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A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu há pouco pelo recebimento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG) pelos crimes de corrupção e obstrução de Justiça. As acusações fazem parte de um dos inquéritos resultantes da delação do empresário Joesley Batista, do grupo J&F. Com a decisão, o senador se torna réu no processo.

A decisão foi tomada com base no voto do ministro Marco Aurélio, relator do caso. Para o ministro, o fato de o senador ter sido gravado por Joesley e citar que tentaria influi na nomeação de delegados da Polícia Federal mostra indício dos crimes que teriam sido praticados por ele.

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Também são alvos da mesma denúncia e também se tornarão réus a irmã do senador Andrea Neves, o primo Frederico Pacheco e Mendherson Souza Lima, ex-assessor parlamentar do senador Zezé Perrella (PMDB-MG), flagrado com dinheiro vivo. Todos foram acusados de corrupção passiva.Segundo a denúncia, apresentada há mais de 10 meses, Aécio pediu a Joesley Batista, em conversa gravada pela Polícia Federal (PF), R$ 2 milhões em propina, em troca de sua atuação política. O senador foi acusado pelo então procurador-geral da República Rodrigo Janot.

A obstrução ocorreu de “diversas formas”, segundo a PGR, como por meio de pressões sobre o governo e a Polícia Federal para escolher os delegados que conduziriam os inquéritos da Lava Jato e também de ações vinculadas à atividade parlamentar, a exemplo de interferência para a aprovação do Projeto de Lei de Abuso de Autoridade (PLS 85/2017) e da anistia para crime de caixa dois.

No início da sessão, o advogado Alberto Toron, que representa o senador Aécio Neves afirmou que o valor era fruto de um empréstimo e que o simples fato de ele possuir mandato no Senado não o impede de pedir dinheiro a empresários. 

O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, remarcou para o dia 21 de junho o depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na ação em que ele é réu com seu filho Luís Cláudio Lula da Silva, acusados de participar de um esquema para favorecer a empresa Saab na venda de 36 caças ao Brasil.

O depoimento estava previsto para ocorrer no dia 20 de fevereiro, mas acabou suspenso pelo desembargador Néviton Guedes, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), que acatou pedido da defesa para que se aguardasse a oitiva de testemunhas que moram fora do país, no prazo máximo de quatro meses.

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Vallisney Oliveira, responsável pelo caso na primeira instância, resolveu agora marcar os depoimentos de Lula, de seu filho e dos empresários Mauro Marcondes Machado e Cristina Mautoni Marcondes Machado, também réus, para a manhã do dia seguinte ao encerramento do prazo estipulado pelo TRF1.

Na ação penal, Lula e seu filho foram investigados na Operação Zelotes, da Polícia Federal, e foram denunciados pelos crimes de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa, sob a acusação de integrarem um esquema que vendia promessa de interferência no governo federal para beneficiar empresas.

De acordo com a denúncia, Lula, seu filho e os consultores Mauro Marcondes e Cristina Mautoni participaram de negociações irregulares no contrato de compra dos caças suecos Gripen e na prorrogação de incentivos fiscais para montadoras de veículos em uma medida provisória. Segundo o MPF, Luís Cláudio recebeu R$ 2,5 milhões da empresa dos consultores.

A defesa do ex-presidente sustenta que Lula e seu filho não participaram ou tiveram conhecimento dos atos de compra dos caças suecos. Segundo os advogados, a investigação tramitou no Ministério Público de forma oculta e sem acesso à defesa.

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (MDB-RR), afirmou que provará sua inocência na denúncia recebida nesta terça-feira (13) pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, tornando-o réu. Segundo o senador, as doações recebidas na campanha de 2014 pela empreiteira Odebrecht foram feitas de modo oficial e “os pedidos de investigação do Ministério Público Federal (MPF) buscam, na verdade, a criminalização da política”.

“O STF não se manifestou quanto ao mérito da matéria, disse apenas que precisava ser instruído o processo. Portanto, estou tranquilo, vou responder tudo, provarei que sou inocente, que não houve nada de errado nessa doação, e portanto vamos aguardar e trabalhar com tranquilidade através dos nossos advogados”, disse Jucá, em entrevista a jornalistas no Senado, após ficar sabendo da aceitação da denúncia.

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De acordo com o parlamentar, a doação, no valor de R$ 150 mil, foi devidamente declarada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e não houve “nenhum tipo de benefício” à construtora. Ele disse que “não tem nenhum motivo” para deixar a liderança do governo e, portanto, continuará no cargo.

Sobre as críticas do governo quanto a uma possível interferência do Judiciário na atribuição de outros Poderes, Romero Jucá evitou relacionar a questão ao fato de ele ter se tornado réu.

“Os excessos devem ser discutidos e tratados pela Justiça. Nesse caso, o excesso, na verdade, foi cometido pelo [ex-procurador-geral da República] Rodrigo Janot, que fez uma denúncia inepta, irresponsável. Ao receber a denúncia, os ministros do STF entenderam que era preciso instruir. Não tenho nenhum comentário sobre postura de qualquer ministro, acho que eles estão se resguardando e dando andamento técnico aos procedimentos. Na instrução do processo, nós vamos provar qual é a verdade”, disse.

A Primeira Turma do Supremo aceitou, por unanimidade, a denúncia oferecida contra o senador pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, em um desdobramento da Operação Lava Jato. A partir de agora, começa a fase de instrução da ação penal, com oitiva das testemunhas, da defesa, da acusação e coleta de provas. Esta é a primeira vez que Romero Jucá se torna réu, em uma das 13 investigações que tramitam na Corte contra ele.

Por meio de nota, o MDB, partido do qual Jucá é presidente nacional, disse lamentar o que classificou de criminalização de doações legais com base “apenas em depoimentos mentirosos de delatores. O partido reforça sua confiança na Justiça e espera que a verdade supere as insinuações”.

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou hoje (13), por unanimidade, denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o senador Romero Jucá (MDB-RR) pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, em um desdobramento da Operação Lava Jato. Com isso, será aberta uma ação penal, e o senador passa, pela primeira vez, a figurar como réu no STF.

Jucá foi delatado pelo ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, Claudio Mello Filho. Segundo o executivo, a Odebrecht fez, em 2014, uma doação eleitoral oficial de R$ 150 mil ao diretório regional do MDB em Roraima, ao mesmo tempo em que discutia com o senador a aprovação, no Congresso Nacional, de duas medidas provisórias (MPs) em benefício da empresa.

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Para o MPF, o dinheiro foi doado em contrapartida à atuação política de Jucá, que propôs emendas para modificar os textos das MPs 651 e 656, ambas de 2014, de modo a garantir benefícios fiscais ao grupo Odebrecht.

O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, que representa Jucá, afirmou durante o julgamento que o MPF pretende criminalizar a atuação regular do senador como parlamentar. Ele também leu trechos da delação em que se baseou a denúncia, argumentando que, em nenhum momento, Cláudio Melo Filho afirmou, cabalmente, que a doação eleitoral fora contrapartida pela modificação das medidas provisórias.

O ex-ministro da Fazenda do governo Dilma Rousseff Guido Mantega e outras 12 pessoas foram colocados no banco dos réus por suposto favorecimento do Grupo Cimento Penha em julgamento no Carf, o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, conhecido como "Tribunal da Receita".

O ex-chefe da pasta é acusado por quatro crimes contra a ordem tributária. Mantega responderá por suposto patrocínio patrocinar, "direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração fazendária, valendo-se da qualidade de funcionário público", segundo a legislação. Ele é acusado de interceder no Carf em benefício do Grupo Cimentos Penha, do empresário Victor Sandri, também réu por crimes contra a ordem tributária e corrupção ativa.

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Segundo a Procuradoria, a Receita havia autuado a empresa Cimentos Penha, do empresário Victor Sandri, por remeter US$ 46,5 milhões a instituições financeiras sediadas nos paraísos fiscais das Bahamas e do Uruguai, por meio da utilização de contas bancárias vinculadas a brasileiros que nunca residiram nesses países, chamadas de contas CC5.

Por não conseguir comprovar a origem dos valores, o Fisco constituiu crédito tributário no valor de R$ 57,7 milhões.

Mesmo assim, a empresa recorreu ao CARF em 2007. Na primeira instância, conhecida como Câmara Baixa, foi negado provimento ao recurso em 2008. Houve entendimento de cinco conselheiros de que havia legalidade na autuação fiscal.

Após a decisão, segundo a denúncia houve uma articulação para assegurar êxito da empresa Cimento Penha nas instâncias superiores, comandada pelo conselheiro José Ricardo da Silva.

De acordo com o Ministério Público Federal, o recurso apresentado à Câmara Superior, em 2010, já com escritório de advocacia representante dos interesses do grupo criminoso, foi utilizado como justificativa um acórdão que tratava de circunstância diversa.

A Procuradoria dá conta de que o recurso era manifestamente inepto, mas foi admitido pelo então presidente da 1ª Câmara da 1ª Seção do CARF, Francisco de Sales Ribeiro de Queiroz.

Os procuradores afirmam que o êxito da organização criminosa dependia da indicação de nomes para posições estratégicas no CARF.

Segundo a denúncia, o então presidente do CARF, Otacílio Cartaxo, e Guido Mantega patrocinaram direta e indiretamente, interesse privado perante a administração fazendária, ao respaldarem os nomes indicados pela organização criminosa.

Com a palavra, Guido Mantega

A reportagem entrou em contato com a defesa mas ainda não obteve resposta.

A juíza substituta da 7ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro, Caroline Vieira Figueiredo, abriu nesta quarta-feira, 10, mais três ações penais contra o ex-governador Sérgio Cabral. Condenado a 87 anos de prisão, o peemedebista agora passa a ser réu pela vigésima vez na Operação Lava Jato.

Em uma das denúncias, oferecida na última quinta-feira, 4, o peemedebista foi acusado de cobrar propinas em obras realizadas pela construtora Oriente.

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Também foram denunciados o diretor da construtora, Geraldo André de Miranda Santos, o coordenador de licitações Alex Sardinha da Veiga, o ex-secretário de obras, Hudson Braga e o suposto operador do esquema de corrupção Wagner Jordão.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), ao menos entre os anos de 2010 e 2014, por seis vezes, Sérgio Cabral, através de Braga e Jordão, "de forma livre e consciente, em unidade de desígnios, solicitou, aceitou promessa e recebeu vantagem indevida (calculada, como regra geral, em 1% do valor faturado relativo às contratações realizadas) de Alex Sardinha da Veiga e Geraldo Miranda".

Em outra ação penal, Sérgio Cabral passa a responder criminalmente, por supostas propinas dos consórcios que administram o serviço de Poupa Tempo do Rio. Segundo o MPF, o ex-secretário Carlos Bezerra "atuava recebendo e controlando os valores de propina advindos do empresário George Sadala, dono da empresa Gelpar Empreendimentos e Participações LTDA, uma das maiores contratadas pelo Estado do Rio de Janeiro no ramo dos serviços de 'POUPA TEMPO', tendo recebido do governo estadual, apenas entre os anos de 2009 e 2013, o montante de R$ 32.412.276,06".

Já a outra denúncia é relativa a supostas propinas de R$ 1,5 milhão solicitadas pelo ex-chefe da Casa Civil, Régis Fichtner Pereira "angariada e distribuída pela organização criminosa chefiada por Sérgio Cabral, mediante orientação e anuência deste e entrega feita por Luiz Carlos Bezerra".

Defesa

A reportagem entrou em contato com a defesa do ex-governador, mas ainda não obteve retorno.

Um homem ficou preso 16 dias por não pagar pensão para si mesmo. O equívoco chamou a atenção da Defensoria Pública do Distrito Federal durante visitas aos presos cíveis. 

Segundo a Defensoria, enquanto o processo de execução de alimentos tramitava, a mãe da criança faleceu, o pai conseguiu a guarda da criança há dois anos, mas foi preso mesmo assim. 

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O detido tem 34 anos. Com a autora do processo, ele teve um filho, hoje com 15 anos. Quando a criança completou cerca de um ano e meio, a mãe teria decidido se mudar para Minas Gerais com a criança. Segundo o homem, eles não mantiveram contato durante os 13 primeiros anos de vida do filho. Em  2015, a mulher foi à Justiça requerer pensão alimentícia. 

Há dois anos, antes de localizarem o réu e sem ele saber do processo, a mãe da criança faleceu. Quem descobriu a morte da mulher foi a atual esposa do homem, por meio de redes sociais. A família, então, conseguiu resgatar o filho em Minas Gerais.

Porém, o processo aberto pela mãe continuou tramitando e o pai foi localizado e preso no último mês de agosto. 

"Quando foram executar a ação, não tinha conta para depósito do valor, pois quem ajuizou havia falecido. Não tinha como pagar em juízo porque seria pago para ele mesmo. Ele era o único com responsabilidade sob a criança", explica Werner Rech, defensor público que atuou no caso.

O defensor considera que os valores poderiam ser cobrados sem necessidade de prisão. "Isso é o mais absurdo. Mandar prender uma pessoa por um processo de pensão, sendo que ele tinha emprego com carteira assinada. Prender uma pessoa empregada por dever pensão alimentícia é querer usar a cadeia como remédio para qualquer situação", diz.

A ação havia sido impulsionada de forma independente pelos órgãos, sem a atuação da mãe da criança, que já havia falecido - o que não constava nos autos.  Com a certidão de óbito e o comprovante de escolaridade do menor, o defensor solicitou o alvará de soltura, conseguindo a liberação do réu.

* Com informações da assessoria

O deputado federal Jean Wyllys (PSOL), que se diz vítima de perseguição e homofobia na Câmara dos Deputados e até já afirmou que recebeu ameaças de morte, nesta quarta-feira (6), utilizou sua página no Facebook para comemorar o fato do também deputado federal Éder Mauro (PSD) ter se tornado réu no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo Wyllys, ele teria editado um vídeo para prejudicá-lo. 

No vídeo editado, em uma sessão na Câmara, Jean afirma que: “uma pessoa negra e pobre é potencialmente perigosa. É mais perigosa do que uma pessoa branca de classe média”. Contudo, Jean, sem a edição de sua fala, teria dito que, “no imaginário impregnado, sobretudo nos agentes das forças de segurança, é de que uma pessoa negra e pobre é potencialmente mais perigosa”. 

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“Hoje, por unanimidade, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), recebeu queixa-crime contra o deputado Eder Mauro, formulada por mim, pelo crime de difamação, por ter divulgado no Facebook um vídeo toscamente editado que me atribuía uma declaração racista que eu nunca fiz. Eder Mauro, deputado federal, ex-delegado de polícia e figura política poderosíssima do Pará, agora é réu no Supremo. E eu tenho a convicção de que será condenado. O mesmo vai acontecer a todos os que me difamam e mentem criminosamente a meu respeito”, alertou. 

O parlamentar declarou que há, durante o ano inteiro, “difamadores”, que inventam falsas notícias a seu respeito. “Projetos lei que eu jamais apresentei e declarações que nunca fiz estão avisados: não vão ficar impunes. Difamadores não passarão”, continuou. 

“Em voto pelo recebimento do meu pedido, o relator, ministro Luiz Fux, afirmou que a edição do meu discurso foi feita com “a clara intenção de difamar”. Ele observou que a edição de um vídeo ou áudio tem como objetivo guiar o espectador e, quando feita com o objetivo de difamar a honra de uma pessoa, configura dolo da prática criminosa. Segundo o ministro, a edição buscou me imputar falsamente conduta gravíssima. No entendimento do relator, ficou constatada a vontade de difamar. O STF entendeu, corretamente, que a imunidade parlamentar não significa direito a difamar e caluniar os outros”, escreveu Jean.

 

O Tribunal do Júri de Arcoverde, no Sertão de Pernambuco, condenou duas pessoas por homicídio duplamente qualificado 24 anos após o cometimento do crime. O assassinato, ocorrido em Floresta no dia 23 de julho de 1993, tinha relação com ações de pistolagem e conflitos entre grupos políticos da região.

A ré Maria Nilda Ferraz Novaes, apontada como mandante do crime, foi condenada a 16 anos de reclusão. Já Geraldo de Souza, acusado de executar a vítima com disparos de arma de fogo, foi sentenciado a 19 anos de reclusão.

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O réu Geraldo de Souza já possuía condenações anteriores que somavam 42 anos de prisão. Ele deverá cumprir a nova condenação em prisão domiciliar porque está em tratamento de doença grave, que não pode ser acompanhada em unidade prisional.Ele não pode apelar em liberdade. Maria Nilda ainda pode recorrer, visto não possuir condenações anteriores e ter se apresentado em todas as etapas processuais.

Outras quatro pessoas também eram rés do mesmo processo, mas tiveram a punibilidade extinta. Segundo o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), os acusados Adilson Gomes de Souza, Ayrton Giordano Ferraz Nunes e Maria das Graças Ferras Nunes tiveram a extinção de punibilidade por conta da prescrição do processo. O réu Antônio José Nunes morreu em 2014.

Apesar do crime ter ocorrido em Floresta, o processo foi deslocado para Arcoverde para que pudesse haver um julgamento isento. O caso teve grande repercussão e, para o MPPE, a influência das famílias poderia impedir uma decisão imparcial dos jurados.

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) denunciou na segunda-feira, 24, o ex-participante do Big Brother Brasil Marcos Harter por delitos de lesão corporal contra Emilly Araújo. Segundo nota oficial, o ex-BBB agrediu a jovem com "fortes beliscões, que causaram um hematoma no braço esquerdo da vítima por motivo fútil, que seria ciúme".

Em outro momento, o denunciado ofendeu novamente a integridade corporal de Emilly, com um apertão no antebraço direito, que acarretou um novo hematoma roxo. As lesões constam em Laudo de Corpo Delito", descreve o MP-RJ.

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Para o promotor de Justiça Gianfilippo Pianezzola, as agressões, tanto físicas quanto psicológicas, consistem em violência doméstica e familiar, pois os dois tinham um relacionamento amoroso.

Durante a 17ª edição do Big Brother Brasil, o relacionamento de Emilly e Marcos Harter chamou atenção nas redes sociais pelos comportamentos dele, considerados abusivos. Pouco antes da final do programa, o médico foi excluído do reality por ter agredido a participante - que venceu o programa.

O empreiteiro Fernando Cavendish, ex-dono da Construtora Delta, voltou a ser réu em processo da Operação Lava Jato. O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, da Justiça Federal no Rio de Janeiro, aceitou denúncia contra ele e mais cinco pessoas na ação que investiga superfaturamento na obra de ampliação da Marginal Tietê, em São Paulo.

Inicialmente, a denúncia havia sido feita à 14ª Vara Criminal da Comarca da Capital de São Paulo, mas em julho do ano passado Cavendish foi preso na Operação Saqueador, do Ministério Público Federal no Rio de Janeiro, um desdobramento da Operação Lava Jato. Ele foi levado para o presídio de segurança máxima Bangu 8, no Complexo de Gericinó, mas foi solto cerca de um mês depois por efeito de liminar. 

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De acordo com a denúncia, o superfaturamento na obra, que custou R$ 360 milhões, foi de R$ 71,6 milhões. Os valores foram pagos pela estatal Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa)  para o Consórcio Nova Tietê, liderado pela Delta. O valor inicial era R$ 287 milhões.

Até o fechamento da matéria, a defesa de Cavendish não havia sido encontrada para comentar a decisão da Justiça. Os acusados deverão apresentar resposta à acusação no prazo de dez dias.

Segundo as investigações do Ministério Público Federal (MPF), Cavendish participou de um esquema que desviou R$ 370 milhões de obras feitas pela Construtora Delta para 18 empresas fantasmas. As investigações mostraram que os valores eram sacados em dinheiro para impedir o rastreamento da propina entregue a agentes políticos. No mês passado, a 7ª Vara Federal Criminal começou a colher depoimentos de testemunhas de acusação no processo da Operação Saqueador.

Quatro municípios de Pernambuco são alvos de ações civis públicas movidas pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). Caetés, Iati, Lajedo , no Agreste; e Serra Talhada, no Sertão, são acusados de não prevenirem e erradicarem o trabalho infantil.

O MPT pede que a Justiça obrigue os municípios a tomarem providências definitivas sob pena de multa. Segundo o autor das ações, o procurador Ulisses Dias de Carvalho, o MPT recebeu relatórios do Ministério do Trabalho e Emprego que comprovam a situação irregular nas cidades. As crianças e adolescentes são encontrados, geralmente, trabalhando em feiras, que deveriam ter as permissões públicas gerenciadas pelas prefeituras.

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De acordo com o MPT, as ações foram movidas após anos de tratativas com os municípios. Em muitas vezes, as prefeituras sequer responderam os ofícios encaminhados. Também foram expedidas recomendações não acatadas pelos prefeitos.

Em nota, o ministério destaca que fez 25 pedidos para cada um dos municípios, entre eles, o de que garantam verba suficiente para a implementação adequada dos programas e ações para erradicação do trabalho infantil e formularem, no prazo de 120 dias, um diagnóstico de todas as crianças em situação de trabalho.

Também foi requerido que o judiciário determinasse a elaboração e implementação de plano de ação para enfretamento e erradicação do trabalho infantil a partir do diagnóstico feito e que, em 30 dias, inserisse as crianças e adolescentes em programas sociais adequados.

Caso as 25 obrigações sejam descumpridas, é requerida uma multa de R$ 50 mil por item mais R$ 5 mil por criança ou adolescente prejudicado. O mandado de intimação também deverá ser direcionado aos prefeitos  e a punição por eles suportada sob o argumento de que são responsáveis pela gestão da coisa pública e ordenadores de despesas.

 

O procurador destacou que os mitos de que trabalho ajuda na formação de caráter da criança e que é importante para a manutenção da família devem ser derrubados. “As experiências que o trabalho precoce possibilita às crianças e adolescentes são, praticamente em sua totalidade, de pouco valor enquanto formadoras para a atuação profissional. Em geral são atividades repetitivas, operativas, que não exigem raciocínio e que não preparam nem para uma profissão específica e nem para se destacar no mundo do trabalho. Muitas vezes colocam em contato com riscos físicos e psíquicos. Essas experiências afastam a criança da escola e, sem formação no futuro, apenas alimentando de ciclos de pobreza e exclusão”, concluiu. 

Em manifestação à Justiça de Alagoas sobre uma audiência de instrução e julgamento que acabou não ocorrendo, pela ausência do réu - o 'Galego da Taquarana' -, o promotor de Justiça José Alves de Oliveira Neto, de Arapiraca, a 120 quilômetros de Maceió, disse que vai rezar para que ele se junte a seu 'mentor Lúcifer'.

A manifestação do promotor do Ministério Público de Alagoas, em dezessete linhas, é datada de 16 de maio de 2016, agora tornada pública. Oliveira Neto demonstra inconformismo com o fato de 'Galego da Taquarana' não ter comparecido à audiência.

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"O réu, um dos criminosos mais perigosos do nordeste, exímio na arte de praticar crimes, envolvido em crimes a banco, pistolagem e mais um cipoal de condutas criminosas, que nem mesmo naqueles filmes americanos se pode ter paralelo, não era de se esperar compromisso com a Justiça."

Oliveira Neto, da 8ª Promotoria de Justiça Criminal de Arapiraca, argumentou em sua manifestação porque não iria requerer novamente a custódia de 'Galego da Taquarana'.

"Considerando tais fatos, nem peço a prisão, de novo! Vai dar mais despesas, se for pego, colocando-se, ainda, em risco, a vida dos agentes policiais destacados para a sua captura."

No último parágrafo, o promotor afirmou: "Vamos rezar para que ele seja promovido e desça ao andar de baixo, junto ao seu mentor Lúcifer."

O juiz federal Sérgio Moro, que conduz os processos da Operação Lava Jato, aceitou denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta segunda-feira, 19. Agora, Lula se torna réu pela quinta vez em ações penais nas Operações Lava Jato, Zelotes e Janus.

Também viraram réus nesta ação o empresário Marcelo Odebrecht, acusado da prática dos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro; Antonio Palocci e Branislav Kontic, denunciados pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro; e Paulo Melo, Demerval Gusmão, Glaucos da Costamarques, Roberto Teixeira e Marisa Letícia Lula da Silva, acusados da prática do crime de lavagem de dinheiro.

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Lula é apontado como o responsável por comandar "uma sofisticada estrutura ilícita para captação de apoio parlamentar, assentada na distribuição de cargos públicos na Administração Pública Federal". A denúncia aponta que o esquema foi instalado nas mais importantes diretorias da Petrobras, mediante a nomeação de Paulo Roberto Costa e Renato Duque para as diretorias de Abastecimento e Serviços da estatal, respectivamente.

Por meio do esquema, diz a denúncia, estes diretores geravam recursos que eram repassados para enriquecimento ilícito do ex-presidente, de agentes políticos e das próprias agremiações que participavam do loteamento dos cargos públicos, bem como para campanhas eleitorais movidas por dinheiro criminoso.

Nesta denúncia, a propina, equivalente a percentuais de 2% a 3% dos oito contratos celebrados entre a Petrobras e a Construtora Norberto Odebrecht S/A, totaliza R$ 75.434.399,44. Este valor foi repassado a partidos e políticos que davam sustentação ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva, especialmente o Partido dos Trabalhadores (PT), o Partido Progressista (PP) e o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), bem como aos agentes públicos da Petrobras envolvidos no esquema e aos responsáveis pela distribuição das vantagens ilícitas, em operações de lavagem de dinheiro que tinham como objetivo dissimular a origem criminosa do dinheiro.

Parte do valor das propinas pagas pela Construtora Norberto Odebrecht S/A foi supostamente lavada mediante a aquisição, em benefício do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do imóvel localizado na Rua Dr. Haberbeck Brandão, nº 178, em São Paulo (SP), em setembro de 2010, que seria usado para a instalação do Instituto Lula. O acerto do pagamento da propina destinada ao ex-presidente foi intermediado pelo então deputado federal Antonio Palocci, com o auxílio de seu assessor parlamentar Branislav Kontic, que mantinham contato direto com Marcelo Odebrecht, auxiliado por Paulo Melo, a respeito da instalação do espaço institucional pretendido pelo ex-presidente.

A compra desse imóvel foi realizada em nome da DAG Construtora Ltda., mas com recursos comprovadamente originados da Construtora Norberto Odebrecht, em transação que também contou com a interposição de Glaucos da Costamarques, parente de José Carlos Costa Marques Bumlai, sob a orientação de Roberto Teixeira, que teria atuado como operador da lavagem de dinheiro.

O valor total de vantagens ilícitas empregadas na compra e manutenção do imóvel, até setembro de 2012, chegou a R$ 12.422.000,00, como demonstraram anotações feitas por Marcelo Odebrecht, planilhas apreendidas na sede da DAG Construtora Ltda. e dados obtidos em quebra de sigilo bancário, entre outros elementos.

Além disso, parte das propinas destinadas a Glaucos da Costamarques por sua atuação na compra do terreno para o Instituto Lula foi repassada para o ex-presidente na forma da aquisição da cobertura contígua à sua residência em São Bernardo de Campo (SP). De fato, R$ 504.000,00 foram usados para comprar o apartamento vizinho à cobertura do ex-presidente.

A nova cobertura, que foi utilizada pelo ex-presidente, foi adquirida no nome de Glaucos da Costamarques, que atuou como testa de ferro de Luiz Inácio Lula da Silva, em transação que também foi concebida por Roberto Teixeira, em nova operação de lavagem de dinheiro.

Na tentativa de dissimular a real propriedade do apartamento, Marisa Letícia Lula da Silva chegou a assinar contrato fictício de locação com Glaucos da Costamarques, datado de fevereiro de 2011, mas as investigações concluíram que nunca houve o pagamento do aluguel até pelo menos novembro de 2015.

Ao todo, Lula é alvo de cinco denúncias: duas da Lava Jato, no Paraná, uma na Operação Zelotes, uma na Operação Janus e uma no âmbito da Lava Jato, em Brasília.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), virou o alvo preferencial dos manifestantes que protestam em frente ao Congresso Nacional na manhã deste domingo em Brasília. As críticas a ele dizem respeito principalmente a sua articulação para acelerar a votação do pacote de medidas anticorrupção aprovada pela Câmara que contém uma proposta para punir juízes e procuradores por abuso de autoridade, iniciativa que há meses vem defendendo no Senado.

Cartazes, faixas e palavras de ordem como "Fora Renan!" e "Renan não é o coronel do Brasil, ele é réu" criticaram as ações do presidente do Senado, alvo de uma série de investigações na Operação Lava Jato e que na semana passada passou a responder a processo no Supremo Tribunal Federal (STF) por apropriação de recursos públicos (peculato).

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As críticas ao presidente Michel Temer, por outro lado, foram localizadas e restritas a falas pontuais de alguns dos manifestantes. Conforme reportagem do Estado deste domingo, o Palácio do Planalto teme que a onda de protestos se transforme em atos contra o governo.

Cerca de 4 mil pessoas, segundo a PM, participam do ato. Um dos manifestantes, o empresário e aposentado Luiz Carlos Ferrari, 69 anos, confeccionou uma roupa de presidiário com a placa 171 e uma "maleta da propina". Para ele, pelo menos 300 parlamentares no Congresso deveriam vestir a roupa que ele está usando.

"Quando o povo se manifesta, o Congresso se assusta. A população vai ter força para barrar no Senado as mudanças no pacote de medidas anticorrupção que o Renan Calheiros tentou aprovar rapidamente", criticou.

Os corretores de imóveis e amigos Sandro Vitória e Glória Oliveira também participam do protestos contra Renan. Para Sandra, é preciso mudar o sistema político a fim de criar condições para a economia se recuperar. Sua amiga, por sua vez, se mostrou indignada com as ações de Renan. "Urgência sim, senhor Renan, mas para a apuração das 12 denúncias contra Vossa Excelência", defendeu Glória, em referência às investigações de que Renan é alvo no STF.

Acusado de desvio de recursos, o chamado peculato, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB) poderá se tornar réu em uma ação pela primeira vez. Nesta quinta-feira (1), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin votou pelo recebimento parcial da denúncia. Se a maioria dos ministros também for favorável, será aberta a ação penal. 

Segundo o ministro, há indícios de que Renan usou desviou recursos do Senado para pagar uma parte da pensão de sua filha, fruto de um relacionamento extraconjugal com a jornalista Mônica Veloso. Ele também é acusado por crime de falsidade ideológica e uso de documentos falsos, que teriam sido utilizados para justificar pagamentos da pensão.

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O presidente é investigado desde 2007. A denúncia foi oferecida ao Supremo pela Procuradoria-Geral da República (PGR), em 2013. Os pagamentos investigados são de janeiro de 2004 a dezembro de 2006. 

O peemedebista é alvo de mais 11 investigações no STF. Em meados de novembro, foi aberto o último inquérito contra Renan, quando o ministro Dias Toffoli autorizou a realização de diligências solicitadas pela Procuradoria em um desdobramento das investigações sobre o caso Mônica Veloso. 

A PGR quer saber sobre uma movimentação financeira de R$ 5,7 milhões de Renan, considerada incompatível com a renda do presidente do Senado.

O juiz federal Sérgio Moro aceitou ontem (21) denúncia da força-tarefa da Operação Lava Jato contra o prefeito cassado de Campinas (SP) Hélio de Oliveira Santos, também conhecido como Dr. Helio (PDT), por crime de lavagem de dinheiro. Ele passa a ser réu, em Curitiba, junto com o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, o ex-presidente do Banco Schahin Sandro Tordin, os empresários Natalino Bertin e Armando Peralta e o publicitário Giovane Favieri.

Os seis foram denunciados no dia 18 acusados de lavagem de dinheiro envolvendo cerca de R$ 4,2 milhões. Segundo os investigadores, o valor é provenientes de um empréstimo fraudulento no valor total de R$ 12 milhões, concedido formalmente em outubro de 2004 pelo Banco Schahin ao pecuarista José Carlos Bumlai, mas que foi, de fato, para o pagamento de dívidas do PT.

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Segundo Moro, "há, em cognição sumária, prova documental, decorrente do rastreamento bancário, de que cerca de metade do valor do empréstimo milionário percorreu o caminho afirmado pelo MPF".

O processo é um desdobramento das investigações sobre a operação financeira, que já rendeu duas ações penais na Lava Jato. Desta vez, a força-tarefa identificou que parte dos R$ 12 milhões teria sido utilizada para quitar gastos de campanha do então candidato à prefeitura de Campinas Dr. Hélio, em 2004.

Apesar de ser do PDT, naquele ano ele foi apoiado pelo PT no segundo turno, após o candidato petista ser derrotado no primeiro turno. Segundo a Lava Jato, parte dos recursos obtidos pelo partido via Bumlai fora usados para pagar empresas de publicidade que prestaram serviços para Dr. Hélio no segundo turno das eleições.

O empréstimo no Banco Schahin nunca foi pago por Bumlai, sendo que como contrapartida, segundo o Ministério Público Federal, a Schahin obteve um contrato de US$ 1,6 bilhão para operação de um navio-sonda da Petrobrás. Esta operação já rendeu a Bumlai uma condenação de nove anos e 10 meses de prisão por gestão fraudulenta de instituição financeira e corrupção. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Um homem acusado de matar e esquartejar uma mulher em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife (RMR), foi condenado a 29 anos e três meses de reclusão inicialmente em regime fechado. A sentença foi dada nesta quinta-feira (6). O crime ocorreu em dezembro de 2014.

De acordo com o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), o réu, Pablo Jorge Rangel de Araújo, também terá de cumprir oito meses de detenção, além do pagamento de 80 dias/multa, que equivale ao pagamento da trigésima parte do salário mínimo legal à época do crime por dia.  

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Pablo Jorge foi condenado por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, pela não aceitação do fim do relacionamento com a filha da vítima; mediante dissimulação, considerando que o acusado dissimulou sua intenção hostil ao convidar a vítima para seu apartamento e surpreendê-la com sua conduta letal; e por emprego de meio cruel, visto que o crime foi praticado por asfixia e esquartejamento, conforme constatado na prova pericial. O réu também foi condenado por destruição, ocultação de cadáver, resistência e porte ilegal de arma de fogo.

O detalhamento da pena é 25 anos de reclusão por homicídio, dois anos de reclusão e 50 dias de multa por ocultação de cadáver; dois anos e três meses de reclusão e 30 dias de multa por porte ilegal de arma; e oito meses de detenção por resistência. Segundo o TJPE, a reclusão tem de ser inicialmente cumprida em regime fechado, enquanto a detenção poderá ser em regime semiaberto ou aberto.

O crime aconteceu no dia 29 de dezembro de 2014, no Conjunto Marcos Freire. Conforme a denúncia, o réu levou a vítima para seu apartamento, onde a matou. Dias depois, ele voltou ao local do crime, esquartejou os membros inferiores e superiores da vítima com uma machadinha e ocultou as partes em um matagal próximo ao local. 

 

O diretor e outros cinco servidores da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) foram condenados por atos de improbidade administrativa. Os servidores, além de estarem exercendo a função pública, trabalhavam como responsáveis técnicos em empresas privadas submetidas à própria agência. 

Segundo a sentença, o diretor Jaime Brito de Azevedo foi condenado pelo fato de, tendo pleno conhecimento das irregularidades cometidas pelos subordinados, não ter adotado as medidas para cessar os atos de improbidade. Ele foi condenado à perda de função pública, teve os direitos políticos suspensos por três anos e deverá pagar os danos causados à administração pública, no valor de R$ 5 mil, além de uma multa no mesmo valor. Jaime Brito também ficou proibido de contratar com poder público pelo prazo de três anos.

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Os servidores condenados foram Daisy Sales, Gileide Holder, Gilvan de Melo, Gisele Lira e Maria Helena dos Santos. Eles devem devolver os valores recebidos ilicitamente como remuneração pelo exercício das funções nas empresas privadas, ressarcir os danos causados ao serviço público, estimados em R$ 50 mil para cada servidor, pagar multa civil de R$ 5 mil. Os direitos políticos dos servidores também foram suspensos por oito anos e o grupo foi destituído das funções públicas e proibido de contratar com o poder público por dez anos.

De acordo com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), as irregularidades foram constatadas através de um procedimento aberto em 2009. Os servidores exerciam a função de analista em saúde da Apevisa e firmaram um acordo se comprometendo a não exercer qualquer outra atividade de gestão, direção, chefia, responsabilidade técnica ou demais serviços semelhantes em empresas públicas ou privadas submetidas à fiscalização sanitária. 

O MPPE, entretanto, identificou que os réus atuavam em pelo menos uma empresa privada com atuação no setor regulado, como empresas farmacêuticas e distribuidoras de medicamentos. A prática viola a lei de Improbidade Administrativa, que caracteriza como crime de enriquecimento ilícito um agente público aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria para pessoa física ou jurídica que tenha interesse na ação ou omissão do agente público.

A ação civil pública do promotor de Justiça de Defesa do Patrimônio Público da Capital Eduardo Cajueiro aponta que o diretor Jaime Brito de Azevedo, na função de gerente-geral da agência estadual, assinou as licenças de funcionamento em que constam os nomes dos cinco servidores como responsáveis técnicos pelas empresas, o que atestaria que ele tinha pleno conhecimento das ilegalidades por eles cometidas. 

“Além disso, testemunha então subordinada ao réu afirmou que ele, na qualidade de gerente, sequer determinava aos seus subordinados que conferissem os alvarás, para checar se alguns de seus técnicos estavam indicados como responsáveis nas empresas do setor regulado. Assim, o réu Jaime Brito de Azevedo relegou a tarefa de controle sanitário a mero faz de conta, gerando prejuízo à credibilidade da Apevisa no exercício da sua atividade de proteção à saúde da população”, destacou no texto da decisão o juiz Haroldo Carneiro Leão, da 7ª Vara da Fazenda Pública da Capital.   

O LeiaJá solicitou um posicionamento da Secretaria Estadual de Sáude (SES).

Com informações da assessoria

Após um périplo por Fortaleza, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai reforçar os palanques do PT, nesta quinta-feira (22), em Natal e no Recife. Na capital pernambucana, ele participará de uma caminhada com o candidato a prefeito João Paulo (PT).  A concentração do ato com o líder-mor petista será a partir das 16h, em frente à Câmara de Vereadores. De acordo com a organização, a caminhada vai seguir pela Avenida Conde da Boa Vista até a Praça da Independência, na Avenida Dantas Barreto. 

A vinda de Lula acontece dois dias depois do juiz Sérgio Moro aceitar a denúncia feita pelo Ministério Público Federal (MPF) contra ele. O petista é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no esquema de cartel e propinas na Petrobras. Ao encaminhar a solicitação a Moro, o MPF disse que Lula seria o “comandante máximo” do esquema investigado pela Operação Lava Jatotendo recebido de vantagens ilícitas da empreiteira OAS por meio de um triplex no Guarujá, no litoral de São Paulo, e ao armazenamento de bens do acervo presidencial, mantidos pela Granero de 2011 a 2016.

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Apesar disso, a expectativa é positiva entre os petistas para o reforço na campanha de João Paulo. “Nunca fui de esconder ninguém no palanque, nem de esconder posição política. Lula ainda tem um peso muito significativo em nosso estado e na nossa cidade, por tudo o que ele fez... O que se vê é uma perseguição implacável contra Lula, um dos maiores líderes do mundo”, afirmou o candidato no dia em que o Ministério Público Federal fez a denúncia contra o ex-presidente.

Atualmente, de acordo com dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) no último sábado (17), João Paulo é o segundo lugar na disputa pelo comando da prefeitura com a preferência de 24,8% dos eleitores. O prefeito Geraldo Julio (PSB) tem a liderança com 34,2%. Em agosto, ele aparecia empatado tecnicamente com o socialista. João Paulo tinha 27,7% e o prefeito 25,3%. A última agenda de campanha de Lula no Recife foi no dia 21 de outubro de 2014, antes do 2º turno das eleições presidenciais que elegeram a ex-presidente Dilma Rousseff (PT). 

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