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Figura emblemática no combate à violência contra a mulher, Maria da Penha afirmou, nesta segunda-feira (15), que o país avançou nas políticas públicas destinadas a questões do tipo, mas “ainda falta muito” a ser feito. De passagem pelo Recife, para receber a Medalha do Mérito Judiciário Desembargador Joaquim Nunes Machado Grau Grande Oficial do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), a farmacêutica disse que a interiorização das iniciativas voltadas para a mulher e o investimento na educação sobre ações que incentivem o respeito feminino podem ampliar os resultados da Lei nº 11.340/2006, que Maria da Penha nomeia e completa dez anos neste mês.

“Sabemos da dificuldade que é desconstruir uma cultura. Acredito que nós avançamos, mas ainda falta muito para que aja a desconstrução desta cultura e para que os gestores façam políticas públicas e a lei saia do papel”, frisou, em entrevista coletiva concedida antes da cerimônia. “A sociedade através das suas instituições estão se apropriando da lei, mas ainda falta muito. Por exemplo: interiorizar as políticas públicas que estão presentes nas capitais. A mulher, na maioria dos pequenos e médios municípios, não tem ao menos um centro de referência que possa orientá-la numa situação de violência doméstica”, acrescentou. 

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Para Maria da Penha, um dos principais meios de reduzir o índice de violência contra a mulher é investir em práticas educacionais a partir do ensino fundamental que conscientizem os cidadãos desde cedo. “Outro compromisso importantíssimo é a questão da educação, para que desde o ensino fundamental seja colocado esta questão do respeito à mulher, para que crianças, jovens e adultos sejam conscientizados. Se o gestor não faz as políticas públicas [voltadas para o perfil] é porque ele não tem consciência da importância da lei para a sociedade equilibrada”, argumentou. 

Dados do Mapa da Violência de 2015 indicam impacto positivo. Enquanto o índice de crescimento do número de homicídios de mulheres no Brasil foi de 7,6% ao ano entre 1980 e 2006, quando a Lei Maria da Penha entrou em vigor, entre 2006 e 2013 o crescimento foi de 2.6% ao ano. Em 2015, a Central de Atendimento à Mulher recebeu 76.651 relatos de violência. Entre esses relatos, 50,16% corresponderam à violência física; 30,33% à violência psicológica; 7,25% à violência moral; 2,10% à violência patrimonial; 4,54% à violência sexual; 5,17% a cárcere privado; e 0,46% ao tráfico de pessoas.

Sob a ótica dela, “sair da violência doméstica não é fácil, mas não é impossível”. “A facilidade só pode ser dada a mulher através das políticas públicas”, frisou. Já sobre as mudanças que estão em tramitação no Congresso Nacional, entre elas a emenda que dá aos delegados o poder de conceder medidas protetivas as mulheres assim que fizerem as denúncias ela disse que o grupo de Organizações Não Governamentais (ONGs) que idealizaram a legislação é quem deve decidir em consenso sobre o assunto. “Isso tem que ser discutido junto com esta equipe que trabalharam, estudaram e fizeram a lei”, resumiu. 

O britânico Jason Kenny superou neste domingo seu compatriota Callum Skinner na final e revalidou seu ouro da velocidade no ciclismo de pista do Rio-2016.

Kenny, o maior favorito ao ouro, venceu seu rival com registros de 10.164 e 9.916 segundos. O bronze ficou com russo Denis Dmitriev ao bater pela via rápida o australiano Matthew Glaetzer na disputa pelo terceiro e o quarto lugar.

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O Brasil se saiu bem na final da ginástica artística masculina e ganhou duas medalhas na final do solo com Diego Hipolyto e Arthur Nory Mariano que foram respectivamente prata e bronze. O ouro ficou com o britânico Max Whitlock.

Os brasileiros estrearam bem no solo e se mantiveram ao longo da competição com a segunda e a terceira maiores notas. Diego atingiu 15.533 pontos e Arthur 15.433. Já Whitlock marcou 15.633 pontos.

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O pugilista brasileiro Robson Conceição garantiu ao menos a medalha de prata da categoria até 60 kg dos Jogos do Rio. Ele derrotou por decisão unânime dos juízes o favorito cubano Lazaro Alvarez, tricampeão mundial, neste domingo, no Pavilhão 6 de Riocentro. 

O baiano de 27 anos disputará o ouro com o vencedor da luta entre o mongol Otgondalai Dorjnyambuu e o francês Sofiane Omiha, que se enfrentam mais tarde neste domingo. Muito mais agressivo e solto no ringue, Robson dominou a luta inteira e foi merecidamente declarado vencedor pelos juízes, levando ao delírio a barulhenta torcida, que comemorou aos gritos de "é campeão".

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Uma semana depois do início dos Jogos Olímpicos Rio 2016, a China ainda não ocupa a liderança do quadro de medalhas, mas a imprensa e os torcedores permanecem do lado de seus atletas, admitindo que ganhar títulos olímpicos não é mais uma prioridade.

Pela primeira vez desde 2000, a China não conquistou uma única medalha no primeiro dia dos jogos. Em vez de aumentar a pressão, sobretudo oito anos após a excepcional colheita em Pequim 2008, torcedores e autoridades mantêm a expectativa sob controle.

