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Jornalista Xico Sá enalteceu a atitude do grupo. (Twitter/reprodução)

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Um grupo de chineses doou, na última sexta (27), suprimentos ao Hospital Geral de Vila Nova Cachoeirinha, localizado na Vila Espanhola, na cidade de São Paulo. De acordo com a embaixada da China no Brasil, quando o hospital quis registrar o nomes dos doadores, os benfeitores preferiram se identificar apenas como “chineses”.

Por meio de suas redes sociais, o jornalista Xico Sá enalteceu a atitude do grupo. “Parabéns, grande China, vamos fazer mais pelo povo do mundo inteiro. Saudações comunistas”, escreveu.

Um grupo de nove especialistas chineses em coronavírus e várias toneladas de instrumentos médicos chegaram a Roma em um voo especial para ajudar a Itália, o país mais afetado pela pandemia de COVID-19 na Europa - informaram fontes aeroportuárias.

Epicentro do surto no final de 2019 e onde o número de casos está diminuindo significativamente, a China decidiu enviar especialistas e equipamentos para vários países, incluindo Iraque e Irã, também muito afetados.

Um porta-voz da diplomacia chinesa, Geng Shuang, confirmou o envio de "um grupo de nove pessoas com equipamentos de terapia intensiva, produtos de proteção médica e outros itens".

Os especialistas chineses, com seus rostos cobertos, foram recebidos por representantes do Ministério italiano da Saúde, segundo o vídeo transmitido à AFP pelo aeroporto romano de Fiumicino.

A bordo do voo vieram "dispositivos de ventilação mecânica, equipamentos respiratórios e para eletrocardiograma, dezenas de milhares de máscaras faciais e outros equipamentos", relatou o presidente da Cruz Vermelha italiana, Francesco Rocca.

"Os nove especialistas, seis homens e três mulheres, liderados pelo vice-presidente da Cruz Vermelha chinesa, Yang Huichan, e pelo professor especializado em reanimação cardiopulmonar, Liang Zongan, estão entre os maiores especialistas em ressuscitação, pediatria e enfermagem especializada em coronavírus na China", disse Rocca.

Da China, o ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, assegurou a seu colega italiano, Luigi Di Maio, o apoio de seu país na luta contra o coronavírus.

"O povo chinês nunca esquecerá o valioso apoio prestado pela Itália quando a China estava passando pelos momentos mais difíceis da luta contra o vírus", disse ele.

No auge da epidemia na China, a Itália foi o primeiro país europeu a interromper suas conexões aéreas com o gigante asiático, uma ação considerada muito drástica na época, mas que foi tomada para isolar o foco do surto.

A Itália também foi o país europeu que se mostrou mais aberto ao grande projeto de infraestruturas "Novas Rota da Seda", promovido pelo presidente Xi Jinping, apesar da oposição de vários parceiros europeus.

O coronavírus causou a morte de pelo menos 3.169 pessoas na China, sendo o país mais afetado do mundo com 80.793 infecções, conforme o último relatório.

O segundo país mais afetado é a Itália, com mais de mil mortes e pelo menos 15.000 infecções.

Já a cidade de Moscou, aproveitando a experiência da China para construir hospitais em tempo recorde, anunciou nesta sexta-feira o início da construção de um centro hospitalar pré-fabricado para lidar com a epidemia de coronavírus.

Em um comunicado, o Departamento de Obras Públicas da prefeitura da capital russa disse que começou a construção do prédio e das estradas que levam a ele.

Com capacidade para 500 leitos conectados a aparelhos de respiração, estará localizado a cerca de 60 quilômetros do centro de Moscou e se estenderá por 43 hectares.

O vice-prefeito da cidade, Andreï Bochkarev, garantiu que será um "centro médico entre os mais modernos" construídos "com a experiência dos nossos parceiros chineses". Ele não forneceu prazos.

Segundo um comunicado das autoridades, a instalação incluirá "centros cirúrgicos e serviços de diagnóstico".

No início de fevereiro, a China construiu um hospital com 1.000 leitos em apenas dez dias em Wuhan, epicentro da epidemia.

Segundo o site russo Znak, citando um documento interno da prefeitura, o hospital moscovita deverá custar 8,5 bilhões de rublos (105 milhões de euros). A Rússia registrou, até o momento, 45 casos de coronavírus.

Ela trabalha em Paris, mas consulta um médico em Xangai pelo computador, porque sua tosse a preocupa: na China, o coronavírus proporciona à telemedicina um boom sem precedentes.

A 10.000 quilômetros de distância, o médico de Xangai diagnostica esta chinesa que vive na França com um resfriado simples e prescreve um pouco de descanso. Não há razão para temer a pneumonia viral.

Em pânico com o vírus, milhões de chineses vêm limitando ao máximo seus contatos desde o final de janeiro, quando a gravidade da doença foi reconhecida publicamente pelas autoridades. Acima de tudo, temem ser infectados indo a hospitais sobrecarregados.

Desde o início da epidemia, as plataformas de telemedicina, desenvolvidas em particular pelas gigantes locais da Internet Tencent e Alibaba, registraram um forte aumento no tráfego.

O WeDoctor, que lançou em 23 de janeiro uma seção específica para a Covid-19, afirma que, somente em fevereiro, registrou cerca de 1,5 milhão de consultas on-line. Com mil médicos associados, seu concorrente AliHealth garante informar mais de 3.000 pacientes por hora.

E a tendência se espalhou para estabelecimentos de saúde pública.

- "Mudança a longo prazo" -

Em Xangai, o Hospital Central de Xuhui, que faz experimentos com telemedicina desde 2015, recebeu uma licença especial do governo no mês passado para explorar esse novo nicho.

Em apenas algumas semanas, as consultas pela Internet passaram de praticamente zero para mais de 5.000 no último domingo.

"Para a medicina, essa é uma mudança de longo prazo", alerta Zhou Jian, chefe do estabelecimento que abriu suas portas para a mídia no início desta semana.

Os pacientes devem primeiro baixar um aplicativo e, depois, esperar em uma fila. Após uma breve consulta, os médicos aconselham o internauta: simples descanso, prescrição de medicamentos, ou mesmo um exame aprofundado com um especialista, um processo que também pode ser feito de modo remoto.

"Não importa onde você esteja, você pode consultar, desde que tenha um telefone celular e Internet", diz Zhou.

Neste estabelecimento pioneiro em Xangai, os medicamentos são pagos on-line, através das onipresentes plataformas de pagamento eletrônico no país. Eles são entregues gratuitamente aos pacientes, às vezes no mesmo dia.

Especialmente com a epidemia da Covid-19, o dinheiro em espécie perdeu ainda mais seu brilho. Os chineses temem ser infectados e relutam em usar dinheiro em espécie para suas compras diárias. Recentemente, o país embarcou em uma desinfecção de notas em larga escala.

- Um obstáculo -

A maioria das consultas on-line não está relacionada ao coronavírus. Da pediatria à cardiologia e dermatologia, dezenas de médicos se revezam em cabines equipadas com computadores.

Vantagens: menos pressão para a equipe de enfermagem e maior eficiência, sem mencionar o tempo de espera reduzido para pacientes que não precisam mais viajar fisicamente para se consultar.

Mais do que qualquer outro país, a China adotou espetacularmente as tecnologias móveis nos últimos anos. Do pagamento de faturas ao pedido de produtos frescos, ou de café: tudo agora é feito na ponta dos dedos, em uma tela de smartphone.

A tecnologia pode ser, no entanto, uma barreira para os idosos, diz o cardiologista Wang Dewen, de 75 anos.

"Eles não se sentem tão confortáveis usando um telefone celular. Este é provavelmente o maior problema", afirma.

Trancados em casa por medo de contágio do novo coronavírus, milhões de chineses recorrem à Internet para dar continuidade ao dia a dia, trabalhando em casa, estudando a distância, ou visitando museus e exposições virtualmente.

A China continua paralisada pela crise provocada pelo coronavírus, e o governo insiste em que as pessoas fiquem em casa para evitar mais contágio.

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O resultado é um boom no uso de plataformas de gigantes como Alibaba, Tencent e Huawei, cujos aplicativos agora são os mais baixados.

A Tencent disse que a atividade de seu aplicativo WeChat Work, que serve para coordenar o trabalho remoto de várias pessoas, multiplicou-se por dez desde 10 de fevereiro. Nessa data, a China voltou ao trabalho após as férias do Ano Novo Lunar, prolongadas pelo coronavírus.

O aplicativo DingTalk, do Alibaba, registrou o maior tráfego em seus cinco anos de existência, com cerca de 200 milhões de pessoas usando-o para trabalhar de casa, informou a empresa à imprensa chinesa.

A Huawei disse que sua plataforma WeLink recebe um milhão de novos usuários todos os dias.

"Acabamos de ajudar uma escola de arte a abrir aulas de pintura on-line e estamos ajudando uma escola de música em suas aulas virtuais", afirmou Eric Yang, executivo-chefe da iTutorGroup, uma empresa de Xangai, que afirma ter aumentado sua atividade em mais de 200%.

O vírus, que matou mais de 1.100 pessoas e infectou 45.000, forçou o fechamento de fábricas em todo país e terá consequências no crescimento da segunda economia mundial.

Em 2003, a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) ajudou a desenvolver o comércio on-line na China, e o coronavírus também deve "acelerar a mudança estrutural de longo prazo" em direção à economia digital, de acordo com a S&P Global Ratings.

- Consultas médicas a distância -

Saturados de pessoas que querem saber se têm o coronavírus, muitos hospitais estão optando pela telemedicina para classificar os pacientes com base em sua gravidade, informou a imprensa oficial.

Muitos museus e centros culturais estão fechados, mas alguns lugares - como a Cidade Proibida de Pequim, ou o museu dos guerreiros de terracota de Xi'an - criaram passeios virtuais, enquanto o zoológico de Xangai exibe seus pandas nas redes sociais.

Até as coletivas de imprensa diárias do ministro das Relações Exteriores são feitas on-line.

As escolas do país estão fechadas até março, e muitas tentam seguir a recomendação do Ministério da Educação, que pediu para "parar as aulas, mas não parar o aprendizado".

Grace Wu, que tem a filha de nove anos, Charlotte, matriculada na Escola Americana de Xangai, já está se preparando para passar muitas semanas em casa.

"Há duas preocupações. Primeiro, com o coronavírus e, depois, com o ensino", disse Wu.

Na semana passada, porém, a escola decidiu voltar a dar aulas on-line até a reabertura de sua infraestrutura física.

Charlotte e seus colegas de classe se adaptaram à situação e até organizaram uma festa de aniversário virtual por meio do sistema de videoconferência Zoom.

Segundo o Alibaba, mais de 300 cidades em 30 províncias do país estão usando esse sistema de classes a distância com cerca de 50 milhões de usuários.

O recurso à Internet também saturou as redes. Alibaba, por exemplo, disse que instalou mais de 10.000 novos servidores.

Alguns provedores inventam novos serviços, como um sistema para ocultar o fundo da imagem durante uma videoconferência, para que a pessoa que recebe a chamada não perceba que o interlocutor está em casa e, assim, possa parecer mais "profissional".

Os chineses já estão muito conectados e usam seus telefones para comprar, pedir comida, encontrar um parceiro, pagar contas, ou se expressar.

Wang Guanxin, professor do iTutorGroup, acredita que, com o coronavírus, haverá uma "virada decisiva" para a indústria.

"Objetivamente, permitirá que as pessoas que desconfiam, ou não usam a educação a distância, mudem seu ponto de vista", afirmou.

Os operários de uma fábrica gigantesca de produção de iPhones no centro da China serão postos em quarentena por pelo menos uma semana, após suas férias, para evitar a propagação do novo coronavírus - anunciou nesta quinta-feira (6) o gigante taiwanês da eletrônica Foxconn, principal fornecedor do grupo americano Apple.

A Foxconn havia informado que uma de suas principais sedes de produção na China, em Zhengzhou (centro), apelidada de "cidade iPhone", retomaria suas atividades em 10 de fevereiro, depois do recesso pelo Ano Novo chinês. As férias de fim de ano acabaram sendo prolongadas pela epidemia.

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Hoje, o grupo anunciou que seus funcionários - qualquer que seja sua região de origem - serão submetidos a uma quarentena de uma a duas semanas, quando voltarem das férias.

A empresa ainda não informou quantos trabalhadores serão afetados pela medida. A Foxconn é o maior contratador privado de mão de obra na China. Conta com cerca de 1 milhão de operários que trabalham em 30 fábricas espalhadas pelo país.

As autoridades chinesas pediram a todas as companhias que permaneçam fechadas até 9 de fevereiro para tentar evitar a propagação do novo coronavírus. Até o momento, chega a 560 o número de mortos em todo país.

A Foxconn é líder mundial na montagem de aparelhos eletrônicos. Muitas empresas dependem dela para fabricar produtos como iPhones, televisores de tela plana, ou laptops.

O grupo taiwanês se esforça para tranquilizar seus clientes e garante que a cadeia de montagem não vai ser paralisada.

Nesse contexto, a Foxconn já revisou para baixo sua previsão de crescimento de vendas para 2020. Dos 3% a 5% previstos, caiu para uma margente entre 1% e 3%, segundo seu presidente, Young Liu, citado pela agência Bloomberg.

Enquanto tentavam atravessar ilegalmente a fronteira que separa o México dos Estados Unidos, onze chineses foram encontrados dentro de uma máquina de lavar, um baú e uma cômoda. Eles foram descobertos pela patrulha californiana em San Ysidro, localizada em San Diego, no último sábado (7).

Eles eram transportados em um caminhão e o motorista, um americano de 42 anos, foi preso sob a acusação de tráfico de pessoas. Os agentes da fronteira detiveram os imigrantes, que passaram pelos procedimentos de imigração, segundo o serviço de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos.

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Várias famílias vietnamitas estão cada vez mais preocupadas com a possibilidade de um de seus parentes estar entre as 39 pessoas encontradas mortas esta semana num caminhão frigorífico perto de Londres. As autoridades do Vietnã recolheram neste domingo (27) amostras com a finalidade de realizar testes de DNA.

"Começamos a coletar amostras de sangue e cabelo das famílias das supostas vítimas", declarou uma fonte da segurança vietnamita à AFP, sob condição de anonimato.

A família de um homem desaparecido confirmou à AFP que amostras foram colhidas no início do dia. Uma missa católica foi realizada neste domingo em Phu Xuan, uma pequena cidade da província de Nghe An, no centro do país, em memória das 39 vítimas do caminhão.

Muitos candidatos à emigração para a Europa Ocidental deixam essa pobre província do Vietnã em busca de uma vida melhor.

A polícia britânica inicialmente pensou que os 31 homens e oito mulheres encontrados no caminhão eram chineses. Mas várias famílias da província de Nghe An se manifestaram, explicando que estavam sem notícias de parentes que haviam partido para a Grã-Bretanha de forma ilegal há alguns dias.

Na Grã-Bretanha, o motorista do caminhão foi indiciado. Preso logo após a descoberta do caminhão na quarta-feira em uma área industrial a cerca de 30 quilômetros da capital britânica, Maurice Robinson, natural da Irlanda do Norte, foi processado por homicídio culposo, tráfico de seres humanos, auxílio à imigração ilegal e lavagem de dinheiro, de acordo com a polícia britânica. Ele deve ser apresentado à Justiça na segunda-feira.

Pelo menos duas famílias vietnamitas manifestaram medo de que seus filhos, com passaportes chineses falsos, tenham morrido no caminhão.

Nguyen Dinh Gia, pai de um vietnamita de 20 anos, disse à AFP no sábado que recebeu uma ligação assustadora alguns dias atrás, anunciando que seu filho havia morrido enquanto tentava chegar ao Reino Unido.

De acordo com ele, seu filho havia lhe dito duas semanas antes sobre seu plano de viajar à Grã-Bretanha da França, onde vivia ilegalmente desde 2018.

- 'Estou morrendo' -

O irmão de Pham Thi Tra, uma vietnamita de 26 anos, contou à AFP que a jovem enviou uma mensagem por telefone para sua mãe dizendo que não conseguia "respirar mais" e estava "prestes a morrer".

Os migrantes geralmente procuram entrar na Grã-Bretanha para trabalhar em bares ou em fazendas ilegais de cannabis, na esperança de ganhar dinheiro rapidamente.

Segundo a BBC, uma associação de vietnamitas que vivem na Grã-Bretanha, VietHome, recebeu fotos de cerca de 20 vietnamitas desaparecidos desde a descoberta do caminhão. Desde quarta-feira, a associação disse que recebeu mensagens informando o desaparecimento de pessoas de 15 a 45 anos.

O contêiner que transportava os migrantes chegou de balsa no porto de Purfleet, no estuário do Tâmisa, de Zeebrugge, na Bélgica, uma hora antes de a polícia entrar em cena, alertada pelos serviços de emergência.

Além do motorista, outras três pessoas chegaram a ser detidas, mas já foram liberadas, segundo anunciou neste domingo a polícia britânica.

Entre os três detidos na sexta-feira, está, segundo a imprensa britânica, a última proprietária declarada do caminhão e seu marido, ambos de 38 anos.

De acordo com a imprensa britânica, eles declararam que venderam o veículo há pouco mais de um ano.

O outro libertado é um homem de 46 anos, e não 48, como a polícia havia indicado até agora, que foi detido na sexta-feira no aeroporto de Stansted, em Londres. Ele foi colocado sob controle judicial até 13 de novembro, e o casal, até o dia 11, afirmou a polícia de Essex.

As 39 pessoas encontradas mortas na carreta de um caminhão em Grays, sudeste do Reino Unido, eram de nacionalidade chinesa. A informação é da rede BBC, mas ainda não foi confirmada oficialmente. Os cadáveres foram achados na última quarta (23), em uma zona industrial do condado de Essex, e o motorista do veículo, o norte-irlandês Mo Robinson, de 25 anos, está preso por suspeita de homicídio.

Registrado na Bulgária, o caminhão chegou ao Reino Unido após uma travessia de balsa entre Zeebrugge, na Bélgica, e Purfleet, na Inglaterra, na madrugada de quarta-feira. As vítimas são 38 adultos e um adolescente.

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A polícia da Irlanda do Norte fez buscas em duas casas no território, mas suspeita-se que este seja mais um caso de tráfico de seres humanos. Segundo as autoridades britânicas, o processo de identificação dos mortos pode ser "demorado".

Em 2000, 58 chineses já haviam morrido sufocados em um caminhão em Dover

Da Ansa

A equipe Alagoana do CSA recebeu uma proposta de compra por um grupo de investidores chineses na noite desta quarta-feira (1°). A informação é do portal Alagoas 24 horas. Segundo a publicação, a compra será nos moldes feito pela Red Bull com o Bragantino.

Em entrevista ao portal, o presidente do CSA confirmou o interesse. "Hoje o mundo está muito globalizado e os investidores estão sempre buscando novas opções de negócios. Recentemente o Botafogo de Ribeirão Preto e o Bragantino foram adquiridos por grupos empresariais. E há um grupo chinês que tem visto o CSA com bons olhos", disse Rafael Ténorio.

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O presidente do clube azulino não falou sobre os valores do negócio, mas a estimativa é de a quantia pode ultrapassar a casa dos 100 milhões de reais.

"Os investimentos são altos e a empresa acenou com a vontade de construir uma arena, investimentos maiores na base e tornar o CSA ainda mais forte do que está hoje. Surgiu esta proposta do CSA se tornar um clube privado e receber este investimento e estamos iniciando um processo de negociação comercial e que possamos dar continuidade a esta conversa", salientou.

A compra deve ser algo parecido com que aconteceu com Bragantino e Botafogo-SP como citou Rafael. Mas essas equipes terão seus nomes alterados algo que não é visto com bons olhos pelo dirigente.

"Isso é uma das coisas que não abrimos mão. O CSA tem tradição centenária, uma torcida e história mundial. Nós iremos acordar isso e permanecerá sempre o nome de Centro Esportivo Alagoano. O que mudará será o investimento, o regimento, a administração. Eles não demonstraram interesse de mudar o nome do clube”, cravou.

As comunidades chinesas estabelecidas em todo o mundo deram as boas-vindas nesta terça-feira (5) ao Ano do Porco, marcando a chegada do ano novo lunar com orações, festas em família e compras.

Na semana passada, milhões de pessoas na China continental viajaram em trens, ônibus, automóveis e aviões para visitar parentes e amigos, naquela que é a maior migração anual do planeta, esvaziando as megacidades do país de grande parte da força de trabalho imigrante.

As celebrações acontecem em todo o mundo, das comunidades chinesas do sudeste asiático até os bairros chineses de cidades como Sydney, Londres, Vancouver e Los Angeles, entre outras.

A festividade mais importante do calendário chinês dura 15 dias, período em que as famílias reunidas comem dumplings, trocam presentes e envelopes vermelhos com dinheiro.

As ruas de Pequim, habitualmente lotadas, estavam vazias nesta segunda-feira, com muitas lojas e restaurantes fechados até a próxima semana.

Cada vez mais, chineses também optam por viajar para o exterior, com deslocamentos em família para Tailândia, Japão e outros destinos.

Arqueólogos chineses descobriram que o país foi um dos primeiros locais a domesticar os porcos, há 9.000 anos, praticamente ao mesmo tempo que a Turquia, de acordo com os ossos deste animal encontrados na província de Henan (centro), informou a agência Xinhua.

- Orações e agradecimentos -

Em Hong Kong, os mercados de flores estavam lotados e os clientes procuravam orquídeas, tangerinas e flores de pêssego para decorar suas casas. Alguns quiosques também tinham uma grande variedade de brinquedos de pelúcia.

Milhares de pessoas com incenso, algumas vestidas com trajes de porco, se reuniram no famoso templo Wong Tai Sin da cidade durante a noite, um local popular para celebrar as primeiras orações do Ano Novo. Em Xangai, uma multidão compareceu ao templo de Longhua.

Na Malásia, onde 60% da população é muçulmana e 25% de etnia chinesa, alguns centros comerciais optaram por não exibir decorações de porcos, enquanto algumas lojas deixaram as peças apenas dentro dos estabelecimentos.

Mas os compradores e comerciantes afirmaram que a situação é habitual em um país no qual a maioria muçulmana é reticente a respeito de um animal considerado impuro no Islã e que, em geral, a polêmica foi pequena este ano.

Na Indonésia, o maior país muçulmano do mundo, que também tem uma população considerável de origem chinesa, o Ano Novo Lunar é um dia festivo. No Japão, a famosa Torre de Tóquio programou uma iluminação vermelha para celebrar o Ano Novo, algo inédito na capital nipônica.

Também é a festa mais importante do Vietnã, onde se celebra como Tet. As festas também acontecerão em cidades ocidentais como Nova York e Londres, atraindo um público importante.

A presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, usou as redes sociais para criticar Pequim, com uma mensagem na qual destacou as credenciais democráticas da ilha e o pluralismo linguístico.

"Em Taiwan podemos manter nossas tradições culturais", afirmou em um vídeo no qual ofereceu a saudação tradicional do ano novo em cinco idiomas chineses: mandarim, taiwanês, hakka, teochew e cantonês.

As minorias criticam Pequim por favorecer o mandarim em relação aos demais idiomas.

Stefano Gabbana e Domenico Dolce, cofundadores da marca italiana Dolce & Gabbana, pediram perdão nesta sexta-feira "aos chineses do mundo inteiro" após deixá-los indignados com a publicação de vídeos e comentários considerados racistas.

"Desejamos dizer a todos os chineses do mundo, e há muitos, o quanto sentimos. E levamos esta desculpa e esta mensagem muito a sério", afirma Stefano Gabbana em um vídeo divulgado nesta sexta na rede social chinesa Weibo.

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Do seu lado, Domenico Dolce acrescenta que "refletiram muito sobre a polêmica". "Nossas famílias sempre nos ensinaram a respeitar as diferentes culturas (...). Pedimos seu perdão se cometemos erros na interpretação da sua", diz.

A marca italiana provocou indignação nos chineses com a publicação em sua conta de Instagram de vídeos de promoção de um desfile previsto para esta semana em Xangai nos quais se via uma mulher asiática tentar comer pizza e espaguete com palitos sob as ordens de uma voz masculina.

O caso piorou após a difusão na internet de capturas de tela de uma discussão no Instagram entre um usuário e Gabbana, na qual este último usa emojis de excrementos para definir a China como "país de merda".

A empresa garantiu que a conta de Stefano Gabbana tinha sido hackeada e afirmou que tinha muito respeito pela China.

O escândalo levou ao cancelamento do desfile.

Segundo a imprensa chinesa, várias empresas locais de vendas on-line retiraram todos os produtos da marca italiana, e muitos consumidores anunciaram que iam boicotá-la.

"Aprenderemos as lições desta experiência e, obviamente, isto não voltará a ocorrer", afirmou Gabbana no vídeo, que termina com os dois estilistas dizendo "perdão" em mandarim.

Pela primeira vez na China, cientistas conseguiram reconstruir orelhas humanas a partir de tecnologia de impressão 3D e células humanas, de acordo com um artigo publicado na revista "EBio Medicine" nesta terça-feira (30). A reconstrução foi feita em pacientes que sofrem de microtia - uma deformidade congênita em que a orelha não é desenvolvida até os primeiros meses de gestação. Ela afeta a audição, mas também pode acarretar outros problemas de caráter fisiológico e psicológico.

Os cinco pacientes tinham entre 6 e 9 anos de idade. Para a reconstrução do órgão, os cientistas escanearam as orelhas e transferiram os dados para uma impressora 3D, criando um molde novo. A cartilagem do órgão foi desenvolvida in vitro, ou seja, fora do organismo vivo. Para tal, foram utilizados condrócitos - células presentes no tecido cartilaginoso - que foram colocados em um suporte biodegradável e desenvolvido em tubo de ensaio.

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Além disso, a cartilagem foi utilizada para a reconstrução auricular dos pacientes e alcançou resultados satisfatórios ao longo da maturação do tecido, que levou aproximadamente 2 anos e 5 meses. De acordo com a revista "EBio Medicine", a microtia atinge 1 em cada 5 mil pessoas mundo. Mas, em países latino-americanos e asiáticos, esse índice aumenta. Como o corpo humano possui diversas reações ao processo, a cirurgia ainda não pode ser feita para fins estéticos.

Da Ansa

As autoridades chinesas demoliram uma imensa igreja no norte do país, o que uma associação de defesa dos cristãos denunciou neste sábado (13) como uma perseguição digna do grupo Estado Islâmico".

O Partido Comunista Chinês (PCC), no poder, desconfia de qualquer movimento organizado que possa escapar de seu controle, principalmente as organizações religiosa.

A monumental igreja evangélica Jindengtai ("Candelabro dourado"), pintada de cinza e coroada por uma grande cruz vermelha, estava situada em Linfen, uma cidade da província de Shanxi.

Sua demolição foi realizada "dentro de uma campanha municipal dirigida a eliminar as construções ilegais", indicou o jornal Global Times, que cita um dirigente da cidade que não quis ser identificado.

"Um cristão deu um terreno a uma associação cristã local e construíram em segredo uma igreja, alegando construir um armazém", segundo a mesma fonte.

As autoridades mandaram parar a obra em 2009. Segundo a fonte, vários membros da associaçãoc cristã foram então detidos.

"Um grupo de policiais militares forma mobilizados e realizaram a destruição com uma grande quantidade de explosivos colocados debaixo da igreja", informou à AFP Bob Fu, presidente da China Aid, um grupo de defesa dos direitos religiosos com sede nos Estados Unidos.

"Esta perseguição é digna do [grupo jihadista] Estado Islâmico e dos talibãs", denunciou, enfatizando que esta igreja evangélica contava com 50.000 fiéis.

As religiões oficialmente reconhecidas na China (catolicismo, protestantismo, islamismo, budismo, taoísmo) são rigidamente reguladas. Devem jurar lealdade às associações "patrióticas" controladas pelo Estado, que pretende assim evitar qualquer influência estrangeira através da religião.

A China conta com 5,7 milhões de católicos e 23 milhões de protestantes, segundo estatísticas oficiais de 2014. Uma cifra que exclui os milhões de membros de igrejas não reconhecidas, principalmente protestantes.

Quando Wu Qi e seu marido venderam seu pequeno carro para comprar um automóvel de luxo, necessitaram somente de alguns minutos para obter um empréstimo de 200.000 iuanes, que acrescentaram a uma hipoteca, algo frequente entre os jovens chineses.

"É muito fácil: a concessionária te estimula a pegar um empréstimo e a ter um carro", explica Wu Qi, de 39 anos, que já tem que pagar um milhão de iuanes do empréstimo de seu apartamento de três quartos em Pequim.

Os jovens não dispensam a ideia de pedir um empréstimo para saciar sua sede de consumo, animados pelo regime comunista, que abriu o crédito em 2008 para apoiar uma economia ameaçada pela crise financeira mundial.

Quase uma década depois, a dívida total do país passou de 140% do PIB para 260%. E a desaceleração da atividade econômica - o crescimento caiu no ano passado para 6,7%, sua marca mais baixa em 25 anos - preocupa os mercados. A agência Moody's rebaixou na semana passada a nota da dívida chinesa pela primeira vez em quase 30 anos.

As residências são um dos motores do aumento da dívida. Seus empréstimos cresceram 19% na média de cada ano desde 2011, destaca Chen Long, economista no Gavekal Dragonomics. Nesse ritmo, a dívida dos lares se duplicará alcançando os 8,6 bilhões de euros em 2020, ou seja, 70% do PIB, contra 30% em 2013.

A atual situação foi favorecida pela atitude dos pequenos investidores, desestimulados pelos fracos investimentos produzidos pelos depósitos bancários, pela volatilidade das bolsas e pela dificuldade de investir no exterior.

Mas a explosão do preço das casas criou o medo de uma bolha imobiliária, contra a qual o governo chinês tenta se proteger, subindo a contribuição mínima exigida para a compra de uma casa, mas sem chegar a limitar o aumento do preço do metro quadrado.

Wang Yuchen, de 28 anos, teve que pedir dinheiro a seus pais e amigos para poder comprar no ano passado um apartamento de 4,75 milhões de iuanes em Pequim. "Em 2012 teria conseguido comprar três vezes mais barato", lamenta o jovem, que pediu um empréstimo de três milhões de iuanes ao banco para financiar a compra.

No setor dos automóveis, as baixas taxas de juros estimulam os jovens a comprar novos modelos, fazendo com que o crédito para os veículos aumente 40% por ano.

Enquanto o Fundo Monetário Internacional (FMI) deu sinais no mês passado dos riscos financeiros que se aproximam do país, alguns duvidam da determinação do regime comunista de frear o crédito fácil, que alimenta o crescimento.

"Veremos como farão para sair da armadilha do 'crescimento primeiro e pensamos depois' na qual todas as grandes economias caíram em algum momento", analisa Michael Every, economista no Rabobank.

O líder espiritual do Tibete, Dalai Lama, vai visitar Milão, na Itália, a partir desta quinta-feira (20) para receber as chaves da cidade, como decidido por uma resolução aprovada pelo conselho local. No entanto, é previsto que haja uma série de protestos realizados pela comunidade chinesa.

Uma decisão - tomada durante o mandato do ex-prefeito Giuliano Pisapia - deu o Selo de Milão para Dalai Lama, o que desencadeou uma grande insatisfação dos chineses que vivem na cidade.

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"A concessão de cidadania honorária ao Dalai Lama é uma iniciativa que consideramos errada e ofende dezenas de milhares de cidadãos chineses-milaneses, porque não leva em conta a realidade histórica e a atual relação entre a China e a região de Tibete. Ele não é apenas um líder religioso, mas o líder de um Estado que não existe realmente", afirmaram os chineses em comunicado.

De acordo com a Câmara Municipal, a entrega da cidadania honorária ao Dalai Lama não representa uma interferência em assuntos políticos da China e não seria um gesto hostil, mas sim para respeitar uma decisão democrática da Câmara.

A dupla chinesa do badminton masculino, formada por Fu Haifeng e Zhang Nan, conquistou a medalha de ouro nesta sexta-feira nos Jogos Olímpicos do Rio-2016. Os chineses venceram na final a dupla da Malásia, Goh V Shem e Tan Wee Kiong, que ficou com a prata.

Os malaios venceram o primeiro set por 21-16, mas os chineses reagiram, vencendo os dois seguintes por 21-11 e 23-21 em uma dramática final. A medalha de bronze ficou com a dupla britânica, formada por Marcus Ellis e Chris Langridge.

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Vários atletas chineses reclamaram nos últimos dias de roubos e problemas no Rio de Janeiro, antes do início dos Jogos Olímpicos, com muitas críticas nas redes sociais do país asiático.

Shi Dongpeng, atleta dos 110 metros com barreiras, afirmou à imprensa que teve o computador roubado assim que pousou no Brasil.

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"Perder o dinheiro pode me evitar problemas maiores mais adiante", comentou de modo irônico o atleta em uma rede social.

Na rede social Weibo, a estrela do tênis de mesa Fan Zhendong divulgou fotos em que aparece ao lado do colega de equipe Zhang Jike em uma tentativa de ajustar a cortina do chuveiro da Vila Olímpica.

O ginasta Feng Zhe, medalha de ouro nas barras paralelas nos Jogos de Londres-2012, criticou um vaso sanitário entupido no centro de treinamento.

As críticas têm grande repercussão nas redes sociais chinesas, nas quais os internautas criticam a organização da Rio-2016, que não estaria à altura de Pequim-2008.

"Tenho a impressão de que é necessário enviar uma força de manutenção de paz para que os Jogos Olímpicos sejam um sucesso", brincou o escritor Zhou Yu.

Na semana passada, o ministro chinês das Relações Exteriores pediu aos cidadãos uma prudência maior no Rio, ao revelar que integrantes da delegação do país haviam sido vítimas de roubos "frequentes", incluindo alguns a mão armada

As autoridades chinesas pediram que as pessoas não visitem favelas e locais isolados, além de não sair com mochilas nas costas, não utilizar joias ou celulares nas ruas.

Um tribunal chinês condenou à pena de morte dois homens pelo assassinato de um monge que havia obtido a nacionalidade britânica, fundador do primeiro monastério tibetano do Ocidente, indicaram nesta segunda-feira os meios de comunicação estatais.

Akong Tulku Rinpoche, co-fundador do monastério Samye Ling, na Escócia, foi encontrado morto com várias marcas de faca em sua casa de Chengdu, sudoeste da China, em 2013.

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O tribunal popular intermediário da cidade condenou Tudeng Gusang e Tsering Banjue pelo assassinato de Akong e de outros dois homens, informou a agência semioficial China News Service.

Gusang - que havia trabalhado no monastério escocês - e Banjue esfaquearam Akong, seu sobrinho e um motorista, devido a uma disputa financeira envolvendo 400.000 dólares, indicou a agência, citando fontes oficiais.

Akong, um septuagenário, havia obtido a nacionalidade britânica depois de ter fugido do Tibete em 1959. Em 1967 fundou o monastério na Escócia.

O Ministério Público Federal (MPF) do Rio abriu inquérito para investigar um esquema de propina paga por donos de pastelarias e atravessadores a agentes do setor de imigração, controlado pela Polícia Federal, do Aeroporto Internacional Tom Jobim (o Galeão), na Ilha do Governador, zona norte. O dinheiro serviria para liberar a entrada no País de chineses que chegam no País para trabalhar em regimes exaustivos, em regime similar ao de escravidão por dívida, em lanchonetes na região metropolitana do Rio. O aeroporto é o único no Rio que recebe voos internacionais.

O esquema foi descoberto pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e reportado em documento ao Ministério Público Federal no dia 28 de julho. O relatório do MTE detalha o funcionamento da suposta propina, delatada por uma pessoa que trabalhava com empresários chineses suspeitos de "importar" jovens de Guangdong, província da República Popular da China, uma das mais pobres do país.

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Para cada chinês liberado a entrar no Brasil seriam cobrados R$ 42 mil de propina. Pelo acerto, o imigrante trabalharia de dois a três anos de graça para pagar as despesas de viagem e, segundo suspeitas do MTE, para quitar também o valor entregue pelos patrões aos agentes.

O pagamento da propina, em espécie, seria feito no aeroporto, fora da área de controle imigratório. Um truque usado para encobrir o esquema é sumir com os passaportes dos chineses ou arrancar a página em que estaria o carimbo da Polícia Federal, identificando a data da entrada no País, o que permitiria identificar os funcionários da PF de plantão naquele dia.

Em um dos casos revelados pelo delator, o atraso de 20 minutos no pagamento da propina fez com que chineses que entrariam no País fossem deportados para a China. De acordo com o MTE, agências no país asiático oferecem oportunidades de trabalho no Brasil. O serviço é anunciado, dizem auditores, em placas espalhadas por Guangdond.

Procurada no início de agosto, a Polícia Federal informou que policiais e funcionários administrativos terceirizados, contratados pela empresa Milênio, atuam na imigração. Os últimos, no entanto, não têm autonomia de ação e estão sob supervisão dos agentes da PF. Em nota, a corporação afirmou que "todas as notícias de possíveis ilícitos administrativos ou penais que venham a mencionar servidores são apuradas pelos setores de controle interno". A instituição destaca ainda que atua na coerção à prática de trabalho escravo. A Milênio optou por não se pronunciar.

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) afirma ter descoberto um esquema de corrupção no controle imigratório do Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, na zona norte do Rio. Segundo o MTE, agentes cobram propinas de donos de pastelarias e atravessadores responsáveis por trazer chineses para trabalhar em regimes exaustivos, de escravidão por dívida, em lanchonetes na região metropolitana do Rio.

O documento, obtido pelo jornal "O Estado de S. Paulo", foi encaminhado no dia 28 para o Ministério Público Federal e a Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo (Detrae). O texto detalha o funcionamento do esquema, delatado por uma pessoa que trabalhava com os empresários chineses suspeitos de "importar" jovens da Província de Guangdong, no sul da China, uma das mais pobres do país.

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Para cada chinês liberado para entrar no Brasil seriam cobrados R$ 42 mil de propina. Pelo acerto, o imigrante trabalharia de dois a três anos de graça para pagar as despesas de viagem e, segundo suspeitas do MTE, para quitar também o valor entregue pelos patrões aos agentes.

O pagamento da propina, em dinheiro, seria feito no aeroporto, fora da área de controle imigratório. Um truque usado para encobrir o esquema é sumir com os passaportes dos chineses ou arrancar a página em que estaria o carimbo da Polícia Federal, identificando a data da entrada no País - o que permitiria identificar os funcionários da PF de plantão naquele dia.

Em um dos casos revelados pelo delator, o atraso de 20 minutos no pagamento da propina fez com que chineses que entrariam no País fossem deportados para a China.

De acordo com a Polícia Federal, policiais e funcionários administrativos terceirizados, contratados pela empresa Milênio, atuam na imigração. Os últimos, no entanto, não têm autonomia de ação e estão sob supervisão dos agentes da PF. Em nota, a corporação afirma que "todas as notícias de possíveis ilícitos administrativos ou penais que venham a mencionar servidores são apuradas pelos setores de controle interno" e destaca atuar na coerção à prática de trabalho escravo. A Milênio optou por não se pronunciar.

Indícios

Em setembro do ano passado, um chinês resgatado ao fugir de uma pastelaria em Mangaratiba, na Costa Verde, já havia dito aos auditores que sua entrada fora acordada com agentes da imigração.

De acordo com o documento do Ministério Público Federal, um funcionário que trabalhava no aeroporto foi recepcionar a vítima. "A referida pessoa, que tinha acesso à área privativa dos funcionários do aeroporto, recebeu a documentação e, superando as restrições de imigração, promoveu sua entrada em território nacional, omitindo-se que o ingresso se dava para o fim de trabalho", diz o documento.

A investigação também apontou que agências na China oferecem oportunidades de trabalho no Brasil, anunciando o serviço em placas em Guangdong.

O MTE tem realizado operações para flagrar chineses em situação irregular no Brasil, cumprindo jornadas exaustivas em lanchonetes e sendo submetidos a condições precárias de moradia e trabalho. Após acordos extrajudiciais, em que obtêm reparação financeira, os chineses têm continuado a trabalhar nos mesmos locais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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