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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definiu na manhã desta terça-feira (26) o reajuste de tarifa de energia elétrica em Pernambuco. Para os consumidores residenciais, que representam 99% dos consumidores da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe), o reajuste ficou em 11,50%, acima da inflação de 2015, que ficou em 10,67%.

Os consumidores industriais e comerciais de médio e grande porte terão reajuste de 6,77%. O reajuste médio das tarifas ficou em 9,99%. Os novos valores vigorarão a partir de sexta-feira (29) para as 3,5 milhões de unidades consumidoras em 185 municípios pernambucanos.

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Segundo a Aneel, ao calcular o reajuste, a agência considera a variação de custos associados à prestação de serviço. O cálculo leva em conta a aquisição e a transmissão de energia elétrica, além de encargos setoriais. Os custos típicos da atividade de distribuição são atualizados com base no Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M).

Problemas no fornecimento de energia em dois eventos-teste realizados no Parque Olímpico (ginástica artística e natação) foram a primeira consequência do atraso para a definição de quem pagaria pela energia temporária durante a Olimpíada. O orçamento para o fornecimento de energia para a Olimpíada sofreu corte de R$ 66 milhões.

Na semana passada, o Pré-Olímpico de Ginástica Artística, disputado na Arena Rio, teve pelo menos duas quedas de energia - o que gerou protestos da Federação Internacional de Ginástica -, enquanto o Troféu Maria Lenk, que aconteceu no Estádio Aquático Olímpico, teve a prova mais esperada, quando fracassou Cesar Cielo, adiada em 45 minutos por falta de luz. O problema já havia acontecido na inauguração do estádio, no início do mês.

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Somente no final de fevereiro, a pouco mais de seis meses do início da Olimpíada, foi decidido quem pagaria a conta. Em Londres-2012, a garantia foi dada 18 meses antes da abertura. O governo federal havia se comprometido a pagar a energia temporária até o teto de R$ 290 milhões, mas o valor só foi suficiente para garantir o pagamento relativo ao Parque Olímpico. Pelos cálculos iniciais dos organizadores, seriam necessários mais R$ 170 milhões para garantir a energia temporária no Complexo Esportivo de Deodoro, na região do Maracanã, que inclui também o Engenhão, e de Copacabana. Caberia ao Estado arcar com o restante.

A crise financeira do Rio fez com que o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) encaminhasse em dezembro um projeto de lei à Assembleia Legislativa solicitando que os R$ 170 milhões fossem pagos mediante renúncia fiscal. A Light se propôs a instalar o sistema em troca de desconto na cobrança de ICMS.

A Assembleia aprovou a proposta no fim de fevereiro, mas com redução de 50% em relação ao pedido original, o que deixou um rombo de R$ 85 milhões a ser fechado pelos organizadores. O Rio-2016 refez as contas, readequou o projeto e cortou R$ 66 milhões entre o que havia sido proposto originalmente e o que está sendo implantado.

A entidade, porém, não esclareceu o que foi cortado. O custo final ficou em R$ 104 milhões e o próprio comitê se comprometeu a pagar a diferença de R$ 19 milhões.

Diretor de Esportes do Comitê Rio-2016, Rodrigo Garcia reconheceu os problemas, mas afirmou que existe "risco zero" de isso se repetir na Olimpíada. "Energia é um tema que a gente está estudando muito, mas, para os eventos-teste, é uma configuração totalmente diferente. Basta dizer que o maior consumidor de energia não está aqui, que é o broadcast", afirmou, referindo-se a toda estrutura necessária para a transmissão de TV dos Jogos.

Mesmo dizendo que não teve culpa das quedas de luz nos eventos-teste, e que a responsabilidade é do Comitê Rio-2016, a Light informou que vem desenvolvendo "rigoroso plano de manutenção e operação que cobre os quatro clusters olímpicos".

Nesta quinta-feira (14), duas subestações começam a operar no Sertão de Pernambuco. As subestações de Serrita e Santa Cruz, com capacidade instalada de 12,5 MVA, deverão atender uma população de aproximadamente 80 mil habitantes. 

A Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) calcula que a subestação de Santa Cruz é um dos maiores investimentos da concessionária entre as unidades que estão sendo inauguradas. Foram aplicados R$ 18,5 milhões em obras e equipamentos. Na cidade, localizada a 680 quilômetros do Recife, 50 mil habitantes deverão ser beneficiados. Além de Santa Cruz, o equipamento também atenderá os municípios de Ouricuri, Trindade, Santa Maria da Boa Vista e Santa Filomena. Para permitir o suprimento dessa unidade, a Celpe construiu uma linha de transmissão de 138 kV, com 55 quilômetros de extensão, e instalou quatro alimentadores de 13,8 kV.

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Já a Subestação de Serrita. Com um custo de R$ 10,5 milhões, atenderá a mais de 30 mil pessoas da cidade além dos municípios de Salgueiro, Moreilândia e Cedro. Para o funcionamento da subestação, foi construída linha de transmissão e instalados alimentadores com as mesmas especificidades da unidade de Santa Cruz.

Agreste – Em fevereiro, a Subestação de Vertentes também foi inaugurada, reforçando o atendimento a 70 mil habitantes. A unidade ainda atende os municípios de Toritama, Taquaritinga do Norte, Frei Miguelinho e Santa Maria do Cambucá. 

