Tópicos | Estado Islâmico

As Forças Democráticas Sírias (FDS), apoiadas por uma coalizão internacional liderada por Washington, se preparam nesta terça-feira (5) para novas evacuações de civis e jihadistas de Baghuz, último reduto do grupo Estado Islâmico (EI) na Síria.

Quase 3.000 pessoas deixaram a localidade nas últimas 48 horas. As FDS desaceleraram sua ofensiva para permitir que os civis e os combatentes jihadistas que querem se render deixem o enclave, na província de Deir Ezzor.

Desde o último domingo, "cerca de 3.000 pessoas foram evacuadas do reduto do Estado Islâmico", informou na segunda-feira o porta-voz das FDS Mustafa Bali. "Entre o grupo havia um grande número de jihadistas do EI que se renderam", ressaltou no Twitter.

Após a evacuação de milhares de civis, a maioria mulheres e crianças dos jihadistas, as FDS retomaram na sexta-feira sua ofensiva contra os últimos combatentes do EI, com o apoio dos ataques aéreos da coalizão.

"Ainda há civis em Baghuz e as FDS tentam liberá-los", informou à AFP um oficial das FDS, que acusou o EI de usá-los como "escudos humanos".

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) informou, por sua vez, a "evacuação de 280 jihadistas" que capitularam desde a desaceleração das operações.

Escondidos em meio a um mar de minas terrestres, os jihadistas têm atiradores e apostam em contra-ataques.

Depois de uma ascensão meteórica em 2014, o EI proclamou em junho do mesmo ano um "califado" nas vastas áreas conquistadas na Síria e no vizinho Iraque. Mas, em face de várias ofensivas nos últimos dois anos, os jihadistas perderam terreno, restando apenas este quarteirão em Baghuz.

A perda de Baghuz vai significar o fim territorial do "califado" na Síria, após sua derrota no Iraque em 2017. Mas o grupo já começou sua transformação em uma organização clandestina. Seus combatentes estão espalhados no deserto da Síria, no centro do país, e ainda conseguem realizar ataques mortais.

Cerca de 53 mil pessoas, em sua maioria parentes de jihadistas, deixaram Baghuz desde dezembro, de acordo com o Observatório. Entre elas, mais de 5.000 jihadistas foram presos, segundo a mesma fonte.

A grande maioria dos evacuados foi transferida para o campo de deslocados de Al-Hol, mais ao norte.

A população do campo atualmente chega a mais de 56 mil pessoas, "mais de 90 por cento das quais são mulheres e crianças", informou nesta terça-feira o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) na Síria.

"Entre 22 de fevereiro e 1 de março, cerca de 15.000 pessoas chegaram ao campo", disse o OCHA, relatando a morte de 90 pessoas, das quais dois terços com menos de cinco anos de idade, no trajeto de Baghuz para Al-Hol ou logo após a sua chegada ao acampamento.

Essas pessoas precisam de "ajuda imediata", advertiu na segunda-feira o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) em um comunicado.

"As pessoas estão embrulhadas em roupas porque não têm lugares fechados para dormir. Algumas nem têm tendas e ficam expostas à chuva, ao vento e a temperaturas extremas", lamentou.

Cerca de 300 sírios acusados de pertencerem ao grupo Estado Islâmico (EI) foram libertados, anunciou a administração semi-autônoma curda na Síria, indicando que a medida afeta aqueles que "não têm sangue nas mãos".

Sua libertação, no sábado (2) à noite, ocorreu após um pedido dos líderes tribais e representantes locais, informou a adminitração curda em um comunicado.

Não é a primeira vez que as autoridades curdas realizam tais solturas, mas "desta vez trata-se de um número grande", disse, neste domingo (3), o diretor do Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdel Rahman.

"Todos os prisioneiros foram libertados no sábado", indicou à AFP.

De acordo com o comunicado curdo, "283 homens suspeitos de pertencerem ao EI, mas cujas mãos não estão manchadas de sangue, foram libertados".

"Eles se afastaram do [bom] caminho um dia, violaram as tradições da nossa sociedade síria, infringiram a lei. Mas, mesmo se afastando [do caminho], continuam a ser os nossos filhos sírios, e nós devemos estender a eles a mão da fraternidade e misericórdia", acrescenta o texto.

As libertações ocorreram em várias regiões controladas pelos curdos no norte e nordeste da Síria, em Manbij, Raqa e na província de Deir Ezzor, aponta o comunicado, publicado no site das Forças Democráticas Sírias (FDS), na linha de frente da luta contra o EI na Síria.

O número de civis mortos na guerra do Afeganistão bateu um recorde em 2018, com 3.804 óbitos, em sua maioria atribuídos aos grupos insurgentes talibã e Estado Islâmico (EI), anunciou a ONU.

