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Com a onda de calor que atinge todo o Brasil, e as chuvas e ventos também, a população deve ficar alerta com a saúde. Isso porque, as mudanças bruscas de temperatura afetam a imunidade e podem até mesmo causar doenças. De acordo com a nutricionista na Vitafor, Michelle Miwa, a desidratação traz inúmeros riscos à saúde.  

“Pele seca, menor produção de urina, suor, lágrimas e aceleração dos batimentos cardíacos são alguns deles. Em casos mais graves, a respiração fica acelerada, pressão mais baixa, isso pode gerar confusão mental, desmaios e até convulsões”, explicou. Quem trabalha em ambientes com ar-condicionado ou costuma usar o aparelho em casa, deve ter cuidado redobrado.  

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Segundo a especialista, o choque entre o calor extremo e o ar gelado pode desencadear crises alérgicas e piorar o ressecamento da pele e mucosas. Por isso, evitar o ar em temperaturas muito baixas pode ser crucial. Para evitar isso, ela dá dicas: 

Hidratação adequada: em dias quentes, a hidratação é crucial. Consumir água regularmente é essencial para evitar a desidratação. Água de coco e água saborizada com frutas e ervas são opções refrescantes. 

Alimentação leve e hidratante: opte por alimentos leves e ricos em água, como melancia, alface, abacaxi e pepino. Esses alimentos ajudam na hidratação e fornecem nutrientes importantes para a imunidade. 

Suplementos para imunidade: a nutricionista recomenda suplementos com própolis, que possui propriedades antimicrobianas, antioxidantes e anti-inflamatórias; com cúrcuma, que combate a inflamação e age como antioxidante. E em casos de imunidade comprometida, suplementações com colostro bovino, lactoferrina e zinco, para acelerar a recuperação. 

Além disso, ela destaca que evitar a exposição direta ao sol entre 10h e 16h é essencial, assim como reduzir o consumo de bebidas diuréticas e o sal em excesso, para evitar a desidratação e o inchaço. Quando se trata da saúde da pele, a nutricionista enfatiza a importância de alimentos ricos em vitamina C, como frutas cítricas, biotina, presente em cogumelos e sementes, e antioxidantes, encontrados em frutas vermelhas. 

 

A razão pela qual algumas pessoas não foram infectadas pelo vírus causador da Covid-19 no período de mais de dois anos da pandemia intriga os cientistas. Pesquisadores da Universidade de Oxford investigaram como os genes podem influenciar na resposta imune do corpo e podem ter descoberto informações importantes para solucionar essa dúvida.

As descobertas foram publicadas na revista científica Nature Medicine no dia 13 de outubro e apontam para um gene que ajuda a gerar uma reação imunológica mais forte após as duas doses da vacina contra a Covid-19 serem administradas. As pessoas que tinham o HLA-DQB1*06, uma variação do gene HLA (do inglês Human Leukocyte Antigen), tiveram uma resposta de anticorpos mais alta que as que não tem o gene.

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No Reino Unido, duas em cada cinco pessoas têm esse alelo, e os cientistas chegaram à conclusão de que elas são menos propensas a serem infectadas pelo SARS-CoV-2 depois de terem sido vacinadas do que as demais. Isso se daria porque o gene HLA ajuda o sistema imunológico a distinguir as proteínas do próprio corpo das proteínas que são produzidas por vírus e bactérias.

A pesquisa traz evidências de que fatores genéticos podem fazer com que o sistema imunológico responda às vacinas contra a Covid-19 de formas diferentes em pessoas diferentes, mas suas aplicações clínicas ainda não são claras.

"É necessário mais trabalho para entender melhor o significado clínico dessa associação e, de forma mais ampla, o que identificar essa variante genética pode nos dizer sobre como as respostas imunes eficazes são geradas e como continuar a melhorar as vacinas para todas as pessoas", disse em um comunicado Julian Knight, pesquisador-chefe do estudo e professor de medicina genômica no Centro Wellcome de Genética Humana da universidade.

O estudo

Ao longo da pesquisa, os pesquisadores de Oxford analisaram amostras de DNA de 1.190 pessoas que se inscreveram para os ensaios clínicos da vacina de covid-19 da universidade; de 1.677 adultos que faziam parte do estudo que analisava as opções de segunda dose para quem havia recebido os imunizantes Oxford-AstraZeneca ou Pfizer-BioNTech como primeira dose; e também de crianças que participaram de ensaios clínicos da vacina Oxford-AstraZeneca.

Os indivíduos que carregavam o gene HLA-DQB1*06 apresentaram respostas mais altas de anticorpos 28 dias após a primeira vacina, e eram mais propensos a essa reação imune mais acentuada a qualquer momento após a vacinação.

Depois de um acompanhamento de 494 dias, os cientistas descobriram que, enquanto o HLA-DQB1*06 estava presente em cerca de um terço das pessoas que apresentaram sintomas de Covid-19, ele estava em 46% dos indivíduos que não relataram sintomas.

Em outras partes do mundo, cientistas também estão tentando entender como a genética pode explicar que algumas pessoas estejam mais protegidas contra a covid-19 que as outras, o que pode significar que o mesmo seja verdade para outras doenças e ajudar no desenvolvimento de novas vacinas e medicamentos.

No Centro de Estudos do Genoma Humano e Células-Tronco (CEGH-CEL) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), pesquisadores analisaram os dados de idosos com mais de 90 anos que se recuperaram da doença com sintomas leves ou que permaneceram assintomáticos após teste positivo para o novo coronavírus.

A análise indicou que os que tiveram covid leve apresentavam mais variantes do gene MUC22, ligado à produção de muco e lubrificação das vias respiratórias, o que pode significar que o gene reduz a resposta imune ativa contra o vírus enquanto protege as vias respiratórias, aumentando a resistência do indivíduo.

Cientistas da Fapesp também identificaram que a maior quantidade de um alelo do gene HLA-DOB pode estar relacionado a um agravamento da infecção. Esse gene tem maior ocorrência em pessoas africanas e sul-americanas e pode interferir na passagem de antígenos do vírus para a superfície celular, o que altera a capacidade do sistema imunológico de identificar esses antígenos e provocar uma resposta a eles.

A Europa vive atualmente uma sétima onda de Covid-19, que se explica em grande parte pela capacidade das novas variantes de escapar da imunidade, a partir de sua resistência às proteções fornecidas pela vacinação e contágios anteriores.

- Erosão da imunidade com o tempo -

No início do verão (hemisfério norte, inverno no Brasil), a Europa caiu em uma sétima onda de coronavírus marcada por uma alta dos casos em quase todos os países. Entre as razões está um relaxamento das medidas de distanciamento, mas também uma redução da imunidade.

Sabe-se atualmente que a proteção concedida pelas vacinas e pelas infecções anteriores se perde após alguns meses.

"As pessoas que se contagiaram com ômicron BA.1 em dezembro estão muito menos protegidas do que no início do ano", resume à AFP Samuel Alizon, diretor de pesquisa no Centro Nacional de Pesquisa Científica francês (CNRS).

"O mesmo ocorre com a imunidade concedida pelas vacinas: mesmo que permaneça robusta contra as formas graves da doença, diminui um pouco contra as infecções menos graves".

