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O governador de Roraima, Antonio Denarium,  assinou decreto de calamidade pública na saúde, a ser publicado hoje (25) no Diário Oficial do estado, segundo a assessoria de imprensa do governo.

A decisão foi motivada pelo agravamento dos conflitos na fronteira com a Venezuela, o que elevou o número de atendimentos no Hospital Geral de Roraima (HGR), principal unidade da rede e a única a realizar procedimentos de alta complexidade.

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Por meio de nota, o governo de Roraima informou que, nas últimas 36 horas, 18 pacientes venezuelanos em estado grave foram atendidos no hospital. Destes, 13 precisaram passar por procedimento cirúrgico, sobrecarregando as unidades de terapia intensiva, o setor de trauma e a ocupação de leitos.

“Já estávamos com situação crítica no setor da saúde em Roraima. A partir dos conflitos na Venezuela, esse problema se agravou”, disse o governador.

Com a publicação do decreto, o governo espera ter mais facilidade em compras emergenciais de medicamentos e de materiais médico-hospitalares. O estado analisa ainda a possibilidade de contratação de leitos hospitalares privados para deixar como retaguarda, caso haja necessidade.
“Entendemos que a capacidade de atendimento da saúde ficou sobrecarregada. Não sabemos o que pode acontecer de agora em diante e estamos nos prevenindo para não deixar ninguém desassistido”, disse Denarium.

Apoio federal

Além da instituição de calamidade pública na saúde, o governador busca apoio do governo federal para enfrentar a situação.

O estado informou já ter entrado em contato com o Ministério da Saúde, Ministério da Defesa, a Casa Civil e o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. Uma das opções estudadas, segundo o governador, é levar, diretamente de Brasília, material médico-hospitalar – pelo menos até que as compras sejam normalizadas.

O Exército encaminhou, até o momento, sete ambulâncias ao estado. Ao todo, 12 veículos estão disponíveis e cinco estão de sobreaviso, preparados para fazer o transporte de pacientes. A equipe de médicos e enfermeiros no HGR e no hospital de Pacaraima, segundo a assessoria de imprensa do governo de Roraima, também foi reforçada.

Fronteira

Outra preocupação do governo de Roraima é o provável crescimento do número de imigrantes entrando no Brasil via Roraima, após a reabertura da fronteira.

“Precisamos lembrar que a fronteira está fechada há alguns dias e o fluxo de venezuelanos entrando em Roraima era de aproximadamente 500 por dia. Com a abertura da fronteira nos próximos dias, deve haver um aumento substancial desse número e isso, consequentemente, vai aumentar a demanda por saúde no estado”, finalizou o governador.

O governador de Roraima, Antônio Denarium, anunciou hoje (24) que decretará estado de calamidade na saúde pública do estado. Segundo Denarium, a decisão foi tomada após o agravamento dos conflitos na Venezuela, que resultou no aumento do número de feridos que são removidos para hospitais do estado.

"Nós já estávamos com a situação crítica na saúde aqui no estado de Roraima e, com a onda de violência na Venezuela, essa crise se agravou mais ainda", afirmou em coletiva de imprensa. O decreto já foi assinado e deverá ser publicado na edição desta segunda-feira (25) do Diário Oficial do estado.

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"Nós vamos decretar estado de calamidade pública na saúde de Roraima para que a gente possa ter a possibilidade de fazer compras emergenciais de medicamentos e material médico-hospitalar", acrescentou Denarium.  

Somente nas últimas 36 horas, 18 feridos deram entrada no Hospital Geral de Roraima (HGR), em Boa Vista, com ferimentos por arma de fogo. Desse total, 13 tiveram que passar por cirurgia e estão internados em unidades de terapia intensiva (UTIs).

O governo do estado também analisa a possibiloidade de contratar leitos hospitalares privados, caso aumente a demanda por internação. Segundo o governador, no HGE, principal hospital do estado, já não há mais disponibilidade de UTI nem leitos.  

Os hospitais de Roraima atenderam desde ontem (22) 13 venezuelanos feridos em confrontos em localidades próximas à fronteira com o Brasil, informou neste sábado (23) a Secretaria de Saúde (Sesau-RR) do estado, por meio de nota.

De todos os atendidos, ao menos cinco foram liberados, enquanto os demais continuam internados no Hospital Geral de Roraima, em Boa Vista, três dos quais em estado grave, segundo a Sesau-RR. Nove deles se feriram em confronto com militares em Kumarakapay, vila a cerca de 70 km da fronteira.

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Um dos atendidos, identificado como Lino Benavides, deu entrada na noite de sexta-feira no hospital em Boa Vista com traumatismo craniano e permanece em observação. Outro, Kleber Perez, foi atingido por um tiro no tórax e encontra-se internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O terceiro, Rolando Garcia Martinez, está sedado e respira com ajuda de aparelhos, informou a Sesau-RR.

