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Pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, conseguiram realizar um transplante inédito de neurônios humanos em cérebros de ratos jovens. O objetivo do experimento é estudar fisiologicamente alguns distúrbios psiquiátricos complexos, como a esquizofrenia, com a possibilidade de, até mesmo, testar alguns tratamentos.  

Para isso, os autores da pesquisa utilizaram mini modelos 3D do cérebro humano chamados organóides, técnica desenvolvida na última década a partir de células-tronco para funcionar como um modelo simplificado do córtex humano. Isso inclui a conexão e a integração com o tecido circundante do córtex de cada rato, de forma a funcionar como o próprio cérebro do roedor. De acordo com os pesquisadores, a grande dificuldade de estudar as doenças psiquiátricas em animais é que eles não as sofrem da mesma maneira que os seres humanos, ao passo que estes não podem, naturalmente ser sujeitos a determinados experimentos vivos.  

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Além disso, em culturas desse tecido cerebral humano feitas em placas de Petri, os neurônios não atingem seu tamanho característico em um cérebro humano real. Segundo o principal autor do estudo e professor de Psiquiatria e Ciências Comportamentais em Stanford, Sergiu Pasca, ao transportar os órgãos 3D em cérebros de ratos bebês, descobriu-se que os organoides podem se tornar bastante grandes e vascularizados.  

Sustentados pela rede sanguínea do pequeno roedor, eles chegaram a ocupar até um terço do hemisfério do cérebro de cada animal. A equipe usou a ferramenta em organóides de pacientes com uma doença genética chamada Síndrome de Timothy. A conclusão foi de que, nos cérebros dos ratos, os organoides cresceram mais lentamente e com menor atividade do que aqueles nos cérebros de pacientes saudáveis.

Um grupo de cientistas conseguiu retomar o fluxo sanguíneo e o funcionamento por algumas horas de células do corpo de porcos que morreram pouco antes, de acordo com um estudo publicado nesta quarta-feira (3).

Em 2019, uma equipe de pesquisadores nos Estados Unidos surpreendeu a comunidade científica ao restaurar a função celular do cérebro de porcos horas após sua decapitação.

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Em sua última pesquisa, publicada nesta quarta-feira na revista Nature, os mesmos cientistas tentaram estender essa técnica a todo o corpo do animal.

Os cientistas provocaram um ataque cardíaco em porcos anestesiados, interrompendo o fluxo sanguíneo e privando suas células de oxigênio (sem oxigênio, as células dos mamíferos morrem).

Uma hora depois, as carcaças foram injetadas com um líquido contendo o sangue dos porcos (retirado enquanto estavam vivos) e uma forma sintética de hemoglobina, a proteína transportadora de oxigênio nos glóbulos vermelhos.

Os cientistas também injetaram substâncias que protegem as células e impedem a formação de coágulos sanguíneos.

O sangue começou a fluir novamente e muitas células voltaram a funcionar, inclusive em órgãos vitais como coração, fígado e rins, nas seis horas seguintes.

- A morte, um "processo reversível"? -

"Essas células estavam funcionando horas depois, quando não deveriam estar funcionando. Isso mostra que você pode impedir a morte de células", disse Nenad Sestan, principal autor do estudo e pesquisador da Universidade de Yale, em entrevista coletiva.

Sob o microscópio, era difícil distinguir um órgão normal e saudável de um órgão tratado pós-morte, acrescentou o coautor do estudo David Andrijevic, também de Yale.

A equipe espera que a técnica, batizada de OrganEx, possa ser usada para "salvar órgãos" prolongando sua função.

Isso poderia salvar a vida de pessoas à espera de um transplante.

De acordo com Anders Sandberg, da Universidade de Oxford, a OrganEx também pode permitir novas formas de cirurgia, dando aos "médicos mais margem de manobra".

Mas a técnica levanta uma série de questões médicas, éticas e até filosóficas.

Poderia, por exemplo, "aumentar o risco de que as pessoas ressuscitadas não consigam sair do suporte de vida", alertou Brendan Parent, bioeticista da Grossman School of Medicine da Universidade de Nova York, em um comentário publicado em paralelo pela Nature.

- Questões éticas -

Segundo Sam Parnia, do Departamento de Medicina da mesma universidade, esse estudo "realmente notável" também mostra que "a morte é um processo biológico tratável e reversível horas depois".

Tanto que a definição médica de morte pode precisar ser atualizada, diz Benjamin Curtis, filósofo especializado em ética da Universidade britânica de Nottingham Trent.

"Levando em conta este estudo, muitos processos que pensávamos irreversíveis não o seriam", acrescentou à AFP.

"E, com base na definição médica atual de morte, uma pessoa pode não estar morta por horas", já que alguns processos continuam por um tempo além da cessação das funções corporais.

