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A dona de casa Ana Késsia de Lima, de 30 anos, começou a sentir dores no peito após ser diagnosticada com a Covid-19 no dia 11 de junho. Ela buscou atendimento no Hospital Geral de Roraima (HGR), em Boa Vista. Classificada como situação de pouca urgência, Ana aguardou duas horas pelo atendimento. O profissional de saúde informou que a falta de oxigênio podia ser tratada em casa e a liberou. Mas o marido a levou para uma clínica da rede privada.

Mesmo sem comorbidades, houve piora e a dona de casa precisou ser entubada e internada em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O custo do tratamento pode chegar a mais de R$ 400 mil. "Ela está na ventilação mecânica. O custo é muito alto. Buscamos vaga no HGR e não conseguimos. Estou desesperado. Muitos amigos me ajudaram, mas o custo é extremamente alto e a minha família não tem condições de pagar. A estimativa do médico é entre 14 e 21 dias de internação ao custo de R$ 15 mil a R$ 20 mil diários", disse o marido Alexandre Maciel. "Não sei mais o que fazer."

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A falta de leitos na rede pública de saúde motivou o governo de Roraima a buscar uma parceria com o governo do Amazonas para transferir pacientes com quadro de saúde grave para o Estado vizinho. A medida foi anunciada pelo governador Antonio Denarium (sem partido). A Secretaria Estadual de Saúde de Roraima informou que está definindo ajustes finais para a formalização do termo de cooperação entre os Estados.

Balanço

Na rede pública estadual, são 30 pacientes internados na UTI do Hospital Geral de Roraima, resultando em 100% de ocupação. Outros 40 estão na unidade semi-intensiva e 155, em acompanhamento clínico. O Estado registrou 6.935 infectados e 216 mortes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (16) que o Brasil pode adotar um controle maior e exigir exames para quem quiser entrar no País a partir da Venezuela. Questionado se há a possibilidade de fechar a fronteira, Bolsonaro disse considerar a medida pouco efetiva.

"Pode até fechar a fronteira com a Venezuela, mas (entrada) vazaria por outro lugar", afirmou o presidente em entrevista à Rádio Bandeirantes na manhã desta segunda-feira. Bolsonaro não detalhou quais exames seriam exigidos de quem pretende entrar no País a partir do país vizinho.

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O governo federal discute nesta segunda-feira reunião para discutir o pedido apresentado pelo governador de Roraima, Antonio Denarium (sem partido), na semana passada, para que a fronteira da Venezuela seja fechada no seu Estado, como antecipou o Estadão/Broadcast. O assunto é considerado delicado e divide opiniões.

Conforme apurou o Estado, os ministérios da Saúde e da Justiça e Segurança Pública estariam a favor do fechamento, para evitar a ampliação dos problemas no Estado, que sofre com a superlotação de seus hospitais, e chegada constante de imigrantes, por causa da falta de recursos do país vizinho. Os militares, por sua vez, embora reconheçam as dificuldades e preocupações do governador, advertem sobre a complexidade da medida, que poderia acabar se mostrando inócua, dado o tamanho da fronteira e a sua porosidade.

Enquanto o Brasil ainda discute se fecha suas fronteiras para evitar a ampliação do contágio por coronavírus, outros países da América Latina já adotaram medidas restritivas.

A Argentina anunciou no Domingo o fechamento das fronteiras por um prazo de 15 dias. Apenas argentinos ou estrangeiros residentes podem entrar no país. A proibição não se aplica a quem deseja sair.

A Colômbia, outro país vizinho da Venezuela, também adotou medidas restritivas a entradas de estrangeiros. O presidente colombiano, Iván Duque, decretou o fechamento das sete passagens de fronteira terrestres ao longo da fronteira de 2.200 km com a Venezuela a partir de sábado, dia 14 de março.

Além de anunciar o fechamento da fronteira com a Venezuela, a Colômbia restringiu a entrada de estrangeiros que estiveram na Europa e na Ásia nos últimos 14 dias, como medidas para deter a epidemia do novo coronavírus.

A Universidade Federal de Roraima (UFRR) já disponibilizou o resultado do vestibular 2020. Os selecionados devem efetuar a matrícula presencialmente no Departamento de Registro Acadêmico (DERCA) da instituição. O cadastro será recebido nos dias 20 e 21 de fevereiro. Confira aqui a lista de aprovados no vestibular 2020 da UFRR.

Os candidatos que selecionaram a segunda chamada terão resultado divulgado no dia 28 do mesmo mês. Para ficar do início das aulas, resultados de seleção, dias letivos, datas gerais da graduação e entre outros assuntos acesse o calendário universitário da UFRR.

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O vestibular da universidade ofereceu 806 vagas para 28 cursos. Os candidatos responderam questões objetivas sobre biologia, física, geografia, história, língua portuguesa e estrangeira, matemática e química. Para mais informações acesse o site da UFRR ou consulte o edital de abertura do vestibular.

O detento Fernando Batista Leite, conhecido como "Lourinho do Astra", foi capturado pelos agentes da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) depois de fugir da Cadeia Pública de Boa Vista, localizada no bairro de São Vicente, em Roraima, vestido de mulher.

A Divisão de Inteligência e Captura (Dicap) explica que a fuga de Lourinho do Astra ocorreu durante uma visita no dia 21 de dezembro. O preso é apontado como articulador da venda de drogas da Venezuela para o Brasil e teria chegado a matar uma pessoa na fronteira por desavenças relacionadas ao tráfico de drogas. Fernando também seria responsável pelo sequestro de uma criança, além de ter invadido um quartel ao Sul da Venezuela, que resultou no roubo de 112 fuzis e na morte de um militar. 

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Segundo a Rede Amazônica, o homem tinha três mandados de prisão por tráfico de drogas que foram cumpridos neste sábado (8). Ele foi encaminhado para a Penitenciária Agrícola de Monte Cristo e deve permanecer na unidade à disposição da justiça.

Lutando contra um câncer renal há quatro anos, Janaína da Silva, 18 anos, morreu depois de realizar a sua última vontade: tomar banho com a água de um caminhão do corpo de bombeiros. Janaína estava internada no Hospital Geral de Roraima.

Os bombeiros da cidade chegaram a compartilhar um vídeo da ação com a jovem em sua página oficial. Até aquele momento, era possível ver uma jovem feliz realizando o sonho juntamente com a corporação. 

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De acordo com o G1, neste sábado (8), os bombeiros fizeram uma homenagem a Janaína e levaram o corpo dela até o cemitério Municipal de Boa Vista para o enterro. Há dois meses que Janaína estava em fase terminal, sendo preciso ficar alternando os cuidados entre familiares em casa e com os médicos no hospital. 

