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A Câmara dos Deputados aprovou, nessa terça-feira (10), em segundo turno, a proposta de emenda à Constituição 358/13, conhecida como PEC do orçamento impositivo. Como já passou pelo Senado, a matéria segue agora para a promulgação das mesas das duas Casas.

O texto foi aprovado sem qualquer modificação. Houve a apresentação de um destaque que pretendia excluir do texto da proposta a progressividade do aumento de recursos destinados ao setor de saúde, estabelecido pela PEC em 15% da RCL no quinto ano. Mas o dispositivo do Psol foi rejeitado pelo plenário.

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A PEC recebeu 452 votos a favor e 18 contrários. Houve apenas uma abstenção. Vinte e dois deputados pernambucanos estavam presentes na sessão e todos aprovaram a proposta. Apenas André de Paula (PSD), Augusto Coutinho (SD) e Sílvio Costa (PSC) não registraram presença no plenário.

A proposta obriga o governo a pagar as emendas que os deputados e senadores incluem no Orçamento para obras e serviços em suas bases eleitorais. Fica reservado 1,2 % da receita corrente líquida do ano anterior para as emendas parlamentares, só que metade desse valor deve ser aplicado na saúde. Esse montante poderá ser usado inclusive no custeio do Sistema Único de Saúde (SUS), mas não poderá servir para o pagamento de pessoal ou de encargos sociais.

A votação da PEC foi um compromisso assumido pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-AL), que comemorou a aprovação do texto. "Isso acaba com uma prática, que vai ser enterrada a partir de agora, que é a prática de os parlamentares ficarem reféns de liberação de emendas", frisou.

 

Pelo menos 260 advogados chineses assinaram nesta sexta-feira uma carga aberta de protesto depois de um colega ter sido detido pela polícia, no interior de um tribunal, ao desafiar um juiz e invocar os direitos constitucionais de liberdade de expressão e de religião.

Zhang Lei, advogado que redigiu a carta aberta condenando a ação policial na província de Jilin, nordeste do país, disse que Zhang Keke foi arrastado para fora do tribunal na quinta-feira e detido por seis horas por causa de suas declarações no tribunal, durante a defesa de um integrante do grupo espiritual proscrito Falun Gong.

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"Como pode um advogado não falar a respeito da lei no tribunal? Achamos isso muito absurdo", disse Zhang Lei. "Isso viola os direitos básicos dos advogados". Os dois advogados não são parentes.

Não foi possível entrar em contado com Zhang Keke, mas Zhang Lei disse que o advogado havia sido advertido pelo juiz a não invocar a lei durante a defesa de seu cliente.

"Embora um ato tão extremo (a detenção de um advogado no tribunal) aconteça apenas em casos sensíveis como os que envolvem membros do Falun Gong, o direito de um advogado de defender (um cliente) ainda deve ser protegido, independentemente de quem é o réu", disse Zhang Lei.

Líderes comunistas chineses lutam para controlar movimentos espirituais populares, principalmente o grupo de meditação Falun Gong, que atraiu milhões de participantes antes de ser proibido, em 1999.

Jin Zhenyu, um policial local envolvido no caso, negou-se a ser entrevistado pelo telefone.

As autoridades chinesas têm cada vez mais atuado contra advogados que defendem direitos humanos e civis que aceitam casos politicamente sensíveis e são fiéis defensores do estado de direito.

Muitos tiveram suas licenças de trabalho revogadas ou foram detidos por seu ativismo. Nos últimos meses, a mídia estatal tem acusado esses advogados de terem intenções políticas em vez de praticar sua profissão no âmbito do sistema legal chinês.

A carta aberta também pede ao governo que honre sua promessa de implementar o estado de direito. Fonte: Associated Press.

A Assembleia Constituinte da Tunísia aprovou no fim da noite deste domingo uma nova Carta Magna para o país. O texto final da nova Constituição contou com 200 votos em seu favor, de 216 possíveis. Doze deputados votaram contra e quatro se abstiveram.

A aprovação ocorre pouco mais de três anos depois da deposição do ditador Zine Ben Ali em meio ao levante popular que deflagrou uma série de revoluções pelo norte de África e o Oriente Médio que mais tarde ficaria conhecida como Primavera Árabe.

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Os deputados constituintes tunisianos passaram os últimos dois anos trabalhando na nova Constituição do país. Trata-se de uma das constituições mais progressistas do mundo árabe. O texto aprovado hoje funda um novo Estado democrático no norte da África, assegura liberdades fundamentais, inclusive de culto, e igualdade de gênero.

"Esta Constituição, ainda que não seja perfeito, é fruto de consenso", declarou o presidente da Assembleia Constituinte, Mustapha Ben Jaafar. "Temos hoje aqui um novo encontro com a história para construir uma democracia fundada em direitos e igualdade." Fonte: Associated Press.

O egípcios formaram longas filas nas seções eleitorais de todo o país, nesta terça-feira (14), para referendar uma nova constituição que representa um marco no projeto dos militares para o país, colocado em prática após o golpe que derrubou o presidente islamita Mohammed Morsi, em julho. Pelo menos quatro pessoas morreram em choques entre manifestantes e policiais no primeiro dos dias de votação.

A votação representa um duro golpe para a campanha da Irmandade Muçulmana pelo retorno de Morsi, deposto depois de apenas um ano e três dias no poder, e abre caminho para uma possível corrida presidencial liderada pelo principal general do país, Abdel-Fattah el-Sissi.

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Uma enorme operação de segurança foi deflagrada para proteger as seções eleitorais e eleitores contra possíveis ataques de militantes ligados a Morsi durante a votação, que acontece hoje e amanhã. Cento e sessenta mil soldados e mais de 200 mil policiais foram enviados para todos os cantos do país, que tem 90 milhões de habitantes.

Carros não podem estacionar o passar pelas seções eleitorais e mulheres foram revistadas por policiais femininas. Helicópteros militares sobrevoavam o Cairo e outras grandes cidades. Nos dias anteriores ao pleito, o Egito parecia mais um país que estava indo para a guerra do que se preparando para uma suposta transição para um governo democrático.

O governo e a mídia, esmagadoramente favorável aos militares, descreveram a votação como algo extremamente importante para a segurança e a estabilidade do país, assunto sobre o qual não pode haver discordância.

Centenas de milhares de panfletos, pôsteres, faixas e outdoors pediam aos egípcios que votem pelo "sim". Pôsteres e campanhas defendendo o "não" levaram a prisões de algumas pessoas.

O referendo é a sexta votação nacional desde que Hosni Mubarak foi derrubado por um levante popular, durante a Primavera Árabe, em 2011. Os outros cinco pleitos foram provavelmente os mais livres já ocorridos no Egito. Embora acredite-se que a atual votação não deva registrar fraudes, ela acontece num período no qual muitas das liberdades conquistadas pelo levante que derrubou Mubarak desapareceram.

Pouco antes da abertura das urnas, às 9h, um artefato explosivo foi detonado em frente a um tribunal no Cairo, no bairro densamente povoado de Imbala. A explosão danificou a frente do prédio e quebrou algumas janelas de prédios próximos, mas não houve feridos. Longas filas de eleitores começaram a se formar cerca de duas antes da abertura das urnas em alguns bairros do Cairo. Mulheres e idosos eram boa parte dos eleitores.

Algumas manifestações de apoio a Morsi foram registradas em diferentes partes do país. Em Bani Suef, um manifestante de 25 anos morreu após ser atingido por disparos quando ele e cerca de outras 100 pessoas tentaram invadir uma seção eleitoral. Em Sohag, a polícia abriu fogo contra um grupo de cerca de 300 manifestantes. Segundo a versão de uma fonte policial, os agentes de segurança reagiram a disparos de participantes do protesto. Três pessoas morreram.

A nova Carta Magna do país, escrita por comitês dominados por liberais indicados pelo governo, apoiado pelos militares, proíbe partidos políticos que tenham a religião como base, dá às mulheres direitos iguais e protege o status de minorias cristãs. Por outro lado, conferes aos militares um status especial ao permitir a eles que selecionem seus próprios candidatos para o Ministério da Defesa pelos próximos oito anos e permite a eles levarem civis para serem julgados em tribunais militares.

A Constituição é, na verdade, uma versão alterada da Carta escrita pelos aliados islamitas de Morsi e ratificada, em dezembro de 2012, por 64% dos votos, embora isso tenha sido conquistado com um comparecimento às urnas de pouco mais de 30%. Fonte: Associated Press.

O egípcios formaram longas filas nesta terça-feira (14) do lado de fora das seções eleitorais em todo o país, para referendar uma nova Constituição que representa um marco no projeto dos militares para o país, colocado em prática após a derrubada do presidente islamita Mohammed Morsi, em julho. Um homem de 25 anos morreu durante protesto contra o referendo na província de Bani Suef, ao sul do Cairo.

A votação representa um grande golpe para a campanha da Irmandade Muçulmana pelo retorno de Morsi e abre caminho para uma possível corrida presidencial liderada pelo principal general do país, Abdel-Fattah el-Sissi.

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Uma enorme operação de segurança foi colocada em ação para proteger as seções eleitorais e eleitores contra possíveis ataques de militantes ligados a Morsi durante a votação, que acontece nesta terça e na quarta-feira. Cento e sessenta mil soldados e mais de 200 mil policiais foram enviados para todos os cantos do país, que tem 90 milhões de habitantes.

Carros não podem estacionar o passar pelas seções eleitorais e mulheres foram revistadas por policiais femininas. Helicópteros militares sobrevoavam o Cairo e outras grandes cidades.

Nos dias anteriores ao pleito, o Egito parecia mais um país que estava indo para a guerra do que se preparando para uma suposta transição para um governo democrático.

O referendo é a sexta votação nacional desde que Hosni Mubarak foi derrubado por um levante popular, durante a Primavera Árabe, em 2011. Os outros cinco pleitos foram provavelmente os mais livres já ocorridos no Egito.

Embora a atual votação não deva registrar fraudes, ela acontece num período no qual muitas das liberdades conquistadas pelo levante que derrubou Mubarak desapareceram.

Pouco antes da abertura das urnas, às 9h, um artefato explosivo foi detonado do lado de fora de um tribunal no Cairo, no bairro densamente povoado de Imbala. A explosão danificou a frente do prédio e quebrou algumas janelas de prédios próximos, mas não houve feridos.

Longas filas de eleitores começaram a se formar cerca de duas antes da abertura das urnas em alguns bairros do Cairo. Mulheres e idosos eram boa parte dos eleitores.

Apenas pequenas manifestações de apoio a Morsi foram registradas em diferentes partes do país e atraíram apenas algumas dezenas de pessoas. Em Bani Suef, um manifestante de 25 anos morreu após ser atingido por disparos quando ele e cerca de outras 100 pessoas tentaram invadir uma seção eleitoral. Associated Press.

Mais um partido islâmico do Egito anunciou hoje que irá boicotar o referendo constitucional marcado para esta semana depois de diversos integrantes da legenda terem sido presos por forças de segurança enquanto faziam campanha pelo "não" à nova Constituição.

O partido em questão é o Força Egito, liderado por Abdel-Moneim Abolfotoh, um promeninente clérigo islâmico. A votação do referendo será realizado em duas etapas, uma marcada para amanhã e outra para a quarta-feira.

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A proposta de constituição foi elaborada por políticos ligados ao governo interino egípcio, empossado pela cúpula militar do país na esteira do golpe de Estado que depôs o presidente Mohammed Morsi, em julho do ano passado.

A Irmandade Muçulmana, à qual Morsi é ligado, também convocou boicote ao referendo. Nos meses que se seguiram ao golpe, a Irmandade Muçulmana foi declarada grupo "terrorista" e seus integrantes foram implacavelmente perseguidos pelas forças de segurança egípcias.

O texto a ser votado esta semana reforma a constituição adotada em dezembro de 2012, diminui o papel da religião e amplia os poderes das Forças Armadas, que controlaram a política do Egito quase ininterruptamente desde a queda da monarquia no país, em 1952. Fonte: Associated Press.

Ainda não foi neste ano de 2013 que os deputados federais conseguiram consenso sobre os pontos do Marco Civil da Internet. Todavia, ao que tudo indica, dada a retirada da urgência constitucional da proposta, o Marco será finalmente concluído nas primeiras semanas de 2014, caso os parlamentares queiram avançar com outras propostas na Câmara.  

Segundo a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, o Marco Civil da Internet será o primeiro assunto do Executivo a ser discutido no Congresso em 2014. Para quem não lembra, o projeto está trancando a pauta da Câmara desde o final de outubro, impedindo a votação de outras matérias. “A pauta da Câmara ficou trancada por quatro meses, no segundo semestre, com projetos carimbados com urgência constitucional vindos do Executivo”, lembrou o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), durante um balanço de final de ano. "O carimbo de urgência constitucional solicitado pelo Planalto impediu que qualquer outro projeto avançasse. Pois só poderá haver uma votação depois deste último ter sido aprovado ou votado pelo plenário”, acrescentou.

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Alguns pontos do texto do caso do Marco Civil da Internet foram alterados, segundo o relator da proposta, Alessandro Moron (PT-RJ). Segundo ele, essas alterações servirão para facilitar a aprovação. "Não afetam ou prejudicam em nada nenhum dos princípios do projeto. Ou seja, não retiram do texto os pontos mais polêmicos, como a neutralidade da rede e os princípios de privacidade", afirma.

O painel responsável por elaborar uma nova constituição para o Egito aprovou, neste domingo (1), a preservação dos amplos poderes das Forças Armadas, entre eles a possibilidade de julgar civis em casos específicos.

A manutenção dos amplos poderes das Forças Armadas é criticada por ativistas que exigem a restauração da democracia no país e também por grupos de defesa dos direitos humanos.

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A proposta de constituição será levada a referendo no início do ano que vem. Ela tem sido rotulada pelo governo como a primeira fase da "transição para a democracia" prometida pelos militares que depuseram o presidente Mohammed Morsi em julho.

Eleito presidente no ano passado, Morsi foi o primeiro presidente eleito democraticamente na milenar história do Egito.

Pelos termos propostos, a constituição autoriza as Forças Armadas a processarem civis em certos casos, a indicar o ministro da Defesa e a manter o orçamento militar longe de qualquer escrutínio civil.

O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva negou nesta terça-feira, 29, que o Partido dos Trabalhadores tenha se recusado a assinar a Constituição de 1988, no processo constituinte. "Chegamos aqui com um projeto de Constituição e com um projeto de regimento interno", afirmou o ex-presidente. "Até brinquei outro dia que se ela (a Constituição proposta pelo PT) tivesse sido aprovada, eu teria um pouco de dificuldade de governar o País", pontuou Lula. "O dado concreto é que nós não votamos favorável à Constituição porque tínhamos o nosso projeto, mas assinamos por termos participado (do processo constituinte)".

Durante cerimônia em comemoração aos 25 anos da Constituição, que ocorre neste momento no Plenário do Senado Federal, o ex-presidente Lula afirmou também que grande parte das políticas sociais colocadas em prática pelo seu governo (2003-2010) estão contidas na Constituição de 1988. "E esta Constituição continua sendo seguida pela presidente Dilma (Rousseff), que está aprofundando o combate à miséria neste País", completou.

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Lula encerrou seu breve discurso fazendo uma homenagem à atuação do ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) durante o período da Constituinte. "O presidente não é dono do País e tem um mandato com prazo de validade". Ele fez também uma crítica àqueles que "desprezam" ou "avacalham" a política, citando inclusive a imprensa. Segundo ele, caso as pessoas lessem biografias de figuras históricas, como Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek, elas "não iriam desprezar a política e, muito menos, a imprensa iria avacalhar a política como avacalha hoje".

"Não há um momento da história, em lugar nenhum do mundo, em que a negação da política trouxe algo melhor do que a política", afirmou Lula. "O que aparece sempre quando se nega a política é um grupo ou uma pessoa praticando, na verdade, a ditadura", concluiu.

Apoiado no discurso de que o Legislativo está antenado com as reivindicações das ruas, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), listou nesta sexta-feira, 11, a aprovação de diversos projetos que, de acordo com ele, mostram "sintonia" da Casa com a sociedade. "O Brasil mostra a sua cara na Câmara. Debate, protesta, cobra, mas também se emociona com as vitórias e avanços na luta por direitos e por melhores serviços públicos", declarou Alves, que nesta noite fez um pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão em comemoração aos 25 anos da Constituição de 1988.

O Parlamento foi um dos principais alvos do descontentamento popular que tomou o País durante os protestos de rua que se iniciaram em junho. Na tentativa de rebater essa visão, ele abordou a chamada "agenda positiva" da Câmara, quando, na esteira dos protestos, os deputados enterraram propostas polêmicas e aprovaram matérias que estavam na pauta das reivindicações por melhores serviços públicos.

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"Em 2013, desoneramos o transporte e aprovamos o Estatuto da Juventude, com meia passagem interestadual para os estudantes", afirmou. "Destinamos os royalties do petróleo do pré-sal para investimentos pesados em saúde e em educação, como o Brasil precisa e exige", acrescentou. Ainda na agenda positiva, ele alegou que a Câmara "preservou o poder de investigação do Ministério Público", ao rejeitar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 37.

Em cinco minutos de discurso, Alves não fez qualquer menção à reforma política, uma das principais bandeiras levantadas pela presidente Dilma Rousseff como resposta às manifestações. O PMDB opôs-se à ideia de uma reforma política que tivesse como base um plebiscito e, junto a outros partidos da Casa, isolou o PT no tema.

O presidente da Câmara também incluiu na lista de propostas votadas pela Casa a Medida Provisória (MP) dos Portos, aprovada em maio. De acordo com Alves, a MP "flexibiliza e moderniza a gestão dos portos" e desata "o grande nó da infraestrutura de transportes" do País. Na área social, ele mencionou a PEC que aumenta os direitos trabalhistas de empregados domésticos - promulgada no início de 2013 pelo Congresso, a chamada PEC das Domésticas ainda precisa ser regulamentada pela Câmara.

Alves também deu amplo destaque a temas caros ao PMDB. "Aprovamos o Orçamento Impositivo, que torna obrigatória a liberação, sem barganha política, dos recursos destinados pelos parlamentares a obras e investimentos nos municípios", afirmou, dizendo que o projeto ajuda a preservar a autonomia e independência dos Poderes. Outra proposta patrocinada pelos peemedebistas e lembrada por Alves foi o novo rito de apreciação de vetos presidenciais, que agora são analisados pelo Congresso uma vez ao mês. "Na agenda política, defendemos vigorosamente a autonomia e a independência dos Poderes."

Pouco antes de encerrar o pronunciamento, Alves disse que a Câmara ampliou a transparência ao aprovar o fim do voto secreto, "inclusive nas cassações de mandato". No início de setembro, a Casa teve de aprovar às pressas uma proposta que acabava com o sigilo no Legislativo pouco depois de preservar, em votação secreta, o mandato do deputado federal Natan Donadon (sem partido-RO), condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e preso em Brasília. A proposta, no entanto, está parada no Senado Federal.

Constituição

O pronunciamento do presidente da Câmara em rede nacional de rádio e televisão ocorre em comemoração aos 25 anos da Constituição de 1988. "A nova Carta melhorou a vida dos brasileiros. Reduziu desigualdades, transformou a economia e trouxe liberdade e democracia", disse Alves.

Brasília - A Câmara dos Deputados promove hoje (9), às 10h, sessão solene para comemorar os 25 anos de promulgação da Constituição. Será entregue a Medalha Assembleia Nacional Constituinte a parlamentares e colaboradores que participaram da elaboração da nova Carta. A presidenta Dilma Rousseff participa da cerimônia. Também deverão estar presentes os presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Henrique Eduardo Alves.

Cunhadas em ouro, prata e bronze pela Casa da Moeda do Brasil em setembro de 1988, as medalhas serão distribuídas este ano para reconhecer o trabalho daqueles que colaboraram de forma decisiva para a promulgação da Constituição. As de ouro serão destinadas, em caráter institucional, às presidências da República, da Câmara, do Senado e do STF.

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As de prata serão concedidas ao ex-presidente da República José Sarney, autor da proposta que convocou a Assembleia Constituinte; aos parlamentares em exercício que atuaram na elaboração da Carta; e a outros constituintes indicados pelos líderes de partidos. As de bronze serão entregues a colaboradores indicados pela Mesa Diretora da Casa, entre eles jornalistas que se destacaram na cobertura política à época.

Também nesta quarta-feira, às 9h30, será aberta oficialmente a exposição Imprensa, Arte e Cidadania: 25 Anos da Constituição de 1988, no corredor de acesso ao plenário da Câmara.

O vereador Raul Jungmann (PPS) comentou que o prefeito do Recife Geraldo Julio (PSB) está sendo mal assessorado em relação à polêmica das duas remunerações – o socialista recebe ordenados da prefeitura e do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE). Para o parlamentar, uma lei municipal não pode se sobrepor a constituição federal. 

“O prefeito (Geraldo Julio) acumula isso (duas remunerações) com base em uma lei municipal de 2011. Mas isso é inconstitucional. A constituição não permite que um agente da política pública acumule dois salários”, relatou o vereador, em entrevista ao Portal LeiaJá.

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Apesar de não concordar com o acúmulo do benefício, Raul Jungmann acredita que o prefeito não esteja mal-intencionado. “Ele fez isso baseado em uma lei municipal. O procedimento que vamos tomar é revogar essa lei”, explicou o pós-comunista.

 

Confira no vídeo abaixo a explicação do vereador sobre a possível ilegalidade da remuneração do prefeito:

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O líder do Governo na Câmara dos Vereadores do Recife, Gilberto Alves (PTC) defendeu, na tarde desta segunda-feira (12), o prefeito Geraldo Julio (PSB) sobre as remunerações do socialista. No último fim de semana foi divulgado nas redes sociais que o gestor recebe salários da Prefeitura e do Tribunal de Contas do Estado (TCE). O fato teve uma grande repercussão e causou indignação na maioria dos internautas.

“Essa lei não acontece só aqui. Em várias leis municipais tem essa opção. Isso acontece em qualquer ente da federação. (...) Não há nenhuma ilegalidade. Está se questionando a lei e não o prefeito”, afirmou o parlamentar, se referindo à lei municipal do Recife que está em vigor desde 2011.

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De acordo com o inciso 2° do artigo 33 do mesmo projeto de lei, “servidores do Município ou de outro ente federado que o tenha colocado a disposição do Município e que, nessa condição venham a ocupar os cargos de Prefeito, de Vice-Prefeito ou de Secretário Municipal, poderão optar pelo subsídio desses cargos ou pelas suas remunerações do cargo ocupado na origem, com direito, nesse caso, a perceberem uma verba de representação em valor correspondente a 80% (oitenta por cento) do valor do subsídio do cargo político ocupado”.

O vereador saiu na defesa de Geraldo Julio tomando por base que a lei municipal é anterior a gestão do prefeito. “A lei é constitucional. É uma discussão jurídica. Vale deixar bem claro que é uma lei de 2011. Não tem relação com o atual prefeito. Ele na época nem pensava em ser candidato”, explicou.

O presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, promulgou nesta quarta-feira uma nova Constituição para o país e prometeu a realização de um processo eleitoral pacífico e limpo num pleito esperado para o segundo semestre.

Em cerimônia solene, Mugabe disse que a nova Constituição, aprovada em referendo realizado em março, mostra que os zimbabuanos estão unidos, independentemente de filiações políticas e sem interferência externa.

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A constituição estipula novos procedimentos eleitorais e reformas que deverão ser realizadas antes da próxima eleição. A expectativa é de que os zimbabuanos vão às urnas em setembro. As informações são da Associated Press.

O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), defendeu no início da tarde desta terça-feira, 14, que a liberdade de expressão é uma cláusula pétrea da Constituição e indissociável da democracia. Alves participou da abertura da conferência sobre a liberdade de expressão, que aborda os 25 anos da Constituição Federal, que está sendo realizada hoje na Câmara.

Alves destacou, no discurso de abertura, que a liberdade de expressão é um valor estrutural da sociedade e que a mesma não aceitará retrocessos em relação a isso. Ele lembrou que o tema está protegido como cláusula pétrea da Constituição. "A plena liberdade de expressão e a democracia são indissociáveis. A livre manifestação do pensamento é uma cláusula pétrea", disse.

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Presente também ao evento, o ex-ministro Nelson Jobim destacou que, pela forma como foi aprovada a Constituição, um conselho de comunicação não teria como promover qualquer alteração em relação à liberdade de expressão. Jobim destacou que a redação final da Constituição, da qual participou, proibiu alterações no trecho que trata da liberdade de expressão por meio de leis ordinárias. "Da forma como aprovamos, não há possibilidade de um conselho de comunicação cassar conteúdo. Todo mundo pensava que o conselho poderia fazer isso. Se fala disso até hoje. Mas, na Constituição, a liberdade de expressão não é passível de regulamentação por lei."

O diretor de Conteúdo do Grupo Estado, Ricardo Gandour, que mediou a primeira mesa de debates do evento, destacou que a Constituinte aconteceu enquanto ainda estava em funcionamento a censura prévia. Ele lembrou que, no ano de 1988, músicas foram censuradas, filmes e outros programas de TV ainda tinham de se submeter a esse controle prévio. Gandour destacou que, embora expressa na Constituição, a liberdade de expressão ainda é alvo de censura por meio do Judiciário. "Embora seja uma cláusula pétrea, como destacado aqui, a liberdade de expressão ainda é atropelada por medidas judiciais que promovem censura prévia."

A deputada Jandira Feghali (PC do B-RJ) destacou em suas intervenções a necessidade de se ampliar a liberdade de expressão aumentando o fluxo de informação. Na visão dela, não há ainda democracia ampla na liberdade de informação. O ex-deputado Paulo Delgado afirmou "que o debate sobre liberdade de expressão não consegue ser feito com liberdade" porque ingredientes políticos contaminam a discussão.

O senador José Agripino (DEM-RN) observou que diversas evoluções legislativas ao longo dos 25 anos da Constituição decorreram da liberdade de expressão e da pressão da sociedade sobre o parlamento. Citou como exemplos o código de defesa do consumidor, a lei da ficha limpa e a lei de acesso à informação.

Um grupo de deputados de Estados não produtores de petróleo protocolaram uma proposta de emenda constitucional (PEC) para incluir na carta magna a divisão dos royalties de forma mais igualitária. O objetivo é ter uma alternativa caso o Supremo Tribunal Federal (STF) derrube a nova lei aprovada, suspensa temporariamente por decisão monocrática da ministra Cármen Lúcia.

"Vamos botar para andar rápido se o Supremo referendar essa decisão da Cármen", disse o deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), primeiro signatário da proposta. Segundo ele, a proposta foi protocolada com mais de 200 assinaturas. A Secretaria-Geral da Mesa ainda não conferiu as assinaturas. Para ser aceita, a PEC precisa da adesão de 171 deputados.

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A proposta protocolada destina 30% dos recursos para a União e divide os outros 70% entre Estados e municípios pelos critérios dos fundos de participação, sem fazer qualquer reserva de recursos para os produtores, beneficiados pela divisão atual. A proposta é inspirada na emenda Ibsen Pinheiro, aprovada em 2010 e vetada pelo presidente Lula. O texto é ainda mais prejudicial aos produtores do que a lei suspensa pelo STF, porque nesta há uma reserva maior de recursos para estes.

Os cidadãos do Zimbábue comparecem às urnas neste sábado para aprovar uma nova Constituição mais liberal, que deve representar mais democracia após três décadas de poder ininterrupto do presidente Robert Mugabe.

A lei fundamental submetida a referendo reduz os poderes do presidente e limita os mandatos ao máximo de 10 anos. Mas não pode impedir que Robert Mugabe, de 89 anos e no poder desde a independência em 1980, volte a ser candidato, pois a lei não tem caráter retroativo.

O texto suprime ainda o cargo de primeiro-ministro, ocupado atualmente por Morgan Tsvangirai, principal opositor de Mugabe, com o qual tem uma convivência difícil em um governo de união nacional imposto há quatro pelos países vizinhos para impedir uma guerra civil, que chegou perto de explodir após a violenta campanha eleitoral de 2008.

A vitória do "Sim" é certa, pois tanto Mugabe como Tsvangirai defenderam a aprovação do texto, fruto de uma árdua negociação entre os dois lados.

Vários incidentes foram registrados e preocupam o Movimento pela Mudança Democrática (MDC), o partido do primeiro-ministro.

Homens armados sequestraram neste sábado um dirigente regional do MDC, o secretário do distrito de Headlands.

O partido governista da Turquia vai tentar reescrever a Constituição e levá-la a um referendo, se a comissão parlamentar encarregada do tema não apresentar uma proposta até o final de março, disse hoje o primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan, ao colocar pressão sobre os parlamentares.

Em jogo estão quase dois anos de trabalho para substituir a Constituição adotada dois anos após o golpe militar de 1980 - uma Constituição que tem sido criticada pelos políticos e a maioria da população como antidemocrática. Erdogan sugeriu que os membros de todos os quatro partidos políticos no Parlamento estão protelando a definição.

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"Nosso desejo é que o trabalho sobre a Constituição seja concluído até o final de março", afirmou Erdogan. "Caso contrário, a nossa proposta será adicionada à agenda parlamentar", avisou aos parlamentares de seu partido. "Se não há compromisso, levaremos a nova Constituição a referendo, a partir do momento que tivermos garantido apoio parlamentar."

Não será fácil para Erdogan caminhar sozinho nessa empreitada, dizem analistas. Ele tem quatro votos a menos do que os 330 necessários para levar a Constituição a referendo e ainda seria necessário o apoio dos três partidos de oposição no Parlamento de Ancara. As informações são da Dow Jones.

O presidente do Egito, Mohammed Morsi, minimizou, neste sábado, os problemas econômicos do país e afirmou que a nova constituição garante a igualdade para todos os cidadãos. As declarações de Morsi foram feitas em discurso ao Senado, que tem assumido responsabilidade pelo poder legislativo até que um novo parlamento seja eleito no período de dois meses.

"Todos são iguais perante a lei nesta constituição", disse o presidente sobre o documento, acrescentado que haverá "liberdade para todas as pessoas, sem exceções". A constituição tem sido severamente criticada por ativistas de direitos humanos e pela oposição secular do país. Segundo eles, o documento fracassou em garantir direitos às mulheres e possui potencial para limitar a liberdade de expressão e religiosa.

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"Indicadores gerais sobre a situação social e econômica têm mostrado um progresso notável", afirmou Morsi, apesar das preocupações com uma crise econômica. Com o enfraquecimento da moeda egípcia e a suspensão de um empréstimo de US$ 4,8 bilhões do Fundo Monetário Internacional (FMI), depois de semanas de protestos que se tornaram, muitas vezes, violentos, o país está no limite de uma crise, dois anos após o declínio da economia provocada pelo levante que retirou Hosni Mubarak do poder.

As informações são da Dow Jones.

O presidente do Egito, Mohammed Morsi, declarou nesta quarta-feira que a Constituição recém-aprovada em referendo pelos eleitores egípcios estabelece uma nova república no país, convidou a oposição a participar de um diálogo que permita uma conciliação nacional e estabeleceu como meta a recuperação da economia.

Em seu primeiro discurso depois da divulgação do resultado oficial da consulta popular, Morsi enfatizou que reconhece a "respeitável" proporção do eleitorado que votou contra a nova Constituição, elaborada por um painel dominado por islamitas, mas não apresentou nenhum gesto concreto a uma oposição que por enquanto tem rejeitado o diálogo e prometido lutar contra a nova Carta.

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"Ao inaugurarmos uma nova fase, passando da primeira para a segunda república, uma república que tem nesta Constituição sua base mais forte, eu renovo minha promessa de respeitar a lei e a constituição", repetindo seu juramento de posse baseado no novo texto constitucional.

A declaração de Morsi representa uma ruptura com o sistema de governo vigente no Egito desde 1952, quando um golpe militar depôs a monarquia apoiada pelo Ocidente e o Egito foi declarado uma república.

A nova Constituição foi aprovada pouco menos de dois anos depois da deposição da ditadura liderada por Hosni Mubarak em um levante popular no início do ano passado.

A proposta de Constituição foi levada a votação às pressas pelo governo em meio a uma acirrada disputa de poder entre o Executivo e o Judiciário.

Críticos dizem que a nova Constituição egípcia restringe liberdades e estabelece um código de leis islâmico. Já seus apoiadores insistem que ela abrirá caminho para maior estabilidade e fortalecimento das instituições no Egito.

No discurso, Morsi anunciou ainda que promoverá uma reforma em seu gabinete de governo com o objetivo de fazer frente aos problemas econômicos enfrentados pelo país. No discurso, Morsi disse que estava em consultas com o primeiro-ministro Hisham Qandil para definir quais seriam as mudanças no gabinete. "Empenharei todos os meus esforços para recuperar a economia egípcia, que está diante de enormes desafios, mas também diante de grandes oportunidades de crescimento. Farei todas as mudanças que forem necessárias que atingir essa objetivo."

Em reação ao discurso, a opositora Frente de Salvação Nacional manteve sua rejeição ao diálogo. Segundo o grupo, a proposta de conciliação apresentada por Morsi "não passa de farsa e teatro" e sua adesão só ocorrerá quando houver uma "abertura real e efetiva" ao diálogo.

Mais cedo, o governo do Egito pediu ao Parlamento que priorize as legislações para organizar eleições parlamentares, regulamentar a mídia e combater corrupção. A câmara alta realizou hoje sua primeira sessão com os novos poderes temporários garantidos pela Constituição.

No primeiro dia após o referendo, a câmara alta recebeu 90 novos membros nomeados pelo presidente do país, Mohammed Morsi. Dois terços dos 270 membros são eleitos, e um terço é nomeado pelo presidente.

Na terça-feira foram divulgados os resultados do referendo da proposta de Constituição do Egito, com aprovação de 63,8% do eleitorado, segundo a Comissão Eleitoral.

O governo deve realizar eleições para a câmara baixa do Parlamento dentro de 60 dias. Morsi tem tido poderes legislativos desde que dissolveu a câmara baixa do Parlamento. As informações são da Associated Press.

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