Tópicos | minuta

O Ministério da Defesa chegou a preparar uma minuta prevendo a adoção de uma GLO (Garantia da Lei e da Ordem), que autorizava o uso das Forças Armadas, no dia 8 de janeiro deste ano, quando aconteceu a invasão das sedes dos três Poderes, em Brasília. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo.

Segundo o documento, as tropas poderiam atuar na Esplanada dos Ministérios que havia sido tomada pelos bolsonaristas que defendiam um golpe de Estado contra o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

##RECOMENDA##

A minuta do GLO foi encontrada no e-mail do capitão de fragata da Marinha Elço Machado Neves, da Chefia de Operações Conjuntas do Ministério da Defesa, e está entre os documentos obtidos pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos do 8 de janeiro no Congresso Nacional, por meio da quebra de sigilo telemático do militar.

A minuta da GLO previa a atuação das Forças Armadas de 8 a 10 de janeiro, em uma área que seria delimitada posteriormente.

De acordo com a legislação, apenas o presidente pode autorizar uma GLO. Lula não assinou a minuta e no mesmo dia foi decretada uma intervenção federal na segurança do Distrito Federal.

Na época, Lula chegou a dizer que uma GLO resultaria em golpe. “Se eu tivesse feito GLO eu teria assumido a responsabilidade de abandonar minha responsabilidade. Aí sim estaria acontecendo o golpe que essas pessoas queriam. O Lula deixa de ser governo para que algum general assuma o governo. Quem quiser assumir o governo, dispute a eleição e ganhe. É por isso que eu não fiz GLO”, disse. 

A relatora da CPMI do 8 de Janeiro, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), disse nesta segunda-feira (25) que a expectativa é aprovar, na terça-feira (26), requerimentos relacionados a uma reunião em novembro 2022 em que o então presidente Jair Bolsonaro teria discutido a possibilidade de um golpe com comandantes das Forças Armadas.  A ideia é ouvir os então comandantes da Marinha, almirante Almir Garnier; do Exército, general Freire Gomes; e da Aeronáutica, brigadeiro Baptista Júnior. 

"Temos que ouvir os comandantes das Forças Armadas. Eles tiveram papel central nesse debate. Estamos entrando para uma reta final. As informações que chegam são absolutamente graves. É vital que possamos ouvir os três comandantes nessa reta final", disse Eliziane após reunião da base governista.

##RECOMENDA##

O suposto encontro foi relatado por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, em delação premiada. À Polícia Federal, Cid disse que o almirante Almir Garnier teria manifestado apoio a um plano golpista. 

A senadora também defendeu a aprovação de requerimentos de quebras de sigilo de suspeitos de financiar o ataque aos Três Poderes.

A entrevista coletiva ocorreu poucas horas depois que o ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu que o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno deve comparecer à CPMI do 8 de Janeiro, mas não será obrigado a responder as perguntas. A reunião para ouvir o ex-ministro está marcada para esta terça-feira (26), às 9h. 

Habeas Corpus

A defesa de Augusto Heleno havia pedido para ele ser dispensado de comparecer, alegando que o general foi convocado a depor como testemunha, mas é alvo de acusações nos requerimentos de convocação e, portanto, deveria ser tratado como investigado.

Zanin, contudo, entendeu que Heleno falará como testemunha com direito ao silêncio e com a garantia de não autoincriminação diante de perguntas que possam prejudicá-lo. 

Perto do fim

A senadora informou ainda a comissão entrou na reta final e que ela deve entregar o relatório em 17 de outubro. 

*Da Agência Senado

 

A ministra Cármen Lúcia interrompeu o ministro Raul Araújo durante a leitura do seu voto sobre a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e o questionou sobre a centralidade da minuta do golpe na ação contra Bolsonaro.

"Não me pareceu que no voto do ministro relator houvesse nenhuma referência a que este documento, nem de autoria nem de responsabilidade do primeiro investigado (Bolsonaro). Eu, no meu voto, nem uso este dado", afirmou.

##RECOMENDA##

Em seguida, o presidente da Corte, Alexandre de Moraes, reforçou: "o longo voto do relator se baseia na reunião. O fato de ter juntado a minuta golpista em nada afetou", disse.