A Missão das Nações Unidas no Afeganistão (UNAMA) e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos destacam que o número representa um aumento de 11% na comparação com 2017.

Desde 2014, pelo menos 3.500 civis morrem a cada ano em consequência da guerra. Em 10 anos, desde o início do registro das vítimas civis no conflito, a ONU contabilizou 32.000 mortos e 60.000 feridos.

O número de menores de idade mortos também bateu recorde em 2018 (927, contra 826 em 2017 e 926 em 2016). Também foram registrados mais de 7.000 feridos, nível equivalente ao dos últimos quatro anos.

A ONU indicou os fatores que contribuem para o aumento do número de mortos: os ataques deliberados contra civis em atentados suicidas de grupos insurgentes, os bombardeios aéreos e os combates das forças leais ao governo.

Inúmeros civis permanecem encurralados no último reduto do grupo Estado Islâmico no leste da Síria, e as forças antijihadistas apoiadas por Washington tentam evacuá-los para poder finalmente derrotar os últimos jihadistas.

Centenas de homens, mulheres e crianças foram evacuados na quarta-feira (20) por uma dúzia de caminhões, deixando o último setor jihadista na cidade de Baghuz, muito perto da fronteira com o Iraque.

Atualmente, os combatentes curdos e árabes das Forças Democráticas Sírias (FDS) estão concentrados nessas evacuações, que permitirão derrotar os últimos combatentes do EI, e anunciar com grande pompa o fim do "califado" autoproclamado em 2014 pelo EI entre a Síria e o Iraque.

"Ficamos surpresos ao ver que ainda há um grande número de civis dentro (do reduto jihadista), além dos combatentes", disse à AFP um porta-voz das FDS, Adnan Afrin. "Todos os dias esperamos que os civis saiam para encontrar refúgio nas FDS", acrescentou. Na quarta, ao menos 10 caminhões transportando homens, mulheres e crianças deixaram o povoado de Baghuz.

Em uma posição das FDS, aliança curdo-árabe que conduz a ofensiva "final" contra o EI na localidade, uma jornalista da AFP viu passar os caminhões deixando Baghuz com dezenas de homens, que escondiam seus rostos, além de mulheres em niqab e muitas crianças.

As FDS e a coalizão internacional anti-EI desaceleraram suas operações para deixar que as famílias saiam, e acusam os jihadistas de usar os civis da localidade como "escudos humanos".

Homens suspeitos de pertencerem ao EI são transferidos para centros de detenção. Civis, incluindo mulheres e filhos de jihadistas, são enviados para campos de deslocados no nordeste da Síria.

- "Situação alimentar crítica" -

Em Baghuz, o EI controla apenas uma pequena área de casas. Os jihadistas estão entrincheirados em túneis, no meio de um mar de minas que impedem o avanço das FDS. A situação alimentar é crítica e itens de alimentação são vendidos a preços extorsivos, segundo testemunhas.

Os abrigos recebem mais de 2.500 crianças estrangeiras, de mais de 30 países, das quais 1.100 chegaram desde janeiro, informou a ONG Save the Children nesta quinta-feira.

Entre essas crianças, muitas não estão acompanhadas pelos pais, disse a organização, que denuncia uma situação humanitária "desesperadora". "As crianças estão em perigo de morte", alertou a ONG.

A questão dos estrangeiros radicalizados bloqueados na Síria é um verdadeiro quebra-cabeças para as autoridades semiautônomas curdas. Esses ocidentais representam um verdadeiro desafio para os países ocidentais, que não gostariam de repatriá-los apesar dos apelos nesse sentido das forças da coalizão.

Elas fogem do que resta do "califado" do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) na Síria. São crianças nascidas em um "Estado" que desapareceu, muitas vezes sem pai e com mães de países onde não são bem-vindas.

Seus rostos se destacam entre um mar de niqabs (véu integral), ao lado de suas mães, amontoados em caminhonetes que os transportam do último reduto do EI no leste da Síria.

Há bebês de apenas três meses, que choram de cansaço e fome. Os mais velhos observem em silêncio os jornalistas.

Estão vestido com várias camadas de roupas para enfrentar o frio: casacos, cobertores, gorros...

É difícil adivinhar o estado de suas mães sob o véu integral, mas seus olhos transmitem cansaço, esgotamento e também as mãos muito magras.

Há meses, a comida está acabando no último reduto jihadista, alvo de uma ofensiva da aliança curdo-árabe das Forças Democráticas Sírias (FDS), que reconquistou progressivamente a imensa maioria do setor.

