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Procuradores da República envolvidos na Operação Lava Jato se reuniram no Rio de Janeiro para definir estratégias para o próximo ano. Em coletiva de imprensa após o encontro, o procurador da República Deltan Dallagnol reforçou que "é preciso garantir que não haverá retrocessos" e que a corrupção não volte a tomar conta do meio político e empresarial nas mesmas proporções do período anterior à Operação Lava Jato.

Segundo o procurador, o próximo ano será "o da batalha final" da Lava Jato e que o futuro será "sombrio" se os políticos que ocupam cargos públicos e que estão envolvidos nas denúncias de desvio de dinheiro forem eleitos novamente.

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Dallagnol destacou ainda que mais de 25 milhões de transações financeiras, que envolvem mais de R$ 2 trilhões em negócios, são rastreados pela equipe da Lava Jato. Apesar de todos os esforços, ele afirma que a população não deve ter uma expectativa excessiva sobre o judiciário.

A visão dos procuradores é que "mesmo depois de tantos escândalos tanto o Congresso como os partidos não afastaram os políticos envolvidos nos crimes" e que a Lava Jato "uniu grande parte da classe política contra as investigações e investigadores", como informaram em comunicado divulgado em nome do Ministério Público Federal (MPF).

Segundo os procuradores, atuações de Comissões Parlamentares de Inquéritos e em diversos projetos de lei ameaçam as investigações. O fórum privilegiado garantido a políticos em exercício é um exemplo de desafio enfrentado pelos investigadores, segundo o procurador da República Eduardo Hage.

"É crucial que em 2018 cada eleitor escolha cuidadosamente, dentre os diversos setores de nossa sociedade, apenas deputados e senadores com passado limpo", traz o documento divulgado nesta segunda-feira, 27.

"Apenas a Lava Jato recuperou para os cofres públicos R$ 700 milhões. A maior dificuldade é o sistema de justiça inoperante. Os grandes casos de corrupção demonstram isso. Quando observamos a atuação do STF percebemos falta de resolutividade (incapacidade de resolver). Não pela ação dos juízes, mas pelo sistema", disse Dallagnol.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou a favor da rejeição dos recursos que as defesas dos ex-deputados federais Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) apresentaram contra a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, que encaminhou à 13ª Vara Federal de Curitiba a denúncia feita contra eles de participação em organização criminosa no âmbito do núcleo do PMDB na Câmara dos Deputados.

Os acusados pela PGR de formar a suposta organização criminosa foram o presidente Michel Temer, os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria Geral da Presidência) e os ex-deputados federais Henrique Alves e Rodrigo Loures, além de Cunha e Geddel. A Câmara vetou a análise imediata da denúncia contra o presidente Michel Temer, mas, segundo a PGR, o processo deve continuar porque a decisão da Câmara não se estende aos demais denunciados.

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O pedido de Cunha e de Geddel - endossado pela defesa do presidente Michel Temer - será julgado pelo plenário do Supremo em data ainda não definida, conforme decisão do relator, Edson Fachin. Os dois peemedebistas que perderam o foro privilegiado questionam o envio do caso ao juiz Sérgio Moro afirmando que é impossível separar a denúncia de organização criminosa que inclui Temer. As defesas querem a paralisação do processo inteiro - inclusive no tocante a eles - até o fim do mandato do presidente.

"Esclareça-se que a remessa dos autos à 13ª Vara Federal de Curitiba - com relação aos não detentores de foro especial - não gera risco de decisões contraditórias. Ao contrário, tal medida obedece às regras de prevenção e garante mais celeridade na prestação da justiça", afirmou o procurador-geral da República em exercício, Luciano Mariz Maia.

Ele afirmou também que "o empecilho à persecução penal garantida ao chefe do Poder Executivo não se comunica aos eventuais coautores, com relação aos quais, inclusive, continuam a correr normalmente os prazos prescricionais". "O desmembramento do feito em relação aos peticionantes é medida que se impõe", acrescentou.

A PGR pediu, também, mais tempo para análise de um outro pedido, feito pelos deputados federais Aníbal Gomes (PMDB-CE), Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), Altineu Cortês (PMDB-RJ) e André Moura (PSC-SE), que querem o arquivamento da investigação uma vez que não foram denunciados. No caso, a posição recomendada pela PGR é a abertura de um novo processo para a análise das provas dos inquéritos "para se for o caso, oferecer denúncia, continuar as investigações ou requerer o arquivamento".

O procurador-geral em exercício se manifestou a favor da manutenção da perda do foro do ex-deputado federal Carlos Willian de Souza. Outro pedido foi a remessa dos autos relacionados a João Magalhães ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região, por estar ocupando o cargo de deputado estadual por Minas Gerais (PMDB).

A PGR também pediu a rejeição a recursos do ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) e dos executivos do Grupo J&F Joesley Batista e Ricardo Saud.

Joesley e Saud questionavam a parte da decisão que determinou a submissão das prisões preventivas decretadas contra eles pelo próprio Fachin à análise 13ª Vara Federal de Curitiba, alegando que não há relação com os inquéritos nos quais foi feita a denúncia 4327/DF e 4483/DF.

A Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, pediu nesta sexta-feira, 24, ao Supremo Tribunal Federal (STF), a condenação da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e do ex-ministro Paulo Bernardo por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Em alegações finais à Corte, no âmbito de ação penal em que a senadora petista responde por R$ 1 milhão em propinas oriundas de contratos da Petrobras, a chefe do Ministério Público Federal pede multa de R$ 4 milhões como reparação de danos materiais e morais causados pelos supostos delitos.

A acusação contra Gleisi, no STF, tem base nas delações premiadas do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef. Eles revelaram que, em 2010, R$ 1 milhão do esquema de propinas da Petrobras foi destinado à campanha eleitoral da petista ao Senado.

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O ex-deputado Pedro Corrêa (ex-PP) também corrobora, em delação, com os depoimentos do doleiro e do ex-diretor da Petrobras.

"Finalmente, Alberto Youssef, de posse dos valores originados de contratos dissimulados firmados entre suas empresas e as construtoras participantes do esquema, efetivou pagamentos ilícitos, no caso em espécie, aos destinatários finais, inclusive a Gleisi Hoffmann", afirma Raquel.

A PGR defendeu ainda que as penas para Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo sejam agravadas devido a longa experiência de ambos como políticos.

"Mais que corrupção de um mero agente público, houve corrupção em série, de titulares de cargos dos mais relevantes da República, cuja responsabilidade faz agravar sua culpa na mesma proporção".

