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O ministro Tarcísio Vieira, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou há pouco que o tribunal jamais subestimou os impactos desastrosos de notícias falsas no processo eleitoral. "Notícias falsas catapultadas por recursos de alta tecnologia, principalmente em campanhas de curta duração", disse durante entrevista coletiva neste domingo na sede do TSE, em Brasília.

Segundo Vieira, o TSE fez esforços para tornar a eleição de 2018 um ambiente fértil para circulação de ideias e destacou a preocupação da corte com as fakes news que questionam a segurança e confiabilidade das urnas eletrônicas. "TSE está especialmente preocupado com fake news que abalam e colocam desconfiança sobre a votação eletrônica e a justiça eleitoral", disse.

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Presente também à coletiva, o vice-procurador-geral eleitoral, Humberto Jacques, afirmou que as urnas são seguras e não foram violadas. "Em todas as urnas havia um lacre e em nenhuma delas ele foi quebrado ou adulterado", disse.

Estão presentes na entrevista na sede do TSE, além da presidente da corte, ministra Rosa Weber, o ministro Tarcísio Vieira e o vice-procurador-geral eleitoral, o ministro de Segurança Pública, Raul Jungmann; o ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Sergio Etchegoyen; a ministra da Advocacia-Geral da União, Grace Mendonça; o diretor de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal, Elzio Vicente da Silva; e o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Claudio Lamachia.

O candidato à Presidência Fernando Haddad (PT) disse hoje (19) que a Justiça Eleitoral é analógica e está demorando para dar uma resposta ao que caracterizou como crime eleitoral cometido na forma de um “tsunami cibernético”. Ele se referiu à suspeita da existência de um grupo de empresários que financiaria a disseminação de notícias falsas anti-PT.

No Rio de Janeiro para participar de um debate promovido pelo Clube de Engenharia, Haddad ressaltou que o resultado no primeiro turno foi influenciado por essas manobras virtuais, inclusive na eleição para o Congresso Nacional.

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“É uma justiça analógica para lidar com problemas que são virtuais. O que aconteceu no final do primeiro turno já é muito grave, não pelo fato de a campanha presidencial ter sido influenciada, mas muitos parlamentares do novo Congresso, uma parte foi eleita com base nessa emissão de mensagens em massa pelo WhatsApp. Santinhos foram distribuídos em massa, isso custou dinheiro e o dinheiro não foi declarado.”

Calúnia e difamação

Haddad afirmou que a disseminação de fake news é associada aos crimes de calúnia e difamação. “No meu caso é um pouco mais grave, porque além do caixa 2 e da compra de cadastro, duas práticas ilegais, você tem a calúnia e a difamação.”

Para o candidato, a Justiça não pode se omitir diante dos acontecimentos. “Mesmo o santinho é ilegal com campanha em massa, então, vai ter um desequilíbrio daqui pra frente se a Justiça fizer vista grossa para o dinheiro de caixa 2 entrando nos cofres dessas empresas de tsunami cibernético, como eu chamei essas ondas de emissão de mensagens. Na minha opinião, a justiça deveria se debruçar sobre isso inclusive nessa campanha, porque nós estamos a 10 dias do segundo turno.”

Debate

No fim da manhã, Haddad participou de um debate organizado pela Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet), Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), e Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais do Ensino Superior (Andifes).

Ao discursar para a plateia, o candidato disse que o Brasil passa por uma situação tão peculiar que as pautas que permeiam a campanha eleitoral de 2018 são as mesmas das décadas de 1950 e 1970.

“Defender a Petrobras e a CLT era uma pauta do movimento progressista dos anos 50. A mesma elite, com o mesmo sobrenome às vezes, que atacava a Petrobras e os direitos trabalhistas, encontra no meu adversário um representante dos seus anseios, sempre antinacionais e antissociais. Já foi dito que há ricos no Brasil, mas não há uma elite propriamente dita, porque os ricos do Brasil não têm compromisso nem com o território nem o povo. Defendemos também uma pauta dos anos 70, estamos defendendo a Amazônia, a soberania nacional. O meu adversário é entreguista”.

A associação dos engenheiros da Petrobras entregou a todos os candidatos o documento Programa Setorial para as eleições gerais de 2018: Soberania e Desenvolvimento - Energia e Petróleo, no qual defende 18 medidas, como a “reversão da privatização de ativos estratégicos, alteração da política de preços da Petrobras, desenvolvimento de política de conteúdo local e garantia de direito estatal como operadora única do pré-sal”.

Ato de apoio

Após o evento no Clube de Engenharia, Haddad se dirigiu, de carro, ao Buraco do Lume, a 250 metros do clube, onde ocorria um ato em apoio à sua candidatura, com parlamentares do PSOL. Ele discursou rapidamente e disse que é possível conter o tsunami cibernético.

“Nós descobrimos o esquema do Bolsonaro no WhatsApp. Os empresários que estão colocando dinheiro ilegal na campanha dele não vão poder fazer isso na semana que vem porque pode acontecer de a Polícia Federal rastrear e ter alguma prisão. Isso para nós é muito importante”.

Ao lado do deputado federal eleito Marcelo Freixo (PSOL-RJ), Haddad homenageou Marielle Franco, vereadora assassinada em março. “Era uma representante da sua comunidade, uma pessoa que empunhou bandeiras muito importantes para a nossa sociedade.”

O candidato do PT criticou as propostas que visam a armar a população. Segundo ele, há o risco de transformar o país em um Estado miliciano. Ele reiterou que está à disposição para participar de debates.

 

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e o Ministério Público Federal (MPF) em Santa Catarina solicitaram à Polícia Federal (PF) investigação sobre notícias falsas denunciando fraudes em urnas, no sistema de votação e irregularidades da parte da Justiça Eleitoral. Os dois órgãos pedem que a apuração não se limite apenas a episódios em Santa Catarina e abranja também situações em outros estados.

“Precisamos atuar firmemente, a fim de coibir essas nefastas práticas que ofendem não apenas a Justiça Eleitoral, mas, sobretudo, o Estado Democrático de Direito, que está sendo lesado. É preciso agir para restabelecer a paz social, que se viu, e se vê, ameaçada por ações irresponsáveis daqueles que imaginam que seus atos não terão consequências, divulgando, sem checar as fontes e a veracidade das notícias, imagens e áudios”, afirmou o presidente do TRE-SC, desembargador Ricardo Roesler.

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A iniciativa foi motivada pela preocupação dos órgãos com a influência da desinformação sobre a confiabilidade das urnas e da apuração para eleitores. No primeiro turno, circularam vídeos falando de supostas dificuldades na hora de votar para presidente. Tais denúncias foram depois foram desmentidos pela Justiça Eleitoral.

“O mundo vive um déficit de confiança que vem alimentando intolerância, ódio, polarização e populismo, fatos que se refletem neste momento. O direito de manifestação não é absoluto, e não pode servir de instrumento à desestabilização social”, disse o desembargador em documento enviado à Superintendência da Polícia Federal em Santa Catarina.

TSE

O tema das notícias falsas nas eleições ganhou centralidade ao gerar diversas decisões determinando a derrubada de conteúdos enganosos contra candidatos e ao envolver também a própria Justiça Eleitoral, em razão das acusações de fraude. Até mesmo candidatos passaram a colocar em dúvida a lisura da votação.

Na semana passada, o TSE reuniu seu Conselho Consultivo, que não se encontrou ao longo do primeiro turno, para discutir o tema.

A principal preocupação foi a disseminação dessas mensagens pela plataforma WhatsApp. Integrantes do Conselho Consultivo fizeram hoje videoconferência com representantes da empresa para avaliar formas de resposta. O TSE lançou uma página para esclarecer as dúvidas dos eleitores, bem como acusações e suspeitas lançadas ao longo da eleição.

Ontem (15) a presidente do TSE, ministra Rosa Weber, convidou representantes dos dois candidatos à Presidência da República, Fernando Haddad, do PT, e Jair Bolsonaro, do PSL, para uma reunião sobre o fenômeno da difusão de conteúdos falsos no pleito. O encontro estava marcado agendado para esta terça-feira, mas foi adiado a pedido da equipe de Jair Bolsonaro.

 

O Egito aprovou uma lei que impõe regras sobre as redes sociais para combater a propagação de notícias falsas.

A lei, publicada no periódico oficial do país neste sábado, coloca contas de redes sociais com mais de 5 mil seguidores sob supervisão da princial autoridade de imprensa, que pode bloqueá-las se descobrir que elas estão divulgando desinformação.

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Em agosto, o presidente Abdul Fatah Khalil Al-Sisi ratificou uma lei contra crimes virtuais, dando às autoridades poder para bloquear sites que publiquem conteúdos considerados "ameaças à segurança nacional".

A Anistia Internacional criticou as duas leis numa declaração publicada em julho, dizendo que elas "dão ao Estado controle quase total sobre a mídia impressa, online e televisiva".

O Egito tem regularmente prendido jornalistas como parte da repressão à dissidência desde a derrubada do presidente Mohamed Mursi por meio de um golpe militar em 2013. Fonte: Associated Press.

O Facebook começou a avaliar a confiabilidade de seus usuários para saber se deve levar em consideração quando uma pessoa envia à empresa um relatório informando que determinada notícia pode ser falsa. Segundo informações do jornal The Washington Post, o Facebook vê o sistema como uma ferramenta valiosa para eliminar a desinformação.

As classificações de confiança entraram em vigor no ano passado, e foram desenvolvidas como parte da luta do Facebook contra histórias falsas e maliciosas. O Facebook depende, em parte, de relatórios de usuários para flagrar essas histórias em sua plataforma.

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Se um determinado número de pessoas relatarem uma notícia como falsa, um funcionário da extensa equipe de verificação de fatos examinará a veracidade da história. Mas checar todas elas é praticamente impossível. Por isso, a rede social criou o sistema de classificação.

Se alguém relata regularmente as histórias como falsas, e uma equipe de verificação de fatos mais tarde descobrir que as informações realmente não procedem, a pontuação de confiança deste usuário aumentará.

"As pessoas geralmente relatam coisas com as quais simplesmente não concordam", disse a gerente de produto do Facebook para combater a desinformação, Tessa Lyons. Segundo o escritório do Facebook no Brasil, a classificação é utilizada para evitar o uso indevido da ferramenta de denúncia.

"Estamos desenvolvendo um processo para proteger nossa comunidade de pessoas que denunciam de forma indiscriminada conteúdos como sendo falsos na tentativa de burlar as regras da plataforma. Fazemos isso para ter certeza de que nossa luta contra a desinformação seja mais efetiva", afirmou a empresa, por meio de sua assessoria.

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Com a proximidade das eleições neste ano é crescente a preocupação dos especialistas com a distorção, a desinformação, a informação incompleta e enviesada, e as mentiras disseminadas como verdades. Conhecidas pelo termo em inglês fake news, as notícias falsas podem provocar estragos expressivos em candidaturas e alterar os resultados eleitorais.

Com o uso massivo das redes sociais na internet, o perigo é ainda maior, pois os próprios participantes do Facebook ou Twitter, por exemplo, colocam seus dados disponíveis na rede e facilitam o trabalho dos divulgadores de notícias falsas.

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Gustavo Artese, da Information Accountability Foundation – fundação que busca a informação responsável –, explica que, nas redes sociais, os dados são coletados, processados, e é feita uma avaliação do comportamento do usuário para influenciar no processo eleitoral.

“Isso é perigoso. A comparação é com as bombas inteligentes na guerra. Antes, as bombas eram burras. Jogavam a bomba do alto, se acertasse ali, tudo bem. Agora é um ataque muito mais dirigido e efetivo no alvo, que é o eleitor”, afirma.

As redes sociais, conforme observa a pesquisadora em direitos digitais e privacidade Bruna Santos, da Coalizão Direitos na Rede, também colocam o cidadão dentro de uma bolha, onde estão todos aqueles que pensam igual. Segundo ela, as redes sociais se alimentam dessas bolhas porque os algoritmos, depois de um tempo, passam a te dar o conteúdo que eles acham que você quer. 

“Quando você passa isso para o parâmetro da propaganda política, você está empobrecendo e segmentando o debate porque, para mim, passa a vir propaganda política só das pautas de um determinado candidato, possivelmente, pautas que eu goste. Ele não me fornece uma informação completa sobre o candidato”, explica.

Para sair das bolhas de conteúdo das redes sociais, o professor Fábio Gouveia, da Universidade Federal do Espírito Santo, sugere que o cidadão busque informações de fontes diversas.

“As pessoas devem usar informação que não venha só da rede social, mas também do jornalismo tradicional e dos seus espaços de convivência: a igreja, a escola, a comunidade... A lógica que sempre existiu na formação política das pessoas”, acrescenta.

Conteúdos impulsionados

O diretor do Coletivo Brasil de Comunicação Social (Intervozes), Jonas Valente, alerta que, além das notícias falsas, há a publicidade paga e os 'conteúdos impulsionados', em geral mal disfarçados.

“A liberação de conteúdo impulsionado e publicidade paga em plataformas como Facebook e o Google podem ter um efeito tão danoso como as chamadas notícias falsas. Infelizmente, isso foi aprovado na reforma eleitoral do ano passado, e a gente vai ter que garantir que essas plataformas tenham muita transparência para que as pessoas saibam quando um anúncio está chegando até elas, porque chegou até elas, quem anunciou e para quem chegou”, defende.

O professor de direito da PUC de São Paulo Paulo Brancher orienta que, para se defenderem de notícias falsas, os cidadãos verifiquem a origem das informações. “Há entidades especializadas em checar as informações veiculadas para validar ou não. É importante procurar saber se a informação realmente tem lastro, se tem origem, se é verdadeira”, afirma. 

Ele alerta que é uma ilusão achar que não vamos conviver com as notícias falsas, com fake news. “É fundamental que se coloque a importância de o cidadão ser proativo e verificar a que aquela informação efetivamente diz respeito e se tem verdade nela”.

Recentemente, ativistas digitais lançaram a campanha #NãoValeTudo, com manifesto e carta de compromisso aos candidatos, assumindo o que vale e o que não vale no uso de tecnologia para fins eleitorais. Para acessar o manifesto, vá ao site naovaletudo.com.br

Da 'Agência Câmara Notícias

O WhatsApp está usando a mídia antiga para resolver seu problema com as notícias falsas na Índia. O serviço de mensagens, de propriedade do Facebook, publicou anúncios de página inteira nos principais jornais em inglês e hindi esta semana, dando aos leitores 10 dicas para identificar mensagens que podem ser boatos.

Os anúncios fazem parte de uma campanha do WhatsApp em seu maior mercado após ocorrerem uma série de linchamentos que foram atribuídos a boatos compartilhados pela plataforma.

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Um porta-voz disse à CNNMoney que a empresa traduziria os anúncios para veiculação em jornais locais em nove estados da Índia, muitos dos quais falam idiomas diferentes.

As dicas do WhatsApp incluem verificar com outras fontes, procurar fotos online que possam ser editadas e pensar duas vezes antes de encaminhar uma mensagem sobre a qual o usuário tem dúvidas. "Só porque uma mensagem é compartilhada muitas vezes, isso não é verdade", diz uma delas.

O WhatsApp, que tem mais de 200 milhões de usuários na Índia, também está lançando vários novos recursos para impedir a disseminação de rumores falsos. Uma das ferramentas chegou recentemente ao Brasil e avisa sempre que uma mensagem foi encaminhada no aplicativo.

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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, informou e que 20 dos 35 partidos políticos já assinaram acordo de não-proliferação de notícias falsas. O ministro fez palestra hoje (29) na capital paulista durante evento da Associação Brasileira de Franchising (ABF).

Segundo Fux, um dos assuntos que mais preocupa nas próximas eleições é o enfrentamento das notícias falsas, pois podem gerar dano irreparável ao candidato. “As fake news violam os princípios de uma eleição democrática, de que deve haver igualdade de direitos”, afirmou.

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Além dos partidos políticos, o ministro disse que as fontes primárias de informação (jornais, rádios e televisões) assinaram o mesmo protocolo.

Ontem (28), Facebook e Google também se comprometeram em retirar notícias falsas, tão logo sejam publicadas. Fux não informou como serão essas ações, pois fazem parte de estratégia sigilosa da área de inteligência.

O ministro voltou a defender que o problema das notícias falsas em uma eleição é tão grave, que o resultado de eleições ganhas com ajuda de fake news devem ser anuladas. Segundo ele, o combate será intenso. “Vamos fazer uma campanha didática no sentido de recomendar ao cidadão que não leia só a notícia, que veja o contexto e uma faça checagem [antes de compartilhar]”, disse.

Ficha limpa

Outro assunto abordado pelo ministro foi a inscrição, nas próximas eleições, de políticos condenados em decisão de segunda instância. Sem mencionar nomes, o ministro defendeu que as pessoas condenadas na segunda instância sejam consideradas inelegíveis.

Para Fux, o candidato sub judice, ou seja, que aguarda decisão judicial, ainda não tem a sua situação de elegibilidade definida – diferente daquele condenado em segunda instância. “Uma das grandes preocupações é uma aplicação enérgica da Lei da Ficha Limpa, que é fruto de um dos valores mais caros que é a democracia”, ressaltou.

 

O Conselho de Comunicação Social, órgão do Congresso Nacional, aprovou o parecer da comissão de relatoria sobre propostas em tramitação que tratam sobre  notícias falsas espalhadas pela internet. No total, 14 propostas sobre o tema tramitam no Congresso, 13 na Câmara e uma no Senado.

No relatório aprovado por sete votos a quatro, o conselho não assumiu uma posição contrário ou favorável à aprovação das propostas. A conselheira Maria José Braga apresentou, em crítica ao órgão, um relatório alternativo no qual recomendava a reprovação de todas as propostas. “Esses projetos simplesmente criam um novo crime, que é a divulgação de notícias falsas e achamos isso perigoso, mesmo que esteja previsto que dependerá de avaliação do Judiciário. Uma lei imprecisa pode gerar interpretações diversas. Isso sim, pode acarretar em censura e criminalização de um cidadão comum que, de boa-fé, sem nenhuma má intenção, compartilhou uma notícia fraudulenta”, afirmou a conselheira.

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Por outro lado, o conselheiro Miguel Santos esclareceu que as propostas ainda estão em fase inicial de discussão na Câmara e que ainda podem ser aperfeiçoadas. Além disso, Santos não descartou novas manifestações do Conselho de Comunicação Social sobre o tema a medida em que as propostas avançarem.

O Google anunciou na terça-feira (20) que planeja gastar US$ 300 milhões (ou R$ 975 milhões) nos próximos três anos para ajudar a combater a disseminação de informações falsas online. A empresa disse que ajustou seus sistemas e rankings para levar as pessoas um conteúdo mais preciso na sua ferramenta de pesquisa e no YouTube, especialmente quando se trata de notícias de última hora.

A empresa disse que os disseminadores de fake news muitas vezes exploram essas situações, procurando espalhar conteúdo impreciso em suas plataformas. Os serviços do Google têm um alcance imenso. Cerca de 1,6 bilhão de pessoas assistem os vídeos do YouTube todos os meses.

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Além disso, o gigante da tecnologia disse que vai lançar um programa chamado Disinfo Lab para reduzir a desinformação através da pesquisa e educação. A empresa também está usando modelos de aprendizado de máquina para ajudar as editoras a identificar quais leitores são mais propensos a se inscrever em sites de notícias como o "The New York Times" ou "Financial Times".

Por fim, o Google está lançando uma ferramenta de código aberto chamada Outline, que irá oferecer aos meios de comunicação a capacidade de configurar sua própria rede privada virtual - uma maneira de se conectar à Internet sem revelar hábitos de navegação na web ou comunicações a terceiros.

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O Facebook revelou nesta segunda-feira (28) que as páginas na Internet que, com frequência, dirigem a seus visitantes "notícias falsas" já não poderão ter anúncios na rede social.

"Se as páginas compartilham histórias marcadas como falsas, estes infratores reincidentes não poderão anunciar no Facebook", informaram Tessa Lyons e Satwik Shukla, gerentes de produto da companhia.

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Esta decisão é o último golpe do Facebook em sua guerra contra "fake news" (notícias falsas), usadas para enganar em vez de informar.

"Esta atualização ajudará a reduzir a divulgação de notícias falsas", destaca o Facebook, que já havia proibido publicidade que leva a sites considerados falsos por analistas independentes.

As notícias falsas se converteram em um tema dominante durante a campanha presidencial nos Estados Unidos no ano passado, com histórias claramente fraudulentas circulando pelas redes sociais com poder para influenciar os eleitores.

O Google também adotou medidas para reduzir o impacto de histórias criadas para enganar, incluindo o lançamento de uma ferramenta para comprovar fatos descritos em notícias.

O Facebook começou a implementar um novo recurso que pode impedir que notícias falsas viralizem na rede social. A partir de agora, a empresa vai bloquear a capacidade das páginas de editar informações dos links originais, no momento do compartilhamento. Antes, era permitido editar o título, texto de resumo e até mesmo a imagem exibida na visualização prévia.

A medida, porém, é restrita a páginas que não forem de veículos de mídia, conforme explicou o Facebook em nota. Aquelas que abusarem da capacidade de modificar as informações de links, deturpando o seu conteúdo, por exemplo, podem perder acesso ao recurso.

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Algumas páginas têm aproveitado a capacidade de personalizar as informações de links para espalhar informações falsas na rede social. Elas muitas vezes substituem a manchete de um artigo ou até mesmo a imagem para obter mais curtidas e comentários. A mudança vem em um momento em que Google e Facebook buscam ampliar suas parcerias com jornais.

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O Facebook está levando sua campanha contra as notícias falsas para além do mundo virtual. Esta semana, a maior rede social do mundo publicou anúncios de páginas inteiras em vários jornais britânicos, incluindo o The Daily Telegraph, The Guardian e The Times, alertando os leitores a pensarem duas vezes antes de acreditarem nas histórias que veem em sua linha do tempo.

Os anúncios oferecem os mesmos conselhos que a rede social já havia compartilhado online. Verificar as manchetes que leem em mais de uma fonte, principalmente aquelas mais apelativas em letras maiúsculas, e conferir as datas dos fatos, estão entre as principais dicas.

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Os anúncios estão aparecendo nos jornais do Reino Unido bem a tempo das eleições gerais do país, que estão marcadas para 8 de junho. O Facebook tem sido criticado por deixar as notícias falsas se proliferarem em sua rede, e especialistas acreditam que esse fenômeno semeou a desconfiança política e aprofundou as divisões partidárias.

"As pessoas querem ver informações precisas no Facebook e nós também. É por isso que estamos fazendo tudo o que podemos para resolver este problema", informou o diretor de política do Facebook no Reino Unido, Simon Milner, jornal ao Financial Times. Desde o final de 2016 a rede social tem apostado no combate às notícias falsas.

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O Google anunciou nesta terça-feira (25) mais uma tentativa de combater a circulação de notícias falsas em seu mecanismo de busca com novas ferramentas para que os usuários relatem conteúdo enganoso ou ofensivo e uma promessa de melhorar os resultados gerados por seu algoritmo.

O gigante da tecnologia disse que iria permitir que as pessoas se queixem sobre conteúdo enganoso, impreciso ou odioso em sua função de sugestão de busca, que aparece para sugerir pesquisas com base nos primeiros caracteres digitados pelo usuário.

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Além disso, a empresa disse que iria refinar o seu motor de busca para rebaixar conteúdo de baixa qualidade nos resultados. O Google também prometeu ser mais transparente sobre tais decisões no futuro. As mudanças surgem após a empresa sofrer pressão por meses por causa dos resultados ofensivos exibidos em seus produtos de pesquisa.

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Assim como o Facebook, o Google está convocando organizações de verificação de fatos para ajudá-lo a identificar notícias falsas. A partir desta sexta-feira (7), a empresa vai avisar ao usuário sempre que um resultado de fonte duvidosa aparecer nas buscas. O sistema aplica uma etiqueta a links de artigos que tenham passado pela verificação de instituições independentes.

Essas informações, no entanto, não estarão disponíveis para todos os resultados de pesquisa e, segundo o Google, duas organizações diferentes podem rotular uma mesma notícia de maneiras distintas. Mesmo assim, a empresa diz que o sistema continua a ser útil nesses casos para que as pessoas possam entender o grau de consenso sobre o que é verdade ou puro sensacionalismo.

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Ao contrário do Facebook, o Google não está se unindo a um pequeno grupo pré-selecionado de verificadores de fatos para isso. Ele vai deixar qualquer organização oferecer resultados mais ricos nas buscas. Os rótulos de verificação de fatos foram lançados no Google News no ano passado nos EUA e no Reino Unido, mas este anúncio o expande globalmente.

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Em sua tentativa de impedir a proliferação de notícias falsas e informações errôneas na internet, o mensageiro Flock, rival do WhatsApp, lançou um recurso que sinaliza conteúdos de fontes marcadas como enganosas. Os usuários têm então a opção de apagar o link antes que ele se espalhe, disse a empresa.

O recurso identifica e sinaliza conteúdo considerado enganoso, não verificado ou falso quando os usuários compartilham informações seguidas de links na plataforma. Para isso, a ferramenta conta com um banco de dados internacional com mais de 600 fontes de notícias falsas.

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Se a fonte é identificada como não confiável, ela é imediatamente sinalizada e os usuários são avisados ​​através de um ícone visível na janela de chat que aparece ao lado da visualização do link. Após o alerta, fica a cargo do usuário manter a mensagem ou não.

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O Facebook, a Mozilla, a Universidade da Cidade de Nova York (EUA) e uma longa lista de líderes da indústria de tecnologia e organizações sem fins lucrativos se uniram para lançar um fundo de US$ 14 milhões para encontrar formas de ajudar as pessoas a terem um melhor discernimento sobre as notícias que leem e compartilham na internet.

O dinheiro será alocado para pesquisa aplicada e projetos, além de facilitar encontros com especialistas da indústria. "Queremos dar às pessoas as ferramentas necessárias para discernir sobre as informações que veem on-line", disse a diretora de parceria de notícias do Facebook, Campbell Brown, em comunicado.

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Neste momento, 19 organizações e indivíduos se inscreveram para trabalhar neste novo projeto. A missão do consórcio é avançar com o discernimento de notícias verossímeis, aumentar a confiança no jornalismo em todo o mundo e estimular a qualidade de conversações de interesse público.

A participação do Facebook é um tanto controversa, já que a rede social negou ser uma empresa de mídia, especialmente repreendendo alegações de que notícias falsas em seu site afetaram o resultado da eleição presidencial dos EUA no ano passado nos EUA.

O diretor-executivo da empresa, Mark Zuckerberg, afirma que isso não aconteceu, mas a acusação levou a algumas mudanças na maneira como os tópicos de tendências são selecionados.

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A Câmara dos Deputados está analisando um projeto de lei quer tornar crime a divulgação ou compartilhamento de notícias falsas na internet. A pena prevista pelo texto é de detenção de 2 a 8 meses e pagamento de 1,5 mil a 4 mil dias-multa, que serão revertidos para o Fundo de Defesa dos Direitos Difusos (FDDD).

O autor do projeto, deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), alega que a rápida disseminação de informações pela internet tem sido um campo fértil para a proliferação de notícias falsas ou incompletas. "Esses atos causam sérios prejuízos, muitas vezes irreparáveis, tanto para pessoas físicas ou jurídicas, as quais não têm garantido o direito de defesa sobre os fatos falsamente divulgados", argumenta.

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Recentemente, as gigantes da internet Google e Facebook anunciaram uma série de ferramentas de checagem de dados projetadas para combater a disseminação de notícias falsas. Redes sociais tomaram as manchetes do mundo todo durante a campanha presidencial dos EUA, quando se tornou claro que haviam espalhado informações de origem duvidosa.

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O que a morte de Bin Laden, o desaparecimento de voo MH370 da Malaysian Airlines e o nascimento do bebê real têm em comum? Todos foram notícias de interesse internacional e que geraram a curiosidade dos usuários da internet em acessar informações não oficiais, como fotos e vídeos. Não por acaso, esses eventos também foram usados como isca por cibercriminosos para espalhar, em redes sociais, campanhas maliciosas como spam e fraudes online.

Segundo o analista de segurança da fabricante de antivírus russa Kaspersky Lab, Thiago Marques, os cibercriminosos se aproveitam de notícias de grande interesse para oferecer suposto acesso a detalhes que não estão disponíveis por fontes oficiais e, assim, viralizar campanhas e programas maliciosos com a intenção de infectar o maior número de vítimas possível.

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"Notícias com imagens polêmicas, especialmente em redes sociais, são frequentemente utilizados por cibercriminosos como isca que levam a sites falsos, como também para espalhar malware ou software indesejado", alerta Marques. Não é à toa que o Facebook está organizando uma grande campanha mundial para evitar a disseminação de notícias falsas em sua plataforma.

Tanto o Facebook como o Google enfrentaram críticas generalizadas por permitir que artigos de fontes não confiáveis se espalhassem durante as eleições presidenciais dos EUA e líderes europeus expressaram preocupação de que tal desinformação possa afetar os próximos eventos políticos em todo o continente.

Ainda segundo o especialista, ao clicar em links de notícias falsas, o usuário pode ser redirecionado para uma página em que, supostamente, poderá ver o vídeo, imagem ou informação. Porém, antes de acessar o site, a página pode exigir que o internauta compartilhe uma mensagem nas redes sociais e instale um plugin.

Em muitos casos, o software faz download de um programa indesejado que exibe automaticamente anúncios enquanto o usuário navega na web, a fim de gerar lucro aos seus autores. Além disso, outras campanhas podem espalhar spam e até mesmo baixar outros malwares que roubam as senhas para serviços bancários online e, portanto, o dinheiro de suas vítimas.

"A maioria dos usuários acredita em tudo o que vê ou lê na internet, sem se preocupar em verificar a autenticidade da notícia", comenta Marques. "Com isso, a internet e redes sociais tornaram-se o local perfeito para a criação e expansão de conteúdo falso e enganoso, graças à rápida capacidade de compartilhamento", completa o especialista.

As dicas para evitar cair no conto do vigário são simples, porém efetivas. Segundo a Kaspersky Lab, o usuário deve procurar informações sobre fatos diretamente em fontes oficiais. O internauta também deve evitar clicar em links de sites duvidosos. A curiosidade, nestes casos, pode causar problemas sérios. Utilizar um antivírus atualizado no computador ou dispositivo móvel também é outra atitude que pode assegurar as informações pessoais mais críticas.

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Os boatos se espalham num piscar de olhos. Falsos projetos políticos têm aquecido essas noticias. No fim de maio deste ano, circulava nas redes a informação que os deputados federais haviam votado e aprovado dois projetos que acabariam com o 13º salário e a licença férias. Tal notícia ainda trazia o nome dos políticos que teriam sido favoráveis à proposta. Mas o boato logo foi desmascarado, pois havia erros grosseiros na informação repassada, como partidos políticos extintos e representantes que mudaram de legenda.

Outra notícia que causou alvoroço na população foi o suposto fim do Bolsa Família. Os beneficiários do programa social tumultuaram as agências bancárias tentando receber o dinheiro. Um dos motivos seria porque o auxílio seria cancelado, caso o saque não fosse efetuado até um determinado horário.

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Só que os boatos geralmente deixam vítimas. Foi o que aconteceu com a Senadora Ana Rita, filiada ao PT do Espírito Santo. A senadora foi acusada de ser autora de um projeto de lei que indignou a maioria da sociedade e lideres religiosos: o 'Bolsa Prostituta'. A notícia espalhada foi que as profissionais do sexo receberiam um auxílio de R$ 2 mil mensais. Com essa ajuda financeira, as garotas de programa teriam a possibilidade de ter uma vida mais digna e garantir qualidade aos serviços oferecidos, pois as profissionais poderiam frequentar academias e fazer tratamentos estéticos custeados pelo benefício.

Segundo a parlamentar, que também preside a Comissão de Direitos Humanos no senado, a notícia inverídica causou muito transtorno a sua vida. A senadora recebeu críticas de várias cidades do Brasil e perdeu bastante tempo tentando explicar à sociedade que se tratava de um boato. “Essa mentira ganhou repercussão nacional e me causou muito constrangimento. Recebi inúmeros telefonemas e e-mails com xingamentos. Também cheguei a ser criticada por lideres religiosos durante a celebração. Levei muito tempo para justificar para as pessoas que tal projeto não existia. Respondemos cada email, concedi incontáveis entrevistas para justificar uma notícia caluniosa, oriunda de um blog e proliferada por alguns veículos de comunicação, sem que a notícia fosse devidamente apurada”, afirmou Ana Rita.

A Senadora considerou tal informação um desserviço que tenta manchar a imagem do candidato, prejudica o mandato e não constrói nada para a sociedade. Ana Rita está acionando na justiça o autor do boato e também as pessoas que multiplicaram a notícia.

De acordo com o advogado criminalista e conselheiro da OAB – PE, Maurício Bezerra, os boatos podem ser considerados crime, com penas que podem variar de 6 meses a 2 anos de detenção. “Em tese, o boato pode se caracterizar como crime contra a honra, calúnia, difamação, injúria. E o código penal traz punição específica para cada caso. Eles se enquadram como crime de menor potencial ofensivo, com penas que podem chegar até dois anos. Como se trata de detenção e não reclusão, as penas podem ser substituídas por prestação de serviço”, ressaltou o advogado. Ele também informou que, além da pena, a pessoa que está sendo processada passa a ter os direitos políticos cassados e terá o nome inserido na ficha de antecedentes criminais.

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