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Na última sexta-feira (16), a estudante de fonoaudiologia, Iria Beatriz Miranda, de 22 anos, apresentou o trabalho de conclusão de curso (TCC) poucos dias após dar à luz um bebê prematuro, de 33 semanas, no Hospital Materno-Infantil de Barcarena, localizado no nordeste do Pará. Toda dinâmica foi realizada de forma remota dentro da unidade de saúde e contou com a mobilização dos profissionais de saúde da unidade.

Em entrevista ao LeiaJá, Iria relatou que a iniciativa de apresentar o trabalho acadêmico no hospital foi da própria equipe de saúde. "Ia (sic) pedir para sair do hospital para apresentar meu TCC e, logo após, retornaria para o hospital. Então, deram a proposta de apresentar aqui de dentro [hospital], já que o meu filho estava começando a ser amamentado no seio", explicou.

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O filho de Iria Beatriz está internado na Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais (Ucin), para ganho peso e tratamento da icterícia, que é quando um bebê apresenta coloração amarelada ou alaranjada na pele e nas conjuntivas. A jovem está no hospital desde o dia do parto, ocorrido no dia 7 de dezembro. 

À reportagem, ela afirmou que desistir de apresentar o TCC nunca foi uma opção. "Não pensei em desistir. Não por conta da minha situação, mas para não prejudicar minha equipe", contou. Iria ressaltou que a Universidade da Amazônia (UNAMA), instituição onde realizou a graduação, ofertou opções para a defesa do trabalho.

"Comuniquei a minha orientadora e a coordenação do curso sobre o nascimento do meu filho e me deram a proposta de apresentar on-line ou em janeiro [2023]. Para não prejudicar a minha equipe, optei por apresentar on-line", reforçou.

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 Iria Beatriz Miranda descobriu a gestação em julho de 2022, momento em que finalizava o 7º período de fonoaudiologia. "Quando descobri [a gravidez], pensei em trancar o curso, mas minha família não deixou e eles sempre me ajudaram para que eu não desistisse", relembrou. 

Além disso, ela contou como era a rotina de estudos durante o perído de gravidez. "Nos primeiros meses, estava morando em Belém, na cidade na qual estudava. Em outubro, viajava todos os dias, às 4h da manhã, de Abaetetuba, cidade que eu moro, para Belém, cidade na qual estudava, e retornava às 14h para Abaetetuba".

Os primeiros sinais de parto aconteceram no dia 2 de dezembro, mesmo assim, Iria manteve os compromissos acadêmicos. Com o processo de diçatação avançando, ela foi encaminhada para Hospital Materno-Infantil de Barcarena, onde teve o filho de parto natural.

O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) é uma etapa importante na carreira de muitos estudantes universitários, mas, em diversos casos, se transforma em um bicho papão, que resulta em ansiedade, desespero e outros fatores que tornam ainda mais difícil esse processo. Embora ainda a maior parte das universidades esteja em recesso, para quem chega ao último ano do curso, janeiro já é época de pensar nestes projetos. 

Para tornar a jornada menos problemática, o LeiaJá conversou com a professora dos cursos de Comunicação Social da Universidade Guarulhos (UNG), Lislei Carrilo,  que leciona medotologia científica e dá dicas essenciais para a produção de um TCC, a iniciar por questões básicas, como por exemplo, conhecer bem as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). “Elas serão o norte da estética do projeto, não tem como fugir delas”, afirma.

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Ao começar a produzir o TCC, a professora recomenda anotar e ler todos os artigos, livros e pdfs que tratam sobre o tema estudado. “Pois estes serão usados várias vezes durante a pesquisa. Claro, também deverão constar, obrigatoriamente no capítulo 'Referências' ” , orienta Lislei.

A professora lembra que os itens tema, objetivos e problemas serão o principal guia durante a escrita do projeto. Além disso, a organização é fundamental. “Faça um cronograma, use agenda, calendário, contatos e anote tudo. Uma boa organização pode facilitar o processo e término do projeto”, aponta Lislei.

A professora Lislei aconselha a sempre que possível focar-se em um tema que tenha relevância no curso estudado, pois assi o item justificativa da pesquisa já fica naturalmente atendido, tornando o trabalho coerente em relação à formação acadêmica. 

Dicas voltadas para estudantes de jornalismo

Como orientadora nos cursos de Comunicação Social – Jornalismo, a professora Lislei também ofereceu dicas aos futuros jornalistas que passarão pelo processo de TCC em 2022. Para estes universitários, ela lembra que é fundamental que o projeto tenha o chamado gancho jornalístico, que se apoie em claros critérios de noticiabilidade ou valor-notícia.

Lislei destaca que é preciso pensar como jornalista,usar da curiosidade para pesquisar e evitar lugares comuns ou abordagens muito superficiais. Ao se tratar de tema, as possibilidades de pesquisa e escrita se abrem para diversos temas, mas é preciso buscar por algo que tenha interesse público ou de um determinado público.

A professora ressalta que o estudante nunca deve parar de ler e pesquisar. “Se atualizar sempre é obrigação. Então, ao escolher o tema, pesquise muito e, quando achar que já encontrou tudo o que precisa, pesquise mais”, pontua Lislei.

Como futuro jornalista, Lislei reforça que a curiosidade é indispensável para o tema escolhido. Por conta disso, o estudante deve buscar por especialistas e personagens que agreguem ao projeto. “Observe: Quem ‘acha’ é porque não tem certeza de nada. Então, vá atrás de dados, fatos e pesquisas”, sublinha.

Por fim, esteja disposto a produzir um grande projeto, pois esta é uma oportunidade única. “Arrogância e ‘corpo mole’ não farão seu projeto ir adiante”, finaliza Lislei.

Ao chegar no último semestre da graduação, o estudante encara um dos principais desafios da jornada, o trabalho de conclusão de curso (TCC), etapa obrigatória na maioria dos cursos. O desenvolvimento desse projeto exige que o aluno coloque em prática todo o aprendizado acumulado ao longo do percurso, o que, em meio à pandemia de coronavírus, gera muitas dúvidas e incertezas.

O estudante de Direito Gabriel Miranda, 22 anos, de Guarulhos (SP), escolheu o tema "Avanço da agenda neoliberal e a reforma trabalhista" para o TCC. Ele encontrou dificuldade para conciliar a elaboração do projeto, a rotina de trabalho e o estresse gerado pela pandemia, além das vezes que precisou sacrificar algumas aulas para dispor de tempo na produção do trabalho. "A primeira parte do trabalho foi bem difícil, pois não tinha muita base para elaborá-lo, então precisei pesquisar por conta", relata.

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O estudante de Direito Gabriel Miranda | Foto: Arquivo Pessoal

De maneira semelhante, a estudante de Direito Caroline de Oliveira, 21 anos, de Mairiporã (SP), comenta que o maior desafio na concepção do TCC, é organizar o tempo junto a todas as disciplinas da faculdade, trabalhos e estágio. "Além disso, acredito que a pressão de ter que realizar esse trabalho é muito grande, o que contribui para que o estresse seja maior", enfatiza a aluna. Ela optou pelo tema "A violência doméstica contra a mulher e a falta de efetividade da lei 11340/06".

Durante a produção do TCC, muitos alunos falam sobre o estresse e a ansiedade que esse tipo de trabalho causa. Para evitar que isso ocorra, a psicóloga clínica e comportamental Osmarina Vyel recomenda não deixar a tarefa para última hora e, já no começo do último ano, iniciar a coleta de dados do tema que quer desenvolver.

