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A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) anunciou, na noite da segunda-feira (30), que está trabalhando para retomar, de forma gradativa, o abastecimento de água nos municípios afetados pelas chuvas. A Compesa justifica que a distribuição havia sido paralisada por falta de energia elétrica, em alguns locais, e por medida de segurança nas áreas de risco.

"As intervenções seguem em curso, apesar dos desafios das equipes de trabalhar em áreas de difícil acesso e inundadas pelas chuvas", diz a companhia. 

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A Compesa reitera que suas equipes estão atuando e pede, mais uma vez, a compreensão dos moradores e informa que todos os esforços estão sendo feitos para a normalização total dos seus sistemas, tão logo as condições sejam favoráveis e em alinhamento com as Defesas Civis dos municípios. À medida que o abastecimento nos demais bairros seja restabelecido, a população será comunicada.

Confira os locais onde o abastecimento está sendo normalizado

Olinda 

Jardim Brasil, Rio Doce, Jardim Atlântico, Ouro Preto, Bairro Novo, Casa Caiada, Passarinho, Caixa D’água, Alto Sol Nascente, Águas Compridas, Alto da Bondade, Aguazinha e Jardim Fragoso (parte).

Recife

O abastecimento foi restabelecido em Água Fria, Bola na Rede, Brejo da Guabiraba (parcialmente), Córrego do Jenipapo, Macaxeira, Dois Irmãos, Vila Dois Irmãos, Apipucos, Brejo de Beberibe, Dois Unidos, Passarinho, Alto José Bonifácio, Alto do Pascoal, Alto Santa Terezinha, Alto do Deodato, Beberibe, Linha do Tiro, Água Fria, Bomba do Hemetério e Alto da Brasileira.

Paulista

A água já voltou para Arthur Lundgren, Vila Torres Galvão, Janga e Pau Amarelo.

Ilha de Itamaracá

Foi retomada a distribuição para Baixa Verde e Vila Eldorado.

Goiana

A Compesa garante que o abastecimento voltou, menos para o centro da cidade.

Moreno

Totalmente abastecido

São Lourenço da Mata

Água voltou para Matriz da Luz.

Camaragibe 

A distribuição de água voltou para Cosme Damião e Centro.

Interior de Pernambuco

A distribuição de água foi retomada nos municípios de São Joaquim do Monte, Agrestina, Garanhuns, Macaparana, São Vicente Férrer, Timbaúba (parcial), Vitória de Santo Antão (menos o distrito de Pirituba), Rio Formoso, Tamandaré, Primavera, Sirinhaém, Pombos, Barra de Guabiraba, Belém de Maria, Sairé, São Bendito do Sul, Panelas, São Joaquim do Monte e Bonito.

Para outras informações, a Compesa pode ser contactada através do 0800 081 0195, ou por meio do site e aplicativo Compesa Mobile.

Um acidente envolvendo dois caminhões, um ônibus e quatro carros deixou três pessoas feridas. O caso aconteceu por volta das 12h40, no quilômetro 23 da BR-232, em Moreno, no sentido Recife. 

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que havia fogo na vegetação quando aconteceu o engavetamento. O acidente acabou contribuindo para a lentidão no trânsito, já que os carros tiveram que seguir pelo acostamento da rodovia.

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Movimentação

Com a chegada do feriadão de Páscoa, muitos pernambucanos se deslocam entre as principais cidades da Região Metropolitana do Recife rumo ao interior do estado, para comemorar a Sexta-feira Santa junto de seus familiares e amigos. 

O tráfego nas rodovias de Pernambuco terá alterações até a próxima segunda-feira (18). É preciso estar atento às regularidades de trânsito para não ter problemas com a fiscalização, que será intensificada a partir ainda desta quinta-feira (14). Algumas lombadas também serão desligadas, de acordo com o Departamento de Estradas e Rodagens (DER-PE). 

O órgão atuará com uma programação especial para intensificar as operações de fiscalização nas rodovias estaduais e para a realização de ações de Educação de Trânsito. Para isso, atuará em conjunto com o Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv), integrando a Operação Lei Seca, que conta, ainda, com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), Departamento de Trânsito de Pernambuco (Detran–PE), Secretaria Estadual de Saúde (SES) e com as autarquias de trânsito municipais conveniadas. 

Serão desligadas as seguintes lombadas eletrônicas: PE-035, em Itapissuma, nos km 7,3 e 7,9, no Litoral Norte; e na PE-060, no Cabo de Santo Agostinho, nos quilômetros 0,1; 2,5; 8,42; e 8,43 e em Ipojuca, no quilômetro 16,63, no Litoral Sul, das 5h do dia 14 de abril, até às 5h de 18 de abril. Os equipamentos de fiscalização eletrônica da BR-232, no bairro do Curado, já se encontram desligados desde 10 de março, em virtude das obras de triplicação daquele trecho da via. 

A ação visa dar mais fluidez ao trânsito nesses trechos, que devem receber um acréscimo entre 30% e 40 % no fluxo de veículos em relação aos dias normais.  

Rotas alternativas à BR-232 

Para evitar o trecho atualmente em obras na BR-232 no acesso ao Grande Recife, o DER sugere rotas alternativas aos motoristas. 

• Saindo da área Norte do Grande Recife: 

Seguir pela PE-005 (Camaragibe) e pegar o Ramal da Copa. Continuar até o entroncamento com a BR-408, nas proximidades da Arena de Pernambuco, entrando à esquerda na via federal e continuar até chegar à BR-232, pegando à direita para continuar a viagem sentido interior. 

• Saindo da área Sul do Grande Recife: 

Seguir pela BR-101 Sul, sentido interior, até a cidade de Primavera, já na PE-063, continuar até Amaraji e acessar a PE-071, seguindo até o entroncamento com a BR-232, em Gravatá, nas proximidades do posto da PRF. 

Litoral Sul 

As concessionárias do Grupo Monte Rodovias em Pernambuco contarão com operação especial desta quinta-feira (14) até o próximo domingo (17). Durante o período, cerca de 80 mil veículos devem passar pelo Sistema Viário do Paiva, administrado pela Rota dos Coqueiros, e Complexo Viário de Suape (com previsão de receber 55 mil veículos). 

Diante do fluxo intenso, as praças de pedágio contarão com serviço de papa-fila durante todo os quatro dias de operação especial. O reforço possibilita o pagamento da tarifa antes da chegada na cabine. As duas concessionárias dispõem ainda de pistas automáticas, com seis opções de operadoras: Conectcar, C6 Taggy, Move Mais, Sem Parar e Veloe. 

Para evitar os horários de pico, antes de pegar a estrada os condutores podem conferir o movimento através das imagens em tempo real disponíveis nos sites www.rotadoatlantico.com.br e www.rotadoscoqueiros.com.br

Desvio de tráfego

Os motoristas que vão trafegar pela PE-009, via principal do Complexo Viário de Suape, precisam manter atenção redobrada às sinalizações de trânsito do quilômetro 36 Sul da rodovia. O trecho passa por um período de manutenção de pista, com desvio de tráfego passando por pista simples de 600 metros de extensão, todo sinalizado com cones e super cones refletivos. Neste local a velocidade foi reduzida para 40 quilômetros por hora. 

Com informações de Jameson Ramos

Um vereador da cidade de Arapongas, no interior do Paraná, foi preso pela Polícia Civil (PC), na tarde dessa segunda-feira (31), com um mandado judicial em aberto por agredir três mulheres. O documento foi expedido de maneira preventiva no último dia 28, pela 1ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná. O parlamentar foi identificado como Paulo César de Araújo, de 40 anos, conhecido como Pastor do Mercado, do Democratas. 

De acordo com agentes da 22ª Subdivisão Policial (SDP), uma das mulheres agredidas era uma idosa. A vítima sofreu lesões no braço e precisou passar por procedimentos cirúrgicos. Uma outra vítima teve o nariz quebrado durante as agressões.  

