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O dólar opera em alta conduzida pela piora externa com o embate entre EUA e China no radar e cautela sobre o cenário político e fiscal interno. O investidor monitora o IBC-BR em meio à perspectiva de que os números de abril devem ser piores, reforçando as previsões de corte adicional da taxa Selic.

O IBC-BR caiu 5,90% em março ante fevereiro, com ajuste, ficando perto da mediana de -6% das projeções (-8,63% a -3,6%) O IBC-BR interanual de 1,52% também foi menos negativo que a mediana de -2,1% das projeções (-5,1% a -0,7%).

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Os investidores repercutem ainda a intenção do presidente Jair Bolsonaro de discutir com governadores e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), um compromisso no tocante a possível veto ou não de artigos do projeto que prevê congelamento de salários de servidores até o fim de 2021. Bolsonaro encontrou-se com Maia na quinta-feira, coroando a sua reaproximação com o Centrão.

Nesta sexta-feira, 15, o ministro Celso de Mello, do STF, pode anunciar ainda sua decisão sobre o levantamento do sigilo e a exibição do conteúdo, integral ou parcial, do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril. Ontem à noite, a Advocacia-Geral da União (AGU) encaminhou manifestação ao STF em que informa que o presidente Jair Bolsonaro mencionou as palavras "família" e "PF" na reunião ocorrida no mês passado no Palácio do Planalto, que durou mais de duas horas. Bolsonaro havia afirmado à imprensa que não tinha feito menção à família nem à Polícia Federal no encontro.

Mais cedo, os índices de confiança de consumidores e de empresários mostraram acomodação em maio. O Índice de Confiança Empresarial (ICE) subiu 7,7 pontos na prévia de maio ante o resultado fechado do mês de abril, para 63,5 pontos. Já o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) aumentou 6,5 pontos, para 64,7 pontos.

Às 9h22 desta sexta, o dólar à vista subia 0,57%, a R$ 5,8522. O dólar futuro de junho avançava 0,54%, a R$ 5,8560.

O inesperado crescimento das exportações chinesas alivia os mercados internacionais, apesar das continuadas preocupações com a relação comercial entre o país asiático e os EUA. Esse bom humor atinge também as commodities, com o petróleo, por exemplo, avançando perto de 10% em Nova York. Por sua vez, este quadro impulsiona o Ibovespa, que ainda se beneficiar do corte de 0,75 ponto porcentual na taxa Selic na noite de quarta-feira (6), para 3,00%. Além disso, otimismo deve ser reforçado na interpretação de que o Comitê de Política Monetária (Copom) tende a promover nova redução dessa magnitude em junho, com o juro indo a 2,25% ao ano.

Para o Itaú Unibanco, seria necessário um agravamento ainda mais intenso da situação fiscal e um nível ainda mais depreciado da taxa de câmbio para impedir que o Copom repita em junho a decisão de ontem. "Nossa opinião é que o Banco Central BC leve a taxa Selic para 2,25% ao ano no Copom do próximo mês, nível que deve ser mantido até o fim do ano", diz, em nota.

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Apesar do otimismo com a Bolsa nesta quinta-feira, a instabilidade política e o avanço dos casos de pessoas infectadas e de mortes pelo novo coronavírus no Brasil podem limitar os ganhos. "O presidente Jair Bolsonaro diz que o Paulo Guedes ministro da Economia tem total liberdade para tomar decisões. No entanto, vetou as contrapartidas pedidas pelo Guedes no projeto de socorro a Estados e municípios. Esse desgaste acaba incomodando no curto prazo", descreve um analista. O projeto de ajuda emergencial a esses entes foi aprovado ontem, assim como o chamado Orçamento de Guerra. Ambos agora seguem para sanção presidencial.

Nesta manhã, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), voltou a cobrar diálogo entre os Poderes. Maia afirmou em transmissão ao vivo do Santander, que não é preciso antecipar a sucessão na Casa para tratar da crise. Conforme ele, o Parlamento quer um presidente de diálogo e que foque nas reformas. Em sua visão, a grande trava para o setor privado é o sistema tributário e os gastos públicos. "Essa crise vai gerar realinhamento para melhorar marcos regulatórios".

Contudo, a expectativa é de que o Ibovespa avance nesta quinta-feira, mas ainda sem muita força para alçar grandes voos. Como tem reforçado o economista-chefe do ModalMais, Álvaro Bandeira, em suas análises, o índice precisa firmar-se nos 80 mil pontos, ir atrás dos 83 mil pontos e, sem seguida, dos 85 mil pontos, para "tornar esse quadro mais consistente".

"Hoje, os dados da China devem ajudar o Ibovespa, além da queda da Selic", afirma Luiz Roberto Monteiro, operador de mesa institucional da Renascença.

As exportações da China subiram 3,5% em abril na comparação com o mesmo mês do ano anterior, após queda de 6,6% em março. Economistas esperavam recuo de 18,8%. Já as importações chinesas caíram 14,2% no período, depois de declínio de 0,9% em março. A projeção para abril era de recuo de 15,8%. Com isso, o superávit comercial do país chegou a US$ 45,34 bilhões no mês passado.

Monteiro completa que é preciso acompanhar como o mercado externo reagirá aos dados de emprego dos EUA, que têm sofrido bastante com os impactos da covid-19, e lembrando que amanhã será divulgado o relatório oficial do mercado de trabalho no país.

Hoje, foi informado o dado que mede os pedidos de auxílio-desemprego no país, mostrando queda de 677 mil na semana, a 3,169 milhões, ante previsão 3,050 milhões. Mais cedo, pesquisa da Challenger, Gray & Christmas informou que os anúncios de cortes de postos de trabalho por empregadores nos Estados Unidos saltaram de 222.288 em março para 671.129 em abril, número recorde de uma série histórica iniciada em janeiro de 1993 que evidencia o impacto da pandemia de coronavírus no mercado de trabalho americano.

No corporativo, foram informados os resultados do primeiro trimestre do Banco do Brasil e da Ambev. O BB registrou lucro líquido de R$ 3,395 bilhões, o que representa queda de 20,1% ante o mesmo período do ano passado. Já a o lucro líquido ajustado da Ambev cedeu 59% no período, a R$ 1,091 bilhão, enquanto o lucro líquido ajustado foi de R$ 1,227 bilhão, caindo 55,6% também na comparação anual.

O Ibovespa subia 0,92%, aos 79.793,81, por volta das 10h45, apesar dos ganhos superiores a 1% em Nova York. O dólar à vista tinha ala de 1,94%, a R$ 5,84, após máxima a R$ 5,847.

Na avaliação do economista-chefe da Necton Investimentos, André Perfeito, após o recuo da Selic, aconteceu o que já se imaginava: dólar testa novas máximas. Ele cita que os pontos gráficos de curto prazo são R$ 5,86 e, depois, uma nova resistência em R$ 6,03. "A queda do juro básico não surtirá o efeito desejado e ainda pode estressar o dólar", escreveu em análise.

O governo da Índia prepara uma grande operação para repatriar seus cidadãos bloqueados no exterior pela pandemia de coronavírus, usando navios militares e voos especiais. Desde que adotou o confinamento estrito, a Índia proíbe os voos internacionais, o que deixou bloqueados no exterior um grande número de trabalhadores e estudantes.

