em 2008 o Centro de Liderança Pública, uma organização sem fins lucrativos dedicada à formação de líderes políticos.

É escritor e tem dez títulos publicados. Essa é a primeira vez em que ele se candidata ao cargo de presidente da República.

O candidato a vice-presidente na chapa é o deputado federal Tiago Mitraud (Novo-MG). Nascido em Brasília, participou intensamente do Movimento Empresa Júnior, chegando à Presidência da Brasil Júnior, a Confederação Brasileira de Empresas Juniores.

Após formado, ingressou na Fundação Estudar, organização referência no desenvolvimento de lideranças e concessão de bolsas de estudo no Brasil.

Nos últimos três anos, atuou como diretor executivo (CEO) da Fundação Estudar, liderando um time de mais de 50 pessoas responsável pelo grande crescimento da organização no período.

Jair Bolsonaro (PL)

Marcelo Camargo/Agência Brasil

Jair Messias Bolsonaro é militar reformado, chegando a capitão do Exército. É o 38º presidente do Brasil, cargo que assumiu em 1º de janeiro de 2019.

Foi deputado federal pelo Rio de Janeiro entre 1991 e 2018. Nasceu em 1955, no município de Glicério, no interior do estado de São Paulo, mas morou em várias cidades paulistas.

Formou-se na Academia Militar das Agulhas Negras em 1977. Posteriormente, serviu nos grupos de artilharia de campanha e paraquedismo do Exército. É pai de cinco filhos.

O candidato a vice-presidente na chapa é o militar da reserva Walter Souza Braga Netto. Ele nasceu em Belo Horizonte em 1957 e alcançou o posto de general no Exército.

De fevereiro de 2018 a janeiro de 2019, chefiou a intervenção federal no Rio de Janeiro. Foi comandante Militar do Leste até fevereiro de 2019, quando assumiu a chefia do Estado-Maior do Exército.

Em fevereiro de 2020, assumiu o cargo de ministro-chefe da Casa Civil. Em março de 2021, foi nomeado ministro da Defesa.

Léo Péricles (Unidade Popular–UP)

Divulgação/ Unidade Popular

Leonardo Péricles é o único homem negro na disputa presidencial. Natural de Belo Horizonte, ele é técnico em eletrônica e mecânico de manutenção de máquinas.

O presidenciável começou a se aproximar da política em movimentos estudantis no início dos anos 2000. Anos depois, passou a integrar o Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB).

Em 2008, disputou uma vaga na Câmara Municipal de Belo Horizonte, mas não se elegeu. Já pelo Unidade Popular, nas últimas eleições municipais, em 2020, concorreu como candidato a vice-prefeito de Belo Horizonte (MG), na chapa de Áurea Carolina (PSOL), ficando em quarto lugar, com 103.115 votos.

A candidata a vice-presidente na chapa é a dentista Samara Martins, de 34 anos, também natural de Belo Horizonte.

Dentista no Sistema Único de Saúde (SUS), Samara mora na periferia de Natal, e é vice-presidente nacional da Unidade Popular pelo Socialismo e também milita no MLB e no Movimento de Mulheres Olga Benario.

Começou sua militância no movimento secundarista e foi diretora de mulheres da União Nacional dos Estudantes (UNE). Nas eleições de 2020, foi candidata à vereadora em Natal.

Lula (PT)

Fernando Frazão/Agência Brasil

Luiz Inácio Lula da Silva, de 76 anos, nasceu em Garanhuns (PE) e iniciou sua trajetória política como sindicalista em 1966. Foi presidente da República por dois mandatos a partir de 2003, depois de ser eleito em 2002, em disputa no segundo turno das eleições com José Serra (PSDB).

Em 2006, Lula venceu Geraldo Alckmin (à época, do PSDB), atual candidato à Vice-Presidência, sendo reeleito ao cargo. A primeira vez que disputou a Presidência foi em 1989, sendo derrotado por Fernando Collor de Melo. Antes de ser eleito, tentou mais duas vezes, em 1994 e 1998, quando perdeu para Fernando Henrique Cardoso em ambas.

Em 2017, foi condenado a nove anos e seis meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. Em 2018, teve a prisão decretada pelo então juiz Sergio Moro. Em 2021, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin anulou as condenações, por entender que a 13ª Vara Federal em Curitiba não tinha competência legal para julgar as acusações, tornando Lula elegível, decisão confirmada em plenário pelo Supremo no mesmo ano, o plenário.

O candidato a vice-presidente na chapa é o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB). Nascido em Pindamonhangaba (SP), tem 68 anos, é médico e professor.

Um dos fundadores do PSDB, Alckmin foi governador de São Paulo em duas ocasiões: de 2001 a 2006 e de 2011 a 2018, comandando o governo paulista por mais tempo desde a redemocratização do Brasil.

Atualmente é professor universitário no curso de medicina da Universidade Nove de Julho e membro da Academia de Medicina de São Paulo.

Pablo Marçal (Pros)

Marcelo Camargo/Agência Brasil

Esta é a primeira vez que Marçal disputa a um cargo público. Bacharel em direito e empresário, o goiano de 35 anos é casado e tem quatro filhos.

Ele é conhecido como autor de livros de autogestão e por palestras e vídeos motivacionais.

Em sua página na internet, também se apresenta como empreendedor imobiliário e digital, estrategista de negócios e especialista em gestão de marcas (branding).