Com informações da assessoria

Crianças portadoras de microcefalia podem ser incluídas como beneficiárias da Tarifa Social de Energia Elétrica, que concede até 65% de descontos na fatura mensal de energia elétrica. A Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) diz que está reforçando junto a instituições sociais do Estado esta inclusão, além de levar orientações aos Centros de Referência da Assistência Social (Cras), Secretarias de Assistência Social e nas ações sociais da empresa. A adesão ao benefício se enquadraria no critério de portadores de deficiência identificados como baixa renda.

O cadastro na Tarifa Social pode ser efetuado por meio dos canais de relacionamento com o cliente da Celpe, como no site, lojas de atendimento e pontos credenciados da companhia distribuídos em Pernambuco. No caso dos responsáveis pelos portadores de microcefalia, para solicitar a inclusão, é importante que a criança tenha sido inscrita previamente junto ao INSS e obtido o Benefício de Prestação Continuada (BPC) na categoria 87 – para portadores de deficiência. A Celpe concederá o benefício às crianças cadastradas nas agências do INSS existentes na área de concessão da empresa, que abrange todos os municípios pernambucanos, a Ilha de Fernando de Noronha e a cidade de Pedras de Fogo, na Paraíba.

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De acordo com a concessionária, além de apresentar o BPC do beneficiário na categoria 87, o pai ou responsável deverá também ter em mãos o CPF e RG da criança e uma conta de energia onde mora a família, para efetivar a solicitação do desconto. Não é necessário ser o titular da conta, nem levar o bebê à loja da Celpe. 

Depois de fechar 2015 com aumento médio superior a 50%, as tarifas de energia elétrica deverão subir este ano também, mas abaixo da inflação. A avaliação é do presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim.

Para Tolmasquim, a melhora nos níveis dos reservatórios das hidrelétricas (em relação aos últimos dois anos), o que poderá contribuir para o desligamento das usinas térmicas (que produzem energia mais cara) até o final de abril, contribuirá para o menor reajuste das tarifas.

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“Posso garantir que a energia este ano vai subir bem menos. E a energia elétrica, que foi um problema no ano passado, vai contribuir para segurar a taxa de inflação. Isso não quer dizer que [as tarifas] não vão subir, mas subirão, sem dúvida, abaixo da inflação”, disse Tolmasquim em entrevista exclusiva à Agência Brasil.

Tolmasquim destacou que a situação energética nas regiões Nordeste e do Norte – que enfrentam grave estiagem - ainda é preocupante por causa do fenômeno El niño, porém as chuvas no Sudeste estão ajudando a levar o nível dos reservatórios da região à normalidade.

“Somente nos primeiros 15 dias de janeiro, o Subsistema Sudeste/Centro-Oeste subiu 3,8%, passando a 33,6% da capacidade máxima dos reservatórios, com tendência de continuar subindo até maio. A gente está aguardando para saber se os reservatórios vão continuar subindo com a mesma intensidade para saber o momento adequado de desligar as térmicas e aliviar o bolso do consumidor”, disse, ressaltando o início do período de chuvas em Minas Gerais e em Brasília.

Para este ano, a oferta de energia deverá ser ampliada, passando de 6.428 megawatts (MW), registrados no ano passado, para pouco mais de 7 mil MW. A energia gerada pelas hidrelétricas continuará sendo a principal fonte fornecedora, com aumento de 60% a 70%. Em seguida, aparece a eólica, com alta de 25% de capacidade.

Entre as usinas que devem entrar em operação em 2016 para aumentar a oferta, está a de Teles Pires, além de Jirau e Santo Antônio. Já Belo Monte iniciará o processo para encher os reservatórios.

Prova de fogo

Na avaliação de Tolmasquim, o país enfrentou o pior cenário hidrológico de sua história nos últimos anos, mais grave do que o de 2001 quando houve racionamento de energia. Os últimos anos foram marcados por estiagens prolongadas, principalmente no entorno dos grandes reservatórios, levando-os a operar no limite.

“O setor elétrico brasileiro passou por sua maior prova de fogo, ultrapassando um período realmente complicado do ponto de vista hidroelétrico e sem a necessidade do racionamento”, disse. “Sempre afirmávamos, veementemente, que não haveria racionamento, ao contrário da previsão dos especialistas, porque, em 2001, a situação era muito diferente – até porque não tinha oferta de energia suficiente para atender a demanda”. No ano passado, foram introduzidos ao Sistema Interligado Nacional (SIN),  6.428 megawatts (MW) de capacidade nova de energia.

De acordo com Tolmasquim, diferentemente de 2001, o sistema elétrica dispõe de mais linhas de transmissão, possibilitando maior uso de usinas termoelétricas. “Você não tinha as termoelétricas, as eólicas, tinha água sobrando no Sul, mas não tinha linhas de transmissão para mandar energia para o Sudeste”, relembrando o cenário de 2001.

“O grande erro dos que afirmavam que haveriam racionamento era que olhavam para a pouca chuva, para o nível dos reservatórios, mas esqueciam que tínhamos outros recursos disponíveis, como era o caso das térmicas e das eólicas. E havia também água em outros subsistemas e linhas de transmissão para fazer girar a energia que sobrava em alguns deles”.

