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No Dia Internacional da Lembrança do Holocausto, autoridades europeias fazem um aceno à data e relembram as vítimas do nazismo. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, escreveu em sua conta na rede social X (antigo twitter) que, "no dia em Memória do Holocausto, nós lembramos das vítimas e pronunciamos seus nomes em voz alta". Ela afirmou ainda que os atos antissemitas estão aumentando "de forma alarmante" e que "é nosso dever proteger e fazer prosperar a vida judaica na Europa".

O chanceler alemão Olaf Scholz se manifestou ao dizer "nunca mais à exclusão social e à privação de direitos, à ideologia racista, à desumanização e à ditadura". Em sua conta no X, ele escreveu que "nosso 'nunca mais' tem milhões de vozes e a nossa democracia milhões de rostos".

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O presidente da França, Emmanuel Macron, também se pronunciou. "Há 79 anos, o campo de extermínio de Auschwitz foi libertado. A humanidade estava finalmente perfurando as trevas do nazismo. Na memória eterna dos milhões de vítimas da Shoah (palavra hebraica para "catástrofe"), lembremo-nos que o antissemitismo e o ódio conduzem às piores atrocidades", escreveu.

Já o primeiro ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, compartilhou uma foto sua ao lado da sobrevivente de Auschwitz Lily Ebert, que comemorou recentemente seu aniversário de 100 anos. "Temos o dever de recordar os crimes horríveis do Holocausto. É por isso que conhecer sobreviventes como Lily Ebert é tão importante. Lily comemorou recentemente seu 100º aniversário. Por favor, reserve um tempo para ouvir sua história nas suas próprias palavras", falou.

O vereador Adilson Amadeu (União Brasil), eleito pela quinta vez nas eleições de 2020, foi condenado à perda do mandato por antissemitismo. Ele também deverá cumprir pena de três anos reclusão, em regime aberto.

A decisão não tem efeito imediato, ou seja, ele poderá ficar no cargo enquanto recorre para tentar reverter a condenação.

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O Ministério Público de São Paulo denunciou o vereador pelo crime de racismo com base em uma mensagem enviada no WhatsApp.

"É uma puta duma sem vergonhice, que eles querem que quebra todo mundo, pra todo mundo fica na mão, do grupo de quem? Infelizmente também os judeus, quando eu até to até respondendo um processo, porque quando entra Albert Einstein, grupo Lide é que tem sem vergonhice grande, grande, sem vergonhice de grandeza, de grandeza que eu nunca vi na minha vida (sic)", diz o trecho da mensagem de voz.

A juíza Renata William Rached Catelli, da 21ª Vara Criminal de São Paulo, afirmou que o vereador foi "preconceituoso e extrapolou o direito à liberdade de expressão". "Contribuiu para perpetuar e reforçar processos de estigmatização contra o judaísmo", diz um trecho da sentença.

Amadeu é reincidente. No ano passado, ele foi condenado por injúria racial após chamar o colega Daniel Annenberg (PSDB) de "judeu filho da puta" e "judeu bosta" em uma sessão na Câmara Municipal. O histórico foi considerado para endurecer a pena.

A defesa do vereador argumentou que ele compartilhou o áudio com amigos de infância em um grupo fechado no WhatsApp e que suas críticas foram dirigidas à gestão da pandemia pela prefeitura e pelo governo paulistas e não aos judeus. Os advogados também destacaram que ele emitiu um pedido de desculpas à Federação Israelita de São Paulo e que 'sempre teve amizade com judeus'.

Para a juíza, por ser um homem público, o vereador deveria ter cuidado especial com suas manifestações. "Em poucas palavras, o acusado conseguiu reviver ideias sabidamente consideradas antissemitas, ajudando a disseminá-las, estigmatizando o povo judaico. O réu é um vereador, uma pessoa pública, e suas palavras ressoam de forma diversa das palavras de um desconhecido, um anônimo", escreveu.

COM A PALAVRA, O VEREADOR

A reportagem busca contato com o vereador. O espaço está aberto para manifestação.

O FBI emitiu um alerta às sinagogas em Nova Jersey, nos Estados Unidos, sobre uma "ampla ameaça à segurança" depois de obter o que chamou de "informações confiáveis" acerca de um nível aumentado de risco à segurança dos templos. O comunicado vem em um momento em que o país norte-americano lida com um crescimento de discursos antissemitas.

"Pedimos neste momento que vocês tomem todas as precauções de segurança para proteger suas comunidades e instalações", escreveu o escritório do FBI em Newark no Twitter na tarde desta quinta-feira (3). "Vamos compartilhar mais informações assim que pudermos. Fique alerta. Em caso de emergência, ligue para a polícia."