Um navio militar partiu com destino aos Emirados Árabes Unidos, que tem uma comunidade indiana de 3,3 milhões de pessoas, quase um terço da população deste país do Golfo. A Índia também enviou dois navios às Maldivas, informou à AFP um porta-voz do exército.

De acordo com um comunicado das autoridades, a operação de retirada começará na quinta-feira (7) e terá como base listas de "cidadãos sob risco" elaboradas pelas embaixadas indianas. O governo do primeiro-ministro Narendra Modi não informou quantas pessoas pretende repatriar.

O consulado indiano em Dubai recebeu mais de 200.000 demandas de repatriação e pediu "paciência e cooperação" no Twitter aos indianos que vivem no país. Os ricos países petroleiros do Golfo dependem em grande medida da mão de obra estrangeira barata, geralmente procedente do subcontinente indiano.

Mas o coronavírus e seu impacto econômico deixaram muitos trabalhadores doentes ou desempregados. O governo dos Emirados Árabes Unidos pede com insistência aos governos dos países asiáticos que repatriem seus trabalhadores. Quase 23.000 saíram do país no dia 20 de abril.

Mas até agora a Índia havia se recusado a colaborar devido à complexidade da repatriação e a exigência de quarentena de milhares de pessoas. Antes de proibir os voos internacionais e domésticos, a Índia repatriou 2.500 cidadãos da China, Japão, Irã e Itália.

O dólar segue em baixa e alinhado à queda predominante da moeda americana no exterior em meio à menor tensão política interna e a alta dos futuros das bolsas em Nova York e do petróleo diante dos planos ou da reabertura de alguns estados americanos e países europeus. A volta das apostas de corte de 0,50 ponto da Selic em maio, num cenário de fraqueza econômica e preços mostrando inflação baixa ou deflação, fica em segundo plano.

Também ajuda a percepção de que o ministro da Economia, Paulo Guedes, tomou as rédeas na condução da política econômica do País.

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Caiu bem no mercado Guedes enfatizar na manhã desta quarta-feira: "Pegamos o País quebrado. Vamos propor quebrar de novo? (referindo-se ao Plano Pró-Brasil lançado pelo ministro da Casa Civil, Braga Netto) . O caminho da retomada já conhecemos: marco do saneamento, choque de energia barata, simplificação de impostos, facilitar investimentos privados", concluiu.

Mais cedo, a confiança da indústria mostrou queda de 39,3 pontos em abril, para 58,2, o menor nível da série histórica. E o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) desacelerou a 0,80% em abril, de 1,24% em março, ficando em linha segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV).

Com o resultado, o indicador acumula alta de 2,5% em 2020 e de 6,68% em 12 meses.

Nas duas bases de comparação, o indicador ficou quase em linha com a mediana das estimativas de mercado apurada pelo Projeções Broadcast, de +0,82% no mês e de 6,73% em 12 meses. Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) teve leve aceleração em abril, a 0,13%, ante 0,12% em março.

Às 9h30, o dólar á vista caía 0,96%, a R$ 5,4643. O dólar futuro de maio recuava 0,56%, a R$ 5,4650.

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Nesta quinta-feira (16), de acordo com o monitoramento em tempo real da universidade norte-americana John Hopkins, 2.101.064 casos de infecção pelo novo coronavírus foram confirmados em todo o mundo. Os Estados Unidos encabeçam a lista dos países mais infectados, seguidos por Espanha, Itália e França. A covid-19, doença provocada pelo vírus já matou 140.773 pessoas em todo o mundo.

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A Alemanha é o quinto país mais afetado pela pandemia. Segundo o Instituto Robert Koch (RKI), centro de epidemiologia e controle de doenças alemãs, o primeiro caso da pandemia no país foi confirmado em 27 de janeiro, em Munique, na Baviera. A primeira morte foi registrada em 9 de março, de uma pessoa infectada em um evento carnavalesco em Heinsberg, na Renânia do Norte-Vestfália.

De acordo com o psicopedagogo Samuel Lins, paraense que mora na Alemanha há nove anos, em Niedersachsen, logo que as pessoas souberam dos primeiros casos de infectados na Itália, elas procuraram ir aos supermercados para estocar comida, principalmente a população mais antiga. “Eles vieram de uma Segunda Guerra Mundial, sabem o que não poder sair de casa e ter que guardar comida para sobreviver como, por exemplo, as minhas avós”, explica. “Quando ia ao supermercado para comprar e estocar também, eu percebia que as pessoas estavam se preparando para algo terrível”, complementa.

Segundo Samuel, a Alemanha tomou medidas drásticas para proteger a população com seis semanas de quarentena seguidas. “Todos os eventos que tivessem mais de 20 pessoas fossem cancelados. Os restaurantes foram fechados, os shoppings e as escolas. Os ônibus só podiam vender o tíquete por aplicativo, o veículo passava de um em uma hora, os passageiros não podiam mais ter contato com o motorista e entravam pela porta de trás, sempre se organizando para se sentar em uma fileira, sim, e duas, não”, afirma.

“Nos supermercados, só é permitido entrar um grupo de dez pessoas por vez, cada um com o carrinho, na fila do caixa existe uma marcação no chão de dois metros de distância de cada individuo, e não pode ultrapassar senão o estabelecimento é sujeito à multa e o cidadão também por desrespeitar as regras”, explica o paraense sobre algumas medidas que estão sendo tomadas no país.

 O psicopedagogo afirma que desmarcou uma viagem para Israel pela universidade.  De home office, sai de casa apenas para comprar o necessário que está faltando. “Às vezes, desço para o jardim de casa, mas sigo todas as recomendações adequadas, como desinfetar as mãos com álcool gel, tomar banho e trocar de roupa”, disse.

Samuel tem familiares em Belém e mata a saudade por videochamada. Sempre procura alertá-los sobre a importância de respeitar a quarentena. “Conversei com alguns familiares que estão na Alemanha também, minha avó é idosa e procurei visita-lá antes de tudo acontecer porque sabia que demoraria esse reencontro”, afirma.

O Canadá é o 13º país com o maior número de infectados por coronavírus, segundo o monitoramento da universidade norte-americana John Hopkins. Em 25 de janeiro, o primeiro caso suspeito no Canadá foi admitido no Sunnybrook Health Sciences Centre, em Toronto.

De acordo com o paraense Pedro Pina, que mora no Canadá há dois anos, quando foi noticiado o primeiro caso de covid-19 no país ele ficou em alerta, mas só foi entender a proporção da situação quando pararam os jogos da NBA. “Tomar a decisão de parar um campeonato tão importante para a América do Norte é sinal que as coisas estavam ficando sérias”, afirmou.

Segundo o paraense, a sua rotina só não mudou totalmente porque permanece indo para o trabalho todos os dias, mas assegura que vai do trabalho direto para a casa. “Restaurantes, shoppings, lojas de roupas estão todos fechados. Funcionam apenas os serviços básicos como, supermercado e farmácia”, disse Pedro. “Eu e a minha esposa estamos nos reeducando, pois tínhamos uma vida social bastante agitada antes de tudo isso acontecer. Agora é totalmente dentro de casa e adaptando tudo para a vida on-line”, complementa.