"Os motivos, circunstâncias e consequências dos crimes devem também sofrer desvalor no caso concreto. Além do enriquecimento pessoal, os crimes de corrupção visaram ao enriquecimento ilícito para finalidade eleitoral (motivo), deturpando o sistema representativo e desequilibrando (consequências) a indispensável lisura, paridade e isonomia das concorrentes forças políticas no processo eleitoral do regime democrático. Basta se ver que o valor de RS 1.000.000,00 corresponde a quase 50% do montante de receitas declaradas de Gustavo Fruet, candidato ao Senado no Paraná em 2010. Assim, o desequilíbrio que o valor causou às eleições é concreto", anota.

Defesa

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da senadora, mas ainda não obteve retorno.

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu nesta quinta-feira, 23, a liberdade provisória de Job Ribeiro Brandão, homem de confiança de duas gerações da família de Geddel Vieira Lima. Ele está preso em regime domiciliar por terem sido encontradas suas digitais nas cédulas do bunker de R$ 51 milhões, em Salvador. Job é assessor dos políticos da família há anos e já trabalhou para o pai, Afrisio Vieira Lima, falecido no ano passado, e para os irmãos Geddel e Lúcio. A petição de Raquel para sua soltura é endereçada ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, relator das investigações.

No âmbito das investigações, Job tem feito tratativas para firmar delação premiada e seus depoimentos agravaram a situação dos peemedebistas perante a Justiça. Ele disse que devolvia 80% de seu salário aos irmãos, além de contar e guardar dinheiro vivo em grandes quantidades para o ex-ministro e o deputado federal.

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O homem de confiança dos peemedebistas foi preso no dia 16 de outubro, mesma data em que o gabinete de Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) foi alvo de busca e apreensão.

Ele pagou fiança de 10 salários mínimos. A procuradora-geral ressalta que ele se "comprometeu a apresentar provas de parte desses crimes que narrou, o que pressupõe sua liberdade de locomoção para diligenciar por elas".

"Dito isso, a restrição da liberdade de Job ainda que meramente domiciliar, a um só tempo tornou-se inadequada às circunstâncias fáticas recentes e às condições pessoais e também desnecessária para a aplicação da lei e para a conveniência da investigação", afirma Raquel.

A procuradora-geral ainda diz que "em favor de Job, ele não apenas confessou sua participação nos fatos como foi além: revelou supostos contextos criminosos, conexos aos investigados no Inquérito n° 4633, até então desconhecidos pelos investigadores".

"Ouvido pelo MPF e pela Polícia Federal em 14/11/2017, ele teceu detalhes de uma suposta associação criminosa criada para ocultar valores milionários decorrentes de corrupção, organização criminosa e de peculato", lembrou.

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, endossou, em alegações finais, denúncia apresentada por seu antecessor, Rodrigo Janot, contra o deputado federal Nelson Meurer (PP) e seus filhos Nelson Meurer Júnior e Cristiano Augusto Meurer no âmbito da Operação Lava Jato.

Segundo a acusação, o parlamentar recebeu, entre 2006 e 2014, R$ 357 milhões repassados pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, por meio do doleiro Alberto Youssef.

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Segundo Raquel, Meurer praticou corrupção por bancar Paulo Roberto Costa na Petrobras e permitir os esquemas de corrupção em benefício do PP. Com ajuda de seus filhos, ele teria recebido parte das vantagens indevidas.

A procuradora-geral vê dois atos de corrupção passiva. Raquel ainda vê lavagem de dinheiro do deputado, com auxílio de seus filhos, ao firmar supostos contratos fictícios com empresas de Youssef.

"Tais contratos indiscutivelmente constituíram nítidos métodos de lavagem de dinheiro, por terem se voltado a dar aparência de licitude e a dissimular a natureza, origem, localização, movimentação e propriedade dos valores relacionados a ele provenientes das infrações penais cometidas em prejuízo da estatal", destaca a peça.

Como os crimes foram praticados diversas vezes, segundo Raquel, ela pede que esse agravante seja considerado pelos ministros no momento do cálculo da pena.

No caso do deputado, por exemplo, foi identificada a prática de corrupção passiva por 269 vezes e de lavagem de dinheiro por 336 vezes, assinala a procuradora.

A ação pede, ainda, a perda do mandato e pagamento de cerca de R$ 715 milhões, metade como reparação de danos morais e materiais e o restante para o ressarcimento aos cofres da União. Como referência, foi considerado o valor da propina.

Denúncia

Segundo a denúncia, a nomeação de Paulo Roberto Costa para a Diretoria de Abastecimento da Petrobras decorreu de indicação política do PP, articulada pelo então deputado Federal José Janene, com o auxílio dos também deputados Federais na época: Pedro Correa e Pedro Henry, que comandavam o partido, já com a participação do deputado Nelson Meurer.

Entre 2006 e 2014, Meurer e o partido teria recebido mais de R$ 357 milhões em propina.

Na denúncia, a PGR explica que os valores ilícitos eram uma contrapartida pela viabilização do funcionamento de cartel de empreiteiras interessadas em celebrar irregularmente contratos no âmbito da Diretoria de Abastecimento da Petrobras e em obter benefícios indevidos de Paulo Roberto Costa. A peça destaca, ainda, que Nelson Meurer recebeu propina de várias formas: periódica, ordinária, episódica e extraordinária.

Defesa

O deputado Nelson Meurer informou que "não tem nada a declarar".

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, entrou nesta terça-feira, 21, com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender a resolução aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) que revogou as prisões dos deputados Jorge Picciani - presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) -, Paulo Melo e Edson Albertassi (todos do PMDB). Para Raquel, o Rio de Janeiro "é uma terra sem lei".

O ministro Edson Fachin, do STF, foi sorteado pelo sistema eletrônico da Corte para ser o relator da ação.

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A procuradora questiona a fundamentação da resolução da Alerj, que menciona o julgamento do STF no mês passado sobre a aplicação de medidas cautelares a parlamentares - diversas da prisão - para embasar o texto de revogação da detenção dos deputados estaduais do Rio.

Para Raquel, ao contrário do que presumiu a Alerj, a decisão do STF naquele caso é "inaplicável" à decisão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) que determinou a prisão de Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi. Naquele julgamento, os ministros do STF decidiram que a imposição de medidas cautelares - diversas da prisão - que dificultem o exercício regular do mandato de parlamentares deverá ser submetida ao aval da Casa Legislativa.

"A decisão do Supremo Tribunal Federal não pode ser aplicada por analogia aos deputados estaduais, nem a Suprema Corte autorizou a extensão de seus efeitos aos Estados e Municípios. O eminente ministro Alexandre de Moraes, no seu voto, destacou com muita clareza os limites do alcance daquela decisão, empregando a expressão 'parlamentares federais'", escreveu Raquel.