Moraes deu então a palavra ao relator, Benedito Gonçalves, para que ele esclarecesse a questão. "Não se está apurando aqui a minuta. Foi um reflexo da conclusão, dos efeitos do discurso do efeito da reunião que se apura, no tocante à inverdade das urnas eletrônicas", afirmou Gonçalves.

Araújo deu ênfase em seu voto ao fato de que Bolsonaro não tem responsabilidade sobre a minuta do golpe, encontrada na casa do ex-ministro Anderson Torres. "O fato de o ex-ministro da Justiça ser subordinado ao presidente da República não torna este responsável por atos praticados por aquele", disse. 

O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, presta depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta quinta-feira. Torres será questionado sobre a minuta do golpe encontrada em sua casa. O advogado de Torres, Rodrigo Roca, disse ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) que o ex-ministro responderá às perguntas e não ficará em silêncio.

A minuta do golpe foi incluída como prova na ação que investiga o ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) por abuso de poder na reunião com embaixadores de julho do ano passado. Na ocasião, o então presidente atacou sem provas a integridade do sistema eleitoral. O encontro foi realizado no Palácio da Alvorada e transmitido pelas redes sociais pela TV Brasil.

##RECOMENDA##

O documento foi apreendido pela Polícia Federal no âmbito da investigação que apura suposta omissão de Torres na condução das forças de segurança pública em 8 de janeiro, quando golpistas depredaram a sede dos três Poderes, em Brasília. A minuta propõe o estabelecimento de um estado de defesa no TSE para mudar o resultado das eleições.

Torres também será questionado sobre seu envolvimento na reunião com embaixadores. Isso porque o então ministro da Justiça participou de uma live em julho de 2021 em que o presidente defendeu o voto impresso, atacou o TSE e fez alegações falsas sobre as urnas eletrônicas.

Na live de 2021 e na reunião de 2022, Bolsonaro usou o mesmo inquérito da Polícia Federal para supostamente basear suas alegações.

O TSE também ouvirá nesta quinta os servidores da PF Ivo de Carvalho Peixinho e Mateus de Castro Polastro. Ambos foram convocados antes da live para falar com Bolsonaro sobre o teor do inquérito.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu nesta terça, 14, por unanimidade, manter a chamada minuta do golpe na ação que investiga o ex-presidente Jair Bolsonaro por atacar urnas em reunião com embaixadores. Os ministros referendaram a decisão do ministro Benedito Gonçalves, corregedor-geral eleitoral, que na semana passada rejeitou pedido da defesa de Bolsonaro para excluir o documento.

A defesa do ex-presidente sustentou que não havia como comprovar que o documento já estava lá na data de apresentação da ação, em 19 de agosto, e que a diplomação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria resultado na decadência da ação. A defesa também alegou que o documento é apócrifo e que não há indícios de envolvimento de Bolsonaro.

##RECOMENDA##

A minuta foi encontrada durante operação de busca e apreensão na casa do ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Anderson Torres. O rascunho previa o estabelecimento de um estado de defesa na sede do TSE com o objetivo de reverter o resultado das eleições.

Ao negar o recurso, o corregedor ressaltou que não há exigência, de acordo com a jurisprudência do TSE, de provas "pré-constituídas aos fatos alegados". Ele também ressaltou que "um clima de articulação golpista ainda ronda as Eleições 2022". A situação justifica, segundo o ministro, a inclusão de provas mesmo após a diplomação de Lula.

Gonçalves ainda disse que, para a consolidação dos resultados das eleições, é necessário "averiguar se esse desolador cenário é desdobramento de condutas imputadas a Jair Messias Bolsonaro, então Presidente da República, e a seu entorno. Esse debate não pode ser silenciado ou inibido", escreveu na decisão.

A Corte apura se o ex-presidente cometeu abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação ao atacar o sistema eleitoral em reunião com embaixadores realizada no Palácio do Alvorada em julho do ano passado, e transmitir o encontro pela TV Brasil. O ex-presidente também é investigado em outras 15 Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aijes), mas esta é a ação mais avançada.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve decidir, nesta terça-feira (14), se mantém a minuta de decreto golpista na ação que pode tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível. O documento foi apreendido pela Polícia Federal (PF) na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres na investigação sobre a invasão aos prédios públicos na Praça dos Três Poderes. O rascunho previa uma intervenção no TSE, o chamado "estado de defesa", para anular o resultado da eleição.