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O alerta foi publicado depois que as autoridades descobriram uma ameaça online direcionada amplamente às sinagogas em Nova Jersey. A postagem, porém, não tinha como alvo nenhuma sinagoga específica pelo nome, informou um funcionário do FBI, que preferiu não se identificar. O porta-voz do FBI em Newark não deu maiores detalhes sobre a natureza da ameaça. Mas, como resultado do aviso, o Departamento de Polícia de Nova York intensificou o monitoramento para garantir a segurança de "todas as áreas que englobam os cidadãos e sinagogas judeus".

Incidentes de viés antissemita e violência estão aumentando em todo o país. Somente no ano passado, houve 525 incidentes conhecidos de assédio, vandalismo e agressão a instituições judaicas, incluindo sinagogas, centros comunitários e escolas - um aumento de 61% em relação a 2020, de acordo com uma auditoria da Liga Antidifamação. Crimes recentes de preconceito geraram manchetes em todo o mundo.

Em janeiro, um cidadão britânico fez quatro reféns em uma sinagoga no subúrbio de Fort Worth, no Texas, por 11 horas, antes de ser morto pelas autoridades. Em 2018, um homem armado com um rifle de assalto estilo AR-15 e várias pistolas apareceu nos cultos de Shabat na sinagoga Tree of Life, em Pittsburgh, e matou 11 fiéis. Em 2019, um homem esfaqueou cinco pessoas em uma celebração do Hanukkah na casa de um rabino em uma comunidade judaica ortodoxa ao norte de Nova York, ferindo fatalmente uma pessoa.

David Levy, diretor do Comitê Judaico Americano em Nova Jersey, descreveu a urgência do alerta do FBI como rara. "É um reflexo do crescente antissemitismo em nosso país e como esse antissemitismo pode se transformar em violência", disse Levy, acrescentando: "Todo mundo está levando isso a sério". O governador de Nova Jersey, Phil Murphy, comunicou que o gabinete do procurador-geral e o gabinete estadual de segurança interna e preparação estão "trabalhando com as autoridades locais para garantir que todas as casas de culto sejam protegidas".

Jason M. Shames, CEO da Federação Judaica do Norte de Nova Jersey, destacou que sua organização imediatamente ativou o sistema de alerta de segurança da comunidade. Ameaças ligadas a congregações individuais não eram incomuns, disse ele, mas é "bastante incomum" que o aviso venha diretamente do FBI. "O que parece indicar para mim que há algo muito único nisso", acrescentou Shames.

Medidas

Em Lakewood, lar de uma grande comunidade de famílias judias ortodoxas, os policiais foram solicitados a permanecer em serviço por um segundo turno. Uma grande sinagoga no município notificou os moradores de que permaneceria fechada durante o dia e até novas orientações das autoridades.

De acordo com o prefeito do município, Raymond G. Coles, representantes do Departamento de Polícia de Lakewood participaram de uma teleconferência com o FBI na tarde de quinta-feira. "Estamos analisando recursos adicionais caso a situação o justifique", disse Coles.

O deputado Josh Gottheimer comunicou também sobre uma reunião com todas as sinagogas em seu distrito congressional e autoridades policiais para informar sobre as medidas de segurança que devem ser tomadas. "Essas ameaças terroristas adicionais contra a comunidade judaica são no mínimo alarmantes", disse Gottheimer, um democrata cujo distrito inclui o condado de Bergen, que tem uma grande população judaica.

"Isso é o que acontece depois de anos de comentários antissemitas de figuras públicas", acrescentou, citando comentários recentes de Kanye West e um post de mídia social compartilhado pela estrela da NBA Kyrie Irving. "A chave é se levantar e lutar, e não recuar, e deixar bem claro que não vamos nos acovardar." (Com agências internacionais).

O deputado estadual Campos Machado (Avante-SP) exonerou o assessor José Carlos Bernardi, após o jornalista sugerir que "matar um monte de judeus e se apropriar do poder econômico" seria uma das formas do Brasil enriquecer. As declarações de cunho antissemita de Bernardi foram feitas durante o programa Jornal da Manhã da Jovem Pan News.

"Sempre respeitei o direito de opinião de qualquer cidadão, inclusive meus funcionários. Mas não poderia deixar de repudiar o infeliz comentário do meu assessor, jornalista José Carlos Bernardi, ofensivo a toda comunidade judaica, que muito respeito e admiro", escreveu Machado em sua conta pessoal no Twitter, ao lembrar que é autor de uma lei estadual que estabelece o Dia da Lembrança do Holocausto.

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"Assim, não me coube outra decisão que não a de exonerar, hoje mesmo, o referido funcionário de meu gabinete", concluiu.