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Moradores do Triângulo Mineiro e outras cidades do interior de Minas Gerais relataram, nas redes sociais, a queda de um meteoro na noite dessa sexta-feira (14). Uma imagem compartilhada pela Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon) registrou o fenômeno de luz do céu, tendo informado que a região aproximada seria a cidade de Patos. 

Até o momento desta publicação, não houve relatos de danos devido à queda, segundo o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais. Alguns internautas mencionaram um forte estrondo e tremor de terra de pouco alcance, mas a informação não foi confirmada pelo órgão militar. 

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A página Astronomiaum, dedicada a fenômenos astronômicos e seguida por 600 mil pessoas no Twitter, compartilhou vídeos de câmeras de segurança que teriam flagrado a queda. De acordo com o portal, o clarão do meteoro foi observado por volta das 20h53 no interior de Minas Gerais e região próximas. 

Bólido gigante

De acordo com o observatório IDS, ligado à Bramon, o ocorrido trata-se de um bólido gigante, um meteoro com brilho intenso e que pode ser acompanhado de explosão na atmosfera - maior parte dos meteoros se pulveriza antes de chegar ao solo. Grupos de astronomia universitários solicitam que moradores enviem relatos para uma melhor apuração do caso e querem descobrir se há chances de meteoritos terem atingido o solo. De acordo com o IDS, essas pedras têm uma coloração acinzentada ou de “preto queimado”. 

Confira imagens: 

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Tempestades de poeira voltaram a atingir cidades do interior de São Paulo, nesta segunda-feira (8). Houve registros do fenômeno em ao menos oito cidades das regiões de Bauru, Marília e Ourinhos. Em alguns municípios, além das nuvens de poeira, houve registro de chuvas rápidas e temporais. O fenômeno foi menos intenso do que os registrados nos dias 26 de setembro e 14 de outubro deste ano também no interior.

Em Paulistânia, a dentista Alexandra Kesam, que atua na unidade de saúde do município, registrou a passagem da tempestade de poeira. Segundo ela, quando a nuvem avermelhada encobriu a cidade, a energia acabou. Muitas pessoas saíram das casas para observar o fenômeno. Ela contou que a ventania durou cerca de 40 minutos. A densa nuvem de poeira atingiu também Santa Cruz do Rio Pardo e Ourinhos, na mesma região. Motoristas que transitavam pela rodovia João Baptista Cabral Rennó (SP-255) relataram sustos ao serem envolvidos pelo poeirão.

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Em Ourinhos, moradores do Recanto dos Pássaros registraram a passagem da nuvem de poeira, com rajadas de vento. Logo depois caiu a chuva. Em Marília, a densa camada de poeira em suspensão foi registrada na Rodovia do Contorno e em bairros da zona norte. Bairros de Bauru também chegaram a ficar encobertos pelo pó.

No fim da tarde, outras cidades do sudoeste paulista foram atingidas por temporais com chuva intensa e rajadas de vento. Em Taquarituba, ao menos dez árvores caíram e casas ficaram destelhadas. A força do vento causou o tombamento de uma carreta carregada com laranjas na rodovia Eduardo Saigh (SP-). O motorista não se feriu. Em Itaí, o telhado de uma casa caiu sobre uma mulher e suas três filhas, mas elas foram resgatadas pelos bombeiros apenas com escoriações.

O Instituto de Pesquisas Meteorológicas (IPMet) da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Bauru registrou ventos com velocidade de até 60 km por hora na tarde desta segunda. Conforme o meteorologista José Carlos Figueiredo, as tempestades com ventos fortes levantam a poeira ao atingirem o solo seco, desprovido de vegetação, devido às recentes queimadas na região.

Moradores de Franca, no interior de São Paulo, relataram espanto nas redes sociais quando uma enorme nuvem transformou o dia em noite. A tempestade de areia passou por locais como Presidente Prudente, Jales, Araçatuba, Barretos e algumas cidades de Minas Gerais que fazem fronteira com o Estado.

Segundo a meteorologista Estael Sias, da MetSul, o fenômeno é comum em países da Ásia, onde é conhecido como "haboob". Ele é causado por temporais de chuva com ventos fortes que, ao entrarem em contato com o solo seco, encontram resquícios de queimada, poeira e vegetação, os quais acabam criando um "rolo compressor" de sujeira que pode chegar a até 10 quilômetros de altura.

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"Primeiro, vem a nuvem de temporal e tempestade, que gerou a corrente de vento mais horizontal e bagunçou todos esses detritos. Como faz meses que não chove naquela região, tem muita poeira, o solo e a vegetação estão secos, e as queimadas também contribuíram", explica Estael.

Os satélites do Instituto Nacional de Meteorologia mostraram que o município de Franca registrava ventos intensos de até 60 quilômetros neste domingo, 26. A região também estava sob alerta de tempestades com até 30 milímetros de chuva por hora e risco de granizo, como o que atingiu partes da capital paulista na véspera, estragos em plantações, queda de galhos de árvores e de alagamentos.

Apesar de Estael explicar que este é um evento natural devido às condições do clima, ela também aponta que ele é mais característico de países da Ásia e não tão comum ao Sudeste do Brasil. Entretanto, ela diz que o fenômeno tem uma forma de se dissipar sozinho: "O vento que segue da tempestade vai ajudando a espalhar mais essa areia e ela se dissolve, como o processo do nevoeiro, que é lento mas ajudado pelo próprio vento".

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Com aumento nos casos e mortes por Covid-19, prefeituras do interior de São Paulo estão adotando medidas mais duras que as do plano emergencial na tentativa de frear o avanço da pandemia. Nesta quarta-feira (9) diante do aumento de 35,1% de casos novos em uma semana, o governador João Doria (PSDB) decidiu prorrogar a fase de transição do Plano São Paulo até 30 de junho. O governo vai recomendar que cidades com mais de 90% de ocupação dos leitos de UTI tomem medidas mais restritivas que as do plano.

Em Limeira, o prefeito Mario Botion (PSD) baixou decreto obrigando o fechamento de bares, restaurantes e lojas de conveniência aos sábados, domingos e feriados. Nos demais dias, o funcionamento vai até as 18 horas - o plano estadual libera o comércio até as 21 horas. Festas e eventos com mais de dez pessoas estão proibidos. A multa por desrespeito varia de R$ 10 mil a R$ 30 mil. Há previsão de interdição do estabelecimento e cassação do alvará, conforme a gravidade da situação. A cidade tem todos os leitos de referência para a covid-19 lotados.

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Araraquara voltou a entrar em estado de alerta nesta quarta-feira, pelo segundo dia consecutivo, e está mais próxima do lockdown. A taxa de positividade foi superior a 15% nos testes realizados nas pessoas em geral e superior a 20% em indivíduos com sintomas gripais. Em mil amostras totais, 153 deram positivo (15,3%) e, de 692 sintomáticos, 149 tinham o vírus (21,53%). Se os índices se repetirem nesta quinta-feira, 10, a prefeitura vai decretar novo fechamento. Em fevereiro, a cidade entrou em lockdown de dez dias e conseguiu grande redução no número de casos, mortes e internações pela covid-19.

A prefeitura de São Roque, cidade turística do interior, decidiu fechar o comércio no fim de semana do Dia dos Namorados, que cai neste sábado, 12. A medida inclui os restaurantes e adegas da Rota do Vinho, destino turístico mais procurado, principalmente pelos paulistanos. Conforme a prefeitura, os leitos de enfermaria e UTI chegaram a 100% de lotação esta semana, depois do alto fluxo de turistas durante o Corpus Christi. A multa por descumprimento dobrou, de R$ 5 mil para R$ 10 mil.

Em Garça, o município baixou decreto aumentando o rigor no toque de recolher: das 9 da noite às 5 da manhã, pessoas que estiverem em circulação a pé ou em veículos sem motivo justificado serão abordadas e multadas. O comércio vai funcionar das 9 às 17 horas, com 30% de ocupação. O objetivo é frear a alta nos casos de covid-19 que põe em risco de colapso o sistema de saúde, segundo o prefeito João Carlos dos Santos (DEM). "Nesse momento é necessário que a população entenda a situação delicada pela qual estamos passando e colabore, evitando aglomerações em praças públicas e festas, mesmo que sejam particulares", disse.

Decreto da prefeitura de Piraju, no sudoeste paulista, proíbe a entrada de crianças com menos de 12 anos em mercados, supermercados e outros estabelecimentos essenciais. A medida visa reduzir a transmissão do novo coronavírus. Locais públicos, como praças e áreas de lazer, ficarão fechados até o dia 21 de junho. As aulas presenciais na rede municipal foram suspensas. As multas vão de R$ 200 a R$ 4 mil. Em Itaí, um decreto suspendeu o atendimento presencial em bares, restaurantes e lanchonetes.

Liberação

Em Franca, o prefeito Alexandre Ferreira (MDB) decidiu liberar o atendimento presencial, limitado a 30% da capacidade, em supermercados, padarias, açougues e farmácias a partir de sexta-feira, 11. Segundo ele, o lockdown iniciado há duas semanas reduziu a taxa de transmissão de casos da doença, que estava em 1,57% no dia 21 de maio, para 1,05% nesta quarta-feira. O confinamento não será prorrogado, mas o transporte público vai circular com 50% da frota.

A flexibilização acontece no momento em que a rede pública de Franca está com 100% de ocupação. No Pronto Socorro Álvaro Azzuz, referência para covid-19, 408 pacientes passaram por atendimento nas últimas 24 horas, 13% a mais que no período anterior. Nesta quarta, 70 pacientes estavam em observação, sendo 56 à espera de transferência para hospital - 35 para UTI, dos quais nove intubados.

Empresas distribuidoras de gás oxigênio em Pernambuco enviaram uma carta aberta alertando para um risco acentuado de crise no abastecimento do insumo no estado. Os distribuidores pedem uma maior produção de oxigênio nas fabricantes e que sejam diminuídas as cargas de oxigênio para fim industrial, com redirecionamento para fins medicinais.

Assinam a carta cerca de 20 distribuidores responsáveis por recolher os cilindros de oxigênio nas fábricas e entregarem em unidades de saúde em cidades de pequeno e médio porte em Pernambuco. A carta aberta é direcionada ao Governo de Pernambuco, Presidência da República, prefeitos, deputados e à população. 

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Segundo o advogado Flávio Fernando Gomes Dutra de Oliveira, que representa as distribuidoras, algumas delas registraram o triplo da demanda nos últimos 40 dias. “Eu trabalho representando as distribuidoras há uns dez anos e nunca vi uma empresa vir com o caminhão, chegar na indústria e não ter todos os cilindros abastecidos. Hoje a empresa deixa os cilindros e vem pegar em três dias. E às vezes não consegue abastecer todos”, diz.

O advogado diz que é a primeira vez desde o início da pandemia que esses empresários se reúnem para escrever uma carta aberta, o que denotaria a situação crítica no estado. “Eles solicitam que o governo interaja junto com os fabricantes no sentido de aumentar a produção e sanar as dificuldades”, reforça Flávio Fernando.

Nesta sexta-feira (28), o presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems-PE), José Edson de Souza, que também é secretário de Saúde de Gravatá, informou que dez cidades do interior relataram que há risco de ficarem sem oxigênio para os pacientes de Covid-19. São elas: Pesqueira, Sanharó, Cupira, Panelas, Carpina, São Bento do Una, Taquaritinga do Norte, João Alfredo, Belo Jardim e Lajedo.

Segundo o secretário, as cidades de Pesqueira e João Alfredo já estão avançadas para receber os cilindros. As demais cidades têm estoque até o próximo sábado (29). "Essas cidades estão correndo atrás com a Secretaria Estadual de Saúde para regularizar essas entregas ou conseguir algum paliativo", afirma ao LeiaJá. Alguns locais, por fazerem fronteira com a Paraíba, estão conseguindo insumo com o estado vizinho. Os municípios de Venturosa, Pesqueira, João Alfredo e Taquaritinga do Norte transferiram pacientes alegando risco de falta de oxigênio.

Ainda segundo José Edson, nas últimas duas semanas os municípios do interior de Pernambuco passaram a ter uma demanda de oxigênio cinco vezes maior. "Essa é a pior situação de todos os tempos desde o início da pandemia", diz. Ele afirma que há oxigênio suficiente nas fornecedoras, mas a maior dificuldade é a logística na distribuição.

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que tem mantido contato permanente com os municípios e prestado apoio àqueles que estão formalizando solicitações. Após reuniões, 149 concentradores de oxigênio foram disponibilizados para 44 cidades. Segundo a pasta, Lajedo não fez solicitação formal.

A secretaria ressaltou que a Central de Regulação Hospitalar vem atuando para fazer o encaminhamento de pacientes de unidades municipais de menor porte para serviços de referência da rede estadual. Conforme a nota, não há risco de desabastecimento sistêmico em Pernambuco, que possui plantas industriais responsáveis pelo abastecimento do gás medicinal para outros estados do Nordeste.

"No momento, o que se nota é um problema de logística no reabastecimento dos cilindros de O2 de algumas cidades", informa. O Governo de Pernambuco enviou ofício ao Ministério da Saúde solicitando apoio, com o encaminhamento de 500 concentradores e mil cilindros de oxigênio, além de testes de antígeno e reforço na investigação genômica no Estado. "Contudo, até o momento, não há retorno da solicitação por parte do Governo Federal", finaliza a nota.

Nas redes sociais, o deputado federal Túlio Gadêlha (PDT) disse ter tratado da situação de desabastecimento no Agreste de Pernambuco com o general Ridauto Fernandes, coordenador de logística do Ministério da Saúde. De acordo com o parlamentar, durante a conversa o general recebeu uma mensagem do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, tratando da situação. "É tempo de unir forças e se antecipar à crise para evitar que o pior aconteça", escreveu Gadêlha. 

Na noite desta sexta-feira, em nota enviada à imprensa, o Governo do Estado reforçou sua alegação de que não existe risco de falta de oxigênio hospitalar. “Eu gostaria de deixar bem claro que não há falta de oxigênio nas 66 unidades de saúde do Governo de Pernambuco, tampouco nas unidades de referência para atendimento dos casos de Covid na rede estadual. O abastecimento desse e de outros insumos para os hospitais estaduais está assegurado pela empresa fornecedora de gases hospitalares para o nosso sistema de saúde. Temos registrados, sim, casos de municípios que, em suas unidades próprias, estão tendo dificuldade em repor seus estoques. Muitos desses municípios possuem contratos com empresas de pequeno porte que não estão conseguindo atender o aumento da demanda”, disse o secretário estadual de Saúde, André Longo.

O Governo de Pernambuco declarou "Situação de Emergência" em 55 municípios do Agreste de Pernambuco. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado desta terça-feira (16).

A medida foi tomada devido ao período de estiagem enfrentado na região. No dia 9 deste mês, o governo havia decretado situação de emergência em 54 municípios do Sertão.

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Segundo o decreto, foi levado em conta a previsão da redução das chuvas e a queda das reservas hídricas, e os impactos ocasionados, decorrentes das perdas na agropecuária da região. 

"Os órgãos estaduais localizados nas áreas atingidas, e competentes para a atuação específica, adotarão as medidas necessárias para o combate à 'Situação de Emergência' em conjunto com os órgãos municipais", diz o texto.

Confira a lista dos 55 municípios:

Agrestina

Águas Belas

Alagoinha

Altinho

Angelim

Belo Jardim

Bezerros

Bom Conselho

Bom Jardim

Brejão

Buíque

Cachoeirinha

Caetés

Calçado

Canhotinho

Capoeiras

Caruaru

Casinhas

Cumaru

Frei Miguelinho

Gravatá

Iati

Itaíba

Jataúba

João Alfredo

Jupi

Jurema

Lajedo

Limoeiro

Orobó

Panelas

Paranatama

Passira

Pedra

Pesqueira

Poção

Riacho das Almas

Sairé

Salgadinho

Sanharó

Santa Cruz do Capibaribe

Santa Maria do Cambucá

São Bento do Una

São Caetano

São João

São Joaquim do Monte

Surubim

Tacaimbó

Taquaritinga do Norte

Terezinha

Toritama

Tupanatinga

Venturosa

Vertente do Lério

Vertentes

A prefeitura de São José dos Campos, no interior paulista, recorreu à Justiça e conseguiu se manter na fase laranja do Plano São Paulo, no lugar de ir para a fase vermelha, conforme determinação do governo do estado.

O desembargador Jeferson Moreira de Carvalho atendeu a argumentação da prefeitura de que a ocupação de leitos para Covid-19 no município ainda não supera 75%, o que permite que a cidade se mantenha na fase 2 ou fase laranja.

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Nas redes sociais, o prefeito Felício Ramuth disse que um novo decreto, agora com as regras para a fase laranja, será publicado. “A decisão do Tribunal de Justiça poderia até nos levar à fase amarela, mas, por cuidado, vamos permanecer na fase laranja”, falou ele.

O governo de São Paulo determinou que todas as 645 cidades do estado devem ir, a partir de hoje (6), para a fase 1 ou fase vermelha do Plano São Paulo, onde somente serviços considerados essenciais podem funcionar. A medida vale até o dia 19 de março e foi tomada por causa do aumento do número de pacientes internados.

Procurado pela Agência Brasil, o governo de São Paulo ainda não informou se vai recorrer da decisão.

Outros prefeitos

A decisão favorável a São José dos Campos abre caminho para que outros prefeitos entrem na Justiça. Por meio das redes sociais, o prefeito de Taubaté, José Saud, disse que também vai tentar colocar a cidade na fase laranja.

“São José dos Campos conseguiu um mandado de segurança e volta para a fase laranja. Iremos atrás deles, não tenha dúvida. Só temos que acertar agora o número de leitos porque lá está com menos que aqui. Amanhã e depois, nós acertamos esses leitos, criamos mais e, na segunda-feira, entramos com esse mandado de segurança o mais rápido possível, para voltarmos para a fase laranja", disse.

Em Franca, o prefeito Alexandre Ferreira declarou, por meio das redes sociais, que também vai buscar na Justiça o direito de manter atividades abertas. “Nós reconhecemos a gravidade da covid-19. Tanto que as medidas mais firmes no enfrentamento da pandemia foram tomadas nesses dois meses de início de governo. E não vamos afrouxar nisso. No entanto, não posso concordar com o rebaixamento de Franca para a fase vermelha. Até porque nós temos índices suficientes para permanecer na fase laranja”, disse ele.

Outro que também acionou a justiça é o prefeito de Cruzeiro, Thales Gabriel. Segundo ele, a decisão foi indeferida na primeira instância, mas a prefeitura já está recorrendo da decisão para tentar manter a cidade na fase laranja.

Entenda

O Plano São Paulo é dividido em cinco fases que vão do nível máximo de restrição de atividades não essenciais (vermelho) a etapas identificadas como controle (laranja), flexibilização (amarelo), abertura parcial (verde) e normal controlado (azul).

O plano divide o estado em 17 regiões e cada uma delas é classificada em uma fase, dependendo de fatores como capacidade do sistema de saúde e a evolução da epidemia.

Na etapa laranja, o funcionamento dos serviços não essenciais é limitado a até oito horas diárias, com atendimento presencial máximo de 40% da capacidade e encerramento às 20h. O consumo local em bares está totalmente proibido nessa fase.

Cidades do interior de São Paulo enfrentam a segunda onda da covid-19 com hospitais lotados. Já há doentes morrendo por falta de leitos de UTI, segundo parentes das vítimas. Em pelo menos cinco cidades, além da capital paulista, já foram detectados pacientes com a variante do novo coronavírus. Segundo o governo estadual, entre quinta e sexta-feira mais 398 pacientes foram internados.

Em Jaú, onde já circula a variante do Amazonas, foram registrados 78 novos casos de infecção na quinta-feira. A Santa Casa abriu 30 novos leitos de enfermaria para covid, mas a pressão sobre o sistema hospitalar não diminuiu. Foram confirmadas mais seis mortes pela doença na cidade - agora são 258 óbitos -, mas ainda há três em investigação. A prefeitura apelou para que pessoas de outras cidades não visitem Jaú.

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Lockdown

 

Em Araraquara, onde foram constatados 12 casos da variante brasileira, pelo quarto dia consecutivo, a quinta-feira teve UTIs lotadas. Nos últimos dois dias, nove pacientes morreram. Dos 209 pacientes internados, 60 estão em UTI. Do total de internados, 35 são de outros municípios. A cidade se mantém em lockdown.

Campinas tinha, anteontem, apenas 4 leitos de UTI disponíveis e 219 doentes internados. Em Sorocaba, o hospital estadual Adib Jatene voltou a registrar 100% de ocupação, com pacientes em seus 20 leitos de UTI covid. O Hospital das Clínicas de Botucatu registrou mais uma vez ocupação acima de 100%. "Neste momento, além dos 30 leitos de UTI covid disponíveis, mais 2 estão ocupados por quatro pacientes positivos", informa em nota.

Em Valinhos, a quinta-feira foi o quarto dia consecutivo de 100% de ocupação em vagas de UTI. Em redes sociais, moradores pediram a regressão da cidade da fase amarela para a vermelha. Em Vinhedo e Mogi Mirim, a lotação dos leitos de UTI é de 100%. E Presidente Prudente registrou recorde de hospitalizações desde o início da pandemia, com 99 pessoas internadas - 36 em UTI. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com a alta de internações por Covid-19 no País e a confirmação da presença da nova variante do vírus em vários Estados, cidades pequenas e médias de todas as regiões já enfrentam situação próxima do colapso, com 100% dos leitos ocupados, filas de espera por vagas de UTI e equipes correndo para antecipar altas e abrir espaço para doentes gravíssimos.

A situação foi relatada por médicos, secretários municipais de Saúde e pacientes de oito Estados ouvidos entre quarta (17) e quinta-feira (18). Alguns dizem já estar recusando novas internações e temem que o cenário piore nas próximas semanas com a disseminação da nova cepa do vírus.

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Um dos cenários mais dramáticos acontece na região do Triângulo Mineiro. Em Uberlândia, há 222 pacientes internados em UTIs para tratamento de covid-19 - que tomam 95% da capacidade de atendimento local. A situação mais grave, no entanto, é a de Monte Carmelo, município de 48 mil habitantes - onde o Hospital Alberto Nogueira, único a tratar a covid, está há mais de um mês com 100% de ocupação de seus 16 leitos de UTI. Somente anteontem, foram 160 novos casos confirmados. Como comparação, Belo Horizonte registrou 62 casos.

No sábado, o prefeito de Monte Carmelo, Paulo Rocha, publicou vídeo nas redes pedindo a doação de cilindros ao hospital da cidade. Naquele dia, o consumo, que antes era de cinco por dia, chegou a 54 - e na quinta passou a 123. "O quadro de saúde dos pacientes está piorando muito rapidamente, o que eleva o consumo de oxigênio", disse Rocha. O secretário estadual de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, prometeu levar o problema ao governo federal.

No Paraná, a região de Maringá vive à beira do colapso há semanas. No Hospital Universitário da cidade, a ocupação segue em 100%, como conta Edvaldo Vieira de Campos, que coordena a UTI da unidade. "Antes da pandemia, tínhamos oito leitos de UTI. Abrimos 20 novos. Para um hospital do nosso porte, é um aumento absurdo. A linha entre a superlotação e o colapso é muito tênue. É uma situação que nos tira o sono", declarou.

No Rio Grande do Sul, cidades da Grande Porto Alegre, como São Leopoldo e Gravataí, e da região da Serra Gaúcha, como Gramado, registram superlotação. A cidade turística foi a primeira a ter a confirmação da nova variante no Estado. "O retorno das aulas foi suspenso, proibimos eventos, suspendemos cirurgias eletivas e os leitos cirúrgicos estão sendo adaptados para atender covid", relata o secretário da Saúde de Gramado, Jeferson Moschen.

Norte e Centro-Oeste

Na região Norte, Santarém, cidade com 300 mil habitantes no interior do Pará, enfrenta situação difícil. "Tínhamos 20 leitos de UTI antes da pandemia e fomos ampliando, mas nunca é suficiente. Já estamos com 60 e com fila de espera de doentes na UPA precisando ser transferidos", conta Antonio Alves da Silva, do Hospital Regional do Baixo Amazonas.

Ele comenta ainda a falta de profissionais para atender à demanda crescente. "Tivemos de parar a residência de médicos recém-formados para colocá-los na nossa escala da UTI."

Mesmo no Centro-Oeste, que teve aumento mais tardio de casos de covid, a superlotação não é diferente. Em Ponta Porã (MS), na fronteira com o Paraguai, não há mais leitos disponíveis. "Já estamos em uma situação de colapso agora. Tenho pacientes na sala vermelha de emergência, esperando por uma vaga de UTI. Estamos dando alta precoce da UTI para abrir vaga", diz Demetrius do Lago Pareja, diretor do Hospital Regional de Ponta Porã.

No Nordeste, o interior do Ceará vive uma das situações mais difíceis. Hospitais de Juazeiro do Norte, lotados, recorrem a hospitais privados de municípios vizinhos para transferir doentes. "Estamos recebendo pacientes com outras doenças de Juazeiro para os hospitais de lá atenderem a covid", conta Meton Alencar, que trabalha em Crato. Ele teme que a situação de Manaus se repita na região.

Enxugar gelo

Assessor técnico do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Alessandro Chagas afirma que os relatos colhidos pela reportagem em vários Estados se repetem por todo o País. Ele destaca que, enquanto não houver o controle da transmissão, a abertura de novos leitos nunca será suficiente. "É como enxugar gelo. Novos leitos não vão dar conta se a gente não seguir as medidas não farmacológicas de distanciamento e não insistir em testar mais e isolar pessoas contaminadas e seus contatos", advertiu.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Três cidades do interior de São Paulo já confirmaram a circulação de variantes do novo coronavírus e estão adotando medidas mais drásticas para conter a disseminação. Em Araraquara, norte do Estado, a prefeitura decretou lockdown por 15 dias, depois de detectar duas variantes do vírus - a de Manaus e a do Reino Unido - em 11 pacientes. Já a prefeitura de Jaú, região central do estado, confirmou a mesma variante de Manaus em amostras de três pacientes com a Covid-19. Um caso da variante também foi registrado em Águas de Lindoia.

Decreto da prefeitura de Araraquara restringe a circulação de carros, bicicletas e pessoas pela cidade de 283 mil habitantes a partir desta segunda-feira, 15, até o próximo dia 30. O deslocamento só é permitido para acesso a serviços essenciais ou em caso de necessidade comprovada. Igrejas, templos, clubes recreativos e desportivos estão proibidos de abrir as portas nesses 15 dias.

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O comércio essencial só pode abrir até as 20 horas e atender com o uso de senhas. Postos de combustível fecham a partir das 19 horas. Os infratores ficam sujeitos a multas que variam de R$ 120 a R$ 6 mil reais.

Devido ao aumento de casos de Covid-19, a prefeitura estendeu o horário de atendimento em seis unidades de saúde, que fechavam às 17h, para até as 20 horas. "Araraquara vive o pior momento da pandemia. Mutações do coronavírus foram identificadas em nosso município. O alerta é de grau máximo", disse o prefeito Edinho Silva (PT).

As variantes britânica e brasileira do coronavírus foram identificadas em 11 das 16 amostras enviadas ao Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, vinculado à Universidade de São Paulo (USP). Os exames foram encaminhados ao Instituto Adolfo Lutz para confirmação. O prefeito já informou o achado ao Centro de Contingência da Covid-19 do governo de São Paulo.

Segundo ele, a investigação foi motivada pelo aumento da transmissão do vírus nas últimas semanas e a mudança no perfil dos internados, que são mais jovens. "Pelo histórico da pandemia desde março de 2020, nós estranhamos a velocidade das contaminações e a agressividade do vírus, a forma como os pacientes evoluíam. Sabemos que houve um relaxamento do distanciamento social, muita gente viajou, muitas festas familiares no fim do ano. Tudo isso ajudou no processo de contaminação, mas a doença apresentava uma característica diferente", disse o prefeito.

Nos 12 primeiros dias de fevereiro, a cidade teve o maior número diário de mortes pela Covid-19 desde o início da pandemia. O maior registro aconteceu na sexta-feira, 12, com seis óbitos em 24 horas. Também houve recorde de casos (123,5 em média por dia) e em número de pacientes internados (184). No sábado, 13, houve mais duas mortes e 201 casos. Neste domingo, 14, foram 167 casos e três mortes. A cidade atingiu 100% de ocupação de leitos de enfermaria e 96% em UTI. Araraquara soma 12.127 casos e 146 mortes pelo coronavírus.

Variantes preocupam outras cidades

Em Jaú, a prefeitura confirmou neste sábado, 13, a nova variante do coronavírus em amostras colhidas e analisadas pelo Adolfo Lutz, na capital. Das cinco amostras analisadas, três tiveram resultado positivo para a mutação chamada de P.1 detectada inicialmente em Manaus. O prefeito Ivan Cassaro (PSD) usou as redes sociais para fazer um alerta à população. "Venho aqui com muita preocupação e tristeza anunciar que, infelizmente, nossa cidade está passando o vírus que contagiou Manaus. Peço a população para ter cuidado triplicado. É um momento difícil para nós", disse.

Segundo ele, houve a suspeita porque a doença passou a ter um curso mais rápido, mais virulento e com mortes de pessoas que estavam fora do grupo de risco. A prefeitura já estuda um endurecimento nas regras de isolamento social. A cidade de 152 mil moradores registra 7.242 casos positivos e 231 mortes pela Covid.

A prefeitura de Águas de Lindoia, na região de Campinas, confirmou na sexta-feira, 12, que uma moradora de 61 anos testou positivo para a nova variante do vírus causador da Covid-19. Ela havia hospedado um visitante de Manaus, que apresentou sintomas da doença após chegar ao município paulista.

A paciente cumpriu isolamento domiciliar e já se recuperou. O viajante de Manaus foi atendido em um hospital particular de Mogi Guaçu, mas teve o quadro agravado e morreu. A prefeitura informou que a vigilância sanitária seguiu todos os protocolos de saúde para a condução do caso e que as recomendações para a prevenção da doença foram reforçadas.

O secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Marco Vinholi, disse que os técnicos da pasta da Saúde acompanham e monitoram o surgimento de mutações do vírus no interior. O comitê de contingência estadual se reúne, na manhã desta segunda-feira (15), para discutir os rumos da pandemia e estratégias para conter a disseminação das novas variantes.

Prefeituras do interior paulista rebaixadas para a fase vermelha do Plano São Paulo de combate à Covid-19 estão se recusando a adotar medidas mais restritivas. Em ao menos três cidades - Bauru, Piedade e Araçariguama - entraram em vigor nesta segunda-feira (25) decretos contrariando as regras. Outras 15 cidades da região de Sorocaba entraram na fase vermelha, mas negociam com o governo a volta para a laranja. A gestão Doria informou que está notificando as prefeituras rebeldes e deve encaminhar os casos ao Ministério Público estadual.

Estão na fase vermelha as regiões de Barretos, Bauru, Franca, Marília, Presidente Prudente, Sorocaba e Taubaté. Atividades não essenciais, como lojas, shoppings, bares, restaurantes, academias, salões de beleza e escritórios devem permanecer fechados.

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Em Bauru, a prefeita Suéllen Rosim (Patriota) baixou decreto permitindo que esses estabelecimentos funcionem por dez horas diárias, de segunda-feira a sábado, no máximo até as 20 horas. "A prefeitura quer preservar a vida de todos e também manter de forma responsável as atividades econômicas e os empregos", disse a prefeita.

A prefeitura de Piedade, região de Sorocaba, seguiu a mesma linha, liberando o comércio até as 20 horas. Segundo o município, os indicadores são melhores do que em cidades vizinhas. Na manhã desta segunda-feira, 25, havia movimento intenso na região central e algumas pessoas não usavam máscaras.

Em Araçariguama, o decreto permite que o comércio funcione até as 20 horas, entre domingo e quinta-feira, e até as 21 horas nos fins de semana. Já os supermercados podem abrir até a meia-noite, medidas que contrariam o plano estadual.

Uma comissão de prefeitos liderados pelo prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), reuniu-se na manhã desta segunda com o secretário de Desenvolvimento Regional do Estado, Marco Vinholi, reivindicando a volta de 15 cidades da região para a fase laranja do Plano São Paulo. Os municípios foram rebaixados para a fase vermelha. Os prefeitos alegam que algumas cidades estão com índices melhores de ocupação hospitalar do que outras.

Eles querem autonomia para flexibilizar o comércio de acordo com indicadores locais de ocupação de leitos para covid-19. Vinholi confirmou o encontro e disse que o governo vai colocar, em parceria com a prefeitura, mais 20 leitos para Sorocaba, que é referência regional para a covid. No entanto, segundo o secretário, as cidades precisam se manter na fase vermelha até a próxima classificação do plano, que deve acontecer no dia 7 de fevereiro. Manga afirmou que a revisão pode ser antecipada para a próxima sexta-feira, 29.

Com relação a Bauru, Piedade e Araçariguama, o secretário disse que as três prefeituras já foram notificadas para acatarem o plano. "Notificamos agora de manhã e encaminhamos para o Ministério Público. Estamos contando que fiquem na fase vermelha, o que será melhor para todos, inclusive para os moradores dessas cidades", disse Vinholi.

Protesto em Ubatuba, no litoral norte de SP

Comerciantes de Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, fizeram um protesto contra a volta da cidade à fase vermelha. Com faixas e cartazes contra o que chamaram de 'lockdown', eles caminharam pelo centro e interditaram o acesso às praias do norte e sul do município. O trevo de acesso à rodovia Rio-Santos também foi bloqueado.

A Associação Comercial e Empresarial de Ubatuba divulgou nota repudiando as novas regras. "Fechar o comércio com as praias abertas é declaradamente assinar o atestado de óbito de nossa amada Ubatuba", afirma o texto.

A prefeita Flávia Paschoal (PL) informou que tenta uma reunião com o governo para pedir uma revisão de fase. Segundo ela, tentativas anteriores de flexibilizar o plano foram barradas pelo MP. "O município é obrigado a cumprir o plano. Temos responsabilidades com as vidas. Nosso hospital (Santa Casa) foi deixado sem leitos de UTI; o que temos são leitos de suporte ventilatório. Peço a compreensão de todos, pois somos o município com menor orçamento do litoral e maior dificuldade na saúde", disse.

 

 

Em Limeira teve até caixão em protestos de donos de bares e restaurantes do interior de São Paulo, nesta segunda-feira, 25, contra as novas restrições ao comércio definidas pelo Plano São Paulo, para controle da pandemia de covid-19. A urna funerária, normalmente vista em atos que defendem o isolamento e a vacinação contra a doença, foi levada para uma praça, na região central de Limeira, por um grupo de comerciantes da cidade. Segundo eles, nesse caso, o caixão simboliza a morte pelo desemprego e a falta de renda.

O protesto continuou com uma carreata guiada por um carro de som e terminou em frente à prefeitura. A cidade está na fase laranja do plano, em que muitas atividades comerciais são permitidas, mas os comerciantes se insurgem principalmente contra a restrição à venda de bebidas alcoólicas no período noturno e a obrigatoriedade de fechamento total do comércio não essencial nos fins de semana. A prefeitura informou que ouviu representantes do setor, mas tem a obrigação de seguir o plano estadual.

Em Campinas, cidade que também está na fase laranja do Plano, donos e funcionários de bares protestaram contra o fim do atendimento presencial em dias úteis. Os manifestantes se concentraram no Largo do Rosário, na região central, e caminharam até a sede da prefeitura, ocupando a escadaria central do prédio. O setor alega dificuldades para manter os empregos. Representantes foram recebidos por gestores municipais. Em rede social, o prefeito Dário Saadi (Republicanos) informou que a cidade precisa de mais leitos hospitalares para reivindicar, junto ao governo estadual, a reclassificação para uma fase menos restritiva.

Conforme o secretário de Desenvolvimento Regional do Estado, Marco Vinholi, as restrições são necessárias diante das altas de casos, internações e mortes pela covid-19 nos últimos 15 dias, além da elevada ocupação de leitos de UTI. Segundo ele, as decisões do Plano São Paulo são técnicas, seguem critérios com muita transparência e devem ser seguidas pelas prefeituras "para segurança da população."

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O Pará recebeu, no domingo (24), o primeiro lote da vacina produzida pela Oxford/AstraZeneca contra o novo coronavírus. A carga com 49 mil doses dos imunizantes foi recebida no Aeroporto Internacional de Belém pelo governador Helder Barbalho e pela equipe técnica de governo. 

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"Nesse momento, estamos recebendo as 49 mil doses de vacina, todas serão encaminhadas ao interior do Estado. Com essa chegada estaremos garantindo a vacinação de 63% de todos os profissionais de saúde do Estado. Vamos priorizar essa carga para as regionais do interior do Estado", explicou Helder, segundo a Agência Pará. A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) confrma 319.545 casos de covid-19 em território paraense e 7.530 mortes.

O governador destacou ainda que a estratégia, nesse momento, é fortalecer o oeste paraense. A região já enfrenta uma segunda onda de contaminação pela doença, devido à proximidade com o Estado do Amazonas. 

Com a entrega deste domingo, essa é a segunda leva de vacinas contra Covid-19 que chega ao Pará. A primeira ocorreu último dia 18, quando o estado recebeu 173 mil doses da CoronaVac. Logo após a chegada dos imunizantes neste domingo, o governo do Estado providenciou um plano logístico para iniciar o repasse das vacinas. A expectativa da Secretaria de Estado de Segurança e Defesa Social (Segup) é continuar com a logística da entrega anterior. 

Da Agência Pará.

Prefeitos das principais cidades do interior reagiram com menor resistência à decisão do governo estadual de colocar sete das principais regiões do interior na fase vermelha do Plano São Paulo. Algumas prefeituras estão adotando medidas mais ainda mais drásticas que as previstas no plano. "Ou fecha ou vai morrer gente nos corredores", disse o prefeito de Franca, Alexandre Ferreira (MDB), que antes resistia ao fechamento. Já a prefeitura de Taubaté anunciou lockdown, com toque de recolher noturno.

A partir de segunda-feira (25), as regiões de Barretos, Bauru, Franca, Marília, Presidente Prudente, Sorocaba e Taubaté serão obrigadas a fechar comércios e serviços não essenciais. As demais, incluindo a Grande São Paulo, ficarão na fase laranja, mas com restrições da vermelha em dias úteis após às 22 horas e integralmente nos finais de semana e feriados. As medidas vigoram até o dia 7 de fevereiro.

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"Infelizmente, agora é guerra, agora é hora de a gente entender e dar uma segurada. Não tem outro jeito de segurar a transmissão senão fechar", disse o prefeito de Franca, ao confirmar a adesão integral ao plano. Na semana anterior, ele tinha se insurgido contra a volta da cidade à fase laranja, com menos restrições. "Eu continuo contra (o fechamento das atividades), mas agora temos que ter responsabilidade. Não temos mais nenhuma capacidade física de abrir novos leitos na região", afirmou. Ele disse ter pedido aos prefeitos da região que também fechem o que não é essencial.

A cidade estava com 90,3% dos leitos de UTI ocupados na manhã desta sexta, mesmo depois de ter aumentado o total de 79 para 100 leitos. Ferreira citou os impactos do fechamento para a economia local, mas admitiu que, diante do esgotamento da capacidade hospitalar, é preciso fazer o possível para evitar mortes. "Se a gente não segurar a onda agora, vai morrer gente sem atendimento nos corredores. Ou a gente faz isso, ou vai se transformar numa Manaus".

O município criou canais para que a população denuncie aglomerações e descumprimento das medidas. Além de serem multados, os infratores serão denunciados ao Ministério Público por crime contra a saúde pública.

Após ser inserida na fase vermelha do plano estadual, a prefeitura de Taubaté anunciou lockdown, com toque de recolher das 23 da noite às 5 da madrugada, a partir de segunda. Durante o dia, só farmácias, padarias, mercados, postos de combustíveis, lavanderias e hotelarias poderão funcionar, mas com restrições de público. A taxa de ocupação de leitos de UTI e enfermaria permanece em 100%, com 109 pessoas internadas, segundo boletim desta sexta. Já são 13.008 casos e 231 mortes.

Em Birigui, após a cidade ser incluída na fase vermelha, enfrentando ainda uma greve de servidores da saúde, a prefeitura decretou estado de calamidade pública. Conforme o prefeito Lean

Com hospitais lotados e filas de pacientes para internação, prefeituras já transferem doentes com a Covid-19 para outras cidades no interior de São Paulo e o Ministério Público decidiu cobrar eitos. Nos últimos 15 dias, segundo a Secretaria de Estado da Saúde, a ocupação de leitos exclusivos subiu de 52,7% para 60,2%, mas em muitas cidades a lotação da rede hospitalar chega a 100%, atingindo picos iguais aos do auge da pandemia.

O Ministério Público de São Paulo mandou a prefeitura de Presidente Prudente, no oeste paulista, contratar leitos em hospitais da região para garantir o atendimento a pacientes acometidos pela Covid-19. Na manhã desta quarta-feira, 16, 12 pessoas com o coronavírus aguardavam vagas para internação em hospitais da cidade, que estavam lotados. No dia anterior, a cidade havia registrado 55 novos casos de covid e um recorde no número de pessoas internadas - 79 pacientes, dos quais 29 em UTI.

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Conforme o promotor Marcelo Creste, as enfermarias do Hospital Regional e da Santa Casa de Presidente Prudente tinham atingido a ocupação máxima. "É sabido que o município não tem hospital próprio e tampouco criou leitos clínicos para o enfrentamento da Covid-19, ao contrário de outros municípios, como Dracena. Também não instalou hospital de campanha", disse. O promotor determinou que a prefeitura faça uso de verba federal já liberada para enfrentamento da pandemia, ampliando a oferta de leitos à população.

Anteontem, Sorocaba tinha 41 pacientes com covid internados, 28 deles em UTI. Pela manhã, 12 infectados eram mantidos em estabilidade na rede pré-hospitalar municipal aguardando internação, dois deles com indicação para UTI. À tarde, apenas um conseguiu vaga. O hospital Adib Jatene, mantido pelo Estado, tinha 100% de leitos de UTI ocupados, e a enfermaria da Santa Casa, vinculada à prefeitura, já estava com capacidade máxima.

A prefeitura de Indaiatuba contratou oito leitos para covid-19 no Hospital Samaritano de Campinas, mas todos estavam ocupados. O município foi obrigado a acionar a Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross) do governo estadual na segunda-feira.

A Santa Casa de Birigui registrou, na terça, 100% de ocupação dos 22 leitos de UTI e enfermaria. A prefeitura deixou de prontidão a Santa Casa de Araçatuba e o Hospital de Campanha de Penápolis para receber transferências de novos casos de internação. Também estavam com 100% dos leitos para covid-19 as Santas Casas de Ourinhos, Santa Cruz do Rio Pardo e Lins. No Hospital das Clínicas de Botucatu, que é público e referência para covid-19 na região, a ocupação de leitos voltou ao patamar de julho. Na segunda, a taxa chegou a 87%, com 42 pacientes internados.

Receio

Na manhã de terça-feira, o emergencista Leandro Fonseca, de 40 anos, foi acordado com uma notícia triste. Sua colega de plantões em um hospital de Itu tinha acabado de morrer. "Ela trabalhava bastante e se cuidava, como cuidava da família, mesmo assim se contaminou. É desanimador ver quantas pessoas a gente continua perdendo."

O profissional da saúde disse que os hospitais já estão lotados e acha que a situação, que já está bem ruim, pode piorar. "Hoje trabalhei em dois hospitais, a Santa Casa de Piedade e o Evangélico de Sorocaba. Estão lotados. Atendi uns dez pacientes com covid e, se precisasse, não teria como internar."

Fonseca lamenta que as pessoas não estejam entendendo a gravidade da situação. "Ando pelas ruas de Sorocaba e vejo metade das pessoas sem máscara. Moro próximo da rodovia Raposo Tavares e pertinho de minha casa tem um pessoal que faz samba e pagode todo fim de semana."

A jornalista Ana Paula Freire, de 48 anos, teve a "sorte" de pegar a covid-19 no início de novembro, quando o repique da doença ainda estava começando. Assim, ela conseguiu vaga no Hospital Evangélico, em Sorocaba, onde mora, e teve alta após cinco dias de internação. Nesta quarta-feira, o hospital particular completava três dias sem vagas para a Covid-19.

"Quando eu estava para receber alta, eu já ouvia as enfermeiras falarem 'Está voltando, está voltando, está tudo cheio de novo'", diz Ana. "Por isso, agradeci a Deus porque tinha toda aquela estrutura ali. Eu sabia que estava recebendo a intervenção na hora certa e muita gente não teve oportunidade."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Prefeituras do interior de São Paulo correm contra o tempo para conter o novo coronavírus, enquanto esperam a chegada da vacina. Quando parecia que o vírus estava indo embora, houve um aumento no número de casos nas últimas semanas, levando municípios a reeditar medidas fortes tomadas no auge da pandemia para combater o avanço da doença.

Na segunda-feira (7) o governador do Estado, João Doria (PSDB) anunciou que a vacinação terá início em 25 de janeiro de 2021 no Estado, com a imunização de idosos, profissionais de saúde, indígenas e quilombolas.

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Será utilizada a vacina Coronavac, desenvolvida pela chinesa Sinovac e produzida pelo Instituto Butantã, mas que ainda depende de aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Em Presidente Prudente, a prefeitura baixou decreto proibindo o consumo de bebidas alcoólicas em espaços públicos, incluindo ruas, praças e parques. O uso de narguilé, espécie de cachimbo com aromas, também foi proibido em locais públicos. Os infratores podem ser enquadrados criminalmente por colocar em risco a saúde pública.

Para garantir o respeito à nova norma, a prefeitura vetou o estacionamento de veículos em locais sujeitos a aglomeração, como praças, parques e pontos de baladas. Também foi proibido o aluguel de chácaras para eventos e shows.

O município autorizou a Secretaria Municipal de Saúde a contratar leitos clínicos para atender pacientes da cidade em hospitais da região.

De sexta-feira à manhã desta segunda, a cidade registrou quatro mortes, totalizando 171 óbitos, e o número de casos subiu para 7.966, havendo 65 pacientes internados com a doença.

Conforme o prefeito Nelson Bugalho (PSDB), até que a vacina se torne realidade, é preciso controlar a doença. "Estamos confiantes na chegada da vacina e toda a estrutura da saúde será voltada para a imunização. Até lá, é preciso evitar que os casos continuem aumentando."

Em Campinas, o aumento no número de casos entre jovens levou o secretário da Saúde, Carmino de Souza, a fazer um apelo a esse público para que se cuide até a chegada da vacina. "Não leve o vírus para casa. A transmissão domiciliar passou a ser a preferencial. Entendemos o cansaço das pessoas, mas estamos tão perto da vacina, vamos aguentar um pouco mais", disse.

Segundo ele, a cidade está preparada para vacinar quando o imunizante estiver disponível. "Campinas está pronta. Chegou a vacina, a gente já pode começar a vacinar a população, observando as regras de imunizar primeiro os grupos prioritários."

Conforme o secretário, a cidade já tem seringas e agulhas para aplicar a vacina em todos os seus 1,2 milhão de habitantes. "Também trocamos toda nossa rede de refrigeração e não haverá problema de conservação da vacina", disse. Campinas já perdeu 1.390 moradores para o vírus de um total de quase 45 mil infectados.

A prefeitura de Santa Cruz do Rio Pardo fechou a Praça São Sebastião, uma das principais da cidade, devido ao aumento de infecção pela covid-19. A Santa Casa, principal hospital, chegou a 100% de leitos ocupados no fim de semana.

A partir das 20 horas até as 2 da manhã, a praça permanece interditada com faixas zebradas. As ruas do entorno ficam fechadas ao trânsito para evitar aglomerações de jovens.

A prefeitura proibiu festas em casas, chácaras e sítios com mais de 12 pessoas, inclusive os familiares. A multa varia de R$ 1,6 mil a R$ 5,4 mil. "Enquanto a vacina não vem, vamos fazer nossa parte e manter o isolamento social", pediu a Secretaria da Saúde em rede social.

Em Sorocaba, a Câmara de Vereadores restringiu o atendimento ao público depois de registrar um novo surto da doença. As sessões voltaram a ser transmitidas pela TV Câmara e redes sociais. Três casos foram confirmados, entre eles o do vereador Hudson Pessini (MDB), que está internado em hospital - e quatro casos suspeitos aguardam os exames.

Outros três vereadores já haviam sido infectados em surtos anteriores. A cidade registrou cinco novas mortes pela covid-19 na segunda-feira. A Secretaria de Saúde do município designou uma equipe para planejar o esquema de vacinação contra a covid-19 na rede municipal de saúde.

Em São José dos Campos, a prefeitura prevê a utilização da estrutura já montada para a imunização contra a gripe na futura vacinação contra a doença. O município apertou o cerco contra as aglomerações na tentativa de conter o contágio que aumenta desde o início de dezembro.

No fim de semana, a fiscalização apoiada pela Guarda Civil Municipal aplicou 23 multas no valor de R$ 5 mil cada em bares e estabelecimentos comerciais que permaneceram abertos após as 22 horas. Foram realizadas blitze para evitar os 'fluxos' (encontros) de jovens em locais públicos.

Uma colisão entre um ônibus e um caminhão deixou pelo menos 22 mortos e 15 feridos nesta quinta-feira (25) em Taguaí, na região de Avaré, no interior de São Paulo, informou a Polícia Militar local.

Segundo as autoridades, o acidente ocorreu por volta das 7h da manhã (horário local), no km 172 da rodovia Alfredo de Oliveira Carvalho, que precisou ser interditada para o atendimento das vítimas.

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A polícia rodoviária revelou que algumas pessoas ficaram presas nas ferragens do ônibus da Star Turismo. Informações preliminares dos bombeiros revelaram que os 40 passageiros eram funcionários de uma empresa têxtil.

Todos os feridos foram socorridos e levados para hospitais das regiões de Taguaí, Fartura e Taquarituba. O número de vítimas ainda pode ser atualizado.

"É uma ocorrência muito grave na região de Taguaí. Temos um ônibus que transportava 53 pessoas de uma empresa. Ele colidiu com um caminhão. Não temos dados precisos, porque é um local de difícil acesso. Mas acreditamos que tenha cerca de 22 a 25 vítimas fatais. 15 pessoas já foram socorridas para hospitais da região e outras vítimas estão recebendo socorro, porque ficaram presas nas ferragens", afirmou o tenente Alexandre Guedes, porta-voz da Polícia Militar, à GloboNews.

De acordo com ele, a perícia está no local e a PM tenta "preservar vidas e salvar mais pessoas". As autoridades ainda permanecem realizando os trabalhos de resgate.

Foto: Reprodução/Facebook

Da Ansa

Movimentos de renovação e grupos de formação política elegeram ao menos 200 representantes neste ano. Integrantes de RenovaBR, Rede de Ação Política pela Sustentabilidade (Raps), Acredito, Agora, Livres e Vamos Juntas vão assumir mandatos no ano que vem em prefeituras e câmaras municipais, principalmente no interior do País. Analistas ouvidos pelo Estadão veem redução na tendência de renovação de 2018.

Apesar do número ser comemorado pelos grupos, eleitos e não eleitos relatam que as campanhas enfrentaram desconfiança.

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O RenovaBR estará representado por 147 eleitos em 121 cidades. Entre eles, 10 prefeitos e um vice-prefeito. O número representa 14% dos associados que saíram candidatos - a mesma porcentagem de efetividade que o grupo conquistou em 2018, quando elegeu 17 de seus 117 candidatos. Entre lideranças da Raps, um a cada quatro candidatos foi eleito neste ano. Foram 50 nomes com resultado positivo nas urnas em 44 cidades; entre eles, também 10 prefeitos; outros 12 candidatos disputam o 2.º turno como cabeça de chapa ou vice. O Acredito será representado por 2 prefeitos e 16 vereadores. O Livres terá 12 representantes em câmaras. O Vamos Juntas, 11 vereadoras; e o Agora, um prefeito.

Em Bezerros, cidade de cerca de 60 mil habitantes no agreste pernambucano, a prefeita eleita Lucielle Laurentino (DEM), de 31 anos, enfrentou resistência. "Subestimam a renovação, falam que é coisa de sonhador, de jovem. Num município pequeno, há vícios na política, como a compra de votos", diz Lucielle, que é associada a RenovaBR, Raps, Acredito e Vote Nelas.

 

'Quantidade não é qualidade'

Candidata a vereadora de São Paulo pelo Cidadania, Malu Molina teve apoio de uma das principais nomes ligados à renovação em 2018, a deputada federal Tabata Amaral - mas não foi o suficiente. Malu recebeu mais de 8 mil votos e não se elegeu. Para ela, que é associada a Raps, Vamos Juntas, Acredito e RenovaBR, a pulverização de candidaturas de movimentos de renovação entre muitos partidos é um problema. O Estadão mostrou que 29 das 33 siglas do País lançaram candidatos egressos de grupos de renovação.

"É um ponto discutir a dicotomia qualidade versus quantidade", diz Malu. "Se somarmos os candidatos de renovação em sua pluralidade, é uma chapa vencedora. Mas minha impressão é que houve uma pulverização desse campo. Cresceu, mas se fragmentou. Não foi tão coeso como em 2018. É importante fortalecer uma frente ampla que traga a discussão política para o centro, que é o campo que a renovação representa."

O cientista político Rafael Cortez, da Tendências Consultoria, afirma que as demandas por renovação perderam intensidade entre 2018 para 2020 e isso se percebe no comportamento do eleitor. Uma das razões é que a ideia de "renovação" pode ter ficado associada a figuras de fora de política e que não necessariamente passaram por algum tipo de preparação.

"Neste ano, há uma rejeição no eleitorado a nomes eleitos em 2018 e que se mostraram como 'renovação'. Governadores afastados, por exemplo (Wilson Witzel, do Rio de Janeiro; e Carlos Moisés, de Santa Catarina). Há ainda uma demanda por renovação, o problema é achar espaço sem o efeito da onda que foi 2016 e 2018."

Para o cientista político Rodrigo Prando, da Universidade Mackenzie, a pandemia afetou esta mudança de tendência no comportamento do eleitorado. "Em todo o Brasil, o cidadão optou dessa vez por ficar nos candidatos conhecidos e que demonstraram experiência. Com a pandemia, as pessoas exigem o conhecimento necessário para tratar deste problema. Por isso, é um voto menos propenso a experimentações e novidades."

Prefeito eleito em Ascurra (SC), Arão Josino (PSD), associado a Agora, Raps e Renova, acredita que a mudança no comportamento de eleitor entre 2018 e 2020 tem a ver ainda com uma expectativa por mais qualidade na política. "Em 2018, queriam a mudança por si só, alguém diferente. Agora, as pessoas buscaram uma renovação com preparo e de preferência com experiência. Num momento como este, a população fica insegura e busca experiência", disse o prefeito eleito, que tem 28 anos.

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