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As fortes chuvas que atingiram o Estado do Rio de Janeiro entre sábado, 12, e domingo, 13, deixaram ao menos sete pessoas mortas, além de um rastro de inundações e alagamentos em vias com efeitos sobre o transporte público. Autoridades orientam que moradores evitem se deslocar.

De acordo com a Defesa Civil Municipal da capital fluminense, os bairros da zona norte foram os principais afetados, em especial Pavuna, Ricardo de Albuquerque, Acari e Irajá.

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Em Ricardo de Albuquerque, um homem foi vítima de um desabamento provocado por um deslizamento de terra, na madrugada deste domingo, na Rua Moraes Pinheiro. Em Acari, uma mulher adulta foi encontrada morta na Rua Matura, 279, possivelmente vítima de afogamento.

Fora da capital, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, outra vítima feminina foi resgatada em um rio, próximo à rua General Rondon.

Em São João de Meriti, também na Baixada, um homem foi vítima de uma descarga elétrica na Rua Neuza. Na mesma cidade, autoridades registraram um afogamento.

Em Comendador Soares, próximo à passarela da Rua Bernardino Melo, outro homem foi resgatado sem vida por militares, com sinais de afogamento. Em Belford Roxo, outra morte foi registrada.

A corporação segue nas buscas por uma vítima feminina adulta que teria desaparecido após a queda de um veículo no Rio Botas, na altura da Rua Doze, no bairro Andrade Araújo, na noite de sábado.

Nas últimas 24 horas, os bombeiros atenderam a mais de duzentas ocorrências relacionadas á chuva, entre elas, salvamentos, inundações, desabamentos e queda de árvores.

Temporal fez prefeitura do Rio acionar o 'estágio 4'

O Centro de Operações da prefeitura do Rio acendeu o alerta de "estágio 4" na madrugada deste domingo, por volta das 3 horas, em reação aos "elevados acumulados pluviométricos em 24 horas".

O alerta significa que "uma ou mais ocorrências graves impactam a cidade" ou "há incidência simultânea de diversos problemas de médio e alto impacto em diferentes regiões".

Isso faz com que os danos e impactos comecem a extrapolar a capacidade de resposta imediata das equipes - a escala vai até o 5, quando essa capacidade é extrapolada de forma "relevante".

Às 7h40, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), publicou um vídeo atualizando a situação da cidade. "A região da Zona Norte, Avenida Brasil, a bacia toda do Rio Acari, Irajá, Jardim América, Anchieta, Ricardo (de Albuquerque), com problemas ainda, mas estamos priorizando. Montamos uma base de comando na Pavuna."

"O que pedimos para as pessoas, principalmente nessas áreas, é evitar se deslocar. Avenida Brasil interditada", completou mais cedo, antes da liberação da via, já no início da tarde.

A estação meteorológica de Anchieta atingiu o acumulado de 259,2 milímetros de chuva no período de 24 horas, o recorde em toda a série histórica do Sistema Alerta Rio (desde 1997) naquela estação meteorológica.

O acumulado foi aproximadamente 40% maior do que a média histórica de janeiro naquela região - em apenas um dia choveu 138,4% da média de janeiro.

O mesmo cenário foi observado em Irajá: 123,6% da média de janeiro.

Em Madureira, foram quase 10% a mais que a média mensal - 109,7% da média de janeiro.

"Em função do deslocamento de uma frente fria estacionária sobre o oceano, o município do Rio foi atingido por uma chuva com caráter contínuo a partir da tarde de sábado. Os núcleos de chuva apresentaram uma característica com lento deslocamento pelos bairros da cidade", explicou o Centro de Operações.

Neste domingo, segundo o Alerta Rio, essa frente ainda influencia o tempo no município. O céu deve ficar nublado e há previsão de chuva fraca a qualquer momento.

Ocorrências

No momento da atualização do nível da emergência, o Centro de Operações informou que haviam 12 bolsões d'água abertos, enquanto 13 já haviam sido resolvidos. Em relação a alagamentos, 16 estavam ativos e quatro haviam sido solucionados. Haviam seis ocorrências de queda de árvore e outras três já tinham sido atendidas.

A Defesa Civil Municipal acionou 29 sirenes em 16 comunidades a partir da 00h30, e os pontos de apoio foram abertos. Os moradores precisaram se dirigir até eles. Essas mesmas sirenes continuam ativas.

Transporte

A Supervia, responsável pelos trens, precisou fechar a estação Osvaldo Cruz, por causa de pontos de alagamentos nas linhas 1 e 2, conforme informou o Centro de Operações.

O Metrô Rio informou que o entorno das estações da linha 2 foi afetado. "O alto volume de água, principalmente no bairro de Acari, impossibilitou a abertura completa do sistema", destacou. "A concessionária começa a operar provisoriamente na linha 2 entre as estações Colégio e General Osório/Ipanema. As estações Pavuna, Engenheiro Rubens Paiva, Acari Fazenda Botafogo e Coelho Neto estão temporariamente fechadas."

Devido à interdição da Avenida Brasil, as linhas de ônibus 397, 362, 392, 388, 394, 393, 300, 665, 369, 378, 771 ficaram fora de circulação.

Estado do Rio

De acordo com o governo do Estado do Rio, os bombeiros atenderam a mais de 150 ocorrências relacionadas às chuvas nas últimas 24 horas. Tratam-se de salvamentos de pessoas, inundações e alagamentos, cortes de árvores e desabamentos e deslizamentos.

"Mesmo de férias, estou coordenando as secretarias e sigo em contato com as prefeituras para lidar com as intensas chuvas. A força-tarefa do Governo do Estado já está em andamento", publicou Cláudio Castro (PL), no X (antigo Twitter).

"Atenção: previsão de chuvas intensas nas próximas horas em todo o Estado. Permaneçam em casa ou em local seguro. A segurança da população é nossa prioridade", alertou o governador.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), agradeceu nesta tarde o apoio do governo federal, em meio às fortes chuvas que atingiram o Estado entre sábado e a madrugada de hoje. Ele disse que recebeu um telefonema do ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes (PDT), em nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Recebi ligação do ministro @waldezoficial em nome do presidente @LulaOficial colocando-se à disposição da cidade do Rio no enfrentamento dos problemas causados pelas chuvas que nos atingiram na madrugada de domingo. Agradeço pela solidariedade e apoio", escreveu Paes no X.

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Em outra uma postagem, o prefeito ressaltou que mesmo com a liberação da Avenida Brasil - uma das principais vias do Rio -, o município segue em Estágio 4, penúltimo nível de perigo. Reforçou que a recomendação é para que a população evite deslocamentos pela cidade. Disse ainda para as pessoas manterem-se seguras e atentas às informações do Centro de Operações Rio.

O prefeito de Nova Iguaçú, Rogério Lisboa, confirmou a morte de uma segunda pessoa no município, em decorrência das chuvas.

Em entrevista à GloboNews, ele afirmou que há ainda dois casos que precisam ser identificados. "Hoje temos dois casos confirmados e outros dois informados, mas que ainda não confirmamos", disse.

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Lisboa afirmou também que as informações que obteve é que há previsão de mais chuvas na cidade, mas de intensidade entre fraca e moderada. Ele acrescentou que existem 12 pontos disponíveis no site da prefeitura para prestar auxílio a quem teve algum tipo de problema. "Hoje entramos muito cedo nas ruas, fazendo limpeza, cuidando das pessoas que perderam seus móveis e seus pertences."

Segundo ele, o principal ponto de atenção é na divisa com Belford Roxo, no bairro chamado Caioaba.

O acesso à Avenida Brasil, no Rio de Janeiro, foi liberado após o alagamento provocado pelas chuvas que atingiram a cidade e o Estado entre ontem e hoje. Há pouco, em publicação no X, o Centro de Operações do Rio disse que a via, uma das principais da cidade, foi totalmente liberada para o tráfego de veículos.

Apesar da liberação das pistas, a Prefeitura do Rio reitera o pedido para que a população evite se deslocar pela cidade. O Rio permanece em Estágio 4, o penúltimo nível de uma escala que vai até 5, ou seja, a situação ainda é de grande perigo. "Mantenha-se em local seguro", escreve.

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A estação meteorológica de Anchieta atingiu o acumulado de 259,2 milímetros de chuva no período de 24 horas, o recorde em toda a série histórica do Sistema Alerta Rio (desde 1997) naquela estação meteorológica. O acumulado foi aproximadamente 40% maior do que a média histórica de janeiro naquela região - em apenas um dia choveu 138,4% da média de janeiro.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), reforçou há pouco o pedido feito mais cedo em vídeo publicado no X para que as pessoas evitem sair de casa, pois a cidade e o Estado ainda sofrem os efeitos das fortes chuvas de ontem, se estendendo pela madrugada. A Avenida Brasil, uma das principais via do município, permanece interditada devido a alagamentos, segundo disse instantes atrás em entrevista à CNN Brasil.

"Tivemos chuvas muito fortes na madrugada. As chuvas continuam em algumas partes. Estamos trabalhando para baixar os níveis das águas. Vamos trabalhar intensamente para devolver a normalidade", afirmou. "A ajuda dos moradores é fundamental. Por isso. reiteramos o pedido para que a população não saia de casa. A chuva pode voltar", acrescentou.

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A região mais afetada é a zona norte, onde fica o Jardim América, e a cidade está em alerta 4, que é o penúltimo dos níveis que indicam situação de perigo. "A situação no Jardim América ainda continua muito complicada", disse o prefeito.

Questionado se a cidade recebeu avisos sobre a intensidade das chuvas, Paes ressaltou que a Prefeitura do Rio tem desde 2010 centros de operações para acompanhar essas ocorrências, com pluviômetros e sirenes, por exemplo. "Estamos permanentemente alertas. Essa é uma época do ano que as chuvas podem acontecer. É óbvio que tem situações que podem minimizar os impactos, mas os impactos acontecem onde tem mais volume de chuva", disse.

"Tem muita gente que teve prejuízo. É obvio que a maior preocupação é salvar vidas", completou.

As provas dos processos seletivos Acadêmico Bolsista e Projeto Acolher, que ocorreriam hoje, foram adiadas devido às chuvas que atingiram a cidade do Rio nas últimas 24 horas. Novas datas para realização das provas serão divulgadas em breve, informou a Prefeitura.

Paes disse que a energia elétrica foi restabelecida no Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, em Acari, na zona norte, que está inundado pela chuva.

Além disso, o prefeito determinou a suspensão do ensaio técnico das escolas de samba na Marques de Sapucaí neste domingo.

Há relatos de que duas pessoas estariam desaparecidas em decorrências das chuvas no Rio.

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O pagamento de indenização de férias levou a juíza aposentada Maria Izabel Pena Pieranti, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, a receber mais de R$ 1 milhão em novembro. O holerite da magistrada foi turbinado com R$ 791.367,33 cedidos como 'reparação por férias não gozadas'. Outros R$ 286.474,97 estão ligados à venda de dias de repouso remunerado não usufruídos, a que tem direito o magistrado por plantão realizado.

O subsídio da magistrada é de R$ 35.710,45, somados R$ 5,9 mil em 'direitos pessoais'. Com o pagamento de R$ 1.077.872,30 em direitos eventuais, o holerite bruto da juíza bateu em R$ 1.119.493,22. Com descontos de R$ 17.835,47 - não relacionados ao corte pelo teto constitucional - o rendimento líquido da magistrada foi de R$ 1.101.657,75.

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Os pagamentos foram realizados no mês em que foi publicada a aposentadoria da magistrada, a seu pedido. No dia 1º de novembro, a juíza deixou a 4ª Vara Criminal do Rio. Na vara em questão, atuou em processos de grande repercussão, como o do cônsul alemão Uwe Herbert Hah, do milicano Adriano da Nóbrega e do influenciador Bruno Fernandes Moreira Krupp.

O caso de Maria Izabel é um exemplo de como a indenização por férias não gozadas acaba elevando o contracheque dos magistrados, extrapolando o teto do funcionalismo público e gerando despesas bilionárias para o erário.

Os holerites da toga são abastecidos por outros benefícios como jetons e gratificações por exercício cumulativo.

Os juízes têm direito a 60 dias de férias por ano, conforme previsão da Lei Orgânica da Magistratura (Loman), em vigor desde 1979 (Governo João Figueiredo, último general presidente do regime de exceção).

Na prática, eles tiram 30 dias de descanso - afora o recesso de fim de ano e feriados - e 'vendem' os outros 30 para a Corte à qual estão vinculados sob argumento de excesso e acúmulo de ações. Mais tarde passam a receber esse 'estoque', sob a rubrica 'indenização de férias não gozadas a seu tempo'.

A vantagem ganhou os holofotes após receber uma enfática crítica do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, em maio. "Acabem com as férias de dois meses", ele sugeriu, na ocasião, diretamente à Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB)

Ainda há a possibilidade de venda de parte do período de descanso, o que acaba por esticar os subsídios dos magistrados, vez que o montante não entra na conta do abate teto - quando são descontados valores que excedem o teto do funcionalismo público de R$ 41,6 mil, subsídio de um ministro do STF.

As vantagens que põem os salários dos juízes entre os mais robustos de todo o funcionalismo têm previsão expressa na Lei Orgânica, nos Regimentos Internos dos Tribunais de Justiça dos Estados e em legislações.

Em junho, o Estadão mostrou que os tribunais gastaram ao menos R$ 3,5 bilhões nos últimos seis anos com a compra de férias de juízes, desembargadores e ministros. O levantamento levou em consideração dados disponíveis do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), de setembro de 2017 a maio de 2023.

Nos cinco primeiros meses de 2023, foram realizados 8.360 pagamentos, somando desembolso de R$ 307 milhões. Em todo o ano de 2022, o gasto foi de R$ 772 milhões. Em 2021, o Judiciário arcou com R$ 677 milhões em indenizações de férias não gozadas.

COM A PALAVRA, A JUÍZA MARIA IZABEL PENA PIERANTI

A reportagem do Estadão pediu manifestação à juíza Maria Izabel Pena Pieranti, via Assessoria de Imprensa do Tribunal de Justiça do Rio, e também tentou contato com a magistrada por meio da Associação de Magistrados do Estado do Rio de Janeiro. Até a publicação deste texto, ainda não havíamos recebido uma resposta. O espaço está aberto.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visitou nesta quarta-feira, 3, o Quilombo de Marambaia, no Rio de Janeiro, região onde passou as festividades de final de ano. Em vídeo publicado nas redes sociais, o petista disse que apenas com o conhecimento sobre a exploração ocorrida no Brasil a populações indígenas e negras é que será possível construir um País "mais digno para o povo".

De acordo com Lula, o quilombo representa uma "marca triste" de um momento histórico nacional. "Isso é um período que a gente não pode esquecer nunca porque é do não esquecimento que a gente vai construindo a história do Brasil do jeito que ela é", afirmou Lula, em vídeo publicado no X, antigo Twitter.

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O chefe do Executivo afirmou que o objetivo de sua visita foi para aprender e conversar com a população quilombola para saber sobre melhorias na região. O presidente disse que terá uma conversa com o Ministério Público, com a Marinha e com o Ministério da Igualdade Racial para tratar sobre ajustes necessários que o Executivo federal pode fazer.

"Conversei com as pessoas e pude ver as ruínas de uma senzala. Não devemos esquecer o que já aconteceu no nosso País, principalmente toda exploração e sofrimento causado às pessoas negras e indígenas. É assim que poderemos construir um Brasil melhor e mais digno para o povo", disse.

"Eu vim fazer essa visita aqui porque é muito importante que a sociedade brasileira saiba o que já foi o Brasil, o que é o Brasil e o que pode ser o Brasil", acrescentou. "Temos que aproveitar esse momento histórico que vivemos no Brasil para tentar recuperar não apenas a história verdadeira mas o direito pleno das pessoas."

Lula viajou em 26 de dezembro para a Restinga de Marambaia, no Rio de Janeiro, onde passou as festas de final de ano. A primeira-dama, Rosângela da Silva, conhecida como Janja, acompanha a viagem. A previsão inicial de retorno do presidente a Brasília era para esta quarta-feira. Contudo, o chefe do Executivo optou por adiar sua volta à capital federal para amanhã, quinta-feira, 4.

A Restinga de Marambaia é um pedaço privativo do litoral fluminense nas áreas dos municípios do Rio de Janeiro, Itaguaí e Mangaratiba. O local é administrado pela Marinha, pelo Exército Brasileiro e pela Força Aérea Brasileira (FAB) e, por se tratar de uma área militar, seu acesso é restrito. Na região, há também uma unidade de treinamento de fuzileiros navais.

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O filho de 9 anos de Antônio Carlos da Costa Pinto, o Pit, miliciano de 44 anos morto na última sexta-feira (29) na comunidade Três Pontes, zona oeste do Rio de Janeiro, morreu neste sábado (30). A criança estava internada em estado gravíssimo no Hospital Municipal Miguel Couto, desde a última sexta, quando ela e o pai foram atingidos por disparos de armas de fogo, no bairro de Paciência, região dominada por grupos milicianos. O óbito foi confirmado pela secretaria de saúde da cidade.

Pit era tratado como possível sucessor de Luiz Antonio da Silva Braga, o Zinho, antigo chefe do grupo criminoso na zona oeste do Rio, que se entregou à Polícia Federal no último domingo (24). As causas das mortes de Pit e do seu filho, Allef Miguel Martins Pinto, estão sendo investigadas pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).

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Conforme os dados do Instituto Rio de Paz, este é o 14º caso de criança ou adolescente que morre no Estado do Rio de Janeiro por arma de fogo em 2023. Segundo a organização, este ano atingiu o maior número de mortes deste tipo desde 2007, quando a entidade começou a fazer o levantamento. Com o óbito de Alef, o total de vítimas registradas pelo instituto é de 105.

Na última sexta, agentes do 27°Batalhão da Polícia Militar (Santa Cruz) foram acionados para atender uma ocorrência de possível atentado na comunidade Três Pontes, em Paciência. No local, os policiais já encontraram Pit sem vida, dentro de um carro e com marcas de tiro. Alef precisou ser socorrido e recebeu os primeiros cuidados na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Paciência, antes de ser transferido para o Hospital Municipal Miguel Couto.

A mesma ocorrência também resultou na morte de outro homem, Leonel Patrício de Moura, de 36 anos, cujo corpo, segundo a Polícia Militar, foi encontrado em Santa Cruz, bairro vizinho de Paciência. A ação também deixou outras duas pessoas feridas, que foram socorridas para hospitais da região. "Foram realizadas perícias nos locais e testemunhas foram ouvidas. Diligências estão em andamento para apurar a autoria e a motivação dos crimes", informou a Polícia Civil em nota.

Sucessão no comando da milícia

Pit vinha sendo apontado como sucessor de Zinho no comando da milícia depois que o antigo chefe se entregou Polícia Federal no último domingo, 24.

Pit foi preso em maio de 2019 pelo crime de organização criminosa e por integrar a milícia da zona oeste do Rio, então capitaneada por Wellington da Silva Braga, o Ecko, irmão de Zinho, e que foi assassinado em 2021 em confronto com a polícia.

Na época, a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) cita que Pit era um dos responsáveis pela região do Complexo do Cesarinho, em Santa Cruz, e que possuía "atuação de destaque na organização criminosa". O miliciano foi solto meses depois.

Após se entregar, Zinho está atualmente preso na Penitenciária de Bangu 1, de segurança máxima. Até a rendição, ele vinha sendo apontado como chefe da milícia da zona oeste do Rio, desde a morte de Ecko. Segundo as investigações, Zinho ascendeu à liderança da milícia muito em função das habilidades que tem com contas e administração do dinheiro.

Em outubro, Faustão, braço direito de Zinho e até então considerado o segundo na hierarquia do grupo, foi assassinado durante confronto com agentes da Polícia Civil fluminense, e do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE), na favela Três Pontes, em Santa Cruz.

Em retaliação à morte de Faustão, os milicianos fizeram ataques em série contra veículos nas ruas da zona oeste do Rio no dia 23 de outubro. Na ocasião, ao menos 35 coletivos foram incendiados. Segundo o sindicato das empresas de ônibus do Rio de Janeiro, foi o maior ataque a ônibus da história do município.

Uma mulher de 45 anos está desaparecida desde que entrou em um lago congelado para salvar o próprio cachorro, no último sábado (23), nas imediações da trilha North Fork Eagle River, a 32 quilômetros da cidade de Anchorage, no Alasca. Amanda Richmond comemorava o aniversário de 18 anos de casamento junto ao marido, identificado como Brian Rogers, e durante uma caminhada, o cachorro caiu em um buraco no trecho d’água.  

Amanda seguiu o cachorro e nadou sob o gelo na tentativa de encontrar o animal. Desde então, foi considerada desaparecida, após não conseguir retornar à superfície. “Ela não interveio para salvar ‘apenas um cachorro’, era um membro da família”, disse o marido, de 49 anos, em comunicado. “Para mim e nossos quatro filhos, ela morreu como uma heroína”, continuou. 

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Uma busca aérea e terrestre foi realizada até o anoitecer de sábado e retomada na véspera de Natal. Mergulhadores cortam o gelo para usar dispositivos de sonar na esperança de localizar a mulher desaparecida; os trabalhos seguem até o momento. O diretor de comunicações da Polícia Estadual do Alasca, Austin McDaniel, classificou o desaparecimento da mulher como um “acontecimento trágico”, acrescentando que o foco das autoridades estava em encontrá-la “para que a família pudesse ter algum encerramento”. 

A autoridade pediu que a população seja cautelosa no gelo. “Se você estiver em lagos, rios ou outros tipos de cursos de água congelados, certifique-se de conhecer a profundidade do gelo”, disse. “Com o inverno interessante que temos vivido em Southcentral, no Alasca, pode haver uma quantidade substancial de neve em cima de gelo muito fino.” 

 

Mais de 170 pessoas foram atendidas em hospitais municipais do Rio de Janeiro desde segunda-feira, 25, com queimaduras nos olhos após usarem pomadas modeladoras nos cabelos. Somente na emergência oftalmológica do Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro do Rio, foram 135 atendimentos.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), os pacientes começaram a apresentar sintomas de irritação depois de terem usado a pomada para fazer tranças ou penteados fixados. Ao molharem o cabelo, o ingrediente químico do produto escorreu para a vista e causou as lesões.

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A Vigilância em Saúde e o Instituto de Vigilância Sanitária do Rio (Ivisa-Rio) iniciaram uma apuração epidemiológica para identificar quais as marcas dos produtos usados pelos pacientes. Eles também investigam em quais estabelecimentos os penteados foram feitos, onde os produtos foram adquiridos e se eles estão de acordo com as regras estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Na tarde desta quarta-feira, 27, a Anvisa emitiu uma nota oficial na qual afirma ter recebido relatos de crianças e adultos com "efeitos indesejáveis supostamente ocasionados por produtos cosméticos para modelar/trançar os cabelos". Além dos casos no Rio de Janeiro, outros pacientes em Minas Gerais, Maranhão, Pernambuco, São Paulo, Bahia e Paraná também tiveram problemas parecidos.

De acordo com a agência, os sintomas podem se apresentar como reação alérgica, cegueira temporária (perda temporária da visão), vermelhidão dos olhos, forte ardência nos olhos, lacrimejamento intenso, coceira/prurido, inchaço ocular e dor de cabeça. Em um dos casos, houve lesão grave nos olhos, enquanto alguns pacientes teriam demorado até 15 dias para recuperarem totalmente a visão.

Por ora, o Rio de Janeiro concentra a maior parte dos casos. "A maioria dos pacientes apresenta uma conjuntivite ou ceratite (inflamação da córnea) química causadas pelo contato com a pomada. E, quanto maior a quantidade do produto que escorre para os olhos, mais grave pode ser a lesão", disse Paula Travassos, diretora do Hospital Souza Aguiar. "Alguns estão chegando com muito inchaço nos olhos e sem conseguir enxergar, tendo que ser guiados por acompanhantes. São quadros considerados bem graves."

De acordo com a Anvisa, resquícios de pomada modeladora podem permanecer no cabelo durante horas ou dias, o que requer um cuidado especial com os olhos, buscando sua proteção quando os cabelos entrarem em contato com água. "Se a situação já está assim por causa do Natal, pode ficar pior para o Réveillon, pois sabemos que muitas pessoas terminam a noite mergulhando no mar", disse Paula.

Luiz Antonio da Silva Braga, conhecido como Zinho, que era considerado o líder miliciano "mais procurado do Estado do Rio", se entregou à Polícia Federal (PF) no domingo, 24, véspera de Natal. O criminoso estava foragido desde 2018.

Zinho tinha ao menos 12 mandados de prisão, segundo a PF, e só foi capturado após "tratativas entre os patronos do miliciano foragido com a Polícia Federal e a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro". Ele se apresentou na Superintendência Regional da PF no Rio.

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"Após as formalidades decorrentes da prisão, o preso foi conduzido ao Instituto Médico-Legal (IML) e posteriormente encaminhado ao sistema prisional do Estado, onde permanecerá à disposição da Justiça", disse a PF, em nota.

Zinho é conhecido por dominar a zona oeste da capital fluminense, conforme autoridades, lucrando em cima de prestação de serviços clandestinos e ilegais, como a venda irregular de sinais de TV a cabo, licenças para serviços de transporte, venda de gás e cobrança de taxas de segurança dos pequenos comerciantes.

Ascensão

O criminoso ascendeu à liderança do grupo miliciano da região há dois anos, depois da morte de seu irmão, Wellington da Silva Braga, o Ecko. Mesmo sem ter sido militar, foi admitido na milícia por sua habilidade com as contas, apontam as investigações. Era o responsável, segundo o governo fluminense, por contabilizar e lavar o dinheiro oriundo das atividades ilícitas.

Em outubro, o sobrinho e braço direito de Zinho, Matheus da Silva Rezende, também conhecido como Faustão ou Teteu, foi morto durante confronto com policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), o grupo de elite da Polícia Civil fluminense, e do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE), na favela Três Pontes, em Santa Cruz. Nessa mesma operação, uma criança de dez anos foi atingida de raspão na perna por uma bala perdida.

Logo depois da morte do criminoso, o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), parabenizou os policiais que participaram da operação. "Não vamos parar! Nossas ações para asfixiar o crime organizado têm trazido resultados diários", disse Castro, na ocasião. "Hoje demos um duro golpe na maior milícia da zona oeste. Além do parentesco com o criminoso (Zinho), ele atuava como 'homem de guerra' do grupo paramilitar, sendo o principal responsável pelas guerras por territórios que aterrorizam moradores no Rio."

Ataques em série

Faustão era o segundo na hierarquia do grupo e, em retaliação à sua morte, os milicianos realizaram ataques em série contra veículos nas ruas da zona oeste do Rio no dia 23 de outubro. Na ocasião, ao menos 35 coletivos foram incendiados. Segundo o sindicato das empresas de ônibus do Rio de Janeiro, foi o maior ataque a ônibus da história do município.

Em seguida aos ataques, Cláudio Castro anunciou que 12 homens foram presos ateando fogo aos coletivos. "Eles estão presos por ações terroristas e, por isso, estarão sendo enviados para presídios federais", disse o governador na época. Na mesma ocasião, Castro declarou também que a polícia não iria "sossegar" enquanto não prendesse os três maiores milicianos do Rio. Além de Zinho, ele citou Danilo Dias Lima, o Tandera; e Wilton Carlos Rabello Quintanilha, o Abelha. "A grande prova de que estamos no cerco é essa reação descomum que eles estão fazendo", afirmou sobre os ataques a ônibus.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também se manifestou após a ação da milícia. "O Brasil tem um problema crônico no combate ao crime organizado. As condições de vida do nosso povo precisam melhorar. Precisamos juntar os governadores, prefeitos e o governo federal para pensar soluções conjuntas", disse o presidente, que também chegou a comparar a situação vivida no Rio com as cenas do conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza, "de tanto fogo e fumaça".

Alguns dias após os ataques, o presidente anunciou uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) nos portos de Santos, Rio de Janeiro e Itaguaí; e aeroportos do Galeão, no Rio, e de Guarulhos, em São Paulo, até maio de 2024. Pelo menos 3.700 homens das Forças Armadas foram designados para a operação, que teve início no dia 6 de novembro.

R$ 125 mil em espécie

Um pouco antes da morte de Faustão e dos ataques a ônibus, uma operação em uma casa de Zinho avaliada em R$ 1,5 milhão, no bairro do Recreio, apreendeu grande quantidade de joias e relógios, além de R$ 125 mil em espécie, segundo a polícia.

Zinho e Matheus haviam sido denunciados pelo Ministério Público do Rio, em setembro, pelo homicídio do ex-vereador Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho, e de um amigo do político, em agosto de 2022. Jerominho cumpriu mandatos na Câmara do Rio entre 2000 e 2008 e teria fundado a milícia Liga da Justiça.

O Estadão não localizou a defesa de Zinho até a publicação deste texto. O espaço segue aberto a manifestações.

Mesmo com prisão preventiva, comparsa foi solto

Apontado como um dos milicianos mais próximos de Luiz Antonio da Silva Braga, o Zinho, Peterson Luiz de Almeida, conhecido como Pet ou Flamengo, saiu pela porta da frente do Presídio José Frederico Marques, em Benfica, na zona norte do Rio, em 29 de outubro. A soltura aconteceu mesmo após ele ter mandado de prisão decretado pela Justiça. Em nota, a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) do Rio afirmou à época não ter sido notificada pelo Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ).

Preso em 30 de agosto acusado pelos crimes de milícia privada e comércio ilegal de arma de fogo, Pet estava detido temporariamente em Benfica, que é a porta de entrada do sistema prisional carioca. Em 26 de outubro, a Justiça acatou pedido o Ministério Público do Estado (MPRJ) e transformou a prisão temporária em preventiva. A Seap, contudo, alega que não foi informada sobre a decisão.

A secretaria não foi notificada por meios oficiais a respeito da conversão da prisão do citado de temporária para preventiva, estando de posse de documentos que comprovam essa afirmação, incluindo um nada consta emitido pela Polícia Civil no último dia 29 de outubro", disse em nota a Seap. Pet continua foragido.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Polícia Federal (PF) prendeu cinco pessoas nesta terça-feira, 19, na segunda fase da Operação Dinastia, que mira a maior milícia do Rio de Janeiro. Outros sete suspeitos estão foragidos.

Foi a partir dessa investigação que a PF deflagrou na segunda, 18, a Operação Batismo e chegou à deputada estadual Lúcia Helena Pinto de Barros, a Lucinha (PSD), afastada do cargo por suspeita de patrocinar interesses dos milicianos na Assembleia Legislativa do Rio.

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Os alvos nesta nova etapa da investigação compõem a base bélica e financeira da milícia. Um deles é Luis Antônio da Silva Braga, o 'Zinho', liderança do grupo.

Os milicianos cobravam "taxas de segurança" mensais de grandes empresas de construção civil. O dinheiro seria lavado por meio de uma rede de contas bancárias. Planilhas obtidas na primeira fase da operação mostram que o dinheiro arrecadado em fevereiro com as taxas chegou a R$ 308 mil.

Na ação desta terça os policiais apreenderam um fuzil, três pistolas, um simulacro de arma, R$ 3 mil em dinheiro, celulares, computadores e documentos.

As buscas foram feitas em 17 endereços nos bairros de Campo Grande, Paciência, Cosmos, Sepetiba, Santa Cruz e Recreio dos Bandeirantes, todos na zona oeste do Rio, onde a milícia atua.

O inquérito, aberto em agosto de 2022, corre na 1.ª Vara Criminal Especializada no Combate ao Crime Organizado da Capital.

A investigação mobiliza diferentes setores de combate ao crime organizado, repressão a drogas e investigações sensíveis da Polícia Federal e do Ministério Público do Rio.

Os suspeitos podem responder pelos crimes de milícia privada, extorsão, homicídios, lavagem de dinheiro e porte, posse e comercialização ilegal de armas de fogo.

COM A PALAVRA, LUCINHA

Até a publicação deste texto, a reportagem do Estadão buscou contato com a defesa da deputada Lucinha, mas sem sucesso. O espaço está aberto para manifestação.

Carioca criada na zona oeste do Rio de Janeiro, a deputada estadual Lúcia Helena Pinto de Barros, a Lucinha (PSD), de 63 anos, foi afastada do cargo nesta segunda-feira (18), sob a suspeita de envolvimento com a milícia na operação Batismo, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público do Rio (MP-RJ). A parlamentar construiu a carreira política com base no voto dos bairros com a maior influência dos grupos paramilitares da capital fluminense - chegou ao posto de vereadora mais votada da cidade em 2008 com o apoio da base eleitoral sob influência territorial da milícia.

A influência política de Lucinha nos bairros da zona oeste do Rio remontam à década de 1980. A parlamentar começou a carreira pública como ativista do Movimento Popular Organizado. A atuação com ações comunitárias logo despertou o interesse em Lucinha pela participação na política tradicional. Foi uma das fundadoras do braço do Partido Democrático Brasileiro (PDT) no Rio.

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Antes de se candidatar a um cargo eletivo, Lucinha foi diretora de Habitação da Federação das Associações de Moradores do Estado do Rio de Janeiro (Famerj) no início dos anos 1990. A liderança comunitária alçou Lucinha em sua primeira eleição para a Câmara de Vereadores do Rio, em 1996. Foi eleita vereadora pela primeira vez pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).

Reeleita em 2000, presidiu a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apurou a Máfia do IPTU, que resultou na demissão de fiscais de renda e foi presidente da Comissão de Saúde. Para o terceiro mandato, em 2004, foi reeleita como a segunda vereadora mais votada da cidade, com quase 70 mil votos, 60 mil dos quais na Zona Oeste.

Em 2008, ela foi a vereadora mais votada do Rio, com 68.799 votos, a maior votação de um político da zona oeste. Com o cacife político adquirido na Câmara de Vereadores, se elegeu em 2010 como deputada estadual, cargo que exercia atualmente.

O gabinete de Lucinha na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) foi alvo de um mandado de busca e apreensão. A Operação Batismo investiga suposta articulação política de Lucinha em benefício de uma milícia da Zona Oeste, base eleitoral da parlamentar.

O nome da ofensiva da PF, inclusive, faz referência ao suposto apelido pelo qual a deputada seria conhecida por lideranças da milícia: "Madrinha". Ela foi afastada no cargo por ordem do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ).

Lucinha passou boa parte da vida pública no Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Em 2022, migrou para o Partido Social Democrático (PSD), legenda em que está atualmente.

Sequestro

Em outubro deste ano, a deputada foi sequestrada em um sítio na zona oeste do Rio. A parlamentar foi abordada por homens armados que estavam em fuga e a levaram no carro da Alerj para a comunidade Vila Kennedy.

Segundo reportagem do G1, três homens armados fugiam da comunidade Piegas e entraram no sítio em que a deputada e sua equipe estavam desmontando a organização de festa, que tinha o objetivo de comemorar os 63 anos de Lucinha, mas que foi cancelada por causa da chuva.

Durante a abordagem, os criminosos identificaram um dos seguranças da parlamentar como policial militar, chegando a ameaçá-lo de morte, segundo as investigações. A deputada teria conversado com os bandidos, que exigiram um carro para deixarem o local. Lucinha foi colocada dentro do veículo e acompanhou os bandidos até a Vila Kennedy, onde foi deixada.

Pouco depois do sequestro, a assessoria da deputada informou, pelas redes sociais, que ela foi encontrada. "Informamos a todos que a deputada Lucinha se encontra bem e em segurança. Agradecemos toda a preocupação e carinho de todos!", afirmou a assessoria.

Operação Batismo

A operação Batismo cumpre oito mandados de busca e apreensão nos bairros de Campo de Grande, Santa Cruz e Inhoaíba, na zona oeste do Rio. A ofensiva é um desdobramento da Operação Dinastia, deflagrada pela PF em agosto de 2022, que tem como alvo milícias da capital fluminense.

A investigação da Operação Batismo mira também uma assessora de Lucinha. A PF aponta a participação ativa de ambas na milícia, "especialmente na articulação política junto aos órgãos públicos visando atender os interesses do grupo, investigado por organização criminosa, tráfico de armas de fogo e munições, homicídios, além de extorsão e corrupção".

De acordo com a Polícia Federal, o nome da ofensiva está ligado ao apelido 'Madrinha', usado por lideranças da milícia para se referir à parlamentar investigada. A ofensiva aberta a manhã desta segunda-feira é um desdobramento da Operação Dinastia, aberta em agosto de 2022.

A Polícia Federal e o Ministério Público do Rio abriram, na manhã desta segunda-feira (18), a Operação Batismo para investigar suposta atuação e articulação política da deputada estadual Lúcia Helena Pinto de Barros, a Lucinha (PSD) em benefício de uma milícia que atua na zona Oeste da capital fluminense. A parlamentar foi afastada no cargo por ordem do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ).

Agentes foram às ruas para cumprir oito mandados de busca e apreensão nos bairros de Campo de Grande, Santa Cruz e Inhoaíba, na zona oeste do Rio. O gabinete da parlamentar na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro também é vasculhado. Além do afastamento da parlamentar, o Tribunal de Justiça Estadual proibiu Lucinha de manter contato com investigados e de frequentar a Casa Legislativa.

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A investigação da Operação Batismo mira também uma assessora de Lucinha. A PF aponta a participação ativa de ambas na milícia, "especialmente na articulação política junto aos órgãos públicos visando atender os interesses do grupo, investigado por organização criminosa, tráfico de armas de fogo e munições, homicídios, além de extorsão e corrupção".

De acordo com a Polícia Federal, o nome da ofensiva está ligado ao apelido "Madrinha", usado por lideranças da milícia para se referir à parlamentar investigada. A ofensiva aberta nesta manhã é um desdobramento da Operação Dinastia, aberta em agosto de 2022.

Um agente da Polícia Federal foi morto por um policial militar na noite deste domingo, 17, em um quiosque na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Francisco Elionezimo Braga Oliveira, de 38 anos, estaria alterado e foi baleado após responder à abordagem com uma arma em punho.

De acordo com a Polícia Militar, uma equipe do 31º BPM (Recreio dos Bandeirantes) foi acionada após receber a informação de que um homem armado estaria ameaçando pessoas em um quiosque na Avenida do Pepê. "No local, o homem foi abordado pelos policiais e após abordagem, o indivíduo ameaçou um dos policiais com uma arma em punho e houve revide", declarou a PM.

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Francisco Oliveira morreu na hora. Uma mulher que o acompanhava foi atingida nas nádegas e levada ao Hospital Municipal Lourenço Jorge, também na Barra. Ela não corre risco de morte.

O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que realizou perícia no local. A arma do PM que efetuou o disparo e a do policial federal foram recolhidas. A Corregedoria da Polícia Militar também acompanha a ação. Imagens das câmeras corporais dos PMs que atuaram na abordagem serão analisadas.

Em outubro, Francisco Oliveira ajudou uma menina de 7 anos que havia se engasgado em um restaurante em Brasília. A menina chegou a ficar desacordada, mas o agente da PF salvou a menina com manobras de primeiros socorros. A ação lhe rendeu uma Medalha da Defesa Civil, entregue pelo governo do Distrito Federal no início deste mês.

Diones Coelho, motorista que atropelou Kayky Brito, pretende ser candidato a vereador pelo Rio de Janeiro em 2024. Ele disse que já mantém contato com "pessoas influentes" sobre a possibilidade. Mas não cita nenhum partido.

"Sim, eu pretendo vir candidato nessa próxima eleição, em Rio de Janeiro. Tem muita coisa que isso precisa ser feita. Mais para frente isso será formalizado", afirmou. Ele ainda disse já ter recusado "várias propostas de cunho financeiro altíssimo".

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O anúncio aconteceu no próprio perfil dele, no Instagram, respondendo a perguntas dos seguidores. Desde o incidente com Kayky, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, no dia 2 de setembro, Diones ganhou notoriedade nas redes.

No Instagram, ele tem mais de 180 mil seguidores, conseguiu fazer uma vaquinha que arrecadou R$ 184 mil, com o intuito de comprar um novo carro para trabalhar como motorista de aplicativo; negocia publicidades no perfil e até fez uma harmonização facial.

No dia 2 de setembro, ele transportava uma mulher e a filha de 10 anos no acidente, prestou socorro no local e chamou o Corpo de Bombeiros. Semanas depois, a Polícia Civil do Rio de Janeiro concluiu o inquérito do atropelamento do ator e informou que o motorista não seria indiciado pelo acidente. Conforme as investigações, ele estava abaixo do limite da velocidade permitida e prestou socorro a Kayky, como manda a lei.

A Azul vai aumentar a oferta de voos no Rio de Janeiro a partir de 2024. A empresa vai passar de 50 decolagens no Estado, em janeiro do ano que vem, para 59 em abril de 2024, um aumento de 18%. A ampliação considera os voos a partir do Galeão, Santos Dumont e do Aeroporto de Jacarepaguá.

O principal impulsionador da ampliação da oferta será a volta gradativa de voos saindo do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro (RJ) com destino ao aeroporto internacional de Guarulhos (SP), a Belo Horizonte (MG) e a Campinas (SP).

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Em nota, a Azul informou que "a companhia segue otimista e focada em ampliar as operações no Rio de Janeiro" e que a decisão atende à nova política da aviação no Rio de Janeiro, que limita as operações no Aeroporto Santos Dumont em 6,5 milhões de passageiros por ano.

Além das operações no Santos Dumont, a Azul segue com a ampliação anunciada em outubro no aeroporto internacional Tom Jobim (Galeão), voando para Belo Horizonte, Campinas, Campina Grande (PB), Curitiba (PR), Maceió (AL), Porto Alegre (RS) e Recife (PE).

Um agente da Força Nacional de Segurança morreu na noite dessa terça-feira (28), depois de ser baleado na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro. Segundo a Polícia Militar (PM), Edmar Felipe Alves dos Santos foi atingido por um tiro ao tentar intervir na briga entre duas pessoas, no bairro de Vila Valqueire.

Ele chegou a ser socorrido e levado para o Hospital da Aeronáutica, em Campos dos Afonsos, mas não resistiu. De acordo com a PM, uma das pessoas envolvidas na briga também foi baleada e encaminhada para o Hospital Estadual Carlos Chagas.

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O autor dos disparos não foi localizado. A Delegacia de Homicídios da Capital investiga o caso. “Diligências estão em andamento para esclarecer todos os fatos”, informa nota da Polícia Civil. 

A Força Nacional de Segurança atua no Rio desde 17 de outubro, em apoio às polícias fluminenses, por meio de acordo entre o governo estadual e o Ministério da Justiça. 

As cidades de Santos, no litoral paulista, e Rio de Janeiro poderão ter, respectivamente, 7,57% e 7,35% de seus territórios cobertos pelas águas do mar até 2100, se o planeta aumentar as emissões de gases de efeito estufa.

A estimativa foi publicada nesta terça-feira (28) em um estudo desenvolvido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) em parceria com a agência Climate Impact Lab. O documento alerta que o avanço das águas sobre a terra, e que deverá atingir outros locais do mundo, é uma consequência do aquecimento global.

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Para fazer as projeções, o estudo utilizou imagens de satélite, mareógrafos e modelos do Sexto Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). E, para estimar o impacto do aumento do nível do mar, simulou três cenários diferentes com base na concentração de emissão de gases de efeito estufa: baixa emissão (a temperatura da Terra até 2100 não aumentaria mais que 2ºC); emissão intermediária (aumentaria a temperatura até 2100 em 2,7ºC); e emissão muito alta (aumentaria a temperatura em 4,4ºC até 2100).

Dentro desses três cenários, segundo os dados de projeção, o Brasil sofreria uma elevação média do nível do mar de 20,9 cm a 24,27 cm até meados do século (entre 2040-2059), e de 40,5 cm a 65,6 cm até o ano de 2100, a depender do nível de emissão e do aumento de temperatura da Terra.

No cenário atual, no qual a emissão de gases é considerada de nível intermediário, a previsão é de que o País sofra com o aumento de 21,65 cm do nível do mar até metade do século, e 49,98 cm até 2100 - os dois números estão acima da média global, 18,15 cm e 40,73 cm, respectivamente.

No pior dos cenários, isto é, se as emissões aumentarem para níveis mais altos, de acordo com os dados, a cidade de Santos poderia sentir o nível do mar crescer 27,74 cm até o meio do século e até 72,85 cm em 2100. Na capital fluminense, os números são mais modestos, mas não menos preocupantes: 23,84 cm até o meio do século e 65,67 cm até 2100.

Já com relação aos impactos da inundação terrestre, as projeções estimam que, se as emissões de poluentes continuarem iguais, o Brasil poderá ficar com uma área submersa total de 913,2 km² até meados do século, e 2.270,3 km² até 2100. No caso de emissões elevadas, esse número poderá chegar a 4.612 km² de áreas brasileiras tomadas pelas águas no final deste século 21.

Com base nesses dados, o PNUD e o Climate Impact Lab alertam que algumas cidades, altamente povoadas, poderão ter 5% ou mais de seus territórios abaixo do mar se a quantidade de emissões de poluentes crescer. Além de Santos e Rio de Janeiro, no Brasil, a lista inclui: Guayaquil (Equador), Barranquilla (Colômbia), Kingston (Jamaica), Cotonou (Benin), Calcutá (Índia), Perth (Austrália), Newcastle (Austrália) e Sydney (Austrália).

"Os efeitos da subida do nível do mar colocarão em risco décadas de progresso do desenvolvimento humano em zonas costeiras densamente povoadas, onde vivem uma em cada sete pessoas no mundo", afirmou Pedro Conceição, Diretor do Gabinete do Relatório de Desenvolvimento Humano do PNUD.

Em nota, as entidades afirmam que "muitas regiões baixas ao longo das costas da América Latina, África e Sudeste Asiático podem enfrentar uma grave ameaça de inundação permanente", e as projeções indicam uma "tendência alarmante com potencial para desencadear uma reversão no desenvolvimento humano nas comunidades costeiras em todo o mundo".

Problema pode afetar áreas povoadas por até 73 milhões de pessoas

 

Se as emissões não cessarem e permanecerem como estão, os impactos das inundações poderão, até 2100, atingir áreas costeiras povoadas por até 73 milhões de pessoas em todo o mundo. O estudo informa ainda que, até o final do século 21, "alterações climáticas podem provocar a submersão de uma parcela significativa de terra" em territórios como Bahamas, Ilhas Virgens Britânicas, Ilhas Caimã e Maldivas.

"Centenas de cidades altamente povoadas enfrentarão um risco acrescido de inundações até meados do século, relativamente a um futuro sem alterações climáticas", afirmam as entidades. "Isto inclui terras que abrigam cerca de 5% da população de cidades costeiras como Santos, no Brasil, Cotonou, no Benin, e Calcutá, na Índia. Prevê-se que a exposição ao risco de inundações duplique para 10% da população até ao final do século", alertam.

De acordo com o estudo, nos níveis mais elevados de aquecimento global, "aproximadamente 160 mil km² de terras costeiras (uma área maior que o território da Grécia ou do Bangladesh) seriam inundadas até 2100?, e atingindo vastas áreas de cidades costeiras localizadas em países como Equador, Índia e Arábia Saudita.

Se o planeta conseguir diminuir as emissões para níveis que não aumentem a temperatura da Terra em até 2ºC, a projeção é que é 70 mil km² desse total de áreas em risco poderão permanecer acima do nível do mar.

"Essas projeções não são conclusões precipitadas; em vez disso, podem ser um catalisador para a ação", disse Hannah Hess, diretora associada do Climate Impact Lab. "Ações rápidas e sustentadas para reduzir as emissões afetarão a rapidez e o grau de impacto das comunidades costeiras. A redução das emissões não só mitiga os riscos, mas também nos dá mais tempo para responder proativamente e nos prepararmos para a subida dos mares."

Pedro Conceição, do PNUD, lembra que a divulgação desses dados deve servir de alerta para as autoridades que comparecerem à Cúpula do Clima, a COP-28, que começa na próxima quinta feira, 30, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. "A nossa nova investigação do PNUD e do Climate Impact Lab é mais um lembrete aos decisores que vão para a COP-28 de que o momento de agir é agora."

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), voltou a defender a internação compulsória de dependentes químicos que estão em situação de rua. Nesta terça-feira, 21, ele anunciou nas redes sociais que pediu um plano neste sentido ao secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.

"Não é mais admissível que diferentes áreas de nossa cidade fiquem com pessoas nas ruas que não aceitam qualquer tipo de acolhimento e que, mesmo abordadas em diferentes oportunidades pelas equipes da prefeitura e autoridades policiais, acabem cometendo crimes", escreveu.

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Embora o texto de Paes não cite expressamente nenhum caso concreto, ele foi publicado dois dias após um caso de grande repercussão em que uma pessoa em situação de rua é acusada de um crime. Na madrugada de sábado para domingo, o turista Gabriel Milhomem Santos, de 25 anos, foi morto a facadas durante um assalto, enquanto dormia na praia de Copacabana, na zona sul da cidade.

Jonathan Batista Barbosa, de 37 anos, preso acusado de ser o autor das facadas, vive em situação de rua no bairro, segundo a polícia. Ele havia sido preso por furto na sexta-feira, 17, e foi libertado no sábado, 18. Horas depois, teria cometido o assassinato.

Durante sua primeira gestão na prefeitura, de 2009 a 2012, Paes chegou a adotar a política de internação compulsória, que acabou suspensa após ação do Ministério Público do Estado do Rio. Em julho passado, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, em decisão liminar que depois obteve apoio da maioria dos integrantes da Corte, proibiu que o poder público remova compulsoriamente pessoas em situação de rua - a decisão é genérica e não trata especificamente de usuários de drogas, mas pode servir como argumento para impedir a internação obrigatória.

O secretário de Saúde considera que as situações são distintas: "a decisão do ministro Alexandre de Moraes foi muito pertinente e importante, porque previne abusos e protege as pessoas em situação de rua, mas não é o caso das pessoas que estão colocando a própria vida em risco", afirmou Soranz ao Estadão.

Segundo a prefeitura, um dos episódios que levaram o prefeito a iniciar o debate sobre a internação compulsória foi a morte de um rapaz de 23 anos que estava em situação de rua e sofreu uma parada cardíaca, supostamente devido à overdose de drogas, quando estava na Rua das Oficinas, no entorno do estádio Engenhão, na zona norte, na segunda-feira, 20.

Ele chegou a ser socorrido pelos bombeiros e levado ao Hospital Salgado Filho, no Méier (zona norte). Ainda conforme a prefeitura, esse rapaz já havia passado por várias unidades de saúde e recebido a indicação clínica de internação, mas não chegou a se internar.

Soranz afirma que situações como essa são cada vez mais comuns, e a internação compulsória se justificaria para oferecer cuidados médicos àqueles que não têm mais condições de buscar auxílio por conta própria.

São Paulo

Em São Paulo, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) também defende a internação compulsória em alguns casos, mas a discussão não avançou. Em janeiro, referindo-se a usuários de crack, ele afirmou que "quem está no consumo há mais de cinco anos precisa de um atendimento do poder público. Se o atendimento for a internação involuntária, compulsória, comunidade terapêutica, seja ele qual for, a Prefeitura de São Paulo e o governo do Estado darão o atendimento que ele precisa. A gente não pode ter as pessoas jogadas na rua, se consumindo com o crack, numa situação (de) que elas não conseguem sair sozinhas. Ele vai se debilitando até chegar à morte", afirmou.

Em julho, ele voltou o tema. "é preciso ter um pouco de humanidade e dar uma oportunidade para as pessoas se tratarem", disse à época.

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