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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) voltou a repercutir nos bastidores da Câmara Federal nesta quarta-feira (10) o episódio envolvendo o militar preso com 39kg de cocaína em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB).

O episódio aconteceu no último mês de junho, enquanto o avião oficial fazia uma escala em um aeroporto da Espanha. De acordo com o filho do presidente Jair Bolsonaro, ocorrido não vai manchar a imagem da instituição.

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“O militar preso com drogas na Espanha teve uma conduta desviante. É uma exceção que não manchará a instituição que conta com o maior crédito junto a sociedade, as Forças Armadas Brasileiras. Bola para frente”, destacou o parlamentar.

A droga foi encontrada no mesmo período em que Jair Bolsonaro participava do encontro do G20, no Japão, onde reunia as 20 maiores potências econômicas mundiais. A repercussão internacional do caso foi mais um abalo à estabilidade do Governo Federal.

A deputada federal Tabata Amaral (PDT) divulgou um vídeo em suas redes sociais nesta quarta-feira (10) explicando os motivos pelos quais ela contrariou a recomendação do seu partido e votou de forma favorável ao projeto de reforma da Previdência na Câmara Federal.

“Meu voto pela reforma da Previdência é um voto de consciência não é um voto vendido, não é um voto por dinheiro de emendas. É um voto que segue as minhas convicções e tudo que estudei até aqui. Ao tomar essa decisão, eu olho para o futuro do país e não para o próximo processo eleitoral”, explicou a parlamentar.

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O PDT ameaçou expulsar Tabata se ela votasse a favor do projeto. Em reunião realizada nesta terça-feira (9), com a bancada do PDT na Câmara, o presidente do partido, Carlos Lupi, disse que quem apoiar as mudanças nas regras de aposentadoria propostas pelo governo de Jair Bolsonaro será punido com o desligamento.

“Quem me conhece, sabe da minha luta pelos mais pobres, sabe da minha trajetória e hoje a previdência tira dinheiro de quem menos tem e transfere para os mais ricos. Ela aumenta a desigualdade do Brasil em um quinto. É um impasse para o desenvolvimento do país. Ser de esquerda não pode significar que a gente vai ser contra um projeto que pode de fato transformar o Brasil”, continuou a parlamentar.

No último dia 18 de março, em uma convenção nacional, o PDT fechou questão contra o projeto de reforma da Previdência. Entretanto, Tabata Amaral foi na contramão do partido e se posicionou favorável, mas explicou que, com isso, não está abraçando o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) 

“O ‘sim’ que eu digo à reforma não é o ‘sim’ ao governo. Também não é um ‘não’ a decisões partidárias. Em momentos como esse, temos que olhar para o futuro do país, a gente tem que ter coragem de olhar de frente pros problemas e saber tomar decisões, mesmo que seja doloroso”, argumentou.

A votação do projeto de reforma da Previdência na Câmara Federal segue deixando os ânimos dos parlamentares à flor da pele nesta quarta-feira (10). Os deputados se reúnem para votar o projeto em primeiro turno.

A proposta prevê idade mínima de aposentadoria, tempo de contribuição e regras de transição. A oposição chegou a protocolar diversos requerimentos para atrasar a votação, mas todos foram rejeitados.

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Em seu perfil oficial no Twitter, o deputado Carlos Jordy (PSL) sugeriu que o também deputado Ivan Valente (PSOL) abrisse mão de sua aposentadoria logo após o parlamentar discursar no plenário.

“Ivan Valente falou em plenário agora que essa Previdência não ataca o direito dos ricos. Eu entendi bem ou ele está dizendo que quer uma reforma que atinja o benefício dele? Abre mão da sua aposentadoria especial de deputado, Valente Milionário!”, disparou Jordy.

Como se trata de uma PEC, proposta que altera a Constituição, são exigidos pelo menos 308 dos 513 votos em plenário. Se for aprovada nesta quarta, a reforma será submetida a uma 2ª votação na Câmara. Depois, serão mais duas votações no Senado.

Na tarde desta quarta-feira (10) parlamentares subiram à tribuna da Câmara Federal para discursar na votação do projeto de reforma da Previdência. A líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL), aproveitou seu tempo para dizer que a reforma empregará o dinheiro da população em um bom lugar.