O pedido para incluir a minuta no processo foi feito pelo PDT, que também é o autor da ação de investigação eleitoral. O partido acusa Bolsonaro de abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação por convocar uma reunião com embaixadores estrangeiros para espalhar suspeitas infundadas sobre as urnas eletrônicas. O encontro aconteceu em julho do ano passado no Palácio do Alvorada.

##RECOMENDA##

Relator do caso, o corregedor da Justiça Eleitoral, Benedito Gonçalves, atendeu o pedido do PDT e requisitou uma cópia da minuta para anexar ao processo. A defesa do ex-presidente entrou com recurso, alegando que o documento é "apócrifo", mas o ministro manteve o posicionamento e submeteu a decisão ao plenário do TSE.

Os ministros vão decidir se referendam ou não a manutenção da minuta nos autos do processo. A tendência é que o plenário do Tribunal Superior Eleitoral confirme a decisão individual do corregedor. O processo é o terceiro item da pauta.

Além de Benedito Gonçalves, participam do julgamento os ministros Alexandre de Moraes, presidente da Corte Eleitoral, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Carlos Horbach, Raúl Araújo e Sérgio Banhos.

Se o ex-presidente for condenado, ele pode perder os direitos políticos pelo prazo de oito anos, o que o deixaria impedido de disputar novas eleições no período.

O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal Anderson Torres prestou depoimento por cerca de dez horas à Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (2) e negou ter escrito a minuta golpista apreendida na sua casa. Ele também negou ter conversado sobre o documento com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Anderson Torres está preso preventivamente por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) na investigação sobre o papel de autoridades públicas nos atos golpistas na Praça dos Três Poderes.

##RECOMENDA##

O ex-ministro disse que 'não tem ideia' de quem elaborou a minuta e que acredita ter recebido o documento em seu gabinete no Ministério da Justiça.

Quando bolsonaristas invadiram os prédios do STF, do Congresso e do Planalto, no dia 8 de janeiro, Amderson Torres estava de férias com a família dos Estados Unidos. Ele havia sido nomeado há uma semana para comandar a Secretaria de Segurança do Distrito Federal, cargo que ocupava antes de integrar o governo federal, e já havia promovido mudanças na cadeia de comando da pasta e das Polícias Civil e Militar.

A situação do ex-ministro se complicou depois que a Polícia Federal apreendeu a minuta de decreto para Bolsonaro intervir no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e anular o resultado da eleição.

O ex-ministro também precisou explicar por que não trouxe o celular quando se entregou à PF para ser preso preventivamente no último dia 14. Torres disse que perdeu o aparelho quando estava nos Estados Unidos.

O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, prestou depoimento à Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira, 2, e negou ter participado da elaboração da minuta golpista apreendida na casa do ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro Anderson Torres. Ele também concordou em entregar o celular para perícia.

O político afirmou que não tem conhecimento das 'circunstâncias' da elaboração do documento e não soube dizer se houve uma reunião para tratar da proposta de intervenção no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para anular o resultado da eleição.

##RECOMENDA##

Valdemar foi intimado pela PF após tentar minimizar a apreensão da minuta ao declarar em entrevistas que recebeu e descartou propostas de golpe. Em depoimento, ele afirmou que usou uma 'metáfora' ao dizer que 'todo mundo' tinha minutas golpistas em casa.

O presidente do PL disse que esses documentos chegavam até ele sem identificação e pareciam 'mal elaborados', produzidos por pessoas sem 'conhecimento' ou 'experiência'.

O termo de depoimento cita 'três ou quatro' propostas diferentes. Duas delas teriam sido recebidas em 'eventos políticos' e uma entregue em um aeroporto por uma mulher que teria se identificado como advogada.

Ao delegado Jacob Guilherme da Silveira Farias de Melo, Valdemar disse ainda que nunca levou essas propostas a sério e que triturou todas elas para não dar margem a narrativas de que seria a favor de ideias golpistas. Ele também alegou que não se sentia 'à vontade' em manter essas cópias em casa para que ninguém, inclusive familiares, pensassem que ele 'estava tramando alguma coisa'. O político admitiu que não chegou a alertar nenhuma autoridade ou membros do PL sobre o teor das propostas.