Nas horas mais difíceis do "califado", alvo de bombardeios e dos ataques aéreos da coalizão internacional, os bebês continuaram a nascer.

Jadija tem um ano. Nasceu nos territórios jihadistas da província de Deir Ezzor, na fronteira com o Iraque.

Está envolvida por uma manta nos braços de sua mãe, uma síria de apenas 17 anos natural de Manbij, cidade do norte da Síria, a centenas de quilômetros de distância dali.

"Estou grávida"

Quando perguntada sobre o que espera para sua filha, ela responde com um olhar vazio. O pai, também jovem, foi detido pelas FDS e espera em outro veículo juntamente com dezenas de outros homens.

Há mulheres de outras nacionalidades: iraquianas, turcas, russas, ucranianas e francesas.

O que lhes espera? Um futuro incerto em campos de deslocados no norte da Síria controlados pelas autoridades curdas com uma zona destinada aos familiares dos supostos jihadistas.

Para chegar, as mulheres atravessaram com seus filhos centenas de quilômetros pelo deserto, em caminhonetes.

No acostamento da estrada há objetos arrastados pelo vento: uma mala, um suéter cinza, um carrinho de bebê azul abandonado.

Pelo menos 35 crianças morreram no caminho ou pouco depois de chegar ao acampamento, principalmente por hipotermia, segundo a ONU.

Na zona de recepção do campo de deslocados de Al Hol, mulheres e crianças, a maioria com menos de cinco anos, estão sentadas em cobertores empilhados, aguardando a atribuição de uma tenda.

Perto dali, na clínica, um médico exausto examina crianças esqueléticas.

"Acabei de descobrir que estou grávida", diz uma menina de 19 anos com um bebê apoiado no quadril.

A juíza federal de plantão Roberta Walmsley Porto Barrosa decidiu pela liberdade do casal iraquiano que foi preso com documentos falsos no Aeroporto Internacional do Recife na terça-feira (29) e passou por audiência de custódia na quarta-feira (30). Ziyad Jasim Murad, de 21 anos, e Ramya Abdi Haji, 22, seguiram para a Comunidade Católica Obra de Maria, em São Lourenço da Mata, Região Metropolitana do Recife (RMR).

A prisão dos iraquianos foi realizada por policiais federais na noite da terça-feira após fiscalização de rotina de imigração. Ziyad e Ramya, que pretendiam embarcar para Madri, na Espanha, se passavam por israelenses. Os documentos apresentados, entretanto, tinham vários indícios de falsificação, como a não reação do papel moeda a uma luz especial para detecção deste tipo de fraude, alteração de "micro-letras" presentes no documento e visível perfuração na numeração. Também chamou a atenção o fato dos dois serem os últimos a embarcarem e de não falarem hebraico, o que é incomum para israelenses.

##RECOMENDA##

Eles foram autuados por uso de documento falso. No interrogatório, Ziyad admitiu serem iraquianos curdos que nunca moraram em Israel. Eles pagaram cerca de R$ 30 mil em cada passaporte, sendo o genitor de Ziyad o responsável pelos pagamentos. As passagens haviam sido compradas na Turquia, de onde partiram para o Brasil. O iraquiano contou que temia morrer pelo Estado Islâmico em razão de sua etnia. Os familiares de Ramya estão desaparecidos.

A escolha de Madri se devia ao fato de terem ouvido que lá eles conseguiriam acolhimento, dinheiro e estudo. Eles foram orientados a permanecer por dois a cinco dias no aeroporto se recusando a sair do país. Após isso, acreditavam que seriam acolhidos como refugiados.

Os iraquianos já ingressaram com requerimento da concessão de refúgio perante o Departamento de Polícia Federal. A Secretaria Estadual de Direitos Humanos afirma que providenciará a retirada de documentos para as duas pessoas, como CPF e Carteira de Trabalho.

O Estado Islâmico ainda possui "milhares" de combatentes no Iraque e na Síria, capazes de representar uma ameaça para o Oriente Médio e outras partes do mundo, alertou ontem em um relatório lido ao Congresso o diretor de Inteligência americano Dan Coats.

Segundo ele, o grupo "mantém oito facções, mais de uma dezena de redes e milhares de partidários dispersos pelo mundo". O presidente Donald Trump anunciou antes do Natal a retirada dos 2 mil militares americanos da Síria. (Com agências)

##RECOMENDA##

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O cientista iraquiano Suleiman al-Afari admitiu que, após o Estado Islâmico tomar o controle da cidade de Mossul, em 2014, foi contratado pelo grupo terrorista para trabalhar no desenvolvimento de gás mostarda, como parte do esforço ambicioso do EI de criar armas e sistemas de defesa e aterrorizar seus rivais.