“O dinheiro do povo brasileiro tem que ser bem empregado em serviços para o povo brasileiro. Todo meu respeito a cada parlamentar que teve coragem de colocar sua digital nesse processo que vai ajudar a salvar o Brasil. O povo vai lembrar, também, dos parlamentares que subiram na tribuna para dizer ‘não’ a esse projeto”, disse Hasselmann.

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A líder do governo também utilizou seu tempo para exaltar o agronegócio no país. “O agronegócio carrega esse país nas costas. É por conta dele que estamos bem. Se não fosse isso, o país estava mais lascado ainda. Todo o meu respeito ao homem do campo”, agradeceu.

“O nosso brasil não é o mesmo país que era enganado, há poucos anos atrás. Nosso povo sabe o que quer e pela primeira vez na história foi às ruas pedir uma uma reforma da Previdência. Nós vamos fazer a melhor reforma que nós poderíamos empregar ao povo”, finalizou.

O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), fundado em junho de 2004, tem ganhado maior notoriedade na política brasileira nos últimos anos. Com características fortemente ligadas a ideais de esquerda, a sigla vem se destacando com parlamentares emblemáticos e com opiniões certeiras nos mais diversos debates propostos pela política nacional.

Na Câmara Federal, o PSOL conseguiu colocar mais quatro deputados depois das eleições de 2018. O número passou de 6 para 10 parlamentares com atuação diária na Casa. Em São Paulo, Sâmia Bonfim, que era vereadora, foi eleita deputada federal. Além dela, Luiza Erundina e Ivan Valente foram reeleitos.

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No Rio de Janeiro, o partido elegeu Marcelo Freixo, que até então era deputado estadual, e Talíria Petrone, que ocupava uma cadeira como vereadora na Câmara Municipal de Niterói. No estado, foram reeleitos Glauber Braga e Jean Wyllys. Este último, entretanto, desistiu do seu mandato após receber constantes ameaças à sua integridade. Sendo assim, o seu suplente, David Miranda, passou a ocupar seu espaço na Câmara.

Os outros três representantes são mais espaçados pelo Brasil. Edmilson Rodrigues foi reeleito deputado federal pelo estado do Pará, enquanto a então vereadora em Belo Horizonte, Áurea Carolina, e a então vereadora em Porto Alegre, Fernanda Melchionna, foram eleitas para trabalharem em Brasília.

É verdade que o partido não conseguiu emplacar um nome no Senado Federal, mas, de acordo com o cientista político Thales Fernandes, a representatividade da sigla no Congresso é notória. “O PSOL tem conseguido mostrar muito mais credibilidade, se comparado com anos anteriores. Para o eleitor que acompanha as movimentações na Câmara Federal, fica bem evidente a participação de seus parlamentares nas votações propostas. Acredito que o partido vem ascendendo diante das recentes polêmicas políticas”, opina.

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Os recentes vazamentos feitos pelo site The Intercept, do jornalista Glenn Greenwald (marido do deputado federal David Miranda, do PSOL), colocou os parlamentares da sigla em maior evidência nas últimas semanas. O conteúdo divulgado pelo site é de troca de mensagens entre o então juiz federal Sergio Moro, atual ministro da Justiça e Segurança Pública do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), e procuradores da Operação Lava Jato.

O episódio deu notoriedade a membros do PSOL justamente pela ligação entre Greenwald e David Miranda. Além disso, destaca-se a forte atuação dos deputados da sigla em apoio ao trabalho desempenhado pelo The Intercept. Esse comportamento os colocou (não só eles, mas também outros parlamentares da esquerda) no cerne de fortes críticas de parlamentares das bancadas da Situação. O aquecido debate de opiniões deu grande visibilidade ao PSOL, para o bem e para o mal.

“Os recentes acontecimentos políticos contribuíram para o PSOL conseguir se mostrar e se afirmar como uma sigla de representatividade. Diante da atual conjuntura trazida por um governo predominantemente de direita, o PSOL, enquanto partido de esquerda, tem conseguido se mostrar de forma positiva para eleitor mais ligado a causas sociais e humanas. Isso pode ser um diferencial para o partido tanto nas eleições municipais do ano que vem, quanto nas nacionais de 2022”, pontua Thales Fernandes.

Se a máxima do ‘falem mal, mas falem de mim’ é realmente válida, o PSOL também consegue atingir os holofotes, principalmente, das redes sociais por meio das constantes críticas que recebe de outros parlamentares. Membros ligados ao governo costumam direcionar alfinetadas a integrantes da sigla, que não deixam por menos e respondem a altura. 

