Tópicos | acidentes

Entre a sexta-feira (20) e a quarta-feira de (25), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou 90 acidentes, com 76 feridos e cinco mortes nas rodovias federais de Pernambuco. A Operação Natal do ano passado, realizada entre os dias 21 a 25 de dezembro, teve um dia a menos, sendo contabilizados 103 acidentes, com 52 feridos e sete mortes. Considerando a quantidade diária de acidentes e mortes,  registrou-se uma redução de  27% e 40%, respectivamente.

Destaca-se a atuação do serviço aeromédico, parceria entre a Base de Operações Aéreas da PRF e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que na quarta-feira (25), pousou na praia de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, para fazer o transporte de uma jovem de 17 anos, vítima de afogamento. Ela foi removida para o campo do Derby e posteriormente encaminhada para o Hospital da Restauração. A agilidade no transporte foi imprescindível para salvar a vida da garota.

##RECOMENDA##

Durante a operação foram fiscalizadas 7.393 pessoas e 7.318 veículos, sendo emitidas 3.489 autuações por diversas infrações, como não uso do cinto de segurança (139), ultrapassagem indevida (207), não uso do capacete (99) e condutor manuseando o celular (6).

O enfrentamento à mistura de bebida e direção contou com o apoio de equipes da Operação Lei Seca, sendo realizados 2.398 testes com o bafômetro, que resultaram em 77 autuações, sendo 14 por constatação, 61 por recusa e 2 por Termo de Constatação.  Seis motoristas foram presos por dirigirem sob efeito de álcool. Também, foram recolhidos 264 veículos irregulares, 189 Certificados de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLVs) e 60 Carteiras Nacionais de Habilitação (CNHs).

Para evitar acidentes, os agentes recolheram 31 animais que estavam soltos às margens das rodovias e registraram 32,4 toneladas de excesso de peso em veículos de carga. Ao todo, 318 pessoas foram sensibilizadas com palestras educativas que visam conscientizar os condutores para a promoção de um trânsito mais seguro. A Base de Operações Aéreas, que atua em conjunto com o SAMU foram acionados para realizar três resgates aeromédicos.

No combate à criminalidade, 27 pessoas foram detidas por diversos crimes, entre eles o tráfico de drogas, roubo de veículos, falsificação de documento e porte ilegal de arma de fogo.

Da Ansa

O feriadão da Proclamação da República deixou um saldo de 863 acidentes nas rodovias federais que cortam o país, com 1.040 pessoas feridas e 75 mortes, segundo o balanço divulgado nesta segunda-feira (18) pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).

De acordo com a PRF, a Operação Proclamação da República 2019 iniciada na última quinta-feira (14) e encerrada nesse domingo (17) flagrou 1.664 motoristas que haviam consumido bebida alcoólica antes de assumir o volante.

##RECOMENDA##

Desses, 486 tiveram a alcoolemia constatada pelo teste do etilômetro (bafômetro). No total, mais de 60,3 mil motoristas foram submetidos ao teste, seja no aparelho tradicional ou no etilômetro passivo, com 147 pessoas detidas.

Segundo a PRF, boa parte das colisões frontais com mortes foi causada pelas ultrapassagens indevidas, seja em local proibido ou forçadas. Os policiais notificaram 6.214 veículos realizando esse tipo de manobra perigosa.

Os policiais flagraram 1.734 motoristas que não usavam o cinto de segurança durante a abordagem, enquanto mais de 2 mil passageiros também não estavam com o equipamento. Os dados mostraram ainda que 238 condutores foram flagrados fazendo uso do celular.

Quanto aos condutores de motos, a maior imprudência foi em relação ao não uso do capacete: 1.112 motociclistas que estavam circulando sem o equipamento obrigatório foram autuados.

Durante os quatro dias da operação, 160 mil veículos foram fiscalizados e 163 mil pessoas também passaram pelos procedimentos de fiscalização. Ações de educação para o trânsito também foram desenvolvidas em todo país. Cerca de oito mil pessoas receberam orientações de um trânsito mais seguro por meio do Cinema Rodoviário.

Criminalidade

Segundo a PRF, entre quinta-feira e domingo, os policiais detiveram 689 pessoas por diversos tipos crimes, 42 delas pelo crime de tráfico de drogas e 160 por diferentes crimes de trânsito.

Os agentes apreenderam182,7 quilos de cocaína e 4 toneladas de maconha, além de 90 mil pacotes de cigarros contrabandeados. Os policias recuperaram ainda 64 veículos com alerta de roubo ou furto.

 

O número de acidentes com morcegos na capital paulista cresceu 101,8% neste ano, segundo dados da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), órgão da Secretaria Municipal da Saúde. Os registros passaram de 107, em 2018, para 216, em 2019 (até o dia 4). Entre os motivos para a alta está a entrada de grupos, principalmente religiosos, em uma Área de Proteção Ambiental (APA) na zona leste da capital.

"Os morcegos são muito comuns nas áreas urbanas e estão em todos os distritos e bairros, pois se adaptaram bem", afirma Débora Cardoso de Oliveira, bióloga do setor de Quirópteros do Divisão de Vigilância de Zoonoses da secretaria.

##RECOMENDA##

De acordo com ela, os mais famosos e temidos - que se alimentam de sangue, chamados hematófagos - estão restritos às áreas de mata. Normalmente, eles mordem outros animais, mas quando encontram pessoas em seu habitat podem também mordê-las em busca de alimento. "Não existe um ataque de morcegos. Eles não atacam, não tem um comportamento agressivo", conta.

São registrados como "acidente" quando as pessoas são mordidas ou arranhadas por qualquer espécie de morcegos, incluindo aqueles que não se alimentam de sangue, e mesmo no caso em que elas se ferem tentando capturá-los.