Valdemar afirmou ainda que era abordado com frequência por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro que pediam 'providências' sobre a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PL). Ele disse que os bolsonaristas 'radicais' não tem contato com o PL e não participam dos eventos do partido.

O presidente do PL também afirmou que 'nunca duvidou' da segurança das urnas eletrônicas e que só contratou uma empresa para fiscalizar o resultado das eleições por 'insistência' do governo Bolsonaro. O TSE chegou a multar o partido em R$ 22,9 milhões depois que a legenda pediu a anulação dos votos de 279,3 mil urnas eletrônicas alegando que houve 'mau funcionamento' do sistema.

A Polícia Federal (PF) pediu nesta terça-feira, 31, para tomar o depoimento o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, sobre a minuta para decretar estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O documento foi apreendido na casa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, no inquérito sobre os atos golpistas que ocorreram no dia 8 de janeiro na Praça das Três Poderes. A autoria ainda é desconhecida. Torres nega ter escrito o rascunho de decreto.

##RECOMENDA##

O texto previa a intervenção de uma comissão formada majoritariamente por representantes do Ministério da Defesa, além do então presidente Jair Bolsonaro (PL), no TSE. O objetivo seria anular a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O delegado Raphael Soares Astini pediu autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para marcar o depoimento de Valdemar. O ofício cita entrevistas em que o político admitiu ter recebido e descartado propostas golpistas.

"Em recente entrevista a veículos jornalísticos, o Sr.Valdemar Costa Neto, presidente do partido político PL, disse que chegou a receber várias propostas, documentos que supostamente poderiam questionar/alterar no TSE o resultado eleitoral e que teve o cuidado de triturar tais documentos", justificou o delegado.

O TSE chegou a multar o PL, partido de Bolsonaro, em R$ 22,9 milhões depois que a legenda pediu a anulação dos votos de 279,3 mil urnas eletrônicas alegando que houve 'mau funcionamento' do sistema.

As investidas de Valdemar Costa Neto também levaram Moraes, que preside do TSE, a abrir uma investigação na Corregedoria-Geral Eleitoral para verificar se o político usou indevidamente a estrutura do partido para atacar 'tumultuar o regime democrático brasileiro'.

O presidente do PL também foi incluído como investigado no chamado inquérito das milícias digitais, que tramita no Supremo Tribunal Federal e mira a atuação de grupos organizados na internet para espalhar notícias falsas e ataques antidemocráticos.

O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, disse que o presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, pode ser chamado para prestar depoimento na investigação sobre a minuta do golpe encontrada na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres. A declaração foi feita em entrevista à GloboNews.

Na sexta-feira passada, Costa Neto afirmou que recebeu diversas propostas semelhantes à minuta do golpe encontrada em posse de Torres.

##RECOMENDA##

O objetivo do rascunho era instaurar estado de defesa na sede do TSE para alterar o resultado das eleições. "Aquela proposta que tinha na casa do ministro da Justiça, isso tinha na casa de todo mundo", disse ao jornal O Globo.

Questionado sobre a possibilidade de incluir Costa Neto na investigação, Rodrigues disse que qualquer pessoa com conhecimento do caso será chamada na condição de testemunha. "Provavelmente, eu não posso aqui cravar que isso acontecerá, provavelmente ele e qualquer outra pessoa que tiver informação ou relação com os episódios investigados pode ser chamado a ser ouvido na condição de testemunha para poder ajudar a esclarecer os fatos", afirmou à GloboNews.

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Benedito Gonçalves autorizou, nessa segunda-feira (16), a inclusão da minuta apreendida na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres em uma ação de investigação eleitoral contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.  

O pedido de inclusão foi feito pelo PDT no processo aberto na Corte no ano passado para apurar a legalidade do encontro de Bolsonaro com embaixadores para questionar a lisura da votação eletrônica. 

##RECOMENDA##

Na decisão, Gonçalves afirma que a minuta pode ter relação com os fatos investigados no processo. 

“Constata-se, assim, a inequívoca correlação entre os fatos e documentos novos e a demanda estabilizada, uma vez que a iniciativa da parte autora converge com seu ônus de convencer que, na linha da narrativa apresentada na petição inicial, a reunião realizada com os embaixadores deve ser analisada como elemento da campanha eleitoral de 2022, dotado de gravidade suficiente para afetar a normalidade e a legitimidade das eleições e, assim, configurar abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação”, argumentou o ministro. 

Além da juntada da minuta, o ministro deu prazo de cinco dias para a defesa de Bolsonaro se manifestar no processo.

Ainda não há prazo para julgamento da ação, que pode terminar com a condenação à inelegibilidade do ex-presidente. 

A minuta foi encontrada pela Polícia Federal após busca a apreensão realizada na casa de Anderson Torres em Brasília. 

Ao comentar o caso nas redes sociais, antes de se entregar à PF, Torres disse que o documento foi vazado fora do contexto”. 

Em entrevista ao Jornal da Globo, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes disse que a minuta encontrada na casa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, “não revela boa intenção”. A declaração foi feita na madrugada desta sexta-feira (13), após ser revelado que, durante operação policial na casa do ex-servidor, foi encontrada uma minuta, assinada por Jair Bolsonaro (PL), com o objetivo de anular o resultado das Eleições 2022. O documento tem sido chamado de “minuta do golpe”.

“Esse documento suscita uma série de indagações, e não é revelador de boa intenção em relação à preservação dos parâmetros da democracia”, disse Gilmar Mendes. “Tivemos uma sequência de fatos desde 2019, (…) ataques eventualmente ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal, tivemos dois 7 de setembro sempre com esse tom de ameaça aos ministros, xingamentos, e tudo isso faz parte desse caldo de cultura que desaguou no 8 de janeiro, que eu já chamei de o dia da infâmia.”

##RECOMENDA##

O ministro também destacou que a manifestação feita nos acampamentos já era de tom golpista, uma vez que os bolsonaristas defendiam uma intervenção militar: “A manifestação que se fazia nos acampamentos já era antidemocrática. O que as pessoas defendiam era uma intervenção militar, era a quebra, portanto, do Estado de Direito, da ordem democrática. Há, também, muitas confusões nesse contexto, como a de que aquele espaço é submetido à jurisdição das Forças Armadas”.

A minuta estava no armário de Anderson Torres, que teve prisão decretada por suspeita de facilitar, no dia 8, as invasões promovidas por simpatizantes do ex-presidente nos prédios do Supremo Tribunal Federal (STF), Congresso Nacional e Palácio do Planalto, em Brasília.

LeiaJá também

- - > ‘Pacheco diz que minuta é prova do 'risco à democracia'’ 

 

A minuta de decreto presidencial apreendida pela Polícia Federal (PF) na casa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, defende a necessidade de intervenção no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para garantir o "pronto restabelecimento da lisura e correção do processo eleitoral presidencial" de 2022. O texto afirma que elas foram "descumpridas" em "grave ameaça à ordem pública e à paz social". O nome do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece no final do texto.

O decreto de estado de defesa alcançaria, segundo a minuta, todas as dependências da Justiça Eleitoral em que houve tramitação de documentos, tomada de decisões, tratamento de dados e contabilização de votos, no Brasil e no exterior.

##RECOMENDA##

O texto ainda cita a possibilidade de extensão da intervenção aos Tribunais Regionais Eleitorais.

A investigação sobre a conduta do TSE ficaria a cargo de uma Comissão de Regularidade Eleitoral, composta majoritariamente por representantes do Ministério da Defesa, além do presidente da República.

O decreto determinaria, de saída, o levantamento do sigilo de correspondência e de comunicação telemática e telefônica dos ministros do TSE no período que vai do processo eleitoral até a diplomação dos eleitos.

O texto também deixa expresso que, "qualquer decisão judicial direcionada a impedir ou retardar" os trabalhos da comissão "terá seus efeitos suspensos" enquanto durasse o estado de defesa, o que na prática impediria uma reação do Supremo Tribunal Federal (STF).

'Resumo do golpe'

Para investigadores o documento é um "resumo do golpe" que poderia estar sendo engendrado por Bolsonaro. Nas redes sociais, Torres disse que a minuta apreendida pela PF "muito provavelmente" estava em uma pilha de documentos para descarte. "Tudo seria levado para ser triturado oportunamente no MJSP. O citado documento foi apanhado quando eu não estava lá e vazado fora de contexto, ajudando a alimentar narrativas falaciosas contra mim", escreveu.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou, nesta sexta-feira (13), que a minuta do decreto para mudar o resultado das eleições 2022, apreendida pela Polícia Federal (PF) na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, "é a materialização daquilo que apontávamos como risco à democracia". Ele também admitiu que houve "risco de rompimento da ordem democrática do Brasil".

As declarações foram feitas em entrevista ao Jornal da CBN. Além de ex-ministro da Justiça, Torres é ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e foi exonerado pelo então governador Ibaneis Rocha (MDB-DF), também afastado do cargo após os atos golpistas de domingo (8). Torres teve ordem de prisão expedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O ex-secretário está de férias nos Estados Unidos e afirmou que voltará ao Brasil para se entregar à Justiça.

##RECOMENDA##

Questionado, Pacheco se esquivou de responsabilizar Jair Bolsonaro pelos atos antidemocráticos do último domingo e afirmou que conversou com Ibaneis na véspera dos acontecimentos. "O governador Ibaneis foi induzido ao erro, não acredito em cegueira deliberada da parte dele", afirmou o senador.

Pacheco voltou, na entrevista à rádio, a defender que, caso seja reeleito para a presidência do Senado, priorizará a pauta econômica. O parlamentar citou o estabelecimento de um novo marco fiscal, a reforma tributária e as agendas de desburocratização como principais objetivos de uma eventual nova gestão.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder do governo no Congresso, disse há pouco nas redes sociais que pedirá ao Supremo Tribunal Federal (STF) a instauração de inquérito para apurar tentativa de golpe de Estado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e pelo ex-ministro da Justiça Anderson Torres.

Na tarde de hoje, a Folha de S. Paulo informou que a Polícia Federal (PF) encontrou na casa de Torres uma minuta de decreto para que o então presidente Bolsonaro estabelecesse estado de defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De acordo com o rascunho do documento, o objetivo era reverter o resultado da eleição vencida pelo atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

##RECOMENDA##

"ATENÇÃO! Estamos peticionando ao STF pedindo a instauração de um novo inquérito sobre a tentativa de GOLPE de Estado, incluindo o Sr Anderson Torres e o Sr Jair Bolsonaro. Eles não passarão!", afirmou Randolfe.

[@#video#@]

 

Texto preliminar da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição apresentado ontem ao Congresso prevê a retirada do Auxílio Brasil do teto de gastos por tempo indeterminado e permite que o governo gaste em 2023 cerca de R$ 200 bilhões acima do limite previsto para as despesas. O documento, apresentado pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), também cria a possibilidade de ampliar despesas quando houver receitas extras.

Embora o texto não detalhe o valor, o custo do Auxílio Brasil, que voltará a se chamar Bolsa Família em 2023, está avaliado em R$ 175 bilhões - o que contempla o valor do benefício em R$ 600 e os R$ 150 adicionais por criança de até seis anos, promessa feita pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a campanha.

##RECOMENDA##

Durante o dia, antes da apresentação da PEC, o mercado se mostrou apreensivo. O dólar subiu 1,55% - foi a R$ 5,3817 - e a Bolsa fechou em queda de 2,58%.

Se aprovada, a proposta abrirá no Orçamento de 2023 um espaço de R$ 105 bilhões, que é o valor previsto para o programa social do ano que vem. Esses recursos seriam realocados para outras áreas, como a recomposição da verba do Farmácia Popular, o aumento real (acima da inflação) do salário mínimo e a ampliação de investimentos públicos.

O texto prevê ainda a possibilidade de ampliar as despesas com investimentos públicos quando houver receitas extraordinárias - ou seja, quando o governo arrecadar mais do que o previsto -, como royalties de petróleo, por exemplo. A proposta permitiria um gasto extra de R$ 22 bilhões, segundo o relator-geral do Orçamento, Marcelo Castro (MDB-PI). O texto autoriza que as universidades usem receitas próprias como convênios e doações de forma livre, sem a amarra do teto que limita as despesas do governo à variação da inflação.

'Minuta'

Castro, que recebeu o documento, afirmou que o texto levado ao Senado não é a PEC propriamente dita, mas uma "minuta" que será, agora, debatida e formulada pelo Congresso. "A equipe de transição nos trouxe sugestões. Essa PEC será feita pelo Senado", disse Castro.

A expectativa é de que até segunda-feira sejam colhidas ao menos as 27 assinaturas obrigatórias de senadores para que o texto possa ser enviado à Comissão de Constituição e Justiça do Senado e, uma vez aprovado, vá para o plenário da Casa. "Queremos aprovar antes de findar o mês de novembro", disse.

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou que a proposta "vai ser construída a várias mãos". "Cada um sai daqui com um dever de casa. Isso é uma construção política", disse Alcolumbre. Já Alckmin disse que "a recepção foi muito boa" e que o clima é favorável à aprovação do texto até a data limite de 17 de dezembro.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) afirmou nesta quarta-feira, 16, que a minuta da Proposta de Emenda à Constituição negociada pela equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva para viabilizar promessas de campanha foi apresentada esta noite, mas ainda está em negociação e "nem de longe será texto apresentado".

"Recebemos essa minuta, recebemos uma proposta, que a partir de agora vai ser construída várias mãos, por vários senadores que estão dispostos a ajudar e não é ajudar o governo eleito, é ajudar o Brasil", disse após se reunir com o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, que levou a ele e ao relator-geral do Orçamento, senador Marcelo Castro, as sugestões da equipe de transição para a PEC. Segundo Alcolumbre, a minuta também será entregue ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) ainda hoje.

##RECOMENDA##

O senador destacou que Alckmin tem buscado "diálogo com o relator do Orçamento" e exaltou o principal ponto da proposta, que visa excepcionalizar do teto de gastos o Bolsa Família, "Há por parte do governo eleito desejo de proteger pobres com Auxílio de R$ 600 e acréscimo de R$ 150 para criança de até 6 anos", disse.

Ele falou sobre a necessidade de dar celeridade à tramitação da PEC, afirmando ainda a intenção dos senadores - a intenção é que a proposta comece a tramitar pelo Senado - a intenção de construir o texto com a Câmara. Ainda sobre a tramitação, ele afirmou que o regimento será respeitado.

[@#galeria#@]

A Prefeitura do Recife, através da Secretaria de Desenvolvimento e Planejamento Urbano, convocou uma audiência pública na manhã desta quinta-feira (19) para apresentar a minuta do projeto de lei que define o plano urbanístico específico para o Cais José Estelita, Cais de Santa Rita e Cabanga, na Ilha de Antônio Vaz, no centro do Recife. O documento estabelece parâmetros para o uso e ocupação da área.

##RECOMENDA##

O plano específico divide as áreas contempladas em dez zonas. As zonas 1, 3 (setor A) e 6 deverão ser destinadas à implantação de parques públicos, com programas contendo, minimamente, parques infantis, píeres, ciclovias e biblioteca púbica; zonas 2, 5, 7 e 9 (setor A) obriga o uso comercial e de serviço em, no mínimo, 20% do perímetro total do pavimento térreo das edificações. A zona 2, na área do Cais José Estelita, classificada como de renovação urbana, é  voltada para investimentos privados, com gabarito máximo de 137 metros. A minuta também coloca a continuidade da malha viária da Avenida Dantas Barretos e de ligações com o bairro da Boa Vista, visando garantir integração e permeabilidade.

Foram abertas 500 vagas para a sociedade civil participar do encontro, mas poucas pessoas estavam presentes, sendo a maioria delas integrantes ou simpatizantes do Movimento Ocupe Estelita. O horário da audiência foi um dos tantos pontos criticados pelos participantes. Segundo os que se manifestaram, convocar o evento para uma "quinta-feira de cinzas", às 8h30 (o encontro começou às 9h45, mais de uma hora depois do programado), indicava o interesse dos organizadores de que a sociedade não comparecesse.

De acordo com o integrante do Movimento Ocupe Estelita, Leonardo Cisneiros, o plano legitima os projetos privados. “Eles nos enviaram o plano e depois pediram para desconsiderar. Quando enviaram a versão definitiva, retiraram do documento justamente os pontos mais importantes”, comenta. Cisneiros destaca que na versão final foi tirada uma lista com 20 imóveis que deveriam ser preservados e a questão da cota de 10% de moradias sociais para os grandes empreendimentos. 

O representante do Ocupe Estelita também lembrou a reunião do Conselho das Cidades, ocorrida na última quinta-feira (12). “A prefeitura não conseguia responder as perguntas sobre as questões técnicas. Não existia estudo sobre a contagem de carros, saturação das vias, questão da infraestrutura, inflação fundiária...”, citou.

Leonardo Cisneiros também pediu a retirada do artigo 25 do plano, que diz: “Os projetos já aprovados poderão ser licenciados de acordo com a legislação vigente no ato de sua aprovação, podendo ser adequados à presente Lei mediante requerimento do proprietário, inclusive através de pedido de alteração durante a obra”. Para os projetos imobiliários já aprovados, o tópico deixa nas mãos do empresário a decisão de obedecer a minuta.

O artigo 25, inclusive, foi um dos pontos mais criticados durante a audiência. A advogada do Ocupe Estelita, Liana Cirne Lins, também pediu a retirada do trecho. “Com o artigo 25, projeto de lei e nada é a mesma coisa”, ela colocou. O representante do Centro Dom Helder Câmara de Estudos e Ação Social (Cendhec), Alexandre Pacheco, também ofereceu como proposta a retirada do artigo. “É preciso ter coragem para apresentar a minuta do jeito que ela está”, disse Pacheco, provocando o secretário de Desenvolvimento e Planejamento Urbano, Antônio Alexandre, responsável pela apresentação do projeto.

Para o presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco, Roberto Montezuma, o planejamento urbano não está sendo construído de forma acertada. “É preciso fazer o diagnóstico da área, daí criar um plano urbanístico e só então fazer a minuta de lei. Mas apenas possuímos um diagnóstico em processo e uma lei em formação”, explica. Outro que esteve presente na audiência foi o presidente do Sindicato do Comércio Informal do Recife (Sintraci), Severino Souto. “Todo esse processo vai ter intervenção direta com o comércio popular, mas eles não esclarecem onde vai ficar o local para o comércio, não há discussão concreta”, pontua Severino, que contabiliza 6 mil comerciantes informais na área central da cidade. 

O secretário assumiu que a Ilha de Antônio Vaz carece de espaços públicos, mas reforçou que haverá quase 30 hectares de parques públicos. As contribuições apresentadas na audiência serão avaliadas, podendo causar o reajuste da minuta, que ainda precisa ser aprovada na Câmara dos vereadores.

Na semana passada, representantes do Movimento Ocupe Estelita protocolaram um pedido de tombamento do pátio ferroviário do Cais José Estelita no Ministério da Cultura, com base em informações técnicas do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).  Segundo Liana Cirne Lins, a área operacional do Pátio Ferroviário das Cinco Pontas está na iminência de ser incluída como patrimônio cultural ferroviário brasileiro, o que acarretaria em mudanças drásticas no Projeto Novo Recife, que prevê torres comerciais e residenciais no Cais José Estelita.

FORTALEZA (CE) - A Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria de Cidadania e Direitos Humanos (PMPM), lança nesta segunda-feira (8), às 15h, a minuta do Plano Municipal de Políticas para as Mulheres, no Paço Municipal, no Centro.

Segundo a assessoria de comunicação da prefeitura, o objetivo da ação é consolidar as políticas públicas de gênero para a construção de um projeto de sociedade mais justa e democrática.

##RECOMENDA##

O processo de construção do PMPM contou com a participação da sociedade civil, movimento de mulheres feministas e organismos municipais de políticas para as mulheres, por meio das Conferências Municipais de Mulheres e Orçamento Participativo.

A partir da próxima quarta-feira (10), a minuta do PMPM estará disponível no site da Prefeitura de Fortaleza e permanecerá aberta para consulta e contribuições da população fortalezense até o dia 10 de agosto de 2013.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando