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O papa Francisco declarou neste domingo (14) que renunciar ao comando da Igreja Católica "é uma possibilidade aberta", mas garantiu que a ideia não está atualmente em seus pensamentos.

O religioso, que participou de uma entrevista com o jornalista Fabio Fazio no programa Che Tempo Che Fa, comentou que "continua vivo" em resposta ao anfitrião que lhe perguntou como ele estava.

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"Não é um pensamento, nem uma preocupação, nem um desejo, mas uma possibilidade aberta a todos os Papas. Mas neste momento não está no centro dos meus pensamentos. Enquanto eu tiver vontade de servir, irei continuar", analisou o pontífice, que participou do talk show remotamente.

O líder da Igreja Católica acrescentou que "teremos que pensar" na possibilidade de renúncia se a condição mudar futuramente.

Aos 87 anos, o papa Francisco viu seu pontificado completar uma década e teve um 2023 bastante agitado. Ao mesmo tempo em que participou de um sínodo e fez cinco viagens, o religioso precisou superar alguns problemas de saúde.

Da Ansa

O papa Francisco, de 86 anos, foi internado nesta quarta-feira (29) em um hospital de Roma para ser submetido a "exames médicos programados", informou o Vaticano em uma breve nota, o que levou o pontífice argentino a cancelar as audiências previstas para quinta-feira (30).

"O Santo Padre está no (hospital) Gemelli desde esta tarde para exames previamente programados", afirmou o diretor da secretaria de imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni.

"A agenda do papa foi suspensa caso ele tenha que fazer mais exames", acrescentou uma fonte do Vaticano à AFP, acrescentando que é "possível" que o papa passe a noite no hospital.

Francisco, que comemorou 10 anos de papado em março, participou da audiência geral na manhã de quarta-feira na Praça de São Pedro, durante a qual apareceu sorrindo enquanto cumprimentava os fiéis em seu "papamóvel".

No entanto, segundo os fotógrafos da AFP, se movimentava com dificuldade e parecia sentir fortes dores.

Francisco, que usa cadeira de rodas desde maio de 2022 devido a fortes dores no joelho direito, passou 10 dias no hospital Gemelli em julho de 2021 para uma delicada operação de cólon.

O papa explicou mais tarde que esta operação o deixou com "sequelas", então decidiu descartar a cirurgia no joelho, conforme aconselhado por seus médicos.

O mundo já sabia de seus diversos males pelo fato de sofrer de uma dor ciática crônica que o obrigava a mancar, motivo pelo qual teve que renunciar às cerimônias oficiais em algumas ocasiões.

O hospital Gemelli é o centro médico onde o papa João Paulo II também foi hospitalizado em várias ocasiões e teve um tumor benigno no cólon removido em 1992.

- Especulações e segredos -

A saúde do papa, sobretudo devido à idade de Francisco e a seus problemas para andar, costumam levantar todo tipo de especulações.

Nas várias entrevistas concedidas nos últimos meses, o papa latino-americano evocou a possibilidade de renunciar, tal como fez seu antecessor em 2013, Bento XVI, que morreu no final de 2022.

Em julho passado, Francisco confessou que "já não podia viajar" com o mesmo ritmo de antes e inclusive mencionou que poderia se afastar. Em fevereiro, esclareceu que a renúncia de um papa "não deve virar moda" e que essa ideia "no momento não estava em sua agenda".

Há um ano, Francisco conta com um "assistente pessoal de saúde", uma enfermeira, que o acompanha de forma permanente.

A saúde dos papas tem sido sempre uma "matéria reservada" para o Vaticano e mantida geralmente em segredo.

O médico e jornalista argentino Nelson Castro apresentou recentemente em Roma um livro sobre a saúde dos papas e as doenças sofridas por eles desde Leão XIII e falou em particular sobre o tema com Francisco.

Ele afirmou a Castro que havia se "recuperado por completo" e que "não havia se sentido limitado desde então".

Também confessou que quando residia na Argentina tratou dores nas costas com acupuntura chinesa, que sofria de "cálculos na vesícula biliar" e que, em 2004, teve um problema cardíaco "temporário" devido a um ligeiro estreitamento de uma artéria.

Nesta sexta-feira (17), o papa Francisco faz aniversário e recebeu os cumprimentos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O petista publicou uma foto de um  encontro com o pontífice e disse que ele espalha amor e respeito ao mundo.

Quatro dias após completar 52 anos de sacerdócio, o papa Francisco comemora 85 anos, seu nono aniversário como líder da Igreja Católica.

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Em fevereiro, Lula viajou ao Vaticano, onde recebeu uma benção do argentino e conversou sobre temas como a fome, desigualdade social e intolerância, segundo seu Instituto.

Na ocasião, Lula não deu detalhes sobre o encontro e disse que o encontrou tratou "sobre um mundo mais justo e fraterno".

"Cada etapa da vida é um tempo para acreditar, esperar e amar", escreveu o pontífice em seu perfil no Twitter.

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O pré-candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes, também prestou homenagens ao papa.

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O Brasil é um dos países com dificuldades para enfrentar o Covid-19 e, por isso, receberá ajuda do Papa Francisco. Dos 35 respiradores pulmonares que estão sendo doados pelo líder da Igreja Católica, quatro serão enviados para o Brasil.

O país, inclusive, é um dos que o Papa Francisco tem se mostrado preocupado, chegando a ligar para os líderes nacionais para saber como anda o combate ao novo coronavírus. 

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Segundo o UOL, os outros respiradores serão distribuídos para o Haiti (4), República Dominicana (2), Bolívia (2), Colômbia (3), Equador (2), Honduras (3), México (3), Venezuela (4), Camarões (2), Zimbábue (2), Bangladesh (2) e Ucrânia (2).

O papa Francisco pediu à comunidade internacional, neste domingo (28), que aja "rapidamente e com decisão" para evitar novas tragédias no mar, após o naufrágio que deixou mais de 110 migrantes mortos e desaparecidos, na última quinta-feira, frente à costa líbia.

"Soube, com dor, da notícia do dramático naufrágio, ocorrido nos últimos dias nas águas do Mediterrâneo, no qual dezenas de migrantes - entre eles, mulheres e criança - perderam a vida", declarou o papa em tom grave, após a oração do Ângelus, na praça de São Pedro.

"Renovo meu apelo sincero para que a comunidade internacional aja rapidamente e com decisão, para evitar que se repitam tragédias similares e garantir a segurança e a dignidade de todos", insistiu.

O papa convidou os milhares de fiéis reunidos na praça, apesar da chuva e do vento, a refletirem por alguns momentos em silêncio e rezarem pelas vítimas e por seus familiares.

Na sexta-feira, os serviços de resgate líbios anunciaram que foram recuperados 62 corpos de migrantes, depois que sua embarcação afundou, na véspera, frente à costa de Khoms.

Cerca de 145 pessoas foram resgatadas, mas pelo menos 110 morreram, segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM).

Durante o tradicional discurso para o Corpo Diplomático, o papa Francisco falou nesta segunda-feira (8) sobre os atuais conflitos e crises no mundo e pediu todo o apoio para as conversas entre os governos das Coreias do Sul e do Norte.

"É de primária importância que se possa apoiar qualquer tentativa de diálogo na península coreana, a fim de encontrar novas estradas para superar os conflitos atuais, fazer crescer a confiança recíproca e assegurar um futuro de paz ao povo coreano e ao mundo inteiro", ressaltou Francisco classificando como "impensável" uma guerra nuclear.

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A fala ocorre menos de 24 horas antes da primeira reunião de alto nível entre as duas nações, marcada para esta terça-feira (9), que tratará da participação norte-coreana nos Jogos Olímpicos de Inverno na cidade sul-coreana de Pyeongyang em fevereiro.

Citando uma afirmação do papa João XXIII, Jorge Mario Bergoglio destacou que a Santa Sé mantém sua postura de que "as eventuais controvérsias entre os povos não devem ser resolvidas sob os recursos das armas, mas através da negociação".

Por outro lado, continuou o líder religioso, a "contínua produção de armas sempre mais avançadas e aperfeiçoadas e o grande número de focos de conflito - os quais já chamei mais de uma vez de 'terceira guerra mundial em partes' - não pode ser repetidas com a força das palavras de meu antecessor". "É quase impossível pensar que, na era atômica, a guerra possa ser utilizada como um instrumento de justiça", acrescentou voltando a citar João XXIII.

Em outra parte de seu discurso, o sucessor de Bento XVI voltou a comentar o agravamento da crise entre israelenses e palestinos, destacando que "ao exprimir a dor por todos aqueles que perderam suas vidas nos recentes conflitos, renova-se o pedido urgente para ponderação em cada iniciativa com o fim de evitar a exacerbação dos conflitos".

"Convidamos a todos a um compromisso comum no respeito , em conformidade com as pertinentes Resoluções das Nações Unidas, o status quo de Jerusalém, cidade sacro-santa para cristãos, judeus e muçulmanos", disse.

Apesar de não citar nominalmente, a fala foi uma menção à atitude do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reconhecer unilateralmente Jerusalém como capital de Israel. A medida, anunciada no dia 6 de dezembro, causou um aumento na violência no Oriente Médio e gerou críticas de todas as nações islâmicas - bem como das Nações Unidas e da União Europeia.

"Os 70 anos de conflito torna mais urgente do que nunca a busca por uma solução política que permita a presença na região de dois Estados independentes dentro dos limites reconhecidos internacionalmente. Mesmo entre as dificuldades, a vontade de dialogar e de retomar as negociações permanece a estrada mestre para atingir finalmente a uma coexistência pacífica entre os dois povos", acrescentou.

- Outros conflitos pelo mundo:

O papa Francisco também comentou sobre outros conflitos pelo mundo e ressaltou o momento de reconstrução, por exemplo, na Síria.

"É importante que possamos prosseguir, em um clima de crescimento de confiança entre as partes, as várias iniciativas de paz em curso a favor da Síria. Que isso possa, finalmente, colocar fim ao longo conflito que envolveu o país e que causou incalculáveis sofrimentos. O desejo comum é que, depois de tanta destruição, tenha chegado o tempo de reconstruir", acrescentou.

O Sumo Sacerdote ainda afirmou que "além de construir os prédios, é preciso reconstruir os corações, reencontrar o tecido da confiança recíproca, uma premissa imprescindível para florir qualquer sociedade". Durante a fala sobre o Oriente Médio, Bergoglio ainda pediu a proteção de todas as minorias religiosas, "entre as quais estão os cristãos", para que eles possam "continuar contribuindo com a história da Síria" e da região.

De acordo com ele, é "muito importante" que os milhões de refugiados que foram, especialmente, para a Jordânia, o Líbano e a Turquia, possam "voltar para casa". 

Em outro ponto do discurso, o Papa lembrou da crise política, econômica e social da Venezuela, ressaltando que a situação só poderá ser resolvida "a partir do interior do contexto nacional, com a abertura e a disponibilidade do encontro".

"Penso especialmente na minha querida Venezuela, que está atravessando uma crise política e humanitária sempre mais dramática e sem precedentes. Enquanto a Santa Sé exorta a responder sem demora às necessidades primárias da população, deseja que se criem condições para que as eleições previstas para o ano em curso sejam capazes de iniciar a solução para os conflitos existentes. Assim, pode-se olhar com serenidade para o futuro", ressaltou.

Durante os dois últimos anos, o Vaticano tentou, sem sucesso, intermediar conversas entre o governo de Nicolás Maduro e a oposição para tentar por fim à crise. Os debates fracassaram, no entanto, após o presidente não marcar eleições conforme o prometido e, entre outras coisas, se negar a abrir corredores humanitários para os mais necessitados.

- Imigrantes:

Um dos pontos mais batidos durante os seus discursos em seus quase cinco anos de Pontificado, a imigração também ganhou destaque no discurso ao Corpo Diplomático.

"Hoje se fala muito dos imigrantes e de imigração apenas para suscitar medos ancestrais. As migrações sempre existiram. Na tradição judeu-cristã, a história da salvação é essencialmente uma história de imigração. A liberdade de movimento, como aquela de deixar o próprio país e de voltar para ele pertence aos direitos fundamentais do homem", afirmou o líder católico.

Continuando com sua fala, ele ressaltou que "apesar da retórica de medo difundida" pelo mundo, é preciso considerar que "diante de nós estão, acima de tudo, pessoas".

"Não se pode esquecer a situação de famílias despedaçadas por causa da pobreza, das guerras e das migrações. Nós temos muitas vezes, diante de nossos olhos, o drama das crianças que vagam sozinhas até as fronteiras que separam o sul do norte do mundo, sofredoras do tráfico de seres humanos", ressaltou.

Lembrando de seu discurso pelo Dia Mundial da Paz, ele destacou que "mesmo reconhecendo que nem todos estão com as melhores intenções, não se pode esquecer que a maior parte dos imigrantes preferia ficar em suas próprias terras, enquanto são obrigados a deixá-la por causa de discriminações, perseguições, pobreza e destruição ambiental".

"Praticando a virtude da prudência, os governantes devem saber acolher, promover, proteger e integrar, estabelecendo medidas práticas para aquela reinserção. Quero agradecer, novamente, aos líderes daquelas nações que neste anos forneceram assistência aos inúmeros imigrantes que chegaram às suas fronteiras", disse ainda.

"Desejo, em particular, exprimir uma gratidão particular à Itália que, neste anos, mostrou um coração aberto e generoso e soube oferecer exemplos positivos de integração", disse ainda.

- Direitos Humanos:

Em outro ponto de sua fala, Francisco voltou a defender os direitos humanos, entre os quais "a liberdade de pensamento, de consciência e de religião, que inclui ainda a liberdade de mudar de religião".

"Infelizmente, é conhecido como o direito de liberdade de religião é muitas vezes rejeitado e também se sabe que o direito à religião é usado para justificar, ideologicamente, novas formas de extremismos ou de um pretexto para a marginalização social, se não uma forma de perseguição aos que creem", ressaltou.

"A construção da sociedade, inclusive, exige como sua condição uma compreensão integral da pessoa humana, que deve se sentir verdadeiramente acolhida quando é reconhecida e aceitada em todas as suas dimensões que constroem a identidade", afirmou.

Da Ansa

O papa Francisco reconheceu que às vezes acaba dormindo enquanto reza, o que não o impede de "santificar o nome de Deus", explicou. "Eu também, quando oro, às vezes acabo dormindo", confessou o pontífice argentino, sorrindo, em uma entrevista que será transmitida na quarta-feira (1) pela emissora católica italiana TV2000.

O descanso e o sono, se oferecidos a Deus, se convertem em oração, segundo diz a Bíblia e confirmam os santos, explicaram fontes religiosas. "Santa Teresa do Menino Jesus também dizia isso e sustentava que agradava muito a Deus", declarou o papa, após citar um dos inúmeros salmos em que se fala dos sonhos, se revelam profecias e se pede ao fiel que "se abandone a Deus como uma criança nos braços do pai", disse.

"Essa é uma das muitas maneiras de santificar o nome de Deus, de se sentir uma criança em seus braços", assegurou Francisco. O papa argentino, de 80 anos, costuma aparecer cheio de energia quando encontra multidões, mas seu rosto se transforma completamente quando reza, ficando sério ou fechando os olhos por longos momentos.

Sabe-se que a sua agenda é muito atribulada e, por isso, dorme às 21h00. Francisco se levanta às 04h00, reza e durante a tarde tem o hábito de fazer a sesta, de acordo com fontes do Vaticano.

O Papa Francisco expressou nesta quarta-feira sua "proximidade e oração a toda a querida população mexicana" após o devastador terremoto que afetou aquele país nesta terça-feira. "Ontem um terrível terremoto assolou oo México", disse o papa ao final da audiência genal no Vaticano.

"Vi que há muitos mexicanos hoje aqui entre vocês. Causou muitas vítimas e danos materiais. Neste momento de dor quero manifestar minha proximidade e oração a toda a querida população mexicana", completou. Francisco pediu a todos os fiéis presentes que orassem pelos mortos e desabrigados pelo terremoto, que deixou mais de 200 vítimas fatais, incluindo 21 crianças em uma escola.

"Elevemos todos juntos a nossa prece a Deus para que receba os que perderam a vida, conforte os feridos, seus familiares e todos os desabrigados", disse. "Peçamos também por todos os funcionários dos serviços e de socorro que prestam ajuda às pessoas afetadas, e que nossa mãe, a Virgem de Guadalupe, esteja próxima da querida nação mexicana", completou.

Os trabalhos de resgate prosseguiam sem descanso na capital e nos estados centrais do México, nesta quarta-feira, em busca de sobreviventes sob os escombros de edifícios que desabaram após o terremoto devastador da véspera. O México fica entre cinco placas tectônicas e é um dos países com maior atividade sísmica no mundo.

Em 7 de setembro, um terremoto de magnitude 8,1, o mais forte em um século no México, deixou 96 mortos e mais de 200 feridos no sul do país, especialmente nos estados de Oaxaca e Chiapas.

O papa Francisco terá uma reunião com os povos indígenas em Puerto Maldonado, uma região amazônica impactada pela mineração ilegal, durante sua visita ao Peru em janeiro de 2018, informou nesta segunda-feira a Conferência Episcopal.

"O Santo Padre terá um encontro com os povos da Amazônia, principalmente aborígenes. Não percam de vista que estamos perto do Brasil e da Bolívia e haverá muitas visitas", afirmou o monsenhor Norberto Strotmann, secretário-geral da Conferência Episcopal e coordenador da visita papal.

O Papa Francisco enviou nesta sexta-feira um vídeo ao povo argentino no qual explica por que não viajará em 2017 a seu país, apesar de sentir falta de seu povo e de sua terra.

"Vocês não sabem o quanto eu gostaria de voltar a vê-los. E também não poderei fazer isso no próximo ano porque já há compromissos fixados para Ásia, África, e o mundo é maior que a Argentina, e, bom, é preciso se dividir, deixo nas mãos do Senhor para que Ele me indique a data", disse em uma mensagem por vídeo, cujo texto foi divulgado pelo Vaticano.

"Levando-se em conta que no próximo ano também não vou poder ir, decidi me comunicar com vocês desta forma. Para mim, o povo argentino é meu povo, vocês são importantes, eu continuo sendo argentino, eu ainda viajo com passaporte argentino", explicou.

O Papa argentino, que em 16 de outubro canonizará no Vaticano o religioso argentino Rosario Brochero, conhecido como Padre Brochero, receberá na véspera o presidente Mauricio Macri, em uma audiência privada que deverá resolver velhas tensões.

"Chama-me a atenção que a Argentina seja elogiada por sua geografia, sua riqueza, temos de tudo: montanhas, florestas, planícies, costas, todas as riquezas em mineração. Temos tudo. Que país rico! Mas a maior riqueza que nossa Pátria tem é o povo, este povo que sabe ser solidário, que sabe caminhar um ao lado do outro, que sabe se ajudar, que sabe se respeitar", afirma.

"Eu respeito esse povo argentino, amo, levo em meu coração, é a maior riqueza de nossa Pátria. E, embora não possamos dar as mãos, contem com minha memória e minha oração para que o Senhor os faça crescer como povo", acrescentou.

Antes de se despedir, o Papa latino-americano enumera "os deveres de casa" dos argentinos, entre eles visitar os doentes, dar comida aos famintos, dar abrigo ao peregrino, vestir quem não tem roupas, visitar os presos.

Para o Papa Francisco, amor é "esquecer de si mesmo" para pensar melhor nos demais, disse neste sábado (12), em audiência na Praça de São Pedro para 40 mil pessoas.

Jorge Bergoglio falou de amor tomando como exemplo o caso de uma mulher que lhe escreveu recentemente pedindo-lhe que rezasse por ela, para ajudá-la na díficil tarefa de cuidar de sua mãe, idosa e doente, e de seu irmão, deficiente.

"A vida dessa pessoa é servir, ajudar", disse o Papa. "Isso é amor, esquecer de si mesmo e pensar nos demais."

O amor, acrescentou o pontífice, "é um ato de humildade, realizado em silêncio e dissimuladamente, como o próprio Jesus disse: 'Que sua mão esquerda não saiba o que faz sua mão direita.'"

Este ato, assinalou Francisco, pode ser expressado "colocando à disposição as dádivas que o Espírito Santo nos concedeu, ou dividindo bens materiais, para que a pessoa não passe necessidade".

O papa Francisco cancelou nesta quinta-feira (25) todas as audiências devido a estar com um pouco de febre, informou o Vaticano.

O papa, que voltou há uma semana de uma viagem de cinco dias pelo México, apresentou uma pequena indisposição e febre baixa, segundo o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi.

Apesar do mal-estar, Francisco, como de costume, celebrou a missa matinal na Casa Santa Marta.

O papa Francisco, o pontífice número 266 da história da Igreja Católica, já fez nove viagens ao exterior desde que foi eleito em 13 de março de 2013.

- Brasil -

Em sua primeira viagem ao exterior (de 22 a 29 de julho de 2013), apenas cinco meses depois de ser eleito, Francisco presidiu a XXVIII Jornada Mundial da Juventude, que aconteceu no Rio de Janeiro.

Na viagem substituiu o papamóvel blindado por um veículo branco totalmente aberto e quebrou o protocolo em várias oportunidades para se aproximar dos fiéis.

- Terra Santa -

A segunda viagem foi uma peregrinação de três dias (24 a 26 de maio de 2014), a Terra Santa, que incluiu Jordânia, Belém (na Cisjordânia) e Jerusalém.

O papa defendeu o diálogo e a paz no Oriente Médio, dialogou com o líder da Igreja ortodoxa, rezou pela paz, se reuniu com o rei Abdallah II, o presidente palestino Mahmud Abbas, o presidente israelense Shimon Peres e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

Francisco foi acompanhado por dois amigos e compatriotas argentinos, o rabino Abraham Skorka e o professor muçulmano Omar Abboud.

- Coreia do Sul -

A primeira viagem de um papa ao continente asiático em 15 anos teve como destino a Coreia do Sul (de 13 a 18 de agosto de 2014). Francisco se despediu com um apelo emotivo à unidade entre os coreanos do Norte e do Sul, divididos após a Segunda Guerra Mundial.

- Albânia -

Francisco celebrou uma visita de 11 horas em 21 de setembro de 2014 a Albânia, primeiro país da Europa que visitou, escolhido por ser uma das "periferias do mundo", entre os mais pobres e esquecidos do velho continente.

- Estrasburgo (França) -

Em 25 de novembro de 2014 Francisco fez uma rápida visita de menos de quatro horas a Estrasburgo (França) para discursar no Parlamento Europeu e no Conselho da Europa sobre justiça social e tolerância, em uma Europa em crise que vive um inquietante aumento do extremismo.

- Turquia -

Francisco visitou a Turquia entre 28 e 30 de novembro de 2014, uma viagem com escalas em Ancara e Istambul, símbolo de sua vontade de defender o diálogo entre as religiões e os cristãos da região, ameaçados pela guerra.

- Sri Lanka e Filipinas -

Francisco viajou pela segunda vez à Ásia entre os dias 12 e 19 de janeiro de 2015 para visitar o Sri Lanka e as Filipinas, uma maneira de reconhecer a importância do continente para a Igreja Católica, que está perdendo fiéis em outras regiões do mundo.

O papa concluiu a viagem com uma missa em Manila que reuniu seis milhões de pessoas, um recorde.

- Bósnia e Herzegovina -

O chefe da Igreja Católica celebrou uma visita relâmpago a Sarajevo em 6 de junho de 2015 para estimular o processo de paz na Bósnia e Herzegovina e promover a coexistência entre sérvios, croatas e muçulmanos.

- Equador, Bolívia e Paraguai -

Francisco fez uma viagem de uma semana, de 5 a 12 de julho de 2015, aos três países mais pobres da América do Sul, Equador, Bolívia e Paraguai, onde pediu perdão pelos crimes contra os indígenas durante a conquista da América.

- Cuba e Estados Unidos -

Francisco iniciará no sábado a 10ª viagem de seu papado, a Cuba e Estados Unidos, uma oportunidade para estabelecer pontes entre o país comunista e a superpotência capitalista.

Entre 25 e 30 de novembro já está prevista uma viagem à África, com escalas no Quênia, Uganda e República Centro-Africana.

O papa Francisco pediu um esforço na luta contra a iniquidade, "fonte de conflitos", em uma mensagem aos líderes reunidos na Cúpula das Américas no Panamá. Em uma mensagem ao presidente panamenho e anfitrião, Juan Carlos Varela, o pontífice argentino expressa sua sintonia com o tema da reunião, "Prosperidade com equidade: o desafio da cooperação nas Américas".

"A iniquidade, a injusta distribuição das riquezas e dos recursos, é fonte de conflitos e de violência entre os povos, porque supõe que o progresso de alguns é construído sobre o necessário sacrifício de outros e que, para poder viver dignamente, é necessário lutar contra os demais", afirma o papa na mensagem, com data de 10 de abril e divulgada neste sábado pela Santa Sé.

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O pontífice critica que "nas economias emergentes, grande parte da população não tenha se beneficiado do progresso econômico geral, e sim que frequentemente tenha aumentado a brecha entre ricos e pobres".

"Não é suficiente esperar que os pobres recolham as migalhas que caem da mesa dos ricos. São necessárias ações diretas em prol dos mais desfavorecidos".

Sobre a imigração, Francisco lamenta que "em algumas ocasiões, a falta de cooperação entre os Estados deixa muitas pessoas fora da legalidade e sem possibilidade de fazer valer seus direitos".

Ao comentar a situação dentro dos países, criticou as "diferenças escandalosas e ofensivas" em detrimento dos indígenas, a zonas rurais e os subúrbios das grandes cidades, para cujas populações pediu "uma autêntica defesa" contra o racismo, a xenofobia e a intolerância.

O papa ressaltou que existem "bens básicos, como a terra, o trabalho e a casa, e serviços públicos, como a saúde, a educação, a segurança, o meio ambiente, dos quais nenhum ser humano deveria ficar excluído".

A VII Cúpula da Américas é dominada pela reconciliação entre Estados Unidos e Cuba, que teve a mediação do papa Francisco. Os presidentes dos dois países, Barack Obama e Raúl Castro, terão uma reunião histórica neste sábado.

O Papa Francisco anunciou, nesta quarta-feira (4), que o Vaticano terá sua própria aceleradora de startups, a Scholas.Labs. A novidade vai receber projetos inovadores que usem tecnologia para melhorar a qualidade da educação no mundo.

Sem fins lucrativos, a plataforma terá especialistas para avaliar os projetos e os selecionados receberão investimentos, apoio e consultoria de forma gratuita. Os empreendimentos embarcados ainda receberão apoio nas áreas de design e comunicação.

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As startups interessadas devem realizar o processo de submissão através do site da Scholas.Labs. A equipe de especialistas da plataforma, então, avalia a pertinência e viabilidade do projeto. Se aceita, a ideia entrará em fase de aceleração durante quatro meses.

Quando estiver em funcionamento, a Scholas.Labs dará apoio para fazer o projeto crescer e ganhar sustentabilidade. Além do Papa, a iniciativa é apoiada por empresas como a Globant, Google, Microsoft e pelo Grupo Telecom.

O Papa Francisco irá participar de um Google Hangout com crianças com necessidades especiais. O encontro ocorre nesta quinta-feira (5), às 13h (horário de Brasília), e pode ser acompanhado ao vivo na página do Google+ da organização independente Scholas Ocurrentes.

Na ocasião, ele escutará a história de crianças do Brasil, Índia, Espanha e Estados Unidos, que irão compartilhar um pouco de suas vidas e falar sobre seus sonhos com o Papa Francisco e com os usuários que assistirem à transmissão. 

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Esta é a segunda vez que o Papa Francisco participa de um Google Hangout. Em setembro, ele havia conversado com alguns estudantes pelo serviço do Google.

“O Google está trabalhando ao lado da Scholas, contribuindo com ferramentas e ensinamentos, para que o sonho do Papa Francisco de criar uma rede global de escolas pela Paz se torne realidade”, afirmou o presidente de Relações Estratégicas para Europa, Oriente Médio e África do Google.

O papa Francisco alcançou nesta quarta-feira a marca de 13 milhões de seguidores em sua conta no Twitter, @Pontifex, informa o site italiano Il Sismografo. O pontífice virou um fenômeno na rede social, na qual sua popularidade compete com a de grandes líderes mundiais como Barack Obama.

Entre o dia de sua eleição ao trono de Pedro, 13 de março de 2013, e 16 de abril de 2014, a conta oficial, aberta por seu antecessor, Bento XVI, conquistou 10 milhões de seguidores. As mensagens, em nove línguas, geralmente são textos espirituais que costumam ser reenviados pelos seguidores.

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O maior número de seguidores do papa argentino está na América Latina, onde ele possui 5,4 milhões de "followers", seguido pelos países de língua inglesa (3,9 milhões) e os italianos (1,6 milhão). A conta em português, graças ao Brasil, país com o maior número de católicos do mundo, tem 1,01 milhão de seguidores.

Em janeiro, Francisco estimulou os católicos a utilizar as redes sociais de forma construtiva e afirmou que a internet é um "dom de Deus", que permite "uma cultura do encontro".

O Papa Francisco aceitou a renúncia do bispo de Limburgo (Alemanha), Franz-Peter Tebartz van Elst, conhecido como "bispo do luxo", anunciou o Vaticano. A Santa Sé explica em um comunicado que "a situação na diocese de Limburgo impede o exercício fecundo de seu ministério". O sumo pontífice aceita portanto a renúncia apresentada em 20 de outubro pelo religioso, que foi substituído provisoriamente por um vigário geral.

"O Santo Padre pede ao clérigo e aos fiéis da diocese de Limburgo que recebam as decisões da Santa Sé com docilidade e que se esforcem para recuperar um clima de caridade e de reconciliação", afirma o Vaticano em um comunicado.

Há alguns meses, uma polêmica explodiu sobre o financiamento da reforma do centro diocesano de Limburgo. Os gastos de 31 milhões de euros (43 milhões de dólares), ao invés dos seis previstos inicialmente, provocaram um grande escândalo na Alemanha.

Uma comissão de investigação foi nomeada pela Igreja da Alemanha para apresentar um relatórios sobre os gastos da diocese. A comissão se reuniu em oito ocasiões, a partir de outubro de 2013, às vezes durante vários dias seguidos, e entrou em contato com várias testemunhas.

O presidente da Conferência Episcopal da Alemanha, Robert Zollitsch, entregou o relatório no início de março ao cardeal Marc Ouellet, chefe da Congregação para os Bispos, no Vaticano. Após a renúncia, o bispo foi convidado pelo papa Francisco a deixar a diocese, administrada em sua ausência por um vigário geral.

Nesta quarta-feira, o Vaticano nomeou o monsenhor Manfred Grohe para dirigir a diocese como administrador apostólico. De acordo com a imprensa alemã, o relatório da comissão que investigou o caso é devastador para aquele que passou a ser chamado de "bispo bling bling" por seus erros de gestão.

O caso gerou muita polêmica na Alemanha, no momento em que o papa defende uma Igreja mais humilde. No país, a Igreja Católica (como a evangélica) se beneficia de um imposto de culto: emprega muitas pessoas, administra vários bens e associações sociais, educativas e de saúde, incluindo nos países em desenvolvimento.

O papa Francisco pediu em sua primeira mensagem de Natal "Urbi et Orbi" uma paz que "não seja de fachada" para o mundo e apelou pelo fim da violência na Síria e na África, depois de condenar o tráfico de seres humanos como um crime contra a humanidade.

A partir do balcão da Basílica de São Pedro, o primeiro papa latino-americano, que foi muito aplaudido ao aparecer vestido com um hábito branco em frente à multidão reunida na Praça de São Pedro, pediu paz para os homens, mas uma paz "que não seja de fachada, que esconde lutas e divisões", disse.

"A verdadeira paz não é um equilíbrio de forças opostas", advertiu em sua breve, mas densa mensagem. "A paz é compromisso cotidiano, é artesanal, que se conquista contando com o dom de Deus", clamou. O papa argentino também pediu "o fim da violência na Síria e a garantia do acesso à ajuda humanitária".

"Muitas (vidas) foram destruídas nos últimos tempos pelo conflito na Síria, gerando ódio e vinganças", reconheceu o pontífice, que dedicou em setembro um dia mundial de oração quando um ataque americano a este país parecia iminente.

Francisco implorou também para que a paz reine em vários países da África, entre eles a República Centro-Africana, "frequentemente esquecida pelos homens", e o Sudão do Sul, onde as tensões "ameaçam a convivência pacífica" deste jovem Estado. O papa jesuíta pediu negociações entre israelenses e palestinos e que "sejam curadas as feridas do Iraque, atingido por frequentes atentados".

Desabrigados, refugiados, imigrantes

O chefe da Igreja católica lembrou os deslocados e refugiados, especialmente no Chifre da África e no Congo, e condenou com firmeza o tráfico de seres humanos, que classificou de crime contra a humanidade.

"Menino de Belém, toca o coração de todos os que estão envolvidos no tráfico de seres humanos, para que percebam a gravidade deste crime contra a humanidade", afirmou o pontífice latino-americano, que mencionou a tragédia na ilha siciliana de Lampedusa, onde quase 400 imigrantes ilegais se afogaram no início de outubro.

"Que não observemos novamente tragédias como as que vimos neste ano com muitos mortos em Lampedusa, que não ocorram nunca mais", rogou o Papa argentino, filho de imigrantes italianos, cuja primeira visita oficial na Itália foi justamente a esta ilha italiana para dar alívio aos ilegais. Em sua mensagem, pronunciada em italiano, lembrou as vítimas das catástrofes naturais e o "querido povo filipino", atingido pelo tufão Haiyan.

Dirigindo-se aos católicos, mas também aos não crentes, o papa pediu para que pensem "nas crianças, que são as vítimas mais vulneráveis das guerras, mas também nos idosos, nas mulheres maltratadas, nos doentes. As guerras destroem tantas vidas e causam tanto sofrimento", comentou.

Apesar do tempo cinza, milhares de romanos e turistas receberam na Praça de São Pedro de Roma a bênção papal "Urbi et Orbi". O toque de cor foi dado pelos peregrinos latino-americanos, assim como pelos guardas suíços, com seus trajes coloridos. Previamente, na noite de terça-feira (24), Francisco celebrou na Basílica de São Pedro a tradicional Missa do Galo, que acabou por volta das 23h locais (20h de Brasília).

Esta terça-feira (17) é marcada pelo aniversário de 77 anos do papa Francisco e, para celebrar a data, o Vaticano lançou um e-book de fotos e citações do pontífice.

No total, são 32 imagens do religioso com contextos diferentes, acompanhadas de frases com o link para o texto original de onde elas foram extraídas. O material, nomeado de “A ternura de Deus se expressa nos sinais”, pode ser acessado através deste link.

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