Com vários familiares no Pará, e alguns em Belém, Pedro procura manter contato com todos, sempre conversando por WhatsApp, orientando como seguir a quarentena com qualidade de vida e cuidando da saúde mental. “Sempre envio músicas, vídeos, informo leituras para ocupar a mente da minha mãe e do meu padrasto”, afirma.

Em 2 de março foram descobertos os primeiros casos de coronavírus em Portugal, praticamente o último país infectado da Europa Ocidental, e eram  importações da Itália e da Espanha. Atualmente, segundo o monitoramente, o país possui 18.841 casos confirmados e 629 mortes.

Segundo a paraense Luana Rodrigues, que mora há um ano em Portugal, no distrito de Setúbal, após uma viagem feita para a Madri e a confirmação de uma suspeita de caso, já se imaginava que o vírus chegaria a Portugal. “Todos já esperavam que isso fosse acontecer por conta da proximidade da Espanha”, afirma.

Luana trabalhava como atendente de balcão, e afirma que tomava todos os cuidados necessários, como o uso de máscara, luvas. No local de trabalho tinha o costume de higienizar o ambiente e deixou os cumprimentos de lado. “Moro em uma parte litorânea de Portugal, é comum observar o grande movimento de turistas, principalmente na época de primavera e verão, que é a melhor altura para o comércio português”, disse. “Mas, por conta de toda essa situação do coronavírus não tivemos 1\3 do faturamento esperado porque não existem pessoas nas ruas”, complementou.

De acordo com Luana, foi decretado em Portugal que duas pessoas não podem mais andar juntas na rua. Os estabelecimentos que ainda estão funcionando exigem que entre uma pequena quantidade de pessoas, principalmente em supermercados. “É um pouco assustador”, afirma.

A pandemia da covid-19 se espalhou da China para o Japão em 23 de janeiro de 2020. De acordo com a estudante paraense Melissa Toledo, que mora há nove anos no Japão, após os primeiros casos do vírus ela notou a diferença no tratamento que recebeu ao chegar no Brasil. “Mediram a temperatura dos passageiros e separaram em duas fileiras, uma para quem chegava da Ásia e a outra, de quem chegava da Europa”, disse.

“Quase todos os estabelecimentos no Japão têm na porta álcool gel e água sanitária, as pessoas estão saindo menos de casa e as ruas estão vazias. O governo proibiu a entrada de encomendas do exterior no país e os aeropostos estão fechados”, afirma Melissa. 

Segundo Melissa, todas as orientações estão sendo seguidas por ela e pela família. “Estamos usando mascaras, evitando aglomerações, medindo a temperatura sempre de saímos e voltamos para a casa”, disse a estudante. “Na escola, estão sendo organizados grupos para a higienização das maçanetas  e devemos usar mascara e evitar beijos e abraços com os colegas da turma”, complementou.

Por Amanda Martins.

 

 

 

 

Ainda existem seis mil brasileiros no exterior que pediram ajuda às embaixadas e aguardam posição do governo federal para retornar ao País. O número é do Itamaraty, responsável por providenciar a volta dessas pessoas em meio ao fechamento de aeroportos e limitações de voos pelo mundo por causa da pandemia do coronavírus.

O jornal O Estado de S, Paulo conversou com cinco brasileiros que enfrentam essa situação, e todos relatam se sentir abandonados. "O clima é de pavor", diz a jornalista Bia Campilongo, que tenta deixar a Itália, um dos polos da doença.

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O guia turístico Adriano Leal está em um hostel na Tailândia e divide um quarto pequeno com oito desconhecidos. "Vivo de doações. Aqui é impossível me proteger contra o novo coronavírus", relata o brasileiro.

As dificuldades enfrentadas aumentam a cada dia à medida que o sistema de saúde das cidades entra em colapso. A superlotação de hospitais, o aumento no número de mortos e a dificuldade da população local sair para fazer compras expõe ainda mais os estrangeiros.

Bia está em Lecce, no sul da Itália, e já teve quatro voos cancelados na tentativa de voltar ao Brasil. "São mais de R$ 10 mil presos em passagens aéreas", revela. Hospedada em um apartamento, ela perdeu a conta do número de vezes que pediu ajuda para a embaixada brasileira. "A resposta deles é apenas de pedir para que a gente preencha infinitos formulários. Continuamos cobrando e nada."

A Itália é um dos epicentros do coronavírus e já teve mais de 18 mil mortes por causa da covid-19. Bia está em um grupo de WhatsApp que conta com outros 47 brasileiros que tentam voltar do país europeu. "O clima aqui é de pavor.

As poucas pessoas na rua só andam de máscara e luvas. Tem mercado em que é proibido entrar sem proteção. As filas são imensas porque tem de respeitar a distância mínima. Tem um segurança controlando quantas pessoas entram por vez no mercado", relata ao jornal O Estado de S. Paulo. "A polícia está em todo lugar, checando um por um para verificar a autorização para sair de casa. Para mim é muito complicado porque não falo italiano e as pessoas logo se assustam quando sabem que sou estrangeira. Aqui os policiais não falam inglês e percebem que não sou daqui, ficam nervosos, sem entender o que estou fazendo na rua. Se não justificar a saída, leva multa."

Adriano é guia turístico e ficou sem trabalho por causa da pandemia. Ele conta que seu "carro-chefe era levar estrangeiros" para conhecer atrações da cidade. Ele ficou isolado na Tailândia e comentou sobre o olhar desconfiado da população local para estrangeiros. "Perdi o trabalho, toda a minha fonte de renda, e consegui chegar em Bangcoc. Minha intenção era ir para Luxemburgo e tentar trabalhar por lá. Mas minha passagem foi cancelada, não tive mais respostas. Estou vivendo de doações", contou.

Ele buscou o consulado brasileiro para ser repatriado e voltar para sua cidade natal, Vitória da Conquista, na Bahia. "O consulado só manda informações rasas. É o mesmo comunicado de sempre. Eles não têm ideias de quando voltaremos."

São 238 brasileiros listados pela embaixada que tentam resgate da Tailândia. Adriano divide um quarto de hostel com oito pessoas. Eles dormem em beliches apertados com um plástico vermelho cobrindo cada beliche para tentar diminuir o risco de contaminação. "O lugar está infestado de baratas."

Nayara viajou para a Itália com a filha e uma tia no mês passado para visitar a irmã em Penitro, a uma hora de Roma. O retorno estava marcado para 17 de março, mas no dia 12, cancelaram.

Segundo Nayara, houve só um caso de coronavírus em Penitro até agora, mas todos estão cumprindo a determinação de isolamento social. A família pretende retornar para Salvador, mas ainda não tem data.

Nayara é funcionária pública em Aracaju e a tia e a mãe vivem na Bahia. "Minha mãe é idosa, faz uso de medicação, tem chorado."

O corretor de imóveis João Neves, de 44 anos, tirou uns dias de férias com a intenção de ficar isolado do resto do mundo numa praia em El Salvador. O sonho de surfar em paz virou pesadelo.

Com a determinação de quarentena no país, teve de ficar trancado na pousada. João está em Playa Las Flores, a quatro horas de carro da capital San Salvador. Faz duas semanas que ele mantém contato com a embaixada brasileira.