Desta forma, nasce cada vez mais um novo embate que vira um prato cheio para interessados em acompanhar as polêmicas do Congresso Nacional. E o PSOL, por sua vez, se mantém na linha de frente na hora do confronto político e tomar posicionamento como um partido de relevância no cenário brasileiro.

O procurador-chefe da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, avisou que não irá comparecer ao Congresso para responder questionamentos de parlamentares sobre os vazamentos feitos pelo site The Intercept de troca de mensagens dele com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

Dallagnol foi convidado para comparecer às 14h desta terça-feira (9) na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal, mas recusou o chamado. A Câmara confirmou nesta segunda-feira (7) o cancelamento da audiência. 

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Através de uma nota, o procurador explicou seu não comparecimento à Câmara. “Embora tenha sincero respeito e profundo apreço pelo papel do Congresso Nacional nos debates de natureza política que realiza e agradeça o convite para neles participar, acredito ser importante concentrar na esfera técnica minhas manifestações sobre mensagens de origem criminosa”, disse Dallagnol.

Ainda em seu comunicado, o procurador afirmou que os vazamentos têm “veracidade e autenticidade não reconhecemos, e que vêm sendo usadas para atacar a Operação Lava Jato”.

Através de seu perfil oficial no Twitter, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), afirmou nesta sexta-feira (5) que se reunirá com líderes para iniciar o trabalho de aprovação do projeto de reforma da Previdência.

“Amanhã me reunirei com líderes e deputados para começarmos os trabalhos de aprovar a reforma da Previdência na semana que vem. O Brasil não pode esperar para retomar o caminho do crescimento econômico, e a reforma da Previdência é um grande passo”, justificou.

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Além disso, Maia afirmou que vai atuar em cima da reforma tributária. “Também na próxima semana, vamos instalar uma comissão para elaborar uma reforma tributária. Quando o governo enviar uma proposta sobre o tema, ela será apensada e tramitará em conjunto”, pontuou.

Por fim, o presidente da Câmara garantiu que o pacote anticrime é outra prioridade. “Outra preocupação da sociedade é o pacote anticrime, que está sendo analisado na Câmara. Já combinei com o ministro da Justiça, Sérgio Moro, e com o Ministro do STF, Alexandre de Moraes, que vamos enfrentar esse debate em agosto”, disse.

A deputada federal Luiza Erundina (PSOL) vem sendo exaltada por seus colegas parlamentares devido sua atuação na Câmara dos Deputados nos últimos dias. A parlamentar, que tem 84 anos, ficou até a madrugada desta quinta-feira (4) na Casa durante o debate do texto da reforma da Previdência.

A psolista permaneceu no local até às 2h da manhã acompanhando a votação dos destaques do texto em questão na comissão especial. Deputados da base aliada parabenizaram a idosa por sua dedicação.

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“Aos 84 anos, Luiza Erundina vira a noite na Câmara em defesa da aposentadoria do povo trabalhador e é desrespeitada por quem votou contra os aposentados. Solidariedade à grande guerreira”, expressou a deputada petista Gleisi Hoffmann.

A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL) também fez menção  Erundina. “Deputada Luiza Erundina, 84 anos, à 1h da manhã dando exemplo de garra, força e coerência aqui na comissão da reforma da previdência. Orgulho da nossa bancada. Emocionou muita gente durona por aqui”, destacou.

Já a deputada federal Talíria Petrone, também do PSOL, definiu Erundina como “Inspiração”. Luiza é a deputada mais velha da Câmara Federal. Após a aprovação do texto-base, a parlamentar lamentou: “essa desgraça de reforma penaliza o povo pobre deste país”.

 

A deputada federal e líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL), criticou a entrada do que ela chama de ‘sindicalistas’ na Câmara Federal na manhã desta quinta-feira (4).

De acordo com a parlamentar, “Sindicalistas invadem a Câmara defendendo suas categorias de servidores públicos, privilégios, aposentadorias de até 30 mil reais”. Hasselmann, no entanto, não especificou o grupo a qual ela se referia.

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A deputada também disse que os ‘sindicalistas’ querem vantagens trabalhistas. “Tempo de serviço muito menor que do cidadão comum, enquanto o povo paga a conta. Não vou defender privilégios! Estou do lado do povo”, escreveu.

Os ‘sindicalistas’ teriam ‘invadido’ a Câmara enquanto os parlamentares votavam o relatório da Previdência. De acordo com Hasselmann, os partidos PSDB, DEM e PRB votam favoráveis.

O vereador e filho do presidente Jair Bolsonaro, Carlos Bolsonaro (PSC), utilizou seu perfil oficial no Twitter nesta quarta-feira (3) para alfinetar posturas de parlamentares da Oposição e fazer um alerta aos seus seguidores.

Carlos Bolsonaro também fez críticas ao trabalho desenvolvido pela imprensa no Brasil. “Grande parte da imprensa e bandidos querem que o Brasil pare mais uma vez. Guerreiro Ministro Moro, precisamos defendê-lo”, iniciou.

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O parlamentar complementou afirmando que é preciso “cobrar conjuntamente as agendas positivas e mostrar o que o governo tem feito de bom como viemos fazendo. Não fiquemos reféns da narrativa destes lixos!”

Ainda em sua publicação, o vereador repercutiu a passagem do ministro Sergio Moro na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Federal nesta terça-feira (2).

“Moro novamente no Congresso explicando para uma platéia de ignorantes da lei, pois invalidam invasão ilegal de hacker em seu celular e sendo questionado por ‘vazamentos’ manipulados por donuts ignorando a validade do crime inicial. Esse país é uma piada. Que trama de vagabundos!”, finalizou.

O discurso do deputado federal Glauber Braga (PSOL) nesta terça-feira (2) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Federal durante audiência com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, segue dando o que falar.

Na ocasião, Braga chamou Moro de ‘ladrão’ e causou um verdadeiro burburinho durante a audiência. Dezenas de parlamentares interromperam a fala do psolista para pedir respeito pelo ministro.

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O deputado federal Delegado Éder Mauro (PSD) foi um deles. Nesta quarta-feira (3), através de seu perfil no Twitter, Éder disse que “esse Glauber Braga não passa de bucha de canhão dos petistas. Moleque!”.

Entretanto, não foram só críticas que Braga recebeu. Houve quem defendesse seu discurso e uma dessas pessoas foi o jornalista do The Intercept Glenn Greenwald, que afirmou que o deputado do PSOL consegue reconhecer políticos corruptos.

As deputadas federais do PSOL Talíria Petrone e Fernanda Melchionna convocaram o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, a comparecer à Câmara dos Deputados para prestar esclarecimentos aos parlamentares.

“Apresentamos requerimento para que o ministro Ernesto Araújo venha à Câmara. Ele precisa explicar o veto nas resoluções da ONU de expressões como gênero, feminismo e saúde reprodutiva. Não permitiremos que o governo siga atacando nossos direitos”, escreveu Petrone em seu perfil no Twitter.

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Além disso, o ministro virou polêmica nesta segunda-feira (1º) ao defender a inclusão de grupos religiosos na “promoção dos direitos das mulheres e na proteção de meninas” com objetivo de atacar o feminismo.

Em seu currículo, Araújo tem funções como diretor do Departamento dos Estados Unidos, Canadá e Assuntos Interamericanos do Itamaraty desde outubro de 2016, responsável pela coordenação do relacionamento com os EUA e Canadá e da participação brasileira na Organização dos Estados Americanos (OEA).

O ministro ainda não respondeu sobre sua possível ida à Câmara dos Deputados, que ainda não tem previsão de data para acontecer.

Na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados na tarde desta terça-feira (2), parlamentares recebem a presença do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, que presta esclarecimentos sobre o vazamento de troca de mensagens suas com procuradores da operação Lava Jato.

Três dos primeiros deputados do PSL a fazerem seus questionamentos foram o Coronel Armando, o Delegado Waldir e o Coronel Chrisóstomo. Todos eles, entretanto, têm algo em comum: a postura de defesa ao ministro Moro.

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Em uma audiência conturbada, onde o presidente da Câmara, deputado Davi Alcolumbre (DEM), teve que pedir por vezes ordem na Casa para que os questionamentos pudessem ser feitos, os parlamentares da Situação usaram seus tempos para advogar a favor do ministro.

Enquanto os parlamentares da Oposição fizeram questionamentos incisivos a respeito da conduta de Moro enquanto juiz federal e sobre o processo de condenação do ex-presidente Lula (PT), os deputados do PSL seguiram reafirmando a inocência da Moro.

“Moro é um dos heróis da justiça brasileira. É um absurdo ter tantos investigados pela Lava Jato neste local fazendo questionamentos nada a ver ao ministro Moro. Ele é um homem de conduta séria”, discursou o Coronel Armando.

Um pouco mais exaltado, o Delegado Waldir não conseguiu ouvir de forma quieta as posições da Oposição. Por vezes o parlamentar levantou de seu lugar para interromper perguntas que eram feitas por deputados petistas.

O Coronel Chrisóstomo também seguiu o ‘modelo’ de questionamento de seus colegas de partido e aproveitou seu tempo para exaltar a ética e as atitudes lícitas por parte do Moro enquanto juiz federal, mas sem fazer grandes questionamentos. Todos, porém, utilizaram bem seus tempos para colocar em cheque a credibilidade do jornalismo praticado por Glenn Greenwald, responsável pelo site The Intercept.

Em sua participação em audiência na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (2), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, foi bombardeado por questionamentos por parlamentares da Oposição.

Atrelado a isto, deputados da Situação também fizeram questão de exaltar e mostrar confiança no ministro. Sergio Moro aproveitou para lembrar do trabalho desempenhado pela Lava Jato. “A operação Lava Jato foi a maior investigação de lavagem de dinheiro no país. Foi um trabalho institucional”, pontuou.

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Em uma audiência com nervos à flor da pele por parte dos presentes, por vezes as falas do ministro e dos parlamentares foram interrompidas por desavenças nas opiniões. O presidente da Câmara, Davi Alcolumbre (DEM), fez ameaças de acabar com o encontro caso a ordem não fosse restabelecida.

“Eu saí do Telegram em 2017 e não tenho mais esse material. Não tenho como saber a autenticidade dessas mensagens. Aqueles que têm as supostas mensagens, que apresentem a autoridades independentes. Aí tudo vai poder ser examinado e verificado a autoridade”, disse Moro

O ministro ainda ressaltou que o material divulgado não mostram nada além do rotineiro. “Mesmo considerando esse material que foi veiculado, o que se sabe é que não tem nada demais naquela conversa. Não tem nenhum diálogo que houvesse combinação entre procurador e juiz”, afirmou.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, participa na tarde desta terça-feira (2) de audiência na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados.

Sabatinado pelos parlamentares, Moro seguiu reafirmando o que considera como ‘normal’ a conversa entre um juiz e outras partes de um processo. “Como juiz, eu sempre agi com correção. Com base na lei, com base na imparcialidade. Sem qualquer irregularidade”, garantiu o ministro.

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No último dia 19 de junho, Sergio Moro já esteve na CCJ do Senado respondendo questões dos senadores. O ministro também disse que o que aconteceu é uma tentativa criminosa de invalidar condenações. “Invasão criminosa de hackers a aparelhos celulares de agentes públicos que se empenham na atividade da lei. Esses elementos que foram colhidos nem podem ser chamados de provas e não está prova autenticidade de provas”, alegou.

“Não posso confirmar autenticidade porque pode ter algum material ali que tenha sido alterado. Pode ter algumas mensagens que eu tenha mandado, claro. Mas é preciso comprovar que as mensagens são autênticas”, complementou.

A deputada federal e fiel escudeira do presidente Jair Bolsonaro, Carla Zambelli (PSL), demonstrou um mais um ato de carinho pelo líder brasileiro e divulgou em suas redes sociais nesta sexta-feira (28).

A parlamentar nomeou o seu gabinete na Câmara Federal como “Gabinete Jair Bolsonaro” e colocou uma placa na porta do local. A placa remete as placas de sinalização de ruas. 

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Curiosamente a placa lembra  às placas em homenagem que outros parlamentares fizeram à vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada em março de 2018 após uma emboscada no Rio de Janeiro.

“28 anos nessa casa oprimindo a esquerda e atualmente Presidente do Brasil”, complementa a homenagem de Zambelli a Bolsonaro. A atitude da parlamentar gerou uma série de elogios dos seus seguidores nas redes sociais.

O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL) apresentou um projeto com o objetivo de garantir mais proteção a vida de policiais. A ideia do psolista era que o governo testasse as armas de fogo e munições compradas antes de entregá-las aos agentes.

O Projeto de Lei de Freixo também pedia que houvesse uma averiguação se os objetivos seguem todas as normas técnicas e, desta forma, que fosse cancelada a aquisição das armas e munições que não passassem nos testes de qualidade.

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Porém, os parlamentares do PSL - partido do presidente Jair Bolsonaro, ao qual Marcelo Freixo faz oposição - parecem não terem se interessado pela proposta e vetaram o projeto.

“Deputados estaduais do PSL de Jair Bolsonaro acabam de vetar meu projeto que protegeria a vida dos policiais, por fazer o governo testar as armas compradas antes de dá-las aos agentes. O motivo? Só porque a lei é minha! Falam muito, mas só estão jogando com a vida dos policiais”, escreveu Freixo em seu perfil oficial no Twitter.

Toda a bancada do PSL na Câmara Federal marcou "não" e mandou o texto para o arquivo. Os 12 votos da bancada da Situação seriam suficientes para que a lei fosse promulgada.

O deputado Rodrigo Amorim (PSL) justificou a negativa afirmando que o projeto causaria despesas desnecessárias. "O projeto é desnecessário e cria muita despesa. A maioria dos batalhões têm locais, se não estandes, mas também equipamentos nas Reservas de Material Bélico, onde cada policial pode testar sua arma. Já é feito assim. Por que criar mais uma despesa para o Estado?", argumentou.

Em sua participação na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (25), o jornalista Glenn Greenwald repercutiu a sua história no Brasil.

“Após o vazamento feito pelo The Intercept, muitas pessoas questionaram sobre minha legalidade no Brasil. Eu não cheguei no Brasil ontem, já estou aqui há 15 anos. O Brasil é o país pelo qual me apaixonei e foi no Brasil onde me apaixonei pelo meu marido, o deputado David Miranda”, expressou Glenn.

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O debate, proposto pelos deputados Camilo Capiberibe (PSB), Carlos Veras (PT), Márcio Jerry (PCdoB) e Túlio Gadelha (PDT), levou 39 parlamentares inscritos ao local para participarem da ocasião.

“Quando eu recebi o material de nossa fonte, eu fiquei chocado. Primeiro, fiquei chocado como advogado. Como um juiz estava colaborando o tempo todo em segredo sem conhecimento do outro lado? Eu não consegui ler o que eu estava lendo. Nos Estados Unidos é impensável que um juiz faça isso. Se um juiz fizesse uma vez o que Moro fez durante cinco anos, iria sofrer muitas punições. É impensável para mim”, disse.

“Porém, como não sou um advogado brasileiro, o que fiz enquanto jornalista foi consultar as leis brasileiras para entender a gravidade daquele material. Todos os especialistas, advogados e professores que olharam para esse material reagiram de forma indignada. Todos ficaram chocados”, complementou Greenwald. 

Dezenas de parlamentares e jornalistas acompanham na tarde desta terça-feira (25) a participação do jornalista norte-americano Glenn Greenwald em uma audiência na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados.

O debate foi proposto pelos deputados Camilo Capiberibe (PSB), Carlos Veras (PT), Márcio Jerry (PCdoB) e Túlio Gadelha (PDT). Um total de 39 parlamentares e oito líderes se inscreveram para participar do encontro com o jornalista.

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Greenwald é editor do site The Intercept e o responsável pelo vazamento da troca de mensagens entre o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e procuradores da Operação Lava Jato.

“Estou muito grato pela oportunidade para discutir as revelações tão importantes para a democracia. Acho que elas são um exemplo da importância da imprensa livre para a democracia”, iniciou o jornalista.

“Há muitas pessoas que ficaram falando coisas falsas para me atacar e atacar o jornalismo. Aqui é uma oportunidade para discutir essas questões. Estou desapontado com o partido do governo porque estão fazendo acusações feias e falsas sobre mim. Infelizmente muitos dos que falaram mentiras não estão aqui, eu queria que estivessem para falarmos cara a cara”, disparou Greenwald.

O jornalista norte-americano Glenn Greenwald participa de audiência na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados a partir das 15h desta terça-feira (25).

Greenwald é editor do site The Intercept e o responsável pelo vazamento da troca de mensagens entre o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e procuradores da Operação Lava Jato.

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O debate desta terça foi proposto pelos deputados Camilo Capiberibe (PSB), Carlos Veras (PT), Márcio Jerry (PCdoB) e Túlio Gadelha (PDT). O encontro acontecerá no plenário 10 da Câmara.

De acordo com os parlamentares, as reportagens assinadas pelo jornalista, "jogam dúvidas contundentes sobre a imparcialidade na atuação do Juiz Sérgio Moro e de outros juízes e procuradores".

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