Parte do aumento foi causada pela entrada de grupos religiosos em uma APA. De acordo com a pasta, não é possível indicar quais regiões da cidade registram mais acidentes, pois a notificação é feita por local de residência e não de ocorrência. No entanto, 31,9% dos casos deste ano foram atendidos em um hospital da zona leste, o Tide Setubal, que é a unidade de referência para este tipo de atendimento na região, onde houve 69 casos. Segundo a secretaria, a unidade também atende pessoas de outras partes da cidade e de municípios vizinhos.

A secretaria informou que a Unidade de Vigilância em Saúde (UVIS) da Cidade Tiradentes, na zona leste, fez um trabalho de monitoramento dos morcegos na APA Iguatemi e orientou a população com relação à proteção ao ingressar em áreas de mata.

Além da entrada de pessoas em áreas de mata, a secretaria diz que campanhas de conscientização para que a população procure atendimento médico em caso de acidente foram realizadas e que isso pode ter contribuído para o aumento de registros.

Bióloga que trabalha com morcegos há uma década, Helen Regina da Silva Rossi explica que, ao longo dos anos, os morcegos se adaptaram à vida nas cidades, principalmente as espécies que se alimentam de insetos.

"As cidades foram crescendo e tomando conta das matas. A iluminação das cidades atraiu os insetos e os morcegos vão em busca de alimento. E os morcegos que se alimentam de insetos se adaptaram às casas. Por isso, eles podem ser encontrados no forro das residências."

Recomendações

Ao encontrar um morcego, a recomendação é não pegá-lo. Também é necessário ter cuidado ao limpar o local onde os morcegos se instalaram.

"Ele morde e pode transmitir a raiva. Outra doença ligada ao morcego é a histoplasmose, que é causada pelo esporo de um fungo que surge nas fezes do morcego. Ao ser aspirado, ele causa essa doença respiratória que tem tratamento e cura, mas é bem desagradável."

Raiva

A capital não tem registro de raiva humana autóctone desde 1981. No Estado de São Paulo, nenhum caso de raiva foi registrado neste ano. No ano passado, houve o registro em um paciente de Ubatuba, segundo a Secretária de Estado da Saúde.

"Caso tenha tido contato direto com um morcego ou se for frequentador de áreas de mata e notar qualquer ferimento com sangue, é imprescindível procurar orientação médica pelo risco de pegar raiva. Essa doença, se não for tratada imediatamente, é fatal. Pessoas, cães e gatos com histórico de contato com morcegos também devem procurar ou ser encaminhados para o serviço de saúde, para a avaliação médica", informa a secretária municipal.

A pasta estadual relembra que não é permitido ferir nem matar esses animais. "Cabe lembrar que morcegos são animais silvestres protegidos por legislação, e contribuem ambientalmente no processo de polinização, dispersão de sementes e redução de pragas de insetos. Por isso, não devem ser capturados e mortos pela população."

O que fazer ao encontrar um morcego?

Não toque no animal. Tente imobilizá-lo com um balde, um pano ou uma caixa

Chame a Divisão de Vigilância de Zoonoses pelo telefone 156

Solicite a abertura de um SAC de remoção de morcego

O serviço funciona 24 horas

E se eu for mordido ou arranhado por um morcego?

A orientação é procurar uma unidade de saúde ou o Instituto Pasteur

E se o acidente for com um animal doméstico?

Ele deve ser levado ao veterinário. É importante que todos os animais sejam vacinados contra a raiva.

O percentual de mortes de motociclistas em acidentes de trânsito no Brasil subiu de 8,3% em 2000 para 24,8% em 2008, ano da implantação da Lei Seca, e continuou subindo, mais lentamente, até 33,4% em 2017, segundo o Boletim Proadess (Projeto de Avaliação de Desempenho do Sistema de Saúde), elaborado pelo Laboratório de Informação em Saúde (ICICT) da Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Segundo o levantamento, as regiões Norte e Nordeste apresentaram as maiores taxas de mortes em acidentes em 2017, 44,5% e 43,4%, respectivamente.  Em 2000, esses índices alcançavam 13,6% e 12,1% em cada região.

##RECOMENDA##

O médico Josué Laguardia, pesquisador do ICICT e responsável pelo estudo, disse hoje (30) que vários fatores influenciam em um maior risco de morte em acidentes com motocicletas. São veículos que apresentam menor proteção para o motorista e o passageiro, do que um veículo automotor, como carro, caminhão ou ônibus, “que oferecem mais proteção do que uma moto, na qual o motorista tem maior exposição”. Segundo Laguardia, isso piora se ele não está usando capacete, luvas, botas, jaqueta adequada. “Tudo isso pode agravar o risco de um acidente ser fatal”, disse.

Laguardia acrescentou que uma via em que falta sinalização coloca em risco tanto motoristas como pedestres. A questão da velocidade e da qualidade da infraestrutura também influenciam em termos de maior risco de acidente e de lesão grave ou óbito. “É um conjunto de fatores que, inter-relacionados, pode aumentar o risco de acidente. E, no caso do motociclista, esse acidente pode ser mais grave por ele estar menos protegido. Assim como ocorre com o pedestre também”.

Gastos do SUS

A elevação da taxa de mortes em acidentes com motociclistas repercute também em termos de aumento de gastos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Josué Laguardia disse que além de ter profissionais para assistência no local do acidente e para fazer o atendimento adequado às vítimas no estabelecimento hospitalar, bem como no período de internação, os acidentados exigem muitas vezes uma equipe de profissionais para fazer sua reabilitação. 

“A maior gravidade das lesões vai demandar tempo de internação, cirurgias ortopédicas com colocação de órteses ou próteses, a questão da reabilitação. Tudo isso vai demandar recursos muitas vezes públicos para esses acidentados”.