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A Assembleia Legislativa de Roraima publicou na sexta-feira, 24, a nomeação em massa de 1.542 comissionados, entre assessores parlamentares legislativos, militares e pessoal para a mesa diretora.

As resoluções assinadas pela superintendente de Gestão de Pessoas da Alerr, Georgia Amália Freire Briglia, ocupam 191 páginas da edição do Diário Oficial nº 3157 da Casa e ainda duas páginas da edição suplementar do caderno do mesmo dia.

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A maioria das nomeações publicadas na última sexta contempla cargos de assessoria parlamentar, de diferentes níveis e áreas, como administrativa, legislativa e militar. Alguns nomes já haviam sido beneficiados em nomeação anterior.

A Superintendência de Comunicação da Assembleia Legislativa esclarece que todo final de ano é realizado um ato administrativo de exoneração de praticamente todos os servidores comissionados para verificar as necessidades, atualização de cadastro dos servidores e lotação conforme necessidade dos setores, ato conhecido como decretão, a exemplo do que acontece em outras instituições. No início do ano, de forma gradativa, os servidores são nomeados novamente ou substituídos, conforme o reinício das atividades da Assembleia Legislativa. Não há criação de novos cargos ou aumento no número de cargos já existentes criados em resolução específica.

Para o cargo de assessor parlamentar Administrativo Especial, por exemplo, houve 110 nomeações, distribuídas em níveis que preveem salários de R$ 6 mil a R$ 7,2 mil.

A Assembleia é presidida pelo deputado Jalser Renier Padilha (SD).

O grande contingente de comissionados na Assembleia de Roraima já foi questionado em outubro do ano passado, quando a Procuradoria Regional do Trabalho da 11.ª Região e o Ministério Público do Estado entraram com ação pedindo indenização de R$ 2 milhões pelo "excesso" de cargos em comissão.

A peça indicava que para cada servidor efetivo da Assembleia havia 34 comissionados.

Segundo o texto, o resumo da folha de pagamento da Casa indica que a Assembleia pagou, em agosto de 2019, 2.529 servidores, sendo apenas 72 deles efetivos.

O gasto correspondente aos funcionários concursados foi de R$ 704.086,99. Já o total pago aos 2.457 comissionados foi de R$ 9.061.320,63.

A ação está relacionada ao caso revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo em maio. Uma planilha da Assembleia entregue ao Ministério Público do Estado apontou que a Casa tinha, até 15 de abril, 24 deputados e 2.684 funcionários - uma média de 111 servidores para cada parlamentar.

Do total de funcionários, 2.609 eram comissionados e 75 efetivos.

Uma audiência de conciliação sobre o caso havia sido marcada para o dia 24 de outubro de 2019, mas foi adiada a pedido da Assembleia Legislativa. Ainda não há nova data para a reunião.

Defesa

A Assembleia Legislativa de Roraima divulgou a seguinte nota:

"A Superintendência de Comunicação da Assembleia Legislativa esclarece que todo final de ano é realizado um ato administrativo de exoneração de praticamente todos os servidores comissionados para verificar as necessidades, atualização de cadastro dos servidores e lotação conforme necessidade dos setores, ato conhecido como decretão, a exemplo do que acontece em outras instituições. No início do ano, de forma gradativa, os servidores são nomeados novamente ou substituídos, conforme o reinício das atividades da Assembleia Legislativa. Não há criação de novos cargos ou aumento no número de cargos já existentes criados em resolução específica.

A Mesa Diretora salienta que estes servidores não atuam apenas nos serviços legislativos. Desde 2015, quando teve início a gestão do deputado Jalser Renier à frente do Poder Legislativo, a Casa ampliou suas atividades e passou a atuar de forma mais próxima à sociedade, com a oferta de serviços por meio de programas permanentes que proporcionam atividades extraclasse para crianças (Abrindo Caminhos), cursos preparatórios (Escola do Legislativo), defesa do consumidor (Procon Assembleia), fiscalização dos serviços públicos (FiscalizaRR), apoio às gestões municipais (Centro de Apoio aos Municípios) e defesa dos direitos e proteção das mulheres (Procuradoria Especial da Mulher), ações para as quais são necessários recursos humanos. Estas ações já atenderam quase 70 mil pessoas e embora tenham sido ampliadas nos últimos anos, ainda têm demanda superior ao que vem sendo oferecido atualmente, evidenciando a importância de políticas públicas nestas áreas."

Uma doença misteriosa que causa paralisia, necrose de membros e coceira intensa deixou 29 detentos da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, em Boa Vista, internados no Hospital Geral de Roraima, o maior do Estado. Destes, 15 tratam a enfermidade causada por uma suposta bactéria; os outros foram diagnosticados com outras doenças contagiosas - que teriam sido intensificadas pela falta de limpeza e pela superlotação da unidade prisional.

A bactéria desconhecida tem deformado partes do corpo dos detentos, "comido" a pele e deixado membros em estado de decomposição. Os presos afetados também apresentam paralisia nas pernas.

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Segundo o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil de Roraima (OAB/RR), Hélio Abozago, alguns detentos já não conseguem mais andar ou dobrar a perna por causa do inchaço e das feridas causadas pela doença.

Um dos profissionais que atua no hospital e pediu para não ser identificado, com receio de represália, disse que a doença dos presos não é desconhecida do setor. "O nome correto é fasceíte necrosante. É uma bactéria comedora de carne humana, altamente contagiosa e de difícil cura", afirmou. "Pior de tudo: vai contaminar as pessoas que estão no hospital, pois estes presos estão no corredor, junto com todos os outros doentes. Não existe isolamento, muito menos escolta policial, e o odor é insuportável. Um perigo para todos", disse.

A Secretaria de Estado da Saúde de Roraima (Sesau/RR) informou, em nota, que as análises laboratoriais feitas pela Coordenação Geral de Vigilância em Saúde descartaram a hipótese de bactéria não identificada.

"Os casos relatados pela direção clínica do HGR (Hospital Geral de Roraima) se tratam puramente de piodermite, do tipo impetigo, que é uma infecção de pele oportunista, que ocorre quando já existe uma lesão de pele tipo escabiose", afirmou a pasta. "Os presos teriam passado por atendimento de infectologista e dermatologista, e estão recebendo tratamento com antibióticos e reposição de vitaminas. Exames diários e tratamento continuado estão sendo feitos."

À reportagem, a estudante Suellen Araújo contou a história do irmão Diego, de 20 anos, que foi preso acusado de tráfico de drogas. Após quatro meses no presídio, localizado na zona rural de Boa Vista, os sintomas da doença começaram a aparecer.

"Ele está há sete dias em tratamento, mas ainda não sabemos o que tem. O corpo está todo cheio de feridas e não consegue ficar em pé. Algumas partes do corpo estão escuras, necrosadas e, assim como ele, outros detentos estão aqui no corredor do hospital na mesma situação", denunciou. "Queremos apenas que ele seja tratado decentemente. Lá, não tem condição. Estava usando o mesmo uniforme desde o dia em que foi preso quatro meses atrás, sem nunca ter sido lavado."

Interdição

A família tenta, com o auxílio da Defensoria Pública, que Diego obtenha direito à prisão domiciliar por causa da doença. O Ministério Público de Roraima pediu a interdição parcial do presídio, que está com apenas uma ala em funcionamento e tem capacidade para 480 detentos, apesar de abrigar 2.074 presos.

A reforma da unidade prisional está paralisada desde o ano passado. Celas com dimensões de seis metros quadrados abrigam, em média, 17 presos, que se amontoam no espaço. O local não tem ventilação nem limpeza, segundo relatório da Defensoria Pública de Roraima e da Comissão de Direitos Humanos da OAB/RR, ao qual a reportagem teve acesso.

Na manhã desta terça-feira, 21, representantes do MP, da Defensoria Pública e das Secretarias Estaduais de Justiça e de Saúde estiveram reunidas na Vara de Execuções Penais, do Tribunal de Justiça de Roraima, para tratar sobre o surto no sistema prisional.

Ficou acordado com o Judiciário a realização de um mutirão de saúde no presídio, que atenderá aos casos específicos, com consultas pela manhã e à tarde. No entanto, serão as famílias dos presos que vão ter de levar kit de higiene pessoal, além de uniformes nos padrões especificados pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc): camisa de algodão, calça e bermuda em tactel, todos na cor vermelha, além de medicamentos para os presos infectados. A relação do material foi disponibilizado aos familiares dos internos.

O governo informou que ainda aguarda o fim da licitação para adquirir os materiais e que essa é melhor forma de atender aos presos de maneira urgente. No encontro, também ficou definido que deverá ser providenciada uma ala específica no hospital para atendimento dos detentos, para que a bactéria não infecte outros pacientes e que também será melhorado os quadros de escolta e fiscalização.

Ficou estabelecido, ainda, que nesta semana será realizado um trabalho de dedetização em toda a penitenciária e de limpeza das celas. Os presos em estado mais grave serão encaminhados à perícia médica.

O defensor público Frederico Leão está confiante com os acordos firmados com Estado para restabelecer a assistência à saúde dentro da unidade. "A situação, se não contida, pode se agravar para um problema de saúde pública", alertou.

A juíza Joana Sarmento destacou que a vistoria realizada serviu para deixar claro que o problema precisa ser controlado o quanto antes para que não haja propagação das infecções de pele. "Enquanto não forem realizadas melhorias nas instalações e a superlotação não for amenizada, só será possível realizar o controle para que o problema não se agrave", pontuou a magistrada.

Superlotação

Os relatórios feitos pela Defensoria Pública e pela Comissão de Direitos Humanos da OAB apontam que as celas exalam forte mau cheiro e estão com capacidade extrapolada, além de sistema de ventilação precário. Os defensores e advogados ressaltam também a falta de material de limpeza e o fato de que a maioria dos presos apresenta outras doenças, como hipertensão, tuberculose, hepatite - alguns estão infectados pelo vírus HIV.

O Sindicato dos Agentes Penitenciários também produziu um relatório em que aponta que a existência "dentro do presídio um grande surto de tuberculose; surto de sarna" e de vários apenados com furúnculo, "além de uma quantidade grande de idosos que morrerão sufocados pela superlotação".

Um surto de doença de pele, a superlotação e as más condições fizeram o Ministério Público de Roraima (MP-RR) pedir interdição parcial na Penitenciária Agrícola do Monte Cristo (Pamc), a maior do estado. No pedido de interdição, protocolado nesta segunda-feira (20), a Promotoria de Justiça de Execução Penal requer que os novos detentos que ingressarem no sistema prisional sejam remetidos à Cadeia Pública de Boa Vista, e não mais à penitenciária do Monte Cristo.  

"Para o Ministério Público, como na Pamc há a custódia de mais de 2 mil detentos, mostra-se necessário isolar os presos infectados, para que a infecção não se alastre e atinja toda a massa carcerária, causando uma epidemia de infecção", diz o MP estadual, em nota. Inaugurada no final dos anos 1970, a penitenciária tem capacidade para cerca de 400 presos, mas atualmente abriga 2.072 detentos. Segundo o MP, trata-se de uma média de 15 reclusos por cela, sendo que cada unidade foi projetada para três pessoas.

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A concessão ou não da liminar caberá à juíza titular da Vara de Execução Penal, Joana Sarmento. Ela e o promotor de Justiça da Vara de Execução, Antonio Cezar Scheffer, realizaram, durante a manhã de hoje, visitas na penitenciária e no Hospital Geral de Roraima (HGR), onde estão sendo atendidos detentos com quadro mais grave da infecção causada pela doença de pele ainda desconhecida. Nesta terça-feira (21), está prevista uma reunião de integrantes do Poder Judiciário e do MP com representantes da Secretaria de Justiça e Cidadania e da Secretaria de Saúde do estado para debaterem um plano de emergência para tratamento dos presos infectados.

Precariedade

O defensor público Januário Lacerda participou de uma outra vistoria no presídio, realizada na sexta-feira (17), e confirmou à Agência Brasil a situação de precariedade na unidade. "Lá, infelizmente, a gente pôde constatar, in loco, a presença de doenças de pele, algumas pessoas não tinham nem sequer condições de sentar. Nós conversamos com a equipe médica que estava atendendo no dia e o que foi apontado é que, infelizmente, o processo de higienização dos presos é precário. Eles não têm o kit de higienização, só têm uma roupa, que consiste em uma bermuda, que não é lavada de forma adequada e nem seca ao sol, isso ajuda a proliferar os germes que estão causando essa doença", disse.

Para Lacerda, que está preparando um conjunto documento com recomendações a serem adotadas na penitenciária, o governo do estado deve montar, de forma emergencial, uma enfermaria de campanha no local para prestar o tratamento adequado aos detentos com doenças de pele. Além disso, é preciso garantir um processo de higienização das roupas e dos utensílios usados pelos presos. O problema, segundo ele, foi agravado após a proibição de que familiares pudessem trazer roupas limpas e recolher roupas sujas dos detentos. A vedação ocorreu a partir da intervenção federal no sistema penitenciário e na segurança pública do estado, em vigor desde dezembro de 2018. 

 

"Antes, as famílias traziam as roupas limpas e recolhiam roupas sujas para serem lavadas. Até esse momento, a gente não tinha a presença massiva dessas doenças de pele. Quando a intervenção passou a proibir as famílias de trazerem as roupas, era obrigação dos sistema prisional oferecer as vestimentas, mas deram apenas uma roupa para cada detento usar ao longo de um ano", disse.

No domingo (19), a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) publicou nota, em sua conta oficial no Twitter, informando estar ciente do problema que ocorre na penitenciária e pedindo para que as autoridades brasileiras assegurem "com urgência" o tratamento especializado aos presos e adotem medidas para evitar uma epidemia.

Outro lado

Procurado pela reportagem, o governo de Roraima negou, por meio nota, que haja surto de doença desconhecida na Penitenciária Agrícola do Monte Cristo e que apenas sete presos estão internados com algum tipo de infecção de pele.

"São inverídicas as informações de que os internos da Pamc [Penitenciária Agrícola do Monte Cristo] têm doença desconhecida e de que há um surto de bactéria. Atualmente, há 12 apenados em tratamento no HGR. Cinco deles foram diagnosticados com tuberculose e já estavam em tratamento há três meses. Outro detento tem escabiose. Ele coçou muito e gerou uma infecção secundária nas mãos. Está fazendo tratamento com antibiótico e apresenta uma regressão da doença. Os demais, também com diagnóstico de piodermite, passaram por atendimento de infectologista e dermatologista, estão recebendo tratamento com antibióticos e reposição de vitaminas. Exames diários e tratamento continuado estão sendo feitos. Todos estão tendo progressiva melhora", informou a Secretaria de Comunicação.

Ainda segundo o governo do estado, a Cadeia Pública de Boa Vista será reinaugurada nos próximos dias e será feita uma separação "mais eficaz dos detentos", caso seja necessário abrigar novos presos na unidade, se a interdição parcial da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo for mesmo confirmada pela Justiça.

 

 

O Exército interceptou na quinta-feira, 26, cinco militares venezuelanos na região da terra indígena de São Marcos, ao nordeste de Roraima. A informação foi divulgada pelo ministérios da Defesa e das Relações Exteriores nesta sexta-feira, 27.

Os cinco estavam desarmados e foram conduzidos à capital Boa Vista, onde estão sendo entrevistados. A identidade deles ainda não foi divulgada.

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Desde o fim de semana, o Exército intensificou o patrulhamento na região da faixa de fronteira com a Venezuela após uma tentativa fracassada de levante militar ocorrer no município venezuelano de Gran Sabana, no domingo, 22.

De acordo com informações da imprensa venezuelana, homens do exército do país vizinho chegaram a entrar em território brasileiro em perseguição aos militares que se rebelaram. A informação foi noticiada pelo portal El Nacional.

Leia a nota na íntegra:

"O Ministério da Defesa e o Ministério das Relações Exteriores informam que, nesta quinta-feira (26/12), durante missão de reconhecimento e patrulhamento nas áreas de fronteira, conduzida por unidades do Exército Brasileiro, foram localizados, na região da terra indígena de São Marcos, nordeste de Roraima, cinco militares venezuelanos. Esses militares venezuelanos estavam desarmados e foram conduzidos a Boa Vista, onde estão sendo entrevistados. O Exército Brasileiro intensificou o patrulhamento na região da faixa de fronteira, conforme o previsto na Lei Complementar nº 97/1999."

O senador Chico Rodrigues (DEM-RR) cobrou nesta terça-feira (1) ajuda financeira do governo federal para controlar a imigração dos refugiados da Venezuela. O parlamentar ressaltou em Plenário que a Operação Acolhida, do Exército, atende apenas 20% dos que atravessam a fronteira.

Segundo o parlamentar, Roraima tem uma população de cerca de 500 mil habitantes e, sem apoio, está difícil dar suporte aos 300 mil imigrantes venezuelanos, que estão à margem da criminalidade, da prostituição e do tráfico de drogas, disse.

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“De 600 partos na maternidade do nosso estado, 300 são de filhos de venezuelanos. Obviamente, Roraima presta, dentro do possível, uma assistência, na verdade, a eles, porque são seres humanos, são refugiados. Agora, o estado de Roraima não pode pagar o pato sozinho, porque é um problema do Brasil”, disse.

*Da Agência Senado

 

Começa nesta segunda-feira (2) a viagem da comitiva ministerial que vai se reunir com os governadores da Região Amazônica. Os encontros devem ocorrer em duas etapas: em Belém, na segunda-feira (2), e em Manaus, na terça-feira (3).

Na última terça-feira (27), os governadores dos estados que compõem a Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins) entregaram ao presidente Jair Bolsonaro propostas para um planejamento estratégico que leve ao desenvolvimento sustentável da região, entre as quais a regularização fundiária e a retomada da cooperação internacional, especialmente o Fundo Amazônia. Bolsonaro reuniu os chefes de Executivo estaduais, no Palácio do Planalto, para discutir as ações de combate às queimadas na região.

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Em nota, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que coordenará a comitiva, destacou a importância do diálogo com as autoridades locais na busca de soluções para a região. “O presidente, depois de receber aqui no Planalto os governadores da Amazônia Legal, determinou que fôssemos até lá para ouvir as demandas e, juntos, buscar soluções para as questões que envolvem a região, levando em conta a especificidade de cada estado”.

Onyx afirmou que, além da preservação da Floresta Amazônica, o governo quer também estimular o desenvolvimento econômico da região. “Queremos equilibrar preservação com produção”.

Participam da comitiva, além do chefe da Casa Civil, os titulares do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), da Secretaria-Geral da Presidência, Secretaria de Governo, dos ministérios da Defesa, Agricultura, do Meio Ambiente, da Mulher, Família e dos Direitos Humanos e de Minas e Energia.

Líderes sul-americanos

Na sexta-feira (6), líderes de países sul-americanos vão se reunir para discutir uma política única de preservação da Amazônia e de exploração sustentável da região. De acordo com o presidente Jair Bolsonaro, o encontro deve ocorrer em Leticia, cidade colombiana que faz fronteira com o Brasil em Tabatinga, no Amazonas.

A informação foi divulgada depois que Bolsonaro se reuniu com o presidente do Chile, Sebastián Piñera, na última quarta-feira (28), para tratar de questões ambientais e conversar sobre a participação do chileno, como convidado, na reunião do G7 (grupo dos países mais industrializados do mundo - Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) na segunda-feira (26), em Biarritz, na França.

"Eu havia solicitado por ele alguns dias antes, assim como outros chefes de Estado, que levasse a palavra do Brasil sobre o momento que estávamos vivendo [de queimadas na Amazônia]. E ele, com muita maestria, muito companheirismo, levou nossa posição de forma individual a todos os integrantes do G7. O que nós mais queremos é restabelecer a verdade sobre o que está acontecendo na Amazônia”, disse Bolsonaro após o encontro.

 

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) se reúne, na manhã nesta terça-feira (27), com os governadores dos Estados que formam a Amazônia Legal - Acre, Rondônia, Roraima, Amazonas, Mato Grosso, Amapá, Pará, Maranhão e Tocantins. O debate gira em torno de um plano do governo para conter as queimadas que atingem a floresta amazônica. O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, também participa da reunião. 

Após uma pressão de diversos setores da sociedade na última semana, e até internacional, na sexta-feira (23) o presidente iniciou uma série de discussões sobre as queimadas e o desmatamento da Amazônia. 

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Também na sexta, o governo autorizou uma operação de Garantia de Lei e Ordem (GLO) para tentar apagar os focos de incêndio e liberou, nessa segunda, R$ 38 milhões do Ministério da Defesa para as ações.

Ajuda do G7

Nesta terça, antes da reunião com os governadores, Bolsonaro também fez questão de adiantar que apenas conversará sobre a ajuda de US$ 20 milhões anunciada pelo G7 (grupo composto pelos países que formam as maiores economias do mundo) para a Amazônia se o presidente da França, Emmanuel Macron, retirar os “insultos” feitos contra ele.

“Primeiramente, o senhor Macron deve retirar os insultos que ele fez à minha pessoa. Primeiro me chamou de mentiroso e depois, as informações que eu tive, de que a nossa soberania está aberta na Amazônia. Então para conversar ou aceitar qualquer coisa da França, que seja das melhores intenções possíveis, ele vai ter que retirar essas palavras e daí a gente pode conversar”, disse. Presidente do G7, Macron e Bolsonaro trocaram alfinetadas pelas redes sociais.

Comissão externa da Câmara sobre a crise na Venezuela pede reforço orçamentário emergencial para Roraima. Já aprovado pelo colegiado, o relatório do deputado Nicoletti (PSL-RR) recomenda à União um aporte financeiro de R$ 25,5 milhões para o estado usar na educação básica, além da contratação de agentes de combate a endemias e cooperação de órgãos federais e estaduais na área de segurança pública.

“Nós queremos ações do governo federal junto ao estado de Roraima e aos municípios atingidos. Precisamos de mais recursos para saúde, educação e segurança, além de melhorar a vida dos brasileiros no estado de Roraima”, disse o deputado.

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Segundo a Polícia Federal, 112 mil venezuelanos entraram no Brasil entre 2017 e 2018

A comissão externa na Câmara acompanha a tensão na fronteira entre Brasil e Venezuela desde o fim de março. Segundo a Polícia Federal, 112 mil venezuelanos entraram no Brasil por Pacaraima entre 2017 e 2018, fugindo da crise econômica e política gerada pelos confrontos entre os partidários de Nicolás Maduro, que preside a Venezuela desde 2013, e seus opositores. Segundo Nicoletti, a pressão sobre os serviços públicos de Roraima tem sido “assustadora”, sobretudo na saúde.

“Em 2018, houve um grande pico da crise da Venezuela com reflexos no Brasil: foram 48.454 atendimentos. E, nesse primeiro trimestre de 2019, já foram 15.256 atendimentos em uma rede hospitalar que tem um único hospital de média e alta complexidade gerenciado pelo estado, em Boa Vista, que não está dando conta. E ainda tem o problema da malária e do sarampo. Quanto ao sarampo, foram 361 casos em 2019. Desses, 219 foram entre venezuelanos”.

No relatório, o deputado revela que os venezuelanos já são cerca de 10% dos detentos de todo o estado de Roraima. Nicoletti também detalhou os reflexos da crise na fronteira sobre os serviços de educação.

“Dos mais de 70 mil matriculados na educação básica do estado de Roraima, nós temos 4.516 venezuelanos, chegando a 6,23%. Em Pacaraima, que é um município de 12 mil habitantes, nós temos 33% das matrículas da educação básica ocupados por venezuelanos também”.

O governo brasileiro tem enfrentado os reflexos da crise venezuelana por meio da Operação Acolhida, realizada pelas Forças Armadas e outros órgãos na fronteira. No entanto, Nicoletti avalia que a operação não atendeu as dificuldades financeiras de Roraima. O relatório da comissão externa da Câmara sobre a crise na Venezuela será entregue ao presidente Jair Bolsonaro e aos ministros diretamente ligados ao tema.

*Da Agência Câmara Notícias

 

O ex-deputado de Roraima pelo PP Brito Bezerra, hoje conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, afirmou que nomeou o filho de sua companheira para seu gabinete "pelo critério de merecimento". O nome do enteado, Henrique Pinheiro, consta de planilha entregue pela Assembleia Legislativa do Estado ao Ministério Público. Em nota, Brito Bezerra argumentou que não é casado, "portanto Henrique Pinheiro não é seu enteado".

Pinheiro iniciou sua jornada ao lado de Bezerra "como voluntário" no antigo gabinete da Assembleia. Após completar 18 anos e começar a cursar a Faculdade de Direito, "foi contratado pelo critério de merecimento, pelo esforço, dedicação e pelo gosto pela política roraimense", segundo o conselheiro.

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Brito Bezerra foi eleito deputado em 2010, 2014 e 2018. Ele tomou posse como um dos sete conselheiros do Tribunal de Contas no dia 2 de abril deste ano durante uma sessão especial no plenário da Corte.

Após a saída da Assembleia, Pinheiro foi exonerado do gabinete do padrasto no dia 3 de abril e nomeado, em 21 de maio, para um novo cargo comissionado na Casa - assessor parlamentar legislativo III.

"Mesmo após a sua saída para assumir o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas de Roraima, o servidor Henrique Pinheiro permanece trabalhando na Assembleia confirmando que é um servidor responsável e preenche os requisitos para continuar sendo funcionário daquela casa legislativa", afirmou Brito Bezerra.

O conselheiro de Contas mantém um relacionamento com a irmã do deputado Chico Mozart (PRP) - 1.º secretário da Mesa Diretora da Assembleia - ao menos desde março de 2017.

Mozart, segundo a planilha, era o campeão dos comissionados. Os dados apontaram que o deputado tinha 44 comissionados vinculados a seu gabinete.

Já Brito Bezerra, antes de deixar a Assembleia rumo ao Tribunal de Contas, abrigava 31 servidores.

Após o jornal O Estado de S. Paulo revelar que os 24 deputados da Assembleia de Roraima tinham, em média, à sua disposição 111 comissionados, o Tribunal de Contas informou que fiscaliza os gastos da Assembleia "por meio do acompanhamento da gestão fiscal dos jurisdicionados".

A Corte afirmou que produz "relatórios de análise de gestão que são encaminhados ao relator das contas e emitidos alertas aos órgãos jurisdicionados quando necessário".

"Ressaltamos que o Tribunal aprovou a Instrução Normativa nº 005/2004, que dispõe sobre a remessa de informações mensais relativas à folha de pagamento de todos os jurisdicionados desta Corte, como a forma, prazo de apresentação, processamento interno e as penalidades cabíveis na hipótese de descumprimento, com o intuito de fiscalizar a evolução da folha de pagamento de cada ente jurisdicionado constantemente e inviabilizar o aumento da folha na época de eleição", registrou a Corte.

"O Tribunal de Contas do Estado de Roraima possui um sistema de controle e fiscalização chamado AFP-Net (Auditoria em Folha de Pagamento) que é responsável pela recepção, tratamento, formatação e análise dos dados relativos à Folha de Pagamento das Unidades Jurisdicionadas do Tribunal, possibilitando, desta forma, o aparato informático à análise dos referidos dados por seu corpo técnico. Na última remessa de dados feita pela Assembleia Legislativa de Roraima consta o número de 2.599 servidores comissionados, 75 efetivos e 39 temporários, totalizando 2.713."

Defesa

"O conselheiro Francisco José Brito Bezerra esclarece, primeiramente, que não é casado, portanto Henrique Pinheiro não é seu enteado. Informa, também, que o servidor Henrique Pinheiro iniciou seus trabalhos como voluntário no seu antigo gabinete da Assembleia Legislativa e, após completar 18 anos de idade e começar a cursar a Faculdade de Direito, foi contratado pelo critério de merecimento, pelo esforço, dedicação e pelo gosto pela política roraimense. Inclusive, Henrique Pinheiro é hoje presidente do PSDB jovem em Roraima".

"E, mesmo após a sua saída para assumir o cargo de conselheiro do TCERR, o servidor Henrique Pinheiro permanece trabalhando na assembleia confirmando que é um servidor responsável e preenche os requisitos para continuar sendo funcionário daquela casa legislativa."

Planilha da Assembleia Legislativa de Roraima entregue ao Ministério Público do Estado aponta que a Casa tem 24 deputados e 2.684 funcionários - uma média de 111 servidores para cada parlamentar. Do total, 2.609 (ou 97,2%) são comissionados e 75 (2,7%) são efetivos. O deputado Chico Mozart (PRP) é o campeão dos comissionados. Tem 44 funcionários diretamente vinculados a seu gabinete.

Depois, na lista dos que mais empregam comissionados, estão a deputada Aurelina Medeiros (Podemos), com 43, e os deputados Jânio Xingu (PSB), com 42, e Soldado Sampaio (PC do B), com 41. Os parlamentares Ione Pedroso (SD) e Odilon (Patriotas) têm 39 comissionados, cada um.

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Roraima, na fronteira com a explosiva Venezuela de Nicolás Maduro, tem cerca de 570 mil habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A capital Boa Vista abriga aproximadamente 375 mil pessoas, mais da metade da população do Estado.

O orçamento para 2019 ainda não foi sancionado pelo governador, o bolsonarista Antonio Denarium. Em 2018, a despesa estimada com a Assembleia Legislativa de Roraima foi de R$ 217 milhões.

A Assembleia de São Paulo tem um custo estimado de R$ 1,3 bilhão para 2019. Segundo dados da Transparência paulista, o Palácio Nove de Julho, no Ibirapuera, tem 2.514 servidores comissionados e 618 efetivos para 94 deputados estaduais.

A Promotoria de Roraima abriu em março deste ano um procedimento para apurar se houve nomeação excessiva de comissionados desde janeiro. O Ministério Público investiga também se a Assembleia cometeu irregularidades ao nomear os funcionários em detrimento de servidores aprovados em concurso público.

"Verifique-se no endereço eletrônico da Assembleia Legislativa do Estado de Roraima listagem de servidores da aludida Casa Legislativa, identificando a proporção entre servidores efetivos e comissionados", determinou o promotor de Justiça Adriano Ávila em ofício no dia 20 de março.

A resposta da Assessoria Jurídica da Promotoria foi enviada cinco dias depois. "Certifico que, atendendo a determinação do promotor de Justiça Adriano Ávila, em horários diferentes dos dias 20, 21, 22 e 25 de março de 2019, tentamos acesso ao 'portal da transparência' da Assembleia Legislativa do Estado de Roraima do órgão com fim de obter listagem de servidores do órgão, contudo não obtemos sucesso em realizar conexão."

No dia 23 de abril, em nota à reportagem, a Assembleia informou que seu Portal da Transparência estava fora do ar por "problemas tecnológicos e mudança nos sistemas de gestão e plataforma de processamento de dados".

Segundo a Assembleia, "foram mantidas todas as publicações em Diário Oficial como garantia de segurança das informações". "Em 10 dias, no máximo, estará tudo atualizado", afirmou a Casa.

Com o Portal da Transparência fora do ar, não é possível acessar dados sobre os funcionários nem valores dos salários e onde eles estão alocados. Até a sexta-feira, 3, o site não havia voltado a funcionar.

Os dados

De acordo com planilha dos comissionados, do total de 2.609 empregados neste regime, 36 estão em cargos cedidos "com ou sem ônus". O restante (2.573) está diretamente vinculado à Assembleia.

Os números que foram entregues estão atualizados até o dia 15 de abril. Ainda consta da planilha o ex-deputado Brito Bezerra (PP), que tomou posse como conselheiro do Tribunal de Contas de Roraima no dia 2 de abril. A deputada Ângela Portella (PSC) assumiu sua cadeira.

A Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor e da Cidadania do Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR) recebeu na última semana denúncia relatando desproporcionalidade no quadro de servidores comissionados e efetivos da Assembleia Legislativa do Estado de Roraima.

