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Em seu primeiro discurso após tomar posse como presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), o ministro Bruno Dantas afirmou que a prioridade da Corte deve passar por alavancar as políticas públicas destinadas à redução de desigualdades sociais e econômicas e afirmou que cabe ao órgão fiscalizador acompanhar os resultados de políticas públicas e vigiar o uso de recursos dentro da responsabilidade fiscal.

Ao falar de sua carreira no serviço público e citar dados que retratam o aumento da fome e pobreza na população brasileira, Dantas afirmou que estabeleceu como propósito trabalhar para que todos os brasileiros tenham uma vida digna. De acordo com ele, cabe ao TCU, como uma instituição de Estado, e conforme prevê a Constituição, velar pelo bom uso do dinheiro público.

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"Conclamo essa Casa a declarar como prioridade acompanhar e alavancar políticas públicas destinadas à redução de desigualdades sociais e econômicas", afirmou. "(O TCU) tem o dever de aferir se o dinheiro do orçamento está devidamente alocado nas políticas prometidas à população."

Dantas também aproveitou seu discurso para fazer um aceno aos Estados, defendendo um cenário com mais diálogo e "consensualismo" entre todos os entes. O ministro falou no desenvolvimento de um ranking de transparência dos municípios.

Em uma crítica indireta aos protestos violentos de bolsonaristas em Brasília na última segunda-feira (12), Dantas afirmou que quem destrói patrimônio público ou privado não é patriota. "Nos últimos anos, vivenciamos verdadeiro retrocesso civilizatório", afirmou o presidente do TCU, para quem a democracia "rejeita escaninhos secretos" na administração pública. Nesta quarta-feira (14), o STF retoma o julgamento do orçamento secreto.

A Polícia Civil de Pernambuco deflagrou, na manhã desta quarta-feira (3), a Operação Inópia, que apura possíveis irregularidades em contrato elaborado com recursos públicos destinados ao combate da Covid-19. Segundo a corporação, há indícios de suposta existência de organização criminosa voltada para a prática de crimes relacionados com fraude à licitação.

Estão sendo cumpridos cinco mandados de busca e apreensão. Três deles são em Pernambuco, nas cidades de Recife e Paudalho. Os outros dois mandados estão sendo cumpridos em Goiás e no Distrito Federal.

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A Operação conta com o apoio da Polícia Federal, Controladoria Geral da União e Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado do Ministério Público de Pernambuco (Gaeco-MPPE). 

A Inópia está sendo coordenada pela Diretoria Integrada Especializada (Diresp), sob a presidência da delegada Viviane Santa Cruz, da Delegacia de Combate à Corrupção. Detalhes devem ser repassados posteriormente pela instituição.

O governo vai retirar o sigilo bancário das operações de crédito envolvendo recursos públicos federais, inclusive em transações com estados, municípios, além de autarquias e fundações da administração pública. É o que define um parecer da Advocacia-Geral da União (AGU) ratificado pelo presidente Jair Bolsonaro na noite dessa quinta-feira (25) durante transmissão ao vivo em sua página no Facebook. Participaram da transmissão o advogado-geral da União, André Luiz Mendonça, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, o líder do governo na Câmara, deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO), e o secretário da Aquicultura e Pesca, Jorge Seif.

"Nós temos que ser transparentes. Quantas vezes eu falei de caixa preta do BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social]? Tem melhorado o BNDES? Tem melhorado sim, mas nós queremos algo que seja aberto a toda administração pública. Não pode mais ter aquela história de que esse ministério, esse banco ofical ou essa estatal não pode [abrir os dados]", disse Bolsonaro, ao assinar o parecer.  

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Segundo o advogado-geral da União, o parecer cria efeito vinculante sobre toda a administração pública e deverá ser observado pelos gestores. 

"Todos os órgãos de controle, Polícia Federal, tribunais de Conta, eles vão ter acesso livre ao dinheiro público, ou seja, tem um dinheiro da União que foi repassado ao BNDES , lá para o município ou para o estado, esses órgãos de controle vão ter acesso livre. Não vai poder ser defendido que não pode ter acesso por causa do sigilo bancário. Não tem sigilo bancário, a partir dessa assinatura, em relação ao dinheiro público federal", disse André Luiz Mendonça.  

Divulgação 

O parecer estabelece que as instituições financeiras da administração pública deverão divulgar os contratos de empréstimos contraídos por empresas nas hipóteses em que os créditos se originarem dos orçamentos da União, dos estados, do Distrito Federal ou dos municípios, ou se tratarem de recursos privados administrados pelo poder público, como é o caso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Nesses casos, no entanto, os titulares de contas individualizadas continuarão resguardados pelo sigilo bancário.

A AGU cita no parecer as manifestações feitas pelo BNDES e pela Caixa Econômica Federal, segundo as quais o sigilo bancário é inexistente em contratos celebrados com entidades integrantes da Administração Pública. 

“Convém lembrar que a Lei Complementar nº 105, de 2001 [que trata do sigilo bancário], teve sua constitucionalidade reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento conjunto de diversas ações diretas de inconstitucionalidade. Completando este julgamento, o STF, no já citado Mandado de Segurança nº 33340/DF, reconheceu que o sigilo bancário incide de modo diferenciado se estiverem presentes recursos públicos e que o Tribunal de Contas da União pode fiscalizar a atuação de instituições financeiras públicas”, informa o parecer.

Sigilo

Nas situações em que houver sigilo bancário, o parecer prevê que o Ministério Público, os tribunais de contas da União, dos estados e municípios, além do Ministério Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU) poderão celebrar convênios com o Banco Central e a Comissão de Valores Mobiliários com o objetivo de promover fiscalizações conjuntas por meio do compartilhamento das informações sob segredo.

A AGU informou também que o parecer continua a garantir o sigilo bancário a partir do momento em que os valores forem depositados na conta-corrente dos tomadores do empréstimo. Isso significa, segundo o órgão, que as operações financeiras privadas e as contas dos particulares destinatários dos recursos seguem protegidas. 

"O entendimento não ocasiona a supressão de outros sigilos previstos em lei ou em norma editada pelo Banco Central, impedindo a divulgação de informações relativas ao chamado dossiê de crédito, no qual as empresas repassam aos bancos informações sobre balanços contábeis, onde pode haver dados privilegiados sobre sociedades anônimas, protegidos por segredo industrial, dentre outros", informou a AGU, em nota.

Depois de ser acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de falta de transparência quanto aos gastos efetivados com o funcionamento das Organizações Sociais (OSs) na área da Saúde, o Governo de Pernambuco emitiu uma nota pontuando que “tem compromisso com a probidade, a transparência e a responsabilidade no trato dos recursos públicos”.

No mesmo dia em que ajuizou uma ação pedindo a atualização dos dados no portal de transparência, o MPF também acusou o governador Paulo Câmara (PSB) e o secretário estadual de Saúde, José Iran Costa Júnior, por atos de improbidade administrativa.

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Na nota encaminhada à imprensa na noite dessa quarta-feira (12), a gestão cita que atingiu nota máxima no Ranking da Escala Brasil Transparente e ressalta: “O Governo do Estado tem demonstrado boa fé no trato da questão das Organizações Sociais na área da Saúde e reafirma também o seu estranhamento diante da ação judicial proposta, quando havia diálogo e providências concretas em andamento”.

Na denúncia, o MPF cita, com base nos cálculos do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que em 2010 os recursos destinados somavam R$ 144,37 milhões para as OSs. O valor teria passado, em 2017, para R$ 1.208.027.923,34. E em 2018, o repasse foi de R$ 507.301.501,72. Para a procuradora Silvia Regina Pontes Lopes, o aumento aconteceu “sem qualquer justificativa plausível”.

Em resposta, a gestão estadual pontua: “o MPF afirma que os repasses para as OSs cresceram oito vezes entre 2010 e 2017. Pois bem, os serviços oferecidos pela saúde pública estadual ao povo pernambucano cresceram muito mais. Em 2010, quando existiam apenas o Miguel Arraes e o Dom Helder, a média de atendimentos de urgência foi de 48 mil. Em 2017, esse número passou para 850 mil atendimentos nos 11 hospitais geridos por OSs. Um aumento de mais de 1.670%! Isso é agir com diligência e probidade em favor dos mais necessitados”.

O Governo de Pernambuco ainda encerra a nota dizendo que “é com responsabilidade, temperança e respeito às instituições que o Governo de Pernambuco tem construído um modelo de gestão reconhecido em nível nacional e fora do País”. “Não são ações irresponsáveis, de fraco embasamento técnico e jurídico, que visam apenas o estardalhaço midiático, que vão afastar o Governo do seu caminho”, conclui.

Veja o texto na íntegra:

NOTA

Diante do posicionamento do Ministério Público Federal, divulgado nesta quarta-feira (12/12), o Governo de Pernambuco vem reafirmar os termos da nota distribuída pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), na última terça (11/11), em resposta às ilações levantadas sobre o funcionamento das Organizações Sociais (OSs) na área da Saúde. A verdade é: o Governo de Pernambuco tem compromisso com a probidade, a transparência e a responsabilidade no trato dos recursos públicos.

Esse compromisso foi reconhecido hoje (12/12), inclusive, pelo Ministério da Transparência e pela Controladoria Geral da União (CGU), que deram a Pernambuco a nota mais alta (9,4) , entre todos os Estados da Federação, no Ranking da Escala Brasil Transparente – Avaliação 360° (EBT). A avaliação ocorreu no período de 09 de julho a 14 de novembro deste ano, com 691 entes, entre eles os Estados, o Distrito Federal, capitais e municípios com mais de 50 mil habitantes.

O Governo do Estado tem demonstrado boa fé no trato da questão das Organizações Sociais na área da Saúde e reafirma também o seu estranhamento diante da ação judicial proposta, quando havia diálogo e providências concretas em andamento.

A Secretaria de Saúde tem promovido a remessa regular dos relatórios anuais de todas as unidades ao Tribunal de Contas do Estado (TCE). Também assegurou o acesso a todos os repasses de recursos, federais e estaduais, realizados às Organizações Sociais. Ações propostas no Termo de Ajuste de Gestão entre a Secretaria e o Tribunal de Contas do Estado (TCE) foram aprovadas, por unanimidade, pelo TCE neste ano. Esta é a maior confirmação de total transparência e idoneidade no trato da questão por parte do Governo do Estado, jogando por terra as afirmações do MPF.

O MPF afirma que os repasses para as OSs cresceram oito vezes entre 2010 e 2017. Pois bem, os serviços oferecidos pela saúde pública estadual ao povo pernambucano cresceram muito mais. Em 2010, quando existiam apenas o Miguel Arraes e o Dom Helder, a média de atendimentos de urgência foi de 48 mil. Em 2017, esse número passou para 850 mil atendimentos nos 11 hospitais geridos por OSs. Um aumento de mais de 1.670%! Isso é agir com diligência e probidade em favor dos mais necessitados.

É possível o desconhecimento, por parte do Ministério Público Federal, dos avanços obtidos pela Saúde Pública de Pernambucanos últimos anos, que visou beneficiar aqueles que mais precisam, bem como o funcionamento dessas organizações. Para conhecimento da opinião pública pernambucana e do MPF, segue o que foi acrescido à rede estadual, entre 2009 e 2018:

2009 - Hospital Miguel Arraes

2010 - Hospital Dom Helder e UPAs 24h de Olinda, Igarassu, Paulista, Imbiribeira, Caxangá, São Lourenço, Torrões, Curado, Barra de Jangada, Engenho Velho e Caruaru

2011 - Hospital Pelópidas Silveira e UPAs 24h do Cabo, Nova Descoberta e Ibura

2013 - UPAEs de Garanhuns, Petrolina e Caruaru, além da UPA 24h de Petrolina

2014 - Hospital Mestre Vitalino em Caruaru e UPAEs de Serra Talhada, Salgueiro, Afogados da Ingazeira, Arcoverde, Belo Jardim e Limoeiro

2017 - UPAE Ouricuri

2018 - Hospital São Sebastião (fechado há 14 anos), UPAE Grande Recife (Abreu e Lima) e nos próximos dias será inaugurada a Unidade de Oncologia do Hospital Mestre Vitalino

Desde a implantação do modelo de administração por Organização Social na Saúde em Pernambuco, em 2009, os contratos de gestão são realizados por meio de seleção pública com ampla competitividade e devidamente publicados no Diário Oficial. Esses contratos definem metas quantitativas e qualitativas de atendimento e o repasse financeiro está condicionado ao cumprimento do serviço.

Para tanto, as unidades são avaliadas e acompanhadas permanente e sistematicamente por uma equipe multiprofissional da Secretaria de Saúde, composta por 30 profissionais, graduados em áreas de saúde, administração, direito e finanças.

Sobre as recomendações do MPF a respeito da transparência, a SES esclarece que quando notificada, ainda em julho de 2017, prestou todos os esclarecimentos solicitados e apresentou um plano de ação com atividades, metas e prazos, que continuam sendo executados, no intuito de dar respostas às recomendações. Além disso, representantes da Secretaria de Saúde participaram de audiência pública promovida pelo órgão federal, reiterando o compromisso do Governo do Estado com a implementação do plano, que também foi apresentado à população.

Para garantir a continuidade do processo, houve reunião com a participação da Secretaria da Controladoria-Geral do Estado (SCGE), Secretaria Estadual de Saúde (SES), Procuradoria-Geral de Pernambuco (PGE-PE), além da participação das Organizações Sociais de Saúde (OSS), para alinhar e manter o cumprimento do plano de ações. Importante ressaltar que já há a disponibilização das informações pela SES conforme determina a Lei de Acesso à Informação (LAI) e as Organizações Sociais já criaram e implantaram seus portais de transparência.

É com responsabilidade, temperança e respeito às instituições que o Governo de Pernambuco tem construído um modelo de gestão reconhecido em nível nacional e fora do País. Pernambuco foi reconhecido, ainda, como o único Estado eficiente na gestão pública, fora das regiões Sul e Sudeste, segundo o jornal Folha de S.Paulo e o Instituto DataFolha. Nesse Ranking de Eficiência dos Estados, são destacados os Estados que mais entregam Educação, Saúde, Infraestrutura e Segurança à população, com menor volume de recursos financeiros. Não são ações irresponsáveis, de fraco embasamento técnico e jurídico, que visam apenas o estardalhaço midiático, que vão afastar o Governo do seu caminho.

Governo do Estado de Pernambuco

Entidades ligadas ao esporte terão novas diretrizes para uso de recursos públicos em despesas administrativas e gastos com atletas, é o que estabelece resolução do Ministério do Esporte, publicada no Diário Oficial da União da segunda-feira (18). O texto entra em vigor no dia 1º de janeiro de 2018.

Um dos principais pontos do novo texto é criar limites para a remuneração de profissionais com recursos públicos. A portaria estabelece como limite o teto fixado para o Poder Executivo Federal. Isso deve valer tanto para dirigentes das entidades e confederações quanto para profissionais por eles contratados, inclusive na área técnico-esportiva.

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O limite para custeio de despesas administrativas pelas entidades com recursos das loterias também sofreu mudanças e passa a ser padronizado em 25%. Isso significa que vai de 30% para 25%, nos casos do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), e sobe de 20% para 25%, no caso do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC).

Segundo o Ministério do Esporte, a consequência esperada é um aumento de recursos federais empregados com o atleta e a redução de investimentos públicos empregados em despesas administrativas.

Cálculos iniciais apontam que os recursos direcionados para as atividades dos atletas devem ter um acréscimo de pelo menos R$ 10 milhões.

Transparência

Na portaria, o Ministério do Esporte considera despesas administrativas o pagamento de impostos, contribuições sociais, pagamento de hospedagem, diárias, passagens, transporte e alimentação. Além de contratação de consultorias, manutenção de equipamentos, aluguel de sedes, serviços de segurança, lavanderia, telefone, água e TV a cabo.

A portaria também estabelece o uso do Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse (Sincov) pelas entidades esportivas para descentralizar os recursos públicos. 

De acordo com a pasta, a medida garante maior transparência e controle às descentralizações, o que agilizará os procedimentos de prestação de contas, e economia de recursos, já que o sistema é gerenciado pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão.

Somadas as duas fontes de recursos públicos do financiamento político - o Fundo Partidário e o eleitoral -, pode-se dizer que, ao votar para a Câmara dos Deputados em 2014, cada eleitor fez, sem saber, uma "doação" indireta de R$ 32,52 para a legenda contemplada, ao longo de quatro anos.

Em 2010, esse repasse indireto também ocorreu, mas a quantia referente a cada voto foi menor: R$ 18,52, em valores atualizados pela inflação, para permitir comparação.

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A diferença se deve a uma explosão no repasse de recursos públicos para os partidos políticos. Nos quatro anos encerrados em 2014, as dotações do Fundo Partidário totalizaram R$ 1,8 bilhão, em valores de hoje. Nos quatro anos que se encerrarão no próximo ano, a quantia terá saltado para R$ 3,2 bilhões - um aumento de quase 80%, em termos reais.

Acrescente-se a isso o valor do recém-criado fundo eleitoral e o total de recursos públicos destinados aos partidos chegará a pelo menos R$ 4,9 bilhões.

Considera-se nessa conta o valor de R$ 1,7 bilhão para o fundo eleitoral, estimado por senadores na época da votação. O texto da lei, porém, não é claro quanto ao total de recursos destinado ao financiamento de campanhas. Alguns parlamentares projetam que o fundo poderá receber cerca de R$ 2 bilhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Foi aprovado um fundo eleitoral que utiliza recursos públicos a serem destinados para campanhas. As fontes do fundo são: 30% do total das emendas parlamentares de bancada constantes da Lei Orçamentária Anual. Os recursos abastecerão o fundo exclusivamente em ano eleitoral. As emendas de bancada consistem em indicações feitas pelos parlamentares de um estado para aplicação de recursos em obras e serviços no estado deles; Montante referente à isenção fiscal das emissoras comerciais de rádio e TV que veicularam, em 2017 e 2016, a propaganda partidária, exibida fora do período eleitoral e que será extinta. 

O horário eleitoral gratuito fica mantido. Segundo estimativas de defensores da proposta, o fundo terá cerca de R$ 1,7 bilhão. Os recursos serão distribuídos entre os partidos levando em consideração critérios, como registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), representação na Câmara, quantidade de deputados e de senadores. 

Em relação à doação empresarial, os parlamentares não mexeram na proibição – imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2015 – de repasses de pessoas jurídicas a campanhas políticas. As empresas permanecem sem poder contribuir para as campanhas. Pelos projetos aprovados, pessoas físicas seguem podendo doar até 10% do rendimento bruto alcançado no ano anterior à eleição.

Os parlamentares acrescentaram que as doações serão limitadas a 10 salários mínimos para cada cargo ou chapa majoritária em disputa, somadas as doações. A doação de quantia acima dos limites fixados no texto sujeita o doador ao pagamento de multa de até 100% da quantia que excedeu o teto. Inicialmente, um projeto aprovado pela Câmara previa que, nas eleições de 2018, o candidato ao cargo de deputado federal, deputado estadual ou deputado distrital poderia usar recursos próprios em sua campanha até o montante de 7% do limite de gastos estabelecido na lei para o respectivo cargo.

O texto da Câmara também previa que o candidato a cargo majoritário (presidente, governador e senador) poderia utilizar, de recursos próprios em sua campanha, até R$ 200 mil. Os trechos, no entanto, foram excluídos (impugnados) pelos senadores porque foram considerados “estranhos” ao projeto original. Há divergências sobre se os candidatos poderão doar, de recursos próprios, o total do limite de gastos para a sua campanha ou se serão enquadrados nos critérios de doações de pessoas físicas.

Foi aprovada a permissão para que os candidatos comecem em 15 de maio do ano eleitoral a fazer a arrecadação prévia de recursos por meio de financiamento coletivo ("vaquinhas") na internet. A liberação dos recursos, porém, fica condicionada ao registro da candidatura. Hoje, a arrecadação só pode começar em meados de agosto. Outro ponto aprovado permite o financiamento coletivo por meio de sites na internet e aplicativos eletrônico, desde que sejam respeitadas regras previstas no projeto, como a emissão obrigatória de recibo para o doador.

COMERCIALIZAÇÃO DE BENS – Foi aprovada permissão para que os partidos ou candidatos possam comercializar bens e serviços ou promover eventos para arrecadarem fundos para a conta de campanha. As doações somadas aos recursos do fundo eleitoral deverão levar em consideração os limites de gastos para as campanhas que são: Presidente: total de R$ 70 milhões para toda a campanha. E metade deste valor será o teto do 2º turno, se houver. Governador: valores totais variam de R$ 2,8 milhões até R$ 21 milhões, de acordo com o número de eleitores do Estado. O teto para 2º turno será a metade desses valores. Senador: de R$ 2,5 milhões a R$ 5,6 milhões, de acordo com o número de eleitores do estado. Deputado federal: R$ 2,5 milhões, independentemente do estado. Deputado estadual: R$ 1 milhão, independentemente do estado.

Portas fechadas para Bolsonaro – O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou, ontem, o registro do Muda Brasil. A legenda vinha se articulando para lançar o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) como candidato à Presidência. Com a negativa, se quiser concorrer, o parlamentar terá que ficar na mesma sigla ou se filiar a outra. O Muda Brasil é ligado ao ex-deputado Valdemar da Costa Neto. O placar foi de 4x1.  Atualmente, existem 35 partidos políticos registrados no TSE e 28 com representação no Congresso Nacional. O argumento para barrar o novo partido é que ele não conseguiu a quantidade de assinaturas suficientes no momento em que foi protocolado o pedido de registro, no TSE. 

Boa notícia – A Vivo firmou um termo de ajuste de conduta (TAC) com Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em que se compromete a investir R$ 1 bilhão na modernização de sua rede. Entre as exigências está a instalação de redes de fibra ótica para internet em alta velocidade em cidades do interior do Norte e Nordeste, incluindo Juazeiro do Norte, Mossoró, Belém e São Luís. A rede será mais moderna que a utilizada por São Paulo, por exemplo. O processo está em fase de análise técnica.

Campus do IF no Sertão – O ministro da Educação, Mendonça Filho, inaugurou, ontem, a sede definitiva do campus Santa Maria da Boa Vista, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano (IF Sertão-PE). Orçada em R$ 10.818.786,47, a expansão da Rede Federal que contemplou a unidade foi anunciada em 2011. A construção do prédio atual começou em fevereiro de 2014 e as atividades, em instalação provisória cedida pela Prefeitura local, iniciaram em agosto do mesmo ano. Mendonça Filho disse que tem se dedicado muito à educação no Brasil – desde as creches que estavam paralisadas e estão sendo retomadas, a educação infantil, o ensino fundamental em parceria com vários municípios, passando pelo ensino médio. “Este é um campus que vai mudar a cara de Santa Maria”, diz Mendonça. 

Lula e os recibos falsos – A força-tarefa da Operação Lava Jato, no Paraná, afirmou ao juiz federal Sérgio Moro que ‘sem margem à dúvida’ os recibos apresentados pela defesa do ex-presidente Lula, para comprovar o pagamento de aluguel do apartamento 121, do edifício Hill House, em São Bernardo do Campos (SP), são ‘ideologicamente, falsos’. O Ministério Público Federal, no Paraná, entrou com um incidente de falsidade para apurar a autenticidade dos documentos apresentados pela defesa do ex-presidente e cobra os recibos originais. “Sem margem à dúvida que os recibos juntados pela defesa de Luiz Inácio Lula da Silva são ideologicamente falsos, visto que é simulada a relação locatícia representada pelo engendrado contrato de locação”, afirmou a Procuradoria da República.

CURTAS 

FÓRUM– O segundo encontro do Fórum Regional de Prevenção Social (FRPS), que reúne os municípios da região norte do Grande Recife (Olinda, Paulista, Abreu e Lima, Igarassu, Araçoiaba, Itapissuma e Ilha de Itamaracá), está agendado para a próxima terça-feira, das 8h às 13h, no auditório da Focca, a Faculdade de Olinda, no centro histórico da cidade. O tema do encontro será sobre "experiências regionais bem-sucedidas de prevenção social". 

MOAGEM– O governador Paulo Câmara acompanhou, ontem, o início da moagem da safra 2017/2018 de cana-de-açúcar da Usina Agrocan/Pumaty. Reaberto em 2015, o parque fabril emprega cerca de cinco mil operários pernambucanos, movimentando aproximadamente R$ 150 milhões por ano na economia da região. A unidade conta com incentivos fiscais concedidos pelo Governo de Pernambuco, através da redução de carga tributária para operações do setor no Estado.

Perguntar não ofende: Temer vai escapar do segundo pedido de investigação feito pelo Supremo? 

O governo federal divulgou, nesta quarta-feira (14), as ações empreendidas pelo Ministério da Saúde para enxugar as despesas e investir os recursos no atendimento à população, através do Sistema Único de Saúde (SUS) e outras medidas. A economia foi de R$ 1,3 bilhão em quatro meses.

"Toda essa economia representa mudanças na gestão, sem abrir mão das ações do ministério que já estavam sendo realizadas. Estamos fazendo mais com menos", frisou o ministro da Saúde, Ricardo Barros. Segundo ele, a reforma administrativa compreendeu o corte de 335 cargos comissionados e redução de 33% de despesas de aluguel e serviços gerais. A revisão de contratos de informática gerou uma economia de R$ 80 milhões e a renegociação no preço dos medicamentos, de R$ 900 milhões. “Conseguimos diminuir em 7% o preços dos medicamentos negociados em real e em 17% os negociados em dólar”, informou Barros.

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Segundo ele, os recursos economizados estão sendo revertidos para o reforço no atendimento em 99 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), 1.401 serviços de saúde em 216 Santas Casas e hospitais filantrópicos, representando por exemplo o aumento de 978 leitos disponíveis para o SUS. Também foram feitos pagamentos de cirurgias eletivas que estavam em atraso e emendas que não haviam sido pagas.

"Aumentamos o acesso dos brasileiros aos tratamentos e medicamentos", salientou o ministro. A prestação de contas é uma aceno aos empresários e instituições filantrópicas do setor e uma forma de mostrar que o governo deseja gerir melhor os recursos da União. "Economizaremos muitos bilhões de reais para reaplicar na saúde brasileira", garantiu Barros.

A intenção da pasta é alcançar uma economia de 20% dos recursos com o protocolo integrado, unificação dos sistemas de saúde, controle dos medicamentos e prontuário eletrônico. “Dessa forma, por exemplo, o cidadão poderá ir a qualquer unidade de saúde sem ter a necessidade de refazer alguns exames que já tinham sido feitos antes. Isso porque o prontuário estará disponível eletronicamente”, explicou. "Estamos modernizando o atendimento da população. Vamos incorporar modernas tecnologias com melhor custo benefício”.

Barros disse ainda que o governo está empenhado em realizar pesquisas e desenvolver vacinas para o controle e combate do mosquito Aedes aegypti. Ele anunciou também que o transporte de órgãos feito pela Força Aérea Brasileira (FAB) aumentou de cinco até julho para 52 nos últimos quatro meses. "Teremos os recursos para cumprir todos os compromissos assumidos neste ano", adiantou.

Gestão eficiente

Em pronunciamento durante a cerimônia, o presidente Michel Temer elogiou o trabalho de Ricardo Barros no que chamou de uma “gestão eficiente”. “A economia extraordinária que foi feita lá no Ministério da Saúde significa uma boa gestão, uma gestão equilibrada. Sem uma política fiscal responsável, a saúde não tem viabilidade financeira. Sem uma política de gastos públicos sustentável, a saúde entrará em colapso. Não há saúde sem eficiência”. De acordo com o peemedebista, o modelo está sendo implantado em todos os setores da administração.

Temer também alfinetou a gestão de Dilma Rousseff, ao ressaltar que o governo está “acertando as contas”. “Verbas que não estavam sendo pagas pelo governo federal e agora retoma-se o pagamento para não onerar os Estados e municípios”. “Estamos desmentindo uma versão que corre pelas ruas de que o nosso governo tem o objetivo central de destruir a saúde, destruir a educação e destruir os trabalhadores. E peço licença para dizer que isso é inadmissível”, disparou.

Mais cedo, através de redes sociais, o presidente disse, em vídeo, que o governo não pretende retirar direitos trabalhistas, como o acesso ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em casos de demissão sem justa causa.

“Esse é o nosso compromisso: assegurar mais recursos a serem aplicados numa gestão mais eficiente. E assegurar uma gestão eficiente que gerará mais recursos. Um ciclo virtuoso que use a responsabilidade e o uso de meios públicos para uma saúde pública de qualidade”, finalizou.

Durante encontro do Colégio de Presidentes de Seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), promovido nesta sexta-feira (6), em Florianópolis (SC), foi anunciado à realização de uma Semana de Mobilização pelo Combate à Corrupção. O evento de caráter nacional está previsto para ocorrer de 23 a 29 de março.

Integrante da Campanha Nacional de Combate à Corrupção, a semana de mobilização foi defendida pelo presidente nacional da entidade, Marcus Vinicius Furtado Coêlho. Para ele, a apropriação privada dos recursos públicos impede o pleno desenvolvimento do Brasil e a efetivação dos direitos fundamentais. Além disso, ele visualiza como indispensável o fim dos desvios de conduta que superfaturaram obras e têm prejudicado dramaticamente o orçamento e os investimentos em várias áreas como educação, saúde, segurança, moradia, ou seja, direitos que devem ser garantidos pelo Estado. 

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Os filmes e demais produções audiovisuais financiadas com recursos públicos deverão ser acessíveis a pessoas com deficiência visual e auditiva. Para isso, deverão fornecer legenda descritiva, audiodescrição e Língua Brasileira de Sinais (Libras). A definição é parte de instrução normativa da Agência Nacional do Cinema (Ancine) e vale para todos os projetos aprovados a partir da data da publicação, dia 18 de dezembro.

O documento passou por consulta pública entre abril e maio deste ano. A instrução normativa estabelece que projetos de produção audiovisual financiados com recursos da Ancine deverão contemplar esses serviços em seus orçamentos. Materiais entregues para fins de depósito legal em sistema digital devem conter os mesmos serviços em canais dedicados de dados, vídeo e áudio que permitam seu desligamento ou acionamento.

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Segundo a Ancine, em 2015 e 2016 será regulamentada a exibição em salas de cinema, que terão de se adequar para tornar possível o acesso à legenda descritva, audiodescrição e Libras.

Conforme a Agência, a acessibilidade já é adotada como critério nas chamadas públicas do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), destinado ao desenvolvimento articulado da cadeia produtiva da atividade audiovisual no Brasil. O Programa Cinema Perto de Você desonera de tributos a importação de equipamentos relacionados à promoção de legendagem e audiodescrição.

Além disso, o Prêmio Adicional de Renda (PAR-Exibição), que premia complexos com até duas salas pela quantidade e diversidade de filmes brasileiros exibidos, condicionou o prêmio oferecido aos vencedores deste ano à aplicação em projetos de digitalização ou de adaptação das salas ao acesso de pessoas com deficiência.

De acordo com o censo do Instituto Brasileiros de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil há 6,5 milhões de pessoas com deficiência visual. Destas, 500 mil são cegas. Os que têm grande dificuldade de audição somam 1,8 milhões, enquanto aqueles com alguma dificuldade alcançam 7,6 milhões. Os surdos são 344 mil.

No primeiro mês da corrida eleitoral, os cofres públicos ficaram em primeiro lugar no ranking de financiadores de campanhas. Pelo menos R$ 13,6 milhões saíram do Fundo Partidário - ou seja, do bolso dos contribuintes - para custear despesas de candidatos a prefeito e a vereador em todo o País.

Os partidos que mais se utilizaram dos recursos públicos são pequenos e médios, sem muitos favoritos nas grandes capitais, o que limita seu acesso a doadores privados. PSB, DEM e PRB estão no topo da lista.

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O Fundo Partidário é formado por recursos do Orçamento da União. Sua principal finalidade é dar estrutura para o funcionamento dos partidos. O uso dos recursos em eleições não é ilegal, mas nunca foi possível medir os valores aplicados.

Agora é possível calcular o financiamento público das campanhas graças às mudanças promovidas pelo Tribunal Superior Eleitoral nas prestações de contas parciais das eleições 2012. O TSE publicou na sexta-feira - pela primeira vez ainda durante a campanha - a identidade dos financiadores dos candidatos. Além disso, detalhou os repasses públicos e privados para os partidos políticos.

Mesmo com o aumento da transparência, porém, as contas eleitorais, da forma como são divulgadas, ainda impedem que os eleitores saibam com clareza quem financia cada candidato. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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