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A defasagem da infraestrutura do transporte brasileiro, na comparação com as melhores práticas internacionais, é de 67%, e para se equiparar a elas o Brasil precisa triplicar o desempenho de suas rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos e conexões logísticas, segundo aponta pesquisa divulgada na tarde desta terça-feira pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que anunciou, no encerramento de seu 8º Fórum de Logística e Transporte, o índice comparado de desempenho de infraestrutura de transporte.

A entidade construiu, em parceria com a Fundação Getulio Vargas, 18 indicadores - de oferta, intensidade de uso, qualidade e custo, dos segmentos rodoviário, aeroviário, ferroviário, hidroviário e de conexão logística, no Brasil e no mundo.

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Os indicadores apontam, por exemplo, que o custo médio do frete ferroviário apresenta uma defasagem de 94% frente à melhor prática internacional, com frete de US$ 74,67 por mil toneladas-quilômetro útil (TKU) no País, frente a US$ 4,76 por mil TKU do benchmark. No frete hidroviário, a defasagem é de 85%, com US$ 47,25 por mil TKU, ante os US$ 7 por mil TKU. Já no rodoviário, a defasagem é de 73%, com US$ 51,75 por mil toneladas por quilômetro no País, frente aos US$ 14 no benchmark.

Portos

Por segmento, o melhor desempenho é do setor de portos, com um desempenho de 68%, seguido por aeroportos, com 58%, rodovias (27%), hidrovias (21%) e ferrovias (20%), levando o indicador consolidado, formado pela média ponderada pela participação de cada modal na matriz de transportes brasileira, a 33%. "É grave, mas está longe de ser incurável", diagnosticou o diretor titular do departamento de infraestrutura (Deinfra) da Fiesp, Carlos Cavalcanti.

Os números têm como base o desempenho da infraestrutura das 50 maiores regiões metropolitanas do Brasil, que concentram 46% da população e 58% do PIB. Cavalcanti disse que o próximo passo deve ser a elaboração dos índices por região metropolitana, divulgação que ele prometeu para "breve".

A Fiesp não estima qual pode ser a melhora no indicador com a realização dos investimentos planejado pelo governo federal dentro do Programa de Investimentos em Logística (PIL). "Num prazo razoável - daqui a cinco anos - estaremos em 2017, 2019, 2020, olhando para número menos vergonhoso e mais motivo de orgulho", disse.

Os contribuintes que quiserem colaborar, enviando sugestões, com o programa Pacto Pela Vida do Recife têm até o dia 30 de abril. O formulário está disponível através do link. Até esta quarta-feira (17), mais de 100 propostas já foram enviadas pela internet.

No formulário, os interessados devem selecionar a área com a qual gostariam de apresentar sugestões. Os temas são Educação, Qualificação Profissional e Inovação; Participação Popular, Governança, Controle Social e Sustentabilidade; Políticas Afirmativas e Recuperação de Situação de Risco; Controle Urbano, Mobilidade e Infraestrutura; Integração de Políticas Públicas e Sistemas de Informação; e Cidade Saudável.

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Após indicar a área e descrever sua sugestão, o cidadão pode preencher um breve cadastro com seus dados pessoais. As informações são mantidas em sigilo e o anonimato é preservado. Até agora, o tema que recebeu mais contribuições foi a de Controle Urbano, Infraestrutura e Mobilidade.

O Pacto Pela Vida do Recife começou a ser construído em parceria com a sociedade no dia 6 de abril, durante a Consulta Pública realizada no Centro de Formação de Educadores Professor Paulo Freire, na Madalena. Todas as sugestões serão organizadas em um documento único, que será lançado no final de maio.

 

Com informações da assessoria

Mais de mil servidores do Hospital das Clínicas paralisaram as atividades na manhã desta quarta-feira (17) para reivindicar a falta de infraestrutura na unidade. Apenas 30% dos enfermeiros e técnicos, categoria que cruzou os braços, seguem trabalhando. Atendimento na recepção, marcação de consulta e exames clínicos não serão realizados durante a paralisação de 24h.

Além da estrutura física precária do hospital, a exemplo dos elevadores quebrados, os trabalhadores lutam pela redução da jornada de trabalho, de 40 horas semanais pra 30h, e pela não privatização do HC, por meio da possível contratação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) para administrar o hospital.

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A assistente social, Isadora Vitorino, afirma que há equipamentos que poderiam ser usados pelos funcionários, mas não foram destinados aos devidos setores. “O que estamos querendo mesmo é chamar atenção para que a direção tome as medidas para melhorar a situação precária do HC. Tem muitos aparelhos médicos e administrativos que foram comprados e estão espalhados pelo hospital, sem uso”, alegou. 

Para coordenador de comunicação do Sindicato dos Trabalhadores Universitários de Pernambuco (Sintufepe) Guilherme Neto, há negligência da diretoria no que diz respeito a situação do Hospital. “Nós vamos realizar uma passeata até a reitoria para exigir o afastamento de toda direção, pois isso é que está prejudicando tanto os pacientes quanto os funcionários do HC. Queremos também eleições para poder eleger o superintendente do hospital”, afirmou.

Com informações de Pollyanne Brito

Os servidores do Hospital das Clínicas da UFPE realizam nesta quinta-feira (11) a assembleia da categoria onde será discutida a situação da unidade de saúde. A reunião está marcada para às 10h no auditório do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA).

Os trabalhadores ameaçam parar as atividades por conta das condições precárias que o local vêm enfrentando, entre elas, elevadores quebrados por falta de manutenção e o cancelamento de consultas. 

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A categoria questiona também a intenção da reitoria em contratar a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) para administrar o Hospital das Clínicas. Em outubro do ano passado os funcionários protestaram contra a implantação da empresa.

Além disso, eles são contra a ampliação do número de plantões de 11 para 14, descumprindo o acordo firmado durante a greve do ano passado de implantação de uma jornada flexibilizada, com carga-horária de 30 horas semanais, dividas em turnos e escalas.

 

De partida, registramos que pesquisas revelam a satisfação, por enquanto,  de parte da opinião pública nacional com o estado do bem-estar social e econômico brasileiro.  Entrementes, gargalos infraestruturais existentes no Brasil podem colocar em cheque este estado  do bem-estar, colocando em risco o destino do próprio país.

Temos, constantemente, visto na imprensa nacional notícias sobre o aumento da  inflação aliado ao  pífio crescimento do PIB no ano de 2012, além de problemas graves em relação do escoamento de produção, como as longas filas de caminhões parados na entrada do Porto de Santos, em São Paulo.

Ainda em relação à produção de grãos brasileira, vale lembrar que a soja é um dos principais itens da produção agrícola e, este ano, a colheita de grãos no país deve ser a maior da história, confirmando a expectativa de 185 milhões de toneladas anunciada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Com isso, seremos o maior produtor mundial do grão. Entretanto, apesar de o Brasil ser  o maior exportador de soja do mundo, é trágica a situação em que estão vivendo  os produtores brasileiros. 

Apenas para ilustrar, o custo do transporte por tonelada da soja,  do agronegócio para o porto, entre o sul de Mato Grosso e o porto de Santos - uma rota muito utilizada - era de US$ 35 na safra 2002/03, saltando para US$ 91 na temporada 2011/12, segundo a Agroconsult. Por outro lado, nos Estados Unidos da América, semelhante percurso custa cerca de  US$ 38 - quase quatro vezes menos. Como competir com os produtores americanos?  É importante registrar que  no Brasil o transporte é exclusivamente rodoviário, enquanto nos EUA ele é rodoviário e hidroviário, daí a diminuição substancial do custo (Fonte: Cepea/Esalq- USP – Revista Veja 27/03/2013). 

Ampliando o quadro de considerações, enfatizamos que Tarso Genro, governador do Rio Grande do Sul, tomou medidas populistas e antidesenvolvimentistas recentemente, quando  decidiu reestatizar as estradas estaduais e baixar os preços do pedágio daquelas que não forem reestatizadas. O interessante é que, segundo a Confederação Nacional dos Transportes, 86,7% das estradas sob concessão no Brasil são ótimas ou boas (Revista Veja, 27/03/2013). Portanto,  inexplicável a razão da atitude do governador.

Com efeito, devemos afirmar que se o estado brasileiro está sofrendo substancialmente em face a sua incapacidade de investir em infraestrutura, essencial para o setor produtivo, vital para o  desenvolvimento do país,  e, em virtude disto estão surgindo  gargalos estruturais, não é racional atos de autoridades governamentais, qualquer que sejam elas, e de qualquer  âmbito -  municipal, estadual ou federal -, que busquem a reestatização.

Nesse contexto ousamos afirmar que a perspectiva de alta da inflação e o pífio crescimento do PIB em 2012 servem de alerta para os gestores públicos,  no sentido de que carecem priorizar infraestrutura para evitar um colapso do país. O estado brasileiro não pode ser omisso quanto a ser o indutor do desenvolvimento econômico.

 

Os bairros de Pontezinha, Pirapama e algumas transversais do Cabo de Santo Agostinho serão contemplados com os recursos do Fundo Municipal de Investimentos em Infraestrutura Urbana e Rural, Educação, Saúde, Segurança, Desenvolvimento Social, Meio Ambiente e Sustentabilidade (FMI). O valor repassado ao FMI por meio do governo do Estado provém do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios (FEM).

De acordo com secretário de Gestão Pública do Cabo, Lusivan Oliveira, os projetos de execução das obras já estão concluídos, e apenas aguardam a chegada dos recursos. “O prefeito Vado (PSB) já encaminhou à Câmara de Vereadores o Projeto de Lei instituindo o Fundo Municipal de Investimento. Agora, a prefeitura está aguardando que o Legislativo, sempre sensível às causas da população cabense, aprove o mais breve possível o projeto de lei, pois só assim poderá receber os repasses assegurados pelo governador Eduardo Campos (PSB)”, explicou Lusivan Oliveira.

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O secretário comentou que, com a criação do FMI, o município  poderá receber não só  os repasses do governo de Pernambuco, oriundos do FEM, mas também de outras fontes complementares. “A população cabense espera que a Câmara de Vereadores reconheça a importância do projeto de lei criando o FMI e o aprove. Assim, a gestão do prefeito Vado poderá fazer as importantes obras que as comunidades há tanto tempo esperam, e oferecer a elas melhor qualidade de vida”, deseja Lusivan Oliveira.

 

O governo estuda criar uma linha de financiamento a ser oferecida pelos bancos públicos para projetos de infraestrutura em telecomunicações. "Nós precisamos de infraestrutura, vamos precisar fazer muito mais infraestrutura para ter atendimento de qualidade. Para isso, o Estado vai ajudar um pouco", afirmou nesta quarta-feira o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.

Segundo o ministro, a presidente Dilma Rousseff deu indicações de que apoia a ideia de financiar e incentivar projetos de rede de fibra ótica. "Nós temos uma sinalização positiva da presidente de que, se levarmos propostas que ela julgue consistentes e que parem em pé, vamos conseguir", afirmou Bernardo. "Achamos que, até o meio do ano, teremos um programa que pare em pé, depois de bem espancado. E aí vamos levá-lo para a presidente."

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O ministro disse que teve reuniões sobre o tema com as ministras da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e do Planejamento, Miriam Belchior, além do secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin. "Houve concordância geral no objetivo, mas mudamos algumas coisas na forma com que estávamos vendo inicialmente a proposta."

Os financiamentos seriam lançados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pelo Banco do Brasil e serviriam para viabilizar os investimentos do Plano Nacional de Banda Larga 2.0. O governo avalia que R$ 100 bilhões seriam necessários para garantir o atendimento à demanda pelo serviço no País nos próximos dez anos.

Outra forma de viabilizar os investimentos, conforme Bernardo, seria o aumento de aportes do Tesouro à Telebrás. Nesse caso, o aporte não seria necessariamente neste ano, mas entraria num planejamento plurianual. "A parte que couber à Telebrás não entraria necessariamente neste ano ou somente neste ano. Vamos fazer um orçamento plurianual, um programa para vários anos para podermos avançar, focado principalmente em infraestrutura de redes de transporte", explicou o ministro.

A Caixa Econômica Federal espera dobrar o volume de crédito para a infraestrutura em 2013, totalizando R$ 70 bilhões. A informação é do vice-presidente de Finanças, Marcio Percival. No ano passado, segundo ele, a instituição emprestou R$ 36 bilhões para este fim.

Caso o objetivo seja alcançado, a Caixa deve elevar a participação do crédito para infraestrutura de 10% para 13% na carteira do banco. "Queremos duplicar o crédito para infraestrutura em todas as linhas, incluindo empréstimo comercial, debêntures de infraestrutura e outros. Estamos confiantes no setor de infraestrutura. Os investimentos vão acontecer e devemos passar dos R$ 70 bilhões em 2013."

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Estão em análise na Caixa atualmente, segundo o executivo, R$ 45 bilhões para infraestrutura, além de R$ 5,5 bilhões do FI-FGTS, dos quais R$ 1,5 bilhão já foram desembolsados.

Percival e outros executivos da Caixa participaram nesta sexta-feira de reunião com a diretoria da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib) para discutir riscos e linhas de crédito para financiar projetos de infraestrutura, incluindo estruturas de dívida e capital.

"A parceira público-privada é o caminho para elevar financiamento para infraestrutura. Estamos focados em infraestrutura e queremos consolidar parcerias", disse o vice-presidente da Caixa. Mais de 60 empresários de empresas e concessionárias dos setores de transporte e logística, energia elétrica, petróleo e gás natural, saneamento básico e telecomunicações estiveram no encontro, na sede da Abdib.

De acordo com Percival, a Caixa deve encerrar o primeiro trimestre do ano com crescimento de cerca de 40% da sua carteira de crédito ante o mesmo período de 2012. De janeiro a fevereiro, o saldo já avançou 43,1% (ou R$ 8,5 bilhões), para R$ 371 bilhões. "Somente em fevereiro liberamos R$ 17 bilhões, mesmo patamar de dezembro. Isso mostra que há demanda por crédito", disse ele, acrescentando que a carteira de crédito total da Caixa deve encerrar março com 41% de expansão ante os três primeiros meses de 2012.

Sobre a revisão para baixo da estimativa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) para a oferta de crédito em 2013, Percival disse que a considera "conservadora" e o sistema deve crescer acima de 15% neste ano.

Moody's

O vice-presidente de Finanças também informou que a Caixa está iniciando a seleção dos bancos que vão assessorá-la na sua segunda emissão externa. O objetivo é levantar de US$ 2 bilhões a US$ 2,5 bilhões entre maio e junho. "Estamos começando a contratar os bancos. Vamos precificar a nossa segunda emissão e não devemos ser prejudicados pelo rebaixamento da Moody's."

A Caixa pretende organizar um roadshow com investidores externos para explicar que a decisão da Moody's de rebaixar o rating da Caixa não reflete uma piora da qualidade dos ativos do banco. Percival pediu aos analistas que verifiquem o balanço do banco e confirmem que a qualidade dos ativos não piorou. "A qualidade de nossos ativos continua a mesma e vai melhorar ainda mais com as regras de Basileia 3."

A Caixa Econômica Federal espera dobrar o volume de recursos emprestados para a infraestrutura em 2013, totalizando R$ 70 bilhões, de acordo com Marcio Percival, vice-presidente de Finanças do banco. No ano passado, segundo ele, a instituição emprestou R$ 36 bilhões para este fim.

Caso o valor almejado seja alcançado, a Caixa estima, conforme Percival, elevar a participação do crédito para infraestrutura na carteira total do banco de 10% para 13%. "Queremos duplicar o crédito para infraestrutura em todas as linhas, incluindo empréstimo comercial, debêntures de infraestrutura e outros. Estamos confiantes no setor de infraestrutura. Os investimentos vão acontecer e devemos passar dos R$ 70 bilhões em 2013", analisou ele nesta sexta-feira em conversa com jornalistas.

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Estão em análise na Caixa atualmente, conforme o executivo, R$ 45 bilhões para infraestrutura fora R$ 5,5 bilhões do FI-FGTS, dos quais R$ 1,5 bilhão já foram desembolsados. Percival e outros executivos da Caixa participaram de reunião com a diretoria da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib) na sede da entidade com executivos para discutir riscos e linhas de crédito para financiar projetos de infraestrutura, incluindo estruturas de dívida e capital. Mais de 60 executivos participaram do encontro.

"A parceira pública-privada é o caminho para elevar financiamento para infraestrutura. Estamos focados em infraestrutura e queremos consolidar parcerias", disse o vice-presidente da Caixa.

A Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib) defendeu nesta quarta-feira, em documento publicado em seu site, a aprovação da Medida Provisória 595, a chamada MP dos Portos, como mecanismo para modernizar a infraestrutura portuária brasileira. De acordo com a Abdib, a MP retira do setor as restrições regulatórias criadas nos últimos anos e abre espaço para uma "revolução" na geração de empregos e oportunidades para o País.

"A Abdib apoia os atos do governo federal, já que a MP 595 busca instituir os mecanismos regulatórios que ele precisa para expandir e modernizar, no tempo desejado, a infraestrutura portuária, e melhorar a competitividade do produto brasileiro pela redução dos custos e aumento da oferta de serviços portuários de qualidade", anunciou a associação.

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Como justificativa para a necessidade de investimentos no setor portuário, a Abdib cita o exemplo da produção agrícola brasileira. Segundo a entidade, o custo de produção e colheita da soja brasileira é 10% menor que nos Estados Unidos, mas na exportação o grão brasileiro chega à China cerca de 10% mais caro, levando-se em conta os gastos com transporte e logística para o escoamento da safra.

Conforme a Abdib, o Brasil precisa investir na logística para não perder mercados. "A nova legislação, ao remover empecilhos normativos, incentiva os investimentos privados para expandir e modernizar a infraestrutura portuária, aumenta a capacidade de movimentação de mercadorias, melhora a competição e eleva os padrões trabalhistas", afirma.

A Abdib cita, no documento, que estudos da Universidade de Brasília (UnB) e conclusão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) mostram que não há assimetria regulatória que provoque vantagem concorrencial entre terminais privados arrendados e privados. A respeito das reclamações da mão de obra portuária, a entidade entende que a MP 595 não altera os atuais direitos trabalhistas. "A MP 595/12 mantém o que já previa a legislação anterior vigente, numa clara intenção de preservar direitos adquiridos", afirma.

A pressa do governo em retomar investimentos em transporte e logística atrapalhou o processo de concessão da infraestrutura à iniciativa privada, segundo o secretário de Política Nacional de Transporte, Marcelo Perrupato. Os leilões de rodovias, por exemplo, já passaram por adiamentos - a BR-040 e a BR-116 estavam previstas para serem leiloadas em janeiro.

A tentativa de dar celeridade ao anúncio dos leilões, segundo Perrupato, levou a editais que não atraíram investidores e à desconfiança de empresários. "A pressa faz com que a coisa seja mal feita, e isso prejudica todo o processo", disse o secretário, após cerimônia de abertura de evento sobre rodovias na capital paulista. Segundo ele, o governo não avaliou "adequadamente" o tamanho do desafio que é a modernização da infraestrutura logística e de transportes do País. "Não mediram adequadamente o tamanho do desafio", afirmou.

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"Entendo a angústia do governante para soltar as obras dentro de seu mandato, mas o porte dessas obras é tão grande que isso não é possível", disse. "Não dá para esperar que a máquina pública se torne eficiente de uma hora para outra", completou.

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Um sol forte e muito calor foram o presente de Recife e Olinda nesta terça-feira (12), dia em que as cidades completam idade nova. Em um dos cartões postais da mais velha, Olinda, que faz 478 anos, a Praça da Sé reuniu muitos turistas na manhã desta terça. Já no Recife, que completa 476, a orla de Boa Viagem estava repleta de gente que tirou a manhã para caminhar. 

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Morador de Boa Viagem, Manoel Ambrósio de Queiroz, de 74 anos, sempre pratica exercício e joga conversa fora com os amigos na orla da praia. Neste aniversário de Recife, ele alega que ainda há muitos problemas que devem ser resolvidos na cidade, principalmente, os relacionados à infraestrutura. “Existe uma disputa entre prefeitura e os proprietários de imóveis. Não se define que tem responsabilidade pela manutenção das calçadas. Você vê galerias sem tampas, esgoto escorrendo pelo meio fio, colocando em risco a vida de quem passa pelo local”, enumerou o aposentado que mora no bairro há 33 anos

As amigas Feliciana Brito, Dalva Xavier e Dilva Darce, também moradoras de Boa Viagem, afirmam que gostam muito de onde moram. “Eu não me mudaria daqui, eu adoro o Recife. É uma cidade muito bonita”, explicaram. 

Já no centro, onde o ponto forte é o comércio, a dona de uma banca de revistas destacou o crescimento da cidade. “Está melhorando e mais a cada ano. Tem mais ônibus que faz integração e facilita a volta do trabalhador para casa. Ainda tem mais posto médico e alguns vão até as residências dos pacientes”, disse a comerciante Ana Daniela Cavalcante, de 35 anos.

Em Olinda, algumas reclamações são feitas por moradores do bairro de Rio Doce, em relação à falta de segurança e iluminação pública. “Gosto muito daqui, tem mais emprego e mais oportunidade, mas quando chega 17h tenho que fechar a porta do meu comércio por que está sem luz no poste e tem assalto. Alguns aproveitam para usar drogas”, relatou Jerusa Maciel, 38, moradora da Vila Olímpica. 

Na Cidade Patrimônio, o Alto da Sé recebeu turistas de várias partes do mundo que atracaram estes dias em cruzeiro no Recife. Eles foram avisados pelos guias que hoje era aniversário da cidade e quem comemorou foram os artesãos do espaço, que aproveitaram o movimento atípico para um dia de semana. “É uma oportunidade boa de ganhar dinheiro”, afirmou o artesão em madeira, Belmiro Oliveira, 50. 

“É um orgulho pra mim comemorar o aniversário de Olinda e estar junto a ela neste aniversário. Orgulho de ser olindense e pernambucano”, afirmou o artesão que é morador do bairro de Bonsucesso há 23 anos. 

O governo vai editar até o fim do mês decreto com a criação da Agência Brasileira Gestora de Fundos e Garantias (ABGF). Chamada pelo setor de Segurobrás, a nova estatal terá papel-chave no apoio à oferta de garantias para os grandes projetos de concessões de infraestrutura.

A equipe econômica trabalha para que a seguradora, que terá sede em Brasília, esteja em pleno funcionamento no segundo semestre, quando editais de concessões já estarão na rua. O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, disse ao jornal O Estado de S. Paulo que a ABGF dará garantia em complementação ao setor privado.

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A principal demanda é garantir crédito dos projetos de rodovias e ferrovias. Segundo ele, as garantias são muito importantes nos projetos de infraestrutura, sobretudo, no início da operação. "Até o meio do ano, começaremos a operar e formar os produtos e ver o que o mercado está demandando", disse.

Sob a administração da ABGF, funcionarão dois grandes fundos que ainda serão criados. Um para o financiamento de infraestrutura (FGIE), com recursos de até R$ 11 bilhões, e outro para comércio exterior (FGCE), com capital de R$ 14 bilhões. À medida que for necessário, o governo colocará os recursos nos fundos. Com a publicação do decreto, será indicado o dirigente da empresa, que terá perfil técnico. Ainda não há definição sobre quem presidirá a empresa, mas o nome deverá sair do quadro dos bancos públicos e do próprio governo.

Troca

O FGCE vai ocupar o papel que é hoje do Fundo Garantidor de Exportação (FGE). Já o FGIE vai substituir os fundos de garantias que já existem para grandes projetos e que serão centralizados, entre eles os fundos garantidor de exportação, de parceria público-privada (PPP), do setor elétrico e da construção naval. Mas essa migração será feita "trocando o pneu com o carro andando", disse Barbosa. Sem que haja descontinuidade das operações dos fundos que já existem. "Com o tempo, todas as operações vão migrando", disse.

Além disso, a agência poderá, com recursos próprios, oferecer garantias aos chamados riscos descentralizados, pulverizados em pequenas operações como os da Minha Casa, Minha Vida, que podem ter apólices de seguro padronizadas. Nessa primeira fase, a lei que criou a empresa, aprovada em agosto de 2012, permite seu funcionamento com servidores cedidos de outros órgãos do governo. Para Barbosa, as resistências do setor privado à criação da ABGF serão superadas. No futuro, os bancos públicos poderão se tornar acionistas da agência, mas essa é uma discussão que se dará mais à frente.

Tripé

A oferta de garantias pela ABGF se soma a duas outras iniciativas no governo que formam um tripé de apoio às novas concessões: estímulos ao financiamento privado e ao mercado secundário de debêntures (títulos privados) emitidos pelos empreendedores. O governo está discutindo como poderá oferecer recurso (funding) barato para bancos privados aumentarem o crédito para infraestrutura.

Uma das possibilidades é a criação de um fundo de infraestrutura que receberia recursos do Tesouro e repassaria aos bancos. "Não está decidido se essa é a melhor alternativa", disse Barbosa. Além disso, o governo deve montar um fundo, que funcionará com uma espécie de "fazedor de preço de mercado", que comprará e venderá os papéis para dar liquidez às debêntures. Esse fundo terá recursos privados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Alvo de críticas de investidores e analistas, o Brasil recebeu um voto de confiança nesta segunda-feira. Mark Mobius, presidente da gestora Templeton Emerging Markets Group, listou o País como uma das apostas da equipe da gigante de investimentos especializada em emergentes. As oportunidades brasileiras estariam nas pequenas e médias empresas ligadas ao setor de infraestrutura.

"Para a nossa equipe, algumas das oportunidades mais interessantes para investir estão em pequenos negócios e empresas em crescimento na China, Sudeste da Ásia (especialmente no Vietnã) e no Brasil. Em termos gerais, investimentos em áreas como saúde, indústria e infraestrutura podem ser particularmente atraentes no momento", diz Mobius em texto publicado nesta segunda-feira no blog da gestora.

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Mobius cita que as possibilidades em cada um dos três mercados dependem da atual situação de cada país. Para o Brasil, a aposta é a infraestrutura. "As oportunidades de investimento dependem em grande medida do nível de desenvolvimento de cada país e dos setores em que o desenvolvimento econômico de cada país é centrado", diz. "Por exemplo, o foco atual do Brasil é fortemente a construção de novas rodovias e ligações de transporte."

Em outros mercados, o presidente da Templeton vê outras possibilidades. Na Índia, menciona "a rápida expansão das indústrias de saúde e produtos farmacêuticos". Na Indonésia, descreve, o setor mais atraente é o de consumo. "No entanto, como em qualquer investimento, é preciso fazer a análise empresa por empresa e país por país."

Em todos esses mercados, o gestor defende o investimento em pequenas e médias empresas que podem fazer no futuro uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). "Economias emergentes tendem a ter taxas de crescimento mais elevadas. Nós acreditamos que há uma grande oportunidade inexplorada nestas pequenas e médias empresas que estão em expansão ou em estágio pré-IPO", diz Mobius. "Como investidores de longo prazo dos mercados emergentes, vemos esse mar de empresas menores como um local com potencial."

O governo sofre pressões de todos os lados para melhorar os ganhos das empresas nos programas de concessão em infraestrutura que colocou na praça. Sob o impacto do fracasso na primeira tentativa de leiloar rodovias, em janeiro, a equipe da presidente Dilma Rousseff tem adotado medida sobre medida para melhorar a rentabilidade dos negócios.

A mais recente foi anunciada na quinta-feira. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) informou que o governo antecipará aos futuros concessionários de ferrovias 15% das receitas que eles faturariam ao longo dos 35 anos do contrato. Na primeira linha a ser leiloada, ligando Açailândia (MA) ao Porto de Vila do Conde (PA), o concessionário receberá adiantamentos de R$ 477 milhões, exatamente R$ 1 milhão para cada quilômetro construído.

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Essa "bondade" se soma a outras já anunciadas no início de fevereiro. O governo alongou em cinco anos o prazo das concessões, que agora é de 35 anos para ferrovias e de 30 anos para rodovias. E esticou em dois anos o prazo de carência antes de a empresa iniciar os pagamentos ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES): passou de três para cinco anos. Com essas alterações, o governo estima que os ganhos do empreendedor com as concessões de rodovias ficarão entre 9% e 15% e, no caso das ferrovias, entre 9,3% e 14%.

Mesmo assim, o programa não empolga o empresariado. Ainda há uma grande questão não resolvida: de onde virá o dinheiro para financiar os R$ 242 bilhões do programa de logística. O BNDES não dará conta de tudo, por isso o governo tenta convencer bancos privados a entrar no segmento. Além disso, Dilma colocou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, para vender a oportunidade de negócios no exterior. A missão é, basicamente, buscar mais dinheiro.

Outra questão ainda não resolvida é como ajudar as futuras concessionárias a apresentar garantias para enfrentar o elevado volume de empréstimos. Na quarta-feira, durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, disse que os técnicos estão elaborando propostas. Ainda assim, as reações do empresariado são de cautela. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O fundo que deverá ser criado para dar liquidez às debêntures incentivadas para a infraestrutura poderá ser liderado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), mas deverá ter participação de bancos privados, afirmou nesta quinta-feira o vice-presidente da instituição de fomento, João Carlos Ferraz.

O executivo defendeu a participação dos bancos privados no financiamento de longo prazo, mas não deu detalhes sobre as medidas em estudo pelo governo. "A agenda é muito grande e o BNDES tem defendido há muito tempo a necessidade de termos mais agentes financiando o longo prazo, seja por crédito, seja pelo mercado de capitais, na renda fixa", disse Ferraz, após participar de evento sobre a economia chinesa, no Rio.

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No caso do fundo de liquidez para as debêntures incentivadas - que têm isenção de impostos sobre os rendimentos quando são voltadas para projetos de infraestrutura -, o objetivo é resolver um problema visto em outros países: a baixa circulação desses títulos de renda fixa, que acabam ficando nas carteiras dos bancos, dando pouca opção de saída para os investidores.

"Precisamos tentar desenhar instrumentos que favoreçam a liquidez. Temos que criar mercados secundários. Mas o BNDES sozinho não pode entrar nisso sozinho. Temos que ter outros bancos compartilhando", declarou Ferraz, que reafirmou a importância de haver outros agentes no financiamento de longo prazo.

"O mercado financeiro, a indústria financeira, pode contar com a experiência do BNDES. Se somos banco um banco de desenvolvimento, somos um banco de desenvolvimento também para a indústria financeira", completou.

O presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, disse na manhã desta quarta-feira que o movimento do governo para buscar novos parceiros para financiar projetos de infraestrutura no País é positivo no sentido de criar um modelo de crédito de longo prazo. Ele explicou que os investimentos em infraestrutura precisam compatibilizar prazo, taxa e a viabilidade do projeto.

"O risco de crédito é absolutamente possível de ser absorvido pelos bancos de um modo geral, mas quando se fala em financiar infraestrutura está mitigando o 'funding' porque as captações tradicionais não têm um 'duration' tão de longuíssimo prazo", explicou. "A direção é correta: encontrar fórmulas para através de um fundo ou do BNDES, os bancos privados e estatais tenham acesso a este funding", afirmou ao chegar ao Palácio do Planalto para participar da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).

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Trabuco disse que conhece a proposta do governo apenas pelas notícias, mas reiterou que a direção é positiva. "O Brasil tem perspectiva de grandes investimentos e nós temos um bônus de infraestrutura que são milhares de projetos com taxas de retorno muito adequadas num mundo que está em busca de retorno", argumentou.

Ele lembrou que está sobrando liquidez nas maiores economias, onde as taxas de juros estão ao redor de zero e os fundos institucionais estão em busca de investimento. "Se nós pudermos consorciar os fundos com recursos vindos do Estado junto com os recursos livres dos bancos e, principalmente, dos institucionais do mundo, a gente entra num ciclo de investimento muito forte", previu.

O presidente do Bradesco disse que também não conhece a proposta do governo de liberar recursos dos depósitos compulsórios para financiar os projetos. "Acho que esse é um assunto ainda em estudo", disse. Mas admitiu que, por meio de direcionamento do governo, se pode criar uma carteira de crédito adequada às políticas governamentais.

A equipe econômica tem trabalhado para atrair investidores para um gigantesco plano de R$ 235 bilhões em concessões na área de infraestrutura nos próximos anos. Para isso, está criando uma estrutura de financiamento mais favorável a essas concessões. Depois de capitalizar os bancos públicos para deslanchar os investimentos no País, o Tesouro Nacional deve bancar os recursos para os bancos privados financiarem os grandes projetos de infraestrutura, como as concessões de rodovias e ferrovias para a iniciativa privada. O dinheiro deverá ser transferido para um fundo de infraestrutura.

A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) aprovou nesta terça-feira (26) o Projeto de lei de iniciativa do poder executivo que cria o Fundo Estadual de apoio ao desenvolvimento Municipal (FEM). Essa iniciativa ajudará no repasse para as áreas de educação, saúde, meio ambiente e sustentabilidade.

Esse fundo que foi anunciado durante o encontro do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) com os 184 prefeitos de Pernambuco, na cidade de Gravatá, irá repassar R$ 228 milhões aos municípios que apresentarem projetos ligados à infraestrutura.     

O deputado líder do governo, Waldemar Borges (PSB) reforçou que o FEM servirá de complemento ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e será encaminhado de forma ágil e sem burocracia, dividido em quatro parcelas.

O governo já autorizou 30 projetos de infraestrutura, com investimentos estimados em R$ 67 bilhões, a captar recursos no mercado pela emissão de títulos privados com benefícios tributários. Mais conhecidos como debêntures incentivadas, esses papéis garantem uma cobrança menor de impostos para quem compra o papel e devem servir de importante "termômetro" este ano para medir a confiança dos investidores estrangeiros e domésticos no crescimento da economia brasileira.

A expectativa do Ministério da Fazenda é de que as captações associadas a esses grandes projetos de infraestrutura movimentem o mercado financeiro nacional. O que se espera é que essas emissões cubram nos próximos três a quatro anos cerca de 20% da necessidade de financiamento do total de investimentos previstos. O road show internacional que está em curso pelo governo brasileiro também pretende atrair o interesse dos investidores de fora para que essas operações saiam do papel.

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Desde o ano passado o Brasil vem perdendo o posto de "queridinho" dos investidores por causa do cenário de baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). O governo contesta essa avaliação, com o argumento de que os investidores continuam interessados em investir.

Segundo levantamento obtido com exclusividade pelo jornal O Estado de S. Paulo, 11 projetos receberam autorização para captar recursos com esse tipo de papel nas últimas semanas. Entre os 30 projetos autorizados até agora estão as usinas hidrelétricas de Céu Azul, Ferreira Gomes e Belo Monte, a linha de transmissão Timóteo Mesquita, Angra 3 e várias centrais geradoras de energia eólica.

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Desde o ano passado, já foram feitas seis operações com debêntures incentivadas de infraestrutura no valor de R$ 1,4 bilhão. Outras duas, que somam R$ 500 milhões, destinadas exclusivamente a investidores estrangeiros, não precisaram de aprovação prévia pelos ministérios do setor envolvido.

O mecanismo de isenção tributária para as debêntures de infraestrutura foi criado para dar alternativas de fontes de financiamento de longo prazo aos projetos considerados prioritários pelo governo. O investidor que comprar esses papéis tem o Imposto de Renda (IR) reduzido e em alguns casos fica isento do tributo sobre o ganho de capital. Mas para ter o incentivo fiscal o projeto precisa de aprovação dos ministérios ligados ao setor. Com a aprovação, essas operações podem ser realizadas depois de estruturadas. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Os setores de etanol, as mineradoras e as usinas siderúrgicas investirão menos de 2013 a 2016, enquanto os aportes em infraestrutura logística, como estradas, ferrovias, portos e aeroportos, deverão crescer e puxar o investimento total na economia, aponta o mais recente mapeamento de projetos feito pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para ciclos de quatro anos.

Depois de constatar um tombo nos investimentos da indústria em 2012, o estudo voltou a indicar cenário positivo. O ciclo de investimentos de 2013 a 2016 tem uma carteira de projetos de R$ 3,807 trilhões, 29% acima do ciclo de 2008 a 2011. O mapeamento do BNDES é feito desde 2006 e atualizado ano a ano.

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Os economistas do banco fizeram a comparação entre os ciclos 2008-2011 e 2013-2016, expurgando da análise o ano de 2012, para não misturar "investimento realizado com projetado", segundo Fernando Puga, superintendente da área de pesquisa - os números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para ano passado ainda não estão completos.

Puga classificou 2012 como um "ano atípico para os investimentos".

Desde o terceiro trimestre de 2011, o total de aportes vem caindo sucessivamente, mas o tombo ao longo do ano passado ficou de fora da comparação do BNDES. No ano passado, a revisão do mapeamento do banco - abrangendo apenas investimentos da indústria no ciclo 2012-2015 - registrou valor 6% abaixo da projeção para o período de 2011 a 2014.

"O ano de 2013 está começando muito melhor", afirmou Puga. Segundo o economista, a taxa de investimento caminha para 20% do Produto Interno Bruto (PIB) - no terceiro trimestre, ficou em 18,7%, segundo o IBGE.

O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, tem repetido desde o início do ano que os projetos mapeados pelo banco apontam para uma alta de 5% a 5,5% nos investimentos em 2013. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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