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O país comunista ocupa o segundo lugar no quadro, com apenas 30 medalhas, sendo 11 ouros, bem atrás dos Estados Unidos, que têm 38 medalhas e 16 ouros. Nessa mesma época, nos Jogos de Londres 2012, os chineses já haviam acumulado 18 medalhas de ouro e reinavam no primeiro lugar.

Adotando uma postura inédita, a imprensa oficial optou por estimular seus atletas - em vez de sobrecarregá-los.

"As medalhas não são o mais importante dos Jogos", estampou o jornal "China Daily" na capa, destacando que a "maioria" dos torcedores chineses está aprendendo a apreciar os esportes, mais do que simplesmente ligar para uma luta cega apenas para satisfazer o orgulho nacional.

"Claro que queremos ver nossos atletas ganharem o maior número possível de medalhas, sobretudo de ouro, mas devemos aplaudir e apreciar o desempenho de todos os nossos esportistas, homens e mulheres, visto que dão o melhor de si", completa o jornal.

Trata-se de uma mudança espetacular, em um país onde o Estado considerou o ouro, por muito tempo, como um ferramenta indispensável para a construção da glória nacional, oferecendo carros, apartamentos e polpudos prêmios aos campeões.

As equipes e os dirigentes esportivos eram avaliados em função do número de medalhas conquistadas nas Olimpíadas e nas competições no continente asiático. Já dos atletas que não conseguiam subir ao pódio esperava-se um , em geral feito aos prantos e com pesar.

Agora, mesmo o jornal estatal "Global Times", bastião do sentimento nacionalista, defende que a premiação não importa tanto.

"A confiança do povo chinês não tem mais necessidade de ser alimentada por mais medalhas", ostenta.

Essa mudança de percepção surge no momento em que a classe média, em crescimento constante no país, reluta a enviar seus jovens para as academias esportivas ultraexigentes na esperança de vê-los brilhar no pódio.

Os exemplos de ex-campeões que vivem com dificuldades financeiras, pedindo esmola no metrô em alguns casos, chocaram os chineses, que se questionam cada vez mais sobre o propósito de arriscar dessa maneira o futuro de seus filhos.

Muitos questionam, inclusive, os investimentos feitos pelo país. Segundo dados do governo, o orçamento para a área dos Esportes chegou a US$ 500 milhões em 2016.

Mayra Aguiar garantiu a segunda medalha do Brasil no judô nesta edição dos Jogos Olímpicos. Na disputa do terceiro lugar na categoria até 78 kg, ela superou a cubana Yalennis Castillo, prata nos Jogos de Pequim, em 2008, e repetiu seu resultado dos Jogos de Londres, há quatro anos. Além dela, quem também ganhou medalha para o Brasil na modalidade foi Rafaela Silva, que conquistou o ouro.

Aos 25 anos, Mayra é uma das judocas mais vitoriosas de sua geração. Em sua terceira edição dos Jogos Olímpicos, ela já acumula duas medalhas, os bronzes de Londres, em 2012, e agora, no Rio, neste ano - em Pequim, em 2008, perdeu na primeira luta, quando tinha apenas 17 anos.

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A atleta da Sogipa, nascida em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, tem no currículo ainda quatro medalhas em Mundiais: ouro em 2014, prata em 2010 e bronze em 2011 e 2013. Sem contar os diversos títulos e pódios desde que se profissionalizou com apenas 14 anos, oito após começar a praticar o esporte.

Pelo chaveamento da competição, era esperado que Mayra enfrentasse a norte-americana Kayla Harrison na final. Mas a brasileira tropeçou diante da francesa Audrey Tcheumeo na semifinal e ficou fora da disputa do ouro. No dia de disputa, Mayra iniciou bem superando a australiana Miranda Giambelli em apenas 42 segundos, por imobilização. Depois, enfrentou a alemã Luize Malzahn, quinta do ranking mundial, e venceu por um shido.

A meta da Confederação Brasileira de Judô (CBJ) era superar a campanha dos Jogos de Londres, quando o Brasil conquistou um ouro e três bronzes. A conta ficou apertada agora porque restam apenas Rafael Silva e Maria Suelen Altheman para entrarem em ação. Os outros judocas do País já entraram no tatame e acabaram ficando fora do pódio: Felipe Kitadai, Sarah Menezes, Charles Chibana, Erika Miranda, Alex Pombo, Mariana Silva, Victor Penalber, Maria Portela, Tiago Camilo e Rafael Buzacarini.

As americanas conquistaram nesta terça-feira a medalha de ouro na ginástica artística feminina por equipes nos Jogos Rio-2016, lideradas pela estrela Simone Biles, que começa a fazer história nesta edição.

A medalha de ouro foi a confirmação do título conquistado pelas americanas em Londres-2012 e o terceiro por equipes dos Estados Unidos na ginástica artística feminina.

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A Rússia conquistou a medalha de prata, oito pontos atrás das americanas, enquanto a China levou a medalha de bronze.

Este é o primeiro título olímpico do já impressionante currículo da melhor ginasta do mundo, que aspira conquistar no Rio o recorde de cinco ouros em sua estreia nos Jogos.

O dia foi marcado pelo fim do jejum de medalhas de ouro da França, que conquistou um título no torneio de Hipismo e outro na Canoagem.

Os cavaleiros franceses levaram a primeira medalha de ouro para seu país no Rio ao vencer o concurso completo por equipes no centro de hipismo de Deodoro.