A candidata a vice na chapa é Fátima Pérola Neggra, de 54 anos. Ela é policial militar de São Paulo, escritora e poetisa, nascida em Iporã (PR).

Pérola Neggra tem cinco filhos e dois netos.

Roberto Jefferson (PTB)

Arquivo/Valter Campanato/Agência Brasil

Advogado nascido em Petrópolis (RJ), Roberto Jefferson tem 69 anos e circula há décadas na política nacional. Antes de fazer carreira na política, chegou a participar de programas de televisão na década de 1980. Participou dos programas Aqui e Agora, em uma espécie de júri simulado, na TV Tupi; e do programa Domingo à Noite, na TVS, atualmente SBT. Também foi apresentador do programa O Povo na TV, também na TVS.

Seu primeiro mandato como deputado federal foi em 1983 e depois disso emendou seis mandatos consecutivos. Teve seu mandato cassado após confessar participação no esquema do mensalão. Ficou conhecido nacionalmente por denunciar o esquema de compra de votos, escândalo do qual também participou. Foi condenado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Em agosto de 2021, Jefferson teve prisão preventiva decretada pelo ministro Alexandre de Moraes por ataques às instituições em redes sociais. Suas contas em redes sociais também foram bloqueadas. Em janeiro deste ano, por questões de saúde, Jefferson passou a cumprir prisão domiciliar.

A chapa terá Padre Kelmon, do mesmo partido, como candidato a vice-presidente. Ele lidera atualmente o Movimento Cristão Conservador do PTB (MCC) e o Movimento Cristão Conservador Latino Americano (Meccla).

Nascido em 1976, teve uma vida sempre dedicada à igreja. Liderou grupo de jovens e ajudou na pastoral da criança. Em 2003 decidiu seguir sua caminhada como ortodoxo.

Atuou sempre na defesa da vida e da família, em ações como nas eleições presidenciais de 2010, difundindo juntamente com Dom Luís Gonzaga Bergonzine uma ação contra o aborto.

Simone Tebet (MDB)

 Twitter Oficial do PSDB

Simone Tebet tem 52 anos. Nascida em Três Lagoas (MS), é formada em direito e começou a carreira política em 2003 como deputada estadual. De 2005 a 2010, foi prefeita de sua cidade natal por dois mandatos.

Deixou o cargo para ser vice-governadora de Mato Grosso do Sul. Ela é filha do ex-presidente do Senado Ramez Tebet, falecido em 2006. De 2013 a 2014, foi secretária de Governo até que, em 2015, foi empossada como senadora.

Tebet ganhou projeção nacional especialmente depois da forte atuação na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia do Senado, no ano passado.

A candidata a vice-presidente na chapa é a também senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP). Senadora pelo PSDB de São Paulo, Mara tem 53 anos, é publicitária e psicóloga.

Foi vereadora da capital paulista de 2007 a 2010, após ter sido secretária municipal da Pessoa com Deficiência, de 2005 a 2007. Foi deputada federal de 2011 a 2015, sendo eleita novamente em 2015 para mandato até 2019.

Em 1994, Mara Gabrilli sofreu um acidente de carro que a deixou tetraplégica. Foram cinco meses meses de internação.

Sofia Manzano (PCB)

Reprodução/Youtube/PCB/Direitos reservados

A candidata à Presidência do Partido Comunista Brasileiro (PCB) é a professora e economista Sofia Manzano, nascida em 1971 na cidade de São Paulo. Graduada em ciências econômicas pela PUC de São Paulo, é mestra em desenvolvimento econômico pelo Instituto de Economia da Unicamp e doutora em história econômica pela Universidade de São Paulo (USP).

Assumiu o cargo de professora do curso de economia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia em 2013, motivo pelo qual mudou-se para Vitória da Conquista. Desenvolve pesquisas sobre mercado de trabalho e desigualdade social no capitalismo.

A militância no PCB teve início durante a campanha presidencial de 1989. Sofia Integrou alguns sindicatos de professores, chegando a ser eleita vice-presidente da Associação de Docentes da Universidade de São Paulo entre 2015 e 2016.

A chapa tem como candidato a vice-presidente o sindicalista Antônio Alves, de 43 anos, jornalista, natural do Recife, filiado ao PCB há 20 anos.

Fez parte de movimentos políticos culturais que buscavam articular e debater os problemas da comunidade. Militou no Núcleo Malcolm X (célula do Movimento Negro Unificado em Paulista), colaborou com o processo de organização do 20 de novembro em 1997, 1998, 1999.

Organizou a Posse Resistência Hip Hop – Paulista Zona Norte – grupo de jovens periféricos que trabalhavam diversos temas de luta, recuperação da autoestima e valorização cultural. Em 1999 teve seu primeiro contato com o PCB e iniciou sua militância na União da Juventude Comunista (UJC).

Soraya Thronicke (União Brasil)

Roque de Sá/Agência Senado

Soraya Thronicke tem 49 anos e é advogada, natural de Dourados (MS). Estreante como candidata, foi eleita senadora pelo seu estado em 2018 pelo então Partido Social Liberal (PSL) – hoje União Brasil.

Foi vice-líder do governo no Congresso Nacional e, atualmente, é coordenadora política da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) no Senado Federal, além de membro de oito comissões da Casa.

Também preside o União Brasil Mulher Nacional e o diretório do União Brasil em Mato Grosso do Sul.