Afari, de 52 anos, que está preso e foi condenado à morte, é um dos poucos participantes do programa de armas químicas do grupo terrorista que foi capturado vivo. (Com agências)

##RECOMENDA##

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pelo menos duas pessoas morreram e 21 ficaram feridas nesta segunda-feira (31) depois de uma explosão próximo ao shopping South Seas Mall, na cidade de Cotabato no sul da ilha de Mindanau, informou o general Cirilito Sobejana.

Segundo a imprensa local, citando a polícia, a bomba foi localizada em uma mototáxi estacionada perto do centro comercial. O ataque ainda não foi reivindicado por nenhum grupo terrorista, mas Sobejana afirmou que, de acordo com as primeiras investigações, o artefato utilizado é similar aos usados por militantes do grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

##RECOMENDA##

A prefeita da cidade, Frances Cynthia Sayadi, considerou o incidente como atentado terrorista. 

[@#video#@]

Três suspeitos do Uzbequistão e do Quirguistão foram acusados de organizar um ato terrorista em Estocolmo, capital da Suécia, localizada no Norte europeu. Além de programar a ação, recai sobre os acusados a suspeita de financiar o grupo Estado Islâmico com mais três homens, revelaram os procuradores suecos nesta quinta-feira (27).

Em comunicado, a Procuradoria-Geral de Estocolmo informou que "três (suspeitos) adquiriram e armazenaram grandes quantidades de produtos químicos e outros equipamentos para, entre outras coisas, matar e ferir pessoas. Se o crime terrorista tivesse sido cometido, poderia ter prejudicado gravemente a Suécia”. Vindos de países de maioria muçulmana e situados no antigo território soviético, cinco acusados já foram presos, enquanto o sexto aguarda o julgamento. Todos negaram qualquer delito.

##RECOMENDA##

O advogado Thomas Olson, disse à Rádio Sueca que seu cliente comprou uma grande quantidade de produtos químicos de uma empresa falida com o intuito de revendê-los, porém não obteve sucesso. "Meu cliente deixou explicações muito detalhadas da razão para estar em posse destes produtos químicos, explicações que foram confirmadas por todas as pessoas de fora", argumentou Olson.

Relembre

Em junho desde ano, Rakhmat Akilov, um uzbeque que pediu asilo na Suécia, foi condenado à prisão perpétua após matar cinco e deixar 15 feridos em Estocolmo, com um caminhão que havia roubado minutos antes do ataque, em 2017. Durante o julgamento ele afirmou que queria punir o país pela participação na luta global contra o Estado Islâmico, que reivindica diversas ações terroristas em toda a Europa desde 2015.

Desde o início das investigações, 13 pessoas foram presas por suspeita de participar do duplo assassinato e decapitação de duas turistas escandinavas, na semana passada, na região isolada do Alto Atlas, ao Sul de MarrocosDos apreendidos, quatro são suspeitos diretos de matar a norueguesa Maren Ueland, de 28 anos, e a dinamarquesa Louisa Jespersen, 24. 

Os outros nove foram capturados em diferentes cidades no país, por suspeita de conexão com os assassinos. Em meio as apreensões, teriam sido encontrados materiais usados para a confecção de explosivos, além de armas de fogo e facas.

##RECOMENDA##

Em 2013, um dos detidos foi condenado há cumprir dois anos de pena em regime fechado, por tentativa de associação a grupos radicais estrangeiros. Além dele, o quarteto principal das investigações aparece em um vídeo declarando aliança ao Estado Islâmico. Entretanto, em entrevista ao canal de televisão estatal 2M, o porta-voz do serviço de Inteligência marroquina Boubker Sabik, declarou que “não houve coordenação com o Estado Islâmico. Eles são lobos solitários e, por isso, não precisam de permissão dos líderes para agirem”.

Os corpos das turistas foram encontrados na aldeia de Imlil, próximo ao Monte Toubkal, cerca de 70 quilômetros de Marraquexe. As autoridades locais ainda verificam a autenticidade do vídeo compartilhado em aplicativos de troca de mensagens, que registra o momento do assassinato das jovens.

Em solidariedade as vítimas, marroquinos realizaram uma vigília nos arredores das embaixadas da Noruega e Dinamarca, no último sábado (22). Centenas de pessoas se reuniram com flores e cartazes pedindo "Perdão". “De todo o coração, estou muito tocado pelas suas mensagens de compaixão” disse o embaixador da Dinamarca Nikolaj Harris. Já o embaixador norueguês Merethe Nergaard, reiterou a aliança com Marrocos na luta contra o extremismo: “temos confiança na capacidade das autoridades marroquinas de completarem esta investigação.”