O Boletim Proadess revela que dos R$ 260 milhões gastos pelo SUS em 2017 com internações por acidentes de trânsito, em torno de 63% foram destinados a motociclistas. O percentual mais elevado está no Nordeste (75,8%) e o menor na Região Sul (50,4%). Os motociclistas representavam 40% das pessoas internadas por acidentes em 2008 e passaram a representar mais de 50% em 2017. Laguardia disse que esses gastos excluem atendimento pré internação e pós-internação. 

Aumento de frota

No período 2000 a 2008, houve um aumentou em 211% na frota de motos e em 261% nas mortesde motociclistas no Brasil. No período posterior, de 2008 a 2017, esses índices caíram para 96,6% e 36,6%, respectivamente. Apesar disso, permanecem números elevados da frota de motos nas regiões Norte (163,5%) e Nordeste (167,4%) entre 2008 e 2017 e também do número de óbitos, que, entretanto, permanecem os mais altos do país (122,8% e 91,5%). Já o Sudeste teve taxa negativa de óbitos (-3,2%) no mesmo período.

De acordo com o porte dos municípios, verifica-se que a proporção de mortes de motociclistas em  cidades de até 20 mil habitantes e em municípios de 20 mil a 100 mil habitantes subiu de 9,9% e 10,4%, respectivamente, em 2000, para cerca de 38% em ambos em 2017.

O Boletim Proadess destaca que a maior parte das mortes envolvendo motos abrange a população jovem entre 20 e 39 anos de idade, sendo que cerca de 45% são óbitos do sexo masculino e 35% do sexo feminino.

Uma batida frontal entre um carro e uma motocicleta provocou a morte de um homem e deixou pelo menos outras quatro pessoas feridas na noite desta quinta-feira (24), na Vila Jacuí, na zona leste de São Paulo. Segundo o Corpo de Bombeiros, o acidente aconteceu por volta das 19h15, na altura do número 10.000 da Avenida Doutor Assis Ribeiro.

A equipe médica que atendeu às vítimas constatou que um dos homens que estava no automóvel morreu. Sua identidade e sua idade não foram informadas.

##RECOMENDA##

Um homem de 54 anos teve fratura no fêmur, foi socorrido e levado pronto-socorro do Hospital Santa Marcelina. Uma mulher de 18 também fraturou o fêmur e foi encaminhada ao Hospital Ermelino Matarazzo. Outra mulher, de 35, sofreu um trauma no abdome e foi levada ao Hospital 8 de Maio. E um homem de idade não divulgada teve uma contusão em um membro inferior e foi encaminhado ao Hospital Tide Setúbal.

Rodoanel

Um caminhão carregado com produto químico tombou e provocou a interdição do trecho oeste do Rodoanel na manhã desta sexta-feira, 25. O motorista foi resgatado e seu estado de saúde é grave.

O acidente aconteceu por volta das 6h15 no km 22 do Rodoanel, na altura de Osasco, na Grande São Paulo. Às 8 horas, o trânsito permanecia interrompido no sentido da Rodovia dos Bandeirantes até o km 29.

Ao menos quatro viaturas do Corpo de Bombeiros foram enviadas ao local. Como o caminhão transportava uma substância química, diisocianato de tolueno (TDI), a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) foi ao local para retirar o material da pista.

A partir das 14h deste sábado (27), o Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco (Detran), vai realizar uma blitz educativa com técnicos de educação de trânsito, com o objetivo de alertar os condutores de motos sobre os cuidados que eles precisam ter para evitar acidentes, em comemoração ao dia dos motociclistas.

A ação será montada na Avenida Norte, no sentido Casa Amarela, ao lado da Junta de Alistamento Militar. Os educadores vão distribuir material contendo dicas de boas práticas e segurança no trânsito, além de panfletos, do Código de Trânsito Brasileiro e chaveiros.

##RECOMENDA##

O evento será realizado em parceira com Secretaria de Saúde/Operação Lei Seca, Batalhão de Policiamento de Trânsito(BPTran), Corpo Militar de Bombeiros e uma fabricante de motocicletas.

De acordo com o Ministério da Saúde, condutores de motos são os mais vulneráveis a acidentes, que causam danos físicos permanentes, afastamentos temporários do trabalho e mortes.

Oito pessoas morreram, neste domingo (21), em dois acidentes que, segundo a Polícia Rodoviária Estadual, poderiam ter sido evitados se os motoristas tivessem sido mais prudentes no trânsito.

No início da noite, na rodovia Júlio Budisk (SP-501), em Alfredo Marcondes, o motorista de um automóvel tentou uma ultrapassagem em local não permitido e bateu de frente em outro carro que vinha em sentido contrário.

##RECOMENDA##

Em um dos veículos, que seguia no sentido de Presidente Prudente, uma mulher de 36 anos e o filho dela, de 4 anos, morreram. A mulher ainda chegou a ser socorrida, mas não resistiu. No outro carro, um homem de 56 anos e sua mulher, de 52, morreram no local do acidente. O condutor do primeiro veículo, um rapaz de 21 anos, e a namorada dele de 16 foram levados com ferimentos para o Hospital Regional de Presidente Prudente, mas passam bem.

Ainda na manhã do domingo, depois de abastecer o veículo em um posto de combustível, em Tarumã, o motorista de um carro entrou na rodovia Miguel Jubran (SP-333) pela contramão e foi atingido em cheio por outro automóvel. Quatro pessoas morreram - dois homens, de 59 e 82 anos, respectivamente, e uma mulher de 52 anos, que estavam no carro que invadiu a pista, e uma passageira de 36 anos do outro veículo.