Na ocasião, Bernardi discutia com a comentarista do programa Amanda Klein sobre a recepção do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante visita à França, em comparação à participação do presidente Jair Bolsonaro em eventos internacionais, como a última cúpula do G-20.

Quando Amanda Klein defendeu o desenvolvimento econômico alemão, Bernardi criticou o país europeu dizendo que "é só assaltar todos os judeus que a gente consegue chegar lá". Sugeriu ainda que a morte e apropriação do poder econômico da população judaica seria caminho para enriquecimento do Brasil, por ter sido assim que a Alemanha fez após a Segunda Guerra Mundial.

"Não dá para você defender isso. Essas ideias são ultrajantes, reacionárias e erradas e equivocadas", respondeu a apresentadora

No Twitter, Bernardi se apresenta como "cristão, jornalista e empreendedor social". Ele usou a conta pessoal na plataforma para dizer que é defensor do Brasil soberano e "seguidor dos valores judaico cristãos". "Não vão conseguir calar minha voz conservadora e de direita. As narrativas são desmontadas uma a uma com a mais pura verdade. Convoco minha Audiência para amplificar e manter a luta contra o mal ativa", concluiu.

Durante a fala do chanceler Ernesto Araújo em sessão de debates temáticos do Senado Federal nesta quarta (24), o assessor especial da presidência, Filipe G. Martins, pode ser visto ao fundo fazendo um gesto com as mãos que lembra o ‘OK’, sinal que tem formato das letras ‘WP’, para o inglês White Power (Poder Branco) e é reconhecido por entidades internacionais como uma sinalização supremacista branca, cooptada por simpatizantes do nazismo e antissemitas. A atitude gerou muita revolta nas redes sociais e também entre senadores.

Em resposta ao caso, o senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP), líder da oposição, pediu a retirada imediata de Filipe Martins das dependências do Senado e que ele fosse autuado pela Polícia Legislativa.

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"Isso é inaceitável. Basta o desrespeito que esse governo está tendo com mais de 300 mil mortos. Não aceitamos que um capacho do sr. presidente venha aqui, ao Senado, durante a fala do presidente do Senado, nos desrespeitar", disse.

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Araújo pediu que a Secretaria Geral da Mesa e a Polícia Legislativa identificassem o fato citado pelo senador da Rede, mas que não iria interromper a sessão.

A deputada federal Jandira Feghali (PcdoB-RJ) também foi às redes se manifestar em repúdio ao ato. “300 mil vidas... uma delas é Haroldo, nosso camarada que se foi. A tristeza e fragilidade de hoje se transformarão em força para derrotar esse fascista e todos que o cercam, que idolatram "supremacia branca", preconceitos, ódios. Vocês serão escorraçados do Poder. Todos vocês”, rebateu.

Até o momento desta publicação, o analista político ainda não havia se manifestado sobre o gesto feito na reunião, mas é esperado que o assessor ou o governo emitam posicionamento. Essa não é a primeira vez que um membro da equipe Bolsonaro faz referências a grupos supremacistas brancos.

Em janeiro de 2020, o vídeo do discurso do ex-secretário da Cultura do Brasil, Roberto Alvim, ganhou repercussão internacional por possuir vários elementos de composição em referência ao discurso do nazista Joseph Goebbels.

 

O Ministério Público de São Paulo denunciou à Justiça nesta quinta-feira, 26, o vereador paulista Adilson Amadeu (DEM), eleito para o quinto mandato nas eleições municipais deste ano, por discriminação à raça judaica.

A representação, assinada pelo promotor Paulo Rogério Costa, foi ensejada por uma mensagem de áudio que teria sido enviada pelo parlamentar em um grupo de WhatsApp.

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"É uma puta duma sem vergonhice, que eles querem que quebra todo mundo, pra todo mundo fica na mão, do grupo de quem? Infelizmente também os judeus, quando eu até to até respondendo um processo, porque quando entra Albert Einstein, grupo Lide é que tem sem vergonhice grande, grande, sem vergonhice de grandeza, de grandeza que eu nunca vi na minha vida (sic)", diz o trecho da mensagem de voz atribuída ao vereador e incluída na denúncia.

Para a Promotoria, fica ‘evidente menoscabo à etnia judaica, caracterizando clara discriminação/preconceito em face desta etnia’. A Confederação Israelita do Brasil (Conib) e a Federação Israelita do Estado de São Paulo são representadas nos autos pelos advogados Daniel Leon Bialski e Victor Bialski.

"As frases são discriminatórias e devem ser repudiadas pela sociedade, que não mais tolera atitudes como essa", diz Bialski.