De acordo com Boubker Sabik, após os conflitos na Síria e Iraque, o país africano está atento a um possível retorno de combatentes do Estado Islâmico. Até o momento, 242 dos 1.669 marroquinos que se aliaram ao grupo terrorista foram presos. Alguns foram capturados com passaportes falsos ou tentando chegar à Europa disfarçados de refugiados.

Em comparação com outros países do Norte da África, o Marrocos contabiliza poucos ataques extremistas. A última ação terrorista que tomou grandes proporções ocorreu em 2011, quando 17 pessoas morreram na explosão de um restaurante em Marraquexe.

O enviado especial dos Estados Unidos na guerra contra o grupo terrorista Estado Islâmico, Brett McGurk, renunciou ao cargo por discordar da decisão do presidente norte-americano, Donald Trump, de retirar tropas americanas da Síria. Segundo fontes, McGurk apresentou carta de demissão na sexta-feira (21).

Na última semana, o secretário de Defesa dos EUA, Jim Mattis, também pediu demissão.

##RECOMENDA##

McGurk serviu em posições estratégias nas incursões dos EUA no Iraque e na Síria, nos últimos três mandatos presidenciais do país, começando pelo ex-presidente republicano George W. Bush.

Há uma semana, McGurk entregou a repórteres presentes no Departamento de Estado dos EUA um documento extenso explicando por que era crítico manter as tropas norte-americanas e os esforços de reconstrução da Síria para evitar uma recuperação do Estado Islâmico. McGurk lembrou que quase todos os territórios até então controlados pelo grupo tinham sido recuperados por meio de ações lideradas pelos EUA.

"Obviamente seria imprudente dizer 'o califado está derrotado, então podemos sair agora'. Acredito que qualquer um que tenha olhado para um conflito como esse concordaria", disse McGurk na ocasião aos repórteres. Na quarta-feira, Trump declarou que estava ordenando a retirada de mais de 2 mil tropas em atuação na Síria e que o Estado Islâmico havia sido derrotado no país. No mesmo dia, Mattis pediu demissão.

Neste sábado, Trump continuou defendendo sua decisão. Pelo Twitter, disse que as tropas dos EUA permanecerão na Síria por mais três meses e que a missão no país nunca foi planejada para durar muito. O presidente escreveu ainda que o "Estado Islâmico" estava "ficando louco" na época em que ele assumiu a Presidência dos EUA. "Agora o Estado Islâmico está amplamente derrotado e outros países locais, incluindo a Turquia, deveriam estar aptos a facilmente cuidar do que ficar. Estamos voltando para casa", disse na rede social. Fonte: Dow Jones Newswires.

Com apenas 25 anos, depois de ter sobrevivido a meses de calvário nas mãos de extremistas no Iraque e de se tornar porta-voz da minoria yazidi, Nadia Murad recebe o Prêmio Nobel da Paz na próxima segunda-feira (10).

A jovem iraquiana foi agraciada com este prêmio em outubro, junto com o médico congolês Denis Muwkege, por seus esforços para "pôr fim ao uso da violência sexual como arma de guerra".

Primeira personalidade iraquiana a receber essa distinção, Nadia Murad segue, da Alemanha - país onde vive -, "o combate de seu povo para que os países europeus acolham os deslocados yazidis e para que se reconheça como genocídio as perseguições cometidas em 2014 pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI).

Para isso, os yazidis contam com uma grande aliada: Amal Clooney, a advogada e ativista dos direitos humanos anglo-libanesa, que escreveu o prólogo do livro de Nadia "Eu serei a última".

Nadia poderia ter desfrutado de uma vida tranquila em sua cidade natal, Kosho, perto do reduto yazidi de Sinjar, uma zona montanhosa entre Iraque e Síria. Mas o rápido avanço do EI em 2014 mudou seu destino.

Em agosto de 2014, ela foi sequestrada e levada à força para Mossul, um bastião do EI reconquistado há mais de um ano. Este foi o início de um calvário de muitos meses: torturada, disse ter sido vítima de múltiplos estupros coletivos antes de ser vendida diversas vezes como escrava sexual.

Naquele ano, o EI teve uma rápida ascensão e assumiu o controle de amplas faixas do país. Em agosto, foi o povoado de Murad, perto do reduto yazidi de Sinjar (norte), que sucumbiu à invasão dos jihadistas.

Nadia Murad - assim como sua amiga Lamiya Aji Bashar, com a qual venceu o Prêmio Sakharov do Parlamento Europeu em 2016 - repete sem cessar que mais de 3.000 yazidis continuam desaparecidas e que provavelmente permanecem em cativeiro.