Outras duas pessoas ficaram feridas e foram levadas em estado grave para o Hospital Regional de Assis. Conforme a Polícia Rodoviária Estadual, há indícios de que, nos dois casos, a imprudência ou imperícia de motoristas pode ter contribuído para os acidentes. As causas, no entanto, serão apuradas pela Polícia Civil. Nos dois casos, a Polícia Técnica realizou perícia nos locais e nos automóveis envolvidos.

A adoção da cadeirinha para o transporte de crianças de até sete anos e obrigação de uso do cinto de segurança no banco de trás dos carros até os nove anos diminuíram em um terço o número de internações de crianças acidentadas em estado grave e reduziram em um quinto o número de mortes de pessoas nessa faixa etária transportadas em veículos automotores.

Os dados são do Ministério da Saúde, conforme análise do Conselho Federal de Medicina (CFM), em parceria com a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

##RECOMENDA##

O estudo indica que esses números envolvendo acidentes com crianças diminuíram no mesmo período em que o número de veículos nas ruas cresceu cerca de 50%. Entre 2010 e 2018, a frota de veículos no país aumentou de 37,25 milhões para 54,7 milhões.

A obrigatoriedade da cadeirinha e do cinto de segurança está na Resolução nº 277 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).

Conforme nota divulgada pelo CFM, antes da resolução, em média 37 crianças de 0 a 9 anos morriam por ano em decorrência da gravidade dos acidentes de trânsito. Em 2017, os casos caíram para 18.

De 1996 a 2017, o Brasil perdeu 6.363 crianças menores de dez anos que estavam dentro de algum tipo de veículo envolvido em acidente. Crianças entre zero e quatro anos de idade foram vítimas fatais em 53% dos episódios.

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, desde 2013 houve um aumento de 15,8% no número de internações em hospitais do SUS no Estado de São Paulo decorrentes de vítimas de acidentes de trânsito. Deste aumento, 80% estão ligados a pessoas que sofreram acidente com motos. Este balanço foi realizado para a campanha "Maio Amarelo", movimento que busca conscientizar a população sobre responsabilidade e segurança no trânsito.

Os principais motivos dos acidentes de trânsito estão relacionados ao desrespeito às leis, como excesso de velocidade, ingestão de álcool, direção perigosa e uso de celular.

##RECOMENDA##

Em 2018, ocorreram 26.229 internações de pessoas envolvidas em acidentes de trânsito. Do total, 22.581 (86%) eram motociclistas, enquanto o restante estava envolvida em acidentes com carros. Em 2013, ocorreram 22.644 internações, das quais 18.608 (85%) relacionadas a motocicletas e 4.036 a veículos.

Considerando os acidentes com ambos os tipos de veículos, as vítimas são predominantemente na faixa etária de 20 a 59 anos, em ambos os sexos. Os homens são as vítimas mais frequentes. Nos últimos seis anos, cerca de 80% dos acidentados eram do sexo masculino, com uma média de 20 mil internações por ano, dos quais aproximadamente 17 mil casos relacionados a motos.

A operação de Semana Santa da Polícia Rodoviária Federal (PRF), realizada entre quinta-feira (18) e domingo (21), registrou 52 acidentes, com 42 feridos e nenhuma morte. Os números são favoráveis em comparação a 2018, que apontou 61 acidentes, com 36 feridos e duas mortes.

Nos quatro dias de fiscalização, 2.775 pessoas e 2.713 veículos foram verificados, com 1.492 autuações emitidas. Dessas, 64 foram por falta de cinto de segurança, 59 por ultrapassagens indevidas, 20 por falta de cadeirinha e 12 pela falta do capacete. Além de 982 imagens de radar por excesso de velocidade.

##RECOMENDA##

Com o apoio da Lei Seca, 1.100 testes de bafômetro foram realizados, com 38 autuações e dois condutores presos por alcoolemia. Das autuações, 26 foram por recusa ao teste e 12 por constatação de embriaguez.

No período de Semana Santa ainda foram recolhidos 85 veículos, 63 Certificados de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLVs) e 34 Carteiras Nacionais de Habilitação (CNHs). Em relação aos caminhões, 40 toneladas de carga excessiva foram recolhidas.

O acidente mais grave ocorreu na madrugada da sexta-feira (19), no quilômetro 73 da BR-101, em Jardim São Paulo, na Zona Oeste do Recife. Um motorista inabilitado pegou a contramão da BR e colidiu de frente com outro carro. Ele e o passageiro do outro veículo ficaram feridos.

Pela segunda vez em menos de seis meses, um Boeing 737 MAX 8 caiu minutos após decolar, matando todos os seus ocupantes, o que gerou novos questionamentos sobre a segurança de um modelo que é crucial para os planos da gigante da aviação americana.

Neste domingo (10), morreram 157 passageiros e tripulantes de um 737 MAX operado pela Ethiopian Airlines. O mesmo modelo caiu na Indonésia em outubro passado, matando seus 189 ocupantes.

Apenas os dados de voo e as caixas-pretas da aeronave poderão indicar o que causou o acidente de hoje, se foram problemas técnicos, erro do piloto ou uma combinação de fatores.

Durante o voo, o piloto do Boeing reportou "dificuldades" e pediu para retornar ao aeroporto internacional de Bole, na capital etíope, disse à imprensa o presidente da companhia aérea, Tewolde GebreMariam.

"O piloto mencionou que tinha dificuldades e que queria regressar", e os controladores "autorizaram-no" a dar meia-volta e retornar para Adis-Abeba, declarou GebreMariam em entrevista coletiva.

As condições climáticas na capital da Etiópia eram boas no momento do voo.

- Coincidência? -

Enquanto o especialista do Teal Group Richard Aboulafia afirmou que "é muito cedo para fazer algum comentário significativo", outro analista destacou as semelhanças entre os dois acidentes.

