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O papa Francisco culpou "governos fracos" pela tensão social que atinge diversos países da América Latina. A declaração foi dada nesta terça-feira (26), durante coletiva de imprensa em seu voo de retorno do Japão, em resposta aos jornalistas sobre os conflitos em países como Bolívia, Chile, Colômbia e Nicarágua.

"Há governos fracos, muito fracos, que não conseguiram promover ordem e paz, por isso se cria essa situação", disse o Papa, sem citar casos específicos, segundo o jornal argentino Clarín.

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A América Latina vive uma onda de agitação social que também já chacoalhou Venezuela, Equador, Peru e Haiti. Sobre o caso do Chile, tido como país mais estável da região, Francisco admitiu estar "assustado".

"O país acaba de sair do problema dos abusos, que nos fez sofrer tanto, e agora tem esse problema que não entendemos. O Chile está em chamas", acrescentou. As manifestações na nação andina já contabilizam mais de 20 mortos e mais de 200 pessoas que perderam a vista total ou parcialmente em disparos de balas de borracha e esferas de chumbo por parte das forças de segurança.

Jorge Bergoglio, primeiro Papa latino-americano, também recomendou "diálogo" e "análise" para acalmar as crises na região. "É preciso relativizar as coisas e convidar ao diálogo, à paz, para que se resolva os problemas", disse.

Da Ansa

O presidente do Chile, Sebastián Piñera, afirmou na noite de domingo que reconhece o uso excessivo de força parte da polícia local para conter protestos com demandas sociais legítimas e disse que abusos foram cometidos. O mandatário prometeu punição para todos que cometem atos de violência.

Milhares de pessoas ficaram feridas em confrontos com a polícia e 26 morreram nos protestos até agora. Além disso, ao menos 230 pessoas perderam a visão em um dos olhos.

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Os protestos exigem reformas na educação, na saúde e no valor das aposentadorias. Um acordo entre partidos políticos chilenos traçou um caminho para potencialmente reescrever a constituição, outra demanda dos manifestantes. Fonte: Associated Press

A crise no Chile, com protestos diários em várias cidades, afetou mais uma vez o futebol. Uma semana depois de cancelar o amistoso em casa contra a Bolívia, que seria realizado nesta sexta-feira, na cidade de Concepción, a seleção nacional não jogará mais contra o Peru, na próxima terça, em Lima. A Federação Chilena de Futebol (ANFP, na sigla em espanhol) anunciou em nota nesta quarta que os jogadores pediram para não entrarem em campo enquanto a situação caótica não se resolve.

O colombiano Reinaldo Rueda, técnico da seleção, até já liberou todo o elenco da concentração de maneira imediata. Desta forma, todos ficam liberados para se reapresentarem aos respectivos clubes. "A Federação Chilena de Futebol já comunicou a situação ao seu homólogo peruano", disse o comunicado oficial.

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Na noite de terça-feira, o volante Charles Aránguiz, ex-Internacional e atualmente no Bayer Leverkusen (Alemanha), havia pedido cancelamento do amistoso por causa da crise chilena. "Há um ambiente difícil. Minha opinião é que não deveria ser jogado, para respeitar o que está acontecendo no país", afirmou.

O capitão chileno Gary Medel se pronunciou nas redes sociais e disse que era preciso respeitar a crise social e política pela qual a sua nação passa. "Somos jogadores de futebol, mas acima de tudo somos pessoas e cidadãos. Representamos um país completo e hoje o Chile tem outras prioridades... O partido mais importante é o da igualdade, o de mudar muitas coisas para que todos os chilenos vivam em um país mais justo", escreveu.

A crise no Chile respingou também na seleção sub-23, que desistiu de jogar o Torneio de Tenerife, na Espanha, que serve de preparação para o Pré-Olímpico que será disputado em janeiro na Colômbia. Os chilenos entrariam em campo nesta quinta-feira contra a Argentina em uma das semifinais - a outra é entre Brasil e Estados Unidos. Um time local das Ilhas Canárias será o substituto.

No lado peruano, muitas lamentações. "Estamos buscando um rival. Acho que não podemos fazer isso da noite para o dia, mas estamos procurando um 'plano B' para isso. Veremos a decisão de Ricardo (Gareca, técnico) de continuar ou não com o treinamento", afirmou o diretor de esportes da Federação Peruana de Futebol (FPF, na sigla em espanhol), Juan Carlos Oblitas.

O dirigente também mostrou desconforto com a situação e disse que isso é inconcebível, pois haviam confirmado o jogo há meses. "Estamos nos reunindo com o presidente para definir esta questão. Inclusive, o Chile nos adiantou que viajaria na sexta-feira. Há dois dias, viriam a Lima, agora avisam que são os jogadores que não querem vir. Não respeitam a parte do esporte", comentou. O grupo do Peru está nos Estados Unidos, onde enfrenta a Colômbia, no Hard Rock Stadium, em Miami, nesta sexta.

O Chile completa nesta terça-feira 26 dias de mobilizações, com uma grande manifestação em Santiago e uma greve geral que paralisa as atividades na cidade costeira de Valparaíso e em outras partes do país, com pedidos de melhorias sociais e em meio ao debate sobre uma reforma na Constituição.

Milhares de pessoas se manifestavam na Plaza Italia, no centro da capital, batizada popularmente como "Praça da Dignidade". Com bandeiras chilenas e dos indígenas mapuches, a manifestação era pacífica.

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Em Santiago, o registro civil aderiu à paralisação convocada pela Associação Nacional de Empregados Fiscais e prestava serviços mínimos para aqueles que fossem casar e já tivessem hora marcada. Trabalhadores da saúde pública, por sua vez, interrompiam o trânsito perto do Ministério da Saúde, também no centro da cidade. As aulas foram suspensas porque muitos professores e alunos não podiam comparecer às escolas.

Em Valparaíso, o Congresso suspendeu as atividades tanto da Câmara dos Deputados como do Senado. Houve ainda a suspensão do Merval, o metrô que une Viña del Mar a Valparaíso e que comunica a região, bem como do transporte público em geral. Algumas pessoas ofereciam voluntariamente transporte para outras em seus automóveis para ajudá-las a se manifestar.

No começo da manhã, alguns locais foram apedrejados, o que inibiu a abertura de muitos comércios e pequenas e médias empresas, diante do temor de saques ou ataques. A cidade de Valparaíso confirmou a paralisação de funcionários públicos.

Na rota que une Viña del Mar e Valparaíso a Santiago, havia dificuldades no trânsito por causa de barricadas. Em Concepción, no sul do país, havia grandes manifestações, com grupos menos numerosos em Temuco, também no sul. Em Antofagasta, no norte, foram levantadas barricadas que levaram à suspensão do transporte público.

Os 26 dias de mobilizações representam um alto custo econômico. A Câmara Nacional de Comércio, Serviços e Turismo estimou que poderiam ser perdidos até 100 mil empregos e que as finanças familiares de muitos pequenos e médios empresários foram fortemente afetadas. Nesta terça-feira, o dólar superava o recorde histórico de 800 pesos nos mercados, quando antes das manifestações estava entre 700 e 720 pesos chilenos.

O Chile vive uma revolta social sem precedentes desde 18 de outubro, quando uma elevação no preço do metrô detonou incêndios e ataques na maioria de suas estações e centenas de saques a supermercados, seguidos por grandes protestos com uma ampla gama de demandas, desde melhorias na educação, na saúde, na previdência e até uma nova Constituição. Fonte: Associated Press.

O procurador Manuel Guerra vai investigar 14 policiais suspeitos de torturarem manifestantes durante as três semanas de protestos no Chile. Um dos casos tem relação com as ações de 12 policiais em Nunoa, subúrbio de Santiago, em que manifestantes desafiaram um toque de recolher.

O segundo caso é de dois agentes da área de classe média baixa de La Florida que foram acusados de espancar um jovem que estava algemado. (Com agências internacionais)

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A seleção brasileira sofreu na noite desta quarta-feira (6), mas garantiu seu lugar nas quartas de final do Mundial Sub-178, que está sendo disputado em solo nacional. O time da casa chegou a estar atrás do placar, mas buscou a vitória sobre o Chile por 3 a 2, no estádio Bezerrão, no Gama (DF).

O próximo adversário do Brasil vai sair do confronto entre Itália e Equador, que vão se enfrentar nesta quinta-feira, no Estádio Olímpico, em Goiânia. Se avançar, a seleção brasileira poderá ter pela frente numa eventual semifinal adversários como França e Espanha.

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Favorito no duelo desta quarta, o Brasil saiu na frente logo aos 7 minutos de jogo, quando Kaio Jorge cobrou falta com categoria, batida quase da linha da área. A vantagem, contudo, durou somente até os 24. Num erro do Brasil na saída de bola, Cruz deu bote sobre a zaga nacional, driblou dois marcadores e bateu firme da entrada da área: 1 a 1.

Mais atento em campo, o Chile buscou a virada aos 40 minutos. Após lançamento em profundidade, o mesmo Cruz recebeu praticamente livre dentro da área, dominou com facilidade e bateu no canto.

O Brasil buscou a igualdade novamente antes do intervalo. Aos 45, Verón recebeu longo lançamento e, cara a cara com o goleiro chileno, perdeu a chance. No rebote, Kaio Jorge foi derrubado pelo goleiro dentro da área. Já nos acréscimos, aos 46, ele mesmo converteu ao finalizar no canto direito do chileno.

No segundo tempo, o Brasil decidiu o jogo e a vaga nas quartas aos 19 minutos. Diego Rosa acertou lindo chute de fora da área e marcou o terceiro dos anfitriões.

Nos minutos finais, o técnico Guilherme Dalla Dea ganhou uma preocupação em meio à comemoração pela classificação. O atacante Talles Magno sentiu dores nos instantes finais da partida e virou dúvida para o duelo das quartas de final.

FRANÇA E ESPANHA AVANÇAM - Mais cedo, seleções tradicionais, como as de França e Espanha, também asseguraram vaga nas quartas. Os franceses golearam a Austrália por 4 a 0, enquanto os espanhóis derrotaram Senegal por 2 a 1. Já o México se garantiu nas quartas ao superar o Japão por 2 a 0.

O presidente do Chile, Sebastián Piñera, envia nesta quarta-feira ao Congresso um projeto para aumentar o salário mínimo em 16% e reduzir pedágios, atendendo a duas das várias demandas que alimentam protestos no país há quase três semanas.

Piñera firmou a iniciativa para garantir aos que trabalham jornada completa e pertencem aos lares mais vulneráveis um salário mínimo de 350 mil pesos chilenos (US$ 468), que será proporcionado em forma de um subsídio estatal.

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"Estamos respondendo com feitos e não somente com boas intenções ao que o povo tem demandado com tanta força", afirmou Piñera ao anunciar na quarta-feira o envio do projeto. O salário mínimo atual está em US$ 402. A medida beneficiaria 540 mil pessoas, disse o presidente, e a maioria das ajudas estarão destinadas a pequenas e médias empresas. "Este é um benefício que chegará ao bolso e diretamente" aos trabalhadores, afirmou. "Com isso estamos dando um novo impulso a uma agenda social."

Enquanto isso, muitos dos acessos a Santiago estavam fortemente congestionados por um novo protesto. Alguns caminhoneiros interrompiam uma via e pediam a anulação de dívidas de pedágios. Fonte: Associated Press.

Os protestos violentos ocorridos no Chile nas últimas semanas estão tendo consequências no futebol. Com o campeonato nacional paralisado e na expectativa de perder a organização da primeira final única da história da Copa Libertadores, o país não terá mais a realização de um amistoso de sua seleção. Nesta terça-feira, as federações chilena e da Bolívia anunciaram o cancelamento do jogo marcado para o próximo dia 15, na cidade de Concepción.

Este seria o primeiro dos dois testes da equipe comandada pelo treinador colombiano Reinaldo Rueda, ex-Flamengo, agendados na última Data Fifa de 2019. Assim, os dois países só entrarão em campo no dia 19 - o Chile contra o Peru, no estádio Nacional, em Lima, e a Bolívia contra o Panamá.

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A expectativa das seleções é que voltem a se enfrentar no ano que vem, antes do meio do ano, como preparação para a Copa América de 2020, com sede dividida entre Argentina e Colômbia. Antes, em março, Chile e Bolívia jogarão as suas duas primeiras partidas pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022, que será disputada no Catar.

"A primeira coisa a se fazer diante desta situação (protestos) é a segurança dos principais atores dos eventos esportivos: os torcedores e os jogadores", disse Sebastián Moreno, presidente da Associação Chilena de Futebol (ANFP, na sigla em espanhol), em entrevista coletiva nesta terça-feira, em Santiago.

"Nossa intenção é não forçar qualquer situação. O futebol (no Chile) só voltará quando tiver totais condições de ser realizado", completou o dirigente.

O Chile registrou um terremoto na tarde desta segunda-feira, 4, na zona central do país de magnitude 6,3 na escala Richter. De acordo com o jornal local La Tercera, o tremor foi percebido nas regiões Metropolitana, Coquimbo e Valparaíso, O'Higgins e Maule.

Segundo a publicação chilena, o epicentro foi registrado a 8 km ao sudoeste de Illapel e não foi emitido alerta de tsunami na costa do país.

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Foi junto com seu irmão que o ex-Palmeiras, Valdivia, foi as ruas do Chile distribuir empanadas na fila do metrô nesta quarta-feira (30). A onda de protestos no país sul-americano interrompeu alguns serviços no país, como transporte público, criando grandes filas para quem anda de ônibus e metrô.

Valdivia já havia feito uma publicação em seu Instagram demonstrando apoio ao povo chileno: “Espero que tenhamos paz rapidamente e, por ora, convido todos os políticos que ponham a mão no coração para legislar por um bem comum, não só de poucos”, afirmou el mago.

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Valdivia evitou falar com a imprensa enquanto distribuía as empanadas, porém não deixou de atender alguns torcedores que pediam fotos. Atualmente o jogador veste a camisa do Colo-Colo do Chile.

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Depois de ter falado sobre o retorno do Ato Institucional Número 5 (AI-5), o deputado Eduardo Bolsonaro afirma que foi mal interpretado e que não existe qualquer possibilidade da retomada do AI-5. “Eu talvez fui infeliz em falar do AI-5”, aponta o filho do presidente da república.

O deputado falou ao vivo no programa Brasil Urgente, da Rede Bandeirantes, na noite desta quinta-feira (31). No ar, ele pediu desculpas pelas suas declarações. “A gente vive sob a constituição de 88 e eu fui democraticamente eleito. Não convém a mim e não é interessante a radicalização”, pontua Eduardo.

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Tentando justificar a sua fala, o deputado disse que o que não quer no Brasil são manifestações como as que estão acontecendo no Chile. Revelou ainda que uma das formas de tentar impedir algo do tipo no Brasil é propondo projetos de leis contra aqueles, a quem classifica como terroristas. A criminalização em regime fechado para quem botar fogo em ônibus, para que essa pessoa não saia para a sociedade tão facilmente, foi uma das saídas apontadas por Eduardo Bolsonaro.

A ministra de Esportes do Chile, Cecilia Pérez, afirmou na tarde desta quarta-feira que a final da Copa Libertadores da América entre Flamengo e River Plate, marcada para o dia 23 de novembro em Santiago, às 17h30 (de Brasília), um sábado, será mantida para ocorrer no Estádio Nacional da capital chilena.

"Vamos trabalhar com o Ministério do Interior para levar adiante este evento. Eu tenho o compromisso do presidente (do Chile, Sebastian Piñera) de que o jogo será realizado", afirmou Cecilia, em entrevista coletiva.

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Horas antes do anúncio da ministra, Piñera havia desistido de receber duas importantes cúpulas internacionais que ocorreriam este ano no país. Uma delas seria a reunião da Cooperação Econômica Ásia Pacífico (Apec), que reuniria líderes mundiais nos dias 16 e 17 de novembro.

O outro encontro era a Conferência do Clima da ONU, a COP25, inicialmente prevista para acontecer no Brasil. Depois da negativa do presidente Jair Bolsonaro em abrigar o evento, ele havia sido remarcado para Santiago, onde foi agendado para ocorrer entre os dias 2 e 13 de dezembro.

Porém, a ministra de Esportes do Chile afirmou nesta quarta-feira que a final da Libertadores não tem relação com as cúpulas com líderes mundiais, por se tratar de um evento esportivo "que une a todos".

Ao justificar as desistências de receber a Apec e a COP25, Piñera atribuiu a medida "às difíceis circunstâncias que tem vivido nosso país e considerando que nossa primeira preocupação e prioridade como governo é se concentrar absolutamente em, primeiro, restabelecer plenamente a ordem pública, a segurança cidadã e a paz social". Ele acrescentou ainda que a decisão havia causado "muita dor".

Piñera enfrenta uma série de manifestações que começaram como uma reação ao aumento da tarifa no metrô e ampliaram suas reivindicações. Nesta quarta-feira, uma nova marcha deve parar o centro de Santiago. Desta vez, o foco principal é o preço dos pedágios na região metropolitana.

Antes do anúncio feito pela ministra chilena, a Conmebol já havia assegurado na última terça-feira que não havia planos para mudar o palco da final da Libertadores. Na ocasião, a entidade também confirmou que tinha agendada uma audiência entre representantes do órgão com o presidente do Chile, alegando que a mesma serviria apenas para cuidar dos preparativos para a realização da decisão no Estádio Nacional de Santiago.

E nesta quarta-feira a ministra de Esportes do Chile destacou: "Recebi a ligação do presidente da Conmebol (Alejandro Domínguez) e ratifiquei em nome do presidente Sebastián Piñera nossa firme vontade e compromisso de fazer a final da Copa Libertadores em nosso país".

A convulsão social do Chile já provocou 20 mortes durante os protestos contra o governo de Piñera, iniciados no último dia 18 de outubro, mas a Conmebol confia que a decisão do dia 23 de novembro será realizada com sucesso e sem incidentes de violência no estádio com capacidade para abrigar 49 mil torcedores.

"Desde a Conmebol agradecemos o compromisso demonstrado pelo governo do Chile para garantir as condições de segurança para celebração da final única da Conmebol @LibertadoresBR 2019. A final é a celebração do futebol com e para o povo chileno. Seguimos avançando!", publicou a entidade, por meio de publicação em sua página no Twitter, pouco depois do anúncio feito pela ministra de Esportes do Chile.

A Conmebol assegurou nesta terça-feira que não há planos para mudar o palco da final da Copa Libertadores, agendada para Santiago, a capital do Chile, que vem sendo palco de protestos contra o presidente Sebastian Piñera, o que, inclusive, provocou a paralisação do campeonato nacional no país.

De acordo com a Conmebol, a programação para o duelo entre Flamengo e River Plate, que está agendada para 23 de novembro, segue mantida, incluindo uma audiência entre Piñera e autoridades da Conmebol para a organização do confronto, a primeira final em jogo único da história da Libertadores.

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"A audiência com o presidente da República do Chile e as autoridades faz parte dos preparativos para a realização da final única da Libertadores, como já foi feito até agora", escreveu a Conmebol em publicação no seu perfil no Twitter.

Os protestos no Chile contra Piñera se iniciaram em 18 de outubro. Desde então, manifestantes entraram em conflito com policiais, além de terem realizado depredações e incêndios. E nem medidas como a revogação dos preços no transporte público e mudanças no gabinete presidencial tiraram os populares das ruas. E 20 pessoas já morreram.

A Conmebol, porém, continua trabalhando com o planejamento de realizar a decisão da Libertadores em Santiago, ainda que a Associação Nacional de Futebol Profissional esteja adotando uma ação diferente para o futebol local, tanto que manteve interrompido pela terceira semana consecutiva o campeonato nacional.

O presidente da federação, Sebastián Moreno, reforçou, porém, que o planejamento é de realizar a decisão em Santiago e na data prevista. Até por isso, vem mantendo contato frequente com as autoridades locais e passando informes para a Conmebol sobre a situação do Chile. Ele destacou que a segurança de todos os envolvidos na partida será sempre a prioridade.

"A Conmebol está sendo informada sobre o que se passa no Chile. O presidente Alejandro Dominguez ratificou que Santiago receberá a final e é muito importante que se realize esse jogo. Mas temos de levar em conta a realidade nacional. Há um compromisso de se jogar a final no Chile. Mas temos de ser realista. Todos esperamos a normalização. Mas, insisto, há uma realidade nacional mais importante do que o futebol nesse momento", disse Moreno, em entrevista coletiva.

Além de lidar com a incerteza sobre a final da Libertadores e tendo paralisado o futebol nacional, a federação chilena também busca alternativas para o amistoso da sua seleção nacional contra a Bolívia, previamente agendado para 15 de novembro em Concepción.

"Entendemos que fazemos parte da engrenagem social do país. Estamos dentro dessa realidade.O Chile está por cima da realidade do futebol nesse momento, também avançamos pela decisão de suspender esta rodada. Quando tivemos condições de retomar as atividades o faremos. Nossa ideia é retornar o futebol, mas não tem futebol a qualquer preço, a qualquer custo", reforçou.

A Federação Chilena de Futebol (ANFP) suspendeu nesta terça-feira (29) os jogos de todos os campeonatos do país devido aos confrontos que há dias colocam o país em risco.

Em um comunicado, a ANFP revelou que a decisão foi tomada após as autoridades locais e a polícia chilena constatarem que não há condições de segurança para os jogos serem realizados.

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Tendo em vista os violentos protestos que o país sul-americano está enfrentando, não serão disputados partidas das três primeiras divisões, do Campeonato Chileno feminino e dos torneios das categorias de base.

Os últimos jogos da elite do Campeonato Chileno foram disputados no dia 17 outubro, entre Everton e Curicó Unido, em Valparaíso, e Universidad de Chile e Deportes Iquique, em Santiago.

Além da liga, a Copa do Chile está na fase das semifinais e os jogos serão disputados nos dias 12, 15 e 16 de novembro, mas estes confrontos ainda não foram adiados. O país também receberá em 23 de novembro a decisão da edição de 2019 da Copa Libertadores da América, entre Flamengo e River Plate.

Novos protestos aconteceram nesta terça-feira no Chile. Segundo a imprensa do país, foram registrados confrontos entre a polícia e os militantes em Valparaíso, Antofagasta, Concepción e Temuco. Pelo menos 25 pessoas teriam ficado feridas no ato.

Os protestos foram desencadeados pelo aumento das tarifas de metrô de Santiago, medida que já foi revogada. Ao todo, ao menos 20 pessoas morreram desde o dia 18 de outubro.

Da Ansa

Novos protestos e ataques a negócios voltaram a acontecer nesta segunda-feira no Chile, mesmo após o presidente Sebastián Piñera substituir oito importantes ministros do gabinete com figuras mais de centro. Enquanto isso, o líder tenta garantir ao país que ouviu os pedidos por mais igualdade e melhores serviços sociais.

Milhares de manifestantes voltaram a se reunir no centro de Santiago e um grupo ateou fogo a um prédio que abriga redes de fast-food e lojas. Bombeiros combatiam as chamas.

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Houve ainda saques contra uma farmácia e uma tentativa de atear fogo a uma estação de metrô. Enquanto isso, centenas de milhares de pessoas tentavam chegar em casa do trabalho em ônibus grátis destinados a substituir os metrôs fora de serviço devido a incêndios em dezenas de estações ao longo da última semana no sistema de transporte público mais moderno da América Latina.

Piñera substituiu os ministros do Interior, do Tesouro, da Economia, do Trabalho e quatro outros, em geral nomeando gente mais jovem e vista como mais centrista e acessível. "O Chile mudou e o governo precisa mudar", disse ele. Manifestantes, contudo, continuam a exigir "mudanças reais", em questões como saúde, educação e previdência. Em 2017, um relatório da Organização das Nações Unidas concluiu que o 1% mais rico da população chilena detém 33% da riqueza nacional. O próprio Piñera é um bilionário, um dos homens mais ricos do país. Fonte: Associated Press.

Novos protestos contra o presidente do Chile, Sebastián Piñera, foram reprimidos pela polícia nesta segunda-feira, 28, nas cidades de Santiago, Valparaíso e Concepción. Segundo o diário La Tercera, manifestantes na capital chilena tentaram marchar rumo ao Palácio de La Moneda, sede do Executivo chileno e foram contidos pela polícia.

São os primeiros confrontos desde que Piñera retirou no domingo o estado de emergência que vigorava no país há dez dias.

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Os incidentes começaram na hora em que o presidente anunciava um novo gabinete, uma das medidas adotadas pelo líder chileno para acalmar os protestos.

Na sexta-feira, mais de 1,2 milhão de pessoas tomaram as ruas de Santiago para protestar contra Piñera.

Os protestos começaram com reclamações contra o aumento da tarifa de metrô em Santiago, mas o descontentamento com o alto custo de vida e o modelo de serviços voltados para o setor privado também mobilizou os manifestantes.

Ao menos 20 pessoas morreram desde o início dos protestos, que deixaram centenas de feridos e milhares de detidos. (Com agências internacionais)

<p>No podcast desta segunda (28), o cientista político Adriano Oliveira faz uma análise da política brasileira em relação ao que ocorreu na eleição Argentina, que teve como resultado a vitória do candidato Alberto Fernández e sua vice, Cristina Kirchner. De acordo com o cientista político, o presidente eleito da Argentina não possui uma agenda clara. Já aqui no Brasil, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, tem uma agenda claramente liberal - e, por ser uma agenda exacerbada e liberal, ele retira de seus discursos, o termo &quot;desigualdade social&quot;.</p><p>Adriano Oliveira destaca ainda que o Ministro Paulo Guedes tem como exemplo o Chile. Porém, nas últimas semanas, ocorreram intensas manifestações no País, surgindo assim, novas agendas. Dessa forma, Adriano ressalta que, apesar dos elogios do Ministro brasileiro ao Chile, o país que também apresenta uma agenda liberal, não soube lidar com a desigualdade social existente no País. &nbsp;</p><p>O programa Descomplicando a política é exibido na fanpage do LeiaJá, em vídeo, toda terça-feira, a partir das 15h. Além disso, também é apresentado em duas edições no formato de podcast, as segundas e sextas-feiras.</p><p>Confira mais uma análise a seguir:</p><p>
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Mais de milhão de pessoas ocuparam o centro de Santiago nesta sexta-feira para exigir reformas em um sistema econômico que consideram desigual, e para denunciar o governo pelo emprego dos militares contra a pior revolta social em três décadas no Chile.

O protesto estudantil iniciado há uma semana contra o aumento na tarifa do metrô provocou uma grave crise social no Chile, onde manifestantes continuam nas ruas para exigir uma fatia maior da prosperidade que transformou o país em um dos mais estáveis da América Latina.

"A grande, alegre e pacífica passeata de hoje, onde os chilenos pedem um Chile mais justo e solidário, abre grandes caminhos de futuro e esperança", escreveu o presidente Sebastián Piñera no Twitter.

"Todos escutaram o recado. Todos nós mudamos. Com união e a ajuda de Deus, vamos percorrer o caminho para este Chile melhor para todos".

A intendente da capital, Karla Rubilar, disse que o "Chile hoje vive uma jornada histórica. A RM (região metropolitana) é protagonista de uma passeata pacífica com cerca de 1 milhão de pessoas que representam o sonho de um novo Chile, de forma transversal sem distinção".

Incidentes isolados ocorreram em meio à gigantesca passeata, a maior ocorrida em Santiago em décadas, uma semana após o início da crise.

Diante do Palácio de La Moneda, sede do governo, as forças de segurança dispararam jatos d'água, bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar os manifestantes, constatou a AFP.

Transportadores e motoristas também engarrafaram as rodovias que ligam Santiago ao restante do país para pedir uma redução nas elevadas taxas do sistema eletrônico de pedágio, congestionando as vias na hora do rush.

Esta convulsão social sem precedentes no Chile, a mais grave em quase 30 anos desde o fim da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), representa um claro desafio para o reconhecido modelo econômico de mercado aberto do país.

Os sete dias de protestos, enfrentamentos, saques e incêndios em Santiago e outras cidades deixaram 19 mortos até o momento.

E diante da multiplicação de denúncias sobre a ação dos militares, nas ruas desde o sábado, a alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, a ex-presidente chilena Michelle Bachelet, anunciou o envio de "uma missão de verificação para examinar" a situação.

A morte de um cidadão peruano, ferido na terça-feira durante um saque no sul da capital chilena, aumentou para 19 o número de mortos desde o início dos protestos, informou a Procuradoria.

- Em ruas e estradas -

Um pequeno aumento na passagem do Metrô de Santiago foi o catalisador dos protestos, que resultaram em uma mobilização maior, heterogênea e sem liderança identificável, que põe sobre a mesa outras demandas, principalmente um aumento das baixas pensões do setor privado, herdadas da ditadura.

"Esta já é a reivindicação de todo um país, nós nos cansamos", gritava uma manifestante que participava de um panelaço em Santiago.

O anúncio de um pacote de medidas sociais por parte do presidente Sebastián Piñera e seu pedido de "perdão" pela gestão inicial da crise não parecem ter surtido efeito na população.

O governo prometeu melhorar as pensões dos mais pobres, elevar os impostos para os cidadãos de maior renda e diminuir os salários dos parlamentares, além de congelar um aumento de 9,2% na tarifa de eletricidade.

"Peço a todos os deputados e senadores que, ao invés de brigar tanto ou discutir tanto, aprovemos estes projetos com urgência", disparou Piñera do Palácio de La Moneda, sede da Presidência, cercado de idosos, convidados a conhecer os alcances do projeto de pensões.

Nas rodovias, milhares de caminhões, táxis e carros particulares se somaram nesta sexta-feira ao protesto contra as altas tarifas do sistema eletrônico de pedágios.

"Nós, os pequenos transportadores estamos sendo sobrecarregados pelo pagamento das autopistas" e "nos submetemos à situação gerada no país", disse à AFP Marcelo Aguirre, motorista de 49 anos, durante esta manifestação.

Embora em meio aos protestos constantes, que depois do meio-dia começaram a ganhar força mais uma vez, Santiago também tenta retomar seu ritmo. Os moradores, no entanto, terão que lidar com o sétimo toque de recolher consecutivo, entre as 23H00 desta sexta e as 04H00 de sábado.

O metrô - com mais de 70 estações danificadas, várias delas destruídas - funciona parcialmente em cinco de suas sete linhas, apoiado por milhares de ônibus para transportar a maioria dos sete milhões de moradores da capital.

Em frente ao Congresso, em Valparaíso, voltaram a ser registrados confrontos entre manifestantes e forças de segurança. Os parlamentares já tinham encerrado suas atividades e os demais trabalhadores se retiraram por razões de segurança.

Na véspera também houve confrontos no auge dos protestos.

No entanto, as concentrações também tiveram um clima festivo, com centenas de jovens dançando e fazendo panelaços durante um improvisado show de rock na rua.

Nos arredores do palácio de La Moneda, centenas de manifestantes se mobilizaram na quinta-feira para desafiar o Exército e gritar ou repetir palavras de ordem pedindo a renúncia do presidente Sebastián Piñera.

- Da ONU ao Chile -

Os protestos continuam, enquanto aumentam as denúncias de abuso por parte dos agentes oficiais. Cinco das 19 mortes ocorreram nas mãos das forças do Estado.

O boletim mais recente do Instituto Nacional de Direitos Humanos (INDH) contabilizou, ainda, 584 feridos, 245 deles por armas de fogo.

Diante dos questionamentos, o ministro da Defesa, Alberto Espina, afirmou que os militares atuavam para proteger os direitos humanos dos chilenos, não para violá-los.

José Miguel Vivanco, diretor para as Américas da ONG Human Rights Watch, também foi convidado ao Chile por Piñera.

Um grupo de 25 manifestantes tentou invadir o Congresso do Chile, que fica na cidade portuária de Valparaíso, nesta sexta-feira, 25. A polícia impediu a entrada deles no prédio e isolou a sede do Parlamento, que cancelou as atividades previstas para o longo da tarde, segundo o diário El Mercúrio.

Todo a equipe de funcionários não essenciais do Legislativo foi retirada do prédio. Uma reunião da Comissão Trabalhista da Câmara - a única atividade prevista do dia - foi cancelada.

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"A situação é de risco e é melhor ir para casa", disse o presidente da Câmara, Iván Flores, ao determinar o fim da sessão, segundo o diário.

Alguns parlamentares, assessores e jornalistas ficaram no prédio à espera da polícia liberar o local.

Caminhoneiros bloqueiam estradas em Santiago

Apesar das concessões oferecidas pelo presidente Sebastián Piñera, que incluem uma série de benefícios sociais e econômicos, os protestos continuam no Chile. Pela manhã, caminhoneiros de todo o país aderiram às manifestações. No começo do dia, eles fizeram caravanas para interromper o fluxo nas principais rodovias de acesso à capital, Santiago.

Os protestos fizeram Piñera colocar o país em estado de emergência e ordenar toque de recolher, além de recorrer aos militares para controlar as manifestações, incêndios e saques registrados em Santiago e outras cidades na mais grave onda de violência no Chile em três décadas.os protestos.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que o governo tem monitorado reuniões para se antecipar a possíveis manifestações no Brasil. Embora o direito ao protesto seja garantido pela Constituição, o presidente considera que os atos só são legais "quando você reivindica respeitando o direito do próximo".

Bolsonaro também voltou a demonstrar preocupação com os protestos no Chile, que classificou como atos terroristas. "Praticamente todos os países da América do Sul tiveram problema. O do Chile foi gravíssimo. Gravíssimo. Aquilo não é manifestação nem reivindicação. São atos terroristas", declarou o mandatário brasileiro durante conversa com jornalistas, em Pequim (China).

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Bolsonaro reforçou que tem mantido conversas com o Ministério da Defesa para, além do monitoramento, ter as tropas "preparadas" para reprimir protestos semelhantes aos do Chile no Brasil. "Tenho conversado com a Defesa nesse sentido, a tropa tem que estar preparada porque, ao ser acionada por um dos três Poderes, de acordo com o artigo 142, estarmos em condição de fazer a manutenção de lei e da ordem."

O presidente disse que recebeu vários informes sobre como os manifestantes se organizam, além de possíveis reuniões e atos preparatórios para atos contrários ao governo que ele considera "não legais". "Porque as manifestações são legais, tudo bem, quando você reivindica respeitando o direito do próximo", afirmou.

Vazamento também é ato terrorista

O presidente também classificou como ato terrorista o vazamento de petróleo na costa brasileira - caso fique comprovado que foi um ato intencional.

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