- Subvariantes BA.4 e BA.5 -

Esta nova onda se explica também pelo avanço de novas subvariantes da ômicron, a BA.4 e principalmente a BA.5, segundo os cientistas.

Essas subvariantes se propagam ainda mais rápido porque parecem se beneficiar de uma vantagem dupla de transmissibilidade e escape imunológico.

Esse já era o caso da subvariante da ômicron BA.1, que era muito mais capaz que a delta de contagiar pessoas vacinadas ou infectadas anteriormente.

- Reinfecções -

Durante muito tempo se pensou que um contágio fornecia proteção, ao menos durante algum tempo. No entanto, com a família ômicron parece que não é assim, de acordo com um estudo do Imperial College britânico publicado em meados de junho.

Os cientistas analisaram amostras de sangue de mais de 700 profissionais da saúde do Reino Unido. Todos receberam três doses das vacinas contra a Covid-19 e foram infectados pela cepa histórica ou por variantes.

Os resultados destacaram que as pessoas já infectadas pela ômicron apresentavam uma boa resposta contra a cepa inicial do coronavírus e suas primeiras variantes, mas fraca contra a própria ômicron.

Pensava-se que a infecção com a ômicron poderia ser quase "benéfica, como um tipo de 'reforço natural'", afirmou à AFP Rosemary Boyton, co-autora do estudo. "O que descobrimos é que estimula mal a imunidade e contra si mesma, ou até mesmo nada em alguns casos. Isso, e o declínio imunológico após a vacinação, podem explicar o aumento maciço que vemos novamente nas infecções, com muitas pessoas reinfectadas em curtos intervalos".

- Aumentar o nível de proteção -

"Estamos enfrentando variantes altamente contagiosas, que são agentes um pouco sorrateiros que passam por baixo do radar das defesas imunológicas. É uma complexidade real do grupo ômicron", destacou Gilles Pialoux, chefe de serviço do hospital Tenon, em Paris, na semana passada.

Essas variantes "muito contagiosas precisam que aumentemos o nível de proteção dos mais frágeis", acrescentou.

Porque - e isso é uma boa notícia - as vacinas ainda são eficazes contra as formas mais graves da doença. Para a maioria dos países europeus, a prioridade absoluta é que as pessoas mais velhas e imunossuprimidas recebam uma segunda dose de reforço.

"Atualmente, o nível de imunidade da população é bom, mas não é perfeito", destacou no domingo Alain Fischer, presidente do conselho de orientação da estratégia de vacinação francesa. "É por isso que é necessário recomendar um reforço aos maiores de 60 anos e às pessoas frágeis cujo sistema e memória imunológicos são menos robustos".

Pessoas infectadas naturalmente pelo Sars-CoV-2 e vacinadas contra o vírus apresentam imunidade reforçada e mais duradoura contra a Covid-19. As conclusões estão em um estudo da Universidade do Oregon, nos EUA, publicado nesta quinta-feira (28) na versão online da revista Science Immunology. De acordo com a pesquisa, a quantidade de anticorpos no sangue de pessoas que foram infectadas e vacinadas é até dez vezes maior na comparação com as só vacinadas.

Os pesquisadores analisaram a resposta imunológica de 104 pessoas que estavam vacinadas contra a covid-19. Elas foram divididas em três grupos. O primeiro tinha 42 vacinados sem contágio prévio. O segundo era formado por 31 pessoas que receberam imunizante após uma infecção pela doença. Outros 31 foram infectados depois da vacinação.

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Em seguida, os cientistas coletaram sangue dos participantes. As amostras foram expostas em laboratório a três variantes do Sars-CoV-2. As cepas escolhidas foram a Alfa (B.1.1.7), Beta (B.1.351) e Delta (B.1.617.2). A Ômicron não foi testada. "A imunidade gerada apenas pela infecção natural é muito variável. Algumas pessoas produzem uma resposta mais forte, outras não", explicou um dos coautores do estudo - Marcel Curlin, professor de doenças infecciosas na Escola de Medicina da Universidade do Oregon. "Mas a vacinação combinada à imunidade pela infecção quase sempre oferece resposta robusta."

Os resultados mostraram que os dois grupos com "imunidade híbrida" (vacinados e infectados), independentemente da ordem, geraram os maiores níveis de anticorpos em comparação ao grupo que apenas recebeu a vacina. O estudo foi feito antes do surgimento da variante Ômicron. Ela vem se disseminando em uma velocidade inédita. Mas os pesquisadores acreditam que as respostas imunológicas híbridas devem ser igualmente robustas com a nova variante que é altamente contagiosa.

"A possibilidade de nos infectarmos agora é alta porque há muito vírus ao nosso redor neste momento", afirmou outro coautor do estudo - Fikadu Tafesse, professor assistente de microbiologia molecular e imunologia. "O melhor que podemos fazer agora é tomar a vacina o quanto antes. Então, se o vírus vier, teremos um caso leve da doença e ficaremos com uma superimunidade."

Como boa parte da população mundial já está vacinada e a nova variante é extremamente contagiosa muitos pesquisadores acreditam que a pandemia pode estar próxima do fim. "A essa altura, muitas pessoas já vacinadas devem pegar a doença e alcançar a imunidade híbrida", disse o coautor Bill Messer, também professor de Medicina. "Com o passar do tempo, o vírus terá de enfrentar uma humanidade com uma imunidade cada vez mais robusta."

Endemia

Neste ponto, acreditam aos autores, a doença tende a se tornar endêmica. Cientistas ressaltam que, embora as conclusões reforcem as de estudos anteriores, a amostra usada foi pequena, o contágio ocorreu em laboratório, e a Ômicron não foi testada. Por isso, dizem, a vacinação continua imprescindível.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A casa do BBB22 está pegando fogo. Após a chegada de Jade Picon, Linn da Quebrada e Arthur Aguiar, os brothers passaram o dia super agitados - e até fizeram a famosa rodinha de apresentações que acontece em todo início de reality.

No programa ao vivo, chegou a vez do grupo camarote disputar a prova de imunidade. Para ganhar, os participantes tinham que ter boa pontaria e lançar um objeto em um tabuleiro gigante que havia no gramado. Caso o objeto caísse na casa certa, a dupla pontuava.

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Após sete rodadas, Arthur Aguiar e Douglas Silva levaram a melhor e conquistaram a tão sonhada imunidade na primeira semana do reality.

Vale lembrar que, na nesta sexta-feira (21), os brothers farão outra prova - que definirá o anjo e o líder da semana.

Parece que a Natália não entrou no BBB22 para ficar de brincadeira. Na madrugada desta quinta-feira (20), a sister mostrou as garrinhas em uma conversa com Lucas no gramado.

Em um trecho do papo, a designer de unhas fala que Viny tem se dado bem como todos da casa - transitando entre camarote e pipoca.

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"O Vinícius, ele é de todo mundo", diz.

"Ele é uma estrela", completa Lucas.

E Natália rebate: "Vamos ver até onde esse estrelato leva".

Segundo a sister, uma pessoa que é amiga de todos é menos confiável. E ainda aproveitou para reforçar que pretende falar com o rapaz sobre sua postura na prova de resistência, já que eles eram uma das duplas e perderam.