"Foi o mesmo avião. Assim como o da Lion Air, o acidente da Ethiopian ocorreu logo após a decolagem, e os pilotos reportaram problemas. As semelhanças são claras", assinalou o especialista aeroespacial, que pediu para não ser identificado.

O especialista em aviação Michel Merluzeau apontou que "estas são as únicas semelhanças, e a comparação para aí, já que não temos nenhuma outra informação confiável até o momento".

Desde o acidente da Lion Air, o 737 MAX enfrenta ceticismo por parte da comunidade aeroespacial. O programa apresentou problemas ainda na fase de desenvolvimento.

Em maio de 2017, a Boeing interrompeu os testes de voo dos 737 MAX devido a problemas de qualidade do motor produzido pela CFM International, empresa de propriedade conjunta da Safran Aircraft Engines e GE Aviation.

O último acidente representa um grande golpe para a Boeing, cujos aviões MAX são a última versão do 737, sua aeronave mais vendida de todos os tempos, com mais de 10 mil aparelhos produzidos.

"A MAX é uma linha muito importante para a Boing na próxima década. Representa 64% da produção da empresa até 2032, e tem margens operacionais significativas", assinalou Merluzeau, destacando que as próximas 24 horas serão fundamentais para que a Boeing administre a crise com os viajantes e investidores preocupados com a segurança de seu avião.

A fabricante divulgou estar "profundamente entristecida" com o acidente da Ethiopian Airlines, e acrescentou que uma equipe técnica auxiliará nas investigações.

O especialista que pediu anonimato indicou que a Boeing deverá enfrentar uma reação negativa dos mercados, mas que o prejuízo será limitado para o grupo, concorrente da Airbus.

O número de mortos em acidentes de trânsito na cidade de São Paulo ficou estável em 2018 em relação a 2017 - foram 884 vítimas, apenas uma a menos do que no ano anterior. O resultado interrompe uma sequência de diminuição de casos do tipo na capital. A causa disso é o crescimento de 18% nas mortes de motociclistas (360, no total). Técnicos da Prefeitura avaliam que a alta está ligada ao crescimento dos aplicativos de entrega por motoboys, que dão prêmios em dinheiro para quem faz mais viagens.

A tendência de redução, observada nos dois anos anteriores, se manteve entre ocupantes de ônibus (- 63%), ciclistas (- 40,5%) e pedestres (- 5,8%). No caso dos ocupantes de automóveis, também houve estabilidade: uma morte a mais no ano passado do que em 2017. Já o número de mortes de motociclistas foi o mais alto em três anos. Os dados são do Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito de São Paulo (Infosiga), mantido pelo governo estadual.

##RECOMENDA##

Técnicos da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) ouvidos pela reportagem avaliam desde meados de 2018 o peso do aumento do mercado de apps de entrega por motoboys (como Rappi, Loggi, Uber Eats, iFood) nesse cenário. A prática de oferecer prêmios a quem faz mais entregas - vedada pela lei federal 12.436/2011 - estimula a direção imprudente. O estudo anual da CET sobre o trânsito ainda está em andamento.

Oficialmente, a companhia diz monitorar as estatísticas e o comportamento do trânsito "para nortear a implantação de medidas de segurança viária". Afirma ainda que, junto da Polícia Militar, "mantém a fiscalização para coibir abusos de velocidade e a imprudência de motociclistas, as maiores vítimas do trânsito na cidade".

A prática da oferta de prêmios, por outro lado, já foi alvo de ação judicial do Ministério Público do Trabalho, que será julgada no mês que vem contra a Loggi. Também motivou a abertura de inquéritos contra as empresas Rappi, iFood e outras, em andamento.

Na ação da Loggi, os procuradores Tatiana Campelo, Tatiana Somonetti e Rodrigo Castilho apontam os estímulos para aumento de viagens e outras violações à saúde do trabalho, como falta de tempo de descanso adequado. "O resultado disso é o aumento no número de acidentes de trânsito, nas despesas com previdência social e a sonegação de impostos", diz a ação, cujo foco é a relação trabalhista de apps e entregadores.

Estímulos

Esses prêmios não são bem vistos pela própria categoria, segundo o presidente do Sindicato dos Mensageiros Motociclistas de São Paulo (Sindimotosp), Gilberto de Almeida dos Santos. "O principal problema é que essas empresas trazem gente muito nova, sem experiência, sem cursos. E, com esses estímulos, esse pessoal é colocado para correr", diz.

Mensagens com esses estímulos são disparadas por SMS. Em outubro, uma das mensagens, atribuída à empresa Uber Eats dizia: "Ganhe 570 reais completando 44 entregas ou ganhe 80 reais completando 26 entregas". Outra, atribuída à Rappi, dava "incentivo especial" de R$ 50 para quem fizesse cinco entregas em duas horas. "Garanta o presente da garotada hoje", dizia o texto, de 11 de outubro.

Muitos dos que tentam acompanhar esse ritmo se acidentam. Motoboy há 10 anos, Rafael Silva, de 36 anos, faz entregas por app à noite. "Tem de prestar muita atenção no celular porque é rua de bairro, coloca sua vida em risco. E tem de acelerar para pegar pedido porque o tempo é pouco. Dão 10 minutos para chegar no restaurante e, se passar 30 segundos, cancelam." O acidente mais grave que sofreu foi há quatro meses, quando um carro atingiu sua perna em uma entrega. "Fiquei 45 dias sem trabalhar. Deu inchaço no tornozelo, afetou a veia. Tive de fazer cirurgia."

Emerson Souza, de 29 anos, aderiu aos apps há nove meses. "Dependendo do lugar, se é longe e tem muito trânsito, tem de sair cortando, passando farol vermelho, fazendo gato para poder chegar rápido nos restaurantes", conta ele.