"A Corte Constitucional não ampliou sua decisão a ponto de abarcar todas as Casas Legislativas do País. Além disto, não enfrentou a peculiar situação de um Tribunal Federal decretar a prisão de um parlamentar estadual", prosseguiu a procuradora-geral da República.

Afronta

Para Raquel, a resolução da Alerj "afrontou" o princípio da separação dos poderes e o sistema federativo. "A aprovação da referida resolução fere os princípios constitucionais da separação do poderes e do devido processo legal, alicerces de nossas instituições republicanas, na medida em que o ato legislativo descumpre decisão judicial válida, sem observância do rito processual legal adequado para contestá-las", ressaltou a procuradora-geral da República.

A procuradora-geral da República também criticou o fato de a resolução legislativa ter sido cumprida por determinação da Alerj, sem expedição de alvará de soltura pelo TRF-2, o que, na sua visão, "é prova eloquente do clima de terra sem lei que domina o Estado".

"O Tribunal Regional Federal da 2ª Região foi ostensivamente desrespeitado pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. O simples fato de a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, por ampla maioria, ignorar o quadro fático de crimes comuns descrito acima indica a anomalia e a excepcionalidade do quadro institucional vivido nesse momento, a exigir resposta imediata e firme do Supremo Tribunal Federal, apta a indicar ao país que a Constituição será respeitada, seja qual for a circunstância", disse Raquel.

"O quadro descrito revela também, e eloquentemente, os pressupostos para a providência de índole cautelar com vistas a remediar a situação de descalabro institucional no Rio de Janeiro", destacou a procuradora-geral da República.

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu devolver à Procuradoria-Geral da República (PGR) o acordo de colaboração premiada firmado por delatores da Galvão Engenharia, informaram fontes ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, sob a condição de anonimato.

Segundo o Broadcast apurou, o ajuste não é estruturante, mas apenas pontual referente a uma parte específica do acordo. A avaliação interna no STF é que a delação da Galvão Engenharia é "muito boa". Pelo menos cinco executivos firmaram o acordo de colaboração premiada com o MPF.

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Em agosto deste ano, Fachin devolveu o acordo de colaboração premiada do corretor Lúcio Funaro para que se fizesse ajuste em uma cláusula que evitava que Funaro fosse processado em casos de improbidade administrativa.

O caso da Galvão Engenharia é considerado menos delicado que o da delação do marqueteiro Renato Pereira, que também teve o acordo de colaboração premiada devolvido, mas pelo ministro Ricardo Lewandowski.

No caso do marqueteiro, Lewandowski tomou uma decisão marcada por críticas à atuação do Ministério Público Federal, apontando que precisam ser revistas cláusulas que tratam da fixação da pena de quatro anos de reclusão e o perdão judicial de todos os crimes - exceto os relacionados à campanha de Pezão ao governo do Rio em 2014 -, além da autorização para Renato Pereira fazer viagens internacionais e da fixação de uma multa no valor de R$ 1,5 milhão.

Lewandowski e Fachin pertencem a correntes internas divergentes do STF. Lewandowski tem se alinhado com os ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli nas críticas à atuação do Ministério Público e às investigações da Operação Lava Jato. De outro lado, Fachin e os ministros Luís Roberto Barroso e Rosa Weber têm convergido numa interpretação mais rigorosa em matérias penais, com posicionamentos menos favoráveis a réus.

A delação da Galvão Engenharia foi encaminhada ao STF nos últimos dias de Rodrigo Janot à frente da Procuradoria-Geral da República (PGR). Raquel Dodge sucedeu a Janot no comando da PGR em 18 de setembro.

Procurada pela reportagem, a assessoria da Galvão Engenharia não havia se manifestado até a publicação deste texto.

Em dezembro de 2015, o juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância, condenou a cúpula da Galvão Engenharia por corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa. A empreiteira é acusada de participar de um esquema de corrupção instalado na Petrobras que envolvia outras empresas.

A delação da Galvão Engenharia chegou ao STF porque envolve autoridades com foro privilegiado e só ganhará validade jurídica se for homologada pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF.

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, denunciou perante o Supremo Tribunal Federal (STF) o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Admar Gonzaga por lesão corporal resultante de violência doméstica contra a mulher, Élida Souza Matos.

Os detalhes da denúncia ainda não foram tornados públicos, embora não haja sigilo. A peça em que a Procuradoria-Geral da República faz a denúncia, protocolada na noite da terça-feira (14), ainda não se encontra disponível para consulta no STF.

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A notícia do crime foi feita pela própria Élida, em boletim de ocorrência registrado contra o ministro do TSE, no dia 23 de junho, em Brasília, com realização de exame de corpo de delito - horas depois, ela decidiu fazer uma retratação.

Mesmo com a renúncia de Élida à acusação, o caso seguiu no Supremo Tribunal Federal, onde ministros do TSE tem prerrogativa de foro. "A retratação realizada pela vítima, por ser írrita (nula, sem efeito), não possui qualquer eficácia em relação ao noticiado delito de lesões corporais, cabendo ao Ministério Público adotar as providências que entender cabíveis", explicou Celso de Mello.

De acordo com o laudo de exame de corpo de delito, houve "ofensa à integridade corporal ou à saúde", e o meio que produziu essa ofensa foi "contundente". Atendida no IML, a mulher do ministro apresentava, segundo o laudo, "edema e equimose violácea em região orbital direita". Ela alegou ter sido agredida com empurrões.

Em outubro, Admar Gonzaga enviou manifestação ao STF se defendendo da acusação. De acordo com Gonzaga, a mulher havia recebido a notícia de uma doença, havia bebido vinho sem se alimentar, e uma crise de ciúmes acabou desencadeando a briga entre os dois. Admar confirmou que empurrou a mulher, mas disse que o fez em sua defesa e "que o movimento não foi empregado como meio deliberado de agressão". Segundo ele, seus movimentos foram em defesa própria. O ministro anexou na manifestação fotos de seu rosto após suposta agressão de Élida.

"Não são fatos, mas a versão expressada por uma pessoa acometida de grave crise de ciúmes, e que havia degustado algumas taças de vinho a mais, sem o acompanhamento de adequada alimentação. Assim como agravante para a desestabilidade emocional, sucedeu-se a descoberta de doença autoimune, denominada esclerodermia, conforme já revelado em petição da própria requerente, muito atormentada pela exposição que estamos sofrendo", alegou Admar.

O ministro também deu explicações para o hematoma do olho de sua esposa e disse que ela escorregou em um enxaguante bucal e bateu o rosto na banheira. "Tal lesão, pelo que me recordo, foi causada pelo tombo que se sucedeu ao escorregão que sofreu sobre o Listerine, e que a levou a bater com o rosto na banheira, mas jamais em face do alegado empurrão em seu rosto."