Os franceses somaram 169 pontos para conquistar seu segundo título neste concurso, após o alcançado em Atenas-2004. A Alemanha, campeã olímpica em Londres-2012, ficou com a medalha de prata, após somar 172,80 pontos, enquanto os australianos, que lideravam a classificação após o adestramento e o 'cross country', terminaram com o bronze com 175,30 pontos.

Na prova individual do concurso completo, o alemão Michael Jung também conquistou o primeiro ouro de seu país no Rio, revalidando o título de Londres-2012.

A medalha de prata ficou com o francês Astier Nicolas, e o americano Phillip Dutton levou o bronze.

Na Canoagem, o francês Denis Gargaud obteve o título no C1 slalom, sucedendo seu compatriota Tony Estanguet, três vezes campeão olímpico, inclusive há quatro anos em Londres.

Gargaud superou no pódio o eslovaco Matej Benus, prata, e o japonês Haneda Takuya, bronze.

A atiradora Anna Korakaki deu à Grécia sua primeira medalha de ouro no Rio, na prova de tiro esportivo da pistola a 25 metros.

A grega de 20 anos derrotou a alemã Monika Karsh, prata, por 8-6 no duelo pelo título. A suíça Heidi Diethelm Gerber ficou com o bronze.

No judô, Tina Trstenjak também deu à Eslovênia sua primeira medalha de ouro, com a vitória sobre a francesa Clarisse Agbegnenou na categoria até 63 quilos. A holandesa Anicka Van Emden e a israelense Yarden Gerbi ficaram com o bronze.

Na categoria até 81 quilos, o russo Khasan Khalmurzaev obteve o ouro ao derrotar o americano Travis Stevens. As medalhas de bronze ficaram com o japonês Takanori Nagase e o árabe emirense Sergiu Toma.

As chinesas Chen Ruolin e Liu Huixia conquistaram a medalha de ouro na disputa da plataforma de 10 metros sincronizada dos saltos ornamentais.

Esta é a quinta medalha de ouro olímpica de Chen, igualando a marca estabelecida no domingo pela colega de equipe Wu Minxia.

A prata foi conquistada por Pandelela Rinong e Cheong Jun Hoong, da Malásia, enquanto as canadenses Meaghan Benfeito e Roseline Filion ficaram com o bronze.

No levantamento de peso, a chinesa Deng Wei ganhou o ouro na categoria de 63kg com um recorde mundial, com um total combinado de 262 kg.

A norte-coreana Choe Hyo-Sim conseguiu a medalha de prata (248 kg), enquanto a cazaque Karina Goricheva foi bronze (243 kg).

Deng Wei levantou 115 kg no arranque e 147 kg no arremesso, quebrando em um quilo o recorde de 261 kg da taiwanesa Lin Tzu-chi, que conseguiu essa marca quando conquistou o ouro nos Jogos Asiáticos de Incheon.

O chinês Shi Zhiyong conquistou o ouro na categoria até 69 kg, ao levantar o total de 352 quilos.

O turco Daniyar Ismayilov (351 kg) levou a medalha de bronze e Izzat Artykov (339 kg), do Quirguistão, o bronze.

No torneio de esgrima, o sul-coreano Park Sang-young obteve seu primeiro título de campeão olímpico ao ganhar a final de espada individual por 15-14 diante do húngaro Geza Imre.

A medalha de bronze ficou com o francês Gauthier Grumier.

Violência no Rio

Enquanto nas arenas o esporte segue sem maiores incidentes, nas ruas do Rio os criminosos não se intimidam com o enorme aparato de segurança montado na cidade.

Um ônibus para o transporte de jornalistas credenciados foi atacado na noite de terça-feira perto da Cidade de Deus, mas não ficou claro se foram tiros ou pedras.

"Escutamos dois impactos no lado direito do ônibus, duas janelas se quebraram. Uma pessoa ficou ferida, um repórter de Belarus, na mão, no dedo. A confusão era se eram balas ou pedras", disse à AFP Gastón Sainz, do jornal argentino La Nación.

"Nós nos jogamos no chão e em dois minutos chegou a polícia, parou o ônibus e nos escoltou até o MPC (Centro Principal de Imprensa) com os vidros quebrados".

O incidente aconteceu pouco depois das 20h00 na altura de Curicica, perto da Cidade de Deus.

Na praia de Copacabana, o belga Dirk Van Tichelt, medalha de bronze de judô na categoria até 73 kg, foi agredido na segunda à noite, segundo o Comitê Olímpico Belga.

"O celular de seu parceiro de treino tinha acabado de ser roubado e, quando corria para tentar pegar o ladrão, foi agredido no rosto por outro", contou o diretor de Comunicações do COB, Luc Rampaer.

"Como a polícia estava do lado, ele prestou queixa, antes de ir para um hospital para ser examinado, por precaução, mesmo que não tenho sido nada grave", acrescentou.

Desde os início dos Jogos Olímpicos Rio-2016, várias delegações estrangeiras foram vítimas de roubos e agressões. No último sábado, o ministro português da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, foi atacado e roubado em Ipanema.

O belga Dirk Van Tichelt, medalha de bronze do judô na categoria até 73 kg, foi agredido nesta segunda-feira à noite (8) na Praia de Copacabana, Rio de Janeiro, anunciou o Comitê Olímpico Belga nesta terça-feira (9).

"O celular de seu parceiro de treino tinha acabado de ser roubado e, quando corria para tentar pegar o ladrão, foi agredido no rosto por outro", contou o diretor de Comunicações do COB, Luc Rampaer.

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"Como a polícia estava do lado, ele prestou queixa, antes de ir para um hospital para ser examinado, por precaução, mesmo que não tenho sido nada grave", acrescentou.

Van Tichelt voltou hoje à Arena Carioca 2 para tirar fotos com a medalha e... com seu olho roxo.

Desde os início dos Jogos Olímpicos Rio-2016, várias delegações estrangeiras foram vítimas de roubos e agressões. No último sábado (6), o ministro português da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, foi atacado e roubado em Ipanema.

O brasileiro Robson Conceição venceu por nocaute técnico o pugilista Anvar Yunsov, do Tadjiquistão, nesta terça-feira, na categoria até 60 kg do boxe nos Jogos Olímpicos Rio-2016.

Com a vitória, o brasileiro avançou às quartas de final. Em caso de novo triunfo, Robson já terá uma medalha garantida, pois no boxe olímpico os dois derrotados nas semifinais levam o bronze.

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O baiano de 27 anos, que está em sua terceira Olimpíada e foi vice-campeão mundial em 2013 e terceiro colocado no Mundial de 2015, enfrentará na próxima fase o uzbeque Hurshid Tojibaev, no dia 12 de agosto.

O combate desta terça-feira foi mais rápido do que se esperava. Com as arquibancadas do Pavilão 6 do Riocentro apenas parcialmente ocupadas, Robson entrou no ringue aos gritos de "Brasil" e com os torcedores batendo os pés nas estruturas de metal da arena.

Para Yunsov a torcida reservou o já tradicional "uh vai morrer" com que recebe os rivais dos brasileiros nos Jogos Olímpicos.

Robson procurou a luta desde o início, enquanto o tadjique tentava apenas ganhar tempo. Nos últimos segundos do primeiro round, o brasileiro conseguiu levar o rival para as cordas e aplicou uma série de golpes, para delírio da torcida.

O brasileiro venceu o round por 30 a 27, segundo os juízes. No momento em que o segundo assalto deveria começar, Yunsov informou que não continuaria na luta. O nocaute técnico foi anunciado, para grande felicidade do técnico.

De acordo com Mateus Alves, um dos técnicos da seleção brasileira de boxe, a equipe brasileira já havia percebido, com a ajuda da análise de vídeo, que na primeira luta nos Jogos Olímpicos, Yunsov utilizou apenas o braço esquerdo a partir do segundo round.

"Venho me preparando há muitos anos, treinando forte, sofrendo muito nos treinos, apanhando dos garotos lá na Bahia. Essa experiência, o sofrimento todo, trabalhando para ser recompensado com as vitórias", disse Robson.

O brasileiro já enfrentou duas vezes o seu próximo rival, Tojibaev, com uma vitória para cada lado. "A próxima luta vai ser muito difícil, estamos empatados. Ele ganhou na liga APP, que é uma liga profissional e eu ganhei na final do evento teste aqui no Rio de Janeiro. Agora vamos para o desempate, mas estou mais treinado do que nas últimas duas vezes", comentou.

"É uma inspiração a mais seguir o exemplo da Rafaela, que ganhou a medalha, uma menina que é da favela, assim como eu, veio debaixo como eu, batalhou bastante. É uma inspiração a mais para conseguir a medalha que ela tem também, que é a medalha de ouro", assinalou.

O boxe brasileiro chegou aos Jogos Rio-2016 cercado de grande expectativa, depois do grande resultado obtido em Londres-2012, com três medalhas: a prata de Esquiva Falcão (75 kg) e os bronzes de Yamaguchi Falcão (81 kg) e Adriana Araújo (60 kg).

Considerado uma das principais chances de medalha do judô brasileiro nos Jogos do Rio, Victor Penalber sofreu uma grande decepção nesta terça-feira, ao ser eliminado nas oitavas de final da categoria até 81kg, com uma derrota por ippon para Sergiu Toma, dos Emirados Árabes Unidos.

O carioca de 26 anos nunca conseguiu se impor na luta e levou dois wazaris, o que configurou o ippon. Ele até conseguiu marcar um yuko depois do primeiro wazari, mas não foi suficiente para reverter o prejuízo, apesar dos gritos de "vamos virar Victor!" nas arquibancadas.

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Na estreia, Penalber tinha vencido com facilidade o moçambicano Marlon Acácio, por estrangulamento.

No ano passado, ele tinha sido o único brasileiro a conquistar medalha no Mundial de Astana, quando faturou o bronze.

De origem moldava, Toma também conquistou um bronze em Mundial, em 2011, em Paris, quando ainda competia pelo seu país de origem.

O ministro dos Esportes da Rússia, Vitali Mutko, demonstrou nesta terça-feira seu apoio à nadadora Yulia Efimova, um dia após ela conquistar uma medalha de prata, apesar da hostilidade que encontrou por parte do público e dos rivais devido a seu passado ligado ao doping.

Efimova, de 24 anos, que venceu uma apelação ante o Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) para poder competir no Rio, foi vaiada quando entrou na piscina e não pôde evitar as lágrimas depois de ser batida pela adolescente americana Lilly King na final feminina dos 100 metros peito.