Imunidade de Bárbara

Falando da prova, parece que Natália também não curtiu muito o resultado. Como Lucas também não é muito fã de Bárbara, os dois continuaram a conversa falando sobre como a sister teria ficado esnobe após a vitória com Laís.

Os rumores na casa é de que o Big Fone poderia tocar durante a madrugada, por isso, Lucas brincou: "Já pensou se o comando do Big Fone fosse tire a imunidade de alguém?"

Natália ri e responde: "Meu sonho!"

Experiência sexual inusitada de Eliezer

Em outro ponto da casa, Eliezer divertia os brothers ao contar sobre experiência de sexo a três. Segundo o rapaz, tudo começou quando ele conheceu uma mulher muito bonita em um aplicativo de namoro.

Eliezer teria ficado tão caidinho pela moça, que fez questão de a convidá-la para um quarto de hotel logo de cara. O problema? Bom, quando ele chegou lá, a pretendente estava acompanhada do marido - e o casal era adepto ao poliamor. A informação estava presente no perfil da mulher, mas acabou passando despercebido.

Ao som de muitas risadas, Eliezer disse que nem conhecia o termo e foi logo procurando na Internet para tentar entender do que se tratava.

Ele concordou em ter relações apenas com a mulher, enquanto o marido assistia. E conta: "Ele dava ordem para a mina dele fazer coisas comigo. Faz isso, aumenta, diminui, troca de posição".

No entanto, quando o homem pediu para que Eliezer tirasse o preservativo, ele se negou e decidiu ir embora. Acontece que o quarto estava trancado, e o casal continuou o ato e não o deixava sair.

"Cara, eu tava doido pra ir embora. Comecei a ficar desesperado, com medo mesmo. Achei que eles tinham me drogado para tentar fazer alguma coisa comigo", contou.

Até que uma criança apareceu no quarto e o casal acabou deixando o brother ir embora.

O segundo dia de BBB22 já chegou com prova de resistência. Pois é, o grupo pipoca disputa duas imunidades - o que vale ouro nessa altura do programa.

Para isso, os brothers se dividiram em duplas. A dinâmica é simples, cada time deve pegar os cubos com os produtos exibidos no telão e, durante o tempo proposto, achar uma forma de equilibrar as caixas em fileiras horizontais enquanto ficam em lados opostos.

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As duplas formadas foram: Eliezer e Rodrigo, Natália e Vinicius, Bárbara e Laís, Eslovênia e Jessilane, Lucas e Luciano.

As sisters Eslovênia e Jessilane foram as primeiras a deixar a prova. Em seguida, foi a vez de Eliezer e Rodrigo. Logo após completar 7 horas de prova, Natália e Vinicius foram eliminados. Lucas e Luciano e a Bárbara e Laís seguem na prova de resistência.

Famosos

E o camarote? Bom, como Arthur Aguiar, Linn da Quebrada e Jade Picon testaram positivo para Covid-19, e só entrarão no programa alguns dias depois, o grupo dos famosos irá disputar a prova de imunidade na próxima quinta-feira (20), quando todos estiverem presentes.

Com informações do Estadão Conteúdo

A crise sanitária do coronavírus ressalta a importância de um sistema imunológico fortalecido para nos proteger dos agentes patógenos que somos expostos diariamente. Mas para ter um sistema imune forte, é fundamental uma alimentação rica em propriedades antioxidantes e nutrientes que serão como "combustíveis" para o funcionamento das células de defesa. 

"Os alimentos ricos em vitamina C são os principais fatores para fortalecer as células de defesa do organismo. Como fonte deste micronutriente tão importante, podemos citar o morango, a laranja, kiwi, acerola e também o brócolis" explica a nutricionista e educadora física Dani Borges. De acordo com a profissional, a dieta é a sua maior aliada para cuidar do seu corpo.   

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 Outros compostos também são fundamentais para o sistema imune: "o ômega 3 favorece a regulação das células de defesa imunológica. Suas propriedades anti inflamatórias irão auxiliar tanto o sistema vascular, quanto a imunidade" declara a nutricionista Dani Borges.   

Além de uma boa alimentação, é importante atentar-se ao processo de digestão dos alimentos. A nutricionista Dani Borges alerta: “o intestino saudável impacta diretamente nas barreiras de defesa do nosso corpo. Quando temos uma microbiota intestinal funcionando bem, consequentemente temos uma barreira de proteção aos agentes infecciosos", sinaliza. Os iogurtes probióticos são indicados para ajudar no funcionamento da flora intestinal.   

Segundo Dani Borges, o zinco é um mineral muito importante para a saúde, porque auxilia na ativação dos linfócitos, as células de defesa do corpo. A nutricionista destaca que as oleaginosas são uma fonte natural deste nutriente, com destaque para a castanha-do-pará, castanha de caju e a amêndoa. Além do zinco, essas sementes contém outros nutrientes essenciais como ferro, cálcio e magnésio.    

*Da assessoria 

Com a variante delta, muito mais contagiosa que a cepa original, parece ilusório alcançar a imunidade coletiva apenas com as vacinas anticovid-19, embora os imunizantes continuem sendo cruciais para conter a pandemia - destacam especialistas ouvidos pela AFP.

Há vários meses, a imunidade coletiva - ou seja, o nível de pessoas imunizadas a partir do qual a epidemia é controlada - é considerada o "santo graal" para uma saída da crise sanitária mundial. Mas, assim como graal, não se trata de uma quimera? Tudo depende da definição adotada, respondem os cientistas.

"Se a pergunta é 'apenas as vacinas permitirão o retrocesso e o controle da epidemia?', a resposta é não", disse à AFP o epidemiologista Mircea Sofonea.

De fato, "há dois parâmetros: a contagiosidade intrínseca do vírus e a eficácia da vacina contra a infecção. E não são suficientes", acrescenta.

Por quê? A variante delta, agora dominante, é considerada 60% mais transmissível que a precedente (alfa), e duas vezes mais, que a cepa original. E, quanto mais contagioso é um vírus, mais elevado é o nível necessário para alcançar a imunidade coletiva, obtida por meio das vacinas, ou da infecção natural.

"No plano teórico, é uma fórmula muito fácil de calcular", afirma o epidemiologista Antoine Flahault.

O cálculo é feito com base no índice de reprodução de base do vírus (ou R0), ou seja, o número de pessoas que um infectado contamina na ausência de medidas de controle.

- Redução da eficácia -

Para o vírus original, ou histórico (com um R0 de 3), a marca da imunidade coletiva era calculada em "66%" de pessoas imunizadas, recorda o professor Flahault. "Mas, se o R0 é de 8, como acontece com a variante delta, chegamos a 90%", explica.

Este nível poderia ser alcançado, se as vacinas fossem 100% eficazes contra a infecção. Mas não é o caso.

De acordo com dados publicados na terça-feira (24) pelas autoridades dos Estados Unidos, a eficácia das vacinas da Pfizer e da Moderna contra a Covid-19 caiu de 91% para 66% desde que a variante delta se tornou dominante no país.

Além das características da variante, a perda da eficácia pode ser provocada também por uma redução com o tempo. Cai de 88% para 74%, após cinco a seis meses, para a Pfizer; e de 77% a 67%, após quatro ou cinco meses, para a AstraZeneca, conforme estudo britânico publicado na quarta-feira (25).

Esse quadro vem estimulando cada vez mais países a contemplarem vacinas de reforço, em geral, uma terceira dose.

Um dos pais da vacina da AstraZeneca, professor Andrew Pollard, da Universidade de Oxford, foi claro em um discurso em 10 de agosto aos deputados britânicos: "Com a variante atual, estamos em uma situação, na qual a imunidade coletiva não é uma possibilidade, pois infecta pessoas vacinadas".

- "Mito" -

Ainda assim, mesmo que a imunidade coletiva por meio da vacinação tenha se tornado um "mito", nas palavras do professor Pollard, os especialistas insistem em que as vacinas são indispensáveis.

"O que os cientistas defendem é que devemos ter o máximo de pessoas protegidas", frisou o professor Flahault.

As vacinas são muito eficazes para evitar as formas graves da doença, assim como as hospitalizações.

Além disso, garantem uma proteção coletiva aos que não podem ser beneficiados pela vacinação, como as pessoas com sistema imunológico debilitado por outra doença, como câncer, ou em caso de transplante, por exemplo.

Em resumo, sim, é possível "alcançar a imunidade coletiva, mas não apenas por meio da vacinação", considera Mircea Sofonea.

Isto significa manter "o uso da máscara e formas de distanciamento social, em especial em certos territórios", para frear o vírus e reduzir ao máximo os riscos.

"Durante a pandemia de aids, quando os cientistas afirmaram que era necessário usar preservativos, muitas pessoas responderam 'tudo bem por enquanto, por um tempo', mas continuamos fazendo", recorda Antoine Flahault.

"Podemos continuar a usar a máscara em locais fechados e nos transportes por um bom tempo", acrescentou.

Um estudo preliminar apresentado nesta semana pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) indica que a imunidade em vacinados com as duas doses da Coronavac é menor em homens com mais de 55 anos.

O professor Jorge Kalil detalhou os três parâmetros verificados na pesquisa. “A resposta de anticorpos contra o sars-cov-2, mais especificamente a três tipos de proteínas do coronavírus, responsáveis por sua estrutura e adesão às células; os anticorpos neutralizantes, ou seja, aqueles que de fato inativam o vírus; e a resposta celular, que acontece através de uma proliferação de células de defesa, os linfócitos, numa cultura de células do sangue, depois de estímulo com fragmentos do vírus, os chamados peptídeos das proteínas virais”.

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Terceira dose

Após analisar amostras de 70 pessoas que já tiveram coronavírus e 100 que receberam as duas doses do imunizante, com intervalo mínimo de quatro semanas, foi percebido que um terço do público teve uma resposta de anticorpos ou de células contra a doença.

"Nos homens com mais de 55 anos, não houve diferença no interferon-gama, mas sim na interleucina-2, o que aponta para uma possível dificuldade na produção de células T de memória, que garantem a resposta imune contra o vírus muito tempo após a vacinação”, acrescentou o professor Edécio Cunha Neto.

Retomada das etapas de vacinação

A baixa resposta ao vírus se mostrou acentuada a partir dos 80 anos. Por isso, os pesquisadores recomendam a terceira dose. "Isso demonstra bem que o regime vacinal que foi utilizado não é suficiente para dar uma razoável cobertura contra doença grave e contra morte”, adverte Kalil.

A indicação da Comissão Técnica de Assessoramento a Imunizações (Cetai) é que a terceira dose seja aplicada em quem tem mais de 80 anos e, quando possível, sejam aplicadas em pessoas com mais de 60.

Imunizante para a terceira aplicação

“Muito provavelmente será aplicada uma vacina heteróloga, ou seja, uma outra vacina que não a Coronavac, preferencialmente ou AstraZeneca ou Pfizer”, pontua o cientista.

Os resultados já eram esperados pelo grupo, que mesmo assim, ressalta que as vacinas ainda são a melhor forma de se proteger da doença.

A pesquisa segue para definir qual imunizante é o mais adequado para a terceira dose. "Esse estudo encontra-se em andamento e espera-se que em um mês já tenhamos esses resultados, o que é muito importante para a definição de qual vacina será usada na terceira dose”, concluiu o professor.

Terá início nesta quarta-feira (14) uma nova fase do estudo "Incidência e Prevalência da COVID-19 no arquipélago de Fernando de Noronha”. A nova etapa visa avaliar a imunidade humoral (anticorpos) e celular (linfócitos) de defesa do organismo contra a Covid-19.

O objetivo é acompanhar o desenvolvimento imunológico dos moradores após a vacinação em massa. Noronha foi o primeiro lugar em Pernambuco a vacinar 100% das pessoas acima de 18 anos com a primeira dose. Essa nova etapa da pesquisa no arquipélago foi aprovada pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), do Conselho Nacional de Saúde.

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O exame será através de coleta de sangue com análise do IgG por sorologia (de sangue) com medição quantitativa dos anticorpos contra o domínio de ligação ao receptor (RBD) da proteína spike do SARS-COV-2. 

Este estudo, com toda população vacinada, irá acontecer em três etapas. A primeira se inicia nesta quarta. A segunda coleta ocorrerá em setembro, 28 dias após a segunda dose da vacina. A última vai ser em fevereiro de 2022, seis meses após a segunda dose.

Fernando Magalhães, superintendente de Saúde da ilha, diz que além de ser um tipo de teste moderno e de difícil acesso em laboratórios particulares, por conta justamente da medição da imunidade humoral e celular, vai garantir a possibilidade da população noronhense verificar o atendimento do protocolo de entrada com o teste de IgG.

“A participação da população no estudo é importantíssima. Como vão ser três fases, esse período de extensão vai dar praticamente essa comprovação sobre a titulação do IgG para a população até meados de março do próximo ano, evitando que toda vez que o morador saia para o continente, tenha que fazer o teste RT-PCR. O nosso protocolo vai passar por algumas alterações de entrada na ilha. Mas, para quem tem o IgG, vai permanecer a mesma coisa”, destaca o superintendente.

O material colhido em Noronha será enviado para processamento na Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope), no Recife. Os kits para a realização dos testes foram disponibilizados pela Fiocruz e estão aguardando apenas a coleta do sangue da população para a pesquisa começar a ser, de fato, realizada.

Para fazer parte do estudo, o morador acima de 18 anos deve comparecer ao hospital de campanha do arquipélago, localizado no Bairro da Floresta Velha (ao lado da Escola Arquipélago), fazer o cadastro e, em seguida, a coleta do sangue.

O atendimento, que vai durar dez dias, será das 9h às 12h e 14h às 17h, durante a semana, e das 8h às 14h no sábado. Os novecentos participantes do estudo epidemiológico realizado ao longo de 2020, que encerrou em maio passado, vão continuar também nesta nova pesquisa

*Com informação da assessoria

A ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI) Franciele Fantinato afirmou não concordar com a ideia da "imunidade de rebanho". A depoente enfatizou sua recusa na teoria de que seria possível alcançar a imunidade contra Covid-19 através da infecção de pessoas, e, sobre o governo ter chancelado esse tipo de ideia, Franciele se limitou a dizer que este tipo de discussão era da competência de sua área técnica.

"Qualquer posicionamento contrário a vacinação não vai ser aprovado por um Programa Nacional de Imunização sob minha coordenação, mas eu não gostaria de me manifestar sobre o tema, porque não é da minha área técnica", declarou Francieli, que presta nesta quinta-feira (8) depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. A ex-coordenadora também usou sua fala para incentivar a vacinação contra a doença.

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Parlamentares da CPI investigam a possibilidade de o poder Executivo ter incentivado, de forma deliberada, a contaminação de pessoas para que fosse possível se alcançar uma imunidade através da infecção contra a doença. "Eu não concordo com a imunidade por infecção natural. Nós tínhamos uma doença que nós não sabíamos qual era o nível de gravidade dela, então, tendo uma vacina, é a melhor forma pra gente conseguir trabalhar", afirmou.

Francieli também voltou a comentar sobre a opção do governo federal de ingressar no instrumento Covax Facility com a cota mínima de participação, optando por receber somente 10% de vacinas para a população brasileira, cerca de 42 milhões de doses de vacinas. Francielli afirmou que questionou a decisão ao Secretário Executivo do Ministério da Saúde, e lhe foi respondido que não se podia "investir todos os ovos na mesma cesta". Sobre as manifestações do presidente Jair Bolsonaro contra a vacina Coronavac, a ex-coordenadora afirmou que o imunizante é uma vacina que serve sim para o PNI.

Para escaparem da DR da semana, os participantes do Power Couple Brasil precisaram ter a memória afiada no programa que foi ao ar nesta quarta-feira (16).

Durante a Prova dos Casais, a missão era memorizar um painel de 16 figuras, enquanto um integrante da dupla era içado e o outro, que estava no chão, montava a sequência. Vencia quem acertasse mais itens. Após muita concentração, quatro casais ficaram empatados: Li Martins e JP Mantovani, Matheus Yurley e Mari Matarazzo e Mirela Janis e Yugnir Ângelo. Eita! O critério usado para desempatar o jogo foi o tempo gasto para finalizar a atividade, sendo assim, a ex-Rouge e o influenciador digital conquistaram a liderança e o título de Casal Power do ciclo.

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Por outro lado, Deborah Albuquerque e Bruno Salomão foram direto para berlinda ao ficarem em último lugar no desafio. Além disso, Márcia Fellipe e Rod Bala acumularam o pior saldo da semana, tendo que disputar a DR com seus maiores rivais, o casal fênix. Durante a votação cara a cara, Mirela Janis e Yugnir Ângelo ocuparam a terceira vaga.

Mas as emoções não pararam por aí! Antes de finalizar o programa, o Casal Power anunciou o poder que tinha em mãos - o de colocar mais uma dupla na berlinda -, formando assim a primeira DR quádrupla da edição ao adicionar Matheus Yurley e Mari Matarazzo na lista.

Já Rod Bala e Filipe Duarte tiveram um pequeno quebra power quando o ex-Br'oz acusou o produtor musical de combinar votos com outros casais.

"Quero esclarecer que pedir para alguém votar e perguntar em quem vai votar tem uma diferença. (...) Todo mundo vê que o meu jogo é aberto. Nunca pedi aqui para ninguém votar para ninguém, mas pergunto pois gosto de saber. Está claro?", disparou o marido de Márcia Fellipe.

Diante disso, a cantora tomou as dores do amado e também tretou com Nina Cachoeira, esposa de Filipe.

"Eu não te perguntei isso. Eu nunca perguntei para ninguém o voto de ninguém aqui dentro dessa casa. Nunca perguntei o seu voto", disse a modelo aos berros.

A eliminação irá ocorrer na próxima quinta-feira (17). Quem vai sair?

 

O ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde Elcio Franco negou, durante depoimento à CPI da Covid no Senado, que a pasta tenha tratado da chamada imunidade de rebanho, teoria de contaminação em massa, como estratégia de imunização da população contra a Covid-19.

"Nunca se discutiu na área técnica do ministério entre os secretários com o ministro essa ideia de imunidade de rebanho", afirmou. "Não se visualizava isso. Tínhamos noção da gravidade da pandemia e, assim como a Influenza, imaginávamos que teríamos que ter campanhas anuais de vacinação", afirmou.

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Elcio Franco também rebateu as declarações do ex-secretário de Comunicação e empresário Fabio Wajngarten e disse durante depoimento à CPI que não ouve "nem incompetência nem ineficiência" no Ministério da Saúde.

Em entrevista à revista Veja, Wajngarten usou os adjetivos para qualificar o trabalho da pasta e justificar ter intermediado os contratos de aquisição de vacinas contra a Covid-19 entre o governo federal e a farmacêutica.

"Deve ter sido percepção dele, mas não foi o que aconteceu", disse Franco. Para o ex-secretário do Ministério da Saúde, entre os motivos para a demora em fechar o acordo com a Pfizer estão "cláusulas muito restritas" impostas pela farmacêutica, dificuldades com os termos da proposta e a falta de "garantia de sucesso da vacina". "Lembro que as exigências da Pfizer eram de ativos no exterior, como o prédio de uma embaixada, fundo garantidor, arbitragem em Nova York, sem penalidades para atrasos na entrega de imunizantes, pagamento adiantado, isenção completa para eventos adversos, projeto de lei, e assinatura pelo presidente da República", relatou Franco.

De acordo com o ex-secretário, o Ministério da Saúde esteve "sempre" negociando com a farmacêutica soluções logísticas e jurídicas. Apesar das reclamações, Franco disse não ter os documentos que comprovem a cronologia de negociação com a Pfizer desde abril.

Sobre as 53 correspondências eletrônicas que não tiveram resposta do Ministério da Saúde, o ex-secretário da Saúde disse que os contatos por e-mail foram prejudicados em uma ocasião por ataque hacker e em outras houve conversas por videoconferência, contato telefônico e e-mail de resposta.

Consórcio Covax

Segundo Franco, entre os motivos para a contratação do porcentual mínimo previsto de doses do Consórcio Covax, para imunização de 10% da população do País, estão a contratação de outros imunizantes.

"Considerando que para a Influenza temos aquisição de cerca de 90 milhões de doses por ano, já tínhamos garantido de certa forma 256 milhões de doses", afirmou. O ex-secretário disse que a decisão coube a ele, técnicos do ministério e ao ex-ministro Eduardo Pazuello, bem como à equipe jurídica e à assessoria internacional.

Franco também justificou o baixo porcentual de doses contratadas pela entrega, até o momento, de 3% das doses propostas aos países signatários. Ao Brasil, o porcentual sobe para 12%. O relator, Renan Calheiros, retrucou: "mas isso não justifica ter feito a opção pelos 10%, só se o Ministério fosse composto por videntes, que saberiam o que iria ocorrer, o surto na Índia".

Um estudo inédito publicado na revista científica Nature, no último dia 24, revelou que pessoas que contraíram a Covid-19 pelo menos uma vez desenvolvem uma célula imunológica capaz de produzir anticorpos contra o SARS-CoV-2 para o resto da vida. Segundo observaram os pesquisadores, o nível de anticorpos – proteínas capazes de impedir o vírus de infectar as células – diminui após quatro meses.

A observação foi realizada por pesquisadores de sete instituições estadunidenses diferentes, todas especializadas em genética e imunização. Foi considerada a presença dos plasmócitos de longa vida da medula óssea (BMPCs), uma fonte persistente e essencial de anticorpos protetores, tanto em casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), como nos leves e moderados, cerne do estudo.

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“Aqui, demonstramos que em pacientes que apresentaram infecções leves, os anticorpos séricos anti-SARS-CoV-2 aumentam rapidamente nos primeiros quatro meses após a infecção e, em seguida, mais gradualmente ao longo dos sete meses seguintes, permanecendo detectáveis pelo menos 11 meses após a infecção”, escreveram os coautores.

O estudo foi o primeiro a analisar a presença de células plasmáticas de longa vida na medula óssea. As células plasmáticas são geradas quando um patógeno entra no organismo. No caso da Covid-19 é, por exemplo, a proteína S que o vírus usa para infectar as células humanas.

O importante é perceber se, apesar da queda de anticorpos, o doente desenvolveu também uma resposta imunológica completa, que inclui a criação de glóbulos brancos capazes de eliminar o vírus, muitos meses e até anos após a primeira infecção. Vários estudos têm indicado que as pessoas que passam pela infecção e aquelas que são vacinadas geram uma resposta celular imune que as protege de reinfecções.

Após a infecção, essas células imunes viajam pela medula óssea, onde permanecem em estado latente. Se o vírus reaparecer, as células regressam à corrente sanguínea e começam novamente a produzir anticorpos. O estudo mostra que a grande maioria dos doentes que conseguiram recolher amostras de medula óssea – 15 de 18 – gerou células plasmáticas no sistema imunológico.

Ali Ellebedy, imunologista da Escola de Medicina da Universidade de Washington e pesquisador principal do estudo, destaca, em declarações ao jornal espanhol El País: “As células plasmáticas podem durar a vida inteira. Essas células vão continuar e produzir anticorpos para sempre”.

Anticorpos e imunidade

A presença de anticorpos nem sempre significa que a pessoa está “imune” à reinfecção, embora seja provável que isso aconteça.

Ellebedy esclarece que se os anticorpos produzidos por células de longa vida não forem suficientes, o sistema imunológico ativa as células B de memória, capazes de produzir ainda mais anticorpos.

Esse estudo encontrou esses tipos de células em doentes, uma descoberta que é consistente com estudos anteriores que sugerem que a imunidade contra o SARS-CoV- 2, mediada por diferentes tipos de linfócitos e células do sistema imunológico, provavelmente dura anos.

O mesmo ocorre com outras infecções. Os anticorpos e células de memória contra o SARS, um coronavírus que provocou a morte de pelo menos 800 pessoas no início da última década, duram pelo menos 17 anos. Com a varíola, mais de 50 anos após a vacinação, as pessoas retêm células B capazes de produzir anticorpos se o vírus reaparecer no organismo.

“Essas células continuarão a produzir anticorpos eternamente", acrescenta Ali Ellebedy ao jornal. Uma das questões que se coloca é se esse tipo de célula do sistema imunológico é capaz de neutralizar as novas variantes que têm surgido. “Tudo depende de quanto muda a sequência genética do vírus”, afirma Ellebedy.

Estudos anteriores mostraram que o sistema imunológico dos infectados e vacinados neutraliza suavemente as variantes mais graves detectadas até agora. Existem alguns tipos de anticorpos que não conseguem neutralizar o vírus, mas o sistema imunológico nunca aposta tudo numa jogada e produz anticorpos contra muitas proteínas diferentes do vírus e das células de memória com as mesmas capacidades, de modo que é muito difícil que a variante escape a todas e, sobretudo, faça alguém adoecer, a ponto de causar graves problemas de saúde ou até a morte.

“É razoável que esse tipo de célula forneça imunidade vitalícia”, afirmou Manel Juan, chefe do serviço de Imunologia do Hospital Clinic em Barcelona. E acrescenta: “essas células de longa vida são uma ajuda na imunidade contra outras doenças por muitos anos”.

Terceira dose

Uma das questões que se coloca é apurar se uma terceira dose da vacina será realmente necessária, conforme propõem as farmacêuticas. “Para mim está claro que não é necessário, assim como não seria necessário vacinar quem já teve a doença”, explicou Manel Juan.

África González e Marcos López-Hoyos, da Sociedade espanhola de Imunologia consideram ser “muito cedo para pensar em terceira dose”.

“É bem provável que a proteção pela doença ou pela vacina seja para toda a vida, embora seja algo que terá que ser analisado”, explicou López-Hoyos.

Para o imunologista, “é necessário estar muito atento ao que acontece com as pessoas mais velhas e com doenças de base. Em todo caso, pensamos que a necessidade de uma terceira dose não é tanta quanto dizem os CEOs da Pfizer e Moderna. Em qualquer caso, a primeira coisa é vacinar toda a população pela primeira dose. Estudos como esses mostram que a imunização gerada pela infecção é mais protetora do que se pensava”.

“O sistema imunológico gera células de curta, média e longa duração em resposta a uma infecção”, afirma África González, imunologista da Universidade de Vigo.

Segundo a especialista, “traduzidas em vacinas, existem algumas que fornecem proteção apenas temporárias para anticorpos humorais, por cerca de seis meses. São eles que carregam os carboidratos de bactérias e não ativam os linfócitos T”.

“Outras vacinas induzem respostas celulares e humorais que se mantêm por alguns anos, como a do tétano, que é recomendada de dez em dez anos. Com outras não é necessário vacinar mais, depois das três doses recebidas na infância”, conclui.

A articulação do Congresso para blindar os parlamentares após a prisão do deputado bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ) colocou a Câmara em rota de colisão com o Supremo Tribunal Federal (STF). Nos bastidores da Corte, a proposta de emenda à Constituição - que reduz o poder dos magistrados de definir como e onde os parlamentares ficam presos em casos de flagrantes - é considerada "um absurdo", que pode levar à impunidade.

Ao Estadão, o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), disse que cabe ao Parlamento definir "um roteiro claro e preciso para o atual vácuo legal" sobre o tema.

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O texto da "PEC da Blindagem" foi construído por determinação de Lira. De acordo com a proposta, só será permitida a aplicação de medidas cautelares contra deputados e senadores, como o uso de tornozeleira eletrônica, após decisão da maioria do plenário do Supremo. Até a análise de materiais apreendidos em operações policiais no Congresso, ou nas residências de parlamentares, demandará o crivo do plenário da Corte. Deputados se queixam de mandados de busca e apreensão expedidos por juízes de primeira instância.

Na avaliação de integrantes do Supremo, os parlamentares estão usando o caso de Silveira para tentar garantir total impunidade e se livrar da Justiça. O deputado está preso há nove dias, após xingar ministros do STF e fazer apologia do Ato Institucional n.º 5 (AI-5), o mais duro da ditadura militar. A prisão foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes e confirmada depois por unanimidade pelo plenário do tribunal e pela própria Câmara.

O Estadão apurou que Moraes conversou com Lira por telefone sobre a "PEC da Blindagem". Um dos principais pontos criticados por ministros do STF é o de que a proposta só permite a prisão em flagrante por certos tipos de crimes inafiançáveis expressos na Constituição, como tortura, racismo, tráfico de drogas, hediondos e grupos armados. Segundo um magistrado, se essa proposta já estivesse aprovada, Daniel Silveira poderia repetir tudo o que fez e até agredir fisicamente os integrantes do STF, mas não poderia ser preso.

Mensagens

A "PEC da Blindagem" dominou ontem as conversas reservadas entre ministros. Por causa do distanciamento social imposto pela pandemia, o bate-papo com café, no intervalo das sessões plenárias, foi substituído por mensagens por aplicativo, videoconferências e chamadas telefônicas. A percepção geral, de diferentes alas do tribunal, é a de que a proposta é ruim.

O deputado Fabio Trad (PSD-MS) disse que a sociedade está desconfiada dos propósitos dos parlamentares. Ele pediu que a Câmara forme uma comissão especial para discutir a PEC. "Por que a pressa? Não há sentido para essa celeridade inconsequente. Será que tem algum parlamentar com receio de ser preso nos próximos dias e por isso o desespero e a angústia de querer ver aprovada a PEC, para se blindar?"

Integrantes da Corte dão como certo que a medida logo deve ser alvo de ação na Justiça, cabendo ao próprio Supremo analisar a sua tramitação e legalidade. Dessa forma, os ministros evitaram se manifestar publicamente para criticar a proposta da Câmara.

Aliados de Lira, por outro lado, alegaram que não querem transformar a articulação da PEC em um episódio de confronto com o Supremo. Para eles, a ofensiva dos deputados de estabelecer limites e fixar parâmetros para as prisões faz parte do sistema de freios e contrapesos, o mesmo que garantiu a intervenção do Supremo ao determinar a detenção de Silveira.

"A inviolabilidade do mandato parlamentar não é absoluta, como bem demarcou o Supremo e, com 364 votos, a Câmara, quando um deputado se contrapôs à democracia. Mas a inviolabilidade não foi revogada e sua autoria é dos mesmos que inscreveram as atribuições da Suprema Corte em nossa mesma Constituição", disse Lira ao Estadão.

"Não sou a favor nem contra qualquer solução legislativa específica sobre a proteção do mandato, que não protege o parlamentar, mas a democracia. Sou a favor, sim, de que o Congresso faça sua autocrítica e defina um roteiro claro e preciso para o atual vácuo legal para lidar com situações desse tipo", observou o presidente da Câmara.

Lira afirmou que a proteção ao mandato não pode ser absoluta. "Mas também não pode ser nenhuma. Qual deve ser? O Legislativo, democraticamente, é quem deve definir." Interlocutores do presidente da Câmara admitem reservadamente que um dos temores é o de que o que aconteceu com Silveira se repita com outros parlamentares.

Depoimento

A ofensiva do Legislativo contra o Judiciário vem à tona em um momento em que o STF tenta evitar novos conflitos com outro poder. Após a prisão de Silveira, o STF adiou o julgamento sobre o depoimento do presidente Jair Bolsonaro no inquérito que apura se houve interferência indevida na Polícia Federal.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), convocou sessão plenária para esta quarta-feira (24), às 14h, para apreciar projetos que regulamentam um artigo da Constituição que trata da prisão de deputados e da imunidade parlamentar. A pauta ainda não foi publicada, mas incluirá uma proposta de emenda à Constituição (PEC), um projeto de lei e um projeto de resolução para alterar o regimento interno da Casa.

Lira já havia anunciado a intenção de pautar as propostas na semana passada, quando a Câmara decidiu manter o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) preso, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

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Silveira causou polêmica ao gravar vídeo nas redes sociais pedindo a substituição de todos os ministros da Corte, e a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou denúncia contra o ex-policial militar. Mas nessa terça-feira (23), a Câmara foi surpreendida por uma nova decisão, desta vez do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), determinando o afastamento da deputada Flordelis (PSD-RJ), acusada de mandar matar o marido, o pastor Anderson do Carmo.

"Nós conversamos na semana passada no plenário que iríamos apresentar uma pauta com algumas matérias em relação ao evento da semana passada, (uma pauta) pluripartidária. A PEC já está à disposição para recolher assinaturas e regulamenta o artigo 53 (da Constituição), e mais alguns projetos de lei também estão colhendo assinaturas de líderes para urgência e votação de mérito. Essas matérias estarão constantes na pauta de amanhã (quarta) e de quinta", disse Lira, ao encerrar a sessão desta terça.

O artigo 53 da Constituição determina que deputados e senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos, e que serão submetidos a julgamento perante o STF. O artigo impede que os parlamentares sejam presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. O artigo estabelece ainda que, nesse caso, os autos da prisão ou de qualquer outra medida cautelar devem ser remetidos ao Legislativo para serem submetidos ao voto da maioria de seus membros, a quem caberá avaliar se a decisão deve ser mantida ou derrubada.

Até agora, Lira não se pronunciou sobre o caso de Flordelis. Há dúvidas sobre se o TJ-RJ poderia, de fato, determinar o afastamento da parlamentar, uma vez que se trata de instância judicial inferior, embora uma decisão do STF tenha determinado que o foro privilegiado vale apenas para crimes cometidos durante o mandato dos deputados e senadores e se eles estiverem relacionados à atividade parlamentar.

Com essa decisão do STF, várias outras instâncias judiciais começaram a tomar decisões sobre crimes de parlamentares cometidos antes do mandato ou não relacionados ao Legislativo.

As três propostas que serão discutidas amanhã são as seguintes:

- PEC: a PEC, de autoria do deputado Celso Sabino (PSDB-PA), proíbe o afastamento de parlamentares do mandato por meio de medida cautelar e estabelece que decisões dessa natureza só poderão ter efeito se confirmadas pelo plenário do STF. Caso o parlamentar seja preso, ele deverá ser mantido sob custódia da Câmara ou do Senado até que o plenário se pronuncie. Se a prisão for mantida, a audiência de custódia deverá ser realizada em até 24 horas, e o juiz deverá relaxar a prisão, convertê-la em preventiva, conceder liberdade provisória ou aplicar outra medida diferente. O texto deixa claro ainda que o crime inafiançável deve estar previsto na Constituição. Além disso, afirma que busca e apreensão contra parlamentares passam a ser decisão exclusiva do STF.

- Projeto de Lei:. o PL da deputada Celina Leão (PP-DF) estabelece que o juiz relator do inquérito nos processos de competência originária do tribunal não poderá atuar como relator da instrução. "Com isso, busca-se conferir a esses processos o caráter acusatório exigido por nossa Constituição, garantindo-se que a imparcialidade do julgador não seja mera ficção, mas se concretize em respeito à paridade de armas, ao contraditório, à ampla defesa, ao devido processo legal e à presunção de inocência", diz a justificativa do PL.

- Projeto de resolução: já o projeto de resolução da deputada Soraya Santos (PL-RJ) estabelece que o deputado preso em flagrante por crime inafiançável deverá ser encaminhado à Câmara com os autos, tão logo concluída sua lavratura. O presidente da Casa deverá remeter os documentos à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), e o deputado ficará sob custódia da comissão até o pronunciamento da Casa sobre a manutenção ou não da prisão. Haverá convocação imediata da comissão para proferir parecer prévio, e em seguida, convocação do Plenário para sessão extraordinária. A manutenção da prisão deverá ser mantida apenas se houver apoio da maioria da Casa, com votação aberta e nominal.

O início da campanha de vacinação contra a Covid-19 levou esperança a milhões de brasileiros que esperam pelo momento em que poderão retomar uma rotina mais próxima à qual estavam habituados até o início da pandemia. Mesmo que lentamente, a imunização está avançando entre profissionais da saúde e pessoas dos grupos de risco.

O entusiasmo, no entanto, não deve levar ninguém a abrir mão de cuidados pessoais, sob risco não só de adoecer em um momento em que o sistema de saúde continua sob pressão, mas também de colocar em perigo a estratégia nacional de imunização. Especialistas lembram que, além de nenhuma vacina ser 100% eficaz, principalmente diante do risco de surgimento de novas variantes, o corpo humano demora algum tempo para começar a produzir os anticorpos que protegerão o organismo contra a ação do novo coronavírus.

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Tempo médio

Segundo a vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm), a pediatra Isabella Ballalai, em média o tempo mínimo para que o sistema imune esteja apto a responder adequadamente contra a presença de qualquer agente patogênico causador de doenças é de, no mínimo, 14 dias após receber a primeira dose de uma vacina. Mas cada imunizante tem seu próprio tempo médio para ativar o sistema imunológico, conforme descrito por seus fabricantes.

Fiocruz

A dose da AstraZeneca, por exemplo, é capaz de atingir uma eficácia geral de proteção da ordem de 76% 22 dias após a aplicação da primeira dose. O percentual pode superar os 82% após a pessoa receber a segunda dose, segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), responsável por produzir, no Brasil, a vacina em parceria com a farmacêutica e a Universidade de Oxford.

Um estudo publicado na revista científica The Lancet, no início do mês, sustenta que a maior taxa de eficácia é atingida quando respeitado o intervalo de três meses entre a primeira e a segunda dose.

Butantan

O Instituto Butantan, parceiro do laboratório chinês Sinovac no desenvolvimento da CoronaVac, afirma que são necessárias, em geral, duas semanas após a segunda dose para que a pessoa esteja protegida, já que esse é o tempo que o sistema leva para criar anticorpos neutralizantes que barram a entrada do vírus nas células. Ainda segundo o instituto, uma quantidade maior de anticorpos pode ser registrada até um mês após o fim da vacinação, também variando de indivíduo para indivíduo.

"É importante esperar, porém, que grande parte da população tenha sido imunizada antes de voltarmos aos antigos hábitos, para evitar contaminar outras pessoas, já que o indivíduo que tomou a vacina ainda pode transmitir o vírus. Mesmo após a imunização, ainda será preciso manter medidas de segurança, como o uso de máscara e a higienização constante das mãos."

Cuidados

“Ao tomar uma vacina, a pessoa tem que aguardar pela ação do seu próprio sistema imunológico, que vai produzir os anticorpos que irão protegê-la”, reforça Isabella, destacando a importância de, mesmo após tomar a segunda dose, a pessoa continuar usando máscaras, evitando aglomerações, higienizando as mãos e objetos e respeitando as recomendações das autoridades sanitárias.







“É muito importante que as pessoas entendam que será preciso continuar tomando os mesmos cuidados por mais algum tempo. Este ano tende a ser melhor que 2020, pois já temos mais conhecimento e algumas respostas à doença, mas, infelizmente, 2021 será ainda de distanciamento e de uso de máscaras”, acrescenta a vice-presidente da SBIm, acrescentando que, para diminuir a transmissão da doença, será preciso vacinar, no mínimo, 60% da população brasileira.







“Ainda temos muitos desafios para controlar a doença. Há o risco do surgimento de novas variantes – mesmo que a maioria das vacinas esteja demonstrando ser eficaz também contra algumas das variantes já identificadas, em algum momento isso pode não ocorrer. Logo, ainda não é hora de relaxar. Ainda não é hora de retirarmos as máscaras e desrespeitar o distanciamento social”, alerta Isabella.

A vacina Sputnik V contra a Covid-19 poderá fornecer até dois anos de imunidade contra a doença, informou neste sábado (12) Aleksander Gintsburg, diretor do Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya.

Segundo Gintsburg, a imunidade fornecida pela Sputnik V será superior à da vacina produzida pela Pfizer e BioNTech, que oferecerá proteção por quatro ou cinco meses.

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Durante participação no canal Solovyov Live, no YouTube, o diretor do Centro Gamaleya disse que "em relação à nossa vacina [a Sputnik V] e à plataforma em que foi criada, a vacina de Ebola, há evidências experimentais de que o uso dessa plataforma, com métodos de preparação semelhantes, oferece proteção por pelo menos dois anos, talvez mais".

"É difícil dizer por quanto tempo a vacina da Pfizer dará imunidade, mas com base nas descobertas gerais dessas vacinas, deve-se pensar que o período de proteção não será mais do que quatro ou cinco meses, embora isso requeira dados experimentais", acrescentou Gintsburg.

O diretor do Centro Gamaleya também falou sobre dados de testes clínicos da Sputnik V, que mostraram que a vacina é 96% eficaz na prevenção de infecções. Além disso, Gintsberg assinalou que, se alguém contrair a Covid-19 mesmo depois de vacinado, terá sintomas mais leves do que os que não forem imunizados.

Da Sputnik Brasil

Um estudo publicado nesta sexta-feira (20) pela Universidade de Oxford diz que as pessoas infectadas com o coronavírus têm poucas chances de voltar a contrair a doença em uma janela de pelo menos seis meses.

Realizada em colaboração com os Hospitais Universitários de Oxford, esta pesquisa em grande escala sobre imunidade ante um novo contágio de covid-19 ainda não foi revisada de forma independente.

Seus resultados confirmam uma observação feita por muitos profissionais de saúde de que, embora 51 milhões de pessoas já tenham sido infectadas com o coronavírus em todo mundo, os casos de reinfecção continuam sendo relativamente poucos.

São "notícias muito boas", afirmou o professor David Eyre, um dos autores da pesquisa. "Podemos ficar seguros que, pelo menos no curto prazo, a maioria das pessoas que contraem a covid-19 não voltará a contraí-la", completou.

O estudo se baseou em testes de coronavírus realizados regularmente em 12.180 profissionais de saúde dos hospitais universitários de Oxford durante um período de 30 semanas.

Nenhum dos 1.246 funcionários com anticorpos desenvolveu uma infecção sintomática, e apenas três, sem sintomas, apresentaram teste positivo para o vírus pela segunda vez.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) celebrou a descoberta, afirmando que amplia sua compreensão sobre a imunidade contra o coronavírus.

"Elogiamos os pesquisadores por fazerem esses estudos", disse Michael Ryan, responsável da organização, aos jornalistas em Genebra. E considerou que esta descoberta gera "esperanças de que haja períodos maiores de proteção" quando houver uma vacina.

Estes resultados contradizem, porém, outro estudo britânico, publicado em outubro pela Imperial College London e pelo Ipsos Mori institute, segundo o qual a imunidade adquirida pelas pessoas recuperadas do coronavírus diminui "muito rapidamente", em particular nos pacientes assintomáticos, e pode durar apenas alguns meses.

E o que acontece depois de seis meses? Os pesquisadores de Oxford disseram que ainda não reuniram dados suficientes para fazer um julgamento a respeito.

Seu estudo tem como objetivo, no entanto, verificar quanto tempo a imunidade dura ao todo.

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