A tensão na região fronteiriça se intensificou desde quinta-feira (21) à noite, quando o governo do presidente Nicolás Maduro anunciou o fechamento da fronteira, de modo a evitar a entrada de toneladas de ajuda humanitária enviada por Brasil e Estados Unidos, no que o regime venezuelano acusa ser uma tentativa de invadir seu território.

Na manhã deste sábado, dois caminhões com ajuda humanitária saíram de Boa Vista e percorreram os 214 km até Pacaraima, na fronteira. De acordo com o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, um desses caminhões já cruzou o limite entre os dois países e encontra-se em território venezuelano.

Uma operação do Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM) da Secretaria do Trabalho do Ministério da Economia, realizada nesta quinta-feira (21), resgatou seis trabalhadores em condição análoga à de escravo no sul de Roraima. Eles atuavam com extração de madeira em região de mata fechada no município São João da Baliza.

De acordo com Ministério da Economia, os trabalhadores foram encontrados em locais sem condições mínimas de dignidade e sem registro profissional. Eles estavam em barracos de madeira com cobertura plástica, fazendo suas necessidades fisiológicas no meio da vegetação. No local onde os trabalhadores tinham que dormir não havia energia elétrica, nem iluminação artificial.

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O MTE acentua que, pelas condições a que submeteu os trabalhadores, o proprietário teve de arcar com verbas rescisórias no valor total de R$ 30.760,00. Ele também teve de firmar Termo de Compromisso para pagamento de danos morais individuais aos trabalhadores no valor total de R$ 15.380,00. Todos os resgatados têm garantido o direito a receber três parcelas de Seguro-Desemprego.

A operação ocorreu também em estabelecimentos de beneficiamento e processamento de madeiras (serrarias) nos municípios de Rorainópolis e São Luiz. Houve ainda ações nos distritos de Nova Colina e Equador. Ao todo, foram emitidos 36 autos de infração em decorrência do descumprimento de obrigações trabalhistas e de segurança do trabalho. Nas ações foram identificados 102 trabalhadores brasileiros e venezuelanos em situação de informalidade, entre eles dois jovens abaixo de 18 anos, que atuavam no setor de marcenaria de uma serraria e foram afastados imediatamente das suas funções.

Foram verificadas situações de atraso no pagamento de salário, numa soma de R$ 107.879,89. “Um total de 110 empregados não havia recebido o salário de janeiro, sendo que muitos deles foram demitidos em fevereiro sem receber o salário atrasado”, informa a auditora-fiscal do Trabalho Andrea Donin, coordenadora da ação.

Três estabelecimentos que se ocupavam do beneficiamento primário da madeira e que também exploravam atividades de carpintaria e queima de madeira para a produção de carvão foram autuados pela fiscalização. “No momento em que chegamos, as atividades produtivas estavam paralisadas em decorrência de interdição determinada pelo Ibama. Mais de 100 trabalhadores estavam sem a formalização dos vínculos de trabalho, tendo os empregadores firmado Termo de Compromisso para pagamento das rescisões contratuais e dos salários atrasados desse grupo de trabalhadores”, ressalta a auditora.

A operação coordenada pelo GEFM ocorreu entre os dias de 11 a 22 de fevereiro e contou com a participação de integrantes do Ministério Público do Trabalho, Ministério Público Federal, da Defensoria Pública da União, Universidade Federal de Roraima e da Polícia Rodoviária Federal.

*Com informações do Ministério da Economia

O Ministério da Justiça e Segurança Pública estendeu o prazo de permanência de agentes da Força Nacional de Segurança Pública e também da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária em Roraima. Assinadas pelo ministro Sergio Moro, as portarias que dispõem sobre a prorrogação foram publicadas  no Diário Oficial da União de hoje (11).

A pedido do governo estadual, o efetivo da Força Nacional atuará em apoio às forças de segurança locais por mais 60 dias, contados a partir do próximo dia 27, quando terminaria o atual prazo de permanência. De acordo com a portaria publicada nesta terça-feira, os agentes da força especial atuarão “nas atividades e serviços imprescindíveis à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio” na capital, Boa Vista.

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Ainda de acordo com a Portaria nº 105, a presença do efetivo da Força Nacional se deve ao “atual quadro de instabilidade na segurança pública de Roraima, em virtude de crise migratória, e no sistema penitenciário”. Milhares de migrantes venezuelanos têm cruzado a fronteira e ingressado no território brasileiro por Roraima fugindo da crise política e econômica em seu país.

A prorrogação do tempo de permanência da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária também foi solicitada pelo governo estadual. O Ministério da Justiça e Segurança Pública decidiu manter por mais 45 dias os agentes penitenciários que já estão reforçando a guarda, vigilância e custódia de presos da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, em Boa Vista.