Em relação às supostas agressões verbais, o ministro disse que jamais dirigiria ofensas a qualquer mulher "muito menos àquela que sempre me dirigi como o amor da minha vida".

Outro lado

Dizendo ter sido informado da denúncia pela reportagem, Admar Gonzaga disse que precisava analisar a acusação formal da procuradora-geral antes de fazer comentários. No entanto, afirmou que o casal, hoje separado, está tentando a reaproximação.

"O que eu teria a te dizer é que, depois do ocorrido, nós já viajamos para o exterior duas vezes juntos, e tivemos naturalmente um ambiente muito agradável, com o desejo de ambos (de reaproximação). Até a segunda viagem, ela até que me convidou para que eu fosse nessa viagem com ela", disse.

"O fato de a procuradora entender que há materialidade para oferecimento da denúncia eu não tenho o teor dela ainda. A única coisa que sei é que o nosso interesse desde então era a reconciliação. Parece, parece, parece, o que tem atrapalhado são as notícias sensacionalistas, ah, ministro acusa mulher de desequilíbrio e bebedeira, esse tipo de notícia acaba causando insegurança, pode parecer qualquer outra coisa que não é", disse Admar Gonzaga.

A retirada do sigilo foi uma decisão do ministro Celso de Mello, do STF, com posição favorável do então procurador-geral Rodrigo Janot. Élida chegou a pedir que o processo voltasse a ficar sob sigilo, mas o relator negou.

O Ministério Público Federal no Distrito Federal ratificou a denúncia apresentada em junho pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra Rodrigo Rocha Loures, ex-deputado federal (PMDB-PR) e ex-assessor especial do presidente Michel Temer.

A denúncia atribui a Michel Temer e a Rodrigo Rocha Loures o crime de corrupção passiva no caso da entrega da mala de R$ 500 mil do Grupo J&F ao ex-assessor do presidente, flagrada em filmagem. Após a Câmara barrar o prosseguimento da denúncia contra Temer, o relator do inquérito no STF, Edson Fachin, enviou para a primeira instância a parte da acusação formal que trata de Loures. O caso está na 10ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal.

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A acusação formal feita por Janot, e ratificada pelo procurador da República no Distrito Federal Frederico Paiva, aponta Rocha Loures como um intermediário entre Temer e o dono da JBS Joesley Batista em relação a negociações de propina.

O ex-deputado foi flagrado levando uma mala de R$ 500 mil ao deixar um restaurante em São Paulo, que lhe foi entregue pelo então executivo da JBS Ricardo Saud. Além dos R$ 500 mil, a denúncia de Janot afirmou que Loures e Temer "ainda aceitaram a promessa de vantagem indevida no montante de R$ 38 milhões".

Os pagamentos teriam como finalidade garantir a atuação do grupo político de Temer em assuntos de interesse da JBS no Cade. A empresa tem um processo pendente do órgão de controle econômico relacionado à venda de gás por parte da Petrobras à termoelétrica EPE - o valor da propina, supostamente "em benefício de Temer", como relataram executivos da JBS, é correspondente a 5% do lucro que o grupo teria com a manobra.

Em relação a Loures, a acusação também pede que o ex-deputado seja condenado a pagar uma multa de R$ 2 milhões por dano moral coletivo.

Quando houve a denúncia, em junho, Temer se tornou o primeiro presidente da República a ser denunciado no exercício do mandato. Posteriormente, em uma segunda denúncia do ex-procurador-geral, Temer foi acusado formalmente de ser o líder de uma organização criminosa integrada pelo núcleo do PMDB da Câmara e de ter obstruído a justiça por meio da compra do silêncio do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e do doleiro Lúcio Funaro. A Câmara não deu aval para que o STF pudesse analisar as duas denúncias contra Temer.

A defesa de Rodrigo Rocha Loures afirma que a denúncia se baseia em provas que devem ser anuladas.

"Há duas nulidades. A primeira é a gravação de Joesley com o presidente, que foi uma armação, uma manipulação do Ministério Público. A segunda é a ação controla (em que foi filmada a entrega da mala), porque não houve autorização judicial", afirmou o advogado Cezar Bitencourt.

"Achamos que a denúncia é inadequada, imprópria, abrange fatos que não correspondem à realidade. Mas ainda vamos examinar a manifestação", disse o defensor de Rocha Loures.

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) lamentou, nesta sexta-feira (10), o andamento da investigação na Delegacia Especial de Proteção ao Meio Ambiente e a Ordem Urbanística do Distrito Federal contra ela pela morte do seu cachorro em 2016. Chamado de Nego, o labrador foi sacrificado, de acordo com a petista, após recomendações médicas. Ele sofria, desde 2015, de displasia coxo-femural, doença típica dos labradores, além de mielopatia degenerativa.

“É lamentável que, mais uma vez, queiram usar a relação de carinho e lealdade entre um cachorro e sua dona para reforçar a sórdida campanha acusatória que criou o ambiente para o Golpe de 2016, por meio do fraudulento impeachment sem crime de responsabilidade”, diz nota divulgada por Dilma. 

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“A perseguição chegou a ponto do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot determinar a abertura de um inquérito policial. Como se investigações mais graves não devessem ser apuradas, como a compra de votos para a aprovação do impeachment”, acrescenta.

O inquérito foi aberto depois que o deputado Ricardo Izar Júnior (PP-SP) entrou com uma representação contra a ex-presidente na PGR, há um ano. Izar ressaltou a ausência do cachorro enquanto a ex-presidente deixava o Palácio do Planalto depois do impeachment. Na última terça-feira (7), o parlamentar foi convocado para depor no caso.

Para a ex-presidente, “é lamentável” uma investigação sobre este assunto ocorra no país. “Tudo tem sido feito para satisfazer a sanha doentia de golpistas. Como mostra o deputado Ricardo Izar Júnior (PP-SP), que proferiu sórdidos ataques a Dilma, e se vangloria de ir depor contra a presidenta eleita do país numa história da qual não tem conhecimento nem sequer envolvimento direto. Apenas a busca pelos holofotes abjetos da mídia”, disparou.

O labrador foi dado de presente a Dilma por José Dirceu ainda em 2005, quando ela assumiu a chefia da Casa Civil no governo Lula. Segundo a nota, ele era um “cão grande e forte, que gostava de nadar e correr” e Dilma relutou e adiou o quanto pode o sacrifício do animal, com a esperança de que ele ficasse melhor, mas não aconteceu. Dilma passou a ser acusada de maus tratos.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, deu 48 horas para a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, se pronunciar sobre o pedido de Geddel Vieira Lima para ter acesso ao telefone do denunciante do bunker dos R$ 51 milhões.

O peemedebista havia pedido ao Supremo Tribunal Federal que seja revelado o número de telefone utilizado para fazer a denúncia anônima da montanha de dinheiro vivo encontrada em malas e caixas em um apartamento na cidade de Salvador.

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O montante - maior volume de dinheiro vivo já apreendido pela PF na história - em que foram encontradas impressões digitais do peemedebista, estava em um apartamento na capital baiana a pouco mais de um quilômetro da residência do peemedebista. A Polícia Federal descobriu o tesouro por meio de uma denúncia anônima. Geddel é investigado por lavagem de dinheiro.

Em petição ao relator da Lava Jato no Supremo, Edson Fachin, o advogado Gamil Foppel, que defende Geddel, requereu ao ministro que "determine à autoridade policial que certifique, nestes autos, o número telefônico que supostamente teria entrado em contato com o Núcleo de Inteligência Policial, assim como a identidade do agente policial que o recebeu, fato alegadamente ocorrido em 14 de julho de 2017".

O defensor ainda requer acesso à perícia papiloscópica sobre impressões digitais encontradas no dinheiro e nas embalagens que o envolviam.

Nesta quinta-feira, 9, Fachin deu 48 horas para Raquel analisar os pedidos da defesa. O ministro ainda solicitou o parecer da procuradora-geral sobre pedido do ex-assessor de Lúcio e Geddel, Job Ribeiro Brandão, que renovou sua "pretensão de redução da fiança".

O magistrado já havia concedido a redução, pela metade, da fiança de 100 salários mínimos de Job. O braço direito dos peemedebistas, no entanto, quer que o valor seja reduzido novamente alegando que devolvia 80% de seu salário à época em que era servidor da Câmara Federal a Lúcio e Geddel.

Job ainda confessou ter contado dinheiro para Geddel cuja origem desconhece, em maços de até R$ 100 mil.

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, ofereceu denúncia ao Supremo Tribunal Federal contra a deputada Shéridan (PSDB-RR) por compra de votos a favor do ex-marido da tucana José Anchieta Júnior.

Segundo a acusação, Shéridan ofereceu vantagens a moradores de Boa Vista para obter votos para Anchieta, que buscava a reeleição ao governo de Roraima em 2010. O também tucano venceu a disputa.

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À época, Shéridan era secretária de Promoção Humana e Desenvolvimento no Estado. Ainda segundo a Procuradoria-Geral da República, eleitores do bairro Pintolândia, em Boa Vista, apontaram que Shéridan ofereceu a inscrição em um programa social do governo, pagamento de multas de trânsito e outras vantagens para garantir os votos para Anchieta.

A denúncia, encaminhada ontem ao STF, utilizou áudios gravados pelos eleitores, além de depoimentos. A investigação tramita no Supremo sob relatoria do ministro Celso de Mello.

'Consciência'

A peça de acusação elaborada por Raquel Dodge tem cinco páginas. "A denunciada era capaz à época dos fatos, possuía consciência da ilicitude e dela se exigia conduta diversa, encontrando-se caracterizada a autoria e materialidade delitivas", escreveu a procuradora-geral.

Em seu primeiro mandato como deputada federal, Shéridan foi relatora na Câmara da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da cláusula de desempenho dos partidos e fim das coligações. Procurada ontem, ela não havia se manifestado até a conclusão desta edição.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, manifestou-se hoje (7) contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 412/09, que pretende dar autonomia funcional e administrativa à Polícia Federal (PF), órgão atualmente subordinado ao Ministério da Justiça.

Nesta terça-feira, o Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF) aprovou o envio de uma comunicação à Câmara em desaprovação à proposta. Para Dodge, há “uma situação clara em que um quinto poder ressurgiria desse modelo constitucional se essa PEC vier a ser aprovada, um modelo em que um desses poderes teria a força e certamente a força armada”.

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Dodge afirmou que a autonomia da PF teria o potencial de ameaçar o próprio Estado Democrático de Direito como conhecido no Brasil.

“A proposta, como enfatizado aqui [no Conselho], ela tem essa gravidade de alterar o modelo do Estado que temos. Parece simples a fórmula de autonomia funcional e administrativa, mas ela atinge o que há de mais essencial no modelo de separação de Poderes e no modelo de freios e contrapesos”, disse a procuradora-geral da República durante a sessão do CSMPF.

A PEC 412/09 tem dividido opiniões ao longo dos anos, mas a defesa por sua aprovação ganhou impulso desde o início da Operação Lava Jato. O relator da proposta na Câmara, deputado João Campos (PRB-GO), apresentou parecer favorável à sua aprovação, argumentando que o Ministério Público e a Defensoria Pública já possuem a mesma autonomia pleiteada para a PF. “Logo, garantir a autonomia funcional, administrativa e orçamentária à Policia Federal significa dar tratamento paritário a essa instituição”, escreveu o deputado em seu parecer.

O projeto tem origem em uma iniciativa da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF), com a justificativa de afastar interferências políticas e garantir a autonomia de investigações.

Outras categorias de servidores da PF – como agentes, escrivães, papiloscopistas e outros – criticam a PEC, que dizem promover uma falsa autonomia ao órgão, atendendo a demandas específicas da classe dos delegados, aumentando o poder desses sobre as demais carreiras. 

Atualmente, o parecer do deputado João Campos pela aprovação da PEC 412 encontra-se pronto para ser votado na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) tem utilizado suas redes sociais para divulgar dicas aos candidatos que vão participar da edição deste ano do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Em publicação neste sábado (4), o instituto oficializou que não haverá anulação automática da redação por violação aos Direitos Humanos.

Recursos da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Procuradoria-Geral da República (PGR) queriam manter a nota zero para as redações do Enem com teor ofensivo aos direitos humanos.  A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, porém, decidiu ratificar a decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região que determinou a suspensão da regra da nota zero para violações aos direitos humanos.

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“Conforme decisão do Supremo Tribunal Federal, o Ministério da Educação (MEC) e o Inep comunicam que entendem que os participantes do #Enem2017 precisam fazer a prova com segurança jurídica e com tranquilidade necessária. Diante disso, o MEC e o Inep informam aos participantes do exame que não haverá anulação automática da redação por violação aos Direitos Humanos, como previa o Edital do #Enem2017”, assinalou o Inep. O posicionamento significa que o instituto não entrará com algum procedimento para recorrer da decisão.

Em seu argumento, Cármen Lúcia disse que “não se combate a intolerância social com maior intolerância estatal”. A PGR defendia que a suspensão da aplicação de item do edital a uma semana da prova geraria insegurança, “com prejuízo aos participantes que se prepararam para o exame”. O pedido de suspensão de item do edital foi da Associação Escola Sem Partido. 

Com informações da Agência Brasil

Os deputados economizaram mais palavras na sessão que barrou a continuidade da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer, na semana passada, do que nas ocasiões em que votaram o parecer da primeira e o pedido de impeachment de Dilma Rousseff.

Segundo levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo com base nas transcrições do Departamento de Taquigrafia da Câmara, foram, em média, 162 caracteres contra 190 caracteres da primeira denúncia e, durante a sessão do impeachment, o número atingiu 314. Além disso, a média dos discursos da base aliada de Temer foi 2,5 vezes mais curta do que a da oposição.

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As palavras mais usadas pelos governistas, de acordo com as transcrições, foram "emprego", "estabilidade" e "crescimento". Já a oposição citou mais os termos "povo", "quadrilha" e "corrupção".

O formato conciso surge enquanto os índices de reprovação de Temer batem recordes. Segundo dados de setembro do Ibope, em pesquisa contratada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), apenas 3% da população considera o governo Temer bom ou ótimo.

"Os deputados se viram na situação constrangedora de absolver um presidente muito impopular entre seus eleitores. Tarefa difícil, da qual queriam se desvencilhar da maneira mais rápida e discreta possível", disse o cientista político Maurício Santoro, professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

A votação pela abertura do processo de impeachment de Dilma, em contraste, foi realizada em um domingo, quando a maior parte do eleitorado acompanhava a sessão pela televisão. "Aqueles minutos de justificativa do voto eram uma rara tribuna nacional para muitos deputados, sobretudo os do chamado 'baixo clero'. Uma oportunidade única para que eles se mostrassem para todo o Brasil", afirmou Santoro.

Controle

As votações das denúncias contra Temer também foram marcadas pelo rigor do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na hora de controlar o microfone. Diferentemente do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que presidiu a votação do impeachment em 2016, Maia cortou o som durante alguns discursos.

Para o cientista político Francisco Paulo Jamil Marques, professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), a atitude do parlamentar não é por acaso. "A condução de uma sessão que envolve denúncia contra o chefe do Executivo é sempre algo bem planejado. Logo, cercado de estratégias", afirmou Marques. Cunha era da oposição e um dos articuladores do impeachment, enquanto Maia é considerado aliado de Temer.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma resolução publicada na reta final da gestão de Rodrigo Janot à frente do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) permite a promotores e procuradores realizar vistorias, inspeções e diligências, e requisitar informações e documentos de autoridades públicas e privadas sem autorização judicial. As normas são contestadas por entidades de representação de magistrados, advogados e policiais federais por conceder "superpoderes" ao MP na investigação criminal.

A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ajuizaram recentemente ações no Supremo Tribunal Federal (STF), nas quais questionam a constitucionalidade da Resolução 181. A Associação dos Delegados da Polícia Federal (ADPF) vai ingressar com pedido de amicus curiae - como parte interessada nos processos. As queixas já estão sob análise da procuradora-geral Raquel Dodge, tanto na PGR como no conselho.

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Editadas no dia 7 de agosto - Janot deixou o comando da PGR e do CNMP em 17 de setembro - para regular o procedimento investigatório criminal (PIC), as regras reacendem críticas à forma como o MP conduz seus trabalhos e lançam mais polêmicas sobre como o órgão foi liderado pelo ex-procurador-geral, que se viu envolto em uma série de controvérsias à frente da Operação Lava Jato e na delação premiada do Grupo J&F. Procurado, Janot não respondeu à reportagem.

Um dos superpoderes, segundo a AMB, está previsto no artigo 7.º da resolução. De acordo com o parágrafo 1.º do dispositivo, "nenhuma autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de função pública poderá opor ao Ministério Público". "O CNMP inseriu uma norma inusitada, para dizer o mínimo", afirma a entidade, "cuja redação rebuscada e criativa contém comando que permitiria ao MP promover a quebra de qualquer sigilo dos investigados, sem ordem judicial", escrevem Alberto Pavie Ribeiro, Emiliano Alves Aguiar e Pedro Gordilho, advogados da AMB.

A resolução, já em seu artigo 1.º, prevê também que o procedimento de investigação é "instaurado e presidido pelo membro do Ministério Público com atribuição criminal" e servirá "como preparação e embasamento para o juízo de propositura, ou não, da respectiva ação penal". Segundo o advogado criminalista Luís Henrique Machado, a norma "estabelece um sistema de 'submissão' investigativa por parte da polícia em relação ao Ministério Público". Para o criminalista, "a resolução do CNMP transforma a instituição em um 'Superpoder' que, hoje em dia, no Brasil, investiga, processa e julga".

O conjunto de normas, de acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas, Elias Mattar, extrapola prerrogativas de Poderes e da polícia. "Só existem três Poderes: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. O MP não é um Poder", disse "A resolução trata de regulamentação de inquérito policial e processo penal, matérias que são de competência constitucional do Congresso Nacional", argumenta Mattar, para quem o conjunto de regras é "uma excrescência".

A expansão das atribuições do CNMP é questionada também pelos delegados federais. "Não pode um conselho, que tem por missão constitucional fiscalizar o cumprimento da lei por parte dos membros do Ministério Público, os promotores e os procuradores, aumentar os seus poderes ao arrepio da legislação. Isso é totalmente contrário àquilo que a Constituição previu para o Conselho Nacional do Ministério Público", afirma Carlos Eduardo Sobral, presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal. "Toda concentração de poder, historicamente, gera abusos, proporciona arbítrio."

A resolução influencia principalmente a atuação do Ministério Público Federal e do Ministério Público nos Estados.

O professor de Direito Administrativo da Fundação Getulio Vargas (FGV) Carlos Ari Sundfeld afirma que o conselho não tem competência legal para baixar essas normas. "As resoluções só podem existir se tiverem caráter administrativo. Elas não podem ter caráter de lei."

'Não persecução'. O capítulo da resolução que trata do acordo de não persecução penal - medida para evitar o processo - também está na mira de juristas. De acordo com as normas, em caso de delitos cometidos sem violência ou grave ameaça (incluindo o crime de corrupção), o MP poderá propor ao investigado o acordo e, em caso de seu cumprimento integral, a investigação será arquivada. As cláusulas negociadas, porém, não serão levadas à Justiça para análise, seja pela rejeição, seja pela aceitação.

Na opinião do ex-presidente da OAB Luiz Flávio Borges D'Urso, essa regra "avança ainda mais no campo da ilegalidade". "O Ministério Público cria a figura, sem amparo legal, do acordo de não persecução penal, conferindo poder inexistente ao Ministério Público, para decidir se ofertará ou não a denúncia, em caso de acordo de delação", afirmou o advogado.

Professora de Direito Penal da Universidade de São Paulo (USP) e uma das autoras do pedido de impeachment de Dilma Rousseff, Janaina Paschoal disse que o CNMP, com o acordo de não persecução penal, cria o plea bargain: "Não há previsão legal no Brasil, é um instituto do common law". De acordo com ela, "isso vai muito além da delação premiada, que requer a homologação judicial. O MP está se autoconcedendo um poder que a Constituição não deu, que a legislação não dá. O Poder Judiciário é uma garantia de todos nós."

As ações da AMB (5790), e da OAB (5793), estão sob a relatoria do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo, e ainda não há data para julgamento.

O que diz a norma:

Art. 7º Sem prejuízo de outras providências inerentes a sua atribuição funcional e legalmente previstas, o membro do Ministério Público, na condução das investigações, poderá:

I - fazer ou determinar vistorias, inspeções e quaisquer outras diligências, inclusive em organizações militares;

II - requisitar informações, exames, perícias e documentos de autoridades, órgãos e entidades da administração pública direta e indireta, da União, dos Estados, dos Distrito Federal e dos Municípios;

III - requisitar informações e documentos de entidades privadas (...) As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou uma nota dois dias depois da sessão da Câmara dos Deputados que impediu a investigação do presidente Michel Temer por obstrução à Justiça, na qual condena a "barganha na liberação de emendas parlamentares pelo governo" e faz um alerta sobre a situação social e política do País. De acordo com a CNBB, existe um divórcio entre a classe política e a sociedade brasileira.

"A barganha na liberação de emendas parlamentares pelo governo é uma afronta aos brasileiros (…). O divórcio entre o mundo político e a sociedade brasileira é grave", disse CNBB na nota.

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O jornal O Estado de S. Paulo revelou na última quarta-feira que o custo das medidas e concessões feitas a parlamentares para barrar as duas denúncias contra Temer pode chegar a R$ 32 bilhões.

De acordo com a CNBB, as práticas políticas causam apatia e descaso pela democracia na população em geral e até nos movimentos sociais, tradicionalmente mais engajados. O cenário, dizem os bispos, propicia o surgimento de salvadores da pátria, "radicalismo e fundamentalismos" e coloca em risco a democracia.

"Tais práticas ferem a política e a esperança dos cidadãos que parecem não mais acreditar na força transformadora e renovadora do voto. É grave tirar a esperança de um povo. Urge ficar atentos, pois, situações como esta abrem espaço para salvadores da pátria, radicalismos e fundamentalismos que aumentam a crise e o sofrimento, especialmente dos mais pobres, além de ameaçar a democracia no País", disse a CNBB no texto.

Os bispos afirmam ainda que só a reação do povo é capaz de "purificar a política". A nota incentiva que a população se manifeste de forma pacífica contra a retirada de direitos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Doze deputados "viraram casaca" na votação de anteontem na Câmara, que barrou o andamento da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer, em relação à primeira acusação formal, apreciada em agosto. Entre os "infieis" - oito -, o principal argumento foi a pressão da opinião pública.

Já no caso de quem decidiu aderir ao governo na segunda votação - quatro -, a justificativa foi a de que uma nova mudança na Presidência seria um "mal maior" para o País. A denúncia foi barrada pelo placar de 251 votos a 233.

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Deputados que votaram por barrar a segunda denúncia relataram que foram retaliados quando se posicionaram contra o governo em agosto. O deputado César Halum (PRB-TO), que votou contra Temer na primeira denúncia, disse que foi punido com a retirada dos dois cargos que tinha em seu Estado.

"Após aquele voto meu na primeira denúncia as pessoas foram exoneradas".

Halum afirmou que, antes da votação da segunda denúncia, foi procurado por líderes partidários, que chegaram a questioná-lo se gostaria de reaver os cargos. O deputado, porém, diz ter recusado e votado a favor de Temer anteontem, "por convicção". "Não tenho interesse, não quero", afirmou. "Essa mudança seria um trauma".

Carlos Gomes (PRB-RS) também votou contra o governo na primeira denúncia e agora mudou de opinião. Ele alegou que em agosto ainda era possível destituir o presidente pela distância do período eleitoral, mas que agora haveria um "inferno econômico" porque haveria dúvida em quem colocar na função. Gomes também perdeu o cargo que tinha no Estado justamente no dia da votação da segunda denúncia. Ainda assim, disse, manteve o voto com o governo. "Tenho de fazer um voto avaliando a conjuntura."

Contramão

Entre os parlamentares que fizeram o caminho inverso, foi no PSD que Temer perdeu mais votos da primeira para a segunda denúncia: quatro. Foi o caso de Heuler Cruvinel (PSD-GO). Na primeira votação, Cruvinel alegou que as acusações dos irmãos Wesley e Joesley Batista, da JBS, não mereciam credibilidade. Mas, segundo ele, após Polícia Federal encontrar malas de dinheiro num apartamento atribuído ao ex-ministro Geddel Vieira Lima, se convenceu de que há provas consistentes que indicam a formação de uma organização criminosa.

O deputado Jaime Martins (PSD-MG) disse que votou com o governo na primeira denúncia por considerar que o STF vem atuando de forma política e que, por isso, não teria isenção suficiente para julgar o presidente da República.

Agora, afirma, o cerco da opinião pública nas redes sociais e a abordagem do eleitorado na rua pesaram na mudança de voto. "Eu nunca quis votar pela impunidade. A opinião pública acha que se tem indícios de culpa, tem de haver investigação".

No DEM, Abel Mesquita Jr., que se diz independente, mudou de voto porque, segundo ele, formou convicção de que houve cometimento de crimes. "Na primeira denúncia eu não tinha convicção. Depois das denúncias, das delações, me convenci. O presidente tem de responder. Ninguém está acima da lei", disse.

Vice-líder do PMDB na Câmara e um dos principais integrantes da "tropa de choque" do governo, o deputado Carlos Marun (MS) atribuiu ontem a perda de apoio do presidente a possíveis demandas não atendidas pelo Palácio do Planalto. "Talvez tenha aparecido gente com pedido complementar, daí, com, razão o governo não quis atender", disse.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A comparação das duas votações de denúncias contra o presidente Michel Temer (PMDB) revela que ele perdeu apoio em sete bancadas partidárias, e ganhou em outras sete. Na sessão de quarta-feira (25) os deputados favoráveis ao prosseguimento da acusação por organização criminosa e obstrução da Justiça obtiveram 233 votos, seis a mais do que no início de agosto, quando foi analisada a denúncia por corrupção passiva. Nos dois casos, eram necessários 342 votos para que as denúncias avançassem.

Em números absolutos, foi no PSD que Temer perdeu mais votos: quatro. Em termos proporcionais, as maiores reduções de apoio ocorreram no PROS e no PSD. No PROS, entre uma votação e outra, a taxa de deputados contrários ao presidente da República passou de 40% para 50%. No PSD, a variação foi de 37% para 46%.

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Os demais partidos em que o apoio caiu foram DEM, PTB, PODE, PSDB e PR. Entre os tucanos, o número de deputados favoráveis a dar continuidade às investigações passou de 21 para 23. Na votação da segunda denúncia, os contrários a Temer foram 50% da bancada do PSDB, em comparação com os 45% da decisão anterior.

Os tucanos estão divididos sobre a permanência do partido no governo. A ala favorável a Temer é comandada pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), presidente licenciado do partido. Entre os deputados tucanos de Minas, Estado de Aécio, 6 dos 7 votos foram contra o prosseguimento da denúncia.

No PMDB, partido de Temer, o número de votos contrários ao presidente foi o mesmo nas duas sessões: 6. Isso corresponde a pouco menos de 10% da bancada.

Apoio

Os partidos em que Temer ganhou apoio, graças à redução da taxa de votos contra o prosseguimento da denúncia, foram PPS, PP, Avante (antigo PT do B), SD, PDT, PRB e PSOL. Neste último, o fenômeno foi involuntário. A votação contra Temer só não foi unânime no PSOL, como na primeira denúncia, porque o deputado Edmilson Rodrigues (PA) só se manifestou no plenário depois de perder a chamada feita pela Mesa e ser considerado ausente.

Com isso, os votos contra Temer caíram de 6 para 5 entre uma votação e outra.

Dos 23 deputados ausentes anteontem, dois terços (15) votaram a favor de Temer quando a Câmara barrou a primeira tentativa de prosseguir a investigação sobre o presidente.

Do outro lado, apenas cinco dos faltantes na sessão de anteontem se alinharam à oposição na votação da primeira denúncia. O fator de aliados de Michel Temer estarem super-representados nesse universo sugere que governistas tenham optado por faltar em vez de votar a favor dele.

Três parlamentares do PRB (Carlos Gomes, César Halum e Ronaldo Martins) e um do PR (Adelson Barreto) trocaram de posição e passaram para o campo governista entre uma votação e outra.

Já os que foram favoráveis a Temer e depois se voltaram contra ele formam um contingente maior, de oito deputados. Desses, quatro parlamentares são do PSD, dois do PMDB, um do DEM e um do PRB.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em mensagem gravada na manhã desta quinta-feira, 26, no Palácio do Jaburu, após ter um mal-estar na quarta, dia em que a Câmara arquivou a segunda denúncia contra ele, o presidente da República, Michel Temer, disse - em vídeo divulgado nas redes sociais - que "a verdade venceu" e que agora é hora de focar no crescimento do País. Temer, que até a quarta-feira dedicou parte da sua agenda no corpo a corpo com os deputados para barrar a denúncia por obstrução de justiça e organização criminosa, agradeceu a cada "deputado e deputada" que ajudou a arquivar a denúncia por 251 votos a 233.

"Faremos ainda mais, com a ajuda do Congresso e, principalmente, com a ajuda de todos os brasileiros. Quero até aproveitar para agradecer às deputadas e aos deputados que na votação de ontem reafirmaram o compromisso comigo e com o nosso governo", destacou o presidente, que agora terá o desafio de reaglutinar a base aliada em torno das reformas.

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Conforme antecipou o jornal O Estado de S. Paulo, Temer reforçou o bordão de que "Agora, é avançar". "A todos que mantêm a fé no Brasil, a hora é agora. É hora de transformar o País e superar nossos desafios. Agora, é avançar. Vamos continuar a trabalhar, com determinação e muita paz", disse o presidente.

Reforçando o mote que quer implementar nesta "terceira fase" do seu governo, Temer diz no vídeo que "o Brasil é sempre maior do que qualquer desafio". "E ficou ainda mais forte depois de ter suas instituições testadas de forma dramática nos últimos meses. No fim, a verdade venceu. Prevaleceram as garantias individuais e institucionais da nossa Constituição", comentou.

O presidente destacou que "é hora de ter foco no que interessa ao nosso povo" e citou o mote do PMDB, que lançou a Ponte para o Futuro, afirmando que a ponte que o governo está construindo para o futuro "é sólida, firme, resistente". "Começamos a construí-la ainda em 2015, certos do nosso caminho e convictos do nosso destino. Era apenas um sonho impresso em papel. Hoje, é a realidade na vida de milhões de brasileiros. Estamos fazendo a travessia", salientou.

Economia

Segundo auxiliares, Temer alterou a mensagem escrita por auxiliares durante a gravação e fez questão de destacar os focos econômicos. "Os resultados já são visíveis. A economia voltou a crescer depois da maior recessão da nossa história. Essa é a maior obra de meu governo. Com a melhora da economia, estamos reencontrando os empregos, os investimentos estão voltando, o consumo das famílias está crescendo. Estamos consolidando avanços na educação e na saúde. Os programas sociais continuam e serão sempre minha prioridade. Os salários recuperaram o poder de compra", destacou o presidente.

Como faz em todos os seus pronunciamentos e discursos, Temer salientou que "a inflação despencou, os juros caem de forma responsável e consequente". "Batemos recordes de produção no campo e a indústria vem reagindo bem. O comércio e os serviços retomam níveis bem melhores. O trabalho venceu a recessão. A perseverança derrotou o medo", diz.

O presidente afirmou ainda que seu compromisso é o País cada vez maior e melhor. "Um País respeitado no cenário internacional, confiável nas relações comerciais, com credibilidade para atrair investidores nacionais e estrangeiros gerando emprego e renda para todos."

"A normalidade do País nunca foi afetada e agora prossegue ainda mais forte. A verdade dos dados econômicos revela a face real do meu governo. Teremos muito mais emprego nos próximos meses, com a nova lei que modernizou as relações trabalhistas. O crescimento é certo e seguro", ressaltou, em tom de otimismo.

Saúde

Segundo fontes, Temer também gravou uma mensagem sobre seu estado de saúde e agradecendo a equipe médica do Hospital Militar, no entanto, este vídeo deve ser veiculado só mais tarde.

O presidente foi submetido na quarta a um procedimento para desobstrução do canal da bexiga após passar mal pela manhã no Palácio do Planalto. Ele passou bem a noite e pela manhã fez alguns despachos com assessores no Palácio do Jaburu, residência oficial. Temer chegou ao Planalto por volta do meio dia e à tarde terá agenda normalmente.

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