Apps

À reportagem, o iFood disse promover "ações para garantir a qualidade de vida e segurança dos entregadores". Afirmou ainda que "reforça aos operadores logísticos parceiros e aos restaurantes com entregadores próprios a importância do cumprimento da legislação e melhores práticas de trânsito." A Loggi disse apenas que "vem revolucionando a logística" no País, promovendo "inclusão social", e que "é natural que sociedade e órgãos públicos queiram acompanhar a evolução do mercado de aplicativos". A Uber Eats chegou a pedir dados do Infosiga, que são públicos, mas não se manifestou. A Rappi não respondeu. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com a Operação de Ano Novo em Pernambuco, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou 56 acidentes nas rodovias federais do Estado, que deixaram 45 pessoas feridas e nove mortas. A ação aconteceu do dia 28 de dezembro de 2018 a 1° de janeiro de 2019, o que constata 11,2 acidentes por dia de operação. Outras sete pessoas foram presas sob efeito de álcool.

O acidente mais grave registrado pela PRF aconteceu exatamente no primeiro dia de 2019, quando o motorista de um carro perdeu o controle do veículo, saiu da pista e capotou. Quatro homens e uma mulher, que estavam no veículo, faleceram no local.

##RECOMENDA##

Essa tragédia foi no quilômetro 54,3, da BR-101, mais precisamente em Jardim Paulista, situada no Grande Recife.

No período da operação foram fiscalizados 4.048 pessoas e 3.393 veículos, sendo emitidas 1.501 autuações por diversas infrações. Entre elas, 117 pelo não uso do cinto de segurança, 116 por ultrapassagens em local proibido, 32 pela falta da cadeirinha e 23 pela ausência do capacete.

O combate ao crime também teve vez na ação da Polícia Rodoviária Federal, sendo presas sete pessoas por receptação, uso de documento falso, violar suspensão do direito de dirigir e outros crimes de trânsito, segundo o órgão.

A Base de Operações Aéreas da PRF, que atua em conjunto com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), realizou a remoção de um paciente baleado, de Campina Grande, na Paraíba, para um hospital em Olinda, no Grande Recife.

Em quatro dias, foram recolhidos 182 veículos, 106 Certificados de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLVs) e 54 Carteiras Nacionais de Habilitação (CNHs), por diversas irregularidades.

A chuva que atinge o Rio desde a tarde dessa segunda-feira (24) provocou acidentes nas estradas e no perímetro urbano. Na BR-101, em Angra dos Reis, na Costa Verde, altura do bairro do Frade, uma caminhonete bateu em um caminhão e o motorista morreu na hora. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o homem, identificado como Luiz Paulo, perdeu o controle do carro, derrapou na pista e bateu no caminhão que vinha no sentido contrário.

A vítima trabalhava para a empresária, socialite e ex-modelo Valdirene Aparecida Marchiori, conhecida como Val Marchiori, que postou em uma rede social. “Gente, é muita dor no meu coração, era uma pessoa que eu gostava muito e era amigo dos meus filhos. Já fazia parte da nossa família. Trabalhava de ajudante de marinheiro de meu barco. Ainda ontem estávamos dando risadas juntos! Acaba de falecer em um acidente de carro. Nós o amávamos meu querido!”

##RECOMENDA##

Acidente grave

A pista escorregadia provocou outro acidente grave na região portuária do Rio, no bairro da Gamboa. O piloto de uma motocicleta, identificado como Robson de Oliveira, 26 anos, morreu na hora, quando bateu na traseira de um ônibus urbano. Além dele, uma jovem, não identificada, com cerca de 20 anos, que viajava na garupa da motocicleta foi socorrida com vida e encaminhada pelo Corpo de Bombeiros para o Hospital Municipal Souza Aguiar, na região central da cidade. A vítima não resistiu aos ferimentos e morreu antes de chegar ao hospital.

Estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado nesta sexta-feira (7), mostra o aumento contínuo das mortes no trânsito. Pelos dados do relatório, mais de 1,35 milhão de pessoas perdem a vida todos os anos em decorrência de acidentes de trânsito. Os dados mais alarmantes estão na África. Para especialistas, os governos reduziram os esforços na busca por solução para o problema.

O Relatório da Situação Global da OMS sobre segurança no trânsito de 2018 destaca que as lesões causadas pelo trânsito são hoje a principal causa de morte de crianças e jovens entre 5 e 29 anos. O documento inclui informações sobre o aumento no número total de mortes e diz que as taxas de mortalidade da população mundial se estabilizaram nos últimos anos.

##RECOMENDA##

"Essas mortes são um preço inaceitável a pagar pela mobilidade", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. “Este relatório é um apelo aos governos e parceiros para que tomem medidas muito maiores para executar essas medidas”, acrescentou.

Os relatórios de status global da OMS sobre segurança no trânsito são divulgados a cada dois ou três anos e servem como ferramenta de monitoramento para a Década de Ação para Segurança Viária 2011-2020.

Mortes

Pelo relatório, o risco no trânsito é três vezes maior nos países de baixa renda do que nos países de alta renda. As taxas são mais elevadas em países da África e as mais baixas na Europa.  Três regiões do mundo relataram um declínio nas taxas de mortalidade no trânsito: Américas, Europa e Pacífico Ocidental.

Os pedestres e ciclistas são responsáveis por 26% de todas as mortes no trânsito, enquanto os motociclistas e passageiros por 28%.

De acordo com o relatório, apenas 40 países, representando 1 bilhão de pessoas, implementaram pelo menos 7 ou todos os 8 padrões de segurança de veículos das Nações Unidas.

Investimentos

Para o fundador e diretor da Bloomberg Philanthropies e embaixador global da OMS, Michael R Bloomberg, é preciso investir mais na educação do trânsito, na prevenção e atenção à segurança nas estradas e pistas.