Maior unidade prisional do estado, Monte Cristo recebeu os primeiros agentes da força especial subordinada ao então Ministério da Segurança Pública em novembro de 2018. Na ocasião, o ministério chegou a anunciar que cerca de 250 agentes penitenciários participariam da chamada Operação Élpis, para retomar o controle e restabelecer a ordem na unidade dominada por uma facção criminosa e palco de dois massacres de presos entre 2015 e 2016.

Por razões de segurança, o atual número de agentes da Força Nacional e da Força-Tarefa atuando no estado não foram divulgados.

O governo do Brasil vai instalar um centro de distribuição de ajuda humanitária em Roraima, na fronteira com a Venezuela. A decisão foi anunciada hoje (11) durante reunião entre o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e a a nova embaixadora María Teresa Belandria, designada para função há seis dias por Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente interino da República.

"Agradecemos a todo o povo do Brasil, que entende as necessidades de todo o povo venezuelano e que não teve tipo algum de resistência [ao povo venezuelano]”, disse María Teresa Belandria.

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“Espero que logo acabe o pesadelo e que o governo legítimo do presidente Juan Guaidó possa avançar em uma relação mais firme”, acrescentou a embaixadora, informando que aguarda a alta médica do presidente Jair Bolsonaro para se reunir com ele.

Não está definido se o centro de distribuição será instalado em Pacaraima e Boa Vista. A recém-nomeada embaixadora disse que terá encontros nos próximos dias com o grupo de trabalho responsável pela ajuda humanitária coordenado pelos ministérios da Defesa e Saúde.

Segundo María Teresa Belandría, a população venezuelana precisa de alimentos, medicamentos, além de apoio logístico, transporte e segurança.

De acordo com a comitiva venezuelana, formada pela embaixadora e o deputado Lester Toledo, da Assembleia Nacional, que estará na coordenação do apoio ao centro de distribuição a ser instalado em Roraima, doações de outros países, como os que compõem o Grupo de Lima, dos Estados Unidos, Canadá e da Europa, devem passar também pelo Brasil.

O Brasil deve participar da ajuda humanitária também com apoio político e das agências, além de instituições internacionais.

Reconhecimento

María Teresa Belandria disse que durante o encontro com Araújo entregou as cartas credenciais e apresentou-se para assumir a representação em Brasília. Porém, ela não poderá se instalar na Embaixada da Venezuela, pois os representantes do governo Nicolás Maduro permanecem no local.

Além do Brasil, vários países, como a maioria que integra o Grupo de Lima, Estados Unidos, e vários da União Europeia, reconheceram o governo de Guaidó. Questionada se Maduro permanecer no poder como ficará sua situação, a embaixadora afirmou que tal hipótese não estava em consideração. “Não trabalhamos com esse cenário”, afirmou María Teresa Belandria.

Ao ser indagada sobre a impossibilidade de ocupar a embaixada em Brasília, María Teresa Belandria disse que "não precisamos de um prédio”. Na semana passada, ela se reuniu com o chanceler brasileiro em Washington, nos Estados Unidos.

Em relação às dificuldades de acesso ao território venezuelano, o deputado Toledo foi objetivo. "Como entrar? Com gente e acompanhamento das pessoas que querem mudança", disse o parlamentar, lembrando que há falsas informações cercando a ajuda humanitária e inclusive informando que os medicamentos são inadequados.

O Ministério da Educação (MEC) iniciou, em janeiro de 2019, uma força tarefa no estado de Roraima para regular a documentação escolar das crianças venezuelanas a fim de que seja garantido o ingresso delas nas escolas brasileiras. Desde o início da ação, 2.024 novas matrículas foram registradas no estado.   

De acordo com a secretária de Educação de Roraima, Leila Perussolo, um levantamento realizado pela pasta aponta que 6.460 alunos venezuelanos entre 6 e 17 anos estão sendo atendidos na rede estadual e municipal de Roraima.

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Os adolescentes venezuelanos com idade superior a 18 anos, aptos a concluir o ensino médio, estão sendo submetidos a uma avaliação específica de finalização escolar para certificação do ensino médio, como ocorre com o Exame Nacional para Certificação de Competência de Jovens e Adultos (Encceja).

 

Os Institutos Federais de Goiás (IFG) e Roraima (IFRR) divulgaram os resultados de seus respectivos vestibulares. Para o estado de Goiás, 356 estudantes foram contemplados. Em Roraima, o número foi de 144. Ambos os institutos também disponibilizarão vagas através da nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu).

No IFG, as provas foram aplicadas no dia 25 de novembro. Na avaliação, os candidatos responderam 20 questões de múltipla escolha sobre linguagens e códigos, ciências humanas e ciências exatas, da terra e biológicas, além de elaborar uma redação. Além das 356 vagas preenchidas pelo vestibular tradicional, outras 1099 serão ocupadas por estudantes que optaram por ingressar com a nota do Enem – metades das vagas são destinadas aos alunos cotistas. Confira a lista de aprovados neste link.