O candidato à Vice-Presidência é Marcos Cintra, de 76 anos. Formado em economia, Cintra tem especialização em planejamento econômico pela Universidade de Campinas.

Foi eleito deputado federal em 1998, cargo que ocupou até 2003. Na Câmara dos Deputados, foi membro das comissões de Finanças e Tributação e de Reforma Tributária e presidente da Comissão de Economia, Indústria e Comércio.

Em 2019, ocupou o cargo de secretário especial da Receita Federal.

Vera (PSTU)

Marcello Casal jr/Agência Brasil

Vera Lúcia tem 54 anos e é natural de Inajá (PE). Operária sapateira, é formada em ciências sociais pela Universidade Federal de Sergipe.

Iniciou sua militância quando trabalhava em uma fábrica de calçados, aos 19 anos. Está no PSTU desde a sua fundação, em 1994. Já foi candidata ao governo de Sergipe, à prefeitura de Aracaju e à Câmara dos Deputados.

Em 2018, foi candidata à Presidência da República e teve como vice o professor Hertz Dias, do Maranhão. Em 2020, Vera foi a primeira mulher negra a disputar a prefeitura de São Paulo, cidade onde mora atualmente.

A candidata à Vice-Presidência é a indígena da etnia Tremembé, Kunã Yporã (Raquel Tremembé). Kunã tem 39 anos e é pedagoga.

Ela integra a Associação de Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (Anmiga) e é membro da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas.

Kunã Yporã é parte atuante das mobilizações dos povos indígenas na oposição ao governo atual.

*Colaborou o repórter da Agência Brasil Marcelo Brandão

O candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes, afirmou que o eleitor deve prestar atenção "para não se enganar", após o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação do País, ter queda de 0,68% em julho. O pedetista lembrou que a redução não chegou ao bolso dos mais pobres, que ainda sofrem com a alta no preço dos alimentos. As declarações são um recado ao presidente Jair Bolsonaro (PL), que concorre à reeleição.

"Peço ao povo que preste atenção para não se enganar. Estamos às vésperas de uma eleição, acontecem muitos milagres porque tem muito político espertalhão. Pergunta ao povo que vai na vendinha de comida se a inflação caiu. A inflação dos alimentos está em 15%", disse em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (11). Ciro participa de agenda em Salvador, ao lado da candidata à vice-presidente, Ana Paula Matos (PDT), vice-prefeito da capital baiana.

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A deflação em julho, a primeira em dois anos, aconteceu por causa do recuo nos preços dos combustíveis e da energia. A queda veio após a sanção do projeto de lei que fixa teto de 17% a 18% no ICMS destes produtos.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou, nessa terça-feira (9), os gastos de campanha da chapa de Ciro Gomes (PDT) e de Kátia Abreu (PP) nas eleições de 2018. O placar foi de 6 votos a 1. Apenas o ministro Edson Fachin, presidente do TSE, votou pela reprovação das contas.

A prestação foi aprovada com ressalvas. Pelos cálculos dos ministros, a chapa deverá devolver R$ 348 mil aos cofres públicos. O valor é referente a gastos com advogados, impulsionamento de publicações nas redes sociais e recebimento indireto de doações por fonte vedada.

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O julgamento chegou a ser iniciado em duas outras ocasiões: no plenário virtual e depois no plenário físico, em maio, quando foi interrompido por um pedido de vista do ministro Ricardo Lewandowski. Ele quis mais tempo para analisar ponto a ponto da prestação de contas.

Em maio, a defesa de Ciro Gomes disse que houve um rigor "excessivo" na exigência pela comprovação dos serviços contratos. O pedetista registrou a candidatura e vai disputar novamente a corrida pelo Planalto em outubro.

O pedetista Ciro Gomes registrou nessa segunda-feira (8) sua candidatura à presidência da República no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A chapa terá como candidata à vice, Ana Paula Matos, que também é do PDT.

Ciro declarou ao TSE lista de bens no valor de R$ 3 milhões, composta por imóveis, veículos e investimentos. O patrimônio declarado de Ana Pauta é de R$ 1,2 milhão. 

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O pedido de registro é uma formalidade necessária para que a Justiça Eleitoral possa verificar se os candidatos têm alguma restrição legal que os impeçam de concorrer às eleições de outubro. 

Até o momento, o TSE recebeu oito pedidos de registros de candidatos à presidência. Para os cargos de deputado estadual, federal, distrital, senador e governador, o registro é realizado nos tribunais regionais eleitorais. 

Todas as informações sobre a candidatura, bem como o plano de governo integral do candidato pode ser encontrado no portal de divulgação de candidaturas e contas da Justiça Eleitoral. 

A Justiça Eleitoral pode receber novos registros de candidatura até 15 de agosto. No caso dos candidatos à Presidência, o TSE tem até 12 de setembro para julgar, aprovando ou recusando, todos os pedidos de registro, após analisar o atendimento ou não de todos os requisitos formais exigidos pela legislação eleitoral.

Oficialmente, a campanha eleitoral, quando os candidatos podem efetivamente pedir votos e divulgar seus números, começa em 16 de agosto.

O ex-presidente Lula (PT) ainda é a principal escolha dos eleitores, mas, de acordo com a pesquisa BTG Pactual, divulgada nesta segunda-feira (8), em parceria com o Instituto FSB, Jair Bolsonaro (PL) conseguiu diminuir a diferença e arrancou votos do concorrente. Enquanto o petista caiu três pontos percentuais, o atual presidente cresceu na mesma proporção em duas semanas. 