Segundo ele, é necessário adotar “políticas fortes” e fiscalização, repensar as estradas para que se tornem inteligentes e adotar campanhas de conscientização.

"A segurança no trânsito é uma questão que não recebe nem perto da atenção que merece. [E] é realmente uma das nossas grandes oportunidades para salvar vidas em todo o mundo", ressaltou.

Avanços

De acordo com o estudo, apesar do alerta, houve progressos, pois a legislação de forma geral foi aperfeiçoada, visando a redução de riscos, o excesso de velocidade e vetos à ingestão de bebida alcoólica antes da direção. Também há menção à obrigatoriedade quanto ao uso de cintos de segurança e capacetes.

Há, ainda, a citação da preocupação com os cuidados com as crianças, da adoção de infraestrutura mais segura, como calçadas e pistas exclusivas para ciclistas e motociclistas, melhores padrões de veículos, como os que exigem controle eletrônico de estabilidade e frenagem avançada e aprimoramento dos cuidados depois de uma colisão.

O relatório diz, ainda, que essas medidas contribuíram para a redução das mortes no trânsito em 48 países de renda média e alta. Porém, informa que não há dados sobre redução no total de mortes referindo-se aos países de baixa renda.

Pelo menos 10% do total de recursos arrecadados com multas de trânsito deverá ser investido em ações e serviços de saúde que atendam a vítimas de acidentes de trânsito, caso se torne lei o Projeto de Lei do Senado (PLS) 436/2018, do senador Ciro Nogueira (PP-PI), que aguarda análise na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

O texto acrescenta ao rol de destinações dos recursos das multas — fiscalização, policiamento, engenharia e sinalização de trânsito — as despesas com saúde e reabilitação dos acidentados. Determina que, no mínimo, 10% do total arrecadado sejam aplicados especificamente nas ações de saúde. Detalha ainda que esses recursos devem ser destinados ao Fundo Nacional de Saúde (FNS) e não podem integrar os percentuais de aplicação obrigatória em saúde dos estados, município ou da União, segundo a Lei Complementar 141 de 2012.

##RECOMENDA##

De acordo com Ciro Nogueira, no âmbito da União, a arrecadação de multas executadas em 2017 foi de cerca de R$ 9 bilhões, mas desconhece-se a destinação precisa desses recursos, a efetiva contribuição para a melhoria das políticas de trânsito e se houve redução das despesas em saúde em decorrência dos acidentes de trânsito no Brasil. Na opinião do senador, seria questão de justiça destinar mais recursos para a saúde.

Em 2015, conforme dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), diz Ciro, foram consumidos R$ 12,3 bilhões, sendo “64,7% dos custos associados às vítimas dos acidentes, como cuidados com a saúde e perda de produção devido às lesões ou morte, e 34,7% estavam associados aos veículos, como danos materiais e perda de cargas, além dos procedimentos de remoção dos veículos acidentados”.

— Os custos da atenção integral à saúde das vítimas de acidentes de trânsito são diretamente correlacionados com o uso da infraestrutura rodoviária sem, contudo, contar com nenhuma fonte direta de financiamento desse sistema. Se é verdade que a educação previne acidentes, é também verdade que por mais educada que seja a população sempre haverá acidentes com vítimas cujos tratamentos precisarão ser custeados de alguma forma. Por conseguinte, em prol da justiça social, há lógica em financiar parte desse custo pelos infratores de trânsito.

A proposta é terminativa na CCJ e aguarda designação de relator.

Da Agência Senado

O coordenador da pós-graduação em Engenharia de Segurança no Trabalho da UNAMA - Universidade da Amazônia, Mike Pereira, participou na quarta-feira (24), como palestrante, da Semana Interna de Prevenção Acidente no Trabalho – SIPAT, no Auditório da Reitoria do IFPA (Instituto Federal do Pará). Com o tema “Condição de salubridade em postos de trabalho - paradigmas e evolutiva histórica”, Mike Pereira abordou as causas dos afastamentos dos trabalhadores dos empregos. 

“O enfoque foi numa visão mais atual das doenças psicológicas que têm provocado afastamento de alguns operários das nossas obras, uma coisa bem atual. Temos convivido com esses conflitos, que são doenças ocupacionais”, disse o professor.

##RECOMENDA##

Para Mike, palestras com temas como esses são importantes para que os alunos tenham acesso ao ambiente universitário. “Essas discussões, que são feitas dentro da universidade, em nível de graduação e pós-graduação, estamos levando a outros públicos, nessa semana de prevenção. E isso é muito importante para a sociedade, porque estamos discutindo para que sejam achadas soluções aquedadas para problemas que estão sendo provocados nas nossas obras da construção Civil”, explicou o professor

Mike disse que, segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho), em 2017, mais de 2 milhões de trabalhadores sofreram acidentes laborais. “O Brasil é o quarto nesse ranking. No mundo, um trabalhador se acidenta a cada 14 segundos. Um prejuízo enorme em todos os sentidos, para economia, para o sistema social e humano, pois são vidas sendo perdidas durante o trabalho”, afirmou o professor.

Por Rosiane Rodrigues.

 

 

O ano de 2018 caminha para fechar com estatísticas favoráveis aos motoristas brasileiros. O número de acidentes de trânsito com vítimas caiu 18% nos oito primeiros meses do ano na comparação com o mesmo período de 2017. Os dados são da Seguradora Líder, que opera o Seguro DPVAT (Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre).

De janeiro a agosto, conforme os dados mais recentes disponíveis, o total de indenizações pagas por acidentes somaram 216.023, contra 263.841 registrados no mesmo período do ano passado. Segundo as estatísticas, não apenas caiu o total de acidentes como os casos, na média, tornaram-se menos graves neste ano.