São 149 brasileiros que estão na América Central. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O dólar começou a sessão desta quinta-feira (2) ajustando-se em baixa, em linha com o sinal no exterior. Mas a volatilidade do dólar não está descartada, diante do rápido avanço da pandemia de coronavírus pelo mundo. No Brasil, há pelo menos 240 mortos pela doença e 6.836 pessoas contagiadas, mas o Ministério da Saúde admite subnotificação dos casos. Segundo o G1, o Brasil tem ao menos 23 mil testes de coronavírus à espera do resultado - ou seja, o triplo de casos confirmados.

Além disso, há preocupação interna com a demora para execução das medidas emergenciais pelo governo Bolsonaro e com a precariedade do sistema de saúde do País para atender às necessidades da pandemia. O auxílio de R$ 600, por exemplo, demorou 48 horas para ser sancionado, com três vetos, e só há uma data, 10 de abril, para iniciar o pagamento aos inscritos do Bolsa Família. Sem contar que o presidente Jair Bolsonaro ainda não desistiu das críticas aos governadores que defendem o isolamento social.

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Bolsonaro disse mais cedo que as ações do governo para o pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 estão "a todo vapor" e que o pagamento já deve começar na semana que vem. A lei sobre o voucher foi sancionada ontem pelo presidente, mas ainda não foi publicada no Diário Oficial da União (DOU).

Já o Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu ontem, em reunião extraordinária, adiar a implementação de mudanças na portabilidade de crédito que tinham sido aprovadas ainda no ano passado e autorizou o Banco Central a firmar contratos de swap com o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos).

Em 19 de março, o Fed abriu uma linha de liquidez em dólares em até US$ 60 bilhões para os BCs do Brasil, Austrália, Coreia do Sul, México, Cingapura e Suécia. A medida significa na prática um reforço às reservas internacionais do Brasil.

Às 9h22 desta quinta, o dólar à vista caía 0,68%, a R$ 5,2273. O dólar para maio recuava 0,43%, a R$ 5,2380.

Mais cedo, também foi revelado que o IPC-Fipe, que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,10% em março, de 0,11% em fevereiro, abaixo da mediana do mercado, de +0,11%, mas dentro do intervalo de 0,07% a 0,15%, de acordo com pesquisa do Projeções Broadcast. O IPC-S avançou em todas as sete capitais pesquisadas e, no mês passado, o índice subiu 0,34%, acima tanto da taxa de fevereiro (-0,01%), quanto da registrada na terceira quadrissemana do mês (0,18%).

O Itamaraty estima que pelo menos 12 mil brasileiros já enfrentaram algum tipo de dificuldade para retornar ao País nos últimos dias devido ao fechamento de fronteiras como medida de contenção ao avanço do novo coronavírus. Desses, mais de cinco mil já conseguiram embarcar. O restante, quase sete mil, ainda aguarda repatriação.

"Os esforços do Itamaraty, com o apoio da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) e do Ministério do Turismo, possibilitaram o retorno, até ontem (esta segunda-feira, 23) de mais de 5.200 brasileiros. A situação continua fluida e os números de brasileiros são constantemente revistos. Ao meio-dia de hoje (terça, 24), permanecem 6.919 brasileiros a repatriar. Continuamos a trabalhar para garantir o retorno de todos os brasileiros ao país, no prazo mais curto possível", diz nota do Itamaraty enviada ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

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Nos últimos dias, o chanceler Ernesto Araújo, que segue em isolamento domiciliar, enfatizou que tem se dedicado inteiramente ao trabalho de repatriação dos brasileiros retidos no exterior. "O MRE está embarcado nessa missão: repatriar os brasileiros para a segurança de seus lares e contribuir no esforço internacional de sustentação econômica - no G20, em foros de chanceleres e diálogos bilaterais", afirmou Araújo ontem.

No domingo (22), o chanceler brasileiro comemorou que "a repatriação de brasileiros avança". "Muitos já voltaram ao Brasil com apoio do Itamaraty, MinTur, Embratur, ANAC. Aos que ainda não conseguiram voltar: estamos trabalhando por todos vocês", declarou. Nos últimos dias, parte dos brasileiros conseguiu retornar ao País vindos de locais como Portugal, Peru, Marrocos.

Para tentar auxiliar os brasileiros retidos no exterior, a Anac elaborou um cadastro virtual no último final de semana para organizar as demandas de quem possui passagens compradas, mas não conseguiu embarcar. A ideia é tentar encaixes ou viabilizar novos voos. De acordo com a ANAC, foram realizados quase 11 mil cadastros entre domingo e segunda.

"Com as informações coletadas pela ANAC, as autoridades brasileiras seguirão com os esforços para ajudar a viabilizar os brasileiros que tiveram seus voos cancelados em países que estão com restrições para deslocamento aéreo", diz a ANAC. A agência destaca que o cadastro não substitui o contato para os que precisam de assistência consular.

  Após emitir um comunicado com orientações a estudantes brasileiros que realizam pesquisas em instituições de ensino no exterior, recomendando o retorno antecipado dos estudantes com atividades paralisadas e consequente interrupção das bolsas, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) anunciou que não cortará os benefícios. A medida havia sido tomada com o objetivo de proteger os alunos do novo coronavírus.

O comunicado intitulado “CAPES orienta bolsistas sobre pandemia de COVID-19” foi publicado nessa quarta-feira (18). No texto, a Capes afirmou que bolsistas atuando em instituições com atividades suspensas poderão voltar antecipadamente ao Brasil. “Contudo, a bolsa será interrompida”, afirma o comunicado.

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O texto também afirmou que “quando a situação estiver normalizada, se decidir retornar ao país estrangeiro, os custos com deslocamento serão por sua conta” e que a Capes “retomará o pagamento das mensalidades no período restante da concessão”. Nesta quinta-feira (19), porém, o jornal Folha de São Paulo afirmou que foi procurado pela Capes após a publicação de uma reportagem.

Em nota, o órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC) afirmou que “os bolsistas que desejarem continuar seus estudos onde se encontram continuarão a receber normalmente o auxílio, mesmo que a instituição não esteja em funcionamento e independentemente da fronteira do país estar aberta ou fechada”. O comunicado oficial foi atualizado ainda hoje, passando por alterações nas orientações originais. Questionada pelo jornal, a Capes afirmou que as informações divulgadas inicialmente “não estavam bem claras”. 

A prefeitura de Pequim reforçou nesta segunda-feira as medidas de quarentena para pessoas vindas do exterior, a fim de evitar casos importados de coronavírus, que atualmente excedem as infecções de origem local.

Esse anúncio coincide com uma onda de críticas nas redes sociais contra os ocidentais, acusados de não fazer o suficiente na luta contra a epidemia.

A China, berço da pandemia de coronavírus, disse na semana passada que "praticamente conteve" a epidemia e que agora registra mais casos importados do que locais.

Portanto, a capital impôs a partir de hoje uma quarentena de 14 dias às pessoas vindas do exterior em hotéis designados pelas autoridades. Até agora, a quarentena era imposta apenas para domicílios.

Após a chegada a Pequim, os passageiros serão transferidos para um gigantesco parque de exposições transformado em um centro de exames médicos e depois direcionados para hotéis de quarentena.

Os viajantes terão que pagar os custos da quarentena. Jacob Gunter, um residente americano em Pequim, disse que demorou mais de seis horas entre sair do avião e chegar ao hotel de quarentena, onde terá que residir por duas semanas.