A pesquisa estimulada, quando o pesquisador cita a lista de candidatos ao entrevistado, apontou que Lula segue na liderança com 41% das intenções de voto, mas Bolsonaro segue em crescimento, com 34%. Comparada ao levantamento feito na última semana de julho, a pesquisa mostra que a diferença entre os dois caiu seis pontos percentuais. 

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O resultado apresentado entre os dias 22 e 29 de julho aponta que Lula caiu de 44% e Bolsonaro subiu de 31%. Ciro Gomes (PDT) é o concorrente mais bem avaliado fora da polarização, mas atingiu apenas 7%. 

Na pesquisa espontânea, quando o próprio eleitor cita o candidato em que pretende votar, Lula foi mencionado por 38% e Bolsonaro por 31%. No recorte anterior, o petista teve o desempenho de 40% e o atual mandatário registrou 30%.  

Nesse formato, Ciro foi apontado por 3%. Índice inferior aos entrevistados que não souberam responder, que foi de 14%. Outros 6% informaram que não votariam em nenhum candidato, enquanto 4% indicaram que vão votar branco ou nulo. 

Realizada entre os dias 5 e 7 de agosto, o BTG Pactual ouviu dois mil eleitores por telefone. A confiança do estudo é de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-08028/2022. 

O candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes, escolheu a vice-prefeito de Salvador, Ana Paula Matos, como sua vice na disputa pelo Palácio do Planalto. A falta de alianças com outros partidos obrigou o PDT a lançar uma chapa puro-sangue, ou seja, formada por pessoas da mesma sigla. A escolha por Ana Paula foi feita em reunião da executiva nacional da legenda na manhã desta sexta-feira (5), em Brasília. 

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Ciro disputa a Presidência pela quarta vez (também concorreu em 1998, 2002 e 2018) e nunca chegou ao segundo turno. O candidato repete agora uma fórmula usada na eleição de 2018, quando lançou uma mulher na vice, também do PDT, por falta de alianças: a senadora Kátia Abreu, hoje no PP.

Ciro aparece em terceiro lugar nas pesquisas com 8% dos votos, atrás de Lula (PT), que aparece com 47%, e de Jair Bolsonaro (PL), com 29%. Os dados são da pesquisa Datafolha divulgada no dia 28 passado.

Na sexta-feira (29), ao participar de evento na Universidade de Brasília (UNB), Ciro afirmou que deve crescer nos próximos levantamentos com o início da propaganda eleitoral gratuita, no rádio e na televisão, marcado para 26 de agosto. Além disso, o presidenciável disse que essa será sua última tentativa de chegar ao Planalto, caso não seja eleito.

Esta sexta é o prazo final para a realização das convenções, nas quais partidos e federações oficializam a escolha dos candidatos para disputar as eleições deste ano.

As siglas têm até o dia 15 deste mês para registrar as candidaturas a presidente, vice-presidente, governador, vice-governador, senador, deputado federal e deputado estadual, conforme o cronograma do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Confirmado na disputa à Presidência pelo Pros, Pablo Marçal calibrou seu discurso de estreia como candidato em ataques aos principais concorrentes, nesse domingo (31). Alinhado com uma parcela do eleitorado de Jair Bolsonaro (PL), ele amenizou as críticas ao presidente e foi mais duro com Lula (PT) e, principalmente, Ciro Gomes (PDT). 

Com o desejo de quebrar o cenário polarizado, Marçal defende o slogan “chega desses 2” e se colocou como o candidato da terceira via "que ninguém tem coragem de assumir". De olho na posição de Ciro Gomes, ele lembrou dos insucessos do pedetista nas tentativas de ser Presidente e propôs que o concorrente "vá caçar outra coisa para fazer". 

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“Ciro Gomes, se desde 2011 você tenta ser Presidente e o povo não quer saber de você, vá caçar outra coisa pra você fazer. Se o povo não quer, acabou”, afirmou durante a convenção do partido, em São Paulo. 

Ainda em seu discurso, Pablo Marçal destacou que era cristão e estigmatizou o aborto. O candidato do Pros também incentivou a venda de empresas públicas, como a Petrobras, e deixou um recado para Lula (PT): “o Brasil não quer mais o senhor como Presidente”. 

Conhecido na internet por vídeos motivacionais, o "coach messiânico" arriscou a vida de 32 pessoas quando desrespeitou as recomendações da Defesa Civil e subiu a Serra da Mantiqueira, em São Paulo, no início de janeiro. Antes da caminhada, ele fez uma oração para que o clima melhorasse e, mesmo assim, encarou as péssimas condições climáticas. Na madrugada do dia 6, após alguns integrantes desistirem, o grupo pediu socorro aos bombeiros devido ao risco de hipotermia. 

Em tom mais ameno ao citar Bolsonaro, Marçal indicou que não enxerga possibilidade de crescimento com o atual governo. “Bolsonaro deu o melhor que pôde, mas não pode levar o Brasil para o próximo nível. Por isso me coloquei a disposição da nação”, apontou. 

O ex-governador Ciro Gomes (PDT), candidato à presidência da República, declarou que não irá concorrer novamente ao assento de chefe do Planalto caso perca nas eleições presidenciais em outubro deste ano. Segundo o presidenciável, será hora de “colocar a viola no saco”, pois houve um desgaste da sua imagem política, após quatro tentativas de chegar ao Executivo nacional. A declaração foi feita durante discurso na Universidade de Brasília (UnB), nesta sexta-feira (29). 

"Nós temos que colocar em perspectiva que o Brasil precisa discutir finalmente, de forma inadiável, o modelo econômico. Esta é a razão pela qual eu, pela quarta vez, tento ser presidente do Brasil. Claro que desta vez chega. Porque, se eu não ganho agora, vou botar a viola no saco porque eu virei o bico falante, o chato, o destemperado", declarou Ciro Gomes. 

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Ex-governador do Ceará e ex-ministro da Fazenda, Gomes disputa a Presidência pela quarta vez (também concorreu em 1998, 2002 e 2018) e nunca chegou ao segundo turno. 

Ainda no mesmo evento, a 74ª reunião anual organizada pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SPBC), o candidato também falou sobre educação e investimentos na ciência. Ciro afirmou que acredita na "centralidade da universidade para mudar a realidade trágica de hoje" e prometeu que faria um governo em que "se tem um centavo, ele vai ser aplicado em educação". 

Ciro Gomes ressaltou ainda os trabalhos pedagógicos realizados no Ceará, estado que governou entre 1991 e 1994. "Temos hoje 82 das 100 melhores escolas básicas do Brasil no Ceará, um dos estados mais pobres do país. [...] Cada escola tem um projeto pedagógico com metas objetivas e avaliação individualizada aluno por aluno", afirmou. 

É possível assistir ao discurso completo no Instagram do pedetista: 

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O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) afirmou que vai fazer administração do preço dos combustíveis da Petrobras caso seja eleito presidente da República. Em entrevista ao Central das Eleições da Globo News, o candidato ao Planalto voltou a defender mudança na política de preços da estatal.

"Todo monopólio, o preço é administrado pelo governo. A lógica do mercado não existe em contexto de monopólio. Ela (a Petrobras) terá um preço administrado pelo governo, como o preço de energia", disse nessa quarta-feira (27).

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Ciro propôs substituir a Paridade de Preços Internacional (PPI), que alinha o preço dos combustíveis ao praticado fora do País, por uma política baseada nos custos de produção mais um porcentual de lucro da Petrobras.

"O lucro da Petrobras no ano passado foi de 38%, com essa política de preços inescrupulosa. O lucro da empresa mais bem-sucedida foi de 9%. A Petrobras está investindo (com esse lucro)? Não, está desinvestindo. Está distribuindo lucro antecipado aos acionistas", criticou.

O presidenciável afirmou também que pretende comprar ações da empresa para elevar de 50% a 60% a participação acionária do governo na companhia.

Legislação trabalhista

Ciro Gomes voltou a dizer que substituirá a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) por um novo Código Trabalhista. "A CLT envelheceu, não faz as rupturas necessárias com o que temos hoje. A ideia não é ser reativo, reacionário, uma saudade impraticável de voltar à velha CLT", pontuou.

O esboço desta legislação é apoiado em dois eixos: as convenções internacionais que o Brasil assinou com a Organização Internacional do Trabalho e "as grandes questões que estão judicializadas". Entre as mudanças citadas por Ciro, estariam a equiparação dos salários dos terceirizados com celetistas e um arcabouço de direitos para os motoristas de aplicativo.

Renda mínima

Ciro voltou a falar também que vai institucionalizar uma renda mínima no Brasil para combater a pobreza. "Quero libertar o povo brasileiro. Às vésperas da eleição, principalmente no Nordeste, é uma humilhação: 'se você não votar no fulano, corto seu Bolsa Família'. A ideia básica é que seja de status constitucional, que todo brasileiro, sendo ou não capaz de contribuir para a Previdência, tenha direito a uma renda básica mínima", explicou.

Vice

O ex-ministro também disse na entrevista que vai deixar a decisão sobre quem será seu candidato a vice para o prazo limite, 5 de agosto, à espera de uma composição com PSDB, União Brasil ou PSD. O presidenciável lembrou que o PDT possui alianças com as siglas em alguns Estados e, por isso, recebeu o pedido de dirigentes para que deixasse "as portas abertas".

"O União Brasil, que tem o Bivar como candidato, tem algumas alianças comigo, como o ACM Neto na Bahia. Apoiamos o Ronaldo Caiado em Goiás, apoiamos o Mauro Mendes (Mato Grosso). O PSDB de Natal, nós saímos com a vice de lá. O PSD é liderado pelo Kassab, e eles pedem que eu deixe a porta em aberto para que a gente possa, eventualmente, fazer esse cálculo (de indicar a vice de Ciro)", afirmou.

Ciro disse, no entanto, que há nomes habilitados no PDT para ocupar a vice, caso não haja composição com outro partido. Ele repetiu que prefere uma mulher para a vaga.

'Dor de cotovelo'

Na entrevista, Ciro revelou ter ficado com "dor de cotovelo" pelo apoio da cantora Anitta ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ao falar sobre propostas para a área da cultura, o pedetista se disse admirador da artista e afirmou que gostaria de ter o voto dela.

Ciro atribuiu a declaração de apoio a um medo de Anitta de ser "cancelada" nas redes sociais. "Ela tinha dito uma coisa essencial: 'estou em dúvida'. Porque mais do mesmo vai dar mais do mesmo. Ela disse: 'eu estou em dúvida, quero ouvir o debate, assistir os candidatos e depois vou decidir'. Caíram de pau em cima dela, ela, pra se livrar dessa pressão fascista da galera do PT, as pessoas estão se rendendo pra não serem canceladas", disse o presidenciável.

Anitta declarou o voto em Lula no Twitter em publicação no dia 11. "Não sou petista e nunca fui. Mas este ano estou com Lula e quem quiser minha ajuda para fazer ele bombar aqui na internet, TikTok, Twitter, Instagram é só me pedir que estando ao meu alcance e não sendo contra lei eleitoral eu farei", escreveu a cantora. "A partir deste momento eu sou 'Lulalá' [no] primeiro turno. E lutarei por uma novidade na política presidencial brasileira nas próximas eleições."

Desde então, a cantora disse ter conversado com o petista para explicar a estratégia de marketing que considera ideal para ganhar o pleito e derrotar o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Taxação de fortunas

O candidato à Presidência pelo PDT propõe taxar em 0,5% fortunas a partir de R$ 20 milhões para custear um programa de renda mínima. "Eu proponho uma tributação, que está prevista na Constituição, sobre grandes fortunas, que estou especializando: 0,5% sobre patrimônios acima de R$ 20 milhões, arrecadaria o suficiente para financiar essa renda com mais essas outras fontes. R$ 60, R$ 70 bilhões por ano. Isso atinge 58 mil de contribuintes no Brasil, num país de 212 milhões, tal é a selvageria da concentração de renda no nosso país", disse Ciro.

Ainda segundo o candidato, o programa de renda mínima reuniria Auxílio Brasil, seguro-desemprego, aposentadoria rural, Benefício de Prestação Continuada (BPC) e outros auxílios já pagos atualmente e restabeleceria o monitoramento de indicadores sociais que acompanhava o Bolsa Família.

Durante a entrevista, Ciro disse também que pretende equiparar os salários de homens e mulheres na proposta de criar um novo código trabalhista para o País.

Os principais concorrentes à Presidência apostam em jingles com ritmos populares para atrair o eleitorado nas redes sociais. Com letras simples e repetitivas, as músicas servem como 'isca' para marcar a presença do candidato nas plataformas e na cabeça do eleitor.

As trilhas já somam milhões de visualizações, mas a tendência é que elas façam ainda mais sucesso a partir do dia 26 de agosto, quando poderão ser reproduzidas na televisão e no rádio. Com foco no público jovem, quem ainda não lançou seu jingle sai atrás dos candidatos que relacionam sua imagem a mais de um ritmo.

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Líder nas pesquisas, Lula (PT) confiou na releitura de "Lula Lá", lançada na campanha de 1989, para revitalizar sua imagem. A equipe do petista também divulga um piseiro que fala sobre voltar para o ex e coloca Lula como a solução para a retomada econômica.

Jair Bolsonaro (PL) não se distanciou do agronegócio e escolheu o atual ritmo mais popular do Brasil. O sertanejo "Capitão do Povo" versa sobre a família e reforça o apelo religioso. Em determinado verso, Bolsonaro é apontado como digno de fé.

Do Ceará, Ciro Gomes (PDT) defende a quebra da polarização com o "Forró da Virada". O jingle tenta atrair o voto como uma opção para a harmonizar o cenário político. A estratégia da equipe de Ciro também considerou a variedade sonora do Brasil e lançou um pagode e uma marchinha.

Simone Tebet (MDB) destaca a força da mulher em um feminejo que a descreve como a esperança do Brasil. A candidata mais popular também tem um samba e outro sertanejo no embalo da campanha.

O samba também foi escolhido por Luciano Bivar (União Brasil) para anunciar a proposta de criar um imposto único. Os demais concorrentes ainda não lançaram seus jingles.

O pré-candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes, compartilhou um vídeo de uma “releitura” da peça publicada pelo pré-candidato à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após a confirmação da chapa com o pré-candidato à vice-presidência, Geraldo Alckmin (PSB) ter sido oficializada na quinta-feira (21).  

O vídeo mostra a preparação de um prato de “Lula e Chuchu”, em referência ao apelido que Alckmin ficou conhecido durante a gestão no governo de São Paulo. “Agora é oficial. Lula e Alckmin. Essa mistura tem sabor de esperança”, diz a peça original. 

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A releitura, no entanto, publicada pelo ex-candidato a vereador do Rio de Janeiro e fundador do “Cirão Carioca” e “Rede Ciro”, Fernando Mendonça, faz uma sátira aos acontecimentos durante o governo Lula. “Primeiro você coloca todo o sofrimento da periferia de São Paulo. Depois, uma pitada de corrupção da Petrobras, e espreme até virar a maior crise hídrica de São Paulo. Vai acrescentando mensalão, dinheiro na cueca, Geddel, Temer, Renan Calheiros. Não esquece do fogo alto em pinheirinho. Opa, e não esquece do roubo da merenda escolar de são paulo. Lula e Alckmin: difícil de engolir”, diz a releitura da peça.

Ciro Gomes, por sua vez, brincou ao compartilhar. “Ninguém supera, jamais, a criatividade popular”. 

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O PDT oficializou a candidatura do ex-ministro Ciro Gomes na disputa pelo Palácio do Planalto nesta quarta-feira, 20. A convenção, na sede nacional do partido, em Brasília (DF), foi a primeira entre os presidenciáveis. A decisão foi tomada por unanimidade.

Esta será a quarta tentativa do ex-governador do Ceará de chegar à Presidência da República. Sem ter conseguido até agora o apoio de nenhuma outra legenda, Ciro tenta romper a polarização da política nacional entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que estão à frente nas pesquisas de intenção de voto.

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No levantamento mais recente do Datafolha, divulgado em 23 de junho, Ciro aparece com 8%, em terceiro lugar, atrás de Bolsonaro (28%) e Lula (47%). No primeiro turno da eleição de 2018 ao Planalto, o ex-ministro obteve 12,47% dos votos e ficou na terceira colocação.

O ato político contou com a participação do presidente nacional do partido, Carlos Lupi, do líder do PDT na Câmara, André Figueiredo (CE), da senadora e pré-candidata ao governo do Distrito Federal, Leila Barros, cotada também para ser vice de Ciro, dos ex-ministros Aldo Rebelo e Miro Teixeira e do presidente do partido em São Paulo, Antônio Neto, que vai concorrer a uma vaga na Câmara.

O ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio, escolhido pelo PDT para concorrer ao governo do Ceará, também foi à convenção. A decisão do partido de apoiar Cláudio levou o PT a romper a aliança com os pedetistas no Estado. A legenda de Lula defendia a reeleição da governadora Izolda Cela (PDT) e agora decidiu, em conjunto com MDB e Progressistas, lançar outra candidatura a governador para rivalizar com o PDT. O nome apoiado pelo PT ao Estado ainda não foi definido.

Apesar da decisão de lançar Ciro à Presidência, diversos candidatos do PDT nos Estados tentam associar suas campanhas com a de Lula. Exemplos disso são o senador Weverton Rocha (MA), o ex-prefeito de Niterói (RJ) Rodrigo Neves, ambos pré-candidatos a governador, e o ex-prefeito de Natal (RN) Carlos Eduardo, pré-candidato ao Senado. Os três estavam presentes na convenção nacional do partido. Antes de anunciar o resultado que sacramentou a candidatura de Ciro, Carlos Lupi negou haver dissidências. "As aves de rapina vão cultivar traição em muito terreno, aqui não", declarou.

Agendada para esta quarta-feira (20), a convenção nacional do PDT vai lançar oficialmente a candidatura de Ciro Gomes à Presidência. Sem apoio de outros partidos, o ex-ministro ainda não revelou quem será seu vice de chapa.

Representante da terceira via mais bem avaliado nas pesquisas, Ciro se esforça para manter uma porcentagem de dois dígitos nas intenções de voto e está distante dos principais candidatos que polarizam a eleição. Esta é sua quarta tentativa de chegar à Presidência, sem jamais ter alcançado o segundo turno.

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A convenção do PDT começa às 15h, na sede da sigla, em Brasília, e será transmitida nas plataformas digitais. A legenda é a primeira a entrar oficialmente na disputa, mas não deve manter esse protagonismo por muito tempo, já a rodada de convenções partidárias se estende até 5 de agosto e os principais concorrentes vão lançar seus candidatos ainda nesta semana. 

Outras convenções

O PT deve confirmar a participação de Lula nesta quinta-feira (21), em São Paulo. No sábado (23), a convenção do Avante, em Belo Horizonte, deve lançar deputado federal André Janones. No dia seguinte, o PL vai anunciar o presidente Jair Bolsonaro, no Rio de Janeiro. Ainda no dia 24, a UP deve oficializar Leonardo Péricles.

O MDB vai anunciar Simone Tebet no dia 27. Felipe d’Ávila (Novo), Pablo Marçal (Pros) e Sofia Manzano (PCB) serão lançados no dia 30. Vera Lúcia (PSTU) e José Maria Eymael (DC), no dia 31. Luciano Bivar do União Brasil fecha o anúncio dos postulantes à Presidência no dia 5 de agosto.

O pré-candidato do PDT ao Planalto, Ciro Gomes, aproveitou o Dia do Rock para se fantasiar virtualmente do cantor e compositor David Bowie.

Ciro aproveitou a data também para alfinetar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) ao mencionar que, diferente de seus adversários, ele não precisa explicar polêmica envolvendo o seu nome e cita o Mensalão, diretamente ligado ao petista, e o esquema de rachadinha, ligadao à família de Bolsonaro.

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Na mais nova pesquisa para presidente FSB/BTG Pactual, Ciro aparece em terceiro lugar com 9% das intenções de votos. Na liderança, Lula aparece com 42% e Bolsonaro com 32%.

Presidenciáveis manifestaram preocupação com uma possível escalada da tensão nas eleições deste ano e foram às redes neste domingo, 10, condenar a violência durante a campanha eleitoral, que só começa oficialmente em agosto. O estopim para que os pré-candidatos se posicionassem a respeito do assunto foi a morte do guarda municipal Marcelo Arruda, assassinado em Foz do Iguaçu (PR) neste sábado, 9, durante uma festa de aniversário com decoração inspirada no Partido dos Trabalhadores (PT). O presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda não se manifestou sobre o assassinato.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se pronunciou em suas redes sociais e prestou solidariedade às famílias. "Uma pessoa, por intolerância, ameaçou e depois atirou nele, que se defendeu e evitou uma tragédia maior. Duas famílias perderam seus pais. Filhos ficaram órfãos, inclusive os do agressor. Meus sentimentos e solidariedade aos familiares, amigos e companheiros de Marcelo Arruda", escreveu.

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Em sua publicação, Lula também pediu "compreensão e solidariedade com os familiares" de José da Rocha Guaranho e sugeriu que ele foi influenciado pelo "discurso de ódio" do presidente Jair Bolsonaro.

Ciro Gomes

O pré-candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PDT) disse que o ódio político precisa "ser contido", citando a morte de "dois pais de família" fruto de uma "guerra absurda, sem sentido e sem propósito". "É triste, muito triste, a tragédia humana e política que tirou a vida de dois pais de família em Foz do Iguaçu. O ódio político precisa ser contido para evitar que tenhamos uma tragédia de proporções gigantescas."

Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Tebet

Em nota à imprensa, a senadora Simone Tebet (MDB) afirmou que os episódios de violência refletem o acirramento da polarização política no País, fenômeno ao qual sua pré-candidatura se coloca como alternativa. "Lamento profundamente as mortes violentas em Foz do Iguaçu. Me solidarizo com as famílias de ambos. Mas o fato é que esse tipo de situação escancara de forma cruel e dramática o quão inaceitável é o acirramento da polarização política que avança sobre o Brasil. Esse tipo de conflito nos ameaça enormemente como sociedade. É contra isso que luto e continuarei lutando", afirmou a presidenciável.

André Janones

O deputado federal André Janones (Avante) afirmou considerar inexplicável que a "paixão" por convicções políticas seja capaz de causar tragédias como a de Foz do Iguaçu. "O debate ideológico sem qualquer base racional leva a tragédia que vamos lamentar profundamente. Ninguém vai conseguir explicar essa paixão que leva um ser humano odiar o outro por convicções políticas diferentes. Hoje nós vamos lamentar, desejar condolências às famílias", publicou ele.

Foto: Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados

Luciano Bivar

Já o pré-candidato Luciano Bivar (União Brasil) descreveu como "doença" a causa de episódios como esse. "Inadmissível onde chegamos. Esta doença 'política' contaminou nossa gente, até aqueles que amamos lá na casa da esquina", afirmou.

Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

Onda de violência

Outros episódios de ameaça e intimidação a eventos e pessoas relacionadas à pré-campanha presidencial ocorreram nas últimas semanas. Ao menos dois atos políticos do PT registraram ocorrências contra os participantes por parte de críticos ao partido.

Em um deles, no Rio, uma bomba caseira com fezes foi lançada contra o público que assistia ao ato do qual participava o pré-candidato Luiz Inácio Lula da Silva, na última quinta-feira, 7. Em outra ocasião, no mês passado, um drone despejou um líquido malcheiroso sobre apoiadores do ex-presidente em Uberlândia (MG).

Recentemente, o juiz Renato Borelli, responsável pela ordem de prisão preventiva contra o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, passou a relatar o recebimento de ofensas e ameaças em suas redes sociais. Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), insatisfeitos com a condenação, fizeram comentários xingando o magistrado e acusando-o de favorecer a esquerda. Como mostrou o Estadão, porém, ele já havia emitido condenações a políticos de outros partidos antes, inclusive do PT. Na última quinta-feira, o carro de Borelli foi atingido por um artefato contendo terra, ovos e estrume enquanto o juiz se locomovia em Brasília.

Nova pesquisa mostra que, em Pernambuco, o ex-presidente Lula (PT) segue sendo o pré-candidato mais bem cotado a assumir a Presidência. De acordo com o levantamento do Instituto Paraná Pesquisas, o petista seria eleito no primeiro turno no estado.

Lula aparece com 53,5% das intenções de voto em Pernambuco. Jair Bolsonaro (PL) vem em seguida, com 27,5%. A terceira posição é ocupada por Ciro Gomes (PDT), com 5,2% do eleitorado.

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Os demais candidatos citados pela pesquisa não atingiram 1%. São eles: André Janones (AVANTE), com 0,8%, Pablo Marçal (Pros), com 0,7%, Vera Lúcia (PSTU), com 0,5%, Simone Tebet (MDB), com 0,3%, e Luiz d'Ávila (Novo), com 0,2%. Brancos e nulos somam 6,8%, enquanto os eleitores que não sabem em quem votar ou não quiseram responder equivale a 4,2%.

O estudo ainda verificou que 60,9% dos pernambucanos desaprova o governo Bolsonaro, contra 34,9% que apoiam a atual gestão.

Neste sábado (2), o apresentador Luciano Huck demonstrou apoio ao pré-candidato a presidente Ciro Gomes (PDT) em suas redes sociais. Hoje comemora-se a Independência do Brasil na Bahia. 

Em visita ao estado, o pedetista encontrou a também pré-candidata Simone Tebet (MDB). O encontro foi compartilhado por Ciro nas redes sociais. "Como se fosse um encontro casual no carnaval baiano, abracei Simone tebet e Roberto Freire no centro histórico de Salvador. O dois de Julho é um banho de democracia. Uma maravilhosa folia política que só pode ocorrer mesmo na Bahia", postou.

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O global compartilhou o tuíte do ex-governador do Ceará, elogiando o encontro entre os "rivais" na corrida eleitoral. "A civilidade que pode ajudar a curar as feridas de um país dividido", escreveu Luciano.

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