Essa não é a primeira vez que Amadeu dá uma declaração antissemita. Em dezembro do ano passado, durante uma sessão na Câmara Municipal, ele chamou o colega Daniel Annenberg (PSDB) de "judeuzinho filho da p…" enquanto os parlamentares decidiam se colocavam ou não em votação um projeto de lei de sua autoria.

A reportagem busca contato com o vereador. O espaço está aberto para manifestação.

A rede social Twitter encerrou a conta do rapper britânico Wiley seis dias depois que ele publicou mensagens antissemitas e, nesta quarta-feira (29), a empresa pediu desculpas por ter demorado a reagir.

O Twitter foi criticado principalmente pelo governo britânico, depois que as mensagens do rapper foram deletadas por serem consideradas antissemitas.

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"Após a investigação, nossas equipes suspenderam permanentemente a conta em questão, por diversas violações à nossa política de conteúdo de ódio", afirmou um porta-voz do Twitter.

"Condenamos firmemente o antissemitismo e lamentamos não ter agido rápido o suficiente", acrescentou a fonte.

A associação de luta contra o antissemitismo The Campaign parabenizou o Twitter por ter decidido tomar medidas, mas também destacou que a rede social fez "muito pouco e muito tarde".

"Isso significa pelo menos um começo para essa rede social profundamente irresponsável", acrescentou a associação em uma nota.

Considerado como um dos pioneiros da música grime (um tipo de música eletrônica do leste de Londres), Wiley já havia sido penalizado pelo Twitter e pelo Instagram com uma suspensão de uma semana após uma série de comentários, que foram eliminados, sobre os quais a polícia iniciou uma investigação.

O Facebook (proprietário do Instagram) eliminou o rapper de suas plataformas na terça-feira.

A ministra britânica do Interior, Priti Patel, escreveu aos gigantes das redes sociais para lhes perguntar por que as mensagens permaneceram visíveis por mais de 12 horas antes de serem eliminadas.

As críticas provocaram um boicote de 48 horas ao Twitter, iniciado na segunda-feira no Reino Unido.

A Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) apuram um caso de antissemitismo e injúria racial por motivo religioso contra um autônomo de 57 anos, atacado por três pessoas, no último dia 10, em Jaguariúna, interior de São Paulo, por ser judeu.

Conforme o boletim de ocorrência registrado pela Polícia Civil, o homem caminhava para o terminal rodoviário da cidade usando seu kipá, objeto religioso usado sobre a cabeça por membros da comunidade judaica, quando foi agredido por três rapazes. Ele seguiria para Campinas, onde fica a sinagoga que frequenta.

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Conforme seu relato à polícia, um dos rapazes teria ofendido o homem, chamando o de "seu judeuzinho verme". Segundos depois, ele teria sido abordado por esse e outros dois rapazes e teria sido agredido com chutes e socos. Alguns dentes e a prótese dentária da vítima foram quebrados. Após a agressão, os rapazes ainda o ofenderam dizendo que "Hitler deveria ter matado mais judeus, o único erro de Hitler foi não ter matado mais gente".

Em nota, a Federação Israelita do Estado de São Paulo informou tratar-se de "um fato grave de antissemitismo e racismo que não toleramos em nossa sociedade. Não mediremos esforços, ao lado das autoridades competentes, para encontrar e punir nos termos da lei os responsáveis por esta covarde agressão".

A Federação informou ainda que, desde o primeiro momento deu assistência à vítima, auxiliando em seu pronto restabelecimento. "Estamos trabalhando com as polícias militar, civil municipal e com a Secretaria da Segurança Pública do Estado para elucidar o mais rapidamente possível este caso e torná-lo exemplar na luta contra a discriminação, racismo e antissemitismo", disse.

O presidente da Federação, Ricardo Berkiensztat, disse à reportagem que esse parece ser um caso pontual. "Por sorte, nós vivemos em um país que respeita a diversidade. Não há um alarmismo de nossa parte sobre o crescimento do antissemitismo aqui, como vem hoje acontecendo na Europa e nos Estados Unidos. Mas não queremos deixar (esse caso) barato para que não deixe de continuar pontual e venham a acontecer outras agressões por aí. Não vamos permitir que isso aconteça."

Berkiensztat esteve na delegacia de Jaguariúna na semana passada, acompanhado da representante da OAB. "O que sabemos é que eles gritavam frases extremistas de direita, mas a investigação vai mostrar se tem algum vínculo com algum desses grupos. Em princípio, achamos que foi um caso isolado."

Conforme o líder da comunidade judaica, o caso, sem precedentes recentes, surpreendeu pela brutalidade. "Tivemos uma pichação em Ribeirão Preto numa residência onde puseram uma suástica com a inscrição Hitler ao lado. Em termos de agressão, a gente vê manifestações em redes sociais, mas assim de forma física, é o primeiro caso que estamos vendo este ano. Preocupa, pois após um caso pode vir outro e outro. Esse senhor que foi agredido mora em Jaguariúna, mas frequenta sinagoga em Campinas. Ele nunca imaginou que numa cidade do interior pudesse acontecer isso."

A identidade da vítima não está sendo divulgada por motivo de segurança. Segundo Berkiensztat, o homem ainda está amedrontado e tem evitado se expor. "Houve um apoio muito imediato das forças de segurança, da OAB, das forças políticas locais; não é uma coisa que passou despercebida. A sociedade se juntou contra esse extremismo. É importante mostrar que estamos atentos e todos irmanados para evitar que esse bicho (antissemitismo) penetre na nossa sociedade."

A presidente da subseção da OAB em Jaguariúna, Maria do Carmo Santiago Leite, que acompanha a investigação, disse que a polícia ainda não conseguiu imagens de câmeras que pudessem identificar os agressores. "A vítima passou a descrição deles, inclusive os trajes que usavam, e são as pistas que temos até agora." A subseção divulgou nota de repúdio à agressão por injúria racial ligada à religião. "Isso nunca existiu aqui e, com essa história de polarização, não podemos deixar que comece a acontecer", disse

A Polícia Civil de Jaguariúna informou que a vítima passou por exame de corpo de delito e o caso segue em investigação. Já a Secretaria da Segurança Pública informou que a vítima foi ouvida novamente na última quinta-feira, 27, quando deu detalhes sobre o ocorrido. "A equipe busca por imagens e testemunhas que possam auxiliar na identificação dos autores", disse, em nota.

O vereador Daniel Annenberg (PSDB) decidiu fazer uma representação na Corregedoria Câmara Municipal de São Paulo e deve registrar um boletim de ocorrência contra o colega Adilson Amadeu (DEM), que na sessão da última quarta-feira, 11, no plenário da Câmara, o chamou de "judeuzinho filho da p..." enquanto os parlamentares decidiam se colocavam ou não em votação um projeto de lei de Amadeu.

Annenberg, ex-secretário de Inovação e Tecnologia da gestão Bruno Covas (PSDB) e ex-presidente do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), diz que já havia sido alvo de críticas por parte de Amadeu, que é despachante e tem seu reduto eleitoral entre os taxistas. Amadeu queria colocar em votação projeto que impõe uma série de restrições a motoristas de aplicativos, como Uber e 99.

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"Vou representar contra ele tanto dentro da Câmara quanto fora. Estou vendo quais as medidas, se uma (queixa) de injúria, queixa-crime. Inclusive junto com a comunidade (judaica)", disse Annenberg.

"É um absurdo a gente estar numa casa dessa discutindo projetos, propostas, e ser agredido dessa forma", afirmou o vereador. "Além de xingar, ele quis partir para cima, bater em mim."

Já Amadeu se pronunciou por nota, em um pedido de desculpas "à comunidade judaica", mas não a Annenberg.

"Em uma sessão tensa que já durava quase oito horas, e após costurado um acordo na Casa para que fossem votados projetos de vereadores, eu tive divergências com o colega parlamentar por conta de um projeto de minha autoria, no qual trabalhei muito o ano todo para ser aprovado", diz o texto.

"No calor da discussão, algo tão comum em votações polêmicas em plenário, eu realmente me excedi e, caso alguém tenha se sentido ofendido e ainda que não tenha sido uma fala generalizada, quero pedir minhas sinceras desculpas à comunidade judaica", continua.

"Aproveito este esclarecimento para deixar claro que, em nenhum momento, houve um ataque à cultura ou tradição judaicas, a quem sempre fiz questão de respeitar", argumenta Adilson Amadeu.

Ofensas de teor racial não são novidade nesta legislatura da Câmara Municipal. Em setembro, o vereador Camilo Cristófaro (PSB) chamou o colega Fernando Holiday (DEM), do Movimento Brasil Livre (MBL), de "macaco de auditório". Holiday, que é negro, disse ter sido alvo de racismo.

Em nenhum caso, porém, a Corregedoria da Câmara decidiu levar a plenário alguma punição. A reportagem tenta contato com o vereador Souza Santos (Republicanos), corregedor da Casa, para comentar o caso.

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT-CE) divulgou ontem texto nas redes sociais no qual lamenta "mal-entendidos" com a comunidade judaica após associar judeus à corrupção em uma entrevista publicada em abril. Duas entidades israelitas o processaram por antissemitismo. "Lamento mal-entendidos que possam ter havido, produtos de desonestidade jornalística ou de mal (sic) emprego eventual da língua portuguesa. Sei também que generalizações podem eventualmente levar a injustiças", escreveu Ciro.

O presidente da Confederação Israelita do Brasil (Conib), Fernando Lottenberg, disse que a fala era um "gesto importante de reconhecimento de seu erro" e que vai reavaliar a ação judicial. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O jovem acusado de matar uma mulher e ferir outras três pessoas no ataque a uma sinagoga da Califórnia foi denunciado nesta quinta-feira à justiça federal por homicídio e mais de 100 crimes de ódio.

John Earnest, de 19 anos e declarado antissemita e islamofóbico, se declarou inocente dos crimes, que podem levá-lo à pena de morte.

"Não permitiremos que os membros da nossa comunidade sejam caçados em seus locais de culto, onde devem se sentir livres e seguros para exercer seu direito de praticar sua religião", disse o procurador federal Robert S. Brewer, Jr.

"Nossas ações de hoje estão inspiradas em nosso desejo de obter justiça para todas as vítimas e suas famílias".

A denúncia envolve 109 acusações de crimes de ódio, segundo um comunicado do departamento de Justiça.

Earnest abriu fogo com um fuzil de assalto no dia 27 de abril, no final da Páscoa Judaica, na sinagoga Chabad de Poway, na região de San Diego, Califórnia.

Lori Gilbert Kaye, 60 anos, morreu no ataque e o rabino Yisroel Goldstein (57), Almog Peretz (34) e sua sobrinha de 8 anos, Noya Dahan, ficaram feridos.

Earnest também foi denunciado pelo incêndio que não deixou vítimas no Centro Islâmico na cidade de Escondido, também na região de San Diego, cuja autoria assumiu em um manifesto publicado na Internet.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu nesta quinta-feira o combate ao antissemitismo por todos os meios, ao receber na Casa Branca o rabino ferido no ataque no fim de semana numa sinagoga da Califórnia.

Yisroel Goldstein é uma das quatro pessoas que foram atingidas -uma delas - quando um homem abriu fogo dentro de uma sinagoga na localidade de Poway, perto de San Diego, no sábado.

"Lutaremos com toda nossa força e tudo o que temos em nossos corpos para derrotar o antissemitismo", disse Trump num evento realizado na Casa Branca.

Falando para o público presente, Goldstein, que foi baleado nas mãos e perdeu um dedo no ataque de Poway, afirmou que sua "vida mudou para sempre".

"Poderia estar morto agora", disse o religioso de 57 anos. "Estava na linha de tiro, com balas assobiando ao redor".

John Earnest, de 19 anos, se declarou não culpado das acusações de homicídio e de crime de ódio apresentadas contra ele pela promotoria que cuida do caso.

O ataque em Poway aconteceu exatamente seis meses depois do ataque realizado por um supremacista branco, no qual foram mortas 11 pessoas numa sinagoga de Pittsburgh, na Pensilvânia, o pior atentado a um local de culto judaico na história dos Estados Unidos.

Trump aproveitou o evento para criticar os ataques "diabólicos e cheios de ódio" contra comunidades religiosas em todo o mundo nos últimos meses, do Nova Zelândia ao Sri Lanka, passando por Pittsburgh.

"Unidos neste dia de oração, renovamos nossa determinação para proteger as comunidades de fé e assegurar que todas as pessoas, e todo nosso povo, possa viver, rezar e praticar uma religião em paz", acrescentou o presidente.

A Confederação Israelita do Brasil (Conib) vai processar o ex-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) por antissemitismo. Em entrevista ao site HuffPost Brasil publicada no sábado, 20, Ciro afirmou que "agora Bolsonaro diz aos grupos de interesse o que eles querem ouvir". 

"Por exemplo, para os amigos dele aí, esses corruptos da comunidade judaica, que acham que, porque são da comunidade judaica, têm direito de ser corrupto. Corrupto, para mim, não interessa se é curdo ou cearense. Corrupto é corrupto, ladrão é ladrão", disse o ex-ministro.

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"Mais uma vez, Ciro Gomes nos ataca de forma generalizada, agora chamando membros da comunidade de 'corruptos'. Não vemos Ciro ligar outras minorias ou grupos à corrupção no Brasil", disse a Conib em nota, pedindo retratação. Ciro não foi localizado.

Quase 80 túmulos de um cemitério judaico na cidade de Quatzenheim, leste da França, foram encontrados profanados nesta terça-feira, anunciaram as autoridades locais, que condenaram o "ato antissemita odioso".

"Nesta terça-feira 19 de fevereiro, quase 80 túmulos de um cemitério israelita de Quatzenheim foram encontrados profanados", afirma um comunicado da prefeitura de Bas Rhin, no mesmo dia em que estão programadas diversas manifestações na França contra o aumento das agressões antissemitas.

O Ministério Público informou que abriu uma investigação para tentar localizar os autores do delito.

Segundo um fotógrafo da AFP, os túmulos foram pintados com suásticas nazistas azuis e amarelas. Também em um túmulo estava escrito "Esassisches Schwarzen Wolfe" ("Os Lobos Alsacianos Negros"), uma possível referência a um grupo autonomista alsaciano ativo nos anos 70.

O prefeito de Bas-Rhin, Jean-Luc Marx, citado em um comunicado, condenou "com a máxima firmeza este odioso ato antissemita e expressou seu total apoio à comunidade judaica que foi atacada mais uma vez".

O presidente Emmanuel Macron anunciou que viajará ao local do crime, segundo o ministro do Interior, Christophe Castaner, falando à rádio RTL.

Essa viagem do chefe de Estado acontece antes de sua visita ao Memorial do Holocausto em Paris, que precederá muitos protestos contra o aumento dos atos antissemitas na França.

O MP de Paris também abriu uma investigação preliminar sobre os insultos antissemitas de que o escritor e filósofo Alain Finkielkraut foi vítima durante um protesto contra o governo por parte dos "coletes amarelos" no fim de semana passado.

O ensaísta foi chamado, entre outras coisas, de "merda sionista" por alguns manifestantes irados que o encontraram em uma rua no coração de Paris.

Macron condenou os insultos antissemitas contra Finkielkraut, afirmando que os mesmos foram "a negação absoluta de quem somos e o que nos faz uma grande nação".

"Nós não vamos tolerar isso", disse ele.

Poucos dias antes uma suástica foi pintada em um retrato em Paris da falecida ex-ministra Simone Veil, sobrevivente de um campo de extermínio nazista durante a Segunda Guerra Mundial, e duas árvores que haviam sido plantadas em memória de um jovem judeu assassinado em 2006 foram destruídas.

Segundo dados publicados na semana passada pelo Ministério do Interior, o número de atos antissemitas subiu 74% na França em 2018.

No total, houve 541 atos antissemitas na França no ano passado, em comparação com 311 em 2017.

Macron não participará das marchas, mas seu primeiro-ministro, Edouard Philippe, estará presente junto a vários membros do governo em uma congregação em Paris às 19h00 (horário de Brasília) na praça da República.

A chanceler alemã, Angela Merkel, denunciou neste sábado (27) o ressurgimento do antissemitismo em seu país e qualificou como uma "vergonha" que continue sendo necessário proteger os prédios judeus, em declarações durante o dia de comemoração de vítimas do Holocausto.

"Mais do que nunca, é necessário lembrar as milhões de vítimas da Shoah porque "o antissemitismo, o racismo e o ódio ao outro em geral são mais relevantes na atualidade do que foi no ano passado", declarou a chanceler alemã em seu podcast semanal.

"É inconcebível e constitui uma vergonha ver que nenhum estabelecimento judeu possa existir sem proteção policial, seja uma escola, ou pré-escolar, ou uma sinagoga", acrescentou.

A chanceler também reafirmou seu apoio à criação de um posto específico de comissário para o antissemitismo no próximo governo alemão, se o seu partido conservador e os social-democratas alcancem um acordo de coalizão definitivo.

As autoridades estão preocupadas pelos sinais do aumento do antissemitismo na Alemanha, proveniente de uma parte de grupos de extrema-direita e também no que significa um fenômeno mais novo, entre imigrantes de países muçulmanos onde o ódio aos judeus é amplamente estendido.

Em 27 de janeiro de 1945, as tropas soviéticas liberaram o campo de extermínio de Auschwitz. Desde 1996, a Alemanha comemora anualmente durante este dia as vítimas do nazismo.

A Lazio foi multada em 50 mil euros (cerca de R$ 197 mil) nesta quinta-feira, pela Federação Italiana de Futebol, por conta de manifestações consideradas antissemitas por parte de sua torcida, em outubro do ano passado.

Torcedores do clube colaram adesivos com a imagem de Anne Frank - adolescente alemã de origem judaica que morreu no Holocausto - vestindo uma camisa da Roma, rival da Lazio, em diversas partes do Estádio Olímpico, na partida contra o Cagliari, no dia 22 daquele mês, em rodada do Campeonato Italiano.

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Na denúncia, a Federação pediu multa e a obrigação de a Lazio mandar duas partidas com os portões fechados. No julgamento, porém, o mando de jogo sem torcida foi descartado, após a defesa do clube considerar que os adesivos foram ação de poucos torcedores.

O episódio ganhou repercussão mundial, principalmente por se tratar de uma figura conhecida internacionalmente em razão do famoso livro publicado ("O Diário de Anne Frank"). E uma investigação criminal foi aberta.

Para amenizar a situação, a Federação obrigou os jogadores a lerem um trecho do famoso livro, no gramado diante da torcida, antes do início de cada partida da rodada seguinte do Italiano. Houve também um minuto de silêncio para recordar o Holocausto.

Os episódios de antissemitismo aumentaram 36% no Reino Unido em 2016, atingindo um novo recorde, segundo um relatório de uma organização judaica, publicado nesta quinta-feira.

A fundação de segurança da comunidade (Community Security Trust, CST) informou ter registrado 1.309 episódios de antissemitismo no ano passado, enquanto em 2015 foram 960, e em 2014, ano do recorde anterior, foram 1.182. A maioria dos incidentes foram classificados como "comportamento abusivo", incluindo abuso verbal e mensagens escritas de ódio.

A CST atribuiu o aumento a uma série de fatores, como os debates acalorados sobre o suposto antissemitismo no Partido Trabalhista, o primeiro da oposição, e o referendo do Brexit.

A publicação destes dados coincidiu com declarações do secretário de Estado de Polícia de que os incidentes racistas e xenófobos voltaram ao nível anterior ao referendo sobre a permanência na União Europeia, de 23 de junho. No mês seguinte à votação, que foi marcada pelo tema da imigração, houve um aumento de 41% deste tipo de agressões.

Uma família judia aguardava na fila de embarque do Aeroporto do Galeão, no Rio, quando foi verbalmente agredida por um italiano, nessa quarta-feira (19). Fabrizio Trinchero, ao ver o judeu de kipá, gritou ofensas antissemitas e disse que o maior erro de Hitler e Mussolini foi não terem exterminado todos eles.

Por fim, o italiano ergueu a mão e fez a saudação nazista. Ao prestar depoimento à Polícia Federal, Trinchero chorou ao ser informado que seria processado e, como consequência, poderia perder o visto.

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente americano, Barack Obama, advertiu nesta quarta-feira (27) para o crescente antissemitismo no mundo, ressaltando os laços "inquebrantáveis" de Estados Unidos e Israel, durante um evento em homenagem aos heróis do Holocausto. "Devemos confrontar a realidade de que o antissemitismo cresce no mundo", declarou Obama, no Dia Internacional de Recordação do Holocausto.

"Somos todos judeus", afirmou. "Um ataque contra qualquer fé é um ataque contra todas as fés", disse o presidente, destacando que os Estados Unidos estão na vanguarda dos esforços para combater o antissemitismo no mundo.

Ele reforçou ainda a amizade de Estados Unidos e Israel, embora tenha tido divergências com o governo israelense e, em especial, com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

Os recentes pontos da discórdia estão relacionados aos assentamentos judaicos nos territórios ocupados e ao acordo nuclear das potências internacionais com o Irã. Este acordo contou com a oposição ferrenha de Israel e, sobretudo, do premiê Netanyahu.

"O compromisso dos Estados Unidos com a segurança de Israel permanece - agora e sempre - sólido", frisou, em um discurso na embaixada israelense. "Seria uma falta moral fundamental, se os Estados Unidos rompessem esse laço", completou.

Um professor judeu foi ferido nesta segunda-feira em uma rua de Marselha (sul da França) por um adolescente armado com um facão e que reivindicou sua ação "em nome de Alá" e a organização Estado Islâmico (EI), informou o procurador Brice Robin.

O adolescente, de nacionalidade turca e de origem curda, que completará 16 anos na próxima semana, afirmou que "agiu em nome do Daesh" (acrônimo em árabe para o EI), disse o procurador, acrescentando que essa reivindicação ocorreu no momento da detenção e não da agressão. "Este foi claramente um ataque antissemita", com uma "forma de premeditação", disse, indicando que o perfil do jovem "parece ser o de uma pessoa radicalizada por meio da internet".

A justiça de Marselha abriu uma investigação por "tentativa de homicídio por motivos religiosos" e "apologia ao terrorismo". O adolescente atacou o professor, que usava um quipá (tipo de chapéu usado por judeus), ferindo-o levemente nas costas e na mão, segundo testemunhas. A vítima é um professor de 35 anos que leciona no Instituto Franco-hebraico, informou Zvi Ammar, presidente do Consistório israelita de Marselha.

O autor do ataque fugiu deixando a arma na cena do crime, mas foi parado dez minutos mais tarde pela polícia. "Trata-se de um indivíduo muito perturbado, mas que reivindicou abertamente seu ato, que pode ser descrito como antissemita", declarou uma fonte próxima ao caso. "Ele não parece estar em todas as suas faculdades", acrescentou outra fonte próxima à investigação.

O ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, e o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, expressaram indignação com o ato, que chamaram no Twitter de uma "agressão antissemita".

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