A estudante de Direito Caroline de Oliveira | Foto: Arquivo Pessoal

Segundo Osmarina, a organização é fundamental, mas outros fatores podem ser de grande ajuda, como a prática de exercícios físicos, que melhora a oxigenação do cérebro e contribui com a atenção e memória. Também é importante manter uma boa qualidade de sono e alimentação. "Sono, ajuda na elaboração do conteúdo de estudo. Já a alimentação saudável favorece a retenção das informações necessárias. Recomendo fazer respiração profunda e prolongada pelo menos cinco minutos por dia, para evitar entrar em ansiedade e inquietação", orienta.

Dicas para auxiliar a produção do TCC

Para reduzir os desafios presentes na concepção do TCC, o publicitário e professor dos cursos de Comunicação da Universidade Guarulhos (UNG) Rodolfo Nakamura indica alguns passos que visam tornar o processo menos árduo. A primeira delas é elaborar um bom projeto de pesquisa, já que por meio dele, é possível traçar os caminhos a serem tomados e compreender a quantidade de trabalho de cada etapa.

Outra dica é estabelecer objetivos para pesquisa, que podem ajudar a entender os resultados que o aluno deseja alcançar e permite que o trabalho seja coerente, completo e alcance a excelência. Para isso, será preciso analisar as limitações e necessidades que o projeto visa atender. "Para definir os objetivos geral e específicos, é importante observar a delimitação do problema da pesquisa, que, por si, é também uma das chaves principais de um TCC bem sucedido", explica Nakamura.

Estabelecer um tema e delimitá-lo também é outra etapa fundamental, pois quanto mais abrangente, maiores serão as dificuldades na produção do trabalho. Nos casos dos cursos de graduação, a temática não precisa ser inédita. "Um tema bem estruturado e delimitado trará em si toda a estrutura [o esqueleto] capítulo a capítulo, do que deve ser pesquisado e convertido no relatório final ou dissertação", recomenda Nakamura.

O publicitário também destaca a atenção na hora de elaborar o problema, analisar a importância de tê-lo resolvido, as pessoas que são afetadas por ele e quais as situações que permitem que ele ocorra. É importante que isso seja estabelecido em um tema que o aluno se identifique, mas também é preciso verificar se a execução do projeto será viável em termos de acesso à informação, distâncias ou despesas financeiras. "É preciso delimitar o problema em questões como abrangência geográfica, público afetado, situações mais propícias para a ocorrência ou qualquer outro fator que auxilie a concentrar o foco da pesquisa em uma só direção, bem específica. Quanto mais específico, melhor será o desenvolvimento do trabalho", orienta.

De acordo com Nakamura, após estabelecer todas essas etapas, será preciso estudar, se aprofundar no tema escolhido e direcionar a leitura para a resolução do problema. Na hora de embasar o projeto, será necessário buscar por fontes confiáveis e extrair informações de livros ou artigos. A escrita deve ser feita por meio de citações indiretas, que são os textos escrito pelas palavras do aluno, mas que referencia a fonte; ou citação direta, que adiciona ao trabalho o exato trecho de um livro, e ao final indica quem é o autor, o ano da obra e a página que contém a informação.

Todo o material consultado, que serviu de base para a concepção do texto, precisa ser adicionado nas referências bibliográficas. "Isto não é opcional. É mandatório. Fez a citação, mas não fez a indicação de referência, perde pontos, ou, no mínimo, leva um puxão de orelhas do avaliador, o que, além de desagradável é evitável. Tenha como método sempre adicionar a referência tão logo tenha utilizado na citação", alerta Nakamura.

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É comum encontrar estudantes universitários que temem o Trabalho de Conclusão de Curso – o famoso TCC. Principalmente aqueles que estão a um passo de alcançar o diploma. Entretanto, apesar do medo e ansiedade que muitos sentem antes de concluir uma etapa importante de suas vidas, existem aqueles que enxergam o TCC ou projetos experimentais da universidade como uma oportunidade de trabalho e como algo em que podem investir no futuro.

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Matheus Mascarenhas está prestes a se formar em Jornalismo pela UNAMA - Universidade da Amazônia e hoje faz parte da equipe do podcast Castanha Pop, que foi idealizado por ele como parte do projeto de conclusão do curso. “Ele surgiu com as primeiras aulas do projeto experimental que foram desenvolvidas dentro da UNAMA. A ideia surgiu ali, mas já está associada com a minha paixão pela rádiocomunicação e com a minha paixão de reproduzir conteúdo sobre a cultura pop. Então associei as três coisas para que pudesse surgir o Castanha Pop”, conta.  

Matheus diz que a percepção de que o TCC poderia resultar em algo maior veio logo no começo, com a semente plantada. “A gente já tinha ideia de que o TCC poderia se tornar uma coisa maior do que já era, que poderia se tornar realmente um projeto de trabalho. Eu tenho meus parceiros de equipe, que são o Leandro Henrique, o Jackson Tavares e o Márcio Monteiro, que foram chamados pra participar do projeto, aceitaram e conseguimos construir um projeto muito interessante, muito divertido de ser produzido”, revela.

O estudante conta que transformar o TCC no projeto que é hoje foi uma diversão total. “A produção é sempre bem divertida, bem dinâmica, associando o trabalho a uma coisa de paixão mesmo”, diz.

Matheus acredita que suas referências artísticas serviram de incentivo para investir no podcast. “Eu sempre me vi como um contador de histórias. Uma das minhas grandes inspirações vem do cinema, o diretor Steven Spielberg. Acredito que o Spielberg dominou a arte de contar histórias porque ele consegue produzir e dirigir filmes bem diferentes uns dos outros, com temáticas bem diferentes. É isso que eu quero ser, um contador de histórias que possa falar sobre filmes, sobre séries, quadrinhos. Sempre com todos podendo entender aquilo que eu estou falando”, conta.

O estudante explica que o Castanha Pop é a tentativa de ser a referência regional quando se trata de produção de conteúdo de cultura pop. Os temas discutidos envolvem filmes, séries e também resenhas de quadrinhos. “Na primeira temporada (do podcast) a gente trabalhou com filmes e com séries, mas nas próximas temporadas a gente pensa em expandir esse universo pra falar sobre quadrinhos, sobre animações, animes, filmes mais antigos, fazer essas homenagens, tudo dentro do planejamento.”

Quanto aos planos para o futuro do podcast, Matheus afirma que são muitos, como expandir o Castanha Pop e centralizar em assuntos diferentes, como música e animes. “Uma coisa parecida com o que o Pipocando (canal no Youtube voltado para a cultura pop) fez, que foi segmentando aquilo que tava produzindo. O Castanha Pop também tem a ideia de segmentar mais o estilo de conteúdo que a gente produz. Ao mesmo tempo em que a gente tem vontade de ir pra rádio, tem vontade de produzir conteúdo de vídeo. Expandir realmente o podcast pra outras ideias”, explica.

Ligado no esporte

Assim como Matheus Mascarenhas, o jornalista graduado pela UNAMA - Universidade da Amazônia Octávio Almeida Jr. também viu em um projeto de TCC uma oportunidade para investir em seu futuro. Hoje ele é redator no portal de notícias Torcedores, mas antes disso criou o blog Janela do Esporte, que tinha como objetivo informar leitores sobre o esporte paraense.

Octávio conta que a ideia inicial do TCC surgiu quando ele percebeu, assistindo a programas esportivos, que o Jornalismo Esportivo não se limita a falar apenas sobre esporte, envolvendo outras questões, como a política interna de entidades, processos trabalhistas, eleições tanto em clubes como Federações e Confederações. “Então fiz meu TCC com o objetivo de me desenvolver profissionalmente como alguém interessado em trabalhar no Jornalismo Esportivo, além de apresentar ao público que a área profissional não se destina apenas ao resultado de uma partida. Há interesses políticos e outras questões extracampo que rendem informações relevantes ao público. Sem falar que publicá-las é uma satisfação profissional”, revela.