Porém, após análise prévia, encaminhará a demanda à Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público, a qual tem atribuição para acompanhar o caso.

Defesas

A reportagem fez contato por e-mail e por telefone com a Assembleia de Roraima. Foram diversas tentativas entre quinta-feira, 2, e sexta-feira, 3. Da mesma forma, tentou falar com os deputados citados na matéria, sem sucesso, O espaço está aberto para manifestação da Casa e dos parlamentares.

O corpo da travesti identificada como Sandrielly Vasconcelos, de 24 anos, foi encontrado nesse sábado (6), na estrada que dá acesso ao Balneário do Crocodilo. A vítima teve parte do corpo queimado, mão e pés amarrados e um ferimento profundo no pescoço. O caso deve ser acompanhado pela Associação de Travestis, Transexuais e Transgêneros do Estado de Roraima, para saber se foi motivado por homofobia.

A Polícia Militar foi chamada por um morador da área que disse ter saído de casa para pescar, por volta das 8h30. Segundo o G1, as informações da PM são de que Sandrielly trajava apenas roupas íntimas e havia outras roupas envolta do corpo. 

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A vítima tinha diversas perfurações a faca. O caso está sendo investigado pela Delegacia Geral de Homicídios (DGH) e nenhum suspeito de ter cometido o crime foi identificado.

Por Waleska Andrade

Um a um, os agricultores familiares se apresentam. É uma reunião de um pequeno grupo de representantes dos 350 produtores do Fórum de Agricultura Familiar da região de Caroebe (RR). Em comum, eles têm o fato de serem migrantes, estarem na região Amazônica há mais de uma década em busca de um pedaço de chão para plantar e darem como endereço uma de 21 vicinais da cidade.

Alguns viajaram quase 100 quilômetros por estradas de terra para conversar com a reportagem sobre o projeto do polo cacaueiro de Roraima. Com o apoio da Embrapa, da Secretaria de Agricultura e Pecuária do Estado e da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), o projeto fomentará o cultivo de 480 mil mudas em 400 hectares de cinco municípios como alternativa às bananas, que ocupam área de 1,2 mil hectares.

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Maria Rosélia, única mulher entre os presentes, e Célio Ramos têm outra coisa em comum. Eram professores e agora se dedicam à agricultura e pecuária. "Tem a questão fundiária e, se não houver regularização, a licença ambiental, não tem financiamento", diz Rosélia sobre um dos problemas comuns no Estado. Pedagogo e educador por dez anos, Ramos ensina os colegas a acessar recursos, o que fez nos quatro últimos anos na associação de sua vicinal, a de número 15.

"Em 2015 conseguimos R$ 86 mil da Conab para aquisição de alimentos, depois foram R$ 124 mil e, agora, R$ 207 mil". Outra parceria, com a Fundação Banco do Brasil, ajudou produtores a comprar um caminhão e máquina para processar açaí.

O mais falante é Manoel Elias, o "Virgulino", pioneiro da região. Está em Roraima desde 1985 e dá aulas aos colegas sobre o cacau - ele veio de Camacan (BA), principal região produtora da fruta no País. "Cultivo há oito anos e me chamavam de doido, mas podem ter certeza que o cacau vai revolucionar a história de Caroebe", diz Virgulino.

Técnico e gestor de agronegócio da Secretaria de Agricultura de Roraima, Paulo Cabral passou décadas em projetos de extensão rural em Caroebe antes de se mudar para Boa Vista. Foi escolhido pelo chefe-geral da Embrapa Roraima, Otoniel Duarte, para acompanhá-lo no polo cacaueiro. "Ele (Otoniel) é o maior especialista em fruticultura de Roraima e do Brasil. Vamos ser vitoriosos". O projeto deve gerar os primeiros frutos em quatro anos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A importação de energia elétrica que o Brasil faz da Venezuela entrou para a lista de calamidades que tomam conta da fronteira brasileira com o país governado por Nicolás Maduro. Nos últimos três anos, o número de blecautes ocorridos em Roraima bateu recordes sucessivos. Os apagões no Estado mais do que triplicaram entre 2016 e 2018, chegando a uma média de dois desligamentos por dia, entre agosto e dezembro do ano passado. A estatal venezuelana Corpoelec, responsável pelo abastecimento, foi esvaziada depois que 20 mil funcionários deixaram seus postos de trabalho por causa de atrasos de salários.

Detalhes desse caos elétrico foram obtidos pelo Estado por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI). Documentos do governo brasileiro e da Embaixada do Brasil em Caracas expõem a precariedade do fornecimento de energia em Roraima, Estado que, até o ano passado, tinha cerca de 80% de seu consumo dependente de hidrelétricas da Venezuela.

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A entrega da energia ao Brasil é feita por uma linha de transmissão de 513 quilômetros de extensão em solo venezuelano e 195 km em território brasileiro. Em 2018, foram contabilizados 74 apagões no trecho do país vizinho, mais que o dobro dos 30 desligamentos ocorridos em 2017 e quase quatro vezes o volume de 2016, quando 20 quedas na linha de transmissão deixaram Roraima no escuro.

No ano passado, a linha brasileira sofreu apenas duas paralisações. Outras seis ocorreram em 2017, ante 12 desligamentos de 2016. A situação se agravou em 2019: em ofício de 8 de março, o Ministério de Minas e Energia (MME) contabilizava 23 apagões da linha venezuelana em 2019. Só no dia 7 deste mês, três apagões afetaram Roraima.

O abalo nas relações entre os dois países tem dificultado até comunicações básicas com a estatal Corpoelec para entender as causas das paralisações e tomar medidas que restabeleçam o fornecimento. Em dezembro do ano passado, a Eletronorte informou ao MME que demorou seis dias para conseguir contato telefônico com a empresa venezuelana. "Após sucessivas tentativas, somente conseguimos contato telefônico com a empresa Corpoelec no dia 5 de dezembro", declarou a empresa do Grupo Eletrobrás.

Roraima é o único Estado do Brasil que não está conectado no Sistema Interligado Nacional, rede de transmissão que corta todos os demais Estados do País. Por causa desse isolamento, Boa Vista e região dependem da importação de energia da Venezuela ou da geração de usinas térmicas brasileiras alimentadas por óleo diesel, fonte mais cara e poluente.

Até o ano passado, o Brasil desembolsava cerca de R$ 150 milhões por ano para comprar energia da Venezuela. A substituição dos venezuelanos pela fonte térmica gera uma conta de R$ 1,95 bilhão por ano e é rateada por todos os consumidores brasileiros. Para cobrir os gastos feitos entre setembro e dezembro do ano passado, o governo teve de liberar R$ 490 milhões. Além do gasto alto, é preciso ainda lidar com as dificuldades logísticas para entrega do combustível.

Outro lado

Procurados, Aneel e Itamaraty não quiseram comentar. A Corpoelec não respondeu os pedidos de esclarecimentos. O MME informou que a construção da linha de transmissão que ligará Boa Vista a Manaus - projeto de 700 km ainda não iniciado porque seu traçado passa pela terra indígena waimiri atroari - deve concluir acordo de licenciamento ambiental nas próximas semanas. Os índios não são contra a linha, mas esperam ser consultados e ter contrapartidas do governo. "A expectativa é concluir o licenciamento e dar início às obras no segundo semestre deste ano para que o linhão entre em operação até dezembro de 2021, quando Boa Vista passará a ter a mesma qualidade de atendimento das demais capitais do País."

Corpoelec

Árvores altas, chuvas e trovões. São essas as causas recorrentes que a Venezuela costuma apontar para justificar oficialmente a sucessão de apagões vividos em Roraima. Os "contatos da linha de transmissão com a vegetação e as descargas atmosféricas", segundo a Corpoelec, estariam derrubando a rede, deixando Roraima no escuro.

As informações que a Embaixada do Brasil em Caracas enviou ao Ministério de Relações Exteriores, em novembro do ano passado, apontam que outros fatores podem estar por trás dos apagões, com o abandono de emprego por milhares de funcionários da estatal. "A situação do sistema elétrico na Venezuela é periclitante devido, principalmente, à péssima administração da estatal e à falta de investimentos e manutenção dos equipamentos", declara a embaixada, acrescentando que "os problemas com a evasão da mão de obra apenas contribuem para o agravamento do quadro".

A situação crítica da Corpoelec é detalhada pelas informações que a embaixada brasileira obteve com a Federação Nacional de Trabalhadores de Eletricidade (Fetraelec) da Venezuela. O órgão calcula que 20 mil empregados da estatal venezuelana teriam abandonado-a nos últimos dois anos. "O número de funcionários experientes e qualificados que deixaram o trabalho, nesse período, corresponde à metade do total de funcionários da estatal."

As informações são de que a estatal teria saído, desde agosto do ano passado, das negociações do contrato coletivo com os funcionários. "Os salários pagos neste país são baixíssimos e a isso se somaria o não cumprimento de obrigações trabalhistas", afirma a Fetraelec à embaixada brasileira.

Fim do acordo

O Ministério de Relações Exteriores informou estar atuando para que Corpoelec e Eletronorte mantenham o diálogo. Ao Estado, o Ministério de Minas e Energia afirmou que rompeu com o suprimento pela Venezuela e, há duas semanas, Roraima passou a ser atendida pela geração térmica brasileira. "Desde o início de março, quando foi interrompido o suprimento pela Venezuela, o sistema Boa Vista tem sido totalmente atendido pela geração térmica local", afirmou. O MME tem acompanhado a execução do Plano Emergencial e não foram registrados novos blecautes desde o dia 8 deste mês." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Para fazer a inauguração do segundo andar, uma loja de móveis de Porto Velho, Roraima, está fazendo uma prova de resistência com os clientes. Inspirado nas provas do programa Big Brother Brasil, da Rede Globo, o cliente que sair por último da cama box ganhará o móvel. Até agora os clientes resistem.

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A prova começou às 16 horas desta terça-feira (11) e o ao vivo feito pela loja Móveis Collumbos já conta com mais de 520 compartilhamentos, 2 mil curtidas e cerca de 82 mil visualizações, com uma média de 900 pessoas acompanhando direto o ao vivo. Uma sacada e tanto da loja que, "de graça", está conseguindo repercutir a disputa e o seu nome.

A brincadeira de resistência foi anunciada pela Collumbos na última sexta-feira (8), por meio de sua conta do Facebook. As regras do jogo também foram compartilhadas:

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Sete oficiais das Forças Armadas da Venezuela desertaram nos últimos dias e entraram no Brasil pela fronteira de Roraima. A informação foi confirmada pela equipe de comunicação da Operação Acolhida, coordenada pelo Exército Brasileiro.

Segundo a chefe de comunicação da Operação Acolhida, coronel Carla Beatriz, três militares conseguiram cruzar a fronteira e deixaram o país ontem, enquanto quatro fizeram o mesmo movimento hoje.

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Hoje o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, voltou a defender que oficiais venezuelanos aceitem Juan Guaidó como presidente interino e a oferta de anistia, como parte da pressão que a administração de Donald Trump vem promovendo sobre o governo de Nicolás Maduro. Pence também anunciou novas sanções à Venezuela.

Triagem

Os oficiais que chegam ao Brasil são encaminhados para os postos de triagem da Operação Acolhida. De acordo com a coronel, eles são tratados como os demais imigrantes. Na triagem, informam se são refugiados ou se querem declarar residência no país.

A primeira opção implica a obrigação de permanecer no Brasil por pelo menos um ano. Por isso, relatou Carla Beatriz, alguns venezuelanos ao saber dessa exigência mudam sua declaração para residência temporária. A documentação é conferida pela Polícia Federal. A Agência das Nações Unidas para refugiados também auxilia neste processo.

Tanto no caso dos militares que deserdaram quanto dos demais venezuelanos, as Forças Armadas encaminham os imigrantes para abrigos em cidades de Roraima, após a triagem. Somente na capital, Boa Vista, são onze abrigos. Depois dessa acolhida, é avaliada a possibilidade de interiorização, ou seja, de mudança para outras cidades.

“Nessa interiorização há três modalidades. A primeira é a oferta de emprego, o que é acertado com empresas que se disponibilizam a contratar imigrantes. A segunda é a transferência para outros abrigos, geralmente de organizações religiosas. E a terceira é a reunião familiar, quando um parente já conseguiu emprego ou alguma forma de permanecer no Brasil e recebe o restante da família”, explicou a coronel à Agência Brasil.

Outros militares venezuelanos têm desertado pela fronteira com a Colômbia.

Governo Maduro

Em sua conta nas redes sociais, o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, voltou a criticar os Estados Unidos, a quem culpa por uma ofensiva contra seu país, e a defender que a resolução dos problemas locais deve se dar internamente, e não por uma intervenção de outras nações.

De acordo com Arreaza, os estadunidenses têm interesse na mudança de comando no país para grupos políticos mais sintonizados com Washington em razão da importância geopolítica da Venezuela pela sua grande reserva de petróleo.

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