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Atingida por uma grave crise cambial, a Argentina suspendeu novamente o fluxo de pagamento aos exportadores brasileiros e abriu um novo foco de tensão com seu principal parceiro comercial. Há seis meses, Brasil e Argentina enfrentaram a mesma situação.

Os atrasos levaram os empresários dos setores mais prejudicados a pressionar o governo brasileiro para encontrar uma solução urgente. A indústria automobilística é a mais afetada justamente num momento em que enfrenta problemas com o baixo crescimento doméstico.

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Nas últimas duas semanas, o problema se agravou. Autoridades econômicas e diplomáticas tentam um acordo para retomar o fluxo de remessas dos pagamentos. A indústria cobra uma posição mais dura de Brasília junto ao governo argentino. Embora o maior problema esteja concentrado no setor automotivo, outras indústrias são afetadas. O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Calçados (Abicalçados), Heitor Klein, aponta, além dos atrasos nos pagamentos, travas na liberação das licenças de importação pelos argentinos.

Os empresários brasileiros pressionam pela criação de uma linha de financiamento ao importador argentino como garantia ao pagamento das empresas no Brasil. Essa opção, discutida no primeiro semestre, foi abandonada por restrições colocadas por Buenos Aires. O problema ressurgiu depois de um período de estabilidade. Em Brasília, sabe-se que a Argentina sofre com a falta de dólares, sobretudo neste período de fim da safra agrícola em que o país vizinho registra uma queda significativa nas exportações.

Negociadores brasileiros abriram conversas para tentar regularizar o fluxo de pagamentos aos exportadores nacionais, mas fontes informaram ao jornal O Estado de S. Paulo que há pouco otimismo. A falta de divisas na Argentina impede até mesmo uma pressão muito forte do lado de cá da fronteira. A situação pode reduzir ainda mais o fluxo comercial entre os dois países.

Operação

Os importadores argentinos de produtos brasileiros precisam depositar no Banco Central do país os pesos para pagamento das suas compras. Os pesos são, então, convertidos em dólares para pagamento das empresas brasileiras, o que vem sendo atrasado porque o governo de Cristina Kirchner limita a saída de moeda do país para tentar conter a queda das suas reservas.

Hoje, a Argentina tem US$ 28,2 bilhões de reservas em moeda estrangeira, US$ 2 bilhões a menos do que no final de 2013 e quase US$ 9 bilhões a menos do que há 12 meses.

Alberto Alzueta, presidente da Câmara de Comércio Brasil-Argentina, diz que os argentinos só têm tido autorização para comprar petróleo e gás (que consome US$ 15 bilhões por ano) e medicamentos. Todos os demais produtos ficam em segundo plano. "O quadro é bastante cinza, vai ficar negro."

Uma fonte graduada do governo informou que a presidente Cristina Kirchner tem tentado marcar uma reunião bilateral com Dilma em Nova Iorque, em paralelo à reunião da 69ª Assembleia Geral da ONU. Mas Dilma resiste ao encontro a todo custo. As reuniões de alto nível entre os dois países, que deveriam ser trimestrais, estão esquecidas. A última ocorreu em janeiro. Durante a crise do default argentino, Dilma defendeu os vizinhos, mas o Brasil tem, na verdade, evitado se envolver diretamente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Fifa vive mais uma crise. Neste fim de semana, o cartola responsável por controlar e chancelar as contas da entidade foi preso. O motivo: suspeita de corrupção. Canover Watson integra o Comitê de Auditoria e Fiscalização de Normas da Fifa. Sua escolha para participar do grupo parece não ser por acaso. O cartola é das Ilhas Cayman, um dos principais paraísos fiscais do mundo e com uma tradição nula no futebol.

Watson, que negou as acusações e pagou uma fiança para responder em liberdade, agora terá de dar explicações à Fifa. A entidade, ontem, se recusou a afastá-lo. "Nego as acusações. No devido tempo, na hora certa e no fórum apropriado, eu anseio por expor minha posição em maior detalhe", disse Watson.

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Tentando demonstrar estar preocupada com a situação, a Fifa emitiu um comunicado indicando que cobrou um posicionamento de seu cartola. O governo das Ilhas Cayman, apontou em nota que Watson é suspeito de uma "quebra de confiança contrária à seção 13 da Lei Anticorrupção das Ilhas Cayman, bem como de abuso de cargo público e conflito de interesses".

Além de corrupção, ele foi preso por lavagem de dinheiro em um caso envolvendo a introdução de um sistema de cartões magnéticos no sistema de saúde da ilha. Watson foi o diretor da Autoridade de Serviço de Saúde de Cayman.

CASOS - Permeada por casos de corrupção, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, colocou a ética como sua principal bandeira para as eleições de 2015. Em setembro ainda ele patrocina em Zurique um seminário mundial sobre o assunto. Ele ainda promete decisões sobre a escolha do Catar para sediar a Copa de 2022. No entanto, o cartola se recusa a publicar sua renda, explicar os salários de dirigentes da Fifa e de investigar o passado da organização.

O Conselho Universitário da Universidade de São Paulo (UDP) reúne-se na tarde desta terça-feira (2) para discutir a situação financeira da instituição de ensino. Na reunião, deve ser discutida a proposta da Reitoria de implantar um plano de demissão voluntária. Também está previsto um ato de servidores e professores em defesa da universidade pública, na Praça do Relógio. Funcionários da instituição estão em greve.

De acordo com a Reitoria, o principal problema é que a instituição, em 2011, gastava cerca de 80% dos recursos com pagamento de pessoal e 20% para investimentos e outros custeios. Este ano, os gastos com pessoal ultrapassaram 100% do orçamento.

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O ministro da Educação, Henrique Paim, informou hoje que conversou com o reitor Marco Antonio Zago e colocou-se à disposição do governo paulista para auxiliar na solução da crise. ”Estamos acompanhando de perto [a questão] e o que o MEC [Ministério da Educação] puder fazer estaremos à disposição”, disse Paim, após participar do Fórum Nacional da Educação.

Questionado se a ajuda do governo federal pode ser financeira, Paim disse que não há nenhum encaminhamento de repasses, além do rotineiro em torno do apoio ao ensino superior. Os funcionários da USP reivindicam aumento salarial de 9,78%, mas a instituição argumenta que não há mais espaço no orçamento para atender ao pleito. Está prevista, para o próximo dia 5, nova tentativa de conciliação entre as partes, na sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT).

Um grupo de cerca de 50 torcedores do Palmeiras invadiu na noite desta segunda-feira a reunião do Conselho Deliberativo, na sede social do clube. Por volta das 22 horas, o grupo entrou pelas obras da Allianz Parque e conseguiu acessar a sala onde os conselheiros aprovaram o plano de devolver os cerca de R$ 115 milhões que o presidente Paulo Nobre emprestou ao clube. Alguns dos presentes foram agredidos e a Polícia Militar foi chamada.

Durante a invasão, Nobre ficou aterrorizado e ligou desesperadamente para pedir reforço policial. Segundo um dos conselheiros que estavam na reunião, o presidente não chegou a ser agredido e o ato violento teve como alvos tanto representantes da situação quanto da oposição do Palmeiras. Depois da chegada da polícia, os torcedores se dispersaram e parte dos presentes ao encontro foi embora escoltada pela polícia.

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Ainda com a proteção, os torcedores chutaram os carros dos conselheiros e arremessaram latas. Um dos alvos mais visados foi o veículo do ex-presidente Arnaldo Tirone.

Na reunião, foi votado um plano de pagamento de dívidas do Palmeiras para empréstimos que o presidente fez para o clube. Pela proposta discutida e aprovada na reunião, metade de toda a receita do clube será destinada a um fundo para pagamento de dívidas e desse montante, 20% serão usados para pagar especificamente o débito com Nobre.

Chefe da Mercedes, Toto Wolff classificou de "inaceitável" o toque de Nico Rosberg em Lewis Hamilton durante o GP da Bélgica de Fórmula 1, neste domingo. Preocupado e visivelmente insatisfeito com o episódio, o dirigente afirmou que colisões como esta "não vão mais acontecer" na equipe.

O incidente que voltou a esquentar o clima dentro da Mercedes e irritou Wolff aconteceu logo na segunda volta da corrida. Rosberg acertou o carro do companheiro Lewis Hamilton ao tentar a ultrapassagem que lhe daria a primeira posição, perdida logo na largada. Na tentativa, porém, o alemão acertou e furou o pneu traseiro esquerdo do inglês.

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O toque praticamente acabou com a corrida de Hamilton, que caiu para o pelotão traseiro após parar nos boxes e não conseguiu fazer uma corrida de recuperação. Insatisfeito, ele pediu para abandonar a prova ainda no início, diante da resistência da direção da Mercedes, que só liberou o retorno aos boxes faltando quatro voltas para o fim da prova.

Como consequência, a equipe teve apenas um piloto somando pontos neste fim de semana no Mundial de Construtores, maior objetivo da equipe na temporada. Rosberg terminou a prova em segundo e ampliou a vantagem sobre Hamilton no Mundial de Pilotos.

Wolff mostrou insatisfação com o incidente não apenas por causa da perda de pontos mas também porque o episódio infringiu as regras que ele estipulou para regular a disputa direta entre os dois pilotos.

"Temos uma política bem clara de deixar os pilotos entrarem na disputa nesta temporada, mas com uma regra número: não causem incidentes entre si. Ver aquele tipo de contato, logo cedo na corrida... Foi algo em um nível inaceitável de risco", criticou o chefe da Mercedes.

"Vimos o pior dos cenários acontecendo, quando os pilotos tiveram o contato e isso nos custou uma dobradinha no pódio hoje. Vimos que nosso carro tinha o tipo de performance para a dobradinha", declarou Wolff. "Isso não pode - e não irá - acontecer novamente", ressaltou.

O dirigente afirmou que a equipe se esforçará para concentrar o seu foco na conquista do Mundial de Construtores nas próximas etapas. "Está claro que precisamos reforçar nosso foco em assegurar o título de Construtores ao garantirmos o potencial de ambos os carros nas próximas corridas. Temos que reagrupar para voltarmos mais fortes em Monza".

Apesar da preocupação de Wolff, a Mercedes exige grande vantagem na liderança do Mundial de Construtores. Soma 411 pontos, bem à frente dos 254 da Red Bull, a segunda colocada. A próxima etapa da Fórmula 1 será disputada no dia 7 de setembro, em Monza, na Itália.

Sem conseguir uma vitória em sete jogos no comando do Palmeiras no Brasileirão, o técnico Ricardo Gareca sabe que, apesar do apoio da torcida, a pressão em cima de seu trabalho é muito grande. Por isso, o treinador admite a possibilidade de não resistir a mais um resultado negativo neste sábado, diante do Coritiba, no Pacaembu. Mas adotando um discurso contraditório, o treinador nega que possa deixar a equipe em caso de mais um tropeço na competição.

"Nunca imaginei que chegaria a esta situação. Não vejo um limite, mas se perdemos no sábado, aí parece que será o meu limite", disse o treinador, em entrevista à Rádio América, de Buenos Aires. Pouco antes, ele afirmou que não sabe até quando tanto ele quanto o clube irão suportar a pressão caso os resultados não comecem a acontecer. "Meu futuro será jogo a jogo. Tenho o apoio de todos e acredito que ainda farei um bom trabalho", explicou.

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O fato é que Gareca ainda está assustado com tudo que está acontecendo e a postura contraditória já aconteceu em outros momentos. Depois do jogo contra o São Paulo, por exemplo, ele disse, em entrevista coletiva, que sua paciência tinha limites, mas na rodada seguinte, após o jogo contra o Sport ele já afirmou que não iria deixar o clube e que, se fosse para sair, isso só aconteceria quando a equipe estivesse bem na competição ou se ele fosse mandado embora pela diretoria.

Ainda em entrevista para a rádio argentina, o treinador admitiu que está surpreso com o fato de ser mantido no cargo mesmo tendo um desempenho tão ruim. Em 10 jogos no comando Palmeiras, ele conquistou três vitórias (duas na Copa do Brasil e uma em amistoso), um empate e seis derrotas (Santos, Cruzeiro, Corinthians, Atlético-MG, São Paulo e Sport).

"Acredito que seja inédito uma grande equipe manter um técnico com tantas derrotas. No Brasil, assim como na Argentina. É estranho que, depois de passadas tantas rodadas com o Palmeiras na última posição, tenham me mantido no cargo", disse o treinador.

Sob pressão, Gareca tem a chance de iniciar uma nova fase na equipe neste sábado, quando enfrenta o Coritiba, às 21h, no estádio do Pacaembu.

Além do coordenador-geral da campanha do PSB à Presidência da República, Carlos Siqueira, o coordenador de mobilização e articulação da campanha, Milton Coelho, também anunciou ao presidente da sigla, Roberto Amaral, que deixará a coordenação. Membro da Executiva Nacional do PSB, Coelho disse que, sem Eduardo Campos, seu "compromisso com a coordenação da campanha acabou". "Meu compromisso era com o Eduardo", resumiu o pessebista.

Coelho disse que já vinha conversando com os dirigentes do PSB sobre sua saída. Ele não quis dar mais justificativas sobre a decisão, mas destacou que não deixará a Executiva da legenda. Mais cedo, Siqueira causou a primeira crise da campanha, agora com a ex-senadora Marina Silva na cabeça de chapa. Siqueira acusou Marina de "mandar no partido" e disse que a candidata está "longe de representar o legado" de Eduardo Campos.

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Um novo empréstimo feito pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, no valor de R$ 10 milhões, permitirá que o pronto-socorro da unidade permaneça aberto pelo menos até o dia 29 de setembro, data em que deverá ser finalizada a auditoria nas contas da entidade por uma comissão técnica formada por representantes dos governos federal, estadual e municipal.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o superintendente da instituição, Antônio Carlos Forte, afirmou que o empréstimo foi a forma de manter o serviço, enquanto os problemas financeiros da entidade não ganham solução definitiva. O pronto-socorro ficou fechado por 30 horas entre 22 e 23 de julho por falta de recursos para a compra de materiais.

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Só foi reaberto após um repasse emergencial de R$ 3 milhões da Secretaria Estadual da Saúde. A pasta disse que o valor daria para 30 dias e condicionou a liberação de mais verba à realização de uma auditoria na entidade. "Aquele dinheiro não dava para 30 dias. Então, logo em seguida ao fechamento do PS, a Santa Casa conseguiu esse novo empréstimo. Antes, nenhum banco queria nos emprestar mais nada porque o medo era de calote. Depois que fechamos e as três esferas de governo se envolveram, a expectativa passou a ser de uma solução para o problema, por isso o empréstimo foi aceito", conta Forte.

A Santa Casa acumula hoje uma dívida de cerca de R$ 400 milhões, dos quais R$ 50 milhões são com fornecedores. Segundo Forte, o déficit se deve ao subfinanciamento do Sistema Único de Saúde (SUS). Ele afirma que, mesmo com os repasses extras em relação à tabela SUS, a Santa Casa ainda gasta R$ 4 milhões a mais por mês do que recebe. "Pegamos esse novo empréstimo com a esperança de que, ao fim da auditoria, a situação tenha uma solução. Eles vão ver que não há problema de gestão e, com isso, espero que corrijam os valores", diz.

Segundo Forte, a primeira reunião entre a Santa Casa e a comissão técnica que audita as contas da instituição foi realizada há uma semana. "Amanhã (21), vai haver uma segunda reunião. Espero que possamos avançar, que a comissão possa adiantar os resultados e discutir nosso problema financeiro", diz. A Santa Casa ainda terá de passar por uma auditoria independente que está sendo contratada pela secretaria.

O superintendente afirmou ainda que a Santa Casa solicitou à Secretaria da Saúde que antecipasse para o quinto dia útil de setembro um repasse de R$ 12,6 milhões feito geralmente no fim do mês, mudança revelada ontem pelo Estado. "Antigamente, ele já era feito no início do mês. Pedimos para que a regra voltasse", conta.

Verba Federal

Nesta quarta-feira, 20, a Confederação das Santas Casas de Misericórdia pediu ao ministro da Saúde, Arthur Chioro, providências para tentar reduzir o déficit das instituições. Durante a abertura do Congresso das Santas Casas, foi entregue um levantamento que aponta um déficit de até 41% em internações de média complexidade e 42% em internações de UTI.

A entidade reivindica soluções emergenciais, incluindo a criação de incentivo de custeio de procedimentos de alta complexidade e a ampliação de um programa para ajudar a saldar dívidas contraídas com o sistema financeiro. Chioro afirmou que o governo já atendeu parte das demandas em 2013, com o Prosus e o reajuste do formato dos contratos. Ele avalia que o setor deve melhorar a gestão e apoiou um debate na forma de remuneração de procedimentos.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro de Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, disse que o quadro político que permita um cessar-fogo no leste da Ucrânia será o foco de um encontro com ministros da França, Rússia e Ucrânia ainda neste domingo. Ele ainda citou a situação humanitária na região.

"Precisamos urgentemente de um momento político fresco, ou então teremos o risco de retrocesso", declarou Steinmeier em um comunicado do ministério. O comentário se segue a pedidos da chanceler Angela Merkel para que Moscou responda a relatos de que tanques e tropas cruzaram da Rússia para o leste da Ucrânia em apoio a rebeldes separatistas.

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"Eu mais uma vez convidei a Berlim meus colegas da França, Rússia e Ucrânia para que possamos mirar iniciativas que restaurem o processo político", afirmou Steinmeier em nota.

Um plano para um cessar-fogo sustentável e controle efetivo das fronteiras "é a única forma de conquistar calma no leste da Ucrânia e permitir que Kiev continue um diálogo nacional que inclua apropriadamente as pessoas no leste", acrescentou o ministro. Fonte: Dow Jones Newswires.

A próxima fase do conflito armado no leste ucraniano será a mais grave até o momento, afirmou o primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, citando informações que recebeu hoje e ontem sobre uma possível intervenção direta da Rússia na Ucrânia.

O risco é "maior do que era há alguns dias ou há duas semanas", disse Tusk durante coletiva de imprensa.

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Tusk fez comentários semelhantes ao de seu ministro de Relações Exteriores, Radoslaw Sikorski, que ontem declarou que a Rússia estava ampliando forças militares na fronteira com a Ucrânia, preparando-se para uma possível invasão direta.

Autoridades polonesas têm apelado ao Ocidente que tome medidas mais drásticas para conter a Rússia e pediram a presença militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) nas regiões central e norte da Europa. Segundo Varsóvia, a atuação dos russos na Ucrânia enfraqueceu a segurança da Polônia. Fonte: Dow Jones Newswires.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) evitou nesta terça-feira, 05, fazer críticas ao governo do Estado de São Paulo, comandado há 20 anos por seu partido, em relação aos problemas de abastecimento de água causado pela estiagem. Ele disse que o Estado enfrenta uma 'seca enorme', falou sobre a imprevisibilidade das condições climáticas e da perspectiva de que a chegada da temporada de chuvas equilibre a situação.

"O governo calcula que (o Sistema Cantareira) terá água para abastecer metade da cidade de São Paulo - a outra metade são outras fontes - até março do ano que vem. Aposta-se que vai chover, mas aposta-se. Não se sabe se vai chover ou não vai chover", comentou o ex-presidente durante palestra sobre desenvolvimento sustentável em evento da Greenbuilding Brasil, uma ONG que visa fomentar a construção de edifícios ecologicamente sustentáveis. O ex-presidente ressaltou que a água é um bem "relativamente escasso" e que "não depende de nós, depende de chover".

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Sem fazer comentários sobre a forma como o governador Geraldo Alckmin lida com a crise hídrica no Estado, FHC argumentou que a decisão de não decretar racionamento tem respaldo de técnicos. Ele afirmou, no entanto, que há necessidade de se pensar em investimentos de médio prazo e em processos de reutilização da água. "Aqui (em São Paulo), o que precisa é fazer mais, mas foi feito muita coisa. É que no futuro vai ter de interligar mais as bacias, tem de olhar para o longo prazo. Mas isso não é uma coisa que se faça do dia para a noite, precisa de mais planejamento. O que se pode fazer, e imagino que o governo já esteja fazendo, é pensar no reúso da água."

O ex-presidente apoia o programa de bônus do governo do Estado para quem economizar água no período de crise e lembrou dos tempos de racionamento de energia durante seu governo quando, segundo ele, "parou de chover de repente". FHC disse que o racionamento e o incentivo à economia evitaram o blecaute no início da década passada, assim como São Paulo evita no momento o "racionamento imposto". "Nós custamos a entender que boa parte dos problemas não diz respeito a fazer novas construções, mas a poupar o que já existe."

Os habitantes da capital ucraniana, Kiev, serão privados de água quente desta segunda-feira até outubro, pelo menos, por causa da crise econômica e do corte do gás russo.

"Todas as centrais térmicas cortaram o fornecimento de gás em 4 de agosto", afirmou a empresa privada Kievenergo, controlada pelo homem mais rico da Ucrânia, Rinat Akhmetov, que tem o monopólio da calefação em Kiev, cidade com três milhões de habitantes.

Todos os verões, durante duas ou três semanas, a cidade fica sem água, mas este ano a medida será prolongada até outubro, avisou, por sua parte, o prefeito de Kiev, Vitali Klitschko.

Em meados de junho, a Rússia cortou o fornecimento de gás para a Ucrânia, que se nega a pagar o aumento de preço exigido por Moscou depois da queda, em fevereiro, do regime pró-russo de Viktor Yanukovytch e a chegada ao poder dos pró-ocidentais.

"Somos obrigados a renunciar à água quente no verão para guardar gás nas reservas para o inverno. Espero que os habitantes da cidade entendam isso", afirmou Klitschko, ex-campeão mundial de boxe que foi um dos líderes do movimento de protesto pró-europeu.

O Brasil não deverá ficar imune à piora da economia da Argentina, independentemente da decisão dos próximos dias - com a declaração da moratória ou com o pagamento dos credores em negociação. Diante da atual fragilidade externa, o governo da Argentina deverá ser obrigado a fazer um superávit comercial mais expressivo, o que tende a impactar a compra de produtos brasileiros. No primeiro semestre, as exportações da Argentina superaram as importações em apenas US$ 3,684 bilhões, uma queda de 28% na comparação com o mesmo período do ano passado. "Qualquer que seja a situação acertada nos próximos dias, a Argentina vai ter de segurar mais as importações", diz José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).

O nó da Argentina e a necessidade de segurar as importações se dá porque as receitas de exportação deverão ser menores. Assim como o Brasil, a Argentina é uma grande exportadora de produtos básicos, como soja e milho, que estão com preços em queda no cenário internacional. A única alternativa, então, seria reduzir a compra dos produtos de outros países. A Argentina é uma das principais compradoras de produtos manufaturados das empresas brasileiras.

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"Um superávit de US$ 7 bilhões da Argentina não é suficiente para pagar o custo de energia", afirma Castro.

Para o mercado financeiro internacional, uma economia dispõe de boa saúde financeira no comércio exterior quando as reservas são equivalentes a quatro meses de importação. Como a Argentina importou US$ 73 bilhões no ano passado, ela teria de dispor de US$ 24 bilhões. Porém, se o país tiver de pagar os credores que travam a batalha atual, as reservas financeiras recuarão para entre US$ 8 bilhões e US$ 10 bilhões - sem levar em conta novos pedidos de renegociação.

Recessão

A balança comercial brasileira já tem enfrentado problemas por causa da crise Argentina. A economia do país vizinho está em recessão e ele já vem comprando menos do Brasil. Os dados do Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e Comércio Exterior mostram que a participação argentina nas vendas para o exterior corresponderam a 6,71% (US$ 7,4 bilhões) do total no primeiro semestre, abaixo dos 8,15% (US$ 9,3 bilhões) de 2013. Atualmente, a Argentina é o terceiro país que mais importa do Brasil. Mas está muito próxima da Holanda, responsável por 6,25% das compras.

"O Brasil está sendo afetado pela gestão macroeconômica da Argentina. As restrições que foram impostas para as nossas importações prejudicaram a indústria, em especial a automobilística", diz Gustavo Loyola, ex-presidente do Banco Central e sócio da consultoria Tendências.

A Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) estima, por exemplo, que as vendas para os argentinos deverão somar neste ano cerca de US$ 50 milhões. Em 2013, foram exportados US$ 120 milhões. "Recentemente houve uma piora para receber os valores que tínhamos embarcado", afirma Heitor Klein, presidente executivo da Abicalçados.

O setor de máquinas e equipamentos também deve ter um resultado pior nas vendas para a Argentina. Os números da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) mostram uma redução de 23% (de US$ 882,6 milhões para US$ 682,8 milhões) nas exportações para a Argentina entre janeiro e maio deste ano ante o mesmo período de 2013. "Se ocorre um agravamento da situação financeira do País, existe obviamente uma menor demanda por investimento", afirma Klaus Curt Müller, diretor de comércio exterior da Abimaq. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em meio à crise técnica e financeira, o Náutico tentará superar seus limites fora de casa e voltar a vencer na Série B. Para esquecer os salários atrasados e a derrota contra o Boa Esporte-MG, o Timbu entrará o Atlético-GO, na tarde deste sábado (26), às 16h20, no Serra Dourada. A equipe pernambucana na 13º posição com 15 pontos precisa de um bom resultado para se afastar da zona de rebaixamento. Por outro lado, o adversário também tem o mesmo objetivo por ter apenas um ponto a mais.

Com tantas limitações, o técnico Sidney Moraes pretende, ao menos, dar uma cara ao seu time. E, por isso, manterá a base da equipe dos dois últimos jogos. “Fiz alguns testes durante a semana para tentar achar uma formação ideal, mas o time será praticamente o mesmo que já vem jogando e se conhecendo. Quando menos mexer, mais equilíbrio teremos. Talvez, uma ou duas alterações pontuais”, comentou o treinador.

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A formação da equipe será o mesmo 4-3-2-1 do confronto diante do Sampaio Corrêa, primeira partida após a Copa do Mundo. Contudo, a lateral direita pode sofrer uma alteração conforme indicou o comandante alvirrubro. “Neílson é um jogador que podemos aproveitá-lo, mas ele tem uma característica diferente de Rafael Cruz, que tem um posicionamento e uma parte defensiva melhor. Estamos estudando essa possibilidade, já que Raí já ataca bastante”, ponderou.

Atlético-GO

A receita do rubro-negro goiano para conquistar a segunda vitória na Série B é a repetição. O técnico Hélio dos Anjos escalará o mesmo time que derrotou a Luverdense-MT, na última rodada. A única dúvida era o atacante André Luís, que foi poupado dos treinamentos devido a uma indisposição estomacal. Porém, o jogador está recuperado e vai para o jogo.

Ficha do jogo

Atlético-GO

Márcio; Jonas, Adriano, Lino e Thiago Feltri; Marcus Winícius, Pedro Bambu, Luciano Sorriso e Jorginho; André Luís e Júnior Viçosa. Técnico: Hélio dos Anjos

Náutico

Alessandro; Rafael Cruz (Neílson), William Alves, Flávio e Raí; Gilmak, Elicarlos, Paulinho, Leleu e Vinícius; Tadeu. Técnico: Sidney Moraes

Local: Serra Dourada (Goiânia)

Horário: 16h20

Árbitro: Wagner do Nascimento Magalhães (RJ)

Assistentes: Dibert Pedrosa Moisés e Wendel de Paiva Gouveia (Ambos do RJ)

O governo dos Estados Unidos acusou a Rússia, nesta quinta-feira (24), de disparar contra alvos militares na Ucrânia a partir de seu território e de fornecer suprimento de armas aos separatistas pró-Rússia.

"Temos novas evidências de que os russos pretendem entregar mais lançadores de foguetes às forças separatistas na Ucrânia e que a Rússia está disparando contra postos militares ucranianos a partir do território russo", informou a porta-voz do departamento de Defesa, Marie Harf.

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As acusações ocorrem após o acirramento das relações diplomáticas entre Moscou e Washington a partir da crise deflagrada com a queda do avião da Malaysia Airlines no leste da Ucrânia, onde separatistas pró-Rússia lutam contra o governo de Kiev. A causa da queda do voo foi um míssil supostamente enviado pela Rússia aos rebeldes, que teriam disparado o armamento.

A porta-voz americana disse na última quarta-feira que o presidente russo Vladimir Putin é o responsável indireto pela queda do avião, que matou quase 300 pessoas na semana passada. Fonte: Associated Press.

O Flamengo confirmou nesta segunda-feira que o lateral-esquerdo André Santos foi agredido por torcedores da equipe no último domingo, após mais uma derrota no Campeonato Brasileiro, desta vez por 4 a 0 diante do Internacional, no Beira-Rio. O clube fez questão de repudiar esta atitude de parte da torcida e chamou a ação de "criminosa".

"O Clube de Regatas do Flamengo repudia a agressão ao seu jogador André Santos, após a partida deste domingo, contra o Internacional, em Porto Alegre", dizia uma nota publicada no site oficial do clube. "Este tipo de atitude, além de criminosa, só vem a prejudicar o Flamengo."

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Após a derrota para o Inter, pelo menos 15 pessoas com camisas do Flamengo cercaram André Santos no pátio do Beira-Rio quando o jogador se dirigia para uma van do clube. Segundo relatos, o lateral foi agredido a socos e pontapés. A Brigada Militar precisou intervir e houve confronto com os torcedores.

"André Santos, assim como os outros jogadores, foi liberado pela diretoria para se encontrar com sua família em Florianópolis após o jogo, já que a reapresentação do elenco só ocorrerá nesta terça-feira, às 9h. Enquanto se encaminhava para a van que o levaria ao aeroporto, foi cercado por algumas pessoas e agredido covardemente", relatou o clube.

O lateral tem sido muito criticado pela torcida e é considerado um dos principais culpados pela péssima fase atravessada pelo Flamengo no Campeonato Brasileiro. A derrota para o Inter foi a terceira consecutiva da equipe, que ocupa a lanterna da tabela, com apenas sete pontos em 11 jogos.

Outro considerado culpado pela torcida é o técnico Ney Franco. Desde que assumiu, o treinador ainda não conseguiu levar o Flamengo a uma vitória, tendo disputado sete partidas, com quatro derrotas e três empates. Há quem cogite até uma possível demissão antes do clássico diante do Botafogo, domingo que vem, no Maracanã.

Vaias, cobrança, derrota, princípio de crise e para completar o Náutico pode ficar sem mais dois jogadores titulares para a partida diante do Atlético-GO, no próximo sábado (26), no Serra Dourada. William Alves e Gilmak saíram no primeiro tempo, da partida do último sábado (19) e colocaram o departamento físico do clube sob questionamentos.

O primeiro a sair foi o zagueiro William Alves, que deixou o gramado da Arena Pernambuco chorando. Gilmak teve uma lesão muscular na coxa direita. Na última semana, o lateral esquerdo Roberto também se lesionou e não atuou na derrota para o Boa.

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“William (Alves) teve uma entorse no tornozelo e na hora inchou muito, mas já afastamos a possibilidade de fratura. Gilmak sentiu uma fisgada na coxa direita e ainda tentou continuar, mas não foi possível”, afirmou Fábio Ribas. Porém, o médico adiantou que ainda é muito cedo para afirmar que os dois desfalcarão a equipe.

 

 

Temendo a crise que assola a Ucrânia, seis jogadores, entre eles cinco brasileiros que atuam no Shakthar Donetsk não voltaram ao país após um amistoso contra o Lyon, realizado na França, no último sábado (19). O grupo é formado por Dentinho, ex-Corinthians, Alex Teixeira ex-Vasco, Fred, ex-Inter e Douglas Costa, ex-Grêmio e Ismaiy, ex-Braga-POR, além do argentino Facundo Ferreyra. 

O fato aconteceu dois dias depois que um avião da Malaysia Airlines foi abatido, provavelmente, por um míssil no leste ucraniano, matando quase 300 pessoas. O acidente acabou agravando ainda mais a tensão política entre a Ucrânia, Rússia, além dos separatistas pró-Rússia.

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O presidente do clube, Rinat Akhmetov, espera o retorno dos atletas e descartou uma possível liberação do grupo para outras equipes. “Eles precisam cumprir o contrato. Cada um deles tem uma cláusula em milhões de euros”, disse.

O argentino Sebástian Blanco, do Metalist Jarkov, também não retornou para a Ucrânia, após a pré-temporada da equipe na Áustria. “Após a derrubada do avião, não tenho intenção de voltar. A situação lá é anormal”, afirmou o atacante. 

Os reguladores de aviação da Ucrânia anunciaram nesta sexta-feira (18) o fechamento do espaço aéreo no leste do país, após a queda de um avião da Malaysia Airlines na região.

A Ucrânia citou a sua operação militar contra os separatistas da região para o fechamento do espaço aéreo, de acordo com um comunicado no site dos reguladores. A agência disse que a zona de exclusão aérea afeta as áreas de Donetsk, Luhansk e Khakiv.

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O governo disse que também criou um órgão especial para investigar as circunstâncias do incidente. O grupo de investigação incluirá organizações internacionais de segurança aérea e representantes de organizações de aviação dos países cujos passageiros estavam a bordo, informou a agência.

A decisão de expandir a zona de exclusão de voos foi tomada após consulta com membros da força aérea, disse um representante do governo ucraniano. De acordo com ele, foi bloqueada apenas a parte do espaço aéreo de regiões em que rebeldes estão parcialmente no controle. As rotas que não estão afetadas pelas restrições de voo incluem aquelas da Europa para Kiev, e devem ser consideradas seguras, disse ele.

Na sequência do incidente com o Boeing 777, com quase 300 passageiros a bordo, várias companhias aéreas já redirecionaram voos para evitar a área. Algumas já haviam restringido voos anteriormente na região, diante da onda de violência no país nas últimas semanas.

Mas este corredor aéreo é popular para aeronaves comerciais da Europa para a Ásia. Até o incidente de quinta-feira, executivos de companhias aéreas tinham avaliado amplamente a área como segura para sobrevoar. Grande parte dos aviões comerciais voam sobre a área a uma altitude de cerca de 30 mil pés, bem acima da faixa de alcance de disparos feitos de armas antiaéreas comuns entre os rebeldes da região. Mas tanto a Rússia quanto a Ucrânia têm veículos com sistemas instalados de mísseis terra-ar de maior alcance. Fonte: Dow Jones Newswires.

Um reduto rebelde no leste da Ucrânia foi tomado por tropas do governo, disseram neste sábado o presidente do país e um porta-voz dos rebeldes. O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, disse em comunicado que as tropas do governo tomaram Sloviansk, uma cidade de aproximadamente 100 mil habitantes que tem sido o centro dos combates.

Sloviansk estava sob controle dos rebeldes pró-Rússia desde o início de abril, quando foram tomados prédios administrativos e da polícia.

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Andrei Purgin, do grupo separatista República Popular de Donetsk, disse que os rebeldes estavam recuando, mas alegou que a campanha do exército deixou a cidade em ruínas.

Alexei, um morador de Sloviansk que não quis revelar seu sobrenome por medo de represálias, disse que ouviu bombardeios durante a noite. Pela manhã, ele saiu de casa e viu que todos os postos de controle dos rebeldes tinham sido abandonados. Ele disse que alguns prédios tinham sido danificados, mas que a maior parte da cidade estava intacta.

Um comandante rebelde disse que suas forças se deslocaram para a cidade vizinha de Kramatorsk, 20 quilômetros ao sul de Sloviansk.

Poroshenko disse na sexta-feira que estava pronto para realizar mais uma rodada de negociações entre representantes da Ucrânia, da Rússia e dos rebeldes. Fonte: Associated Press.

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