O jornalista afirma que o mercado de trabalho do Jornalismo está passando por uma grande transformação e que muitos profissionais e canais importantes da mídia brasileira migraram de vez ou completaram o trabalho na internet. Octávio também explica que o mercado é restrito e pequeno no Estado do Pará. “Então vi na internet uma oportunidade e criei o blog Janela do Esporte na tentativa de empreender e destacar meu nome enquanto jornalista”, complementa.

Quanto às dificuldades ao criar o blog, Octávio conta que foram poucas. “É perfeitamente possível praticar um bom Jornalismo home-office. O chato foi não ter condições financeiras para fazer tantas coberturas presenciais, ou seja, estar presente no momento em que a notícia ocorre, além de não se apresentar para personagens importantes como os presidentes de Remo e Paysandu”, diz.

Octávio conta que o Janela do Esporte não lhe proporcionou nenhum retorno financeiro que agora possui enquanto redator do Torcedores, mas mostrou que investir em uma carreira digital pode ser um caminho interessante. “Outra mudança que o Torcedores proporcionou é que passei a escrever pautas relacionadas a outros assuntos, não apenas sobre futebol paraense. Além disso, conheci outras pessoas. Hoje tenho uma página no Facebook que leva meu nome, compartilho as reportagens que publico no Torcedores e ofereço, em grupos específicos, o conteúdo que produzo”, comenta o jornalista.

Para o futuro, Octávio planeja conquistar estabilidade. “Estou estudando pra concurso público. Se um dia eu conseguir a aprovação, vou ter o desafio de conciliar as demandas entre o serviço público e o Torcedores”, explica.

Fotografia e teatro

Danielle Cascaes, hoje formada em Teatro pela Universidade Federal do Pará (UFPA), já tinha contato com a fotografia, mas a partir do TCC pôde enxergá-la de maneira mais artística, apesar de não ter sido seu objeto de pesquisa inicial. A também professora de Arte conta que trabalhava na produção com o grupo de teatro Cuíra desde quando era caloura da faculdade.

“Quando comecei a trabalhar com o grupo Cuíra, eu ainda não tinha reencontrado a fotografia como forma de expressão artística, então eu achava que eu queria trabalhar com produção cultural e eu trabalho com isso, mas o meu foco principal hoje em dia é a fotografia. O meu TCC era sobre produção cultural, mas eu não curtia muito e não sentia prazer em fazer a produção do espetáculo”, diz Danielle.

A fotógrafa conta que na época participava da produção executiva de um espetáculo, mas não era aquilo que gostava de fazer. “E no meio do processo de produção do espetáculo, em outro grupo de teatro dentro da faculdade, comecei a fazer a fotografia, que era a montagem de Rent, musical que eu gostava na época.” Daniella lembra que foi chamada para fazer as fotos porque alguém tinha dito ao diretor do espetáculo que ela fotografava e que acabou gostando.

“Eu acabei levando esse ofício de fotógrafa, tanto de bastidores quanto de produção, divulgação do espetáculo. Eu comecei a levar isso pra todos os espetáculos em que eu estava inserida, inclusive no espetáculo do grupo Cuíra, que se chamava OVO nº 13, que era o espetáculo sobre o qual eu estava fazendo o meu TCC. Eu falei para a minha orientadora, que era a diretora do espetáculo, que eu não queria mais ser produtora, me descobri outra coisa e queria mudar o meu objeto de pesquisa”, revela.

Danielle diz que mudou o seu olhar. “O meu sentimento atravessa a foto na hora que eu estou fotografando porque aquelas pessoas não são desconhecidas pra mim, nem aquele processo, nem aquele espaço”, explica.

A fotógrafa conta que o seu TCC influenciou diretamente em seu trabalho artístico porque foi a partir dele que ela começou a pensar sobre as pessoas com quem trabalha e com quem quer trabalhar. “Mais do que isso, qual é o tipo de relação que eu quero ter com as pessoas com quem eu trabalho. Eu não quero só chegar lá, fotografar e ir embora”, diz. “Eu viso estar inserida dentro dos grupos, eu sou uma pessoa que vai aos ensaios, eu dou a minha opinião sobre o espetáculo. A minha pesquisa de vida é como as relações interpessoais vão sempre atravessar o meu olhar, e assim, atravessar o olhar do espectador. Eu só comecei a pensar ativamente sobre isso quando eu tava escrevendo o meu TCC”, complementa.

Danielle revela que comprou sua câmera semiprofissional quando ainda estava na escola porque tinha vontade de fazer faculdade de Cinema e também tinha o intuito de fazer vídeos. “Eu fazia parte de um núcleo de dança na escola e eu fotografava esse núcleo e também filmava. Às vezes eu fotografava mais como registro, não tinha uma visão muito artística e só queria registrar o que tava acontecendo”, lembra.

Ela recorda que quando chegou a época de decidir o que iria fazer na faculdade, o curso de Cinema tinha acabado de abrir em Belém. “No ano que eu ia prestar vestibular era o ano que ia abrir, e eu fiquei com medo, um curso novo, professores novos. Optei por Teatro e era também uma área na qual eu tinha aptidão. Foi um choque pra mim, mas acabei me encontrando dentro de outras coisas. Foi no grupo de teatro que eu me encontrei com a fotografia de novo”, conta.

Danielle afirma que hoje a fotografia é a sua profissão e que deseja fotografar espetáculos e eventos artísticos para o resto da vida. Também revela que a fotografia, especificamente de espetáculos, mudou o seu fazer artístico e que sempre pensa em como pode acoplar o fazer artístico em seu cotidiano. Professora, ela conta que leva a fotografia para a escola. “Eu falo sobre isso nas minhas aulas, eu mostro as minhas fotos pra eles, fotografias de outros grandes fotógrafos. A fotografia é muito presente pra mim hoje e eu gosto também de dar aula”, complementa.

Danielle conta que um dos seus planos é fazer mestrado na área da Cinematografia por ser uma área bem parecida com a Fotografia. “Tenho muita vontade de fazer ‘Still’ que é a parte da fotografia que a gente fotografa o set de filmagens e faz as imagens de divulgação dos filmes. Fora isso, ainda penso em algumas oficinas pra dar que eu inscrevi na Lei Aldir Blanc, pelo Sesc Boulevard, e eu estou esperando a chamada final deles. E algumas oficinas de fotografia de espetáculos que talvez aconteçam esse ano. Seguindo nessa área e vendo onde ela me leva, sempre tentando coisas novas e tendo novas experiências”, conclui.

Conheça os produtos

Spotify – Castanha Pop 

Torcedores.com

Instagram – Danielle Cascaes @cascaesfotos

Por Isabella Cordeiro.

 

 Na terça-feira (11), uma palestra on-line irá apresentar recomendações sobre como organizar um trabalho de conclusão de curso de graduação (TCC). O momento será ministrado pelo professor Felipe O Centeno Gonzáles, da Unidade Acadêmica do Cabo de Santo Agostinho (UACSA) da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). 

Inscrições são gratuitas e devem ser realizadas pela internet.  Interessados também poderão acompanhar pelo Youtube, às 10h30. 

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O evento faz parte de projeto apoiado pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PROExC/UFRPE) e visa tranquilizar  efeitos causados pela Covid-19 na realização de diversas atividades de estudantes e comunidade em geral, mediante atividades na área temática de educação.

