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O senador Cristovam Buarque (PPS) afirmou, neste sábado (30), que está preocupado com a repercussão no exterior da denúncia que tornou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) réu, por obstrução das investigações da Operação Lava Jato. Sob a ótica dele, com o Partido dos Trabalhadores pregando que o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) é um golpe, a ação da Justiça Federal pode ser vista em outros países como um gesto do presidente em exercício Michel Temer (PMDB) a seu favor, já que Lula se coloca como candidato em 2018.  

“Avalio com muita preocupação com o que isso repercutirá no Brasil e, sobretudo, como repercutirá no exterior. Por um lado vi que ele virou réu apenas com base no depoimento do Delcídio, não vi nenhuma prova além disso. Ai fica uma dúvida se há ou não substância para transformá-lo em réu, mas talvez, o juiz tenha outras provas que a gente não tem conhecimento”, salientou, após participar da convenção que oficializou a candidatura do prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), à reeleição.

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Cristovam alertou que “neste momento em que o PT tenta passar a ideia de que a saída de Dilma é um golpe, qualquer coisa que acontecer com o Lula no Brasil repercutirá lá fora como um gesto do Temer e não da justiça”. “Mas a justiça não tem que se preocupar com a política, mas fazer o que é certo. Espero que o juiz tenha feito isso com todas as firmezas que as provas devem ter dado a ele”, destacou.

Indagado como isso impactaria no processo de impeachment, em conclusão no Senado, o parlamentar disse que pouco. Já sobre a postura dele diante do tema, Cristovam preferiu não adiantar o voto. “Só posso tomara decisão depois de ver o relatório de Anastasia, ele que é encarregado de dizer se encontrou ou não crime”, disse. 

Autor da delação que levou à denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o senador cassado Delcídio Amaral (sem partido-MS) disse ontem ao Estado que "um dia a conta chega para todo mundo". Delcídio se referia ao fato de Lula ter se tornado réu em ação criminal na Justiça Federal em Brasília por tramar contra a Operação Lava Jato.

O próprio Delcídio também é réu na mesma ação, ao lado de outros cinco acusados de envolvimento em um plano para comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró. Delcídio foi preso no dia 25 de novembro, por determinação do Supremo Tribunal Federal. Em fevereiro, ele foi solto. Seus depoimentos deram sustentação a várias denúncias da Procuradoria-Geral da República e abertura de inquéritos no âmbito da Lava Jato.

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Para o senador cassado, a decisão judicial que recebeu a acusação da Procuradoria contra Lula "só fortalece" suas revelações. "Isso só fortalece a minha colaboração, mostra a efetividade da minha colaboração. O juiz, assim como a Procuradoria, se aprofundaram com relação a esse episódio da obstrução. As provas foram consideradas suficientes e levaram à denúncia e ao recebimento pela Justiça."

Em troca de sua delação, o ex-senador deverá se livrar de uma eventual pena de prisão, mesmo que condenado na ação por tentativa de obstrução da Lava Jato.

Delcídio disse que está cumprindo todos os termos do acordo de colaboração que firmou com a Procuradoria-Geral da República, que em parecer afirmou que ele não estaria comparecendo quinzenalmente à Justiça e nem morando no endereço declarado.

'Absolvição'.

A defesa de André Esteves disse que o juiz Ricardo Leite, da Justiça Federal em Brasília, "deve ainda examinar se é caso de absolvição sumária ou mesmo de rejeição da denúncia". "Nós vamos lutar por isso, pois estamos convencidos de que nosso cliente não cometeu nenhuma irregularidade. Não há justa causa para abrir processo penal em bases tão fracas".

O advogado Damian Vilutis, que defende Maurício Bumlai, negou que seu cliente entregou dinheiro a Delcídio para ser enviado a Cerveró ou para os familiares do ex-diretor.

O criminalista Conrado de Almeida Prado, que defende José Carlos Bumlai, afirmou que a aceitação da denúncia já era esperada e que vai se manifestar sobre o caso perante o juiz.

"Vamos pleitear que ela (denúncia) seja rejeitada e, caso seja mantida, a defesa vai provar que José Carlos Bumlai nunca deu dinheiro a Nestor Cerveró ou sua família a fim de comprar silêncio ou impedir o acordo de delação premiada", afirmou. "Tanto isso é verdade que a delação aconteceu, e que o próprio Nestor admitiu em outro processo que não tratou com Bumlai a respeito de nenhuma irregularidade."

Edson Ribeiro disse que "tanto o Ministério Público quanto o juiz foram induzidos a erro por Bernardo, filho de Nestor Cerveró". "Eu jamais tentei obstruir de qualquer forma a Justiça."

A reportagem não conseguiu contato ontem com a defesa de Diogo Ferreira Rodrigues.

O escritório Teixeira e Martins Advogados, que defende o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou em nota nesta sexta-feira, 29, que o ex-chefe do Executivo ainda não recebeu a citação relativa ao processo que o tornou réu, que tramita na 10.ª Vara Federal de Brasília, mas que, quando isso ocorrer, apresentará a defesa.

O escritório afirmou que, ao fim do processo, a inocência de Lula será "certamente reconhecida". Os advogados disseram ainda que ele esclareceu ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em depoimento, que jamais interferiu ou tentou interferir em depoimentos relativos à Operação Lava Jato.

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De acordo com a defesa, a acusação baseia-se, exclusivamente, em delação premiada de réu confesso e "sem credibilidade" que fez acordo com o Ministério Público Federal (MPF) para ser transferido para prisão domiciliar. "Lula não se opõe a qualquer investigação, desde que realizada com a observância do devido processo legal e das garantias fundamentais", afirmou o escritório.

Mais um aluno da Universidade de São Paulo (USP) acusado de estupro virou réu na Justiça. O juiz Donek Hilsenrath Garcia, da 1ª Vara Criminal de Pirassununga, aceitou denúncia contra o estudante de Medicina Veterinária intercambista Aylton Lino Rangeiro Leão, de 22 anos, que veio de Moçambique para estudar na Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA-USP). A reportagem teve acesso aos autos do processo, sob sigilo. O jovem deixou o País em dezembro.

Leão é acusado de ter abusado sexualmente de uma estudante da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ), que estava alcoolizada, na festa universitária Volta da Pinga, no interior da República Bohemia, na FZEA, em julho de 2013. O caso foi revelado pela aluna na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Trote, na Assembleia Legislativa.

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Este é o segundo caso de estupro aceito pela Justiça desde a CPI - em janeiro, a reportagem revelou que um estudante da Faculdade de Medicina da USP também virou réu. O episódio já foi investigado em sindicância interna, que concluiu em maio do ano passado que houve estupro e indicou como punição a expulsão. O documento foi repassado à Comissão de Direitos Humanos, mas até agora não houve decisão. Procurada, a universidade disse que o processo está em andamento, mas não se manifesta em casos sob sigilo.

Segundo a denúncia do Ministério Público, a jovem dirigiu-se a um dos quartos do imóvel, onde foi abordada pelo acusado, que tentou beijá-la e tocá-la. Ela teria resistido às investidas, mas dormiu no local. Algum tempo depois, acordaria com as calças abaixadas e com o rapaz a penetrando. Um funcionário confirmou a história ao MP, que chegou a pedir a retenção do passaporte do estudante, mas a decisão do juiz proibindo o acusado de se ausentar do País só viria no dia 24 de dezembro, uma semana depois da viagem. A denúncia havia sido feita em 2 de dezembro.

À Justiça, o advogado de Leão, Julio Cesar Reis Marques, diz que a denúncia está fundamentada "unicamente" por elementos circunstanciais e que a vítima "adota comportamento atípico, evidenciado pelo seu ativismo feminista e necessidade de exposição". A estudante violentada diz que sofreu ameaças.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), virou réu em uma ação civil de improbidade administrativa por causa da disparada na arrecadação com multas de trânsito na cidade e suposta destinação incorreta desses recursos. A juíza Carmen Cristina Fernandez Teijeiro e Oliveira, da 5ª Vara da Fazenda Pública, aceitou na quinta-feira (19) ação contra o prefeito e os secretários Jilmar Tatto, de Transportes, e Marcos Cruz e Rogério Ceron, ex e atual titulares da pasta de Finanças. O valor da ação é de R$ 802,7 milhões.

O argumento dos promotores Marcelo Milani, Nelson Sampaio de Andrade, Wilson Ricardo Tafner e Otávio Ferreira Garcia é que a Prefeitura criou uma "indústria da multa", "elevando consideravelmente o número de registro eletrônico de autuações na cidade, em situações e locais inapropriados". Além disso, no entendimento dos promotores, os gestores da Prefeitura "atuaram de forma ilegal na aplicação do produto desta arrecadação, fazendo-o com desvio de finalidade".

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Para eles, a Prefeitura não poderia ter usado recursos das multas de trânsito em ações como "construção de terminais de ônibus, vias cicláveis (sic) e pagamento de salários e demais encargos de funcionários da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego)".

Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, os recursos arrecadados com multas têm de ser investidos em ações de educação e em engenharia de tráfego. Na capital, desde a reformulação do Código, em 1998, os recursos são usados para custear a operação da CET. Entre 2013 e 2016, o número de radares foi de 500 para aproximadamente 900 em operação. A cidade arrecadou neste ano, até a quinta-feira, R$ 474,4 milhões com multas de trânsito. Em 2015, entre janeiro e o mês de maio, o total havia sido de R$ 365 milhões, um crescimento de quase 30%.

Os promotores questionam também, na peça agora recebida pela Justiça, o repasse para a Guarda Civil Metropolitana de 5% do valor das multas arrecadadas a partir de infrações aferidas pela guarda.

'Perseguição política'

A ação é de dezembro do ano passado, mas aguardava posicionamento da Justiça. Em janeiro, uma liminar da Justiça chegou a proibir a gestão Haddad de usar recursos das multas para financiar a CET. A decisão, concedida pelo juiz Luís Felipe Ferrari, da 5ª Vara de Fazenda Pública, foi derrubada em 2 de fevereiro pelo presidente do Tribunal de Justiça, Paulo Dimas, que acolheu recurso da Prefeitura.

Em abril, Haddad entrou com representação contra o promotor Milani, alegando perseguição política. Sobre a aceitação da denúncia, enviou nota em que diz que "causa estranheza que a outra ação também contra o Estado tenha sido extinta por um erro grosseiro do promotor, mesmo depois de o juiz ter reiterado a necessidade de correção. De qualquer forma, a Prefeitura vai apresentar a contestação no prazo adequado".

O texto cita ação similar proposta por Milani contra o governo do Estado, alegando falta de comprovação da destinação das multas arrecadadas pelo Detran. O promotor moveu a ação contra a Secretaria de Estado da Fazenda - que, no entender da Justiça, não era pessoa jurídica que pudesse ser questionada. A Justiça alertou o promotor, mas ele moveu recurso para manter seu entendimento. A ação terminou extinta.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi notificado na manhã desta quinta-feira, 5, da decisão do ministro Teori Zavascki, que determinou seu afastamento do mandato de deputado federal e, consequentemente, do comando da Casa. Cunha estava na residência oficial da Câmara quando recebeu a notificação.

A Secretaria-Geral da Mesa Diretora da Câmara informou que o vice-presidente da Casa, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), assume automaticamente a presidência interina da Câmara, após ser notificado pelo STF da decisão. Não haverá, portanto, nenhum ato formal de posse dele no cargo de presidente.

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A decisão de Teori atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), feito ainda no fim do ano passado, que alega que Cunha usou o cargo para interferir nas investigações da Operação Lava Jato, da qual ele é alvo.

A decisão foi tomada em caráter liminar, portanto, cabe recurso ao plenário da Corte. Teori quer levar o mérito da decisão para o plenário do STF ainda nesta quinta.

O juiz Sérgio Moro homologou nesta sexta-feira (11) o pedido de dispensa do depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como testemunha de defesa do empresário José Carlos Bumlai, réu na Operação Lava Jato.

O depoimento de Lula tinha sido marcado para segunda-feira (14), às 9h, por videoconferência, na Justiça de São Paulo. De acordo com o Código de Processo Penal (CPP), o réu pode desistir da oitiva de testemunhas arroladas por ele.

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Em troca do depoimento presencial, Lula enviou, por meio da defesa de Bumlai, esclarecimentos por escrito ao juiz. O ex-presidente afirmou que é amigo de Bumlai desde 2002 e que nunca tratou de assuntos políticos com o pecuarista. Lula também informou que nunca teve conhecimento de que Bumlai tenha usado a amizade com ele para obter vantagens em qualquer tipo de negócio.

Antes de decidir pela homologação, Moro disse aos advogados de Bumlai que as declarações enviadas por escrito pelo ex-presidente Lula não podem ser usadas como prova na defesa do pecuarista.

Para Sérgio Moro, declarações a favor de investigados devem ser feitas por meio do contraditório, conforme estabelece o CPP. 

Um tribunal de Londres absolveu nesta terça-feira (3) um médico, acusado de praticar mutilação genital, no primeiro julgamento no Reino Unido dedicado a este rito considerado tradicional em muitos países, sobretudo da África.

Dhanuson Dharmasena, de 32 anos, disse ter se sentido "extremamente aliviado" com a decisão do júri, que só precisou deliberar durante 30 minutos.

O médico expressou sua oposição a esta prática, mas alegou que não teve outra opção além de fazê-la. A mulher tinha 24 anos em 2012, quando ocorreram os fatos, e aos 6 anos, ainda na Somália, havia sido submetida à circuncisão feminina.

Para permitir à mulher dar à luz seu primeiro filho, Dharmasena retirou os pontos costurados quando ela era ainda uma menina em seus lábios genitais, e depois os costurou de novo, o que fez dele um suspeito de mutilação.

Os críticos deste ritual questionaram porque a justiça escolheu um caso tão discutível para apresentar o tema à justiça pela primeira vez, quando há 170.000 mulheres submetidas a ele no país.

A lei anti-excisão, que visa a coibir esta prática, foi estendida em 2003 para torná-la um crime quando cidadãos ou residentes britânicos a realizarem mesmo em locais, sobretudo na África, onde é permitida. A pena máxima é de 14 anos de prisão.

O primeiro acusado a ser ouvido no caso dos "Canibais de Garanhuns" na tarde desta quinta-feira (13) foi Jorge Beltrão Negromonte. No relato feito à juíza Maria Segunda Gomes, Beltrão deu detalhes de como fez o corte do corpo de Jéssica Camila, vítima morta em Olinda, e disse estar arrependido do que fez. O réu ainda relatou que sente que Deus vai perdoá-lo pelo que ele fez com as vítimas.

"Peço perdão a Deus e a todas as famílias que prejudiquei e fiz sofrer. Só Deus pode consolar esses familiares e só Ele também quem pode me julgar. Não há nenhum homem nessa terra que possa me apontar o dedo para mim pelo que fiz", afirmou Beltrão.

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Questionado pela juíza sobre a brutalidade que fez com Jéssica, o réu relatou detalhes de como cortou as partes do corpo da vítima. "Ficávamos com as partes do corpo já cortadas debaixo do chuveiro por duas horas. A nossa ceita não permitia que restasse nenhuma gota de sangue na carne humana. Depois, a gente cozinhava normalmente com temperos e verduras. O gosto parece muito com carne bovina", disse o réu.

A juíza também perguntou sobre quantos quilos de carne foram totalizados. "Não pesei para ter uma ideia. Quando não comíamos na hora, o restante era guardado no congelador". As próximas acusadas a serem ouvidas são Isabel Torreão e Bruna Cristina Silva, a esposa e amante de Jorge Beltrão. O julgamento segue desde a manhã de hoje no Fórum de Olinda, no Grande Recife.

Com informaçoes de Yasmim Dicastro

Morte -  Jéssica Camila, primeira vítima dos acusados, que na época tinha apenas 17 anos, foi assassinada com uma facada no pescoço em maio de 2008 na Avenida Colibri, em Rio Doce, Olinda. Segundo a denúncia do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), o principal interesse do trio era ficar com a filha de Jéssica Camila da Silva Pereira, já que Jorge e Isabel não podiam gerar um bebê. 

Após o crime, os réus também passaram a criar a filha da vítima. A outra envolvida no crime, Bruna Cristina, ainda assumiu a identidade da vítima.

>>Trio canibal admitiu prática dos crimes, afirma psiquiatra 

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>> Julgamento dos Canibais de Garanhuns começa nesta quinta

 

 

 

Condenado por matar um estudante em 2008, Aurelito Borges Santiago deixou o Fórum de Ribeirão Preto nesta terça-feira, 11, antes de ouvir a sentença e não ficou preso. O crime teve grande repercussão na época, há cinco anos, e amigos e familiares do jovem acompanhavam o julgamento.

No momento em que os jurados se reuniram para definir se o réu era culpado ou inocente, ele saiu do Fórum e não foi mais visto. Ao retornar para dar o veredito, a juíza Isabel Alonso Bezerra leu a sentença e passou a considerar o acusado um foragido da Justiça.

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De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, ao deixar o Fórum o réu ainda respondia ao processo em liberdade, passando a ser considerado foragido somente após a sentença ser proferida pela juíza. O advogado de defesa, Alexandre Durante, alegou não ter visto o cliente sair do local.

Santiago foi julgado por matar em 2008 o estudante Rodrigo Cintra Bonilha, de 18 anos. O rapaz estava com amigos perto de um conhecido bufê em Ribeirão quando foi baleado pelo réu que era vigia do local. Ele alegou ter se assustado com os rapazes e teria atirado na vítima por medo, versão esta que foi contestada pelas testemunhas de defesa.

MACEIÓ (AL) - No quarto dia de julgamento do caso PC Farias, Adelino Costa é o primeiro réu a prestar depoimento na tarde desta quinta-feira (9). O policial militar fazia a segurança de Paulo César no dia do crime. “Eu não sou responsável pelo ocorrido. Por tudo o que nos foi mostrado até agora, eu acredito que tenha sido Dra. Suzana quem matou o Dr. Paulo”, afirma o réu durante seu depoimento.

Aparentando nervosismo e afirmando não manter muito contato com os outros réus após o crime, Adeildo Costa conta que estava presente na casa da praia de PC no momento em que ocorreu o assassinado. Além disso, o policial afirmou que mantinha uma bom relacionamento com o casal e falou que fez a segurança da casa do sábado para o domingo junto com José Geraldo da Silva.

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Ainda de acordo com Adelino, PC Farias havia saído da mansão para a casa de praia, localizada em Guaxuma, com os filhos por volta do 12h, enquanto Suzana chegava de São Paulo. "Na praia vi que o casal foi caminhar na praia com os filhos e depois de conduziram até a piscina e em seguida foram almoçar.", relatou.

Durante o depoimento, o réu contou que os filhos do casal foram embora e PC e Suzana receberam a visita de Augusto Farias, Cláudio Farias e uma outra mulher, que ele não soube identificar, por volta das 20h30. Após o jantar, que terminou de 1h do outro dia, Paulo César e a namorada se dirigiram ao quarto para dormir, mas antes disso, pediu ao Geraldo da Silva que o acordasse às 11h da manhã.

O juiz do caso, Marcelo Brêda, questionou sobre uma suposta briga ou discussão dentro da residência. “Não presenciei, nem escutei nenhuma discussão naquele dia, nem das visitas e nem do Dr. Paulo e Dra. Suzana”, afirmou Adeildo Costa. O réu, ao ser questionado pelo juiz acerca do assassinato, respondeu que houve rumores de que Suzana Marcolino havia matado Paulo César. “De maneira alguma alguém me pediu para matar um deles. Eu escutei falar que a Dra. Suzana tinha matado o Dr. Paulo, mas eu não sei”, assegurou o depoente.

No dia seguinte, após retornar para casa depois do homicídio, Adelino alegou que não sabia do crime e revelou que foir chamado, em sua residência, para comparecem com urgência na casa de praia. “Quando eu cheguei lá, já haviam várias pessoas como o deputado Augusto Farias, Marcos Maia (assessor de Augusto Farias), Márcio Lessa (amigo de Paulo Cesar), além de alguns funcionários, seguranças e familiares. Eu entrei na casa e fui até o quarto e vi os corpos lá, depois disso o deputado Augusto me perguntou o que havia acontecido, mas eu disse que não sabia. Jamais eu iria imaginar que aconteceria uma coisa dessas ali dentro”, falou o réu.

Sobre o desaparecimento do celular de Suzana da cena do crime, o depoente respondeu não saber da existência dessa aparelho. “Depois da perícia ter estado no local, eu e Geraldo entramos pela janela a mandado do Reinaldo Correia, e pegamos uns documentos como identidade e CPF da Dra. Suzana que estavam rasgados no banheiro da suíte em uma bolsa para ser entregue ao padastro de Suzana. Os corpos também foram retirados do local pela janela”, disse o policial encerrando seu depoimento.

Dezenove anos se passaram e somente nesta quinta-feira (4) o homem acusado de ter assassinado uma criança, em 1994, será julgado na 4ª Vara do Tribunal da Capital. O júri está marcado para começar às 9h e será presidido pelo juiz Abner Apolinário da Silva.

Segundo informações do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Alcides Ananias da Silva cometeu o crime nas proximidades da Praça da Torre. Conforme denúncia apresentada pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), o acusado teria atirado contra uma kombi que voltava de uma festa. O disparo atingiu a menor Taciana Maria Lopes de Lima na cabeça.

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Após o crime, Alcides Ananias permaneceu foragido por mais de 15 anos. Ele só foi capturado na cidade de Carapicuíba, em São Paulo, em 2011. O réu foi transferido para Pernambuco e está em prisão preventiva.

Com informações da assessoria

A Justiça Federal recebeu nesta quarta-feira (21) a segunda denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal contra o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, tornando-o réu em nova ação relativa à Operação Monte Carlo, que trata de um esquema criminoso de exploração de jogos em Goiás. O juiz que recebeu a denúncia, contudo, não analisou os pedidos de prisão preventiva de Cachoeira, o que fará após manifestação das defesas dos réus.

A Justiça, porém, já determinou o recolhimento do passaporte de Cachoeira e de outros cinco acusados, a proibição de viagens ao exterior e a proibição de viagens a cidades fora de onde vivem sem comunicação ao Judiciário - se quiser viajar, por exemplo, para Anápolis, cidade onde vive seu pai, Cachoeira tem de pedir autorização judicial.

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A nova denúncia foi oferecida pelo MPF após informações colhidas pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Distrito Federal. Segundo o procurador Daniel de Resende Salgado, o grupo de Cachoeira continuava a agir mesmo após a prisão do contraventor. "O grupo criminoso continuava atuando da mesma forma que atuava antes da Operação Monte Carlo. Entendemos que houve uma reiteração da atividade criminosa." Após a operação, uma nova busca e apreensão encontrou máquinas caça-níqueis com componentes contrabandeados do exterior em pontos investigados pela Monte Carlo.

Conforme o procurador, alguns áudios de escutas policiais - realizadas dias após a deflagração da operação que prendeu Cachoeira em 29 de fevereiro - revelaram que membros da organização diziam poder abrir novamente as casas de jogos porque a polícia não faria um trabalho de enfrentamento constante.

De acordo com Salgado, após a prisão de Cachoeira uma parte do grupo parou de atuar em Goiânia e passou a trabalhar o jogo em Brasília. "Houve uma migração de parte da organização criminosa, e de forma mais intensa para a capital federal." Ele afirmou ainda que a Monte Carlo promoveu "uma desarticulação do grupo, mas ela não foi total". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje abrir um processo criminal contra o senador João Ribeiro (PR-TO). Os ministros do STF receberam a denúncia na qual o Ministério Público Federal acusa Ribeiro de envolvimento com trabalho escravo. Com a decisão, o senador passa da condição de investigado para a de réu.

De acordo com a acusação, o congressista teria participado de aliciamento fraudulento de trabalhadores em Araguaína, no Estado de Tocantins, para que trabalhassem numa fazenda dele, localizada em Piçarra, no Pará. A denúncia teve como base uma inspeção realizada em 2004 por auditores do Ministério do Trabalho. A inspeção ocorreu após um trabalhador ter comunicado à Comissão de Pastoral da Terra (CPT) a suposta existência de trabalho escravo na fazenda.

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Na inspeção, os funcionários do Ministério do Trabalho relataram ter encontrado 35 trabalhadores em condições subumanas de trabalho e acomodação. De acordo com os técnicos, os homens trabalhavam em jornadas excessivas e dormiam em ranchos cobertos com folhas de palmeira, sem sanitários e sem água filtrada. Os advogados do senador negaram que houvesse trabalho escravo.

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