A descoberta também pode desencadear um debate sobre a ética desses procedimentos, especialmente porque quase todos os porcos realizaram movimentos poderosos de cabeça e pescoço durante o experimento, de acordo com Stephen Latham, um dos autores do estudo.

"Foi bastante surpreendente para as pessoas na sala", afirmou a repórteres.

A origem desses movimentos permanece desconhecida, mas Latham garantiu que em nenhum momento foi registrada atividade elétrica no cérebro dos animais, o que descarta um retorno à consciência.

Esses movimentos da cabeça são, no entanto, "de grande preocupação", disse Benjamin Curtis, já que pesquisas neurocientíficas recentes sugeriram que "a experiência consciente pode continuar mesmo quando a atividade elétrica no cérebro não pode ser medida".

"Portanto, é possível que esta técnica tenha causado sofrimento em porcos e possa causar sofrimento em humanos se usada neles", acrescentou, pedindo mais pesquisas.

Para os estudantes que desejam iniciar uma graduação por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), é necessário manter a atenção em diversos conteúdos nas mais variadas disciplinas. Um dos assuntos que é cobrado na disciplina de biologia é a histologia,  ramo da ciência que estuda os tecidos biológicos de animais e plantas. Além disso, na área da saúde, a histologia permite realizar diagnósticos de diversas doenças a partir de estudos comparativos entre tecidos das peles saudáveis e doentes.

O professor de biologia Ramon Gadelha explica como funciona a classificação dos tecidos nos animais. “Nos animais classificamos em tecido epitelial, tecido conjuntivo, tecido nervoso e tecido muscular. Podemos encontrar células representantes de todos esses tecidos no maior órgão do corpo humano, a pele. Entre várias funções de órgão destaca-se o fato de ser uma importante barreira contra a entrada de patógenos, incluindo o Sars CoV-2, causador da Covid-19”, disse.

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O docente ainda destaca a importância da higienização: “Além de proteção, a pele atua como regulador térmico e tem função sensorial de  frio, calor, pressão, dor e toque. Para desempenhar todas essas funções, esse órgão possui três importantes camadas. além do mais, de fora para dentro pode ser observado a epiderme, um tipo de tecido epitelial formado por um conjunto de células estratificadas e justapostas. É essa união entre as células dessa região que impedem que os vírus e bactérias entrem pela pele. Porém os vírus mantém-se aderidos na superfície da pele, por isso é fundamental a higienização, já que a qualquer momento esses microrganismos podem entrar no corpo pelas mucosas".

Vale pontuar que abaixo da epiderme está a derme, a camada formada principalmente por tecido conjuntivo frouxo. Nesse tecido de preenchimento é possível destacar os fibroblastos. Essa células são responsáveis pela produção de fibras que dão sustentação aos tecidos adjacentes, além disso, são os fibroblastos que também garantem a cicatrização de áreas lesadas. 

Ainda de acordo com o professor, outra célula que se destaca são os macráfagos, que são as primeiras células de defesa fagocitárias e as segundas a participar de reações inflamatórias, produzindo duas substâncias químicas:  vasodilatadora, a histamina e a outra é um anticoagulante, a heparina.

Ramon Gadelha ainda faz uma observação sobre o processo alérgico que incha o rosto.  “ A alergia que faz com que o rosto fique inchado, são os mastócitos que fazem isso. É essa dilatação dos vasos sanguíneos que permite a saída de plasma sanguíneo, provocando o famoso inchaço. Por isso, nesses processos é recomendado tomar um anti-histamínico”, afirma. 

Por fim, a última camada da pele é a hipoderme ou tecido subcutâneo, nele se encontra os adipócitos, células responsáveis por armazenar gordura e garantir seu estoque de energia. Vale pontuar que é preciso ter cuidado, pois, o excesso de gordura pode desencadear uma série de consequências, como diabetes e causar doenças cardiovasculares.

Para mais detalhes sobre o assunto, os estudantes podem conferir a vídeoaula que o professor de biologia, Ramon Gadelha, produziu especificamente para o Vai Cair no Enem.

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O Prêmio Nobel de Medicina foi atribuído nesta segunda-feira (7) aos americanos William Kaelin e Gregg Semenza e ao britânico Peter Ratcliffe por suas pesquisas sobre a adaptação das células ao aporte variável de oxigênio, o que permite lutar contra a anemia e o câncer.

"O Prêmio Nobel deste ano recompensa pesquisas que revelam os mecanismos moleculares produzidos na adaptação das células ao aporte variável de oxigênio no corpo, o que abre caminho a estratégias promissoras para combater a anemia, o câncer e outras doenças", destacou a Assembleia Nobel do Instituto Karolinska em Estocolmo.

"A importância fundamental do oxigênio é conhecido há muitos séculos, mas o processo de adaptação das células às variações do nível de oxigênio foi durante longo tempo um mistério", explica a Assembleia.

Estes mecanismos também estão implicados nos tumores, cujo crescimento depende do aporte de oxigênio ao sangue.

Kaelin trabalha no Howard Hughes Medical Institute nos Estados Unidos; Semenza coordena o programa de pesquisa vascular no John Hopkins Institute de pesquisas sobre engenharia celular; Ratcliffe é diretor de pesquisa clínica no Francis Crick Institute de Londres e do Target Discovery Institute de Oxford.

Os premiados receberão no dia 10 de dezembro uma medalha de ouro, um diploma e um cheque de 9 milhões de coroas (910.00 dólares), que será dividido.

Após o Nobel de Medicina, na terça-feira será anunciado o prêmio de Física e na quarta-feira o vencedor de Química. Na quinta-feira será a vez de Literatura e na próxima segunda-feira (14) o de Economia.

Na sexta-feira 11 de outubro, em Oslo, será revelado o nome ou nomes dos premiados com o Nobel da Paz.

Para quem busca manter a pele jovem, intacta e sem imperfeições, os cientistas podem ter encontrado a resposta na forma de uma proteína.

De acordo com um novo estudo, a proteína chamada COL17A1 funciona estimulando a competição celular, um processo fundamental para manter a forma do tecido. Isso efetivamente "expulsa" as células mais fracas, enquanto incentiva a replicação das células mais fortes.

Mas o envelhecimento resulta no esgotamento da COL17A1, assim como os inimigos conhecidos da pele jovem, como a radiação UV.

E quando isso acontece, as células mais fracas se replicam, deixando a pele mais fina, mais propensa a danos e mais lenta em se recuperar.

A pesquisa publicada nesta quinta-feira na revista Nature foi baseada em investigações usando caudas de camundongos, que compartilham muitas das mesmas características da pele humana.

Depois de confirmarem a importância da COL17A1, os pesquisadores decidiram investigar se eles poderiam estimular a proteína uma vez que ela estivesse esgotada - efetivamente procurando compostos que pudessem impulsar o processo de antienvelhecimento na pele.

Eles isolaram dois compostos químicos - Y27632 e apocinina - e testaram ambos em células da pele, com resultados positivos.

"A aplicação dessas drogas em feridas profundas da pele promoveu significativamente o reparo" destas, apontou a pesquisa.

Os dois compostos apontam meios de "facilitar a regeneração e reduzir o envelhecimento da pele", acrescentou o estudo.

Pessoas altas correm um risco maior de desenvolver câncer, em parte porque possuem mais células para que a doença se espalhe, de acordo com um estudo publicado nesta quarta-feira.

Pesquisadores nos Estados Unidos analisaram a população em três continentes e descobriram que o risco de câncer em homens e mulheres é 10% maior para cada 10 cm de altura.

O câncer se desenvolve quando o controle normal pelo corpo das células deixa de funcionar, abrindo caminho para o desenvolvimento de células cancerígenas que se manifestam como tumores.

O estudo, publicado na revista Proceedings of Royal Society B, sugere que o risco de desenvolver diferentes tipos de câncer é mais provável em pessoas altas, simplesmente porque eles têm mais células e, portanto, maior probabilidade que essas células se tornem cancerosas.

"Isso significa que esse risco extra (...) não pode ser reduzido", indica à AFP Leonard Nunney, da University of California Riverside, autor do estudo.

Acredita-se que alguns mamíferos, como elefantes e girafas, cujos corpos têm mais células do que animais menores, desenvolveram defesas adicionais contra o câncer.

Mas não há evidências de que isso funcione da mesma maneira em indivíduos como seres humanos.

A altura média varia por região, mas nos Estados Unidos, a média para os homens é de 176 cm e para as mulheres de 162 cm.

Os pesquisadores já estabeleceram que pessoas altas têm um risco maior de câncer em geral. Mas o estudo de Nunney sobre populações nos Estados Unidos, Europa e Coreia do Sul mostra que esse é provavelmente o caso porque elas têm mais células onde algo pode acontecer.

Em particular, pessoas de maior estatura têm um risco maior de desenvolver melanoma porque têm uma proporção maior de células e simplesmente mais pele do que pessoas de estatura média.

No entanto, o risco de câncer de estômago, bucal ou cervical em mulheres parece não estar relacionado à altura.

A altura é largamente determinada por genes, mas Nunney argumenta que o ambiente durante a infância também tem um efeito e, portanto, um impacto associado ao risco de câncer.

"O ambiente e fatores genéticos atuam durante a infância e ambos têm um forte efeito sobre a altura adulta", disse ele. "Não há razão para acreditar que seus efeitos sobre o risco de câncer sejam diferentes, já que o vetor é o número de células".

A obesidade na idade adulta é conhecida por aumentar o risco individual de câncer, mas por uma razão diferente da altura.

Ao contrário da altura, a obesidade aumenta o tamanho das células, mas não cria muitas mais.

"Portanto, a causalidade de um aumento no risco de câncer relacionado à obesidade é diferente daquela do efeito da altura", acrescenta Nunney.

O pesquisador aponta, no entanto, que pessoas altas não devem se preocupar porque a altura não é o único ou principal fator para o desenvolvimento da doença.

"Eu não acho que medidas extremas sejam necessárias em geral: o efeito é estatístico e relativamente pequeno para a maioria das pessoas", disse ele.

Um grupo de cientistas desenvolveu uma pequena sonda manual capaz de detectar em dez segundos células cancerosas em tecidos, o que permitirá a cirurgiões saber na hora se eliminaram um tumor totalmente.

Os resíduos de tecido canceroso que permanecem depois de uma intervenção cirúrgica representam um risco de recaída para o doente.

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Atualmente, a maioria dos laboratórios necessita vários dias para determinar se as células cancerosas persistem em amostras tomadas durante uma operação, explicaram os cientistas que inventaram esta nova sonda, batizada de "MasSpec Pen", apresentada nesta quarta-feira em um estudo na revista americana Science Translational Medicine.

O instrumento permite extrair suavemente as moléculas de água contidas nos tecidos, bombeando um volume ínfimo de 10 microlitros, um quinto de uma gota.

Estas moléculas são transportadas através de um tubo flexível a um espectrômetro que calcula as diferentes massas moleculares na amostra e determina a presença de células cancerosas, indicam estes pesquisadores e engenheiros da Universidade do Texas em Austin.

Depois de analisarem 253 amostras de tecido humano, tanto cancerosos como saudáveis, de pulmão, ovário, tireoides e mama, os cientistas puderam estabelecer "um perfil molecular" que permite identificar a presença de câncer com um índice de exatidão de mais de 96%.

Em testes com ratos vivos esta sonda foi capaz de detectar sem erros a presença de células cancerosas, sem danificar os tecidos de onde tiram a amostra, detalharam.

Segundo os pesquisadores, este instrumento poderia ser ainda mais preciso se analisasse um grande número de amostras, e também poderia servir para diagnosticar eventualmente uma gama mais ampla de tumores em diferentes tipos de tecidos.

A técnica atual de análises para determinar se o tecido está saudável ou se é canceroso é lenta e muitas vezes inexata, explicaram os cientistas.

Em geral um patologista precisa de 30 minutos ou mais para preparar uma amostra e determinar se esta é cancerosa ou não, o que aumenta o risco de infecção e de efeitos prejudiciais da anestesia no paciente.

Além disso, para alguns tipos de câncer, a interpretação das amostras de tecido pode ser difícil, e apresenta um índice de erro de entre 10% e 20%.

Esta nova tecnologia "nos permite ser muito mais precisos para saber que tecido tirar e qual deixar", considerou James Suliburk, chefe de cirurgia endócrina da Faculdade de Medicina Baylor no Texas Medical Center de Houston, que colaborou com o projeto.

Embora maximizar a extirpação do tumor canceroso seja essencial para melhorar as possibilidades de sobrevivência do paciente, eliminar tecido saudável demais poderia ter efeitos nefastos generalizados, explicou.

Os pesquisadores estimam que começarão a testar esta sonda em 2018 em intervenções cirúrgicas para retirar tumores, e fizeram uma solicitação para obter a patente desta tecnologia e sua aplicação nos Estados Unidos.

Cientistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Pernambuco descobriram uma substância que pode bloquear a produção do vírus Zika em células epiteliais e neurais. O estudo a respeito da 6-metilmercaptopurina ribosídica (6MMPr) foi publicado na última sexta-feira (11) na revista International Jornal of Antimicrobial Agents, mas a instituição divulgou hoje (15) a descoberta.

A substância atua contra o tipo de zika que circula no Brasil. Os testes foram realizados in vitro pelo Departamento de Virologia e Terapia Experimental da Fiocruz Pernambuco.  Em mais de 99% dos testes a produção do vírus diminuiu com a 6MMPr, usando diferentes dosagens e tempos de reação.

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O estudo também identificou que a 6MMPr é menos tóxica para as células neurais, uma boa notícia para futuros tratamentos de infecções no sistema nervoso. “Diante das manifestações neurológicas associadas ao vírus Zika e os defeitos congênitos provocados pelo mesmo, o desenvolvimento de antivirais seguros e efetivos são de extrema urgência e importância”, afirma o coordenador da pesquisa, Lindomar Pena, conforme texto enviado pela Fiocruz. 

A investigação da substância começou há um ano, financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pela Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (Facepe). O próximo passo da pesquisa é uma avaliação in vivo, ou seja, feita em um organismo vivo.

Um grupo de cientistas anunciou a criação de um teste de detecção precoce do câncer de pâncreas, um dos mais mortais por causa da sua agressividade e da falta de tratamentos eficazes em estado avançado. Atualmente, este tipo de câncer costuma ser descoberto quando está muito avançado, pois evolui sem sintomas, matando 80% dos pacientes no ano seguinte ao diagnóstico.

Em estudo publicado nessa segunda-feira (6) pela revista científica Nature Biomedical Engineering, pesquisadores americanos e chineses apresentaram um teste econômico e ultrassensível, que facilita diagnosticar precocemente o câncer de pâncreas com uma pequena quantidade de plasma sanguíneo. "O câncer de pâncreas é um dos cânceres para o qual precisamos desesperadamente de um diagnóstico precoce", ressaltou o doutor Tony (Ye) Hu, principal autor do estudo.

O teste que desenvolveu com seus colegas é baseado na detecção de um elemento específico - a proteína EphA2 - em algumas vesículas extracelulares, pequenas bolhas transportadas de célula em célula. Estudos anteriores mostraram que essas vesículas desempenham um papel importante no desenvolvimento e no avanço de alguns cânceres, em especial no do pâncreas. Quando surgem de um tumor, essas vesículas seriam, inclusive, capazes de modificar o entorno, facilitando a metástase.

Atualmente já existe um elemento tumoral detectado, o CA 19-9, porém é pouco específico, uma vez que também pode ser encontrado em pequenas quantidades no fígado, na vesícula biliar e nos pulmões de um adulto saudável. Ainda assim, sua taxa é muito elevada no caso de pancreatite (inflamação do pâncreas) e de obstrução de um canal biliar.

O novo teste se mostrou claramente mais eficaz durante um estudo realizado com 48 pessoas saudáveis, 48 pacientes con pancreatite e 59 pacientes que sofrem de câncer de pâncreas em estado precoce ou avançado. Facilitou detectar mais de 85% dos cânceres.

Esse resultado será validado somente após um estudo mais profundo, antes de poder obter a autorização da agência americana de medicamentos (FDA), ou seja, "provavelmente daqui a dois ou três anos", segundo o doutor Hu.

O Instituto Butantan iniciou a pesquisa de um medicamento para tratar pessoas infectadas com o vírus Zika. Transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, a infecção pelo Zika pode provocar microcefalia em bebês quando a mãe, ainda gestante, entra em contato com o vírus.

A pesquisa do Butantan vai adotar como métodos o reposicionamento de fármacos e a triagem de alto conteúdo. Essas tecnologias permitem que coleções de compostos químicos sejam triadas contra o vírus em células humanas infectadas.

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Segundo o instituto, esse processo é mais rápido porque dispensa a necessidade de validar previamente o alvo molecular, o que poderia levar vários anos.

Estudo precursor

Os pesquisadores envolvidos no estudo fizeram trabalho semelhante no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais, em Campinas, com 725 medicamentos aprovados nos Estados Unidos, e encontraram 29 substâncias com ação sobre o vírus.

Na pesquisa, a célula humana, infectada com o vírus Zika por 72 horas, é exposta à ação dos fármacos para tentar inibir a infecção.

Esse procedimento é chamado de atividade antiviral, utilizando um vírus isolado. Os cientistas avaliaram a atividade dos fármacos na distribuição e metabolização do organismo. Entre os compostos descobertos nesse estudo, o mais promissor foi palonosetron, usado atualmente no tratamento de náusea induzida por quimioterapia de câncer. O composto apresentou alta eficácia contra a infecção pelo vírus Zika.

Uma nova pesquisa realizada por cientistas norte-americanos revela que a infecção por zika mata células-tronco neurais em camundongos adultos. De acordo com a pesquisa, publicada nesta quinta-feira, 18, na revista científica "Cell", ainda não foi estudado se a morte dessas células tem algum efeito de curto ou longo prazo nos animais adultos.

Os fetos têm quantidade muito maior das células que dão origem aos neurônios e já foi provado que o vírus zika as destrói, causando microcefalia e outras más-formações. Em adultos, em menor quantidade, essas células são fundamentais para a memória e para o aprendizado.

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A pesquisa foi feita por pesquisadores da Universidade Rockefeller e do Instituto La Jolla de Alergia e Imunologia, ambos nos Estados Unidos. Segundo eles, a maior parte dos adultos humanos não apresenta sintomas quando são infectados por zika, exceto febre e vermelhidão na pele.

No entanto, a crescente incidência da Síndrome de Guillain-Barré ligada à zika tem levantado suspeitas de que o vírus produza impactos negativos no cérebro adulto.

"Nós queríamos saber se o zika tem mais efeitos em neurônios em formação do que em qualquer outra parte do cérebro adulto. Descobrimos que há algo especial nessas células que permite que o vírus entre nelas e afete sua proliferação", declarou um dos autores da pesquisa, Joseph Gleeson, da Universidade Rockefeller.

"Esse é o primeiro estudo a investigar o efeito da infecção por zika no cérebro adulto. Com base nas nossas descobertas, ser infectado pelo vírus pode não ser tão inócuo para os adultos como se pensava."

Gleeson teve a colaboração da infectologista Sujan Shresta, do Instituto La Jolla, que criou modelos de camundongos para estudar a ação do zika, "desligando" as moléculas antivirais que naturalmente ajudam os roedores a resistir à infecção. Os cientistas então injetaram uma linhagem atual do vírus na corrente sanguínea dos animais.

Três dias depois, segundo o estudo, os camundongos adultos foram analisados e os pesquisadores usaram anticorpos para identificar a presença do zika. Os cientistas descobriram que as partículas do vírus estavam cercando as células-tronco neurais. Nos seus cérebros, a proliferação dos neurônios em formação havia caído de quatro a 10 vezes.

"A formação dos neurônios em adultos está ligada ao aprendizado e à memória. Nós não sabemos o que isso significa em termos de doenças humanas, ou se os comportamentos cognitivos dos indivíduos podem sofrer impacto depois da infecção", afirmou Shresta.

As células humanas ou embriões que passam por um processo de edição genética não devem ser usadas para estabelecer uma gravidez - disse nesta quinta-feira um painel científico internacional, pedindo limites rígidos sobre a controversa pesquisa.

A declaração da comissão organizadora da Cúpula Internacional sobre Edição Genética Humana foi emitida após três dias de reuniões na capital dos Estados Unidos para discutir as possibilidades e os perigos de novas técnicas de edição genética que tornam possível alterar características genéticas e potencialmente acabar com certas doenças.

No entanto, eles não chegaram a pedir uma moratória sobre a tecnologia de baixo custo e de alta precisão amplamente conhecida como CRISPR/Cas9.

Ainda assim, o risco de alterar permanentemente o DNA humano levanta preocupações éticas e de saúde significativas, escreveu o grupo que inclui centenas de cientistas de 20 países, incluindo Grã-Bretanha, China e Estados Unidos.

"Pesquisas básicas e pré-clínicas intensivas são claramente necessárias e devem continuar, sujeitas a regras éticas e legais apropriadas", disse o comunicado.

"Seria irresponsável proceder qualquer utilização clínica de edição da linha germinativa" a menos que as questões de segurança sejam compreendidas e "existe um vasto consenso social sobre a adequação da proposta", acrescentou o grupo.

"Se, no processo de pesquisa, embriões humanos ou células da linha germinativa do gene sofrerem edição, as células modificadas não devem ser utilizadas para estabelecer uma gravidez".

O grupo advertiu que se as alterações genéticas forem introduzidas na população humana, elas "seriam difíceis de remover e não permaneceriam dentro de qualquer comunidade ou país".

Eles também levantaram a possibilidade de que "'melhorias' genéticas permanentes para os subgrupos da população poderiam exacerbar as desigualdades sociais ou serem usadas coercivamente".

O grupo apelou a um fórum internacional em curso para orientar a pesquisa nos próximos anos.

Preocupações éticas sobre o processo aumentaram desde o anúncio, em abril, de que pesquisadores chineses haviam modificado um gene defeituoso em dois embriões humanos não viáveis.

Segundo Jacob Corn, diretor científico da Innovative Genomics Initiative, o parecer do grupo foi "muito responsável".

O parecer "também é ousado o bastante para reconhecer que poderemos um dia ser capazes de lidar com esse assunto, embora leve um tempo".

Um estudo realizado por cientistas da Universidade de Genebra, na Suíça, desvendou os mecanismos que dão aos camaleões a capacidade de exibir uma complexa e rápida mudança de cores. Segundo os autores, a alteração de tonalidades não se dá pelo acúmulo e dispersão de pigmentos, como ocorre com outros animais, mas por uma mudança estrutural em minúsculos cristais existentes em células da pele do réptil.

O estudo, liderado por Michel Milinkovitch e Dirk van der Marel, foi publicado nesta terça-feira, 10, na revista científica Nature Communications. Unindo conhecimentos da Biologia Evolutiva e da Física Quântica, o grupo concluiu que o animal muda de cor regulando ativamente nanocristais, que se dispõem de maneira organizada, formando uma espécie de "grade" dentro de determinadas células - chamadas iridóforos -, que refletem ondas de luz de diferentes comprimentos. Ao excitar ou relaxar a pele, o animal muda o arranjo estrutural dos nanocristais, alterando as cores.

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Os cientistas descobriram ainda que, em uma camada mais profunda da pele, os iridóforos têm nanocristais maiores e menos organizados, que não refletem a luz visível, mas a luz infravermelha. Segundo eles, isso significa que o fenômeno não serve apenas para interação social e camuflagem, mas também para proteção térmica.

Embora tenha pigmentos vermelhos, amarelos e marrons na pele, o camaleão também tem uma "cor estrutural" azul, graças aos iridóforos, segundo Milinkovitch. "As cores são geradas sem pigmentos, por meio de um fenômeno de interferência óptica. Elas resultam da interação de certos comprimentos de ondas de luz com os nanocristais presentes na pele."

Usando um método conhecido como videografia de alta velocidade, os cientistas observaram que, quando o animal está calmo, a grade de nanocristais se organiza em uma rede densa, refletindo comprimentos de ondas que vão do azul ao verde. Ao ficar excitado, essa grade se afrouxa, permitindo a reflexão de outras cores, como amarelo, laranja e vermelho.

De acordo com Milinkovitch, essa foi a confirmação de que a mudança de cores é resultado de alterações nos comprimentos de onda que são refletidos pela pele, e não do aumento ou diminuição nas proporções de pigmentos.

Pesquisa. Ao analisar a pele dos camaleões por meio da microscopia eletrônica, a equipe demonstrou que, quando o animal está em repouso - ostentando a cor azul ou verde - os nanocristais nos iridóforos da camada superficial da pele ficam cerca de 30% mais próximos uns dos outros do que quando o réptil está excitado, adquirindo outras cores.

Segundo o pesquisador, a organização da "grade" de cristais é semelhante à das nanoestruturas ópticas artificiais conhecidas como cristais fotônicos - que têm aplicação em várias tecnologias.

Milinkovitch explica que a organização dos iridóforos em duas camadas superpostas é uma novidade evolutiva que permite aos camaleões uma mudança de cor incrivelmente rápida e eficiente, que não poderia ser explicada apenas com os pigmentos.

Algumas espécies, como o camaleão-pantera - a mesma utilizada no estudo -, conseguem efetuar e reverter essas mudanças de cores em um ou dois minutos, para cortejar uma fêmea, ou competir com um macho, além de usar os mesmos mecanismos para se camuflar e se proteger do calor.

Nas próximas pesquisas, a equipe de cientistas tentará desvendar os mecanismos moleculares e celulares que permitem ao camaleão controlar a geometria das grades de nanocristais.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Paul Allen, um dos fundadores da Microsoft, prometeu nesta segunda-feira 100 milhões de dólares para a criação de um instituto de pesquisas - sem fins lucrativos - sobre as células do organismo humano.

O Allen Institute for Cell Science pretende acelerar a pesquisa sobre as doenças, criando um banco de dados e modelos informáticos que ajudem a prever o comportamento das células.

"As células são as unidades fundamentais da vida e todas as doenças que conhecemos envolvem um tipo particular de células", explicou Allen em um comunicado.

"Os cientistas aprenderam muito sobre as cerca de 50 bilhões de células do nosso corpo durante as últimas décadas, mas criar um programa informático ampliado sobre as células exige um ponto de vista diferente".

"Concebemos o Allen Institute for Cell Science como uma força que permita catalizar e integrar as tecnologias em grande escala, de maneira a fornecer os recursos excepcionais a toda comunidade científica".

O Instituto adotará um enfoque multidisciplinar para resolver uma questão fundamental e ainda sem resposta na ciência celular. Trata-se de saber como informações codificadas por nossos genes se convertem em células vivas e quais são os fatores que provocam as doenças.

"Nossa esperança é que tais esforços nos levem a tratamentos das diversas doenças", concluiu Allen.

Competição, pressão e assédio moral são algumas das queixas de quem sofre de estresse no trabalho. Além dos mais conhecidos riscos de depressão, doenças crônicas e síndrome do esgotamento profissional, este estresse também está relacionado à dificuldade para engravidar.

Segundo o Instituto Sapientiae, um estudo publicado em 2013, com 31 países europeus, apontou que o estresse no ambiente de trabalho é considerado como algo comum por mais da metade dos funcionários, principalmente por aqueles que trabalham em escritórios e na prestação de serviço. A insegurança na manutenção do emprego, o excesso de trabalho e da cobrança por resultado, além de assédio e bullying, são citados como as causas mais frequentes de depressão e dos altos níveis de estresse. 

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O mesmo instituto avaliou o impacto do estresse oxidativo em 332 casais inférteis em tratamento de fertilização assistida, analisando sêmen e fluido folicular. O excesso de radicais livres – átomos ou moléculas altamente reativas – presente nas amostras traz impacto negativo sobre o DNA, lipídios e proteínas, o que dificulta a gravidez. “O estresse emocional desencadeia uma série de desdobramentos no organismo humano, incluindo o aumento do estresse oxidativo, que tem potencial influência na piora da qualidade dos oócitos e na qualidade do sêmen”, comenta o Doutor Edson Borges Junior, urologista e presidente do Instituto Sapientiae.

No jornal Human Reproduction, médicos compararam a taxa de gravidez entre casais estressados e casais calmos, chegando à conclusão de que nos meses em que os casais estavam mais felizes e tranquilos, as taxas de fertilização eram mais elevadas. “É importante oferecer ao casal, principalmente à paciente, um suporte psicológico durante o período da fertilização assistida”, indica Edson Borges.  

Com informações da assessoria

 

A Nestlé fechou um acordo para obter células cerebrais e de fígado da Cellular Dynamics International. O objetivo do acordo é estudar como nutrientes encontrados em alimentos afetam essas células, disse Emmanuel Baetge, diretor do Instituto Nestlé de Ciências de Saúde.

A companhia suíça pretende usar as descobertas para desenvolver bebidas com maior valor nutritivo e outros produtos que possam ser comercializados como benéficos à saúde. A Cellular Dynamics fornece células para a maior parte das grandes companhias farmacêuticas, mas este é o primeiro acordo fechado com uma empresa de alimentos. Fonte: Dow Jones Newswires.

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Após anos de insucessos, cientistas conseguiram fazer o cabelo voltar a crescer cultivando em laboratório células humanas da derme papilar, trazendo novas esperanças para o tratamento da calvície, segundo um estudo publicado nesta segunda-feira (21).

Durante cerca de 40 anos, os cientistas tentaram sem sucesso clonar folículos pilosos, a fábrica dos cabelos, utilizando células da derme papilar. Até o presente, os tratamentos só conseguiam retardar a perda de cabelos, mas não estimulavam o crescimento de novos fios.

Nesta nova pesquisa, as células humanas, depois de cultivadas, foram reimplantadas na pele de camundongos, permitindo a produção de folículos pilosos. "Este método permite desenvolver um grande número de folículos ou regenerar os folículos existentes, utilizando as células da derme papilar provenientes de uma centena de doadores de cabelos", explicou a doutora Angela Christianio, professora de dermatologia da Universidade de Columbia, em Nova York, principal co-autora desta pesquisa, publicada nas Atas da Academia Americana de Ciências (PNAS).

"Esta técnica poderia tornar o implante capilar acessível às pessoas com um pequeno número de folículos, tanto homens quanto mulheres, ou em indivíduos que sofreram queimaduras", acrescentou. Nas cobaias, as células puderam ser facilmente recuperadas e reimplantadas na pele de outro animal.

Isto se explica sobretudo pelo fato de que, ao contrário dos humanos, as células papilares destes roedores se aglutinam espontaneamente nas culturas de laboratório. Isto lhes permite interagir e reprogramar a pele onde são implantados para produzir novos folículos, deduziram os pesquisadores.

Para esta pesquisa, as células papilares provenientes de sete pessoas foram cultivadas em laboratório, onde tiveram sua agregação induzida de forma a criar as condições necessárias para o crescimento dos cabelos, explicou a doutora Claire Higgins, da Universidade de Columbia, outra autora do trabalho.

Depois de alguns dias, as células papilares inseridas entre a derme e a epiderme de um fragmento de pele humana foram inseridas nas costas dos camundongos. Em cinco dos sete testes, o enxerto produziu cabelos novos durante pelo menos seis semanas. Um exame de DNA mostrou que os novos folículos pilosos eram humanos e geneticamente similares aos dos doadores das células papilares.

Segundo os autores do estudo, no entanto, é necessário fazer mais trabalhos antes que esta técnica possa ser testada em humanos. Os cientistas ainda precisam determinar as origens das propriedades intrínsecas dos novos cabelos, como cor, ângulo de crescimento, localização na cabeça e textura.

O Papa Bento XVI reiterou hoje sua oposição às pesquisas com células embrionárias e afirmou que destruir embriões é "moralmente errado", independentemente dos benefícios dos tratamentos resultantes. "A destruição de mesmo que seja uma única vida humana jamais pode se justificar pelo benefício que venha possivelmente causar a outra", disse o Papa.

O comentário foi feito durante encontro sobre o tema, promovido pelo Departamento de Cultura do Vaticano e por uma pequena empresa americana de biotecnologia, a NeoStem Inc. A Igreja defende que a vida começa na concepção. Portanto, o Vaticano é contrário ao uso de células embrionárias, porque o processo envolve a destruição de embriões, mas não se opõe a tratamentos com células-tronco adultas. As informações são da Associated Press.

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