A passagem pelo parque de exposições "foi de longe" o momento mais caótico de sua "odisseia", mas a grande maioria dos passageiros teve "paciência". Uma equipe da AFP viu agentes com equipamento de proteção vigiando o centro de exames médicos ao lado de várias ambulâncias.

Apenas algumas pessoas, consideradas "casos particulares", serão autorizadas a passar a quarentena em casa, informou a prefeitura de Pequim. São mulheres com mais de 70 anos, gestantes, pessoas com doenças crônicas, menores isolados e pessoas que vivem sozinhas.

Desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que a epidemia se transformou em uma pandemia, cerca de 20.000 pessoas, 10% estrangeiras, chegam à China todos os dias, segundo uma fonte do serviço de imigração.

Inquietos com a disseminação do vírus no resto do mundo, muitos chineses optaram por retornar ao seu país.

- Trump criticado -

Nesta segunda-feira, a China registrou 12 casos de infecção importada contra apenas quatro casos locais. Dos mais de 80.000 casos registrados na China, 123 se contaminaram fora do país.

Nesse contexto, os internautas chineses responsabilizam a Europa e os Estados Unidos pela rápida progressão do vírus em seus territórios.

Muitos desejam que o presidente americano Donald Trump seja contaminado, outros pedem controles mais rigorosos nas fronteiras para impedir que casos importados revivam a epidemia na China. "Não podemos desperdiçar nossos esforços", diz um internauta na rede Weibo.

Uma hashtag no Twitter, utilizada 820 milhões de vezes, condena o conceito de "imunidade coletiva", evocado por especialistas do Reino Unido e da França, que consistiria em permitir que o vírus se espalhasse lentamente na população.

O regime comunista defende a política radical que adotou no final de janeiro, quando estabeleceu quarentena em quase toda a província de Hubei (centro), berço do novo coronavírus, isolando 50 milhões de habitantes do mundo.

Mas o governo chinês foi criticado pela lentidão com que reagiu quando o vírus apareceu, a tal ponto que no final de dezembro, quando surgiram os primeiros casos, os médicos que alertaram as autoridades foram interrogados pela polícia.

A província de Hubei retorna gradualmente a um ritmo de vida normal. Nesta segunda, quatro cidades fretaram ônibus para trazer 1.600 trabalhadores migrantes de volta ao trabalho em fábricas fora da província.

Desde o início da epidemia, a China registrou 3.213 mortes em todo o país. Atualmente, menos de 10.000 pessoas são consideradas infectadas na China. Um número que deve ser comparado ao total de 24.747 casos anunciados no domingo na Itália, o país mais afetado depois da China.

O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) emitiu um comunicado na tarde desta quinta-feira (12), em razão da nova classificação do coronavírus, que passou a ser considerado uma pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS). 

O órgão solicitou aos eleitores que tenham voltado recentemente de outros países, ou têm parentes que chegaram de viagens internacionais pouco tempo atrás, que esperem 14 dias antes de buscar atendimento presencial para serviços eleitorais. Ainda de acordo com o TRE-PE, alguns dos serviços oferecidos pelo órgão podem ser realizados pela internet, através do site tribunal

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O esclarecimento de dúvidas será feito através do telefone o cartório eleitoral da cidade de residência do eleitor, disponível no site do TRE de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h, ou por meio da Ouvidoria do órgão, através dos telefones 3194-9217, 3194-9482, 3194-9483 e 0800 081 2570.

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A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) divulgou, nesta terça-feira (7), a lista com os valores das bolsas de estudos referentes ao exterior e ao Brasil. O anúncio foi realizado por meio do Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira.

Ao total, são estabelecidas bolsas para 24 modalidades diferentes de pesquisa, tanto no Brasil quanto em outros países. São elas, no exterior: Cátedra; Professor Visitante (sênior ou júnior); Pós-doutorado; Doutorado Pleno; Doutorado Sanduíche; Mestrado Pleno; Mestrado Sanduíche; Capacitação; Graduação Plena; Graduação Sanduíche; Aperfeiçoamento Linguístico; Assistente de Ensino ou Pesquisa; Desenvolvimento Tecnológico (dividido em quatro níveis).

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Já no Brasil, as modalidades são: Professor Convidado; Professor Visitante; Jovem Talento; Pós-doutorado; Doutorado Pleno; Doutorado Sanduíche; Mestrado Pleno; Mestrado Sanduíche; Graduação Plena; Graduação Sanduíche; Assistente de Ensino ou Pesquisa.

As bolsas poderão compreender o pagamento de diversos benefícios, como mensalidade, auxílio deslocamento, auxílio instalação, auxílio seguro saúde, adicional localidade, adicional dependente e taxas acadêmicas e administrativas como forma de condição de permanência do estudante no programa.

Para concessões com duração de até dez meses, o valor será pago de uma única vez, no início da bolsa. Já para as concessões de superiores de dez meses, o valor será pago em duas etapas, sendo a primeira no início da bolsa, para aquisição do trecho de ida, e a segunda ao final do período da bolsa, para aquisição do trecho de volta, cada uma com valores correspondentes a 70% (setenta por cento) do fixado pela Capes.

As moedas para pagamento dos benefócios serão disponibilizadas de acordo com o local de destino do bolsista. Serão disponibilizados dólar norte-americano, euro, libras esterlinas, dólar canadense, dólar australiano, iene, coroa sueca, coroa dinamarquesa, coroa norueguesa, franco suíço e real.

O valor da mensalidade para Mestrado Pleno no Brasil, por exemplo, está fixado em R$ 1,5 mil, enquanto o de Professor Convidado é estabelecido em R$ 24 mil. Para saber os valores da bolsa em cada modalidade, acesse o edital completo, divulgado pela Capes nesta terça-feira (7).

O dólar recua na manhã desta sexta-feira (6) acompanhando a queda predominante da moeda americana no exterior em relação a outras divisas emergentes em meio a expectativas sobre as negociações comerciais entre Estados Unidos e China. Mais cedo, a divisa americana registrou uma alta pontual no mercado doméstico, em ajuste após ter recuado nas quatro sessões anteriores, para fechar na quinta-feira (5) em R$ 4,1882 - menor cotação desde o dia 13 de novembro.

O soluço de alta da moeda americana ocorreu em meio à divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro, que subiu 0,51% - maior para o mês desde 2015 (+1,01%) e superior ao aumento de 0,10% em outubro. Contudo, está predominando a influência de baixa vinda do exterior em meio a expectativas sobre as negociações comerciais entre Estados Unidos e China. O governo chinês informou que irá isentar de tarifas de parte da soja, da carne de porco e de outras commodities importadas dos EUA. Além disso, os agentes de câmbio mantêm otimismo com a recuperação gradual da economia interna.

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O resultado do IPCA ficou acima também da mediana das estimativas, de 0,47%, e dentro do intervalo captados pelo Projeções Broadcast (de 0,19% a 0,58%). A taxa acumulada pela inflação no ano foi de 3,12%. O IPCA em 12 meses ficou em 3,27%, dentro das projeções dos analistas, que iam de 2,95% a 3,34%, mas acima da mediana de 3,23%.

Às 9h57 desta sexta, o dólar à vista caía 0,09%, a R$ 4,1845. Na máxima, subiu a R$ 4,1915 (+0,08%). O dólar para janeiro de 2020 recuava 0,05%, a R$ 4,1880.

Além do IPCA, o IBGE informou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve elevação de 0,54% em novembro, após aumento de 0,04% em outubro. A taxa de novembro foi a maior para o mês desde 2015. Como resultado, o índice acumulou uma elevação de 3,22% no ano de 2019, além de avanço de 3,37% em 12 meses. Em novembro de 2018, o INPC tinha sido de -0,25%.

Já o Índice Nacional da Construção Civil (INCC/Sinapi) subiu 0,11% em novembro, após uma elevação de 0,19% em outubro, revelou o IBGE. No ano de 2019, o índice acumulado ficou em 3,80%. A taxa acumulada em 12 meses foi de 4,03%.

Cinco convites para processos seletivos, por semana, costumam chegar pelo LinkedIn para o engenheiro de software Lucas Albuquerque, de 27 anos. São, em sua maioria, enviados por empresas europeias de Tecnologia da Informação (TI), que, assim como as brasileiras, sofrem com a falta de mão de obra. Diante da baixa oferta de trabalhadores qualificados na área, países como Alemanha, Suécia e Polônia têm aberto suas portas para brasileiros, e as companhias, bancado passagens e moradia para a família dos trabalhadores nos primeiros meses após a mudança.

Vivendo com a mulher na Polônia há dois anos, Albuquerque já comprou apartamento, viu seu filho nascer em um hospital onde as enfermeiras não falavam inglês - nem ele polonês - e mudou de emprego. "Nunca tinha pensado na Polônia, mas a empresa me encontrou (pela internet) e aí descobri que, enquanto a Alemanha concentra mais startups, a Polônia tem empresas mais robustas, o que deu segurança para eu mudar."

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Albuquerque já chegou a trabalhar ao lado de outros dois brasileiros em uma equipe de apenas dez profissionais. "Quando cheguei aqui, tinha como saber quem eram quase todos os brasileiros. Agora, não dá mais. O grupo no WhatsApp de brasileiros de TI em Cracóvia tem 207 pessoas."

Os altos índices de violência, a falta de serviços públicos de qualidade e a dificuldade para desenvolver tecnologias de ponta estão entre os fatores que têm levado os brasileiros de TI a deixar o País. Como consequência, está o aumento da distância entre o Brasil e os países mais avançados.

Na Suécia, por exemplo, o número de vistos concedidos para brasileiros trabalharem na área passou de 15 em 2014 para 126 no acumulado deste ano. Do total dos novos vistos em 2014, 19% eram para profissionais de TI. Hoje, esse número chega a 36%.

Um dos destinos mais procurados, a Alemanha deu 2.851 vistos de trabalho para brasileiros no ano passado - em 2014 foram 904. A embaixada alemã no Brasil não segmenta esse dado por área, mas calcula que, em 2018, 1,5 mil brasileiros trabalhavam com ciência e tecnologia no país.

"Falta talento na área. E o talento brasileiro que vem para a Europa costuma ser mais sênior", diz o português Pedro Oliveira, cofundador do Landing.jobs, um site que conecta empregadores da Europa e trabalhadores de tecnologia. Na plataforma, brasileiros são o segundo maior grupo de usuários, com 15% do total, atrás apenas dos portugueses, com 30%.

"Como esse é um momento de expansão do mercado, grande parte das empresas nunca para de contratar. As que têm estrutura para trazer pessoas de fora optam por esse caminho", diz o engenheiro de software Felipe Ribeiro Barbosa, de 34 anos.

Após sete anos na Suécia, Barbosa está agora nos Estados Unidos, trabalhando na Netflix. Na Suécia, ele chegou em 2012 e era o único brasileiro na companhia em que trabalhava. "Depois, em 2015, durante a crise no Brasil, foi impressionante a chegada de brasileiros. A empresa contratou até uma recrutadora brasileira." Em 2018, quando Barbosa deixou Estocolmo, já havia 30 brasileiros na empresa.

Segundo pesquisa do Boston Consulting Group (BCG), os EUA são o destino preferido dos brasileiros de TI. De 131 profissionais ouvidos pela consultoria aqui, 63% afirmaram estar dispostos a se mudar para o país. Canadá, Portugal e Alemanha aparecem em seguida.

Os países europeus, porém, acabam ganhando dos EUA por facilitarem a permanência de estrangeiros. É comum, por exemplo, que o cônjuge do profissional contratado também consiga visto de trabalho - o que dificilmente ocorre nos EUA.

Na Europa, a maioria dos países também não exige que o trabalhador tenha concluído o ensino superior. É o caso de Daniel Rodrigues da Costa Filho, de 37 anos - 23 deles como programador. Ele chegou a cursar Ciências da Computação, mas largou, o que não o prejudicou no processo de seleção. Apenas quando solicitou o visto no consulado alemão, precisou comprovar que tinha experiência na área.

O paulista trabalha em uma startup, mas já passou pelo N26, um dos maiores bancos digitais da Europa. "Trocar de emprego é simples aqui. A procura (por parte das empresas) é grande e, com o Brexit, tem muita empresa vindo para Berlim."

Salário X carreira

Salário mais alto em uma moeda mais forte não costuma ser o principal atrativo da Europa para brasileiros da área de Tecnologia da Informação (TI). Há casos em que o poder aquisitivo do trabalhador até diminui após a mudança, o que é compensado pela possibilidade de estar em um grande centro de inovação e se desenvolver profissionalmente.

Pesquisa da consultoria Boston Consulting Group (BCG), feita em parceria com a empresa de soluções para recrutamento The Network, mostra que, para os brasileiros de TI, o fator mais valorizado na hora de escolher um emprego é o desenvolvimento da carreira. O salário aparece na oitava posição na lista de prioridades para brasileiros. Na média global, está em quinto lugar.

O paulista Daniel Rodrigues da Costa Filho, de 37 anos, pensava em mudar para a Europa desde 2010. "Queria participar do desenvolvimento da tecnologia", diz. Há três anos, trocou São Paulo por Berlim, na Alemanha, mesmo perdendo poder aquisitivo. "Minha impressão era de que, na minha área, tudo acontecia fora do Brasil."

Na Noruega há pouco mais de um ano e após sete anos na Suécia, a engenheira Andressa Kalil, de 37 anos, destaca itens como segurança, bons serviços públicos e oportunidades de trabalho como fatores preponderantes que a levaram para a Europa. "As empresas que lideram na área de TI estão fora do País, e é nelas em que se tem mais possibilidades para aprender. O Brasil corre muito atrás do que já está desenvolvido."

A cearense Josiane Ferreira, que está há quatro anos em Estocolmo, lembra ainda que, na Suécia, há uma grande preocupação com a igualdade de gênero. "No Brasil, quando se trabalha com TI é comum ser a única mulher na equipe. Aqui, a questão de gênero é uma das prioridades das empresas."

Acima da média

O levantamento do BCG indica ainda que 87% dos brasileiros de TI estão dispostos a mudar de país para trabalhar. O número é maior que o registrado entre brasileiros de outras áreas (73%) e da média global de trabalhadores de TI (67%).

Diante dessa predisposição dos trabalhadores para deixar o Brasil, as empresas locais precisam fidelizar seus funcionários, oferecendo treinamentos e ensinando a cultura da companhia, diz Luiz Comazzetto, vice-presidente e sócio da consultoria de recrutamento Fesa. "Se você não cuidar do funcionário como um craque, ele te larga no primeiro momento."

As empresas precisam também se adaptar ao modo de remunerar e de garantir qualidade de vida aos empregados, afirma o consultor. Liberar os funcionários para trabalharem de casa, com flexibilidade de horário, é essencial, diz. Contratar o trabalhador por projeto, permitindo que atue para mais de uma empresa, também é uma possibilidade. "Hoje o pessoal de TI escolhe onde vai trabalhar. A única forma de segurar essa galera é se aproximar do que as empresas de fora oferecem", acrescenta.

Segundo Comazzetto, há polos no Brasil em que as empresas estão mais avançadas nessa transformação, como Recife (PE), Florianópolis (SC), Campinas (SP) e Pelotas (RS). "Nesses locais as companhias já entenderam as mudanças. Você pega um trabalhador do Recife, que vai à praia antes de trabalhar e tem boa qualidade de vida, dificilmente ele vai querer sair de lá."

O professor de Liderança e Pessoas da Fundação Dom Cabral, Paulo Almeida, destaca que, apesar das dificuldades atuais, o profissional de TI deve estar atento ao potencial de crescimento de mercado do Brasil. "Na Europa as carreiras costumam ser mais estagnadas. O Brasil é um país continental, com muito potencial." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Anitta tem tido destaque na cena musical internacional e seu sucesso fora de seu país de origem tem gerado especulações. Notícias de que a cantora se mudaria para o exterior em 2020 começaram a rodar pela internet, e fora dela, e os fãs logo trataram de ficar atentos, mas a própria artista esclareceu a 'boataria' e garantiu que jamais deixará o Brasil.

O assunto foi abordado durante entrevista ao programa TV Fama, na última quarta (20). Anitta se mostrou surpresa e fez questão de deixar bem claro que não haverá tal tipo de mudança em sua vida: "Pelo amor de Deus, não coloquem palavras na minha boca. Uma jornalista me procurou e a resposta da minha assessoria foi que a gente não sabe o ano que vem. Eu me programei para ter um ano onde vou aproveitar mais minha família, porque vou completar 10 anos de carreira e estou trabalhando muito". 

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Apesar de revelar que vai diminuir o ritmo, Anitta garantiu que continuará 'no batente' e sem sair do seu país de origem. "Todo mundo que acompanha não tem como negar que é muito exaustivo. É óbvio que vou continuar trabalhando e nunca vou deixar o Brasil, mas tenho planos de ficar mais com a minha mãe, usufruir com minha família de tudo que conquistei, ainda não tive esse tempo. Mas ainda não tem nada certo, a gente ainda está pensando".   

O dólar iniciou esta segunda-feira (18) em leve baixa nos mercados à vista e futuro, devolvendo parte da alta acumulada até a última quinta-feira (14) quando a moeda havia atingido R$ 4,20 no mercado futuro e R$ 4,19 no à vista. Profissionais do mercado acreditam que a baixa inicial indica pequena correção em relação aos movimentos da última sexta-feira (15), quando o mercado doméstico ficou fechado, em virtude do feriado da Proclamação da República.

Com a agenda doméstica escassa, as atenções seguem concentradas no mercado internacional, onde o foco está no noticiário em torno das negociações comerciais entre Estados Unidos e China. Por volta das 9h30, os contratos futuros do petróleo abandonaram a tendência de alta e passaram a registrar baixa, à espera e novas notícias sobre o assunto. Mais cedo, a alta era atribuída aos sinais de entendimento entre as partes, depois que autoridades dos dois países informaram terem tido uma conversa "construtiva".

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ÀS 9h40, o dólar à vista era negociado a R$ 4,1792, em baixa de 0,33%. No mercado à vista, a cotação do contrato para dezembro recuava 0,40%, aos R$ 4,1830. Na renda fixa, o contrato de DI para janeiro de 2023 tinha taxa de 5,71%, ante 5,75% do ajuste de quinta-feira. O Índice Bovespa futuro indicava alta de 1,02%, aos 107.990 pontos.

O Boletim Focus, divulgado no início da manhã pelo Banco Central, mostrou que os economistas do mercado financeiro alteraram levemente a previsão para o IPCA em 2019. A mediana para o índice este ano foi de alta de 3,31% para 3,33%.

A expectativa de crescimento da economia em 2019 seguiu em 0,92%, sem alteração em relação à pesquisa anterior. Para 2020, o mercado financeiro alterou a previsão de alta do Produto Interno Bruto (PIB), de 2,08% para 2,17%. Para o câmbio, a mediana das expectativas para o fim deste ano seguiu em R$ 4,00, mesmo valor projetado para o final de 2020.

Caminhoneiros começaram a fechar as estradas que cruzam as fronteiras da Bolívia, em apoio à proposta de paralisação das atividades econômicas por 15 dias. "Amanhã terminaremos de fechar a Bolívia com o bloqueio nas fronteiras de Desaguadero e Tambo Quemado", declarou Marcelo Cruz, diretor da Associação de Transporte Pesado Internacional.

Violentos enfrentamentos entre governistas e opositores foram registrados ontem em diversas cidades da Bolívia, incluindo a capital La Paz, e deixaram 22 feridos. Em Vinto, Departamento de Cochabamba, manifestantes colocaram fogo na prefeitura e mantiveram a prefeita Patricia Arce como refém - ela foi libertada mais tarde pela polícia.

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Os protesto contra a reeleição de Evo Morales, considerada fraudulenta, chegaram ontem ao 15º dia. Todos os nove departamentos da Bolívia enfrentavam bloqueios nas ruas, protestos diante de edifícios estatais e confrontos entre opositores e partidários do chefe de Estado, no poder desde 2006.

Cochabamba, uma das principais cidades da Bolívia, também foi palco de violentos confrontos, que deixaram 20 feridos. Segundo a defensora pública Nadia Cruz, alguns feridos estão em estado grave. Ambos os lados se enfrentaram com pedras e pedaços de pau. Um grupo de estudantes chegou a disparar foguetes de lançadores artesanais.

Evo acusa a oposição de "tramar um golpe de Estado" e convocou seus simpatizantes a ocupar as ruas, aumentando o risco de violência. Ontem, em muitos locais, de um lado havia marchas de sindicatos, organizações de mulheres e de produtores de folhas de coca, partidários de Evo. Do outro lado estavam trabalhadores de fábricas e outros setores, pedindo a renúncia do presidente.

A Organização dos Estados Americanos (OEA) prometeu realizar uma auditoria da votação, mas a oposição rejeita e agora exige a realização de novas eleições sem a participação de Evo, que venceu em primeiro turno após a apuração ser paralisada e depois retomada. (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os juros aprofundaram ao longo da tarde a queda visto pela manhã desta quinta-feira e fecharam a sessão regular em novas mínimas históricas nos contratos mais líquidos. A decepção com o dado de serviços do Instituto para Gestão da Oferta (ISM, em inglês), na sequência de outros dois do setor industrial divulgados nesta semana e que também frustraram, ampliou as preocupações com o rumo da economia americana e com o risco de recessão global. Com isso, houve enfraquecimento generalizado do dólar e, no caso do real, a moeda voltou a ser destaque positivo entre os emergentes, voltando a fechar na casa dos R$ 4,08, levando a reboque a curva de juros.

No Brasil, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 fechou pela primeira vez abaixo dos 6%, em 5,98%, de 6,051% quarta no ajuste. A do DI para janeiro de 2021 fechou em 4,880%, de 4,949%. A do DI para janeiro de 2025 caiu de 6,671% para 6,61%.

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O ISM de serviços nos Estados Unidos de setembro (52,6) caiu mais do que o esperado (55,3), elevando as preocupações com o ritmo da economia americana e mundial. "Isso contribuiu para a valorização do real. Este cenário é entendido como deflacionário, ou desinflacionário, e ajuda na redução dos prêmios na curva, principalmente no miolo", disse o economista-chefe do Haitong Banco de Investimento, Flávio Serrano.

Segundo o CME Group, as chances de queda na taxa dos fed funds para a reunião do Fed em outubro chegam a 90% e para o encontro de dezembro já superam 50%. No Brasil, segundo Serrano, a precificação da curva aponta um total de 80 pontos-base de alívio na Selic até o fim do ano. "O cenário base é 4,75%, com uma probabilidade residual de ir um pouco além", afirmou. Para o Copom de outubro, a curva mostra 90% de possibilidade de corte de 50 pontos-base. A taxa está em 5,5%.

Com o foco do mercado totalmente no exterior, o noticiário interno negativo foi deixado de lado. A reforma da Previdência voltou a dar sinais preocupantes, com lideranças do governo admitindo que o cronograma da reforma da Previdência no Senado vai atrasar - a chance de votação do segundo turno antes do dia 22 de outubro é "zero", segundo o senador Chico Rodrigues (DEM-RR), um dos vice-líderes do governo na Casa.

No fim da manhã, estourou a notícia de que o Ministério Público Federal em São Paulo (MPF-SP) e a Polícia Federal investigam vazamentos de resultados de reunião do Copom ocorridos em 2010, 2011 e 2012, que supostamente teriam favorecido um fundo de investimento administrado pelo BTG Pactual. Nas mesas de renda fixa, a avaliação é de que taxas futuras não foram afetadas porque o fato "não tem relação com a atual administração do BC e, por isso, não contamina o ambiente", disse uma fonte. O Banco Central afirmou que "não foi comunicado sobre o conteúdo da Operação Estrela Cadente, que corre sob segredo de Justiça".

Com o dólar em alta, as despesas de brasileiros em viagens ao exterior se reduziram em agosto. No mês passado, os gastos totalizaram US$ 1,309 bilhão, com queda de 5,24% em relação ao mesmo mês de 2018 (US$ 1,382 bilhão). Os dados foram divulgados hoje (23) pelo Banco Central (BC).

Nos oito meses do ano, esses gastos com viagens ao exterior também, estão menores. Nesse período, as despesas chegaram a US$ 12,014 bilhões, queda de 5,3% na comparação com o mesmo período do ano passado (US$ 12,686 bilhões).

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As receitas de estrangeiros em viagem ao Brasil chegaram a US$ 464 milhões no mês passado e a US$ 4,138 bilhões em oito meses, com queda de 3,84% e de 0,04% respectivamente, na comparação com os mesmos períodos de 2018. Com isso, a conta de viagens, formadas pelas despesas e as receitas, fechou agosto negativa em US$ 846 milhões e nos oito meses do ano com déficit de US$ 7,876 bilhões.

Muitos brasileiros têm o sonho de estudar no exterior para adquirir conhecimento maior de uma língua e ter contato com uma nova cultura, no entanto, nem todos têm condições financeiras para arcar com os gastos da viagem e, por isso, optam por fazer um intercâmbio no qual possam estudar e trabalhar.

Para a consultora de vendas Camila Sinimbu, que fez intercâmbio na Irlanda em 2017, os programas de estudo e trabalho são muito importantes para quem não tem condições de se manter no país durante a viagem. “Durante o intercâmbio, me cadastrei em sites de empregos e consegui um trabalho de meio expediente como babysitter. Eu trabalhava por volta de três horas e ganhava doze euros por hora trabalhada. O dinheiro ajudou a custear a minha viagem, pois consegui viajar, conhecer outros lugares, além de fazer compras”, relata.

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Pensando em auxiliar quem deseja adquirir a experiência de estudar e trabalhar no exterior, o LeiaJá conversou com a supervisora comercial da Dreams Intercâmbios, Cristina Holanda, que fez uma lista com cinco países que possuem melhores remunerações salariais. Confira:

Austrália

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A Austrália é um país que impressiona em muitos aspectos. Além de suas belezas naturais, possui uma economia estável, que aliada a seus aspectos culturais e ao seu agradável clima é considerado um dos melhores destinos para realizar intercâmbio. Segundo Cristina, o país possui uma grande procura, porém existem limitações com relação aos vistos emitidos, já que há uma triagem maior nas informações de quem está entrando no lugar. 

“Acredito, que se formos colocar em um ranking, a Austrália é o país que possui a melhor remuneração. Os alunos têm uma maior oportunidade de trabalho até mesmo a longo prazo, caso o estudante deseje permanecer e construir uma vida no local. A hora trabalhada está em torno de 18 de dólares para os intercambistas”, declara.

Nova Zelândia 

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Assim como a Austrália, a Nova Zelândia é um país localizado na Oceania que oferece uma boa remuneração salarial para intercambistas. De acordo com Cristina, os salários da Austrália costumam ser mais altos, mas a Nova Zelândia também possui boas oportunidades, já que são países que possuem perfis parecidos neste aspecto. A remuneração salarial do país possui uma média 16 dólares por hora. 

Irlanda

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A Irlanda, terceira maior ilha da Europa, oferece boas opções de universidades e cursos em um país cuja língua oficial é o inglês, além de possuir diversos pontos turísticos famosos como o Castelo de Dublin, o Museu de Dublin, o Jardim Botânico Nacional, entre outros.  

“O intercâmbio na Irlanda é uma boa oportunidade para quem está com o orçamento limitado e quer ter a experiência. O programa no país oferece poucas burocracias com relação a visto e, como está na Europa, o estudante tem maior facilidade para conhecer outros países europeus. A remuneração salarial no país está em torno de 9,5 euros por hora”, comenta Cristina.

Canadá

 

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Quando se pensa em intercâmbio um dos primeiros países que vem à cabeça é o Canadá, que além de ser um lugar receptivo, encanta os brasileiros pelo clima frio. O país é indicado para estudantes de cursos de graduação, técnicos ou específicos, pois, segundo Cristina, pessoas que possuem um inglês mais básico não conseguem fazer o programa de estudar e trabalhar. 

“Comparado a Austrália, Nova Zelândia e Irlanda, o Canadá possui uma remuneração um pouco menor, já que a remuneração salarial gira em torno de 13 de dólares por hora”, explica. 

Malta 

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Com aproximadamente 420 mil habitantes, a República de Malta é banhada pelo mar Mediterrâneo e tem como idiomas oficiais o maltês e o inglês. Como a ilha é pequena, as oportunidades para estudar e trabalhar são menores, se comparadas aos outros países da lista. 

 “Como nem tudo é perfeito, o problema é que o salário mínimo em Malta também é bem inferior quando comparado ao de muitos países do continente. Para se ter uma ideia, um trabalhador de tempo integral, com carga horária de 40 horas semanais, recebe o mínimo de 747,50 euros por mês”, explica Cristina.

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