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"Acho que isso só prova que você pode estar totalmente limpa e ainda chegar ao topo", disse King após sua vitória, depois de ter criticado mais cedo Efimova.

A Rússia, enquanto isso, tenta apoiar seus atletas, depois de escapar de uma sanção após a publicação do relatório McLaren, que fala de um sistema de doping de Estado neste país.

"Yulia é, sem nenhuma dúvida, uma boa menina", afirmou Mutko à agência R-Sport.

"Depois de sofrer este terrível pesadelo, mostrou caráter, vontade e coragem, apesar, como pudemos ver, das provocações", disse o ministro.

King havia criticado Efimova anteriormente, deixando claro que a russa não deveria estar no Rio de Janeiro, depois de ter cumprido uma suspensão de 16 meses após um positivo em 2013, sendo reincidente neste ano por meldonium.

À nadadora americana se uniram em suas críticas o também americano Michael Phelps e outros nadadores, que pediram ações mais duras para atletas com passado ligado ao doping.

Phelps afirmou que "isso parte o coração", após a controvérsia sobre estes atletas que deram positivo previamente e que estão no Rio.

Depois de dar positivo para meldonium neste ano, Efimova foi suspensa e readmitida duas vezes em um caso confuso, que foi resolvido com a autorização para competir nos Jogos do Rio no último minuto, junto a outros seis nadadores russos que receberam resultado positivo no passado ou apareciam citados no relatório McLaren.

A Rússia afirma que foi punida injustamente e Mukto disse que atletas de outros países puderam competir, apesar de sanções por doping.

"É surpreendente que torcedores de alguns países, que têm cinco ou dez casos de doping por violações do regulamento muito mais sérias, não tenham vaiado seus atletas", disse o ministro.

A judoca brasileira Rafaela Silva derrotou, nesta segunda-feira (8), a atleta Dorjsürengiin Sumiya, da Mongólia, na final na categoria até 57 quilos feminino. É a primeira medalha de ouro do Brasil nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Com um wazari sobre a oponente, Rafaela conquistou 10 pontos e soube administrar a luta até o final, com o apoio da torcida brasileira.

Nas disputas de hoje (8), Rafaela já havia vencido a romena Corina Caprioriu, a alemã Myriam Roper, a sul-coreana Kim Jandi e a húngara Hedvig Karakas. A portuguesa Telma Monteiro venceu por um yuko a romena Corina Caprioriu e ficou com a medalha de bronze.

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Rafaela Silva é carioca, tem 24 anos, e cresceu na comunidade Cidade de Deus. Começou a praticar judô com 5 anos, em uma academia na rua de sua casa. Aos 8 anos, entrou no Instituto Reação, no Rio de Janeiro.

Em 2011, ganhou a medalha de prata nos Jogos Pan-americanos de Guadalajara, no México e, em 2015, conquistou a de bronze no Pan de Toronto. Também foi foi vice-campeã mundial em Paris 2011. Na Olimpíada de 2012, em Londres, Rafaela foi desclassificada pelos juízes na segunda rodada por um golpe ilegal. Rafaela conquistou a medalha de ouro no Mundial de Judô de 2013, prata no Mundial de 2011 e bronze no World Masters de 2012.

A avó de 84 anos do levantador de peso tailandês Sinphet Kruaithong, ganhador no domingo (7) da medalha de bronze na categoria 56 kg nos Jogos do Rio, morreu por causa de um ataque cardíaco enquanto comemorava a conquista.

Subin Kongthap morreu enquanto acompanhava a prova do neto pela televisão.

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A polícia da província rural de Surin não sabe dizer ainda se ela morreu de emoção ou se estava doente.

Durante uma entrevista à imprensa local antes da competição, a avó do atleta declarou que amava muito seu neto e estava feliz por ele ter ido competir no Rio.

Sinphet Kruaithong é o segundo esportista tailandês a ganhar uma medalha no Rio, depois do ouro de Sopita Tanasan, de 21 anos, no sábado, também no levantamento de peso, categoria 48 kg.

João Gomes Jr e Felipe França representaram o Brasil na final dos 100 m peito dos Jogos do Rio, mas não saiu a medalha tão sonhada, em prova dominada pelo britânico Adam Peaty, que conquistou ouro e quebrou seu próprio recorde mundial.

João Gomes Jr ficou em quinto, com tempo de 59 segundos e 31 centésimos, melhorando em nove centésimos seu tempo da semifinal, e Felipe em sétimo, em 59.38. Peaty completou a prova com o tempo de 57.13 segundos, mais de 40 centésimos mais rápido do recorde registrado no sábado (57.55).

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O sul-africano Cameron van der Burgh conquistou a prata (58.69) e o americano Cody Miller levou o bronze (58.87). Com 21 anos, Peaty disputa sua primeira Olimpíada, depois de vencer três provas no Mundial de Kazan em 2015 e quatro no Campeonato da Europa, em Londres, este ano.

Os 100 metros peito eram sua única prova na natação dos Jogos Rio-2016.

O calor da torcida brasileira pode se tornar uma grande ajuda para as meninas do basquete feminino. A seleção estreia nos Jogos do Rio neste sábado (6), às 17h30, diante da Austrália. E o que não vai faltar em quadra é muita raça e força de vontade. Pelo menos é o que garantiu a armadora Adrianinha, de 37 anos, em entrevista exclusiva ao LeiaJá.

Mostrando muita confiança, a atleta da UNINASSAU/América falou de várias situações que permeiam os Jogos. Expectativa, família, torcida, medo do terrorismo e sonho da medalha olímpica foram alguns assuntos que marcaram a entrevista. Veja no vídeo tudo que Adrianinha revelou ao repórter Renato Torres:

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--> Lista: os 10 brasileiros que fizeram história nos Jogos

Chegou o dia. Neste 5 de agosto serão abertos oficialmente os Jogos Olímpicos de 2016, realizados no Rio de Janeiro. A primeira Olimpíada realizada no Brasil é também pioneira nas Américas do Sul e Central: a única edição dos Jogos realizada em toda a América Latina foi na Cidade do México (único país latino da América do Norte), em 1968.

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Sete anos após o anúncio do Rio como a cidade-sede dos Jogos Olímpicos de 2016, finalmente se inicia nesta noite o maior evento esportivo do planeta, reunindo 11.402 atletas, que disputam 39 modalidades esportivas em busca da sonhada medalha olímpica, símbolo maior da superação e ápice de uma vida dedicada ao esporte.

Anfitrião, o Brasil chega ao Rio-2016 com a maior delegação de sua história, com 465 atletas, número que supera largamente o recorde de participação anterior de 277 competidores, nos jogos de Pequim-2008. A esperança é bater o recorde também no número de medalhas e superar as 17 (3 ouros, 5 pratas e 9 bronzes) conquistadas em Londres-2012.

Cobertura completa

O Portal LeiaJá preparou uma cobertura especial para o Rio-2016. A agenda completa de eventos, o quadro de medalhas, as estatísticas, previsões, análises e notícias sobre tudo o que envolve os Jogos Olímpicos estarão atualizadas em tempo real no hotsite especial LeiaJá Rio-2016, numa parceria com a agência AFP. De maneira interativa, é possível navegar por todas as informações, modalidades, recordes olímpicos e previsões de medalhas, além de saber todas as atividades esportivas e cerimoniais dos Jogos.

Direto do Rio de janeiro, os repórteres Areli Quirino e Alexandre Cunha acompanham toda a movimentação em torno do maior evento esportivo do mundo. Os personagens, o clima na cidade, a mobilidade urbana, os protestos, os eventos culturais e tudo que envolve a Olimpíada em conteúdos exclusivos, multimídia, transmissões ao vivo e muito mais você confere no LeiaJá.

Joaldo Diniz, CEO do portal, ressalta as parcerias para a melhor cobertura jornalística do Rio-2016: "No ano em que o LeiaJá comemora 5 anos, é importante renovar a parceria de sucesso com a AFP, que já fizemos na Copa do Mundo de 2014 e na Copa América, além de reforçar nossa parceria e atuação junto ao Portal iG. A expectativa é poder fazer a cobertura mais completa possível da Olimpíada para levar ao nosso leitor a informação por todos os ângulos".

Até chegar à abertura oficial dos Jogos, muitas foram as notícias, promessas e polêmicas na preparação do Rio de Janeiro para receber o evento. "A cobertura dos Jogos Olímpicos começou há mais de quatro anos, com todo o acompanhamento das obras, movimentações políticas e eventos relacionados e chega ao seu ápice durante os intensos dias de Olimpíadas e Paralimpíadas", ressalta o editor-geral do LeiaJá, Eduardo Cavalcanti.

Se o trabalho começou há muito, a partir desta sexta (5) ele será intensificado. Além de toda a cobertura factual das competições esportivas e tudo o que envolve os Jogos, o LeiaJá preparou uma série matérias especiais exclusivas, para você saber tudo o que precisa sobre o maior evento esportivo do planeta. Confira tudo que você precisa saber sobre os Jogos Olímpicos do Rio-2016.

O Brasil é o país do futebol, certo? Se o tema em questão for Jogos Olímpicos, a resposta será negativa. Na verdade, se forem consideradas apenas as medalhas de ouro, a seleção canarinho é apenas a 21ª melhor do mundo. Mais difícil do que digerir tal afirmativa é não cobrar da nova geração uma mudança nesse quadro. A pressão para a geração liderada por Neymar é imensa e o craque vai precisar superar a desconfiança para guiar seus companheiros ao ouro inédito no Rio-2016.

Camisa pesada

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O futebol foi o segundo esporte coletivo incorporado às Olimpíadas. Em Paris, 1900, foi disputado o primeiro torneio do esporte bretão, que chega a sua 27ª edição em 120 anos de jogos olímpicos. Nesse tempo todo, 16 países conquistaram o ouro entre os homens. Entre eles, Hungria, Bélgica, Nigéria, Camarões, República Tcheca e a extinta Iugoslávia, países com pouca tradição em Copas do Mundo.

Some o título desses países aos momentos que o Brasil não conquistou o ouro e você vai ter apenas um resultado possível: pressão. Nenhuma palavra define melhor o que os jovens atletas do Sub-23 encaram sempre que vestem a amarelinha em Olimpíada. Em 2016 não será diferente, não bastassem as cobranças por um título que ainda não aconteceu, a equipe de Neymar entra nos Jogos como favorito para a conquista, o que só aumenta o peso da camisa, já bastante pesada desde o 7 a 1 sofrido na Copa do mundo do Brasil contra a Alemanha.

Em 1996, o Brasil parou esbarrou na Nigéria (Divulgação/COI)

Os craques sem títulos

É difícil entender o que acontece com o país que domina o futebol nas copas quando disputa os Jogos. O Brasil foi três vezes medalha de prata (1984, 1988 e 2012) e levou o bronze em outras duas oportunidades (1996 e 2008). Nos times vice-campeões figuravam grandes craques como Romário, Bebeto, Mazinho, Careca, Taffarel, Dunga, Mauro Galvão e, mais recentemente, Neymar, Lucas Moura, Marcelo e Thiago Silva. O time de 1996, por exemplo, bronze em Atlanta, entrou dois anos depois de a equipe principal vencer sua quarta Copa do Mundo, nos EUA, em 1994. Mas se as seleções em que estavam surgindo craques não conseguiram vencer, por que no Rio-2016 seria diferente? A explicação para tal está no contexto em que chegam às Olimpíadas.

Messi não irá disputar a olimpíada do Rio (Divulgação/AFA/Facebook)Adversários 'desarmados'

Além do fator casa, já que o Brasil nunca havia sediado uma edição dos jogos, e dessa vez os principais adversários entram com times mais desfalcados. Os maiores craques da atualidade, Cristiano Ronaldo (POR) e Messi (ARG), sequer virão ao Rio de Janeiro. O português por conta de uma lesão sofrida na final da Eurocopa; o argentino, por opção.

Outra candidata ao título que não terá força total é a Alemanha. Os atuais campeões mundiais optaram por apostar em suas jovens promessas, que já têm se destacado nos clubes nacionais. O México, que ficou com o ouro contra o Brasil em Londres-2012, vem com um time bem diferente. Mas o carrasco da amarelinha, Peralta, é presença garantida. Correndo por fora, a Colômbia não terá James Rodriguez, Cuadrado ou Jackson Martínes nos jogos. Teófilo Gutiérrez e Miguel Borja, algoz do São Paulo na Libertadores, são os nomes mais fortes para a disputa.

Neymar é a esperança do Brasil para conquista o ouro (Divulgação/CBF/Facebook)

Grupo forte

O elenco da seleção canarinho já sai na frente do restante por conta da presença de Neymar. De longe o maior craque na competição, o camisa 10 terá as companhias de jovens atletas que já são protagonistas em seus clubes, inclusive os que jogam na europa. Marquinhos (PSG), Felipe Anderson (Lazio) e Rafinha Alcântara (Barcelona) são fortes nomes para brilhar na Rio-2016. Além dos que jogam no exterior, o Brasil conta com os favoritos que atuam na liga nacional e já tem mostrado muita personalidade. Douglas Santos, Rodrigo Caio, Thiago Maia, Gabigol, Luan e Gabriel Jesus já se destacam no Brasileirão e também devem se destacar durante os jogos.

Seleção olímpica tem elenco forte para os jogos (Paulo Uchôa/LeiaJáImagens)

'Chance de ouro'

Com um tempo de preparação maior, jogando em casa, tendo o maior craque da competição e em um grupo mais fraco e longe da chave dos principais adversários, o Brasil tem tudo para fazer uma bela campanha. Com o sorteio das chaves, a seleção não encontrará Alemanha, Portugal, México ou Argentina até a semifinal do torneio.

Em um grupo com Iraque, Dinamarca e África do Sul, espera-se que a classificação em primeiro lugar seja relativamente tranquila. Neste momento, resta ao público brasileiro acompanhar os jogos e torcer para que os atletas da amarelinha consigam fazer história, de preferência, sem repetir os desempenhos passados. Ao menos, os resultados olímpicos.

A medalha de prata da ex-pivô da seleção brasileira de basquete Claudia Pastor na Olimpíada de Atlanta, em 1996, costumava ficar em uma estante na sala de sua casa. Prestes a embarcar para a França, onde seu filho, Maurílio, será submetido a uma cirurgia no hipotálamo, Claudia decidiu leiloar a honraria para arcar com os custos da internação.

Segundo a ex-atleta, a decisão não deixou espaço para tristeza, pelo contrário, a campanha realizada com amigos e familiares para financiar a viagem deslanchou e a esperança só cresceu.

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“A exposição atraiu pessoas que se sensibilizaram e, com certeza, depois de tudo isso, a campanha deslanchou. Ainda falta bastante para fechar os valores que eu preciso, mas hoje tenho hoje cerca de 40% do valor. Estou muito confiante", comemora Claudia.

A medalha já está com a casa de leilão e receberá lances, pela internet, no dia 7 de abril: "Eu enxergo ali [na estante da sala] o espaço da minha vitória. Não tem espaço para tristeza, nem pra lamentação. Só tem espaço para esperança. É a esperança que está no lugar dela [medalha].”

Com 44 anos, Claudia vive em Americana, no interior de São Paulo, onde é servidora pública no Tribunal Regional do Trabalho. Casada e mãe de Maurílio, ela conta que o filho começou a ter convulsões antes mesmo de completar um ano de idade. O diagnóstico foi concluído apenas aos 12 anos, com a notícia de que as convulsões, que chegavam a ocorrer sete vezes por dia, eram causadas por um hamartoma hipotalâmico, uma espécie de tumor contra o qual "nada podia ser feito" sem o risco de problemas maiores, segundo Claudia.

Tratamento na França

Após o diagnóstico, a ex-atleta conta que voltou de Campinas para sua cidade em prantos, mas, em uma busca na internet, encontrou uma mãe que, após passar pela mesma situação, descobriu uma equipe médica na França que realizava a cirurgia com segurança.

Em junho do ano passado, Claudia e Maurílio foram para o país europeu em busca do procedimento médico. Com o tratamento, o número de convulsões havia caído para três ou quatro por dia, e, após a cirurgia, passou a ser uma ou duas vezes. No entanto, os médicos constataram a necessidade de uma nova cirurgia, e o tempo recomendável para o procedimento é de seis a nove meses após a primeira intervenção.

Com a reviravolta, em menos de um ano, a servidora pública precisou se reorganizar para ir novamente a Paris. Da primeira vez, os custos médicos foram de R$ 70 mil. Agora, com a desvalorização do real, Claudia calcula que precisará de R$ 90 mil para pagar pela internação e a cirurgia, sem contar imprevistos ou eventual tempo extra no hospital.

"Preciso pelo menos me aproximar desse valor, porque o pagamento tem que ser feito antes da cirurgia. A gente vai manter um tempo para que as pessoas continuem ajudando, mas espero que o leilão garanta um valor razoável", conta ela, que vai embarcar para Paris na sexta-feira da semana que vem, porque os exames pré-operatórios terão início no dia 5 de abril e a cirurgia está marcada para o dia 13.

Campanha

Além do leilão da medalha olímpica, a campanha tem uma rifa organizada com a ajuda de amigos - incluindo parceiras da seleção feminina de basquete que foi a Atlanta. As colaborações podem ser depositadas em uma conta bancária aberta em nome de Maurílio Josef, na Caixa Econômica Federal (agência 2156, conta poupança nº33.800-8, CPF 493.993.218-43).

A campanha está sendo divulgada no Facebook e Claudia também disponibilizou e-mail (laudiapastorcampanha@gmail.com) e telefone para contato: (19)99661-8971.

Antes de colocar a medalha em leilão, Claudia mobilizou amigos e pessoas mais próximas, mas percebeu que a ajuda não seria o bastante. “Pensei: para resolver a questão da saúde dele, tenho que abrir mão do que eu tenho de mais valioso. O que eu tenho? Não é uma casa valiosa nem um carro valoso. Da minha vida esportiva, o que é mais valioso é a medalha de prata. Estou praticando o desapego de um objeto, que é a medalha, por algo maior, que é a saúde do meu filho.”

A medalha do Prêmio Nobel de Medicina entregue em 1963 ao professor de Cambridge Alan Lloyd Hodgkin por seu revolucionário trabalho sobre o sistema nervoso central foi vendida por quase US$ 800 mil em um leilão. De ouro 23 quilates, a medalha dada ao hoje falecido Lloyd Hodgkin foi adquirida por um colecionador privado anônimo na quinta-feira à tarde, informou a casa de leilões Nate Sanders.

Com um retrato de Alfred Nobel em uma das faces e com o nome do agraciado na outra, a moeda foi oferecida com o preço inicial de US$ 450 mil e acabou sendo vendida por US$ 795,614 mil. Desde o início de 2014, cerca de dez medalhas de prêmios Nobel foram leiloadas.

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No ano passado, a medalha do Nobel da Paz entregue em 1936 ao argentino Carlos Saavedra Lamas foi vendida por 1,16 milhão de dólares. Até o momento, o recorde em leilão é da Medicina. O americano James Watson, Nobel em 1962 pela descoberta da estrutura do DNA, obteve US$ 4,76 milhões, ao vender sua medalha em 2014.

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) confirmou que o quadro de medalhas do País nos Jogos Pan-Americanos de Toronto pode sofrer alterações. Um medalhista de ouro da competição foi pego no exame antidoping e quando a informação for oficializada um atleta brasileiro, que foi prata na disputa, herdará a medalha de ouro.

A entidade não pode passar mais detalhes do caso porque só quem pode divulgar a informação é a Organização Desportiva pan-americana (Odepa), que ainda vai se reunir para debater o assunto. "Não posso dar detalhes do caso, já falei até demais", comentou Marcus Vinicius Freire, diretor executivo de esportes do COB.

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O Brasil conquistou 40 medalhas de prata no Pan, sendo que 22 delas foram em provas individuais. Assim, o ouro poderia sair do atletismo, canoagem, judô, patinação, remo, vela, tiro esportivo, natação, tênis de mesa ou levantamento de peso. Com isso, o número total de medalhas não mudaria: continuaria em 141, mas sendo 42 de ouro, 39 de prata e 60 de bronze.

Segundo Eduardo de Rose, presidente da Comissão Médica da Odepa, o prazo para divulgação dos resultados pode chegar a quase um mês. "O laboratório conclui os exames até o fim da semana que vem. Aí é necessário mais uma semana para dar sequência a eventuais resultados e outra para a Odepa informar se houve mais violações da regra do doping", explicou, garantindo que não tem informações sobre qual modalidade houve o teste positivo.

A estimativa inicial da Odepa era realizar 1.500 exames antidoping nos atletas. Todos os casos que forem flagrados durante o Pan serão encaminhados à Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) e às respectivas federações esportivas, já que não cabe à Odepa suspender os atletas flagrados. De acordo com seu estatuto, a entidade apenas tem o poder de excluir os envolvidos das competições que organiza.

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