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O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, se reuniu nesta segunda-feira, 16, com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, para discutir ações de combate aos atos de vandalismo a torres de transmissão de energia registrados nos últimos dias. Entre as ações em análise, segundo a pasta, está a participação de forma integrada de agentes de segurança estadual e federal, com o reforço do patrulhamento em áreas estratégicas e o reforço do monitoramento das linhas de transmissão com o uso de novas tecnologias, como câmeras e drones.

Em nota, o MME informou que a iniciativa da reunião partiu da pasta, com objetivo de evitar novos casos e assegurar o suprimento energético no País.

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Uma nova reunião sobre o tema está prevista para ser realizada nesta terça-feira, 17, com representantes do setor elétrico, da Abrate, da Aneel e do ONS para a determinação de medidas.

Ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o ministro Alexandre Silveira afirmou que a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) também participarão do encontro.

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), até o momento foram registradas sete ocorrências de atos contra as instalações de transmissão.

No total, quatro torres foram derrubadas em Rondônia e no Paraná. Também foram registradas atos de vandalismo, sem quedas de torres, em São Paulo e no Paraná. A situação vem sendo monitorada por um gabinete de acompanhamento conjunto desde a última semana. A agência ressaltou que as ocorrências não causaram interrupção do fornecimento de transmissão de energia e que as empresas estão atuando nos dados detectados.

O MME informou que encaminhou ofícios para os governos de São Paulo, Rondônia e do Paraná para adoção de medidas preventivas e investigativas.

Em nota, o ministro afirmou que o governo irá agir com o rigor da lei, punir e cobrar o ressarcimento dos vândalos. "O MME também enviou ofício para as maiores transmissoras e para a Associação Brasileira das Empresas de Transmissão de Energia Elétrica (ABRATE) para efetuarem medidas preventivas de inspeção e de reforço na segurança das instalações, inclusive de monitoramento eletrônico, e para adotarem planos de contingência para restabelecimento célere dos equipamentos danificados."

A média de economia, quando se utiliza a energia solar em substituição à elétrica, chega a até 90%. A estimativa é da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).

O setor, que vem crescendo muito no Brasil, já ocupa o 3º lugar em geração de energia, perdendo apenas para eólica e elétrica.

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O país ultrapassou a marca de 19 gigawatts (GW) de potência instalada da fonte solar fotovoltaica. Desse total, 13 são de potência instalada em telhados, fachadas e pequenos terrenos. O restante corresponde às usinas de grande porte.

O número é considerado histórico pelo setor e, com base neles, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) estima que a capacidade instalada poderá dobrar até o início do ano que vem.

O presidente da Absolar, Rodrigo Sauaia, disse que os crescentes reajustes nas contas de luz e a redução dos custos para instalação das placas fotovoltaicas explicam o crescimento desse tipo de energia no país.

A energia solar é considerada uma fonte limpa, que não produz resíduo ou poluição. Segundo a Absolar, essa  energia evitou a emissão de quase 28 milhões de toneladas de CO2 (dióxido de carbono) na geração de eletricidade.

O custo de instalação, no entanto, não é baixo. Para residências, o preço médio é de R$ 25 mil e para indústrias, de até R$ 200 mil. Sauaia afirmou ainda que esses valores devem cair. Como a redução nas contas mensais é alta, o investimento é recuperado em poucos anos.

Desde 2012, de acordo com dados da Absolar, a energia solar garantiu R$ 10 bilhões em novos investimentos no Brasil, além de 640 mil empregos. A arrecadação aos cofres públicos foi de quase R$ 40 bilhões.

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, afirmou nesta terça-feira (13) que o país precisa de quase 800 milhões de euros (843 milhões de dólares) em ajuda de emergência para o setor de energia, alvo diário de ataques russos às vésperas do início do inverno (hemisfério norte).

"Precisamos de transformadores, de equipamentos para restaurar as redes de alta tensão, turbinas de gás... Nosso sistema de energia precisa de uma ajuda de emergência do sistema energético europeu, a importação de energia elétrica de países da União Europeia para a Ucrânia, ao menos até o fim da temporada de calefação", declarou Zelensky.

"Isto custará quase 800 milhões de euros", acrescentou o presidente ucraniano em um discurso por vídeo no início de uma conferência internacional de apoio à Ucrânia organizada em Paris com representantes de 47 países.

Depois das conferências de Lugano, Varsóvia e Berlim, o encontro na capital da França busca neutralizar a estratégia adotada pela Rússia desde outubro, que tem o objetivo de levar sofrimento à população e enfraquecer a resistência.

"A Rússia atua de maneira covarde e tenta semear o terror entre a população com ataques às infraestruturas civis, o que são atos de guerra", disse o presidente francês, Emmanuel Macron, na abertura da conferência.

A vontade da comunidade internacional é ajudar os ucranianos a "resistir durante este inverno" contra uma Rússia cujo objetivo é "deixar o país na escuridão e no frio", acrescentou.

A reunião, que recebeu o nome "Solidários com o povo ucraniano", acontece na sede do ministério das Relações Exteriores, na presença do primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmyhal.

Os participantes se concentram em cinco setores fundamentais (energia, água, alimentação, saúde e transportes) para permitir que a Ucrânia conserve suas infraestruturas essenciais.

"O objetivo imediato (...) é que a rede elétrica ucraniana não entre em colapso, que não tenhamos uma apagão de várias semanas, que a água não congele nos canos porque estes ficarão fora de serviço até o verão", afirmou uma fonte diplomática francesa.

O esforço deve incluir os reparos das infraestruturas após cada bombardeio russo, para que a população possa enfrentar o inverno e manter o moral elevado.

- China, a grande ausente -

A China é a grande ausente do evento, segundo uma fonte diplomática. Mas a reunião tem a presença de embaixadores dos países do Golfo e da Índia, símbolo de uma solidariedade que supera as fronteiras europeias e norte-americanas.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial também estão presentes, mas não são aguardados novos anúncios das instituições.

A primeira sessão terminará com uma entrevista coletiva da ministra francesa das Relações Exteriores, Catherine Colonna, e do primeiro-ministro ucraniano.

A conferência continuará na quarta-feira na sede do ministério da Economia, com um encontro bilateral para tentar mobilizar as empresas francesas a aderir ao esforço.

- Recessão profunda -

Apesar da ausência de perspectivas para o fim da guerra, "os ucranianos pediram para falar de reconstrução", informou o Palácio do Eliseu.

Algumas áreas atingidas no início da guerra já estão em fase de reconstrução, mas as obras devem demorar anos.

O custo da guerra para a Ucrânia é imenso.

"Declaramos no início de setembro que o custo seria de quase 350 bilhões de dólares, mas isto não cobrirá mais do que o período do início da guerra até 1º de junho", afirmou Anna Bjerd, vice-presidente do Banco Mundial para Europa e Ásia Central.

Uma nova estimativa será publicada no início de 2023, acrescentou Bjerd.

A economia ucraniana já registrou contração de 33%, consequência da guerra iniciada por Moscou em 24 de fevereiro.

"Com os recentes ataques no país, a contração será maior. Podemos esperar algo próximo a 40%", disse Bjerd.

O Banco Mundial não fez previsões para o próximo ano devido à grande incerteza da conjuntura atual.

A conta dos consumidores de energia elétrica tem impacto de R$ 500 bilhões, a serem pagos nos próximos anos. Segundo levantamento do grupo técnico de Minas e Energia da equipe de transição, esta será a “herança” deixada por uma série de ações adotadas pelo atual governo.

De acordo com o coordenador executivo do grupo, Mauricio Tolmasquim, o principal impacto é uma das consequências da privatização da Eletrobras, com um custo de R$ 368 bilhões nas contas. Uma das emendas inseridas pelos parlamen tares no projeto que aprovou a venda da estatal no Congresso obriga o governo a comprar energia de termelétricas a gás natural nas regiões Nordeste, Norte, Centro-Oeste e Sudeste a partir de 2026. “Lugares distantes onde não há gás natural”, alertou Tolmasquim, durante entrevista coletiva no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília.

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Também aumentaram o rombo na Conta-Covid, um empréstimo feito ao setor elétrico durante a pandemia de covid-19 no valor de R$ 23 bilhões; a Conta Escassez-Hídrica, novo empréstimo de R$ 6,6 bilhões feito ao setor elétrico para cobrir prejuízos com a crise energética de 2021; a contratação emergencial de usinas termelétricas, realizada em outubro do ano passado pelo governo, no valor de R$ 39 bilhões; e a obrigação de reserva de mercado com a contratação de Pequenas Centras Hidrelétricas (PCHs) nos leilões de energia, de R$ 55 bilhões, mais uma exigência feita pelo Congresso no projeto de privatização da Eletrobras.

Segundo Tolmasquim, isso terá que ser pago pelos consumidores durante esse período do governo que se inicia, mas por outros governos também. “Hoje temos um fenômeno que o custo da geração de energia elétrica é muito barato, nossas fontes são baratas, temos bons recursos naturais, mas a tarifa que o consumidor paga é exorbitante, uma das mais caras do mundo. Agora vem mais pressão sobre a tarifa e temos que agir para resolver isso”, disse.

A equipe de transição fará sugestões ao novo ministro de Minas e Energia para reduzir esses valores, como a rescisão dos contratos emergenciais com as usinas termelétricas e a revisão, junto ao Congresso, da obrigação de instalar esse tipo de usina em lugares distantes, longe do suprimento de gás e do centro de consumo.

“Não aceitamos isso como prato feito. Existe espaço para negociação, ações para reduzir esse custo e o consumidor não ser impactado enormemente”, destacou.

Ele citou ainda a escalada da criação de subsídios no setor, como para a energia fotovoltaica, “uma fonte altamente competitiva”. Nesta semana, a Câmara dos Deputados aprovou a prorrogação, por mais seis meses, do prazo final para instalação de microgeradores e minigeradores de energia fotovoltaica com isenção de taxas pelo uso da rede de distribuição para jogar a energia elétrica na rede. A isenção vai até 2045.

Para Tomalquim, esse tipo de ação é resultado da “omissão completa do governo de formular políticas públicas para o setor”, o que levou, por exemplo, à privatização da Eletrobras.

“Nenhum país do mundo fez isso, que é vender usina hidrelétrica amortizada, que não gera nenhum centavo na economia, e coloca um poder absurdo em grupo privado”, disse.  Segundo ele, a expansão do setor deve passar pela visão de transição energética, por fontes como solar e eólica, mas é preciso pensar na segurança energética e capacidade de fornecimento no futuro, que passa pela energia hídrica, atuação central da Eletrobras.

Da mesma forma, a intenção do próximo governo é expandir a capacidade de refino da Petrobras e reduzir a dependência do combustível importado e do impacto da taxa de câmbio sobre o valor do produto comercializado aos brasileiros. “Sempre olhando essa visão de transição energética que a Petrobras tem responsabilidade, como todas as petrolíferas têm, com a questão climática. Não quer dizer que deixará de ter rentabilidade”, disse, explicando que parte dos lucros podem ser investidos em outros setores que também trazem receita para o país.

Além de questões no setor elétrico, o grupo citou problemas ligados ao funcionamento do Estado, do sucateamento de agências reguladoras e empresas, incluindo a Petrobras, ao incentivo à mineração ilegal.

Mais de 500 localidades ucranianas continuavam sem energia elétrica neste domingo (4), após os bombardeios russos das últimas semanas que afetaram a infraestrutura de energia do país, informou o ministério do Interior.

"O inimigo continua atacando as infraestruturas essenciais do país. Atualmente, 507 localidades de oito regiões de nosso país estão sem fornecimento de energia", declarou o vice-ministro do Interior, Yevgeniy Yenin.

"A região de Kharkiv é a mais afetada, com 112 localidades isoladas. Nas regiões de Donetsk e Kherson mais de 90; na região de Mykolaiv 82; na região de Zaporizhzhia 76; na região de Lugansk 43", explicou.

As autoridades ucranianas fizeram um apelo no sábado no sábado para que a população tente "aguentar" a deterioração das condições de vida.

"Temos que aguentar", afirmou o governador da região Mykolaiv (sul), Vitaliy Kim. Os ucranianos ficam sem energia elétrica e calefação por várias horas em um dia e as dificuldades são cada vez mais intensas, pois as temperaturas estão abaixo de zero há alguns dias.

A perspectiva de novos bombardeios russos contra a rede de energia ucraniana provoca o temor de um inverno especialmente complicado para a população e uma nova onda de civis em busca de refúgio fora do país.

Cerca de metade dos habitantes de Kiev continua sem energia elétrica nesta sexta-feira (25) dois dias depois que a Rússia voltou a bombardear infraestruturas estratégicas deixando milhões de ucranianos sem luz em meio ao frio. Três centrais nucleares foram reconectadas à rede elétrica depois de um corte na quarta-feira (23) provocado pelos bombardeios russos. As centrais devem voltar a fornecer energia a um país que se prepara para um inverno rigoroso.

A estratégia de Moscou de bombardear a infraestrutura energética, implementada a partir de outubro após vários reveses militares, foi denunciada como "crime de guerra" pelos aliados ocidentais da Ucrânia e como "crime contra a humanidade" pelo presidente ucraniano Volodmir Zelenski.

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Nesta sexta-feira, engenheiros ucranianos continuavam consertando os danos causados pelos bombardeios russos de quarta-feira, que deixaram habitantes sem eletricidade durante toda a quinta-feira, 24, especialmente na capital. "Um terço das casas em Kiev já tem aquecimento, especialistas continuam restabelecendo o fornecimento na capital. Metade dos consumidores ainda está sem eletricidade", informou o prefeito da capital, Vitali Klitschko.

"Ao longo do dia, as empresas de energia planejam conectar a eletricidade de todos os consumidores em alternância", acrescentou, à medida que a temperatura se aproxima de 0ºC.

O presidente do conselho de administração da operadora nacional de eletricidade Ukrenergo, Volodimir Kudriski, considerou que o sistema energético ucraniano "passou pelo momento mais difícil" após o ataque. A eletricidade foi parcialmente restaurada nas regiões ucranianas e "o sistema de energia está conectado novamente ao sistema de energia da União Europeia", informou.

"Depois dos bombardeios russos, o sistema foi destruído, mas foi restaurado em 24 horas", afirmou o assessor presidencial Mikhailo Podoliak, que acrescentou: "Sim, é uma situação difícil e sim, isso pode acontecer novamente. Mas a Ucrânia consegue enfrentar isso".

Diante dos ataques russos, os aliados ocidentais de Kiev forneceram sistemas de defesa antiaérea, mas o governo ucraniano pode precisar de mais para lidar com os mísseis e drones de Moscou.

A Rússia garante que visa apenas a infraestrutura militar e acusou a defesa antiaérea ucraniana dos apagões. O Kremlin sustenta que a Ucrânia poderia acabar com o sofrimento de sua população se concordasse com as exigências da Rússia.

Na linha de frente, os combates continuam em várias áreas. Na noite de quinta-feira, um bombardeio russo na cidade de Kherson, no sul, de onde as tropas de Moscou se retiraram há duas semanas, causou 11 mortes e quase 50 feridos, segundo a Presidência ucraniana.

Ajuda externa

Países europeus estão se mobilizando para ajudar a Ucrânia a se manter aquecida e funcionando durante os rigorosos meses de inverno do Hemisfério Norte. A França está enviando 100 geradores de alta potência para a Ucrânia para ajudar as pessoas a enfrentar os próximos meses, disse a ministra das Relações Exteriores Catherine Colonna, nesta sexta-feira.

Em viagem a Kiev, o secretário de Relações Exteriores britânico, James Cleverly, disse que um prometido pacote de defesa aérea, que o Reino Unido avaliou em 50 milhões de libras (R$ 323 milhões), ajudaria a Ucrânia a se defender dos bombardeios da Rússia. "Palavras não são suficientes. As palavras não vão manter as luzes acesas neste inverno. Palavras não vão defender contra mísseis russos", disse Cleverly.

O pacote inclui radar e outras tecnologias para combater os drones explosivos fornecidos pelo Irã que a Rússia usou contra alvos ucranianos, especialmente a rede elétrica. (Com agências internacionais).

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estima que a tarifa de energia elétrica vai subir, em média, 5,6% em 2023. A projeção corresponde a uma média para todo o País, ou seja, os índices deverão ser diferentes para cada distribuidora.

A estimativa foi apresentada pela diretoria do órgão regulador na quarta-feira, 24, a representantes do grupo responsável pela área de Minas e Energia do governo de transição.

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A Aneel foi o segundo órgão setorial consultado pela equipe, que se reuniu com o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, na terça-feira, 23.

Na apresentação, a diretoria da agência não detalhou o reajuste projetado para cada empresa ou por classe de consumidor.

Os dados apontam que sete distribuidoras devem ter reajustes de, em média, 14,3%. Já para outras 15 empresas, a alta deve ser de 7,4%, em média.

Outras 17 distribuidoras devem ter reajustes de, em média, 2,7% enquanto 13 empresas devem ter uma redução de, em média, 4,3% nas tarifas.

Segundo a Aneel, os resultados dependem de premissas que podem ser alteradas até a homologação dos processos tarifários. As tarifas de energia são reajustadas anualmente pela agência reguladora, de acordo com o "aniversário" do contrato de cada concessionária.

Segundo apurou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), os reajustes das tarifas são uma das principais preocupações da equipe de transição, sobretudo em relação aos impactos de medidas tomadas nos últimos anos. Caberá à área técnica da agência reguladora subsidiar a equipe de transição com informações e dados mais detalhados.

Durante a reunião, a agência reguladora destacou propostas legislativas relacionadas ao setor elétrico em tramitação no Congresso, entre elas o projeto de lei 414/2021, que entre outros pontos estabelece um cronograma de abertura do mercado livre, e o projeto de decreto legislativo que derruba resoluções que tratam do cálculo das tarifas de transmissão.

A diretoria colegiada também manifestou preocupação com o projeto de lei que amplia em 12 meses o prazo para assegurar os subsídios para novos projetos para o consumidor de baixa tensão que quer gerar a própria energia, a chamada geração distribuída. A Aneel estima um impacto tarifário em R$ 25 bilhões até 2045.

O texto chegou a ser incluído na pauta da Câmara da quarta-feira, mas a sessão foi encerrada sem discussão.

Consumidores do Norte e do Nordeste, áreas que atualmente são grandes produtoras e exportadoras de energia elétrica para outras regiões, podem ter de pagar uma conta de luz até 2,4% mais alta do que no resto do País por causa de um projeto de lei aprovado na Câmara e que, agora, aguarda análise do Senado.

O alerta e as críticas sobre o impacto da proposta na conta de luz partiram das principais instituições que representam os consumidores de energia, além do próprio Ministério de Minas e Energia.

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Em 9 de novembro, em uma votação que durou cerca de um minuto, o plenário da Câmara aprovou um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) apresentado pelo deputado Danilo Forte (União-CE). A proposta suspende duas resoluções da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sobre tarifas aplicadas pelo uso dos sistemas de transmissão e de distribuição de energia.

As medidas que tinham sido adotadas pela agência reguladora só foram tomadas depois de três anos de audiência pública sobre o assunto, mas, segundo Danilo Forte, as alterações iriam prejudicar as usinas das duas regiões, principalmente os parques eólicos. O Ceará concentra diversas geradoras eólicas.

Para defender sua proposta, o deputado chegou a dizer que projetos previstos em cidades como São Gonçalo do Amarante e Jaguaratama, ambas no Ceará, estariam sendo suspensos devido às regras, e que mais de 5 mil empregos poderiam ser suspensos.

A reportagem questionou o parlamentar sobre o possível aumento na conta de luz dos consumidores do Norte e do Nordeste, caso seu decreto fosse aprovado no Senado. Forte respondeu com apenas uma palavra: "Falácia". Ele não deu mais explicações, apesar dos questionamentos.

Não há data prevista para que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), paute a votação do projeto. Como se trata de um decreto do Legislativo, ele nem precisa de sanção presidencial, ou seja, se aprovado no Senado, já começa a valer.

A Frente Nacional dos Consumidores de Energia, que é formada por representantes dos grandes e pequenos consumidores de energia do País, tem atuado pela reprovação do projeto. "Chamamos a atenção de que o projeto em discussão trará aumento na conta de luz dos consumidores do Nordeste e do Norte, aumentando ainda mais o custo de vida justamente num momento em que os brasileiros estão endividados e com seus orçamentos estrangulados", afirma a organização.

Competência legal

A frente chama a atenção ainda para o fato de ser competência do órgão regulador, e não do Congresso Nacional, definir regras que venham a provocar impacto direto no valor das tarifas finais dos consumidores. "O trâmite, desde a apresentação até a aprovação da urgência, se deu de forma acelerada sem a presença dos consumidores nas conversas. Entendemos que a discussão desse tema deva ser realizada com ponderação e tempo para se analisar todos os impactos possíveis."

Em nota técnica, o MME também se posicionou contra o decreto, por entender que se trata de um tema de "competência legal da Aneel", e que as resoluções que foram aprovadas pela agência permitem "a redução da tarifa a consumidores que estão próximos a relevantes parques geradores, como é o caso nos submercados Nordeste e Norte".

A Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia e Consumidores Livres (Abrace) também reforçou as críticas ao projeto. "A proposta de intervenção em um tema exclusivamente técnico e regulatório, e que foi amplamente debatido com todo o setor elétrico e seus usuários, produzirá efeitos negativos no mercado de energia como instabilidade e insegurança jurídica, além do já mencionado impacto social que prejudicará os consumidores de energia mais fragilizados, aqueles das regiões Norte e Nordeste."

Resolução da Aneel mexe com tarifa paga por rede de transmissão

O projeto apresentado pelo deputado Danilo Forte (União-CE) mexe com resoluções baixadas em setembro pela Aneel, que decidiu alterar um dos componentes da tarifa que é paga pelos usuários pelo uso da rede de transmissão de energia elétrica - o chamado sinal locacional.

Na prática, a medida beneficiaria os consumidores do Norte e do Nordeste do País, que, de acordo com a Aneel, deveriam pagar R$ 1,23 bilhão a menos por ano pelo uso da rede de transmissão. Isso aconteceria porque os clientes das duas regiões não dependem mais da energia gerada em outras regiões, onerando menos o sistema de transmissão.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Queridinho por muitos e odiado por outros, o retorno do horário de verão ainda é uma incógnita para a população brasileira. Criado há 91 anos pelo então presidente Getúlio Vargas, o horário de verão foi cancelado em 2019, no primeiro ano de Jair Bolsonaro (PL) comandando o país. 

O Horário Brasileiro de Verão tinha como principal objetivo reduzir o consumo de energia elétrica a partir do melhor aproveitamento da luz natural, com o adiamento dos relógios em uma hora. Uma nota técnica serviu de respaldo para o fim do horário.

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O documento apresentou uma análise processual dos estudos realizados desde 2017 pelo Ministério de Minas e Energia sobre o tema, bem como avaliou o impacto do horário de verão no ciclo 2018/2019. A conclusão foi de que a adoção "implicou aumento da carga brasileira de energia elétrica da ordem de 0,7% devido, possivelmente, a mudanças nos hábitos de uso dos equipamentos pelos consumidores para fazer frente a alterações nas condições de iluminação e de temperatura provocadas por esta política pública". 

Após o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fazer uma enquete em sua conta no Twitter perguntando se a população gostaria do retorno do horário de verão, começou a especulação de que uma das primeiras determinações do próximo governo seria a implementação do horário.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), enviou em setembro deste ano, ao Ministério de Minas e Energia, um estudo com os possíveis resultados da adoção do horário de verão. Nas análises, o ONS não identificou economia significativa de energia, já que a redução observada no horário da ponta noturna, ou seja, das 18h às 21h, estava sendo compensada pelo aumento do consumo em outros períodos do dia, especialmente no início da manhã.

"Além disso, pelas prospecções realizadas, não teria impacto sobre o atendimento à potência, pois o Horário de Verão não afeta o consumo no período da tarde quando se observa a maior demanda do dia. Sendo assim, os ganhos em termos de benefícios relevantes para o Sistema Interligado Nacional (SIN) são reduzidos. Porém, caberá ao Governo Federal definir se aplicará ou não a medida, considerando os impactos em outros setores da economia, além da energia", ponderou o ONS.

Baseado em informações públicas do Ministério de Minas e Energia, o LeiaJá separou algumas curiosidades sobre o tema:

Quando começava e acabava o horário de verão?

De acordo com o Decreto nº 6.558, de 08 de setembro de 2008, modificado pelo Decreto nº 9.242, de 15 de dezembro de 2017, a Hora de Verão ficava instituída no Brasil da seguinte forma:

“A partir de zero hora do primeiro domingo do mês de novembro de cada ano, até zero hora do terceiro domingo do mês de fevereiro do ano subsequente, em parte do território nacional, adiantada em sessenta minutos em relação à hora legal. No ano em que tinha coincidência entre o domingo previsto para o término da hora de verão e o domingo de carnaval, o encerramento da Hora de Verão dar-se-á no domingo seguinte”.

Em quais Estados era aplicado o horário de verão?

Nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal.

Por qual motivo os Estados do Norte e do Nordeste não entravam no horário de verão?

Percebeu-se que o horário de verão era mais eficaz nas regiões mais distantes da Linha do Equador, onde há uma diferença mais significativa na luminosidade do dia entre o Verão e o Inverno. Nos Estados do Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil, os dias de verão são mais longos que no Norte e Nordeste.

Com isso, era possível estimular as pessoas e as empresas a encerrarem suas atividades do dia com a luz do sol ainda presente, evitando que muitos equipamentos estivessem ainda ligados quando era acionada a iluminação noturna. No Norte e Nordeste, houve poucos impactos elétricos e energéticos nos Estados em que houve Horário de Verão.

O Brasil era o único país tropical no mundo que adota o horário de verão?

O Brasil era um dos poucos países em região tropical a adiantar os relógios durante o verão. A grande maioria dos países adotantes situa-se além do paralelo 30° (norte ou sul).

O Horário de Verão também era adotado em países como Canadá, Austrália, Groenlândia, México, Nova Zelândia, Chile, Paraguai e Uruguai. Por outro lado, Rússia, China e Japão, por exemplo, não implementam esta medida.

Nos Estados Unidos, a medida se consolidou no chamado “Daylight Saving Time” e foi introduzido em 1918, com o “Standard Time Act”, que se inspirou em políticas de países da Europa. Sua adoção, entretanto, não foi perene ao longo do tempo e variou entre cidades e Estados. Em 1966, o “Uniform Time Act” deu autonomia para que Estados definam a aplicação ou não do horário de verão, desde que contemple toda sua área geográfica.

A energia elétrica retornou à cidade de Kherson, no sul da Ucrânia e controlada pelas tropas russas, após dois dias de apagão, anunciou nesta terça-feira um os principais nomes do governo de ocupação, Kirill Stremousov.

A cidade ucraniana, sob controle da Rússia praticamente desde o início da ofensiva (que começou em fevereiro), ficou sem abastecimento de água e energia elétrica no domingo, após bombardeios que provocaram uma troca de acusações entre Moscou e Kiev.

Os ataques também provocaram danos na represa hidrelétrica de Kajovka, controlada pelas forças russas e que fornece energia à península da Crimeia, anexada por Moscou em 2014.

"Há energia elétrica, apesar dos atos de sabotagem e atentados", afirmou Stremousov no Telegram, sem revelar mais detalhes.

Ao mesmo tempo, o Serviço Federal de Segurança (FSB) anunciou nesta terça-feira a detenção de nove integrantes de um "grupo de espionagem e sabotagem" das forças ucranianas.

Em um comunicado, o FSB acusa os detidos de planejarem ataques contra altos funcionários da administração da ocupação na região de Kherson.

Durante a operação, os agentes apreenderam granadas, munições e um carro-bomba, segundo o FSB, que anunciou uma investigação por "ato de terrorismo internacional".

Kherson é a principal cidade ucraniana tomada pelas forças de Moscou desde o início da invasão.

Há várias semanas as forças ucranianas organizam na região de mesmo nome uma contraofensiva que permitiu recuperar território ao norte da cidade.

Nos últimos meses foram registrados vários ataques, alguns fatais, contra autoridades da ocupação russa.

A Rússia anunciou uma "retirada" de milhares de civis da região, uma manobra que a Ucrânia chama de "deportação".

Diante da explosão dos preços de energia na Grécia, as autoridades do município de Glyfada, a cerca de 20 quilômetros do centro de Atenas, começaram a distribuir lenha gratuita aos seus habitantes para enfrentar o inverno.

A Prefeitura de Glyfada lançou a iniciativa há cerca de 15 dias e faz a distribuição duas vezes por semana.

Perto de 3.000 famílias da cidade já foram beneficiadas, e 14.000 pessoas se inscreveram por meio de uma plataforma criada pela prefeitura, informou Annie Kafka, adjunta da Defesa Civil da Prefeitura de Glyfada.

"Após a queda de muitas árvores durante uma tempestade de neve em janeiro, decidimos não reciclar a madeira como combustível industrial, como costumávamos fazer", disse Kafka à AFP.

Em vez disso, o governo local decidiu cortar a lenha para "dá-la às famílias por causa da crise de energia".

Em setembro, os preços do gás natural dispararam 332%, e muitos gregos temem não conseguir aquecer suas casas neste inverno. Além disso, há seis meses a inflação supera 10%, em um país que ainda sofre as sequelas de uma década de crise financeira.

As autoridades informam sobre a distribuição por SMS. Os moradores podem beneficiar da ajuda apenas uma vez.

"Precisamos muito [...], especialmente neste ano difícil", disse Yiannis Dimitrakopoulos, um aposentado de 75 anos, que vive em Glyfada.

Em setembro, a prefeitura de Zografou, outro subúrbio de Atenas, também distribuiu lenha para sua população.

Já a prefeitura de Atenas, uma cidade densamente povoada e que sofre com a poluição, não imitou a medida, alegando os problemas ambientais que ela pode causar.

Durante o naufrágio financeiro da Grécia (2008-2018), muitas famílias optaram por usar lenha para aquecerem suas casas.

Em muitos prédios, o aquecimento sequer era ligado, porque os moradores não tinham condições de pagar as contas. Por causa disso, as principais cidades do país se viram envoltas por uma espessa neblina.

Há dez anos o Brasil não chegava ao chamado período úmido com os reservatórios das hidrelétricas tão cheios, principalmente os localizados nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do País. Os indicadores de armazenamento indicam que, em 2023, o próximo governo não terá de enfrentar a bandeira tarifária vermelha na precificação da energia, que tanto afetou a inflação neste ano e no anterior. O período úmido vai de meados de outubro a abril do ano seguinte, quando os reservatórios serão ainda mais abastecidos pelas chuvas.

No ano passado, com a pior seca dos últimos 91 anos, os reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste chegaram nesta mesma época a 17% da capacidade. Nos anos anteriores, também ficaram abaixo dos 30%, com a melhor performance registrada em 2013, quando a armazenagem de água chegou a 47,31%. Neste ano, o período seco está terminando com um armazenamento de água de mais de 50% no principal subsistema do País, segundo dados do Operador Nacional do Sistema (ONS).

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Raízen, empresa integrada de energia, abriu inscrições para o programa de formação de futuras lideranças na área agroindustrial, no setor de produção de etanol, açúcar e bioenergia. Os interessados podem se inscrever através da plataforma Gupy, até o dia 16 de outubro.  

No total, são ofertadas 56 vagas distribuídas no interior dos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. Podem participar candidatos com formação entre dezembro de 2020 e março de 2023, nos cursos superiores de agronomia, engenharia agronômica, engenharia agrícola, engenharia mecânica, engenharia elétrica, engenharia mecatrônica, engenharia química, engenharia de alimentos e engenharia de produção. É necessário ter habilidade com Excel, e experiência no setor sucroalcooleiro é considerado um diferencial. 

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Além da remuneração, o programa oferece benefícios como assistência médica e odontológica, vale alimentação, refeição no local, transporte fretado, previdência privada, seguro de vida, remuneração variável anual, GymPass e acesso a cooperativa de crédito. 

Os contratados participarão de uma trilha de desenvolvimento ao longo de 18 meses. O treinamento envolve formação técnico-funcional nas áreas agrícola, indústria e de manutenção automotiva, impulsiona competências de liderança, promove o desenvolvimento de projetos e conta com muita aprendizagem prática, com avaliações contínuas. Ao final da formação, os profissionais que participaram do programa poderão atuar como gestores de processos em parques de bioenergia da companhia. 

 

Na manhã desta quinta-feira (6), um emaranhado de fios localizado em um dos postes da Rua Padre Carapuceiro, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife, pegou fogo e deixou boa parte da população local sem energia.

A assessoria da Neoenergia informou ao LeiaJá que enviou uma equipe ao local após o incêndio que, segundo eles, começou em uma rede de telecomunicações e atingiu a rede elétrica. 

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"A empresa esclarece que 98% dos clientes já tiveram seu fornecimento restabelecido e, equipes da concessionária estão no local concluindo a recomposição da rede elétrica". A Neoenergia não informou o que pode ter iniciado as chamas. 

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou nesta sexta-feira, 30, que manterá a bandeira verde acionada em outubro para todos os consumidores conectados ao setor elétrico nacional. Com a decisão, as contas de luz seguem sem cobrança adicional.

"Essa sinalização reflete boas condições de geração de energia elétrica sem cobrança adicional nas contas de luz, mesmo considerando previsão de crescimento do consumo de energia no País. A bandeira será válida para todos os consumidores conectados ao Sistema Interligado Nacional", afirmou a agência em nota.

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A bandeira verde está em vigor para todos os consumidores desde 16 de abril. De setembro de 2021 a 15 de abril, apenas beneficiários do programa tarifa social não pagaram a taxa, enquanto os demais consumidores pagaram adicional de R$ 14,20 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos, referente à bandeira escassez hídrica.

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 para indicar os custos da geração de energia no País aos consumidores e atenuar os impactos nos orçamentos das distribuidoras de energia.

Antes, o custo da energia em momentos de mais dificuldade para geração era repassado às tarifas apenas no reajuste anual de cada empresa, com incidência de juros. No modelo atual, os recursos são cobrados e repassados às distribuidoras mensalmente por meio da "conta Bandeiras".

A bandeira verde, quando não há cobrança adicional, significa que o custo para produzir energia está baixo. Já as bandeiras amarela e vermelha 1 e 2 representam um aumento no custo da geração e a necessidade de acionamento de térmicas, o que está ligado principalmente ao volume dos reservatórios.

A sessão do Senado de segunda-feira, especialmente marcada para analisar medida provisória que pode aumentar a conta de luz, tem chance de ser cancelada. A proposta perde a validade no dia seguinte, mas os parlamentares não se entendem sobre o texto final.

Ao Estadão/Broadcast, o líder do governo na Casa, senador Carlos Portinho (PL-RJ), confirmou que há possibilidade de o texto caducar.

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Em meio ao processo eleitoral, há uma batalha entre aqueles que argumentam benefícios à economia com os trechos extras, adicionados em análise da matéria na Câmara, e aqueles que criticam o aumento na conta de luz que os jabutis (inclusões no texto) provocarão.

Originalmente, a MP tratava apenas de concessões de créditos tributários para o setor de combustíveis. De última hora, o relator na Câmara, deputado Danilo Forte (União-CE), incluiu dispositivos que afetam o setor de energia e as tarifas.

Da forma como está, associações do setor avaliam que o texto provocaria impacto anual que pode variar de R$ 8 bilhões a R$ 10 bilhões. O valor é referente à extensão de dois anos no prazo para que usinas de fontes incentivadas que ainda terão direito a receber subsídios fiquem prontas e comecem a funcionar. Até então, esses empreendimentos deveriam operar em até 48 meses, mas o texto aprovado pelos deputados estende o prazo a 72 meses.

Na quarta, pressionado por senadores para a retirada destes trechos, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), adiou de quinta para segunda a sessão de análise da MP. Parlamentares, incluindo o líder do governo, apresentaram pedidos de impugnação às partes do texto que tratam de energia, o que cabe ao comandante da Casa analisar.

Contudo, há divergências de entendimento sobre mudanças em MPs. Uma ala acredita que, por se tratar de impugnação por inclusão de matéria estranha ao tema original, o presidente do Senado tem a prerrogativa de decidir de ofício - de forma monocrática - a questão.

Mas há senadores que veem que o Senado, como Casa revisora, não pode efetuar mudanças de mérito profundas em propostas. Assim, elas teriam de retornar à Câmara, para nova análise. Não há tempo hábil para isso antes de a MP perder a validade.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Duas das maiores hidrelétricas do País atribuíram às restrições impostas pela Covid-19 em 2021 a frustração de energia que deveriam ter entregue. O argumento foi levado aos órgãos de fiscalização do setor elétrico pelas usinas de Jirau e Santo Antônio, quarta e quinta maiores hidrelétricas do País, respectivamente, em potencial de geração.

Pelas regras do setor elétrico, toda hidrelétrica deve garantir um determinado volume de geração previamente determinado, além de respeitar um cronograma específico de manutenção de suas turbinas e demais equipamentos.

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O isolamento social e as dificuldades de contratação de serviços e suprimentos ocasionadas pela pandemia teriam prejudicado o calendário das empresas que operam no Rio Madeira, em Rondônia.

LIXO ACUMULADO

Há duas semanas, a concessionária Jirau Energia enviou informações à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), para afirmar que por falta de mão de obra teve dificuldades até de realizar a limpeza das telas instaladas na frente de suas turbinas. O acúmulo do material travou a passagem de água e reduziu a geração, segundo a empresa. Entre janeiro e maio de 2021, no "período úmido", foram realizadas por Jirau apenas 155 intervenções de limpeza nas máquinas, o que representa 40% da quantidade do mesmo período do ano anterior (256).

O resultado é que, segundo a empresa, a falta de manutenção provocou falhas em equipamentos que teriam levado a um total de 342 horas de indisponibilidades das turbinas em 2021. A companhia reclama ainda que registrou 1.274 horas de indisponibilidades de máquinas para fazer a "decantação" do material acumulado em frente aos equipamentos, por causa do tempo necessário para que todo material acumulado fosse removido naturalmente. Agora, pede que essas horas sejam "perdoadas" e que a companhia não seja punida por essa geração frustrada.

Por meio de nota, a Jirau Energia declarou que as medidas de prevenção contra covid-19 "causaram um impacto significativo na geração e no consumo de energia no Brasil, assim como a necessidade de isolamento e distanciamento social que impactou consideravelmente as rotinas de trabalho".

Segundo a empresa, os cronogramas das manutenções e os indicadores de operação "ficaram comprometidos em função das medidas de restrições que foram necessárias para manter a saúde das pessoas e a operação da Usina Jirau".

O cenário, afirmou a companhia, levou a escalas especiais de trabalho para prosseguir com a operação. "Contudo, os indicadores operacionais foram afetados e com as devidas argumentações a empresa solicitou à Aneel a revisão do indicador de disponibilidade."

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O bilionário indiano Gautan Adani tornou-se, nesta segunda-feira (29), a terceira pessoa mais rica do mundo. O asiático construiu um dos maiores conglomerados de energia do mundo. 

Esta é a primeira vez que um asiático fica entre os três primeiros no índice de bilionários da Bloomberg, nem o compatriota Mukesh Ambani e nem o chinês Jack Ma chegaram tão longe. 

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Com uma fortuna de US$ 137,4 bilhões, Adani ultrapassou o francês Bernard Arnault e agora está atrás apenas do sul-africano Elon Musk e do americano Jeff Bezos no ranking. 

Adani passou os últimos anos expandindo o seu conglomerado se aventurando em tudo, desde data centers a cimento, mídia e alumínio. O seu grupo agora possui a maior operadora de portos e aeroportos do setor privado da índia, distribuidora de gás e mineradora de carvão. 

Ainda que a sua mina Carmichael, na Austrália, tenha sido criticada por ambientalistas, ele prometeu, em novembro, investir US$ 70 bilhões em energia verde para se tornar o maior produtor mundial de energia renovável. 

Dívidas

As preocupações sobre o acúmulo também estão crescendo por conta do próprio aumento exponencial. A onda de negócios foi predominantemente financiada com dívidas e seu império está “profundamente superalavancado”, segundo a CreditSights em um relatório nesta semana. Na pior das hipóteses, isso poderia levar a um calote, alertou a unidade do Grupo Fitch. 

Analistas já levantaram preocupações sobre a fraca estrutura de acionistas e a falta de cobertura de analistas do mercado financeiro sobre as empresas do Grupo Adani. As ações dispararam, algumas delas mais de 1000% desde 2020, enquanto o asiático se concentrava em áreas que o primeiro-ministro Narendra Modi considera cruciais para cumprir as metas de longo prazo na Índia. 

O conglomerado ganhou investimentos de empresas como Warbus, Pincus e TotalEnergies, ajudando o Adani a entrar nos escalões. O aumento do preço do carvão nos últimos meses acelerou ainda mais a sua ascensão. 

Ao todo, a fortuna de Adani cresceu US$60,9 bilhões somente em 2022, cinco vezes mais do que qualquer outra pessoa no mundo. Ele ultrapassou Ambani como o asiático mais rico em fevereiro, tornou-se um centibilionário em abril e ultrapassou Bill Gates, da Microsoft, como a quarta pessoa mais rica do mundo no último mês. 

Ele também conseguiu superar alguns dos bilionários americanos mais ricos do mundo. Em julho, Gates disse que estava transferindo US$ 20 bilhões para a Fundação Bill e Melinda Gates, enquanto Warren Buffett já doou mais de US$ 35 bilhões para a instituição de caridade. 

Enfrentando calor e seca, que reduziram o volume dos rios, além da guerra na Ucrânia, que afetou o fornecimento de energia, a Europa começa a se preparar para um inverno difícil sem o abastecimento de gás russo. Alemanha, França, Reino Unido e Suíça já anunciaram medidas para reduzir o consumo de energia e acumular reservas para o período mais frio do ano.

A Alemanha aprovou nesta quarta (24) uma norma que restringe o aquecimento em prédios públicos e proíbe a instalação de painéis publicitários luminosos por um prazo de seis meses. A Suíça estabeleceu uma meta voluntária de reduzir em 15% o consumo de gás até a chegada do inverno.

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O Reino Unido reconheceu que a pressão sob o sistema energético alcançou níveis "extremos", passando a projetar os piores cenários em caso de escassez, como restrições no fornecimento de gás às indústrias e centrais elétricas, resultando em cortes de energia para empresas e residências.

Alerta

Na França, o presidente, Emmanuel Macron, alertou que a população precisará fazer "sacrifícios" pelo fim do que chamou de "era de abundância", em sua primeira reunião de gabinete após as férias de verão. As iniciativas nacionais são parte de um esforço dos países europeus para superar a crise proveniente do apoio à Ucrânia na guerra, que entrou no sexto mês.

O envio de armas a Kiev e as sanções aplicadas à Rússia e a autoridades e personalidades ligadas ao presidente russo, Vladimir Putin, acenderam um alerta sobre um possível boicote de Moscou por meio do fornecimento de gás - principal matriz energética utilizada para o aquecimento residencial em certos países.

A preparação dos europeus começou a tomar forma em junho, quando os países da União Europeia chegaram a um acordo para reduzir o consumo de gás em 15% para diminuir a dependência energética da Rússia. A lei, que inicialmente previa medidas voluntárias, continha também um gatilho para ações obrigatórias, caso os objetivos não fossem alcançados.

A Rússia não chegou a anunciar um corte total no fornecimento de gás para a Europa, mas certas sinalizações aumentaram o nível de preocupação sobre o uso político do gás e já afetam o preço da energia: o megawatt-hora passou dos € 300 ontem, após anúncios da estatal russa Gazprom de que suspenderá o fornecimento de gás pelo NordStream 1, principal gasoduto da Europa, entre 31 de agosto a 2 de setembro, alegando razões técnicas e de manutenção.

O receio é o de que sem um recuo nas posições adotadas pela guerra na Ucrânia, os cortes aumentem, se tornem mais constantes ou mesmo definitivos, à medida que o inverno se aproxima. As consequências poderiam variar de apagões, frio extremo para parte da população e consequências econômicas para além do preço da energia.

Miséria

"Os governos ocidentais devem fazer um convite à miséria econômica em uma escala que testaria o tecido da política democrática em qualquer país ou enfrentar o fato de que o fornecimento de energia restringe os meios pelos quais a Ucrânia pode ser defendida", disse Helen Thompson, professora de Economia da Universidade Cambridge em artigo publicado no Financial Times.

Pela via política, líderes europeus tentam resistir. Em Paris, Macron afirmou que as dificuldades dos próximos meses seriam "o preço a se pagar" por defender a liberdade na Ucrânia. "Nosso sistema com base na liberdade em que nos acostumamos a viver, às vezes, quando temos de defendê-lo, pode significar fazer sacrifícios", afirmou.

Na terça-feira, 23, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, afirmou que a UE deve reafirmar sua unidade para frustrar os plano de Putin - que, segundo ele, aposta em uma ruptura do apoio do bloco à Ucrânia. Para Borrell, Putin observa a "relutância" dos europeus "em arcar com as consequências de apoiar a Ucrânia", o que obriga a UE a "diluir os custos" do conflito.

Apoio

Borrell enfatizou a necessidade de "assumir e distribuir os custos" da energia e defendeu uma reforma na definição dos preços, que atualmente estão indexados aos preços do gás. "O presente mais bonito que a Europa pode dar à Rússia agora é pagar pela eletricidade ao preço do gás", concluiu.

Uma reunião entre chanceleres e ministros da Defesa da UE está marcada para 30 e 31 de agosto, em Praga, para discutir o apoio à Ucrânia e a continuidade da campanha de pressão contra a Rússia. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ao desligar os outdoors e diminuir a iluminação do metrô, uma grande cidade chinesa está tentando economizar eletricidade e lidar com a escassez de energia em partes do país devido a temperaturas extremas.

Nos últimos dias, o termômetro ultrapassou os 40 ºC em Sichuan, uma província no sudoeste do país cujo fornecimento de eletricidade depende 80% da energia hidráulica.

A onda de calor que atinge parte do país fez com que os cursos d'água da região secassem, o que afeta a rede elétrica devido aos aparelhos de ar-condicionado, que funcionam a plena capacidade.

Para economizar energia, a empresa que opera o metrô na capital da província de Sichuan, Chengdu, onde vivem mais de 20 milhões de pessoas, disse na quinta-feira que planeja "otimizar" a temperatura do ar-condicionado nos vagões e estações.

A intensidade da iluminação pública também foi reduzida e os letreiros publicitários do metrô estão apagados, de acordo com um vídeo divulgado pela empresa de transporte público, no qual as estações do metrô são vistas na penumbra.

Além disso, a Prefeitura ordenou que a publicidade nas ruas não fosse mais iluminada e que os letreiros das lojas fossem desligados.

Sichuan começou a racionar a eletricidade e muitas fábricas e empresas pararam de funcionar a partir dessa semana. Parte dos habitantes também sofre com quedas intermitentes de energia.

Essas dificuldades que representam um desafio para o pulmão econômico da China, já que as regiões costeiras de Jiangsu e Zhejiang (leste) são alimentadas pela eletricidade de Sichuan.

A vazão do rio Yangtze é 51% menor que a média dos últimos cinco anos, segundo a agência de notícias CNS.

De acordo com a agência meteorológica nacional, a China vive o mais longo período de altas temperaturas desde 1961.

Em Jiangsu (leste), faz tanto calor que o asfalto chegou a 68 ºC em alguns pontos. As autoridades alertaram os motoristas sobre o risco de os pneus explodirem.

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