O presidente da EPE reconhece que a diminuição da atividade econômica e alta nas tarifas, por causa do acionamento das térmicas, levaram ao consumo menor de energia no país, em 2015 e a superação do período crítico.

“Até porque a energia mais cara faz com que as pessoas passem a economizar no seu dia a dia. E isto reduz o consumo. Mas nunca é de mais lembrar que em 2001 nem essa possibilidade tínhamos [de ligar as térmicas]”.

“Agora, é o momento de dar prosseguimento ao esforço de expansão da oferta de energia, diversificando a nossa matriz e aumentando a disponibilização das linhas de transmissão do Sistema Interligado Nacional e, dessa forma, tentar evitar ou minimizar o impacto tarifário para o consumidor final”, acrescentou.

Especialista não crê em energia mais barata em 2016

Apesar de reconhecer que o setor elétrico encontra-se em melhor situação e as perspectivas são de aumento do nível dos reservatórios, o diretor de Relações Institucionais do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), Luiz Pinguelli Rosa, discorda que os preços das tarifas terão redução este ano.

“Não creio em preços mais baixos para este ano. Há um problema nos preços das tarifas de energia, porque com a decisão do governo de fazer as licitações das 29 usinas antigas - que renderam alguns bilhões para o governo -, mas que agora terão que ser pagos pelo consumidor. Essas empresas que compraram as usinas nos leilões querem ser remuneradas pelo que capital que desembolsaram”, argumentou, em entrevista à Agência Brasil.

Em novembro do ano passado, o governo arrecadou R$ 17 bilhões com leilão de 29 usinas hidrelétricas. Na ocasião, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse que o valor irá reforçar o caixa do Tesouro Nacional somente no início deste ano. O maior lote do leilão, realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), foi arrematado pelos chineses China Three Gorges (CTG), que ficou com as hidrelétricas de Ilha Solteira e Jupiá, mediante aporte de R$ 13,8 bilhões. Os demais lotes foram arrematados pela Companhia Paranaense de Energia (Copel), pela empresa italiana Enel, Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) e Companhia Energética de Goiás (Celg).

“Na minha opinião, elas [usinas] não precisavam ser licitadas, não havia necessidade de se fazer licitação nenhuma. Elas renderam um bom dinheiro ao governo, mas agora alguém tem que pagar e é claro que quem paga em geral é o consumidor. Acredito que a energia elétrica ainda vai contribuir para a alta da inflação este ano”.

Para Pinguelli, as térmicas só estão gerando energia ainda para aumentar o nível de água dos reservatórios, porque “tecnicamente até já poderiam ser desligadas, o que deverá acontecer, no entanto, até o fim do período chuvoso”. 

Em 31 de janeiro de 2015, os reservatórios do Subsistema Sudeste/ Centro-Oeste, o maior do país,  encontravam-se com apenas 16,84% da capacidade total. Na mesma data deste ano, a capacidade dos reservatórios do mesmo subsistema fechou em 44,4% da capacidade total. Mas a situação continua evoluindo favoravelmente: ontem, por exemplo, este percentual já havia subido para 44,76% de sua capacidade total.

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico avalia hoje (3) a possibilidade de desligamento das usinas térmicas. O custo mais caro de produção dessas usinas impactou na alta das tarifas. 

“Não concordo que tenha sido esse [os últimos dois anos] o pior período [hidrológico]. Foi uma situação ruim sim, mas já houve no passado situações piores”, disse. “Com relação a 2001, o problema foi outro: houve um desequilíbrio entre a oferta e a demanda. O governo parou de investir em energia elétrica contando com investimentos privados, uma vez que essa era a política do governo Fernando Henrique Cardoso – a de privatização do setor”, acrescentou. "As empresas estatais do setor elétrico pararam de investir por entenderem que esse passou a ser o papel do setor privado – que também por sua vez não investiu”.

A grande maioria dos locais que ainda estão sem energia elétrica no Recife e Região Metropolitana deve ter o problema resolvido ainda neste domingo (31). Pelo menos é o que garantiu o gerente de operações da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe), Saulo Cabral, em entrevista à Rádio Jornal nesta manhã. Segundo ele, os casos específicos, como uma única casa sem energia ou ruas com pequenos grupos sem luz, apenas deverão ter uma solução a partir desta segunda-feira (1º).

De acordo com Cabral, 94% dos clientes da Celpe que estavam sem energia elétrica já tiveram o restabelecimento resolvido. Sobre os 6% que ainda enfrentam problemas, o gerente de operações declarou que são prioridades os serviços públicos, como os setores de abastecimento de água da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa).  

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“Nós temos algumas áreas de bairros afetados. Esperamos ao longo do dia resolver esses casos pontuais. Temos tido uma atenção especial com alguns trechos de Boa Viagem, que ainda estão sem energia desde o momento inicial do evento. Olinda também tem bastantes coisas. Há uma preocupação sempre com os serviços prioritários. Nós conseguimos reestabelecer todos os hospitais que estavam interrompidos e estamos focados também na questão do abastecimento de água, porque algumas áreas da Compesa foram afetadas”, disse o gerente de operações em entrevista à Rádio Jornal. 

Saulo Cabral também pediu compreensão da população. De acordo com o gerente, o evento da natureza como o de sexta-feira (29) nunca foi enfrentado pela Celpe. “É muito importante que as pessoas entendam a extensão do dano que aconteceu. Eu trabalho no setor elétrico há 16 anos e nunca vi um evento dessa magnitude. O evento de sexta-feira é totalmente atípico”, argumentou. O gerente garantiu que a Celpe vai trabalhar, a partir dos danos desta experiência, para se preparar caso aconteçam outros casos de força da natureza.

Segundo o gerente da Celpe, após a recomposição da energia elétrica de todos os clientes, as equipes da Companhia continuarão atuando para reparar os danos causados nos postes. De acordo com Saulo Cabral, mais de 200 equipes estão trabalhando com o objetivo de resolver todos os problemas. Em dias normais, o número é de cerca de 40 grupos de trabalho.

Entenda o caso – O Recife e Região Metropolitana enfrentou a força da natureza na última sexta-feira. Fortes ventos causaram a queda de mais de 170 árvores, bem como diversos objetos caíram sobre as ruas. Confira no vídeo.

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--> Rio Grande do Norte ajuda a restabelecer energia do Recife

Equipes de prontidão da Companhia Energética do Rio Grande do Norte (Cosern) estão se deslocando para a Região Metropolitana do Recife para ajudar na recomposição da rede elétrica, danificada após o vendaval da quinta-feira  (29), com ventos de até 80 km/h. De acordo com a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe), cerca de 30 equipes de especialistas em serviços de alta complexidade passam a reforçar o contingente de mais de 800 profissionais que já estão atuando na normalização do sistema nas diversas localidades atingidas.

As equipes da Cosern vão reforçar principalmente os trabalhos de substituição dos mais de 100 postes que foram destruídos por queda de árvores. Desde ontem foram registradas 174 quedas de árvores no Recife.

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Segundo a Celpe, o serviço de substituição de postes é complexo e, em alguns casos, pode durar mais de 10 horas. A companhia também ampliou os pontos de teleatendimento e está disponibilizando seis lojas (Cordeiro, Olinda, Shopping Guararapes, Boa Viagem, Madalena, Centro) para receber atendimento presencial no fim de semana. 

Com informações da assessoria

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) divulgou, nesta segunda-feira (4), ações para economizar energia elétrica e consequentemente diminuir gastos públicos. As medidas são endossadas por uma portaria normativa da instituição de ensino, a partir de argumentos do reitor Anísio Brasileiro.

Segundo a UFPE, a portaria tem como embasamento o Decreto nº 8.540, de 9 de outubro de 2015, que estabelece como meta, no âmbito da administração pública federal, direta, autárquica e fundacional, a redução de 20% sobre o valor total dos contratos e instrumentos congêneres. Entre as medidas a serem aplicadas na Federal, sempre que a iluminação natural for suficiente para a realização das atividades acadêmicas, as lâmpadas das salas de aula ou das unidades administrativas deverão ser desligadas, bem como os aparelhos de refrigeração das salas de aulas e espaços de trabalho serão desligados no horário das 17h30 às 20h30.

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A Universidade também orienta que, sempre que não existirem atividades, deverão ser desligados computadores, lâmpadas, estabilizadores e ar condicionados. A portaria ainda exige que os monitores dos computadores devem estar configurados no modo de desligamento automático, devendo os gestores dos prédios vigiarem o cumprimento das normas.

De acordo com a UFPE, no caso das atividades que possuem procedimentos específicos que não se enquadram no cumprimento da portaria normativa, essas deverão ser submetidas à “apreciação da Pró-Reitoria de Planejamento, Orçamento e Finanças, com as devidas justificativas, para análise e decisão sobre a flexibilização e/ou procedimento a ser adotado”. A duração da portaria será de quatro meses.  

O Ministério de Minas e Energia publicou nesta segunda-feira, 30, no Diário Oficial da União sete despachos do ministro autorizando a prorrogação do prazo de concessão de serviço público de distribuição de energia elétrica de companhias estaduais. As beneficiadas são: a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), a Companhia Energética de Alagoas (CEAL), a Centrais Elétricas de Rondônia S.A. (Ceron), a Companhia Energética do Piauí (Cepisa), a Celg Distribuição S.A. (Celg-D), a Amazonas Distribuidora de Energia S.A., e a Companhia de Eletricidade do Acre (Eletroacre).

As distribuidoras terão o prazo de 30 dias para assinar o contrato de prorrogação da concessão. Com relação à CEAL, o despacho do ministro esclarece que a assinatura do termo aditivo está condicionada à regularização da situação da companhia energética junto à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a projeção para a alta do preço da gasolina este ano. A projeção passou de 9,2%, estimados em julho, para 8,9%, divulgado hoje (10), na ata da última reunião do Copom.

Também foi reduzida a projeção para o aumento dos preços da energia elétrica, de 50,9% para 49,2%. A estimativa para a queda no preço da tarifa de telefonia fixa passou de 3% para 3,5%.

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O Copom também alterou a projeção para o aumento do preço do botijão de gás de 4,6% para 15%. No último dia 31, a Petrobras anunciou que o preço do gás liquefeito de petróleo para uso residencial, envasado em botijões de até 13 quilos, foi reajustado em 15%, em média.

Para o conjunto de preços administrados por contrato e monitorados, o comitê projeta variação de 15,2% em 2015. Em julho, o índice estimado foi 14,8%.

Selic

As ações do BC no combate à alta dos preços devem fazer com que se atinga o objetivo de entregar a inflação na meta (4,5%) em 2016. Na ata, o BC cita que esse efeito de elevação da Selic, por se acumular e por levar tempo para aparecer, vai se sobrepor a “certos riscos remanescentes” na trajetória de combate à inflação. Na última quarta-feira, o comitê decidiu manter a Selic em 14,25% ao ano, após um ciclo de sete altas seguidas.

A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Ao manter a Selic em 14,45% ao ano, o BC sinaliza que as altas anteriores foram suficientes para produzir os efeitos esperados na economia.

Para o Copom, a sua estratégia “está na direção certa”. O comitê cita que houve avanços para conter a inflação, mas ainda é preciso ficar vigilante, em momento de aumento de preços de ativos, como o dólar.

Contas públicas

No documento, o Copom diz que “a mudança na trajetória de variáveis fiscais, implícita na proposta orçamentária para 2016, afetou as expectativas e, de forma significativa, os preços de ativos”.

Para o comitê, “alterações significativas” na trajetória de geração de superávit primário, economia para o pagamento de juros da dívida pública, “contribuem para criar uma percepção menos positiva sobre o ambiente macroeconômico no médio e no longo prazo”.

A queda de 24,90% nas passagens aéreas em agosto foi o principal impacto de baixa sobre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês passado, informou nesta quinta-feira, 10, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, o item exerceu um impacto de baixa de 0,11 ponto porcentual no índice, que subiu 0,22% ante 0,62% em julho.

Por conta das passagens aéreas, o grupo Transportes registrou deflação de 0,27% em agosto, contra avanço de 0,15% em julho, apontou o IBGE. Em queda, destacaram-se ainda automóveis usados (-1,03%), pneus (-1,00%) e acessórios e peças (-0,96%).

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Apesar disso, outros itens ficaram mais caros, como gasolina (0,67%), diante de aumentos em cinco regiões, etanol (0,60%), ônibus urbano (0,60%) e automóvel novo (0,30%). No caso do ônibus urbano, a alta foi puxada pela região metropolitana de Belo Horizonte, cuja alta de 7,10% se deu em consequência do reajuste de 9,68% que entrou em vigor a partir do dia 8 de agosto.

Alimentação e Bebidas

De acordo com o IBGE, o grupo Alimentação e Bebidas registrou queda de 0,01% nos preços em agosto. Parte expressiva dos produtos pesquisados passou a custar menos na passagem do mês, apontou o órgão. Só a batata-inglesa (-14,75%), o tomate (-12,88%) e a cebola (-8,28%) juntos tiveram impacto negativo de 0,10 ponto porcentual no IPCA.

Também ficaram mais baratos o açaí (-7,35%), a cenoura (-6,26%), o feijão-carioca (-3,37%) e o feijão-preto (-1,80%), entre outros alimentos. Apesar disso, muitos deles acumulam altas consideráveis nos últimos 12 meses, como é o caso da cebola (139,86%) e da batata-inglesa (43,20%).

No grupo dos alimentos que subiram em agosto, os destaques foram a farinha de mandioca (4,40%) e o alho (2,74%).

Energia elétrica

Segundo o IBGE, a energia elétrica registrou queda de 0,42% no IPCA de agosto. O recuo se deve à redução de impostos (PIS/Cofins) na maioria das regiões pesquisadas.

O resultado ocorreu a despeito dos aumentos nas contas de energia em Belém, cuja alta de 3,69% reflete o reajuste de 7,47% a partir de 7 de agosto; e em Vitória, onde o avanço de 1,62% se deve ao reajuste de 2,52%, também em 7 de agosto.

Com a influência da energia elétrica, o grupo Habitação desacelerou para alta de 0,29% em agosto, após subir 1,52% em julho, conforme o IBGE.

Além da energia elétrica, o botijão de gás ficou mais barato em agosto (-0,44%) em função de quedas expressivas verificadas nas regiões de Recife (-4,27%), Campo Grande (-2,69%), Rio de Janeiro (-1,12%) e Fortaleza (-0,99%).

Por outro lado, outros itens do grupo Habitação apresentaram alta, com destaque para a taxa de água e esgoto (1,07%), mão de obra pequenos reparos (0,84%), condomínio (0,71%), artigos de limpeza (0,49%) e aluguel residencial (0,40%).

No caso da taxa de água e esgoto, a alta foi influenciada pelas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, cujas contas aumentaram 9,29% em função do reajuste de 9,98% ocorrido em primeiro de agosto, e de Vitória, onde as contas aumentaram 7,37%, refletindo parte do reajuste de 10,69% em vigor a partir do dia 8 de agosto.

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A duração média de interrupção por clientes teve o melhor desempenho dos últimos três anos, segundo indicador da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe). A performance foi 17% melhor que a registrada nos primeiro oito meses de 2014 e de 28% se comparado com 2013, o que equivale a uma redução de quase quatro horas no tempo médio de interrupção de uma unidade consumidora.

Segundo a Celpe, em agosto, os consumidores ficaram uma hora e 15 minutos sem energia. Tal marca não era alcançada desde setembro de 2012, quando a duração média de interrupção foi de uma hora e 14 minutos. 

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Projetos – Até o fim de 2016 , duas subesteções devem ser ampliadas e 11 construídas no Grande Recife. Neste ano, serão construídas quatro novas subestações. De acordo com a Celpe, na região metropolitana  será iniciada a construção da Subestação Setúbal, na zona sul do Recife. Em Vertentes, no Agreste, será concluída a Subestação Vertentes, que faz parte da Regional Caruaru. No Sertão, serão concluídas as obras de construção das Subestações de Serrita e de Santa Cruz, com previsão de conclusão para o terceiro trimestre de 2015.

Após a cerimônia de lançamento do Programa de Investimento em Energia Elétrica (PIEE), a presidente Dilma Rousseff negou que haja risco de racionamento no Brasil. “As geradoras estão produzindo suficiente para abastecer o mercado. Não vai faltar energia porque nós investimos em geração e transmissão. Além disso, nós construímos termoelétricas para garantir que haja energia de qualidade, limpa e com baixo custos”, disse em conversa com jornalistas.

Segundo ela, como sétima economia do mundo, o país precisa se preparar e oferecer segurança aos investidores. “Temos que dar conta da demanda futura de investimentos. Se não houver planejamento, você não coseguirá atender ao país quando ele começar a crescer”, ressaltou.

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Durante a cerimônia, a presidente lamentou o aumento nas tarifas de energia desde janeiro, já que foi necessário o acionamento das usinas termoelétricas. "Mas o encarecimento de contas de luz começa a ser progressivamente revertido já que, semana passada, desligamos parte das térmicas", lembrou. A expectativa do setor é de que haja uma redução de até 20% no preço da bandeira tarifária vermelha, a mais cara do país.

"Sem sombra de dúvidas, é verdade que as contas de luz aumentaram, o que nós lastimamos. Por causa da falta de energia para sustentar a oferta de luz tivemos de usar as térmicas, pagando bem mais do que se tivéssemos só energia hidrelétrica no nosso sistema", disse Dilma, em discurso.

Legislativo - Em breve pronunciamento à imprensa, Dilma comentou o pacote anticrise entregue pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para votação no Congresso. “As propostas coincidem com as nossas. É uma agenda muito positiva. Nós temos grande em ter a melhor relação possível entre o Executivo e o Legislativo. Essa agenda mostra por parte do Senado uma disposição de fazer o Brasil crescer”.

Na quinta-feira (13), o governo irá se reunir para discutir as propostas entregues por Renan aos ministros Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento), Edinho Silva (Comunicação Social) e Eduardo Braga (Minas e Energia). A ideia é destacar os dispositivos que favorecem o desenvolvimento econômico e afastem as ameaças de impeachment.

O governo federal lançou, nesta terça-feira (11), o Programa de Investimento em Energia Elétrica (PIEE), que reúne os investimentos a serem contratados entre agosto deste ano e dezembro de 2018 para a expansão da geração e transmissão elétrica no país. Ao todo, o setor receberá R$ 186 bilhões em recursos, sendo que R$ 81 bilhões serão aplicados até o final do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.

“O objetivo deste programa é mostrar à sociedade que o planejamento de longo prazo é vitorioso e terá continuidade”, frisou o ministro de Minas e Energia (MME), Eduardo Braga, que explicou que o país irá diversificar a geração de energia para ter um sistema mais robusto, com menores custos e competitivo no mercado internacional. “Vale lembrar que o cuidado com a questão ambiental e o cuidado com esse programa robusto no setor elétrico são preocupações centrais do governo”, complementou.

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Do montante que será aplicado até 2018, R$ 42 bilhões serão destinados à geração de energia e os outros R$ 39 bilhões à transmissão. Os demais R$ 105 bilhões previstos no programa que serão executados a partir de 2019 serão contratados até 2018, sendo R$ 74 bilhões para geração e R$ 31 bilhões para transmissão.

Em discurso, a presidente Dilma Rousseff lembrou que já obras em andamento que representam investimento na ordem de R$ 114 bilhões. “Se nós juntarmos o que já está em andamento com os recursos do programa lançado hoje, teremos R$ 195 bilhões aplicados até 2018, como alavanca de crescimento da infraestrutura no Brasil e sustentação desse crescimento em benefício da retomada do desenvolvimento econômico”, frisou.

A presidente também chamou a atenção para a necessidade de planejamento no setor, já que ele depende de obras grandes, que compreendem anos de trabalho e grande volume de recursos. “A ausência de energia elétrica compromete, sob quaisquer circunstâncias, o crescimento de um país. E esse crescimento tem a sua garantia dada pela disponibilidade dessa energia, tanto no que se refere à sua segurança quanto à modicidade tarifária”, salientou.

Entre as hidrelétricas que serão contratadas até 2018 estão as usinas de São Luiz Tapajós e a de Jatobá, ambas no Rio Tapajós. A primeira terá a capacidade de produção de 8.040 MW; a segunda, de 2.328 MW. “Nosso objetivo é fazer esses leilões até o final deste ano”, disse Braga.

Durante a cerimônia, o ministro destacou ainda os investimentos em energia eólica, polo que só no ano passado gerou 37 mil postos de trabalho. Entre 2005 e 2014, o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financiou 291 parques eólicos, que irão adicionar 7.500 MW de capacidade instalada ao país. A expectativa é de que, em 2023, as usinas eólicas representem 11,4% da matriz elétrica brasileira, com 22,4 mil MW de potência instalada, capacidade igual à de duas usinas Belo Monte.

De acordo com o MME, entre 2001 e 2014, a geração de energia elétrica cresceu 67%, passando de 80 mil megawatts para 134 mil megawatts. O maior crescimento foi no segmento de transmissão, com um aumento de 80% das redes no mesmo período, passando de 70 mil quilômetros de linhas para quase 126 mil quilômetros.

As tarifas de energia elétrica ficaram 1,91% mais caras no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) de julho, reflexo de reajustes nas regiões metropolitanas de Curitiba e São Paulo, informou nesta quarta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, o item exerceu o principal impacto individual sobre o índice (0,07 ponto porcentual), que avançou 0,59% neste mês.

De acordo com o IBGE, a alta na tarifa de energia foi influenciada pela região metropolitana de Curitiba, onde a variação de 8,44% refletiu a maior parte do reajuste de 14,39%, em vigência desde 24 de junho. A região metropolitana de São Paulo também pesou. Por lá, houve aumento de 3,84% este mês, devido ao reajuste de 17,00% aplicados nas tarifas de uma das empresas de abastecimento a partir do dia 04 de julho.

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No acumulado deste ano, a energia elétrica já registrou aumento médio de 44,75%. As altas foram ainda mais elevadas em Curitiba (62,46%), Porto Alegre (57,50%) e São Paulo (55,46%) no período.

Mas não foi só a energia elétrica que pressionou o grupo Habitação em julho. As taxas de água e esgoto subiram 4,10% e figuraram como o segundo principal impacto no IPCA-15 deste mês (0,06 ponto porcentual). Os reajustes ocorreram em São Paulo, Goiânia, Salvador, Curitiba, Recife, Porto Alegre e Rio de Janeiro.

Diante desses resultados, o grupo Habitação acelerou de 1,03% em junho para uma elevação de 1,15% no IPCA-15 de julho, apontou o IBGE. Os artigos de limpeza, 1,46% mais caros, também se destacaram no grupo.

O governo federal publicou no Diário Oficial da União desta quinta-feira (16), o Decreto nº 8.493, que altera o decreto que instituiu o Programa Nacional de Universalização do Acesso e Uso da Energia Elétrica, o Luz para Todos. O novo texto determina que nos atendimentos às chamadas regiões remotas dos sistemas isolados contratados pelo programa, "para todos os efeitos, os ativos de geração, com ou sem redes associadas, serão considerados vinculados à distribuição".

Nesses casos, acrescenta o decreto, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estabelecerá o preço referente à prestação do serviço de operação e manutenção de sistemas de geração com ou sem redes associadas. Criado pelo governo federal para garantir energia elétrica à população do meio rural do País que não tem acesso ao serviço, o Luz para Todos tem vigência até 2018.

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A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) apontou redução no consumo (-1,1%) e geração (-1,5%) de energia em junho deste ano ante o mesmo período de 2014. Os dados preliminares são do boletim InfoMercado da CCEE.

Foram entregues 58.642 MW médios ao Sistema Interligado Nacional (SIN) entre os dias 1º e 30 de junho. A produção das usinas eólicas cresceu 75,1% ante o mesmo período do ano passado, para 2.261 MW médios, enquanto a geração das usinas hidrelétricas foi de 38.823 MW médios, uma queda de 6,5% - este número representa 66,2% de toda a geração de energia no País, índice 3,5 pontos percentuais inferior ao registrado em 2014.

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O consumo de energia elétrica somou 56.818 MW médios, com redução tanto no mercado cativo (ACR) quanto no mercado de contratação livre (ACL). O primeiro sofreu uma redução de 0,7% (42.552 MW médios registrados), enquanto a queda entre os agentes livres foi de 2,4%, com um consumo de 14.266 MW médios.

No ACL, os seguintes setores registraram aumento: extração de minerais metálicos (+5,1%), telecomunicações (+4,2%), madeira, papel e celulose (+2,3%) e transportes (+1,3%). Os demais setores registraram quedas, sendo as maiores nas áreas de saneamento (-15%), bebidas (-14,1%) e veículos (-9,1%).

As empresas que, devido à grande demanda por eletricidade, necessitam investir em energia própria, tiveram queda na geração (-0,3%) e no consumo (-3,7%). Ainda assim, as autoprodutoras obtiveram aumento nos setores de madeira, papel e celulose (+36,5%), químico (+17,2%), extração de minerais metálicos (+14,5) e transportes (+10,4%).

Oito prédios públicos de Pernambuco receberão novos sistemas de ar condicionado e iluminação para reduzir o consumo de energia. A ação faz parte do Programa de Eficiência Energética e contemplará os hospitais da Restauração (HR), dos Servidores do Estado (HSE), da Aeronáutica do Recife (HARF), a Fundação de Hematologia e Hemoterapia (Hemope), a Agência Estadual de Tecnologia da Informação (ATI), o Centro de Convenções de Pernambuco, a Escola Santos Dumont e a Escola Técnica Agamenon Magalhães (Etepam).

De acordo com a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe), a expectativa é reduzir o consumo em 5600 MWh/ano, equivalente ao consumo de cerca de 20 mil habitantes. Serão trocados aproximadamente 16 mil postos de iluminação por tecnologias de mercado mais eficientes, principalmente LED. Além disso, serão substituídos cerca de 350 condicionadores de ar antigos e instalados novos, com o Selo Procel de Economia de Energia. A previsão é que até o final do ano todas as edificações estejam com os sistemas implantados.

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Com informações da assessoria

A partir do segundo semestre deste ano deverá estar em operação em Pernambuco uma nova tecnologia que permite transformar esgoto em energia elétrica renovável. O equipamento será implantado na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), em Caruaru, no Agreste, e no Instituto Camará, em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife.

De acordo com a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe), desenvolvedora do projeto, as duas plantas de geração alternativa de energia têm potências somadas estimadas em 210 kW. A nova tecnologia utilizará o gás produzido pelos resíduos sólidos efluentes líquidos como combustível para a geração de energia.

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Inicialmente, a energia produzida pelo biogás será utilizada para abastecer a própria unidade de tratamento. Havendo excedente, a energia será injetada na rede da Celpe. O percentual não consumido e destinado à rede da concessionária será revertido em crédito para o cliente, como prevê resolução normativa que trata da geração distribuída.

Durante um ano, a estação de tratamento de Caruaru será monitorada pela equipe de pesquisadores responsável pelo modelo. O projeto deve avaliar os requisitos técnicos e a viabilidade econômica para inserção do biogás oriundo de resíduos líquidos para a geração de energia elétrica em estações de tratamento de esgoto. 

No Instituto Camará, entidade privada criada para realizar a gestão sustentável da Reserva Camará, complexo multiuso de Camaragibe, será instalado um microgerador de energia com potência estima em 10 kW que funcionará a partir dos resíduos gerados na localidade. Neste caso, o objetivo será avaliar o desempenho do equipamento em outros ambientes. A meta é que o modelo sirva de base para aplicação em diversos segmentos como comercial, industrial ou residencial.

Entre os benefícios estão o reaproveitamento dos resíduos e a redução dos gases emitidos na estação de tratamento de esgoto. Para os clientes que aderirem ao sistema de micro ou minigeração não haverá necessidade de construção de linhas de transmissão, visto que a energia é consumida no mesmo local em que é produzida, reduzindo os níveis de perdas técnicas que ocorrem no transporte dessa energia. 

A Justiça Federal condenou a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) a ressarcir a aldeia indígena Pankaiwká em R$ 129 mil. A companhia foi sentenciada por danos morais por cortar a energia elétrica da aldeia e também por danos materiais coletivos devido à perda da plantação dos Pankaiwká, em virtude da bomba d’água não poder ser ligada. A Celpe ainda pode recorrer da decisão.

Em 2012, a Celpe suspendeu a energia elétrica da aldeia, situada na Fazenda Cristo Rei, no município de Jatobá, no Sertão. Segundo a Justiça Federal em Pernambuco (JFPE), a Celpe alegou que o fornecimento foi suspenso por conta de débitos na conta do consumo e também devido à ligação clandestina no local feita pelos indígenas após corte anterior.

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A Justiça constatou que a companhia de energia fornecia energia elétrica para a comunidade, mas a cobrança era feita com base na leitura de um só medidor instalado na aldeia para atender 155 pessoas, dificultando o pagamento individual. A cobrança coletiva não atenderia ao requisito da informação adequada e clara prevista na legislação consumerista, impedido a quantificação dos kilowatts/hora que cada grupo consumiu.

Os índios Pankaiwká possuem como principal atividade laboral a agricultura irrigada. De acordo com o Relatório de Vistoria Técnica apresentado pela Fundação Nacional do Índio (Funai), após o corte e consequente desligamento da bomba, várias culturas tiveram sua produção totalmente comprometida e sem condições de retomar o desenvolvimento, como foi o caso do feijão e milho, com 100% de perda. A Funai entrou com ação civil pública na Justiça Federal em Pernambuco solicitando indenização por danos morais e materiais, o que foi acatado pelo magistrado. 

Além dos R$ 129 mil de ressarcimento, a Celpe deverá pagar R$ 70 mil por danos materiais coletivos, valor que será revertido ao fundo de Defesa dos Direitos Difusos. A companhia também foi condenada a implantar rede elétrica em conformidade com as normas de segurança aplicáveis, adequada à realidade da Aldeia; a instalar equipamentos de medição de consumo de energia em cada uma das unidades consumidoras; a fazer o cadastro dos consumidores interessados em aderir ao programa Tarifa Social; e a abster-se de cobrar dos membros da comunidade Pankaiwká quaisquer valores anteriores à implementação do projeto de eletrificação e à instalação de medidores individuais de consumo, devendo emitir declaração da inexistência de débitos. 

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