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Conforme consta no Edital, as vagas foram distribuídas para os campi do Instituto, nas seguintes cidades: Águas Lindas, Anápolis, Aparecida de Goiânia, Cidade de Goiás, Goiânia, Inhumas, Itumbiara, Jataí, Luziânia, Uruaçu, Senador Canedo e Valparaíso de Goiás. Cada Campus deverá soltar o próprio edital de matrícula em breve.

Os cursos oferecidos pelo IFRR são os de licenciatura em educação física, matemática e ciências biológicas; além de tecnologias em gestão hospitalar, análise e desenvolvimento de sistemas, saneamento ambiental e gestão de turismo. Do total de vagas (144), metade são destinadas a alunos oriundos de escola pública ou negros, pardos e indígenas. Confira a lista de aprovados em Roraima neste link.

Os selecionados em Roraima deverão efetuar matrícula entre os dias 04 e 08 de fevereiro de 2019 de forma presencial ou por meio de procuração, no Departamento de Registro Acadêmico (DERA/IFRR/Campus Boa Vista), conforme consta no Edital.

O presidente Michel Temer assinou, nesta segunda-feira (17), medida provisória (MP) repassando mais de R$ 225 milhões para o estado de Roraima. A liberação dos recursos faz parte das providências tomadas no âmbito da intervenção federal no estado, anunciada em 7 de dezembro.

No total, o governo federal repassou R$ 225,710 milhões em parcela única. O dinheiro tem de ser aplicado em áreas críticas do estado. A intervenção federal foi a saída encontrada por Temer e pela governadora afastada Suely Campos para debelar a crise em Roraima.

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Agentes penitenciários do estado deixaram de trabalhar, e policiais civis chegaram a paralisar suas atividades por causa de atrasos no salário. A Polícia Militar também teve suas atividades afetadas. Mesmo sem poder fazer greve, eles tiveram o apoio das esposas, que bloquearam a entrada e a saída de batalhões como forma de protesto.

A medida provisória também determina que o interventor nomeado por Temer, o governador eleito de Roraima, Antonio Denarium, apresente ao Ministério da Transparência um plano programático de revisão de gastos.

O presidente Michel Temer (MDB) rebateu, nesta segunda-feira (10), o interventor de Roraima, o governador eleito Antônio Denarium (PSL), ao dizer que a entrada de venezuelanos no Brasil não será proibida. No domingo (9), Denarium havia afirmado, em entrevista à GloboNews, que faria um trabalho conjunto com o governo federal para limitar o ingresso dos vizinhos.

"A nossa política é uma política de apoio aos refugiados desde o primeiro momento. Mandamos transmitir ao interventor essa notícia, ele acordou imediatamente. [...] Ele disse que, enquanto for interventor, seguirá as diretrizes. Não haverá restrição", afirmou Temer.

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A intervenção foi decretada na última sexta-feira (7), após uma reunião de emergência ter sido convocada pelo presidente. O motivo foi a greve dos agentes penitenciários e da Polícia Militar. A medida foi determinada por Temer com o conhecimento do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL). Denarium substituiu a governadora Suely Campos (PP).

Denarium foi nomeado oficialmente nesta segunda-feira e terá o controle da administração estadual até 31 de dezembro. Neste período, ele estará subordinado à Presidência da República. Ele toma posse como governador no dia seguinte. Para Temer, a continuidade do trabalho deverá resolver a crise rapidamente.

De acordo com o presidente, a intervenção foi combinada com a governadora para resolver os problemas salariais dos grevistas. O governo deverá liberar entre R$ 150 milhões e R$ 200 milhões em créditos extraordinários para pagar as despesas em atraso do Estado.

Temer afirmou ainda acreditar que o Congresso aprovará a medida provisória para liberar os valores entre hoje e amanhã e destacou que a questão foi definida com a participação dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE).

Temer, Denarium e secretários de Roraima se reunirão em Brasília nesta terça-feira, 11, para discutir detalhes da ação. A intervenção em Roraima é mais ampla do que a realizada no Rio de Janeiro, Estado em que a União assumiu o comando da segurança pública e que também tem duração até 31 de dezembro. No Rio, a medida começou em 16 de fevereiro deste ano. Neste período, o Congresso fica impedido de votar Propostas de Emenda à Constituição (PEC).

Um dia antes de comparecer ao encontro marcado com o presidente da República Michel Temer nesta terça-feira (11), em Brasília, o governador eleito de Roraima, Antônio Denarium (PSL) assumiu o Estado como interventor federal nomeado. A transição ocorreu na manhã desta segunda-feira (10), no Palácio Senador Hélio Campos.

O decreto foi publicado nesta segunda no Diário Oficial da União (DOU) e segundo o documento, a intervenção vai vigorar até o dia 31 de dezembro. Em 1º de janeiro, se inicia o mandato de quatro anos de Denarium.

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Em conversa com a imprensa, o novo interventor afirmou que vai priorizar salários, apesar dos R$ 200 milhões prometidos pelo governo federal não serem suficientes para quitar a folha de pagamento do funcionalismo público que está atrasada há três meses.

Servidores estaduais estão desde setembro sem receber, quartéis da PM foram fechados por mulheres de militares e agentes penitenciários pararam. Policiais civis, que também tinham paralisado suas atividades, voltaram ao trabalho, mas apenas uma delegacia da capital Boa Vista está funcionando. Desde novembro, falta combustível para policiais militares e civis e a Polícia Militar de Roraima conta com apenas sete viaturas para realizar o policiamento ostensivo em Boa Vista.

O Estado também enfrenta crise no sistema prisional, que já estava sob intervenção desde outubro, crescimento de facções criminosas, salto no índice de homicídios e a chegada em massa de venezuelanos.

O destaque da primeira página da seção 1 do Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, 10, é o decreto nº 9.602, que anuncia a intervenção federal no Estado de Roraima. A decisão ocorre por causa da paralisação de agentes penitenciários e da Polícia Militar, além da crise provocada pela imigração de venezuelanos. A medida vai até o dia 31 de dezembro.

O interventor nomeado pelo decreto é Antonio Denarium (PSL), futuro governador do Estado, que assume oficialmente o cargo em janeiro. Ele fica no lugar da atual governadora Suely Campos (PP), que será afastada. Denarium afirmou que sua prioridade será pagar os salários atrasados dos servidores. Segundo ele, há um compromisso do governo federal de sanar as contas do governo de Roraima.

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Conforme o decreto, Denarium "poderá requisitar a quaisquer órgãos, civis e militares, da administração pública federal, os meios necessários para consecução do objetivo da intervenção, ressalvada a competência do Presidente da República para o emprego das Forças Armadas".

A intervenção federal em Roraima começa oficialmente nesta segunda-feira (10), com a publicaçao do o Decreto 9.602 nesta segunda-feira no Diário Oficial da União. A norma traz detalhes da ação, que ocorre até 31 de dezembro. Por ordem do presidente Michel Temer, o governador eleito, Antonio Oliverio Garcia de Almeida, conhecido como Antonio Denarium (PSL), será o interventor no período.

Segundo o decreto, a intervenção federal em Roraima foi definida em decorrência do “grave comprometimento da ordem pública”, devido aos problemas relacionados à segurança e ao sistema penintenciário do estado.

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De acordo com a norma, Denarium ficará subordinado ao presidente da República e não está sujeito às normas estaduais que conflitarem com as medidas necessárias à intervenção. A medida abrange o Poder Executivo do estado.

O interventor poderá requisitar a quaisquer órgãos, civis e militares, da administração pública federal, os meios necessários para a intervenção, ressalvada a competência do presidente da República para o emprego das Forças Armadas.

Decisão

Temer decidiu na noite de sexta-feira (7) pela intervenção no estado de Roraima, após reunião com ministros no Palácio da Alvorada e conversar com a então governadora Suely Campos. Segundo ele, esta é a alternativa para “pacificar” a situação no estado.

Agentes penitenciários do estado deixaram de trabalhar e policiais civis deflagraram paralisação de 72 horas em razão de meses de salários atrasados. Os policiais militares, que não podem fazer greve, receberam o apoio de suas esposas, que bloquearam as entrada e saída de batalhões como forma de protesto.

A intervenção federal no estado já havia sido pedida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em virtude do risco de rebeliões em unidades prisionais. Em seu pedido, a PGR descreveu situações, baseadas em relatórios do Ministério Público, como falta de separação entre detentos de regimes aberto, semiaberto e fechado, atraso no pagamento de salários de agentes penitenciários, fornecimento de comida azeda e insuficiente aos presos e falta de combustível para transportar os presos para audiências.

No sábado (8), os conselhos da República e de Defesa Nacional se reuniram para discutir a situação e ratificaram a decisão em favor da intervenção federal no estado de Roraima. Ontem (9) e sábado (8), em Boa Visita, Denarium fez reuniões extraordinárias com sua equipe de transição para definir as prioridades que serão apresentadas a Temer nesta terça-feira (11).

A intervenção federal no estado de Roraima passa a valer a partir de amanhã (10) até 31 de dezembro, quando for publicado no Diário Oficial da União o decreto com a medida. A informação é do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sergio Etchegoyen, que participou de reunião, em Brasília, com o presidente Michel Temer, os conselhos de Segurança Nacional e Defesa Nacional.

Neste período a governadora Suely Campos (PP) ficará afastada do cargo e assume como interventor, o governador eleito, Antonio Denarium (PSL). Denarium pediu prorrogação da intervenção por mais 60 dias (até fevereiro de 2019) no sistema prisional do estado.

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Após se reunir ontem (8) com sua equipe de transição, Denarium anunciou as ações que vai apresentar a Temer, em Brasília, na terça-feira (11). A prioridade, segundo ele, é pagar os salários atrasados dos servidores, alguns há três meses, e pedir antecipação de repasse financeiro da União para Roraima.

Segundo Denarium, Temer indicou dois nomes para este período como parte da equipe de intervenção: o general Eduardo Pazuello, como secretário da Fazenda, e Paulo Costa, secretário da Segurança Pública.

Redes sociais

Nas redes sociais, o governador eleito sintetizou as ações que pretende implementar, após apresentação para o presidente da República. Segundo Denarium, foi iniciado o processo de levantamento de informações que vão subsidiar a elaboração de um Plano de Recuperação Fiscal.

No Plano de Recuperação Fiscal, será informado o total de dívidas correntes do estado, entre elas, dívidas com fornecedores e com o pagamento de salários de servidores, que, para algumas categorias, vai completar quatro meses.

Também está no plano, no esforço de reduzir os custos do executivo, a reforma administrativa, incluindo a extinção de cargos e secretarias, além da fusão de pastas. “[Para que] beneficiem o princípio da otimização de serviços e economicidade, fiscalização todos contratos vigentes, além de economia com gastos com telefone, água e energia”, disse o governador eleito nas redes sociais.

Integrantes do Conselho da República e do Conselho de Defesa Nacional, vinculados à Presidência da República, se reuniram hoje (8), no Palácio da Alvorada, para discutir a intervenção federal em Roraima. Os conselhos aprovaram por unanimidade a medida em menos de uma hora.

Com o texto em fase de finalização, o decreto deve ser publicado na segunda-feira (10) no Diário Oficial da União, quando já passa a vigorar e conferir poderes administrativos imediatos ao governador eleito do estado, Antonio Denarium, nomeado interventor até 31 de dezembro.

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A informação foi confirmada pelo ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sergio Etchegoyen, após a reunião.

.Serão nomeados ainda dois secretários para apoiar o interventor. O general Eduardo Pazuello, que já atua na operação de acolhida humanitária a imigrantes venezuelanos no estado, será deslocado para gerir a pasta da Fazenda. Toda a segurança pública ficará a cargo do servidor do Departamento Penitenciário Nacional Paulo Rodrigues da Costa, que já se encontra à frente do sistema carcerário.

“O relatório de inteligência que sustentou a decisão do presidente deixa muito clara a deterioração das contas públicas, a impossibilidade de pagamento de salários, o que levaria a uma inadimplência e a um colapso financeiro do estado”, disse Etchegoyen. “O interventor tem todos os poderes do governador do estado, exceto aquele em que haja disputa com a legislação federal”, acrescentou.

O ministro destacou que para a aprovação da medida pesou a situação precária da segurança pública e do sistema carcerário do estado, que corre o risco de rebeliões. “A má gestão que é o nome dessa crise. Ela poderia levar, por exemplo, a que se agravasse, mais uma vez, a falta de alimentos nos presídios, o que, além de uma desumanidade, é estopim para crises.”

Crise

Roraima enfrenta atualmente crise na segurança pública e no sistema prisional. Agentes penitenciários do estado deixaram de trabalhar e policiais civis deflagraram paralisação de 72 horas devido a meses de salários atrasados. Como os policiais militares são impedidos por lei de fazer greve, receberam o apoio de suas esposas, que bloquearam os acessos aos batalhões como forma de protesto.

Etchegoyen disse ainda que deve continuar a ser dado suporte à operação de acolhida humanitária a imigrantes venezuelanos que entram no Brasil por Roraima.

“Não houve acréscimo no volume de pessoas que entram, está estabilizado, mas continuam entrando. Infelizmente, a situação daquele país não apresenta nenhum sinal de melhora, o que faz com que cidadãos e cidadãs, famílias busquem a esperança, entre outros lugares, no nosso país, e é nosso dever”, afirmou o ministro do GSI.

Congresso

Após a publicação no Diário Oficial, o decreto de intervenção passa a vigorar de imediato, mas deve ser enviado em 24 horas pelo presidente Michel Temer ao Congresso, que pode aprovar ou revogar a medida.

“Eu acho que tanto o presidente do Senado [Eunício Oliveira (MDB-CE)], quanto o presidente da Câmara [Rodrigo Maia (DEM-RJ)] estão mobilizando para que seja votado na segunda-feira, mas se não for será terça-feira”, disse o líder do governo, senador Romero Jucá (MDB-RR), que chegou ao Palácio do Planalto após a reunião.

Após eventual aprovação no Congresso, deve ser publicada medida provisória destinando recursos para a intervenção no estado. Ainda não há um valor definido, e o governo trabalha com uma quantia entre R$ 150 milhões e R$ 200 milhões, informou Jucá.

Conselhos

O Conselho de Defesa Nacional e o Conselho da República são órgãos consultivos do presidente da República, a quem cabe opinar sobre assuntos relacionados à soberania nacional, como a decretação da intervenção federal. Os conselhos não têm poder de veto.

O Conselho de Defesa Nacional é composto pelo vice-presidente, pelos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, pelos ministros da Justiça, da Defesa, das Relações Exteriores e do Planejamento, além dos comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.

O Conselho da República é formado pelo vice-presidente da República, os presidentes da Câmara e do Senado, os líderes da maioria e da minoria no Senado, o ministro da Justiça, além de seis cidadãos brasileiros maiores de 35 anos de idade.

O senador Romero Jucá (MDB-RR), disse neste sábado (8) que, além da ajuda financeira que será dada pelo governo federal a Roraima, "é preciso investigar com profundidade os desvios e a grande corrupção que sangrou os cofres públicos" no Estado. A declaração foi dada por meio de sua conta no Twitter.

Jucá destacou que haverá uma reunião no Palácio da Alvorada nesta tarde, convocada pelo presidente Michel Temer na sexta-feira (7,) para discutir a intervenção em Roraima. O encontro estava marcado para começar às 16h.

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"Roraima teve excesso de arrecadação de R$ 580 milhões além do orçamento previsto para 2018. Estavam previstas todas as despesas de pessoal, duodécimo dos poderes, ICMS das prefeituras, educação, saúde e segurança. Onde foi esse dinheiro?", questionou o senador no tweet.

Jucá ainda afirmou que o Estado é alvo da ação de uma "quadrilha" ligada à governadora Suely Campos (PP). "O marido e o filho já estão presos e outros irão", acrescentou.

Conforme publicado na edição deste sábado do jornal O Estado de S. Paulo, Temer decretou intervenção federal em Roraima após uma reunião de emergência convocada na noite de sexta-feira, na qual se discutiu a greve dos agentes penitenciários e da Polícia Militar.

Uma das medidas adotadas será a liberação de um crédito extraordinário para pagar despesas em atraso, como salários de servidores e pagamentos a fornecedores. O valor será entre R$ 150 milhões e R$ 200 milhões. Temer deverá editar uma medida provisória para liberar o dinheiro. A primeira parcela será de R$ 23 milhões.

A intervenção federal em Roraima será discutida na tarde deste sábado (8) em reunião no Palácio da Alvorada, marcada para às 16h [horário de Brasília]. O presidente Michel Temer (MDB) chamou os conselhos da República e de Defesa Nacional para o encontro.

Conforme informa o jornal O Estado de S. Paulo em sua edição de hoje, Temer decretou intervenção federal no Estado após uma reunião de emergência convocada na noite de sexta-feira, na qual se discutiu a greve dos agentes penitenciários e da Polícia Militar. O interventor será o governador eleito, Antonio Denarium, do PSL, mesmo partido do presidente eleito, Jair Bolsonaro. A intervenção foi decretada com o conhecimento dele. Denarium substituirá a atual governadora, Suely Campos (PP).

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Uma das medidas discutida na sexta foi a liberação de um crédito extraordinário para pagar despesas em atraso do Estado, como salários de servidores e pagamentos a fornecedores. O valor será entre R$ 150 milhões e R$ 200 milhões. Temer deverá editar uma Medida Provisória para liberar o dinheiro. A primeira parcela será de R$ 23 milhões.

A intervenção em Roraima é mais ampla do que a realizada no Rio de Janeiro, Estado em que a União assumiu o comando da segurança pública e que também tem duração até 31 de dezembro. No Rio, a medida começou em 16 de fevereiro deste ano. Neste período, o Congresso fica impedido de votar Propostas de Emenda à Constituição (PEC).

O governo federal decretou intervenção no Estado de Roraima até dia 31 de dezembro por causa da paralisação de agentes penitenciários e da Polícia Militar. Com a decisão, haverá um crédito extraordinário para o Estado entre R$ 150 milhões e R$ 200 milhões. A verba será usada para pagamento de servidores públicos e outras despesas - o recurso fica fora da regra do teto de gastos da União. O governo federal vai editar uma medida provisória para liberar o recurso. A primeira parcela a ser liberada será de R$ 23 milhões.

O interventor será o futuro governador Antonio Denarium (PSL), do mesmo partido do presidente eleito, Jair Bolsonaro. Ele substituirá a atual governadora Suely Campos (PP). A decisão foi tomada em reunião de emergência realizada no Palácio da Alvorada na noite de sexta-feira, 7, com a participação do presidente Michel Temer e dos ministros Sérgio Etchegoyen, do Gabinete da Segurança Institucional (GSI), Esteves Colnago (Planejamento), Gustavo Rocha (Direitos Humanos) e Grace Mendonça (Advocacia-Geral da União), além do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), estava fora de Brasília.

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Bolsonaro foi informado da decisão do governo federal antes de a medida ser tomada. "Fiz com a governadora uma espécie de intervenção negociada. Ela concordou com a fórmula encontrada. Ela acha que, de fato, a situação está se complicando no Estado e que a melhor solução seria precisamente essa", declarou Temer após a reunião. "Com isso, queremos pacificar as questões de Roraima", disse o presidente.

E completou: "Espero que com isso o movimento se amaine, fique mais compreensivo porque afinal, as forças militares, agentes penitenciários, e todos aqueles que se dedicam à tarefa pública, têm de pensar na população de Roraima".

A intervenção em Roraima é mais ampla do que a realizada no Rio de Janeiro, Estado em que a União assumiu o comando da segurança pública e que também tem duração até 31 de dezembro. No Rio, a medida começou em 16 de fevereiro deste ano. Neste período, o Congresso fica impedido de votar Propostas de Emenda à Constituição (PEC).

Temer convocou para este sábado, 8, uma reunião do Conselho da República e de Defesa Nacional para tratar da questão. O presidente disse que expedirá não só decreto de intervenção, como outras medidas normativas.

Justiça

Em audiência de conciliação no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira, 7, o governo de Roraima chegou a apresentar uma nova proposta de acordo para fechar com a União, em que pedia, entre outros pontos, R$ 168 milhões de ressarcimento pelos gastos com a crise migratória dos venezuelanos. A Advocacia-Geral da União (AGU) tem um prazo de 30 dias úteis para avaliar e responder a proposta.

O governo federal e o Estado estão em disputa judicial desde abril, quando Roraima pediu ao STF que a fronteira com a Venezuela fosse fechada. Atualmente, após iniciativas da União e repasse de cerca de R$ 380 milhões, o pedido está fora de mesa. O foco agora é o reembolso financeiro. O Estado atravessa uma grave situação fiscal, com atraso de salários de servidores.

Comandada pelo juiz instrutor Gabriel da Silveira Matos, do gabinete da ministra Rosa Weber, relatora da ação no STF, foram apresentados outros pedidos de Roraima, trazidos pelo procurador do Estado José Edival Vale Braga.

Entre eles, a continuidade da redistribuição dos imigrantes para os outros Estados em "maior número possível", o repasse mensal de valores gastos com recursos próprios com atendimentos médicos aos venezuelanos, e a continuidade da 'Operação Acolhida'.

Diante da crise migratória que envolve a entrada de venezuelanos no Brasil, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, afirmou nesta sexta-feira, 30, que o País precisa acolher os imigrantes, mas que deve também pressionar o governo vizinho para que mude sua política de atendimento à população.

Após visitar o Santuário da Canção Nova, em Cachoeira Paulista (SP), Bolsonaro falou que seu governo não vai deixar o Estado de Roraima, que faz fronteira com a Venezuela, "abandonado à própria sorte".

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"No que depender de mim, vamos acolhê-los. Ninguém está saindo de lá porque quer, está saindo por causa da fome e da ditadura. Devemos acolher, sim, mas também buscar maneiras de pressionar o governo da Venezuela para que aja de maneira diferente", afirmou.

De acordo com Bolsonaro, os governos do PT deveriam ter imposto sanções ao então presidente venezuelano Hugo Chávez quando o processo classificado por ele como "ditadura" começou a ser implantado no país vizinho. Outro erro, afirmou o presidente eleito, foi permitir a entrada da Venezuela no Mercosul.

Angra 3

Também na entrevista, Jair Bolsonaro declarou que a conclusão de Angra 3 é "prioridade" para seu governo. Nesta sexta-feira, ele anunciou o diretor geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha, almirante de esquadra Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Junior, para o cargo de ministro de Minas e Energia. Bolsonaro afirmou que, com a gestão do futuro ministro, será possível desenvolver a geração de energia através da fonte nuclear, além de solar e eólica.

As Forças Armadas devem continuar em Roraima até o final do ano para preservar instalações e atividades ligadas ao acolhimento de refugiados. O decreto foi publicado hoje (30) no Diário Oficial da União.

A tropa foi enviada em 28 de agosto, depois que moradores de Pacaraima, cidade que faz fronteira com a Venezuela, terem expulsado venezuelanos acolhidos em barracas e abrigos, além de atearem fogo em seus pertences. O motivo teria sido o espancamento de um comerciante local por quatro venezuelanos.

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