- Torturas e estupros -

Os extremistas queriam "roubar nossa honra, mas perderam a honra deles", disse aos eurodeputados Nadia Murad, que foi nomeada embaixadora da Boa Vontade da ONU e luta pela proteção das vítimas do tráfico de pessoas.

Além de sofrer torturas e estupros, Murad teve de renunciar a sua fé yazidi, uma religião ancestral desprezada pelo EI, praticada por meio milhão de pessoas no Curdistão iraquiano.

"A primeira coisa que fizeram foi nos forçar a uma conversão ao Islã. Depois fizeram o que queriam", afirmou Nadia à AFP em 2016.

Assim como milhares de outras yazidis, ela foi obrigada a "casar" com um extremista que a agredia, como relatou em um comovente discurso no Conselho de Segurança da ONU em Nova York.

"Incapaz de suportar tantos estupros", ela decidiu fugir. Graças à ajuda de uma família muçulmana de Mossul, Nadia obteve documentos de identidade que permitiram sua viagem até o Curdistão iraquiano.

Após a fuga, a jovem - que disse ter perdido seis irmãos e a mãe no conflito - viveu em um campo de refugiados no Curdistão, onde entrou em contato com uma organização de ajuda aos yazidis. Esta ajudou em seu reencontro com a irmã na Alemanha.

- 'Castigados' -

Depois do anúncio do Nobel da Paz, Nadia explicou que, para ela, "justiça não quer dizer matar todos os membros do Daesh [acrônimo do EI em árabe] que cometeram esses crimes", mas "levá-los a um tribunal e vê-los admitir diante da justiça os crimes que cometeram contra os yazidis e que sejam punidos por esses atos".

Para os combatentes do EI em sua interpretação ultrarradical do Islã, os yazidis são hereges.

De fala curda, os fiéis dessa religião esotérica ancestral acreditam no Deus único e no "chefe dos anjos", representado por um pavão real.

Na Alemanha, ela se tornou uma respeitada porta-voz de seu povo, que antes de 2014 tinha 550.000 membros no Iraque. Hoje, quase 100.000 abandonaram o país, e outros estão no Curdistão.

Murad conseguiu que as perseguições cometidas em 2014 fossem reconhecidas como genocídio. O Conselho de Segurança da ONU se comprometeu a ajudar o Iraque a coletar provas sobre os crimes do EI.

Seu "combate" também reservou algumas boas surpresas. No dia 20 de agosto, a jovem anunciou no Twitter que se casará com outro ativista da causa yazidi, Abid Shamdeen.

"O combate a favor de nosso povo nos uniu e seguiremos neste caminho juntos", escreveu.

A polícia de Bagdá informou que quatro pessoas foram mortas em quatro diferentes explosões de bombas na capital iraquiana. Dois dos explosivos estavam em minivans.

As explosões ocorreram no fim da tarde de domingo (4) e aparentemente tinham como alvo distritos xiitas da cidade. Autoridades policiais afirmam que as explosões foram relativamente pequenas. Segundo eles, ao menos 20 pessoas ficaram feridas.

##RECOMENDA##

O grupo Estado Islâmico assumiu a autoria dos ataques por meio de uma declaração publicada pela agência Amaq. O conteúdo da nota circulou ainda nas redes sociais.

O grupo militante continua a promover terrorismo no Iraque, usando sequestros e explosões a bomba, mesmo depois de perder o controle de quase todos os territórios no país para forças iraquianas no último ano. O grupo promove violência contra xiitas em todo o mundo islâmico. Fonte: Associated Press.

As autoridades da Líbia anunciaram nesta quarta-feira (10) a descoberta de uma fossa comum com "quase 100 corpos" a cerca de 15 km a oeste de Sirte, último reduto do grupo terrorista Estado Islâmico (EI).

A informação foi revelada por meio de uma publicação na página no Facebook do Crescente Vermelho líbio, na qual diz que a exumação das vítimas dos jihadistas ainda está em andamento e o número de cadáveres "pode crescer".

##RECOMENDA##

Segundo porta-voz militar de Sirte, Taha Hadid, a vala comum já havia sido descoberta há algum tempo, mas não havia possibilidade de remover os corpos. Para ele, o Estado Islâmico, que controlou a cidade por um ano e meio, de junho de 2015 a dezembro de 2016, pode ser responsável pelas mortes. Além disso, Hadid notou que o grupo terrorista controlava o campo agrícola em que a vala comum foi encontrada.

A cidade de Sirte, autodeclarada um "califado islâmico", é considerada o último refúgio do grupo terrorista em território líbio. No final de agosto, as forças pró-governo haviam anunciado o início da "batalha final" para retomar de vez a região das mãos dos militantes. 

Da Ansa

Com apenas 25 anos, Nadia Murad, vencedora do Nobel da Paz ao lado do ginecologista congolês Denis Mukwege, sobreviveu aos piores horrores infligidos pelo grupo Estado Islâmico (EI) a seu povo, os yazidis do Iraque, e se tornou um ícone desta comunidade ameaçada.

A jovem iraquiana poderia ter desfrutado de uma vida tranquila em sua cidade natal, Kosho, perto do reduto yazidi de Sinjar, uma zona montanhosa entre Iraque e Síria. Mas o rápido avanço do EI em 2014 mudou seu destino.

Em agosto de 2014 ela foi sequestrada e levada à força para Mossul, um bastião do EI reconquistado há mais de um ano. Este foi o início de um calvário de muitos meses: torturada, disse ter sido vítima de múltiplos estupros coletivos antes de ser vendida diversas vezes como escrava sexual.

Nadia Murad - assim como sua amiga Lamiya Aji Bashar, com a qual venceu o Prêmio Sakharov do Parlamento Europeu em 2016 - repete sem cessar que mais de 3.000 yazidis continuam desaparecidas e que provavelmente permanecem em cativeiro.

- Torturas e estupros -

Os extremistas queriam "roubar nossa honra, mas perderam a honra deles", disse aos eurodeputados Nadia Murad, que foi nomeada embaixadora da Boa Vontade da ONU e luta pela proteção das vítimas do tráfico de pessoas.

Além de sofrer torturas e estupros, Murad teve de renunciar a sua fé yazidi, uma religião ancestral desprezada pelo EI, praticada por meio milhão de pessoas no Curdistão iraquiano.

"A primeira coisa que fizeram foi nos forçar a uma conversão ao Islã. Depois fizeram o que queriam", afirmou Nadia à AFP em 2016.

Assim como milhares de outras yazidis, ela foi obrigada a "casar" com um extremista que a agredia, como relatou em um comovente discurso no Conselho de Segurança da ONU em Nova York.

"Incapaz de suportar tantos estupros", ela decidiu fugir. Graças à ajuda de uma família muçulmana de Mossul, Nadia obteve documentos de identidade que permitiram sua viagem até o Curdistão iraquiano.

Após a fuga, a jovem - que disse ter perdido seis irmãos e a mãe no conflito - viveu em um campo de refugiados no Curdistão, onde entrou em contato com uma organização de ajuda aos yazidis. Esta ajudou em seu reencontro com a irmã na Alemanha.

Neste país, onde mora, ela se tornou uma respeitada porta-voz de seu povo, que antes de 2014 tinha 550.000 membros no Iraque. Hoje, quase 100.000 abandonaram o país, e outros estão no Curdistão.

Murad, que lidera o combate de seu povo, de acordo com suas palavras, conseguiu que as perseguições cometidas em 2014 fossem reconhecidas como genocídio. O Conselho de Segurança da ONU se comprometeu a ajudar o Iraque a coletar provas sobre os crimes do EI.

Seu "combate" também reservou algumas boas surpresas. No dia 20 de agosto, a jovem anunciou no Twitter que se casará com outro ativista da causa yazidi, Abid Shamdeen.

"O combate a favor de nosso povo nos uniu e seguiremos neste caminho juntos", escreveu.

Uma equipe de investigadores da ONU começou a trabalhar no Iraque para reunir evidências sobre os massacres da minoria yazidi e outras atrocidades cometidas pelo grupo Estado Islâmico (EI), segundo uma carta da organização publicada nesta quinta-feira (23).

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse ao Conselho de Segurança na missiva, enviada em 17 de agosto, que os investigadores liderados pelo advogado britânico de direitos humanos Asad Ahmad Khan começariam a trabalhar no primeiro dia desta semana.

No ano passado, o conselho adotou por unanimidade uma resolução para a realização da investigação a fim de ajudar a levar os perpetradores dos crimes do EI à Justiça, uma causa defendida internacionalmente pela advogada de direitos humanos Amal Clooney.

A advogada britânico-libanesa representa as mulheres yazidis que foram pegas como reféns e usadas como escravas sexuais pelo EI em sua passagem pela região iraquiana de Sinjar, em agosto de 2014.

As Nações Unidas descreveram os massacres dos yazidis como um possível genocídio, e Clooney teve aparições de alto nível perante o órgão mundial para exigir ação.

Dezenas de milhares de yazidis fugiram do massacre de agosto de 2014 em Sinjar, e as investigações sobre direitos humanos da ONU documentaram terríveis denúncias de abuso sofridas por mulheres e meninas.