O Instituto TIM está ofertando uma nova seleção para os jovens que desejam submeter seus projetos com soluções inovadoras no Academic Working Capital (AWC), que oferece apoio financeiro, técnico e de negócios para estudantes transformarem o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) em startups. Interessados em participar têm até o dia 19 de agosto para se candidatar no endereço eletrônico da iniciativa.

Nesta sexta edição, a seleção vai priorizar projetos que visam solucionar algum problema do país pós-pandemia nas áreas de saúde, educação, geração de renda, comunicação, mobilidade, entre outras. Para reforçar a importância da diversidade, um dos critérios de desempate na seleção será a diversidade de gênero e raça dos integrantes das equipes.

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Para se inscrever, basta ser estudante de graduação em qualquer área com ideias voltadas para soluções tecnológicas e/ou inovadoras. Os grupos devem ter até quatro integrantes, todos na universidade e com pelo menos um dos membros fazendo o TCC.

Segundo o Instituto TIM, os autores dos projetos selecionados terão orientação técnica e de negócios, participarão de workshops e serão acompanhados semanalmente por monitores do AWC. No fim, participarão da Feira de Investimentos, onde poderão apresentar suas soluções para profissionais do mercado e investidores-anjo. Mais informações podem ser obtidas no site da seleção.

Em tempos de pandemia do novo coronavírus, tudo tem sido diferente. As aulas deixaram de ser presenciais e passaram a ser a distância. O contato, que anteriormente era físico, para tirar dúvidas, por exemplo, passou a ser através de uma tela do computador ou celular. No âmbito da educação, o momento é complicado para todos, tanto para quem está na escola, quanto para quem está na universidade, como também para os professores. 

Pensando nisso, conversamos com Pedro Paulo Procópio, professor de jornalismo da UNINABUCO - Centro Universitário Joaquim Nabuco, para saber como tem sido a orientação para os alunos que estão no final da jornada, preparando o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) neste momento. “A maior dificuldade é a falta do olho no olho, o ombro amigo mais ao lado, o contato da biblioteca mesmo. Acredito que isso faz muita diferença, sobretudo do ponto vista emocional”, destaca o docente. “O nosso desejo, enquanto orientador, é poder estar sentado ao lado, não só por vídeo. E através do 'olho no olho' sentir, por meio da comunicação não-verbal que dificuldades vem ocorrendo com o nosso estudante”, completa.

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Usando o curso de jornalismo como exemplo, sabe-se que um TCC nem sempre se resume a uma monografia, projetos audiovisuais também são uma alternativa. Deste modo, sair de casa para produzir seria essencial, mas diante da situação atual, o professor Pedro Paulo Procópio dá outra saída. “Eu tenho, inclusive, um orientando que está nessa peleja. E um caminho muito necessário é a tomada de vídeo, de imagens, de dentro do veículo, aproveitar imagens de arquivos e fazer entrevistas por meio de aplicativos como o google meet e tantos outro que favorecem essa aproximação em meio a esse isolamento social. O que termina sendo muito interessante é que deixa um registro histórico do que a gente está vivenciando agora e outros estudantes, no futuro, vão compreender, que mesmo com as dificuldades encontradas, os colegas conseguiram produzir, e produzir muito bem”.

O orientando

Estudante do 8º período do curso de jornalismo, Gustavo Arland de Lyma, está no processo de produzir seu Trabalho de Conclusão e afirma o quão desafiadora tem sido essa preparação. “Meu trabalho é sobre fotografia. E também, o local que eu estou fotografando, de fato, é um local de certo risco. É onde, justamente, algumas vítimas da Covid-19 estão sendo sepultadas. O meu trabalho é sobre o Cemitério de Santo Amaro, a história dele. Foi desafiador porque eu tinha que ir pra rua, exposto ao risco de contaminação, transitando por aí, principalmente nesse ambiente”, conta.

“Mas, ainda bem, consegui fazer o trabalho com tranquilidade. Eu me protegi, o cemitério já não está tendo tanta aglomeração, visto que o processo de sepultamento das vítimas é um pouco restrito e não pode ter muita gente. Eu procurei me proteger e seguir todos os protocolos de segurança para que os riscos fossem minimizados”, continua o estudante. 

Optando por um projeto visual, Gustavo destaca que, diante da pandemia, algumas mudanças precisaram ser feitas no seu trabalho. “O tema em si não mudou. Eu e meu orientador chegamos a discutir sobre essa mudança para, justamente, eu não ficar exposto ao risco, mas como meu trabalho advém de um projeto pessoal anterior, eu tinha algumas fotos do Cemitério de Santo Amaro que me ajudaram. Mas eu senti a necessidade de ter que ir lá novamente para fazer fotos atualizadas. O que mudou, na verdade, foi a minha maneira de apresentar. Eu iria fazer uma impressão de fotos, um álbum, também pensei na possibilidade de uma exposição, mas eu tive que fazer tudo online. O professor me deu a ideia de fazer um site. Então eu criei, junto com o design, para os professores avaliarem. O que fez mudar, foi a forma com que eu apresentaria essas fotos”.

Assim como o professor Pedro Paulo Procópio, Gustavo também sente falta do contato físico durante esse processo, mas conseguiu driblar um pouco a distância com o auxílio da internet e do celular. “O meu contato está sendo feito online e por telefone, por ligação mesmo. Voltamos ao tempo da ligação. A gente procura sempre se falar e não digitar pra gente debater melhor e colocar as ideias com mais clareza. A gente tem se comunicado bastante por e-mail, fez poucas vídeo-chamadas para acertar algumas coisas. A gente conseguiu se adaptar bem. Mas acho que o e-mail foi a principal ferramenta, porque eu mandava o meu trabalho e ele já respondia com correções. De certa forma, a relação e a comunicação com meu orientador foi muito tranquila”, garantiu.

Defesa

O professor e também pós-doutor em comunicação e jornalista Pedro Paulo Procópio dá sua dica para o aluno que irá defender o seu TCC de casa: “procure um lugar mais tranquilo, tente ter um diálogo aberto e falar da importância desse momento. Se a pessoa se sente mais confortável, que de repente os familiares estejam ao lado fazendo uma corrente positiva. Mas se o estudante for mais retraído, pedir esse respeito aos familiares e, a partir daí, ter a tranquilidade de apresentar o trabalho sabendo que é uma conquista que tem pela frente”.

*Texto originalmente publicado em www.uninassau.edu.br

 Através do tato, Michel desvenda os botões e funções de sua câmera. (Rafael Bandeira/LeiaJáImagens)  

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O que você enxerga quando vê? Em meio às pernadas apressadas dos corredores da pista do Campo do Quinze, localizado em Torrões, na Zona Oeste do Recife, o estudante Michell Platini parece ter todo o tempo do mundo. Pacientemente, ele tateia o relevo com sua bengala, informa-se sobre o espaço e saca sua câmera fotográfica. Vítima de glaucoma congênito, Michell convive desde cedo com a baixa visão no olho esquerdo e a cegueira completa no direito. Assim, ele aprendeu a sentir e imaginar o mundo de forma única, a qual pretende compartilhar através de seu inusitado trabalho de conclusão do curso de publicidade e propaganda, na área de fotografia. Michell fará uma campanha para a Casa do Frevo, registrando passistas que executarão os rápidos movimentos do ritmo pernambucano.

De acordo com o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010, existem 45.606.048 pessoas com deficiência no Brasil - o equivalente a 23,9% da população brasileira-, no entanto, apenas 6,66% delas possuem ensino superior completo. A grande maioria desta população (61,13%) não é dotada de instrução ou ensino fundamental completo. “Eu tenho o carma de ser meio desbravador: fui o primeiro aluno com deficiência da escola e depois o primeiro aluno de espanhol da rede pública. Desde cedo batalhei com minha mãe para garantir direitos como o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Escolhi o curso de Publicidade pensando no desafio de encarar uma área muito visual”, conta Michell.

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As dificuldades de viver em uma sociedade pouco pensada para suas demandas, aproximaram o estudante da militância organizada. No movimento juvenil desde a adolescência, Michell já foi delegado do Orçamento Participativo da Juventude, membro do Conselho da Juventude e assessor da Associação Pernambucana de Cegos (APC). “Tento ser essa pessoa que aponta onde estão os erros, mas também apresenta uma solução. O sistema educacional ainda tem uma dívida com as pessoas com deficiência, por isso quero fazer um bom trabalho de conclusão de curso e mostrar que podemos absorver e produzir conhecimento”, coloca. Foi com esse espírito que Michell decidiu escolher a fotografia como área de conhecimento de seu projeto de conclusão de curso. “Sou meio teimosinho, gosto de causar esse estranhamento, porque só há evolução quando vemos algo que mexe com a gente. Então é provocar esses sentimentos nas pessoas e a academia sobre a importância de pensar uma fotografia para todos”, defende Michell.

Para realizar a façanha, o estudante aposta em uma metodologia pouco convencional. “Certa vez, um fotógrafo europeu fotografou uma bailarina colocando guizos nos calcanhares dela. Dessa forma, sem precisar vê-la, ele conseguiu acompanhar sua movimentação através do som. Eu pretendo aplicar a mesma ideia, só que com o frevo. No meu caso, os passistas vão utilizar também fones para ouvir a música, sem que o som me atrapalhe ou se confunda com a sinalização de onde eles estão”, explica.

De acordo com Valéria Gomes, orientadora do projeto e professora dos cursos de Comunicação Social da UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau, Michell será o primeiro aluno com deficiência da instituição de ensino a se formar em publicidade com projeto na área de fotografia. “Propus que ele busque uma distância focal, através de marcações no chão para que os bailarinos tivessem uma determinada faixa de comprimento e Michell pudesse captar aquele pedaço. É uma metodologia nova que estamos tentando implementar”, comenta. A professora lembra ainda que o trabalho precisa ter um visual atraente, para servir de material publicitário para a Casa do Frevo. “Para isso, Michell vai aproveitar todo um arcabouço teórico que conseguiu apreender nos quatro anos de curso, aplicando isso às técnicas fotográficas”, completa.

Registro feito por Michell com auxílio da amiga Jenifer, que descreveu o cenário antes do clique. (Michell Platini/cortesia)

“A fotografia já está na nossa cabeça”

Incansavelmente, Michel se posiciona em diversos ângulos com o objetivo de fotografar os garotos que treinam no Campo do Quinze, onde ele próprio já jogou futebol antes de adquirir outras patologias além do glaucoma, a exemplo da catarata e de um edema na córnea. Após alguns registros, o estudante praticamente encosta o olho esquerdo no visor da câmera e observa se o enquadramento está satisfatório. Caso haja excesso de chão ou céu na imagem, ela precisará ser refeita. Ele confessa ter mais facilidade de produzir os registros em lugares conhecidos, com os quais já possui lembranças e até certa relação afetiva. “Se você pensar bem, a fotografia já está na nossa cabeça, antes de ser clicada. Um diretor fotográfico pensa aspectos como a luz antes da foto, a lente apenas vai captar”, defende.

Como primeiro contato profissional com a oitava arte, Michell toma por referência um curso de fotografia voltado para pessoas cegas. “Gosto de tirar foto, sempre me interessei em pensar o enquadramento, esperar o melhor momento...Recentemente comprei uma Cannon SL2”, comemora. Com a premissa de conhecer bem o equipamento de trabalho, Michell desbrava a nova e complexa câmera com perseverança, a partir do toque atencioso em cada botão, do som e da tecnologia. “Por enquanto, estou fotografando no modo automático, mas depois pretendo trabalhar no manual. Depois utilizo um programa chamado Leitor de Tela, que me ajuda a ler, escrever e editar as fotos no computador”, acrescenta.

Fotografias produzidas por Michell no bairro de Torrões, onde mora, durante reportagem com o LeiaJá. (Michell Platini/cortesia)

Existe ainda outra ferramenta essencial para que o estudante desenvolva seu talento: os amigos. A fotógrafa Jenifer Miranda conta que costuma sair aos passeios fotográficos ao lado do estudante, a quem dá breves informações sobre o cenário que os envolve. “No último ‘rolê’ fotográfico que fizemos, na praia, ele tirou uma foto bem bonita do nascer do sol. Depois que você diz onde está o sol, o mar e explica as direções, ele fica livre. Não precisa guiar, ele faz tudo sozinho e tem suas próprias estratégias. Ouve o som do mar e sente o sol na pele”, garante Jenifer. A fotógrafa diz que não se chocou quando o amigo decidiu fazer os próprios registros. “Me surpreendi apenas com o fato de que as fotos são belíssimas, porque ele faz coisas que outras pessoas levam anos para conseguir e estuda para isso. Aprendo todo dia com Michell, porque é uma realidade que não vivo”, conclui Jenifer.

Fotografia acessível

Ao apoio dado por Jenifer durante as produções recentes, Michell refere-se como audiodescrição, isto é, um recurso que traduz imagens em palavras, fundamental para que pessoas cegas ou com baixa visão possam compreender conteúdo audiovisuais. Com formação na área, o estudante planeja o recurso em seu trabalho de conclusão. “Agora, eu estou querendo produzir fotografia, mas depois posso querer consumir. Meu trabalho vai ser acessível para pessoas cegas”, adianta.

Na reta final de uma graduação, uma das maiores preocupações de todo estudante que está prestes a se formar é o Trabalho de Conclusão de Curso ou mais conhecido como TCC. E não é para menos. O TCC é o principal projeto acadêmico que servirá como critério final de avaliação para que o universitário possa obter o tão sonhado diploma e, finalmente, concluir o ciclo na universidade, que às vezes pode durar longos anos.

O TCC funciona como uma disciplina que faz parte da grade curricular já no fase final do curso. Durante um semestre ou dois semestres, o aluno desenvolve de maneira individual, em dupla ou em grupo (a depender do curso e da instituição de ensino), um projeto sob a orientação de um professor orientador, que geralmente é escolhido pelo próprio estudante. A professora do curso de Rádio e TV da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Paula Reis explica que o principal critério para a escolha de um orientador é a afinidade com o tema, mas que não necessariamente o docente precisa ser um conhecedor completo no assunto. “No decorrer do semestre os alunos vão identificar o professor que pode ser orientador por afinidade de tema, o que já os conectam. É mais indicado que o professor domine o assunto do TCC, mas não é uma obrigatoriedade, porque muitas vezes o docente pode orientar a metodologia e não ser um especialista no tema que o aluno está desenvolvendo o projeto”, completa.

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O tema do TCC também é de livre opção do discente que normalmente já tem um interesse prévio pelo assunto. Contudo, por se tratar de trabalho científico, a preferência pela pesquisa deve ser pautada previamente e apresentada ao professor da disciplina. Isso deve ser feito para que ele diga se aquele projeto é relevante o suficiente para ser levado adiante ou não. Ainda para a professora Paula Reis, o tema não precisa ser um assunto nunca antes desenvolvido, mas a forma como o graduando irá abordar é o principal diferencial para conquistar a aprovação no trabalho. “O TCC geralmente deve ter uma abordagem inédita, não necessariamente um conteúdo novo, mas a abordagem deve ser nova. É exigido o estado da arte porque o aluno deve conhecer o que já foi produzido sobre o seu tema para então posicionar sua pesquisa no diálogo acadêmico”, esclarece.

O estudante Wanderson Pontes, do 8º período do curso de jornalismo, está elaborando uma monografia sobre o assunto que sempre se identificou, o futebol. Dentro do universo futebolístico, uma das grandes inquietações de Wanderson é a desigualdade financeira existente nos times brasileiros. Ao fazer as pesquisas iniciais sobre o assunto, o aluno viu que seria desafiador se aprofundar em um tema que, segundo ele, é pouco estudado no Brasil. Contudo, a orientadora de Wanderson está ajudando no processo, mesmo não dominando o conteúdo. “Por mais que ela não entenda do assunto especificamente, mas da parte estrutural ela está me ajudando muito, porque ela não precisa entender tudo sobre o assunto, mas entende a ideia, o que me ajuda a construir” conta.

O que fazer quando encontrar dificuldades para escolher o tema ou orientador do TCC? Uma outra opção, além de conversar com o professor da disciplina, é procurar a coordenação do curso. O professor e coordenador dos cursos de Comunicação Social da UNINASSAU Recife diz que uma das funções da coordenação é entender a proposta do estudante, sugerir um orientador de acordo com o tema é acompanhá-lo nas orientações. “Busco entender qual assunto o aluno está querendo tratar e qual o formato do projeto em que ele vai desenvolver. Porque cada professor tem uma proximidade maior com um formato ou com um determinado tema. Isso facilita não só para orientador, mas também para o orientando no desenvolvimento do trabalho. Então, a ajuda que a coordenação pode oferecer ao aluno é direcioná-lo para um orientador que melhor se encaixe com o projeto do aluno", explica.

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A jornada para concluir a graduação superior não é nada fácil. Sue Anne Calixto, 22 anos, Trayce Melo, 22, e Yasmim Bitar, 21, concluintes do curso de Jornalismo da UNAMA – Universidade da Amazônia, decidiram encarar um desafio ainda maior: apresentar um projeto experimental como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) - veja vídeo abaixo. A iniciativa serviu como aprendizado e amadurecimento das novas jornalistas, no início de suas carreiras profissionais.

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Sue Anne decidiu escrever crônicas jornalísticas. Autora do projeto “Crônicas da cidade”, ela falou de Belém em uma série de textos, sob diversos pontos de vista. “Sempre gostei muito de crônicas desde que entrei no curso de Jornalismo, sempre foi algo que eu gostei de estudar. Resolvi falar sobre Belém para poder vivenciar todas as crônicas que escrevi, falando sobre as características da cidade e o clima, de acordo com o que eu observava”, declarou. Os textos de Sue Anne estão sendo publicados no site Expedição Pará.

“Um processo de trabalho de redação de jornal, com roteiro de entrevista, colocando de fato o que era importante perguntar, correndo atrás de entrevistados para escrever. Revisei várias vezes a reportagem até chegar no resultado final”, disse Yasmim Bitar, que produziu uma reportagem sobre “A crise do jornal impresso depois da criação da internet”.

Para escrever uma série de reportagens sobre as pessoas em situações de rua em Belém, Trayce Melo destacou o quanto teve que se aprofundar no tema. “Eu vivenciei de perto, saindo da minha zona de conforto, conheci pessoas incríveis e o trabalho voluntário. Foi uma coisa nova. Cheguei a trabalhar oito horas de um sábado à noite fazendo entrega de donativos. Foi muito importante para o projeto e para o meu crescimento pessoal”, disse. “É muito gratificante passar pelo TCC, aquilo acaba tomando conta da gente e ainda mais de receber o convite para publicação. Dá para ver que o nosso trabalho foi importante, principalmente para a nossa universidade, que nos deu todo o auxilio”, finalizou Trayce Melo.

Outros dois projetos experimentais ganharam destaque no final do semestre. A concluinte Maria Rita Kapazi escreveu uma reportagem sobre transtorno de ansiedade e Carol Boralli publicou um livro-reportagem sobre o autismo, a partir da experiência de uma família. Os textos foram publicados no LeiaJá.

LeiaJá também:

A cidade dos invisíveis: a vida e dor de quem mora na rua

(Por Trayce Melo)

O futuro do jornal impresso: reinvenção ou morte

(Por Yasmim Bitar)

Transtorno de ansiedade: o mal do século XXI

(Por Maria Rita Kapazi)

Crônicas da cidade

(Por Sue Anne Calixto)

Concluinte de Jornalismo escreve livro sobre o autismo

(Reportagem sobre o trabalho de Carol Boralli)

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O autismo é um transtorno que ainda desperta muitas dúvidas quanto ao tratamento. Foi a partir dessa realidade que a recém-formada em Jornalismo pela UNAMA - Universidade da Amazônia Carol Boralli decidiu escrever o livro “Maternidade & autismo - A ligação umbilical que transformou vidas”. A obra aborda um recorte temporal do diagnóstico positivo de autismo de uma jovem chamada Nathália Lopes até a defesa da dissertação de mestrado de Eliana Boralli, sua mãe. O livro faz parte do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) e o lançamento está previsto para este ano.

A história de vida da jovem e a vontade de fazer a diferença motivaram a jornalista a elaborar o livro-reportagem. “A partir do sexto semestre eu comecei a ver apresentações de TCCs de colegas do mesmo curso e descobri a possibilidade de escrever um livro. A partir daí me encontrei. Comecei a pesquisar temas que tivessem informações suficientes para elaborar esse trabalho. Então, decidi escrever sobre a história da minha tia Eliana Boralli e da filha dela, a Nathália, minha prima”, contou.

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A obra segue os preceitos do jornalismo literário, com documentos, fotos de arquivo e a biografia de Eliana. “O mais interessante é que durante os depoimentos e a grande quantidade de informações, pude perceber o quanto a educação brasileira precisa melhorar no que diz respeito ao cuidado com pessoas autistas. Me deparei com a história de uma mãe que não tinha informação suficiente sobre autismo no passado e que hoje é referência no assunto”, afirmou.

A jornalista ressalta que o trabalho não se resume somente a uma história de amor, mas também de muita informação e relevância sobre o transtorno. “Foi um trabalho muito bacana de se fazer porque falei com um personagem que foi pioneiro nessa questão. A Eliana decidiu, na época, estudar mais sobre o assunto quando soube do diagnóstico e fundou da AUMA - Associação dos Amigos da Criança Autista, junto com o pai de Nathália, pois não se sentiam confortáveis em deixar a filha em nenhuma outra escola. O meu trabalho, portanto, contém informação para familiares, pessoas com autismo e demais pessoas interessadas”, declarou.

Carol Boralli destaca a importância da UNAMA nesse processo e afirmou que se sentiu muito segura ao escrever o livro com a ajuda dos professores. “Eu já sou formada em Direito e, depois de um bom tempo, decidi mudar para Jornalismo porque sentia que alguma coisa estava faltando. Apesar de já estar com 35 anos de idade e meus colegas de turma estarem na faixa etária dos 20, a Universidade me deu total apoio e tranquilidade para realizar o curso e fazer esse tipo de trabalho”, concluiu. 

Por Alessandra Fonseca (Ascom/UNAMA).

 

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O professor e jornalista Mário Camarão, do curso de Comunicação Social da UNAMA - Universidade da Amazônia, é um dos finalistas da 4ª Edição do Professor Imprensa, projeto que visa reconhecer os profissionais de destaque nos cursos de Comunicação em todo o país. Camarão representa a UNAMA e a região Norte na categoria “Orientador de TCC”.

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A escolha dos finalistas foi feita por indicação de alunos de todo o Brasil. “Eu nem sabia dessa premiação. São os alunos que indicam, e eu fui indicado”, disse o professor. Segundo informações do Portal Imprensa, organizador da premiação, a escolha dos candidatos considera os relatos enviados pelos estudantes. “Eles falaram que tinham recebido uma série de depoimentos positivos que acabam somando para que o número de pessoas que me indicaram fosse considerável para poder participar e representar o Norte”, explicou Camarão.

O professor Mário Camarão disse que desde 2006, quando começou a trabalhar na UNAMA, orienta Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs). “Já passaram muitos alunos por mim. Muitos trabalhos. Não só na área de telejornalismo, mas na área de jornalismo digital, jornalismo on-line, rede sociais, sociabilidade em redes sociais, que são áreas em que eu atuo não só como pesquisador, mas também por conta da minha carreira, que sempre foi ligada ao telejornalismo. Então isso fez com que eu participasse”, detalhou.

Ao ser perguntado sobre como recebeu a noticia, o professor disse estar muito feliz. “É um reconhecimento pelo seu trabalho vindo dos próprios alunos. É o fruto que a gente recebe do nosso trabalho, que é árduo e diário. De ver aluno se formando, entregando trabalhos cada vez mais complexos, ricos e sustentáveis do ponto de vista da pesquisa em comunicação”, declarou.

O professor também falou sobre o que significa desenvolver trabalhos de pesquisa com seus alunos. “Significa não só saber que eles vão dar prosseguimento. Muitos deles acabam entrando na vida acadêmica de sucesso, fazendo com que eles sejam independentes do ponto de vista da produção cientifica em comunicação.” Camarão ressaltou que são importantes mais pesquisas e olhares críticos sobre a sociedade. “Nós precisamos cada vez mais olhar os fenômenos comunicacionais. Isso que eu tento pregar para os meus alunos, no dia a dia”, concluiu.

Os ganhadores serão conhecidos na segunda quinzena de novembro e vão receber um certificado digital, além de serem fontes de matéria especial sobre educação na área de Comunicação no Portal Imprensa. A votação para a escolha dos ganhadores vai até 14 de novembro. Para votar, acesse a página pelo link:

http://www.portalimprensa.com.br/professorimprensa/4edicao/votacao_orientador_tcc.asp

Por Felipe Pinheiro.

Os alunos do curso de Jornalismo da Universidade Católica de Pernambuco – UNICAP, Pedro Maranhão, Cléber Araújo e Thayná Aguiar (da editoria de Esportes do LeiaJá), produziram o Trabalho de Conclusão de Curso "2008: O ano que o Sport ganhou o Brasil". O documentáio dura cerca de 27 minutos e aborda a trajetória do Leão na competição, ou seja, da primeira fase, até a final, vencendo o Corinthians. O material já está disponível no YouTube.

Personagens importantes estão no vídeo: jornalistas, torcedores, atletas, e o treinador na conquista do título Nelsinho Baptista, contando versões e histórias daquele torneio. O Sport naquela Copa do Brasil passou por Imperatriz-MA, Brasiliense-DF, Palmeiras, Internacional, Vasco e Corinthians.

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Confira o documentário aqui:

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 Por Alison Marques

 

Se o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) já causa bastante temor na vida dos estudantes, perdê-lo não deve ser nada legal. E foi essa situação que uma aluna do curso de Farmácia viveu na manhã desta terça-feira (24), de acordo com o Jornal Cidade Verde.

A estudante, que não teve o nome informado, foi vítima de um assalto na porta de casa, no bairro Parque Piauí, Zona Sul de Teresina. De acordo com o relato da jovem, dois homens em uma moto levaram sua bolsa onde estava seu trabalho e outros pertences. "Eu tinha acabado de sair de casa e estava indo para a faculdade deixar meu TCC. De repente, o garupa pulou da moto e puxou minha bolsa que tinha meu notebook com o TCC", afirmou a jovem ao jornal. 

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Felizmente, uma guarnição da Companhia de Policiamento Escolar (Cipe) estava passando no momento do crime e, ao ouvir os gritos da vítima, perseguiu os dois suspeitos que foram presos. Ainda segundo o jornal, a dupla trocou tiros com os policiais. Um dos assaltantes, identificado como Tiago Pereira Ferreira, foi baleado na perna durante perseguição da PM e o outro suspeito foi identificado como Paulo Tiago Gonçalves de Carvalho.

Com os suspeitos foram aprendidos uma pistola 6.35 e a moto usada na fuga. O ferido foi encaminhado ao HUT e em seguida os dois serão levados para a Central de Flagrantes de Teresina. O TCC e os pertences da vítima foram recuperados logo depois. 

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--> Para se livrar de assalto, mulher sobe no capô do carro 

--> Como começar o TCC sem medo e com o tema perfeito

Produzir um trabalho científico nem sempre é fácil, exige muito tempo, dedicação e acima de tudo muito estudo. E para ajudar os estudantes na produção de artigos, projetos, monografias e dissertações, a Faculdade Esuda, no Recife, oferecerá na próxima semana a Oficina de Metodologia da Pesquisa Cientifica. 

Os interessados em participar da capacitação podem se inscrever através do site da instituição até o um dia antes do curso ou até completar o máximo de 30 inscritos. A oficina tem carga horária de 20h e será realizada no auditório da Esuda, no dia 14, das 17h às 18h30.

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O evento é aberto ao público, sendo pedido na candidatura apenas um quilo de alimento que será destinado ao Pró-Criança. A oficina terá como palestrante a pedagoga, mestre em Ciências da Linguagem, doutoranda em Psicologia e professora da Faculdade ESUDA, Rosângela Nieto de Albuquerque.

A Esuda fica na Rua Bispo Cardoso Ayres, sem número, bairro de Santo Amaro, área central do Recife. Mais informações através do telefone: (81) 3412-4242.

Não é fácil, na maioria das vezes, escolher um tema para o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).  Mas terminar um ciclo, receber um diploma e estar pronto para começar oficialmente a carreira profissional é a meta de quase todas as pessoas que iniciam o ensino superior ou técnico no Brasil, seja em instituições públicas ou privadas. Além de dar duro durante as aulas e lidar com os rotineiros desafios acadêmicos, todo estudante deve passar pelo famoso – e muitas vezes temido – TCC.

O TCC, como é comumente chamado, pode ser a melhor ou pior parte de uma graduação. Conhecido por tirar o sono de graduandos, o trabalho funciona como forma de avaliação final para o curso. O sucesso nesse projeto é o que vai determinar se o graduando terá aprovação e receberá o certificado de conclusão. “TCC é um trabalho acadêmico obrigatório para todos os cursos de graduação. Em seus vários tipos, monografia, artigo, projeto, ele tem que envolver o que você aprendeu durante o curso”, esclarece Maria Clara Pestana, professora da UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau, doutora e orientadora de cursos na área de engenharia. 

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É importante escolher o tema nada menos que perfeito. Segundo Maria Clara, a escolha deve ser feita depois de muita reflexão e quanto antes, melhor. “Os alunos tendem a pensar em TCC muito perto do momento da execução. A dica é pensar antes: no meio do curso, já começar a pensar e fazer pesquisa”. 

Não é exagero, não é pressa à toa: adiantar-se dessa maneira dá ao aluno o tempo necessário para entender bem o assunto, pesquisar, se preparar e até mudar de tema. Nataly da Silva, aluna de administração da UNINASSAU em Recife, entendeu isso bem cedo durante o curso. “Em períodos anteriores os professores tinham dado dicas. Eles disseram que deveríamos perceber qual a cadeira que nos identificamos mais para que a escolha fosse mais fácil. É  interessante ir pesquisando assim que possível, não deixar para escolher apenas quando chegássemos à cadeira de TCC”, comenta a estudante. 

Como selecionar o melhor tema entre todos

Pensar na área do curso que mais tem afinidade é o primeiro passo para chegar ao ponto final da seleção do tema, mas isso pode ser só o começo de muitos debates internos por parte dos estudantes. Com todos os temas possíveis, como é possível abraçar aquele que tem a maior possibilidade de dar certo? Antes de qualquer coisa, tente separar, entre todos os assuntos imaginados, aqueles que tiverem maior importância acadêmica. “Em cada curso você vai ter uma regra diferente e definir se o tema tem relevância ou é atual, se é um bom tema ou não, vai depender da graduação”, avisa Maria Clara. Para solucionar essa dúvida, use aquilo que já aprendeu durante o curso, porque isso pode garantir que haja bastante bibliografia no desenvolvimento da pesquisa. 

Luciano Santos, estudante de Jornalismo na UNINASSAU, tinha dois temas em mente. Um deles, que começou a ser pesquisado, era sobre o manguebeat e contava com a participação de músicos, mas... “Mas aí comecei a ver umas dificuldades porque todo o roteiro para o meu documentário tinha que ter tempo”, conta. “Uma das partes era entrevista com os integrantes de banda, eu não consegui encaixar essas entrevistas no cronograma deles”. A solução foi seguir para o segundo tema: uma revista sobre uma instituição religiosa e o trabalho finalmente fluiu. “Com os dois temas eu já tinha uma afinidade, mas o segundo eu acho que encontrei uma afinidade maior e não corro o risco de ficar preso a esse trabalho maçante e acabar perdendo a motivação”, explica o estudante. 

A maior dica, no final das contas, é entender o cronograma. O tempo para a preparação do trabalho de conclusão não é muito, então é importante adequar o período que você tem ao seu orçamento financeiro (sim, isso é importante!) e o tamanho do tema. “Se você for inventar algo mirabolante, não vai dar. Deixa isso para o mestrado e o doutorado”, aconselha Maria Clara Pestana, professora da UNINASSAU. “Um tema é um assunto que você tem que escolher e ele tem que estar abordando algo dentro da área do curso. Deve ser abrangente, mas ao mesmo tempo bem perto da realidade do aluno, bem atual”, complementa a docente.

Outra dica é sempre encontrar um tema que converse com seu orientador – ou um orientador que converse com sua ideia de tema -. O professor deve entender bem a área para ajudar a delimitar o assunto e no desenvolvimento da pesquisa. Quanto a isso, Nataly também tem uma história a contar. Segundo a estudante, a maior dificuldade que encontrou enquanto desenvolvia o TCC com seu grupo foi entender como elaborar o TCC em si. “Apesar de todos da minha equipe gostarem da temática, ela ainda era um pouco complexa. Para superar esta dificuldade, conversamos com as professoras da área que nos deram um grande auxílio no TCC.” 

Tudo escolhido... por onde começar?

A produção do trabalho deve ser iniciada a partir de uma dúvida ou problema que ainda não foi explorado dentro da área de estudo com relevância acadêmica. Ela também deve atender aos propósitos acadêmicos do aluno. Acima de tudo, deve haver bibliografia para que a pesquisa prossiga sem problemas. Para já quem está perto de escolher o tema do TCC, o LeiaJá listou alguns sites que reúnem artigos, livros e diversos tipos de publicações gratuitamente. Confira:

Acervo online da USP – Universidade de São Paulo 

Repositório da Produção Científica CRUESP 

Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin 

Biblioteca digital de obras raras, especiais e documentação histórica da USP 

Scientific Eletronic Library Online - Scielo Brasil 

Scientific Eletronic Library Online - Scielo  

Repositório Institucional da UFPE 

Biblioteca online da UFPE 

Edanz – Journal Selector 

Biblio 

Domínio Público 

Open Library 

Google Acadêmico  

Para superar as dificuldades que permeiam o Trabalho de Conclusão de Curso, o famoso TCC, a Faculdade Maurício de Nassau, unidade João Pessoa, promove, neste sábado (12), uma série de orientações para os estudantes que estão vivendo esta fase. Alunos de direito da instituição de ensino receberão o apoio de profissionais e estudantes dos cursos psicologia e fisioterapia.

“Vamos montar um protótipo de um consultório para que um professor e um aluno de psicologia possam realizar uma escuta com os alunos. A ideia é ajudá-los no controle emocional, para que eles possam defender seus projetos com maior segurança”, explica a coordenadora da clínica escola de saúde, Ivana Torres, conforme informações da assessoria de imprensa.

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As atividades ocorrerão das 8h às 12h, nas salas 602 e 605 da Faculdade. A instituição de ensino fica na Avenida  Epitácio Pessoa, 1203, no bairro dos Estados.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) homologou nesta quarta-feira (19) acordo com a Construtora Camargo Corrêa, uma das investigadas na Operação Lava Jato, e dois de seus ex-executivos. Pelo acordo, a empresa deverá contribuir em procedimento que apura a ocorrência de cartel no mercado de obras e montagem industrial no setor de óleo e gás, em licitações da Petrobras. A construtora também concordou em fazer contribuição financeira de mais de R$ 104 milhões.

Segundo o Cade, trata-se do maior valor já estabelecido em um termo de compromisso de cessação (TCC), como é chamado o acordo firmado hoje com a empresa. O TCC exige que os signatários cessem seu envolvimento ilícito, reconheçam participação na conduta investigada e colaborem de forma efetiva com as investigações.

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Diferente do de leniência, que é outro tipo de acordo, o TCC não permite a extinção completa da punição. Além disso, obriga ao pagamento de uma contribuição, que é encaminhada ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos.

De acordo o Cade, os participantes do TCC “ofertaram contribuições relevantes às investigações, confirmando fatos e trazendo novas evidências”. A utilidade da colaboração é levada em conta para a homologação do acordo.

A prática de cartel em licitações da Petrobras é investigada em inquérito administrativo no Cade, com base no acordo de leniência fechado em março com a Setal Engenharia e Construções, a SOG Óleo e Gás e pessoas físicas do grupo Setal/SOG, em conjunto com o Ministério Público Federal do Paraná.

“As contribuições trazidas pela leniência apontaram indícios de cartel em licitações da Petrobras envolvendo diversas construtoras, entre elas a Setal/SOG e a Camargo Corrêa”, informa comunicado do Cade. O acordo de leniência é um instrumento disponível apenas para o primeiro proponente e prevê imunidade total ou parcial na esfera administrativa e também na penal, por ser firmado em conjunto com o Ministério Público.

A exemplo do que ocorre no TCC, os beneficiados pelo acordo de leniência também devem cessar seu envolvimento na conduta ilícita, confessar e cooperar com as investigações, identificando os demais envolvidos e apresentando provas e informações relevantes. A empresa também pode ter uma redução de 30% a 50% no valor da multa que seria imposta.

Em nota, a Camargo Corrêa informou que o acordo com o Cade “é consequência da decisão da administração da empresa de colaborar com as investigações, além de seguir aprimorando seus programas internos de controle”.

De acordo com a empresa, foram entregues às autoridades emails, agendas e extratos de conta telefônica identificados em auditorias internas. A construtora acrescentou que “reitera sua disposição para assumir responsabilidades com a adoção de medidas necessárias para corrigir desvios e colaborar na construção de um ambiente de negócios éticos”.

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