Sonhar com o dia da formatura dos filhos é algo comum na vida dos pais. Mas é necessário poupar dinheiro para garantir um futuro acadêmico sem o famoso “aperto” no final do mês. Para evitar essa situação, os genitores devem fazer aplicações de longo prazo. Entre as opções encontradas nas agências bancárias, os pais podem optar por uma conta poupança ou um plano de previdência para menores. “A segunda opção é de certo a mais indicada para a eventual finalidade”, comenta o Gerente Regional da Caixa Econômica Federal na cidade do Recife, João Carlos Sá Leitão.
No plano de previdência para menores, os pais contratam o serviço e escolhem um valor, de acordo com o que possam pagar, para ser descontado todo mês do salário. “Se o pai quer realmente assumir um compromisso mensal de juntar dinheiro com a finalidade de retirar apenas quando o filho for entrar em uma universidade, o que demora um pouco, o plano é essencial”. João Carlos explica também sobre os juros, que é uma preocupação que intimida a população na hora de contratar qualquer produto. “Uma das principais vantagens dos planos de previdência é a tributação. Como é um investimento de longo prazo, a taxa cobrada de Imposto de Renda chega a 10% dependendo de como foi feita a contratação do plano”.
##RECOMENDA##Entre as dúvidas, a mãe de Paulo Henrique, de um ano de idade, a secretária do lar Lucielma Santos, questiona. “Penso em aplicar, mas não sei o quanto por mês seria necessário”. Para responder a indagação de Lucielma, o gererente regional da Caixa acrescenta que os pais devem pensar em um valor que caiba todo mês no orçamento da família. “Não adianta querer colocar R$ 100, se às vezes só vai sobrar R$ 50 no mês. Eles devem colocar a quantia que realmente irão ter sempre, e começar de pouquinho, quando puderem aumentar é só ir à agência”, explica.
Outro fator importante que os pais também devem atentar é que fatalidades podem vir a acontecer, como um desemprego, morte ou invalidez, e a graduação dos filhos deve estar assegurada. “No plano de previdência para menor existem serviços que também podem ser contratado pelos pais, e no caso de morte, dá o direito ao filho de cursar a universidade”, aconselha João Carlos.
A liquidez (retirar o dinheiro quando desejar) também está atrelada ao plano. Mas o contratante vai ter que pagar uma quantia pela quebra do contrato. Quando não tiver certeza de que o desejável é investir em longo prazo, e mesmo assim pretender poupar com a finalidade de pagar uma graduação para os filhos, os pais devem recorrer a poupança, que é simples de abrir, não tem contrato nem impostos. “O problema da poupança é que os pais acabam retirando o dinheiro para pagar contas e comprar outras coisas”, adverte o gerente.
O plano de previdência para menores, quando chega à data estipulada para término, oferece três opções para os pais: Sacar todo o dinheiro, transformá-lo em uma renda mensal ou continuar com a aplicação.
O tempo para começar o investimento também conta na hora de pensar no futuro dos filhos. “É aconselhável que os pais comecem a pagar logo quando a criança nasce, mas tudo depende da quantia que eles querem ter quando o filho vier a fazer a graduação”, explica João Carlos.
No Portal da Caixa Econômica está disponível um simulador, onde as pessoas podem fazer as contas de quanto precisam guardar para investir no curso superior dos filhos. Para aderir a qualquer plano e começar a poupar dinheiro a favor dos filhos é necessário buscar mais informações com os funcionários das agências bancárias.
Exemplificando:
Uma graduação para o curso de arquitetura tem em média um custo de 650,00 mensais nas faculdades. Valor que é equivale a mais de um salário mínimo. Para pagar o curso, que tem duração de 5 anos, a renda final adequada é de 39 mil reais, valor que chega a custar 74 reais dos pais, mensalmente, em um plano de previdência para menores.
Entenda os impostos:
Quando se fala em uma tributação que é vantajosa por chegar até 10% do imposto de renda no final do contrato, é porque os fundos de investimento que não são em longo prazo, ou seja, o governo não vai saber quando esse dinheiro vai ser retirado, tem um valor de 15% de imposto subtraído a cada seis meses do investimento, o que sai mais caro para o aplicador.