##RECOMENDA##

O número de indenizações por morte caiu 6%, de 27.582 para 26.032. A maior queda ocorreu nos reembolsos por invalidez permanente, que recuou 25%, de 197.396 para 147.363. O total de compensações de despesas médicas na rede privada, indicador que reflete ferimentos e lesões temporárias, foi a única modalidade a registrar alta, tendo subido 8%, de 38.863 para 42.028.

O total de acidentes caiu em todas as regiões. A principal queda foi registrada no Sul, com 26,8% menos ocorrências nos oito primeiros meses do ano em relação ao mesmo período de 2017. Em seguida, vêm o Nordeste, com retração de 22,1%. O recuo chegou a 16,2% no Sudeste; 6,2% no Centro-Oeste e 4,8% no Norte.

Os casos de morte no trânsito, no entanto, tiveram pequenas altas no Centro-Oeste (0,68%) e no Norte (0,21%). No Centro-Oeste, o aumento foi puxado pelo Mato Grosso, onde o pagamento de indenizações por morte saltou 13,25%. No Norte, Roraima, Amazonas e Pará registraram mais casos de morte, com altas de 45,8%, 3,6% e 3,56%, respectivamente.

A Seguradora Líder, no entanto, esclarece que, em alguns casos, as altas podem refletir acidentes de anos anteriores cujas indenizações ainda não haviam sido requeridas porque a vítima tem até três anos para entrar com o pedido.

A faixa etária mais atingida de janeiro a agosto foi de 18 a 34 anos, representando 47% do total dos pagamentos, o que corresponde a mais de 102 mil indenizações. Na divisão por tipo de veículo, a motocicleta concentrou 75% das indenizações, apesar de representar apenas 27% da frota nacional. A maior incidência de acidentes com vítimas ocorreu no período do anoitecer, entre as 17h e as 20h, com 23% das indenizações, seguida pela tarde, que representou 21% dos pagamentos no período.

Criado em 1974, o DPVAT é um seguro de caráter social que indeniza vítimas de acidentes de trânsito, sem apuração da culpa. Paga a cada ano, a apólice é obrigatória para a liberação do licenciamento do veículo. O seguro pode ser destinado a qualquer cidadão brasileiro – motorista, passageiro ou pedestre – e oferece três perfis de coberturas: morte (R$ 13,5 mil), invalidez permanente (até R$ 13,5 mil) e reembolso de despesas médicas e hospitalares da rede privada de saúde (até R$ 2,7 mil).

Nas rodovias federais que cortam Pernambuco foram registrados 51 acidentes que deixaram 34 feridos e duas pessoas mortas entre a quinta-feira (11) e o domingo (14). Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), nesse período foram fiscalizadas 1.893 pessoas e 1.635 veículos, sendo emitidas 767 autuações por diversas infrações.

Um dos acidentes mais graves registrados pela PRF aconteceu na madrugada da última sexta-feira (12), no quilômetro 50 da BR 101, em Abreu e Lima, Grande Recife. O condutor de uma motocicleta acessou a contramão da pista central e colidiu de frente com um ônibus. O homem, de 30 anos, morreu no local.

##RECOMENDA##

O motorista do ônibus realizou o teste do bafômetro, que deu negativo. A Polícia Civil esteve no local e vai investigar o caso.

No combate à alcoolemia foram realizados 861 testes com o bafômetro, que resultaram em 21 autuações e quatro prisões de motoristas sob efeito de álcool.

Nesta ação do feriadão, quatro pessoas foram presas por roubo de veículo, tráfico de drogas, tentativa de homicídio, porte ilegal de armas e por dirigir sem habilitação. Nesses quatro dias, 76 veículos foram recolhidos por diversas irregularidades.

A Prefeitura de São Paulo anunciou que aumentou em 20% o tempo para pedestres atravessarem cruzamentos com semáforos em 12 avenidas e que implantará um mutirão para reduzir o índice de acidentes de trânsito.

A mudança nos semáforos contemplou as seguintes vias: avenida Raimundo Pereira de Magalhães; avenida Engenheiro Caetano Álvares; avenida Sapopemba; avenida Senador Teotônio Vilela; avenida José Pinheiro Borges; avenida Aricanduva; avenida dos Bandeirantes; avenida Corifeu de Azevedo Marques; avenida Eliseu de Almeida; avenida Professor Ignácio de Anhaia Mello (entre a rua Américo Vespucci e a avenida Francisco Mesquita); avenida Assis Ribeiro e Estrada de Itapecerica.

##RECOMENDA##

Já o programa para reduzir acidentes, a ser realizado pela Secretaria Municipal de Mobilidade em parceria com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), será na avenida Carlos Caldeira Filho, na Zona Sul, que receberá a partir de 5 de novembro melhorias na sinalização, aumento de agentes de fiscalização, novos radares e alterações viárias em pontos críticos.

"Esta avenida teve uma evolução no aumento do número de acidentes com vítimas nos últimos seis anos, só no primeiro semestre deste ano foram cinco acidentes com sete mortes, o que nos motivou a tomar medidas urgentes", afirmou o secretário de Transportes, João Octaviano.

De acordo com o secretário, cerca de 43% dos acidentes nos últimos seis anos na via envolveram veículos e outros 40%, motos. Uma das medidas da administração municipal será a implantação de um pilar de estreitamento da via, que é do Metrô, e que receberá proteção para diminuir o risco de colisões. Também haverá a proibição de conversão à esquerda da via.

As mudanças que serão realizadas na avenida Carlos Caldeira já foram feitas para reduzir o número de acidentes na avenida Celso Garcia, na Estrada M’Boi Mirim e na Marginal Pinheiros.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando