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O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), minimizou nesta quinta-feira (11) o fato de a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) ter monitorado os portuários do Porto de Suape, em Pernambuco. "O governo precisa saber o que acontece no País. Não vejo como uma coisa anormal. São informações importantes. Não é monitoramento, como se fosse uma espionagem. É uma questão de segurança."

Documento sigiloso obtido pelo jornal O Estado de S. Paulo, em reportagem publicada na terça-feira (9), confirmou que o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI) mobilizou a Abin para monitorar portuários e sindicatos contrários à Medida Provisória 595, conhecida como MP dos Portos, que estabelece novas regras para as concessões de portos e para a contratação de trabalhadores.

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O ofício desmentiu o general José Elito, ministro-chefe do GSI, que na semana passada chamou de "mentirosa" reportagem do jornal que revelava a ação da Abin no Porto de Suape.

No início da noite de segunda-feira o ministro José Elito, do Gabinete de Segurança Institucional, reconheceu a existência da "Ordem de Missão" da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) sobre o movimento grevista nos portos, mas negou que tivesse mentido ao emitir, na semana passada, nota repudiando reportagem do jornal O Estado de S.Paulo que revelou a existência de monitoramento de portuários.

O general argumentou, desta vez, que o monitoramento foi amparado pela Lei 9.883, de 1999, que criou o Sistema Brasileiro de Inteligência. "A gente monitora tudo, assuntos que possam ser de interesse do País", afirmou. "Tudo o que a gente faz aqui é para assessorar a senhora presidenta e os órgãos de governo para decisões oportunas." "Não foi um monitoramento de movimento a ou b, mas de cenário", argumentou.

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Segundo ele, "as preocupações do Estado eram em relação às consequências da paralisação". O documento, porém, cita "dirigentes sindicais ligados à Força Sindical".

O general José Elito disse que, ao admitir agora o monitoramento em portos não está contradizendo a nota que divulgou no dia 4, em que declarou que "em nenhum momento o governo determinou ao GSI/Abin qualquer ação relativa ao tema referido na irresponsável reportagem do jornal".

Ele alegou que a nota tratava de questão "pontual", referindo-se à notícia de que agentes da própria Abin foram infiltrados no porto de Suape, em Pernambuco. "A resposta foi pontual para uma questão pontual." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), chamou o deputado federal Eudes Xavier (PT-CE) de 'leviano'. Cid Gomes foi acusado por Eudes Xavier, nesta quinta-feira (4), na Câmara Federal, de estar espionando o ex-deputado federal Roberto Pessoa (PR-CE) e ter contratado a empresa Kroll para fazer esta espionagem. Eudes protocolou a denúncia na presidência da Câmara.

"Todas as acusações são falsas e mentirosas", afirmou Cid Gomes nesta sexta-feira na Assembleia Legislativa. O governador defendeu o irmão Ciro Gomes, que foi envolvido na denúncia de Xavier, acusado também de espionagem contra Pessoa, que é desafeto dos Gomes no Ceará.

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Cid Gomes revelou que vai processar política, civil e penalmente o deputado Eudes Xavier. Por meio de nota oficial o Governo do Estado destacou que as acusações "são mentirosas e os e-mails, falsos".

Xavier informou que recebeu em seu gabinete cópias de e-mails que teriam sido enviados pelos irmãos. Um e-mail atribuído a Cid diz que Ciro Gomes esteve em São Paulo com executivos da Kroll, para tratar do "assunto Roberto Pessoa" e pede que o governo não seja envolvido no caso. Em outro e-mail atribuído a Cid, disse Xavier, ele demonstra arrependimento por ter pedido ajuda a Ciro na gestão da secretaria de Segurança Pública do Estado. Em outro e-mail anexado por Xavier, atribuído a Ciro, o texto afirma que um desembargador foi procurado para acelerar um processo contra Roberto Pessoa.

Cid reconheceu que pediu ajuda de Ciro para a área de segurança, mas em concordância com o secretário de Segurança, coronel Francisco Bezerra. "Não vejo nenhum problema nisso", destacou.

Xavier pediu que a Câmara dos Deputados encaminhe a denúncia ao Ministério da Justiça, para que a Polícia Federal abra uma investigação, à Procuradoria-Geral da República, à Receita Federal, ao Tribunal de Contas do Estado do Ceará, ao Ministério Público Cearense, ao Tribunal de Justiça do Ceará e à Comissão de Direitos Humanos da Câmara.

Os deputados federais Raul Henry (PMDB-PE) e Mendonça Filho (DEM-PE) solicitaram informações sobre um suposto caso de espionagem por parte do Governo de Cuba, divulgado pela revista Veja sobre a vinda da jornalista cubana ao Brasil, Yoani Sánchez. Para o peemedebista, as informações precisam ser investigadas pelo ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, o qual protocolou documento. Já o democrata, pediu no requerimento apresentado em plenário, que a Polícia Federal assuma a proteção da blogueira, durante sua estadia no País e também averigue o caso.

Na rede social do facebook, Raul Henry publicou que encaminhou o documento solicitando informações, nesta terça-feira (19). "Hoje protocolei pedido de informações ao ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, sobre denúncia publicada na revista Veja desta semana que trata de eventual conspiração contra a dissidente cubana Yoani Sánchez. De acordo com a matéria “O dossiê da vergonha”, o governo de Raúl Castro e militantes ligados ao PT, PCdoB e Central Única dos Trabalhadores (CUT) teriam planejado espionar os passos da blogueira durante sua visita ao Brasil. O texto também cita o envolvimento de um assessor de Gilberto Carvalho, visando divulgação de dossiê difamatório contra Yoani Sánchez”, divulgou o deputado.

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Ainda segundo Raul Henry, as acusações precisam ser analisadas. ”Essas denúncias precisam ser investigadas a fundo. Eu só não propus a convocação dos envolvidos para depor na Câmara Federal porque, infelizmente, as Comissões ainda não foram instaladas na Casa. Espero que o ministro Gilberto Carvalho responda os questionamentos deste requerimento a contento", declarou o peemedebista.

Mendonça Filho – O deputado democrata criticou a atuação do PT e do PCdoB, que segundo ele, vem desrespeitando a cubana desde a chegada ao País. “Yoani é uma cidadã estrangeira, dissidente do regime ditatorial cubano e que deve ter total proteção do Estado democrático brasileiro. Desde que chegou ao Brasil vem sendo agredida por militantes de esquerda, entre os quais do PT e PCdoB, num movimento orquestrado de intolerância política”, afirmou o parlamentar.

Segundo Mendonça Filho, cabe a Polícia Federal fazer a proteção à blogueira cubana para impedir agressões físicas e qualquer ato de intolerância política como a que impediu a exibição do documentário “Conexão Cuba Honduras”, que trata de liberdade de expressão e direitos humanos. Além da assistência a Yoani, o deputado quer que a Polícia Federal apure denúncias da revista Veja desta semana, segundo a qual, integrantes do primeiro escalão do Governo Federal participaram de um plano de espionagem e perseguição a Yoani Sanchez, comandado pela Embaixada de Cuba no Brasil.

“A denúncia é muito grave e a participação de um agente do Governo brasileiro em qualquer tentativa de espionagem e perseguição política a qualquer cidadão, em especial a um dissidente político é inaceitável e deve ser esclarecida. Somos um País democrático e não podemos abrir este precedente. O Governo brasileiro não deve se preocupar com o que a blogueira fala sobre o regime ditatorial cubano e sim, em garantir e defender o direito dela de expressar suas opiniões”, afirmou Mendonça.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, indicou nesta segunda-feira (7) os novos responsáveis pela secretaria da Defesa e pela direção da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês). Obama indicou o republicano Chuck Hagel para secretário da Defesa e John Brennan para o comando da CIA. Ambas as escolhas são polêmicas e atraíram críticas do Partido Democrata, o de Obama, e também da oposição republicana.

Hagel, de 66 anos, foi senador durante o governo de Obama e os dois se aproximaram durante viagens de trabalho ao exterior. Republicano moderado e veterano condecorado da guerra do Vietnã, Hagel pode melhorar o diálogo no gabinete de Obama, caso seja confirmado. Mas o ex-senador pelo Nebraska tem enfrentado críticas no Congresso, principalmente dos republicanos, desde que surgiu como o principal concorrente à direção do Pentágono, embora legisladores de seu partido não tenham chegado a dizer que podem impedir sua nomeação.

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Hagel é o segundo escolhido por Obama para um cargo importante no setor de segurança a enfrentar críticas do Congresso mesmo antes da nomeação. A embaixadora dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU), Susan Rice, retirou seu nome da lista para ocupar o cargo de secretária de Estado (chancelaria) em meio a acusações de senadores republicanos de que ela havia enganado a população em seus relatos iniciais sobre os ataques contra norte-americanos, que estavam numa representação diplomática em Benghazi, na Líbia.

Após a desistência de Rice, Obama indicou o senador John Kerry para comandar o Departamento de Estado. Ele deve ser facilmente confirmado por seus antigos colegas do Senado.

Numa tentativa de suavizar o terreno para Hagel, a Casa Branca alertou os democratas do Senado no domingo que Hagel será nomeado para suceder o secretário de Defesa Leon Panetta no segundo mandato de Obama, de acordo com um funcionário do Congresso que pediu para não ser identificado.

Caso seja confirmado no cargo, Hagel vai assumir um Pentágono que enfrenta cortes orçamentários e a volta dos soldados norte-americanos do Afeganistão. O presidente afegão, Hamid Karzai, deve se encontrar com Obama nesta semana em Washington para discutir a presença norte-americana no país após a conclusão formal da guerra, prevista para 2014. Hagel deve apoiar uma saída mais rápida das tropas norte-americanas do Afeganistão.

Já Brennan, de 58 anos e que trabalha na CIA há 25 anos, é atualmente o principal conselheiro de contraterrorismo de Obama. Obama já havia pensado em Brennan para ocupar o principal cargo da CIA em 2008, mas o candidato retirou seu nome em meio a questionamentos a respeito de sua ligação com o uso de técnicas de interrogatório muito duras durante o governo de George W. Bush. Brennan negou envolvimento com os controversos métodos de interrogatório, que incluem afogamento, e declarou-se contrário a eles. Segundo conselheiros da Casa Branca, Obama escolheu Brennan para o cargo porque ele teve um papel importante na operação que resultou na morte do líder terrorista Osama bin Laden no Paquistão em 2011.

Brennan também é um dos principais mentores da polêmica política norte-americana de usar aviões teleguiados e não tripulados, os chamados drone, para matar terroristas e suspeitos de terror no Paquistão, Afeganistão e principalmente no Iêmen. Embora polêmica, a política de enviar os drone para assassinar suspeitos é considerada um sucesso. Brennan foi um dos criadores do Centro Contra a Ameaça do Terror, após os atentados de 11 de Setembro de 2001, e serviu vários anos na administração anterior de George W. Bush. Ele era o encarregado, até 2005, das informações confidenciais sobre o terror que eram passadas pessoalmente a W. Bush.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

 

A Polícia Federal abriu investigação para apurar uma suposta rede de espionagem ilegal com atuação em Brasília que teria políticos e autoridades entre seus alvos. Suspeita-se que até a presidente Dilma Rousseff tenha sofrido tentativa de bisbilhotagem do grupo, além de senadores e deputados.

As investigações foram abertas a partir de informações e documentos entregues ao Ministério Público Federal e ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, pelo deputado federal Miro Teixeira (PDT-RJ), em julho passado.

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Os documentos incluem extratos de ligações telefônicas e trocas de e-mail entre parlamentares do Congresso Nacional. Miro disse ao jornal O Estado de S. Paulo que recolheu o material de um araponga, que se sentira ameaçado e estaria agora sob proteção policial.

"Criou-se na capital do País, sob os olhos dos poderes da República, uma sociedade anônima de criminosos e violadores de dados pessoais" afirmou o deputado. "Não há cidadão nesse País, nem mesmo a presidente, seguro da sua privacidade e isso é muito ruim para a democracia."

Contatada, a PF informou por meio de sua assessoria que abriu procedimento preliminar de investigação para verificar a autenticidade dos documentos, mas não comentará que encaminhamento deu ao caso para não atrapalhar as apurações. O órgão confirmou que há indícios veementes de crime no material apresentado e que o caso será apurado com rigor.

O grupo ao qual o espião arrependido está ligado tem foco de atuação no Distrito Federal, voltado para autoridades do governo local. Mas o material entregue por ele inclui aparentes extratos de ligações e de e-mails de parlamentares federais, como o senador Blairo Maggi (PR-MT), o deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) e o ex-senador Demóstenes Torres, cassado por envolvimento com o esquema de corrupção e exploração de jogos ilegais comandado por Carlinhos Cachoeira.

Nem a PF ou o deputado, todavia, veem associação automática do grupo com o contraventor. "Não sei se há conexão com o esquema do Cachoeira, pois os extratos eram usados pela quadrilha como efeito demonstração para convencer clientes a fecharem negócio", disse Miro.

'Mercado anárquico'

Segundo o delegado Marcos Leôncio Sousa Ribeiro, presidente da Associação dos Delegados da Polícia Federal (ADPF), quadrilhas de arapongas atuam impunemente em praticamente todos os Estados, fazendo espionagem industrial, bisbilhotagem contra particulares e sobretudo dossiês contra políticos. "É um mercado totalmente anárquico, sem fiscalização ou controle, exercido muitas vezes por profissionais sem qualificação ou compromisso ético."

São Paulo, maior polo empresarial do País, Brasília - sede dos Três Poderes e de representações diplomáticas de mais de 200 nações - e Rio de Janeiro são os principais centros de arapongagem no País, segundo a PF. A estimativa é que esse mercado movimente mais de R$ 1 bilhão ao ano no Brasil. A última operação da Polícia Federal relacionada a escutas ilegais foi a Durkheim, que desmantelou em novembro, em São Paulo, uma rede de 27 espiões, entre os quais policiais federais, civis e militares, que bisbilhotavam políticos, empresários e magistrados.

Um projeto de lei do deputado federal José Genoino (PT-SP), patrocinado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), em fase final de tramitação na Câmara, cria o marco regulatório do setor e estabelece as normas para exercício da atividade de inteligência privada. Para exercê-la, o interessado terá de fazer curso de formação de agente e precisará de autorização da Abin, que será renovada anualmente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Guarda Revolucionária do Irã afirmou que capturou um avião não tripulado dos Estados Unidos sobre o mar do Golfo Pérsico depois de a aeronave ter supostamente invadido o espaço aéreo iraniano. No entanto, a Marinha norte-americana negou a informação e disse que todos os equipamentos ainda se encontram sob controle de Washington.

As declarações conflituosas ainda deixam em aberto a possibilidade de que o avião reivindicado pelo Irã, um ScanEagle da Boeing, pode ter sido capturado no passado e foi revelado agora para causar mais efeito, visto o aumento das tensões em relação às missões de espionagem aérea dos EUA no Golfo Pérsico.

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Outros países na região, como os Emirados Árabes Unidos, também possuem esse modelo de avião em suas frotas.

O porta-voz da Marinha dos Estados Unidos no Bahrein, comandante Jason Salata, afirmou que alguns ScanEagles da Marinha "foram perdidos no mar" ao longo dos anos, mas não há "registro de que isso tenha acontecido recentemente".

Mais cedo, a rede estatal de televisão IRIB da Síria havia indicado que um avião não tripulado dos EUA que patrulhava as águas do Golfo Pérsico havia sido capturado assim que entrou em espaço aéreo sírio.

Segundo a estatal, o equipamento realizava uma missão de reconhecimento e juntava informações. Não foram divulgados detalhes sobre como o equipamento foi "capturado". As informações são da Dow Jones.

O Irã capturou um avião não tripulado dos Estados Unidos sobre o mar do Golfo Pérsico depois de a aeronave invadir o espaço aéreo iraniano, segundo um comunicado da Guarda Revolucionária divulgado nesta terça-feira.

"O avião não tripulado dos EUA que patrulhava as águas do Golfo Pérsico, realizando uma missão de reconhecimento e juntando informações, foi capturado assim que ele entrou em espaço aéreo iraniano", disse a unidade de elite das forças navais do país, segundo a rede estatal de televisão IRIB.

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Militares iranianos disseram que o avião é do modelo ScanEagle, que decola de navios de batalha. Não foram divulgados detalhes sobre como o equipamento foi "capturado". As informações são da Dow Jones.

O senador Eduardo Braga (PMDB-AM), líder do Governo no Senado; o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD); e o ex-ministro da Previdência Social Carlos Eduardo Gabas estão entre os alvos de arapongas presos nesta segunda-feira (26) pela Operação Durkheim, missão da Polícia Federal que mobilizou 400 agentes e delegados para cumprimento de 27 prisões e 87 mandados de buscas. Relatório de 2.194 páginas da Inteligência da PF mostra o alcance da rede de espionagem analisando e-mails da organização criminosa que contêm cópias de declarações de Braga, exercício 2012, e de Gabas (2011), além de extratos telefônicos com histórico de chamadas de Kassab nos meses de maio e junho.

A PF identificou 180 vítimas dos arapongas que adquiriam informações protegidas pelo sigilo em órgãos públicos e operadoras de telefonia e revendiam a empresários e escritórios de advocacia. Também foram alvo da arapongagem os desembargadores Luiz Fernando Salles Rossi, do Tribunal de Justiça de São Paulo, e Júlio Roberto Siqueira Cardoso (TJ-MS) - em poder da quadrilha, a PF achou cópias da declaração de IR de Rossi e de contas telefônicas de Cardoso.

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O líder da trama da espionagem, informa a PF no inquérito 004/2011, chama-se Itamar Ferreira Damião, de 54 anos, mineiro de Canaã, eleito em outubro vice-prefeito de Nazaré Paulista (SP) pelo PSC. Veterano araponga de São Paulo, especialista em bisbilhotagem, ele atende pelo apelido de Pequeno. Tem patrimônio declarado de R$ 3,35 milhões. Foi preso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Que filmes são feitos para ganhar dinheiro é um fato conhecido. Mas em algumas produções esta característica é tão excessivamente visível que incomoda. É o caso de O Legado Bourne, uma tentativa de efectivamente tirar leite de uma vaca recém morta. O resultado, como se espera, não é muito satisfatório.

A história do espião Aaron Cross (Jeremy Renner), um nome aliás que só descobrimos praticamente no meio do filme, acontece ao mesmo tempo que a ação dos filmes anteriores. Cross é um produto do mesmo programa super-secreto que criou Jason Bourne, que por sinal é citado a cada 15 minutos no filme, mas nunca aparece. Quando a confusão criada por Jason Bourne fica complicada, os cabeças dos projectos super secretos, liderados por Eric Byer (Edwart Norton) começam a puxar o plugue do programa e se livrar de todas as pontas soltas, inclusive Cross. O agente também precisa de certas drogas para impedir sua degradação física, e para isso vai atrás de uma das médicas do programa, Marta Sharing (Rachel Weiz). Obviamente, seus perseguidores acabam por alcança-lo, gerando consequências explosivas.

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A ideia de troca de protagonistas não é nova. Múltiplos atores interpretaram James Bond nos últimos 30 anos, mas o que acontece aqui é um spin-off, uma história contada a partir de outra. Apesar do nome, não vemos Bourne em nenhum lugar exceto fotografias, e temos a forte sensação que a trama que acompanhamos não é importante. Tanto que é impossível compreender a história se a audiência não viu os últimos 2 filmes. A história do cineasta com TOC Tony Gilroy, que escreveu, dirigiu e editou os filmes, é mais cheia de buracos e espaços vazios que uma BR mal cuidada. Os atores se esforçam, mas Jeremy Renner interpreta uma mistura do seu personagem em Guerra ao Terror (The Hurt Locker) e Missão Impossível - Protocolo Fantasma (Mission Impossible - Ghost Protocol), mas não convence. Sim, o filme é bem produzido, tem sequências de ação interessantes, mas não chega aos pés das sequências dos Bournes anteriores, que foram filmes que redefiniram o filme de espião-blockbuster do século 21.  

Com 135 minutos, sentimos que nosso tempo dentro da sala é desperdiçado, criando um filme que parece menos interessante cada vez que o observamos em retrospecto, uma longa estrada que parece não levar a lugar algum. O único avanço, e até este é discutível, entre o Legado e os Bournes anteriores é que Tony Gilroy aprendeu a usar uma steady cam e um tripé, algo que Paul Greengrass nunca se interessou em aprender a usar.

A família do ex-fuzileiro naval norte-americano Amir Hekmati, condenado à morte por espionagem no Irã, divulgou um comunicado em que reclama da falta de informações sobre o caso, meses após um novo julgamento ter sido ordenado, em março. A declaração é de que os familiares têm recebido "poucas e confusas informações" desde então. O comunicado também diz que Amir fará 29 anos neste sábado (28), e que a família espera sua volta em segurança.

Amir Hekmati foi acusado de trabalhar para a CIA e condenado à morte em janeiro deste ano, sendo o primeiro norte-americano a receber uma sentença de morte desde a Revolução Islâmica de 1979 no Irã. Sua família e o governo dos Estados Unidos negaram as acusações.

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As informações são da Associated Press.

Promotores responsáveis pelo combate ao crime organizado em Goiás entraram com uma representação na Corregedoria do Ministério Público do Estado para investigar se um software "espião" instalado em computadores do órgão foi utilizado para quebrar o sigilo de operações. O programa foi detectado também em máquinas usadas por promotores que apuram as atividades da Delta Construções em Goiás.

A representação, a que a reportagem teve acesso, afirma que os computadores do órgão eram monitorados por um programa que "fotograva" a cada 30 segundos a tela. Também era possível acessar qualquer máquina a partir da sede do Ministério Público, em Goiânia, que está sob o comando do procurador-geral Benedito Torres, irmão do senador Demóstenes Torres (ex-DEM, sem partido-GO).

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A denúncia, encaminhada em 23 de maio passado, atesta que o programa é capaz de monitorar, sem autorização, o trabalho de promotores, assessores e servidores. O caso foi descoberto em Itumbiara, no interior de Goiás, e outros promotores, especialmente aqueles que atuavam na área de combate ao crime organizado, também identificaram recentemente o programa oculto. Na capital, cinco computadores e um notebook da 57.ª Promotoria de Justiça, que investiga casos envolvendo a empreiteira, também tinham o software.

Promotores possuem independência funcional e suas investigações não são compartilhadas obrigatoriamente com o chefe do MP. "Este fato, objeto da presente representação, é gravíssimo, porque alguns dos procedimentos em curso na 57.ª Promotoria são sigilosos, o que poderá caracterizar a prática de crime, por parte de quem tiver acessado nossos computadores e por parte de quem determinou o acesso, ilegal e clandestino", diz o texto da representação.

Espião

Peritos de informática mobilizados pelos promotores confirmaram a instalação do programa, que era autoexecutável e ficava oculto em todas as máquinas. "O que sabemos é que o programa tem um potencial muito grande de espionagem", disse um dos promotores à reportagem. O programa, segundo a representação, acessava arquivos internos da máquina, sem necessidade de autorização ou sem que fosse possível identificá-lo.

Enviada ao corregedor Aylton Flávio Vechi, a representação pede a imediata retirada do programa de todos os computadores, a oitiva do superintendente de informática do MP e auditagem das máquinas e o esclarecimento de quantas vezes o espião foi utilizado, por quem e a mando de quem. Além disso, quer saber se o procurador-geral de Justiça, irmão de Demóstenes, autorizou acessos durante sua gestão, iniciada em 2011, ou teve conhecimento do uso do programa, instalado seis meses antes de sua posse, mas até hoje operante.

O MP reconhece o uso de dois programas nos computadores do órgão para suporte remoto. Conforme o diretor-geral, Frederico Guedes Coelho, o serviço foi certificado conforme o ISO 9001 e todos os documentos referentes aos programas são públicos desde julho de 2010. Coelho nega uso para espionagem. "Não se observa a existência de atividade de suporte oculta ou sem autorização nos equipamentos que seguem as configurações, procedimentos e rotinas estabelecidas pela área técnica de Tecnologia da Informação do MP-GO", afirmou em nota técnica enviada à reportagem. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

A Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) do governo dos Estados Unidos afirmou que conseguiu evitar uma suposta conspiração de uma filial da rede terrorista Al-Qaeda para destruir um avião de passageiros dos EUA, usando uma bomba com um novo desenho. O plano da Al-Qaeda na Península Arábica, segundo funcionários da CIA, era explodir a bomba e marcar o aniversário de um ano da morte do terrorista Osama bin Laden. O explosivo seria escondido nas vestes de um suicida que embarcaria no avião.

Segundo os funcionários da CIA, o explosivo seria uma versão mais elaborada da bomba que foi armada em um sapato e que teve a detonação fracassada durante o voo de um avião de passageiros da Holanda a Detroit, em 25 de dezembro de 2009. Segundo a espionagem dos EUA, a nova bomba continha um sistema de detonação mais evoluído.

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As informações são da Associated Press.

O ex-chefe do serviço de espionagem do governo do Egito, Omar Suleiman, decidiu concorrer à presidência do país nas eleições do mês que vem, informou hoje a agência oficial de notícias MENA. O anúncio ocorre apenas dois dias após Suleiman afirmar que não participaria da disputa. A mudança se deu depois da manifestação de um grupo de simpatizantes no Cairo, que pedia que Suleiman, que era vice-presidente de Hosni Mubarak quando ele foi deposto, concorresse nas eleições.

"Eu fiquei muito emocionado com a forte postura de vocês", disse Suleiman. "O pedido que vocês fizeram hoje foi uma ordem, e eu sou um soldado que nunca na vida desobedeceu uma ordem. Eu não posso fazer outra coisa que não responder a esse chamado e entrar na disputa, apesar dos obstáculos e dificuldades", disse.

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O ex-militar que assumiu a chefia do serviço de inteligência em 1991 prometeu "adotar todos os esforços possíveis para atingir as mudanças esperadas e completar os objetivos da revolução, atendendo às expectativas do povo egípcio".

Na quarta-feira, Suleiman havia dito que não entraria na disputa pelas eleições de 23 e 24 de maio porque os procedimentos para o registro da candidatura eram muito rígidos. "Eu tentei até a manhã de ontem (terça-feira) superar os obstáculos relacionados com a situação atual e as demandas administrativas, financeiras e organizacionais para a candidatura, mas eu descobri que isso está além das minhas capacidades", disse ele na ocasião.

Os candidatos à presidência precisam reunir 30 mil assinaturas ou obter o apoio de um partido no Parlamento. A junta militar que governa o Egito atualmente prometeu transferir o poder para o vencedor das eleições até o fim de junho. Entre os principais concorrentes estão Khairat el-Shater, um dos líderes da poderosa Irmandade Muçulmana, e o ex-ministro de Relações Exteriores e líder da Liga Árabe Amr Mussa. As informações são da Dow Jones.

Funcionários do judiciário libanês disseram nesta sexta-feira que um tribunal militar condenou à morte um ex-policial por supostamente ter espionado para Israel. O Líbano e Israel permanecem tecnicamente em guerra, uma vez que não possuem tratado de paz. Um tribunal militar condenou o ex-sargento da polícia Haitham al-Sahmarani, considerado culpado de passar informações importantes da segurança para a espionagem de Israel em 2006, durante a guerra de Israel contra o grupo xiita libanês Hezbollah. Na época, Israel invadiu o sul do Líbano e atacou bases do Hezbollah até o rio Litani, no sul libanês.

Os funcionários do judiciário libanês disseram que a irmã de al-Sahmarani e o marido dela foram julgados e condenados à morte, à revelia, sob acusações similares. Eles acreditam que o casal está foragido em Israel. Mais de 100 pessoas foram presas no Líbano desde 2009 sob a suspeita de espionar para Israel.

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As informações são da Associated Press.

A imprensa do Reino Unido deverá ficar sujeita a penalidades mais severas em casos de violações das normas em meio a um escândalo de espionagem telefônica protagonizado por jornais sensacionalistas, informaram autoridades britânicas neste domingo.

O secretário de Cultura Jeremy Hunt disse à emissora pública BBC que os periódicos terão de mudar seu sistema de autorregulação, mas assegurou que o governo não pretende interferir no conteúdo desse código. Na opinião de Hunt, a imprensa escrita precisa de um sistema mais estrito de autorregulação, capaz de aplicar castigos efetivos em casos de transgressão.

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A Comissão de Queixas da Imprensa pode exigir de um jornal que publique pedidos de desculpas, mas não tem poder de aplicar multas. O sistema de rádio britânico dispõe de um código regulatório distinto.

A pressão por mudanças aumenta na esteira de um escândalo no qual jornalistas de tabloides sensacionalistas realizaram espionagem telefônica de potenciais personagens de suas reportagens. As informações são da Associated Press.

O governo do Irã fez um protesto formal nesta quinta-feira contra a invasão de um avião não tripulado em seu espaço aéreo no domingo passado, após exibir imagens do suposto avião RQ-170 Sentinel, um drone, na televisão estatal, informa a agência France Presse (AFP). Os EUA admitiram nesta semana que perderam um avião não tripulado que estaria em missão na fronteira entre Afeganistão e Irã, mas não comentaram as imagens divulgadas hoje pelos iranianos.

A embaixadora da Suíça no Irã, Livia Leu Agosti, foi convocada à chancelaria do Irã. Os funcionários iranianos disseram a ela que o incidente sugere que Washington ampliou "suas ações provocadoras e espiãs" contra a república islâmica, reportou o website da televisão estatal.

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A Suíça cuida dos interesses dos EUA no Irã. Washington e Teerã não têm relações diplomáticas desde 1979.

O Irã "protesta em termos fortes contra a violação do seu espaço aéreo por um avião de espionagem RQ-170", disse a matéria, acrescentando que o governo de Teerã pediu por "uma resposta urgente e compensações do governo americano".

As informações são da Dow Jones.

O ex-chefe do setor de espionagem da Líbia Abdullah al-Senussi, procurado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), foi preso, disse hoje um funcionário do Conselho Nacional de Transição (CNT). "Abdullah al-Senussi foi preso na região de Al-Guira, no sul do país", disse a fonte, sem esclarecer a data da prisão nem dar mais detalhes.

Ontem, autoridades líbias anunciaram a prisão de Seif al-Islam, filho mais velho do ex-ditador Muamar Kadafi, que morreu em 20 de outubro. O TPI emitiu em 27 de junho mandados de prisão contra Seif al-Islam, Kadafi e Senussi, por crimes contra a humanidade na repressão a manifestantes contrários ao regime. As informações são da Dow Jones.

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O FBI divulgou nesta segunda-feira uma série de fotografias e vídeos que detalham a Operação Ghost Stories (histórias de fantasma), uma ação de uma década que acompanhou espiões russos que viveram nos Estados Unidos e tentaram reunir informações sensíveis sobre o governo norte-americano.

Um dos vídeos mostra a mais notória das suspeitas, Anna Chapman, se encontrando com um agente secreto num café em Nova York.

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Outro vídeo, gravado secretamente em 2004, mostra o suspeito de espionagem Christopher Metsos realizando o que os espiões chamam de "brush pass" numa escadaria coberta de uma estação de trem. Ele e outro homem são vistos trocando sacolas de compras idênticas. O FBI disse que a troca, que demora apenas alguns segundos, foi uma entrega de dinheiro para o espião, recursos que foram divididos com outros espiões da rede.

Chapman fazia parte do grupo de dez espiões russos detidos no ano passado num dos maiores casos de espionagem das últimas décadas. Os suspeitos eram chamados de "ilegais" - um termo para agentes que se infiltram nos países alvos, assumem uma identidade cotidiana local e tentam cultivar relacionamentos e fontes que possam gerar informações valiosas sobre políticas norte-americanas para o país natal, no caso, a Rússia. Agentes do FBI que investigaram as identidades dos espiões concluíram que eles trabalhavam para o Serviço de Inteligência Externa Russa. Metsos deixou o país antes das prisões.

Após as prisões dos espiões em junho de 2010, os suspeitos declararam-se culpados em última instância por conspiração como agentes ilegais da Federação Russa nos Estados Unidos. Numa volta aos acordos da Guerra Fria, eles foram trocados por uma série de espiões ocidentais presos na Rússia.

A maior parte das ações de vigilância dos espiões foi realizada em locações cotidianas em Nova York. Os vídeos e fotografias mostram como os agentes norte-americanos acompanhavam os suspeitos enquanto eles viajavam pelos Estados Unidos.

As imagens e documentos foram divulgados em resposta a um pedido feito com base no Ato de Liberdade de Informação, mas muitos dos documentos sofreram pesada edição. Ao divulgar as imagens, o FBI disse que as provas mostram como outros países estão dispostos a empregar grandes quantidades de dinheiro, materiais e recursos humanos para roubar os segredos norte-americanos. As informações são da Dow Jones.

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