Guterres disse ao conselho que Khan, que foi nomeado em fevereiro, já realizou uma primeira missão no Iraque de 6 a 14 de agosto.

Os investigadores reunirão evidências sobre crimes de guerra, crimes contra a humanidade ou genocídio para seu uso nos tribunais iraquianos, que vão realizar julgamentos de militantes do EI, de acordo com a resolução.

O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) assumiu o ataque contra uma escola em uma região xiita de Cabul, no Afeganistão, que deixou ao menos 34 mortos e 56 feridos ontem (15).

A agência Amaq, ligada ao grupo, reconheceu o autor do atentado como Abdulrauf al Jorasan em anúncio divulgado por meio do aplicativo Telegram.

##RECOMENDA##

O terrorista estourou um colete com explosivos em uma “escola de apóstatas renegados”, como o grupo jihadista se refere a comunidade xiita, minoritária no Afeganistão.

Ao menos 54 pessoas, entre elas 28 civis, morreram em bombardeios de aviões militares contra região dominada pelo grupo terrorista Estado Islâmico no leste de Deir ez Zor, na Síria, de acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

A Organização afirmou que a maioria dos civis eram refugiados iraquianos, e as demais vítimas eram jihadistas de nacionalidades sírias e iraquianas. O alvo dos ataques foi uma concentração de civis em uma fábrica de gelo localizado entre Al Susa e Al Baguz al Fuqani, que estão sob controle dos jihadistas.

##RECOMENDA##

A ONG disse que o número de mortos deve crescer devido as dezenas de pessoas que ficaram feridas nos ataques, algumas delas em estado grave.   

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) manteve em segunda instância a condenação de oito brasileiros acusados de difundirem os ideais terroristas do Estado Islâmico e de planejarem atentados durante os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016.

Ao todo, dez pessoas foram presas pela Operação Hashtag, da Polícia Federal, em julho de 2016, duas semanas antes da abertura das Olimpíadas, suspeitos de planejar atos terroristas no Brasil - oito viraram réus. O grupo formaria uma suposta célula do Estado Islâmico no País.

##RECOMENDA##

Os oito foram condenados em maio de 2017 pelo juiz federal Marcos Josegrei da Silva, da 14ª Vara Federal, em Curitiba. Estão sentenciados por promoção de organização terrorista e associação criminosa Alisson Luan de Oliveira, Oziris Moris Lundi dos Santos Azevedo, Israel Pedra Mesquita, Levi Ribeiro Fernandes de Jesus, Hortencio Yoshitake e Luis Gustavo de Oliveira. Além desses crimes, Leoni El Kadre de Melo foi considerado culpado também por recrutamento com o propósito de praticar atos de terrorismo. Fernando Pinheiro Cabral foi condenado por promoção de organização terrorista.

A sentença foi a primeira feita com base na lei 13.260, a Lei de Terrorismo, sancionada três meses antes das prisões. Os oito foram condenados a penas que variam de 5 a 15 anos de prisão.

Durante a investigação, o grupo, integrado por brasileiros, foi monitorado principalmente após as autoridades brasileiras receberem um relatório do FBI americano. Os investigados foram presos em nove Estados (Paraná, Amazonas, Ceará, Paraíba, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul).

Condenados

Na apelação feita ao TRF-4 para que a sentença fosse revisada, o Ministério Público Federal pediu aumento da pena e os acusados pediram absolvição. Por dois votos a um, a 7ª Turma Penal do tribunal decidiu manter a condenação dos acusados, no dia 19 do último mês.

O julgamento do pedido de revisão da sentença da Hashtag começou em 24 de abril, foi suspenso para nova análise do relator e retomado em 8 de maio, quando recebeu pedido de vista da desembargadora Cláudia Cristofani. No último dia 26 de junho, saiu o voto e a decisão da 7ª Turma de negar os pedidos da defesa de absolvição.

A desembargadora Claudia Cristofani votou por absolver sete dos oito condenados, mas prevaleceu o voto do relator, desembargador Márcio Antonio Rocha, acompanhado pela desembargadora Salise Monteiro Sanchotene - que manteve a sentença apenas contra o réu Leonid El Kadre de Melo, apontado como líder.

Relator

Ao votar pela manutenção da sentença de primeiro grau, o relator da Hashtag no TRF-4 afirmou que "as postagens e conversas havidas entre os réus revelaram nítido modus operandi de promoção dos ideais propagados pela organização terrorista Estado Islâmico. Sobretudo aqueles ligados a condutas que desumanizam os considerados 'infieis' a ponto de retirar deles a condição de destinatários de qualquer tipo de consideração ou respeito."

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando