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A Secretaria Executiva de Defesa Civil do Estado (Codecipe) montou, em sua sede, uma estrutura de apoio às cidades que decretaram situação de emergência por conta das fortes chuvas que atingiram Pernambuco desde a semana passada.  O órgão destaca que o objetivo é orientar os municípios no preenchimento do Sistema Integrado de Informações de Desastres, para que tenham acesso aos recursos e apoio estadual e federal. 

O trabalho recebeu o reforço de sete representantes da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil e do Grupo Nacional de Apoio a Desastres, inclusive com a presença do secretário nacional, coronel Alexandre Lucas.

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De acordo com os dados compilados pela Central de Operações da Codecipe, 6.650 pessoas estão desabrigadas no Estado, principalmente na Região Metropolitana do Recife e Mata Norte. Outras 106 pessoas perderam a vida em decorrência dos desastres causados pelas chuvas.

Aviso meteorológico

A Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) renovou o aviso meteorológico, uma vez que persistem instabilidades no Oceano Atlântico que favorecem pancadas de chuvas isoladas, com intensidade moderada na Região Metropolitana do Recife e Zona da Mata nesta quarta-feira (01), com tendência de redução gradativa até o final de semana. A Defesa Civil, porém, alerta a população a permanecer atenta, sobretudo nas áreas de risco.

Barragens

A Compesa atualizou a situação das barragens localizadas nas regiões Metropolitana do Recife, Agreste e Mata Norte. A RMR continua com seis mananciais com capacidade máxima de acumulação e vertendo: Várzea do Una (São Lourenço da Mata), Duas Unas (Jaboatão dos Guararapes), Pirapama (Cabo de Santo Agostinho), Sicupema (Cabo de Santo Agostinho), Utinga (Ipojuca) e Bita (Ipojuca).

Outras barragens importantes para a região continuam acumulando um bom nível de água, a exemplo de Botafogo, que chegou a 79,7%, e Tapacurá, que atingiu 75,9%.

Na Mata Norte e no Agreste, 11 mananciais estão com capacidade máxima de acumulação e vertendo: Inhúmas e Mundaú (Garanhuns), Santana II (Brejo da Madre de Deus), São Jacques (Lajedo), Pedra Fina (Bom Jardim), Pau Ferro (Quipapá), Siriji, (Vicência), Caianinha (São Joaquim do Monte), Orá/Cursaí (Paudalho), Tiúma, (Timbaúba) e Tabocas/Piaça (Belo Jardim).

As barragens do Prata, Jucazinho e Poço Fundo continuam sendo monitoradas. O Prata atingiu 73,89%; Jucazinho alcançou 15,84%; e Poço Fundo está com 17,28%.

*Com informações da assessoria

O aumento no número de casos e mortes de Covid-19 e a queda no ritmo de vacinação estão levando municípios a retomarem a atenção com a pandemia. Muitos estão recomendando a volta do uso de máscara em locais fechados, como Londrina (PR), Petrópolis (RJ) e Poços de Caldas (MG), enquanto outros, como Belo Horizonte, cogitam retomar a obrigatoriedade da proteção individual.

O Brasil registrou 115 novas mortes pela Covid-19 na quinta-feira (19). A média móvel de vítimas, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, está em 113. O índice permanece acima de 100 pelo sexto dia consecutivo.

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Em Belo Horizonte, duas escolas particulares anunciaram na quinta-feira a suspensão temporária das aulas presenciais em algumas turmas após confirmação de casos de Covid-19. São elas os colégios Santo Agostinho e Sagrado Coração de Jesus, ambos na região centro-sul da capital mineira. As atividades seguirão em formato online nas duas turmas de cada instituição até que se completem os dias necessários para o retorno seguro de todos os estudantes.

Segundo protocolo da Prefeitura de BH, caso ao menos 10% dos alunos de uma mesma turma testem positivo, as atividades presenciais precisam ser suspensas por 10 dias corridos. Na quarta-feira (18), a prefeitura divulgou comunicado alertando para a possibilidade de voltar a exigir máscara em locais fechados, apenas 20 dias após seu uso ter sido declarado opcional. O motivo é o aumento do número de casos na cidade.

O último boletim da cidade, divulgado dia 17 de maio, mostra aumento de 18% nos novos casos do novo coronavírus em sete dias. A incidência por 100 mil habitantes subiu de 38,3 para 45,1 no último domingo, 15.

O médico infectologista Unaí Tupinambás, integrante do extinto Comitê de Enfrentamento à Covid-19 de Belo Horizonte, diz que a liberação do uso de máscaras pela prefeitura foi precoce. "A gente que está na linha de frente percebeu que não era hora de abrir mão de máscara. Nossa proposta era manter a obrigatoriedade em locais fechados. Houve uma pressa de abolir tudo, as pessoas estavam cansadas, mas o que ocorria em outros países indicava que ainda não era hora de relaxar", afirmou o médico ao Estadão.

Ele defende que, neste momento em que as temperaturas caem, as novas variantes do coronavírus avançam e a vacinação de crianças e adolescentes está muito abaixo do ideal, as prefeituras de Belo Horizonte e de outras cidades repensem a forma atual de enfrentamento da Covid-19. "Os testes diminuíram, o número de casos está subnotificado e vacinação de crianças está em ritmo lento", alerta. "Tudo conspira para piorar a situação", afirma Tupinambás.

A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, informou que, "caso seja necessário e com base em dados epidemiológicos e evidências científicas, medidas serão prontamente adotadas, inclusive com revisão dos protocolos sanitários e retorno da obrigatoriedade das máscaras". Mas que, no momento, não há indicação de alteração nas medidas implantadas.

No Rio Grande do Sul, o governo emitiu na quarta-feira avisos para todas as 21 regiões do Estado em razão do aumento de casos de Covid-19. Segundo o Grupo de Trabalho da Saúde, a incidência de casos quase dobrou, passando de 113,7 a cada 100 mil habitantes para 223,2 entre 7 e 17 de maio. O aviso é o primeiro nível do Sistema de Monitoramento do Estado. Depois, cada região precisa adotar planos de ação contra a pandemia. Há nove semanas, não havia nenhuma emissão de aviso no Rio Grande do Sul.

Cobertura vacinal em ritmo lento

Divulgada na quinta-feira, a nova edição do Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz reforça a preocupação com a estagnação do crescimento da cobertura vacinal na população adulta, além da desaceleração da curva de cobertura da terceira dose. A análise aponta que, na população acima de 25 anos, a cobertura no território nacional para o esquema vacinal completo é de 80%.

No entanto, em relação às faixas etárias, os dados mostram que a terceira dose nos grupos mais jovens segue abaixo da média considerada satisfatória. Nas crianças entre 5 e 11 anos, 60% tomaram a primeira dose e apenas 32% estão com esquema vacinal completo. Em relação à terceira dose, nas faixas etárias acima de 65 anos, a cobertura está acima de 80%. A quarta dose dos imunizantes foi aplicada em 17% da população com mais de 80 anos.

"O cenário atual ainda é motivo de preocupação. A ocorrência de internações tem sido consistentemente maior entre idosos, quando comparados aos adultos. Além disso, o surgimento de novas variantes, que podem escapar da imunidade produzida pelas vacinas existentes, constitui uma preocupação permanente", alertam os pesquisadores.

Com o controle da pandemia de Covid-19 e o aumento do número de pessoas vacinadas em todo o país, várias cidades retomaram neste ano as celebrações da Semana Santa. Depois de dois anos sem eventos presenciais, a população poderá assistir missas e encenações da Via Sacra, além de procissões e outros eventos religiosos.

Alguns dos principais roteiros da fé católica estão abertos à população nesta semana. entre eles o Santuário de Aparecida, no estado de São Paulo; a Basílica Santuário de Nossa Senhora de Nazaré, em Belém (PA), e o Santuário de Bom Jesus da Lapa, na Bahia.

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Santuário de Aparecida

Uma das celebrações mais populares da fé católica, a programação de Semana Santa do Santuário Nacional de Aparecida também está de volta após dois anos de participações restritas devido à pandemia. A Missa do Crisma ocorre nesta quinta-feira de manhã. À noite, haverá missa, no Altar Central, seguida de vigília até a meia-noite. Amanhã de manhã ocorre a Via Sacra. Neste ano, o rito de encenação das 14 estações da Paixão de Cristo em Aparecida levará a reflexões sobre a paz mundial.

“O Santuário, juntamente as igrejas do Brasil, novamente se enche de esperança para acolher, com muita alegria, os romeiros e devotos de Nossa Senhora para as celebrações desta Semana Santa. A expectativa é que possamos acolher a todos os peregrinos que visitarão a Basílica ao longo semana. Claro, ainda em proporções menores aos anos antes da pandemia”, disse o padre Diego Antônio, prefeito da igreja.

Morro da Capelinha

Em Brasília, a tradicional Via Sacra do Morro da Capelinha está de volta. A dramatização da morte e ressurreição de Jesus Cristo, encenada próximo à cidade de Planaltina (DF), completa 49 anos em 2022. A estimativa do governo do Distrito Federal é que cerca de 100 mil pessoas se desloquem, no dia 15 de abril, para o Morro da Capelinha.

“Será um momento de exaltação à fé e de renovar esperança na volta à normalidade. Nossas tradições religiosas e culturais permaneceram inabaláveis e agora voltam com toda energia, criando um clima de grande expectativa no segmento da economia criativa”, destaca o secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, Bartolomeu Rodrigues.

A Paixão de Cristo no Morro da Capelinha está marcada para as 15h desta sexta-feira (15). O local terá espaço para que pessoas com deficiência possam acompanhar a encenação presencial. O evento também será transmitido pelo canal do Grupo Via Sacra no YouTube.

Caminhada em Trindade

A população de Trindade (GO) e turistas poderão acompanhar a Caminhada de Fé, encenação da Paixão de Cristo, ao longo da GO-060, a Rodovia dos Romeiros. A apresentação contará com 300 atores do Grupo Desencanto de Teatro e terá início às 7h de sexta-feira. Serão sete painéis ao longo da caminhada, entre eles cenas de Maria Madalena, dos discípulos e da conspiração contra Jesus. Ao final, no sétimo painel, a crucificação de Jesus e dos dois ladrões.

Antes da Caminhada, porém, haverá missas, procissões e a adoração do Santíssimo. Para sábado (16) estão programadas confissões e missas, além de celebrações das Dores de Maria e de vigílias pascais em diferentes igrejas. No Domingo de Páscoa estão marcadas missas no Santuário Basílica, na Matriz, Igreja do Santíssimo Redentor, Carmelo da Santíssima Trindade e na Vila São Cottolengo.

Basílica de Nossa Senhora de Nazaré

A programação da Semana Santa em Belém está concentrada na Basílica Santuário de Nossa Senhora de Nazaré, local de uma das maiores romarias do Brasil, o Círio de Nazaré, realizado anualmente no segundo domingo de outubro. Em seu site oficial, a administração da basílica destacou o retorno da população às atividades presenciais.

“Após dois anos consideravelmente difíceis, este período de suma importância poderá ser vivenciado em sua totalidade, tal como se é necessário, por isso, os Padres Barnabitas convidam todos os fiéis a participarem, na Basílica Santuário de Nazaré e comunidades paroquiais, da programação da Semana Santa”.

A programação em Belém inclui a Via Sacra dos Padres Barnabitas, às 9h; celebração da Paixão do Senhor, às 15h; procissão do Senhor Morto, às 18h; e Via Sacra na Praça Santuário, às 19h.

Procissão do Fogaréu

Na Cidade de Goiás (GO), a tradicional Procissão do Fogaréu também está confirmada após dois anos sem ocorrer, devido à pandemia. A celebração começou no fim da noite de ontem (13). “É muito importante resgatar nossas raízes e celebrar a saída de um período de dificuldades”, afirmou o secretário de Cultura do estado, César Moura.

A Procissão do Fogaréu, realizada há 277 anos, representa a perseguição e prisão de Jesus Cristo pelos soldados romanos e faz parte das celebrações da Semana Santa. A apresentação ocorre sempre à meia-noite da quinta-feira santa, quando tambores anunciam a chegada de farricocos vestidos com túnicas coloridas e chapéu simbolizando os soldados.

Bom Jesus da Lapa

No Santuário de Bom Jesus da Lapa (BA), fiéis de várias partes do país também acompanham as celebrações. O último domingo (10) foi marcado pela Procissão de Ramos, seguida da Santa Missa, que contaram com presença maciça de fiéis. A gruta de Nossa Senhora da Soledade ficou cheia. Todos os presentes usavam máscaras.

A Via Sacra em Bom Jesus da Lapa começa cedo amanhã, às 5h30, com celebrações ao longo do dia. A encenação da Paixão de Cristo está marcada para as 19h. As celebrações do Santuário serão transmitidas pela TV Bom Jesus, Rádio Bom Jesus FM, TV Pai Eterno e TV Aparecida.

No coração de Odessa, com seu cavalete colocado no meio do encantador calçadão Deribasovskaya e rodeado de sacos de areia, Viktor Oliynik pinta em tons pastéis a nova fisionomia da cidade, uma joia arquitetônica do sul da Ucrânia.

Tanto em Odessa como em Mykolaiv, cidade que mantém bloqueado o acesso do exército russo 130 quilômetros a leste, os habitantes possuem dificuldades em reconhecer as suas próprias cidades, desfiguradas pela guerra.

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De costas para alguns dos lugares mais emblemáticos, como o antigo hotel Bolshaya Moskovskaya - também conhecido como a "Casa das caras" pela decoração de sua fachada verde Art Noveau -, Viktor Oliynik se esforça para viver nessa nova realidade.

"Estou acostumado a pintar Odessa", explica o artista, com uma barba de três dias e com um gorro preto. Apesar de tudo, desfruta da luz e da tranquilidade do final da tarde, horas antes do toque de recolher noturno.

"Aproveito essa oportunidade, nunca teria podido imaginar uma cena assim", prossegue, com um pacote de pincéis na mão, indicando os obstáculos e as fortificações ao longo da rua rodeada de um elegante jardim.

"Esta época de caos deve terminar para dar lugar a uma época de equilíbrio", profetiza com uma entonação mística.

Mais acima, na praça da catedral da Transfiguração, os homens disputam partidas de dominó, de xadrez ou de gamão, impertubáveis apesar dos esporádicos alertas aéreos.

- Desmatamento urbano -

Para Vladislav Gaydarji, um voluntário de 25 anos, "é muito doloroso" ver sua cidade tão transformada, disse o jovem que auxiliou na entrega de ajuda a hospitais e às tropas em Mykolaiv.

O voluntário afirma que alguns de seus amigos que abandonaram Odessa no começo da guerra, "não podiam acreditar no que viam" ao voltar um mês mais tarde. "Se surpreenderam ao descobrir tantas ruas bloqueadas por objetos de aço para diminuir a velocidade dos veículos", explica.

"Espero que, muito em breve, não só Odessa assim como todas as cidades ucranianas recuperem sua beleza sob a bandeira ucraniana", acrescenta.

O centro de Mykolaiv, cidade bombardeada durante semanas pelo exército russo, não apresenta muitos vestígios visíveis, com exceção de um disparo de míssil na terça-feira que atingiu a sede do governo regional, deixando 28 mortos, de acordo com o último balanço.

Há várias semanas, o ruído das serras elétricas ressoa nos grandes eixos. Centenas de árvores enormes são derrubadas nas avenidas e depois cortadas no local.

A falta de um anúncio oficial faz os habitantes especularem sobre os motivos dessa campanha de deflorestação urbana.

Segundo uma florista poderia ser para previnir as alergias da estação, para expandir as vias da cidade com fins militares ou para evitar que a queda das árvores arranquem os cabos de energia.

Porém, um empregado dos serviços de emergência, Pavel Katsan, que participa do corte das árvores, assegura conhecer a razão. "Cortamos essas árvores para proporcionar lenha aos homens da defesa territorial", a quem numerosos voluntários civis se uniram desde o início da invasão russa, explica.

"Também sacrificamos uma parte para evitar as alergias na primavera", confirma, "mas esse ano é especial".

Mais de mil municípios brasileiros correm o risco de ficar de fora da lista de cidades autorizadas a receber transferências voluntárias da União, celebrar acordos e convênios com órgãos do governo federal e ainda obter empréstimos com instituições financeiras. O número (1.039) representa quase 20% de todas as Prefeituras ou cerca da metade das 2.151 que possuem regime próprio de Previdência e ainda não implementaram um sistema complementar para servidores que recebem acima do teto. O prazo se encerra no próximo dia 31.

A adesão ao modelo foi uma das medidas aprovadas em caráter obrigatório na reforma nacional da Previdência, em 2019. Apesar de deixar Estados e municípios fora do texto final, o Congresso Nacional estabeleceu uma série de normas a serem aprovadas nos Legislativos locais.

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Além do modelo complementar de previdência, também chamado de capitalização, é preciso estabelecer, por exemplo, alíquota mínima de 14% para contribuição dos funcionários públicos e deixar de pagar benefícios adicionais, como auxílio-doença e salário-maternidade - ambos passam a ser exclusividade do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

O não cumprimento das regras impede a concessão do Certificado de Regularidade Previdenciária (CRP) aos municípios. Sem o documento, verbas federais acordadas por meio de convênios custeados por emendas parlamentares ficam, em tese, bloqueadas. A consequência prática é a não execução de obras e serviços nas cidades ou a compra de equipamentos para as prefeituras.

Mas há exceções, como os recursos destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS) ou oriundos de fundos constitucionais, como o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), que não podem deixar de ser repassados.

BALANÇO. A poucos dias do fim do prazo relativo ao modelo complementar de Previdência, 48% das cidades atingidas pela norma não comprovaram a aprovação de leis sobre o tema, segundo dados do Ministério da Economia e Previdência. Proporcionalmente, a maior parte delas está nas regiões Norte e Nordeste do País. No Maranhão, por exemplo, só 6% das prefeituras que deveriam aprovar legislações próprias comprovaram a medida à pasta. Já em Santa Catarina, esse índice é de 87%.

No regime de capitalização, a aposentadoria é paga com base nas reservas acumuladas individualmente pelo servidor ao longo dos anos de contribuição. Funciona como uma espécie de poupança a ser utilizada no futuro - exatamente como na previdência privada. No setor público, no entanto, ele passa a ser obrigatório para quem recebe acima do teto do INSS e deseja se aposentar com o mesmo valor.

No caso da alíquota mínima e dos auxílios extras, o cumprimento geral entre os 2.151 municípios foi maior: 77% e 81%, respectivamente, até agora. Em ambos os casos, o prazo já se encerrou. Em ano eleitoral, no entanto, a expectativa é baixa em relação a avanços, especialmente no que diz respeito ao aumento da contribuição previdenciária mínima de 14%.

Até mesmo capitais não seguiram o prazo para reajustar a cobrança, como Macapá (AP), Belém (PA), Teresina (PI), Aracaju (SE) e Boa Vista (RR). Segundo relatório da pasta a que o Estadão teve acesso, outras cidades grandes seguem no mesmo grupo, como Arapiraca (AL), Betim (MG), Altamira (PA) e Piracicaba (SP).

ALERTA. Por causa das possíveis consequências, e pela proximidade do prazo relativo ao sistema complementar, a Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon) tem enviado alertas a prefeitos e vereadores. Na semana passada, por meio de uma nota técnica, o presidente da entidade, Cezar Miola, apontou que "a eventual desatenção às questões previdenciárias" pode comprometer o equilíbrio das contas municipais e ainda levar à incapacidade de pagamento dos servidores no médio ou longo prazos.

Conselheiro ouvidor do TCE-ES, Domingos Augusto Taufer afirma que há uma pressão por parte dos servidores que acaba por postergar e dificultar o debate regional. "Essa pressão é muito forte sobre prefeitos e vereadores porque as reformas trazem prejuízos imediatos às categorias, que têm dificuldade de ver os benefícios futuros da reforma, como a garantia de que os benefícios serão pagos", disse.

Outro motivo para os atrasos, segundo Taufer, está relacionado à decisão do Congresso de não estender a reforma feita em 2019 automaticamente a Estados e municípios, gerando um desequilíbrio entre os funcionários públicos dos diferentes entes.

De acordo com dados da Atricon, apenas 327 das 2.151 Prefeituras com sistema próprio de Previdência aprovaram reformas consideradas amplas, nos moldes da emenda federal.

A capital paulista está nesse grupo desde o ano passado, quando conseguiu aval da Câmara para estabelecer a mesma idade mínima do INSS, que é de 65 anos para homens e 62 para mulheres, assim como para acabar com a isenção dos inativos que recebiam acima de um salário mínimo.

A gestão Ricardo Nunes (MDB) calcula que a reforma possa reduzir o déficit previdenciário da cidade, hoje estimado em R$ 171 bilhões, para R$ 60 bilhões num prazo de 75 anos. Em 2018, o município já havia aprovado o aumento da contribuição dos servidores - a alíquota sobre a folha de pagamento passou de 11% para 14% - e a criação do sistema complementar para quem recebe acima do teto federal.

Recente, o modelo, no entanto, só recebeu a inscrição de 43 servidores. A Secretaria Municipal da Fazenda espera um aumento significativo a partir da próxima semana, quando a legislação permitirá a migração também de funcionários que ingressaram antes de 2018.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Presidente da Comissão de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o deputado estadual Wanderson Florêncio (PSC) debateu alternativas para o desenvolvimento sustentável durante a I Conferência Internacional de Resíduos Sólidos, realizada no Cais do Sertão, no Recife Antigo.

Além de participar da abertura do evento, o parlamentar esteve no painel Conflitos Regulatórios e Práticas Jurídicas ao lado de representantes da Gerdau, da Confederação Nacional das Indústrias, do Tribunal de Contas do Mato Grosso e de especialistas no direito ambiental.

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Wanderson Florêncio debateu uma nova distribuição dos recursos originários do ICMS-Socioambiental, sendo utilizados para a preservação do meio ambiente em Pernambuco, beneficiando assim os municípios que realizam ações sustentáveis como coleta seletiva, aterro sanitário e reciclagem, por exemplo. O deputado ressaltou que a Alepe vem discutindo o assunto desde 2019.

“Uma das minhas primeiras proposições como deputado estadual foi esse projeto de lei, pois é preciso incentivar os gestores para a realização de práticas sustentáveis. Há municípios que possuem áreas de proteção ambiental, onde não é possível a implantação de indústrias. Acreditamos que essa nova distribuição do repasse do ICMS-Socioambiental seja uma alternativa viável”, disse.

*Da assessoria de imprensa

 

Várias fortes explosões foram ouvidas nesta quinta-feira (24) por jornalistas da AFP no centro de Kiev e em outras cidades ucranianas pouco após o anúncio pelo presidente russo, Vladimir Putin, de uma operação militar contra a Ucrânia.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, acusou Putin de iniciar uma "invasão em grande escala" contra seu país.

"Cidades ucranianas pacíficas estão sob ataque", tuitou Kuleba. "É uma guerra de agressão. A Ucrânia se defenderá e vencerá. O mundo pode e deve parar Putin. Agora é a hora de agir", acrescentou.

Pelo menos duas explosões foram ouvidas na capital, Kiev. Um pouco depois, as sirenes para alertar para bombardeios ressoaram no centro da capital.

Os moradores correram para as estações subterrâneas do trem em busca de abrigo, observaram jornalistas da AFP, e o governo decretou lei marcial.

Na cidade portuária de Mariupol, a principal metrópole controlada por Kiev perto da linha de frente no leste do país, também foram ouvidas fortes explosões, assim como em Odessa, no Mar Negro, e em Kharkov, a segunda maior cidade do país, perto da fronteira com a Rússia.

Em Kramatorsk, cidade que serve de quartel-general para as forças ucranianas, foram ouvidas pelo menos quatro fortes explosões, segundo jornalistas da AFP.

O Ministério da Infraestrutura da Ucrânia anunciou o fechamento do espaço aéreo do país "por causa do alto risco de segurança", interrompendo o tráfego civil logo após a meia-noite.

Putin anunciou na manhã desta quinta-feira, em uma mensagem televisionada, uma operação militar na Ucrânia para defender os separatistas pró-russos no país, enquanto que dezenas de milhares de soldados russos se concentravam há semanas atrás das fronteiras ucranianas.

Moradores de ao menos duas cidades nordestinas distantes quase 700 quilômetros foram surpreendidos por pequenos tremores de terra ao longo deste sábado (19).

Embora tenham sido captados pelo Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis-UFRN), os abalos sísmicos foram de pequena intensidade e não causaram estragos maiores.

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Um primeiro sismo foi registrado na região de Curaçá, no norte da Bahia, por volta das 5h de ontem. A partir dos dados de suas estações sismográficas, o LabSis calcula que o tremor de terra atingiu uma magnitude preliminar de 2.1 na escala Richter (mR).

O segundo evento sísmico confirmado pelo LabSis-UFRN ao longo deste sábado ocorreu na região de Canindé, no norte cearense, a cerca de 100 quilômetros de Fortaleza. Por volta de 21h33, os moradores de Canindé sentiram o tremor de terra que o laboratório potiguar calcula ter atingido 2.4 mR.

Segundo os especialistas, tremores de baixa intensidade como os registrados, ontem, em Curaçá e Canindé, são frequentes, mesmo no Brasil, e, na maioria das vezes, a população sequer percebe os abalos causados pelo contínuo processo de acomodação das rochas que formam a crosta terrestre.

Em Canindé, por exemplo, um abalo sísmico de 1.8 mR já tinha ocorrido no último dia 10. Além disso, na madrugada de ontem, a Rede Sismográfica Brasileira, registrou dois eventos de magnitudes semelhantes em Divinópolis (MG) – cidade onde, desde o inicio deste ano, já foram registrados ao menos 36 eventos semelhantes.

“Tremores desta ordem de grandeza ocorrem com uma certa frequência no país, principalmente na região Nordeste, dada as características locais”, explicou à Agência Brasil o geofísico Eduardo Menezes, do LabSis-UFRN.

“Normalmente, estes eventos são causados pela existência de falhas geológicas. E seus efeitos, principalmente emocionais, são mais sentidos quando os abalos ocorrem próximos a áreas urbanas”, acrescentou o especialista, destacando que, eventualmente, os tremores de pequena intensidade podem causar algum dano estrutural às construções, principalmente caso se repitam em um curto espaço de tempo.

“O grande problema é a repetição em um curto período de tempo, a exemplo do que temos observado em Canindé, onde, só este mês, já registramos seis eventos semelhantes, percebidos pela população.”

Só um terço das cidades brasileiras classificadas como críticas para enchentes tem sistema de alerta de riscos para esse tipo de evento, como alarme e sirenes. Nesses municípios, as ocorrências de alagamentos e inundações são mais frequentes, assim como os registros de desabrigados e desalojados. Ainda assim, os alertas para a população em risco são precários.

Os dados, informados em 2020, são de levantamento feito pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR). Entre 966 municípios críticos, 34,9% (337) disseram ter sistemas de alerta de riscos hidrológicos, entre eles Petrópolis, na Região Serrana do Rio, onde um temporal histórico deixou mais de cem mortos.

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Autoridades disseram que as sirenes ajudaram a reduzir o número de vítimas. Por outro lado, conforme o jornal O Estado de S. Paulo mostrou, a cidade tem sirenes para evacuação só em dois dos cinco distritos de Petrópolis.

De 22,2 mil alagamentos e inundações em 2020, 14,2 mil foram em 463 municípios críticos. Cerca de 80% dos desabrigados ou desalojados após chuvas e enchentes estavam nessas cidades de mais risco. Das 4.107 cidades na base de dados, 620 têm sistema de alerta (o que inclui municípios considerados de menor risco).

Conforme o MDR, ter ou não sistemas de alerta não permite dizer se os serviços de drenagem são satisfatórios ou não. "Por outro lado, é importante que todos os municípios que tenham as suas áreas classificadas como de risco façam o mapeamento das mesmas, com vistas à implementação de medidas de prevenção e mitigação dos riscos advindo dos eventos hidrológicos."

A pasta afirma que o governo federal atua, por meio do Programa de Prevenção e Resposta a Desastres Naturais, para reforçar órgãos estaduais e municipais de Defesa Civil, obras preventivas de desastres, reabilitar áreas atingidas por desastres naturais, como seca, deslizamento e granizo, e por outras causas, como queda de edificações e incêndios

Quando disparados, os sistemas de alerta ativam mecanismos de aviso à população, que deve ser previamente treinada para reagir ao desastre. Para isso, podem ser usadas tecnologias de informação via SMS, equipamentos de som, sirenes e radiocomunicação.

Idealmente, uma vez avisados, moradores da região em risco podem deixar suas casas, seguir uma rota segura para escapar, e se dirigir a abrigos indicados pelo governo. Uma diferença de minutos na fuga faz diferença para evitar que sejam soterrados.

Em Nova Lima, na Grande Belo Horizonte, a tempestade deixou cerca de 4 mil desabrigados em janeiro, após o maior volume de chuvas para a época em 30 anos. Lá não há sistema de alerta de risco e alarme. A prefeitura diz que trabalha para criar uma rede de monitoramento climático, mas os prazos não estão definidos. "Ainda não é possível prever a ordem do investimento ou o prazo de implementação, uma vez que o planejamento está na fase de estudo e diagnóstico".

A prefeitura afirma ainda ter monitoramento em campo e contar com apoio da Defesa Civil estadual e de cidades vizinhas. Quando possível, usa publicações em redes sociais, carros de som e mensagens de WhatsApp.

Em Francisco Morato, na Grande São Paulo, quatro pessoas já morreram nesta estação chuvosa. Perto da Serra da Cantareira, o local reúne famílias que ergueram casas em áreas de encosta, que deslizam se há precipitação elevada. A cidade ainda não tem o sistema. "O município tem a intenção de instalar sistema de alerta automático. Está sendo feito estudo para viabilizar o equipamento", informou.

Por enquanto, a prefeitura afirma disparar mensagens de texto com alertas meteorológicos da Defesa Civil para telefones cadastrados e boletim meteorológico via WhatsApp para comerciantes e a comunidade. O monitoramento das chuvas é realizado pelos órgãos federais e estaduais.

Mapeamento

Além dos sistemas de alerta, a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil define o mapeamento de áreas urbanas com risco de inundação como um dos instrumentos de prevenção. Mas só 32% dos 4.107 municípios que declaram seus dados ao ministério têm essas informações - a maioria no Sudeste e Sul.

A cobertura não chega nem mesmo a todas as 27 capitais; quatro delas não o fazem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Caixa Econômica Federal anunciou nessa segunda-feira (7) a disponibilização do saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) por motivo de calamidade para trabalhadores residentes em Porto Seguro e Wenceslau Guimarães, na Bahia. A medida é uma forma de dar condições a essas pessoas de enfrentarem as dificuldades trazidas pelas fortes chuvas que caíram no estado nos últimos dois meses.

Não é necessário ir a uma agência do banco para solicitar o saque. A operação Pode ser feita pelo aplicativo FGTS via celular. Ao registrar a solicitação é possível indicar uma conta da Caixa, inclusive a Poupança Digital Caixa Tem, ou de outra instituição financeira para receber os valores. O aplicativo está disponível nas plataformas Android e iOS.

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Os moradores das áreas afetadas em Porto Seguro, conforme endereços identificados pela Defesa Civil Municipal, podem solicitar o saque até 14 de março. Já os trabalhadores de Wenceslau Guimarães têm até 28 de março para realizar a operação. É necessário possuir saldo positivo na conta do FGTS e não ter realizado saque pelo mesmo motivo em período inferior a 12 meses. O valor máximo para retirada é de R$ 6.220,00.

Segundo informado pela Caixa, outros 35 municípios da Bahia e de Minas Gerais - estado que enfrenta o mesmo problema - já foram habilitados para essa modalidade de saque. Em Minas, residentes nos municípios de Águas Formosas, Almenara, Dores do Indaiá, Igarapé, Machacalis, Mário Campos, Mateus Leme, Poço Fundo, Rio Manso, Sabará e São Joaquim de Bicas contam com a possibilidade do saque extra.

Já na Bahia, moradores de Canavieiras, Coaraci, Eunápolis, Floresta Azul, Gandu, Ibicaraí, Ibicuí, Ilhéus, Itabela, Itabuna, Itajuípe, Itamaraju, Itapé, Itapetinga, Itororó, Jaguaquara, Jequié, Jiquiriçá, Medeiros Neto, Mundo Novo, Prado, Porto Seguro, Teixeira de Freitas, Ubaitaba, Vitória da Conquista e Wenceslau Guimarães podem fazer o saque FGTS por motivo de calamidade.

Passo a passo de como solicitar o saque do FGTS por motivo de calamidade pelo aplicativo:

São Paulo se junta a outros oito Estados que já anunciaram nos últimos dias medidas mais restritivas para conter a alta de casos de Covid-19. Ceará, Amapá, Amazonas, Maranhão, Piauí, Paraíba, Pernambuco e Bahia baixaram decretos que diminuíram a permissão máxima de público em eventos e expandiram a obrigatoriedade do passaporte de vacina.

Muitas cidades paulistas, porém, ainda não se posicionaram sobre a recomendação do governo. Osasco disse que a Comissão da Covid, da prefeitura, está avaliando a situação epidemiológica do município para definir as estratégias.

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Segundo o Consórcio Intermunicipal Grande ABC, que reúne Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, uma decisão deve sair nesta quinta, 13.

Já a prefeitura de Sorocaba aguarda a recomendação ser emitida em documento para analisar a situação epidemiológica e tomar uma decisão, assim como Campinas, que espera a publicação do decreto. "Em relação às orientações divulgadas hoje (quarta, 12), a Prefeitura analisará e, se for necessário, publicará novas adequações", afirmou, em nota, o município de Ribeirão Preto. Campinas também vai analisar as instruções do Estado. A cidade de Guarulhos, por sua vez, vai seguir a recomendação do governo estadual, de acordo com a prefeitura.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A China registrou mais casos da variante Ômicron da Covid-19 nesta segunda-feira (10), enquanto as autoridades permanecem em alerta para surtos nas principais cidades do país, a poucas semanas dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim.

As autoridades já lutaram contra vários surtos, incluindo na cidade de Xi'an, onde 13 milhões de moradores estão em sua terceira semana de confinamento.

Também é preocupante a situação em Tianjin (norte), onde as infecções estão relacionadas com dois casos de ômicron notificados nesta segunda-feira na cidade de Anyang, a cerca de 400 quilômetros de distância.

"O público não deve sair de Tianjin, a menos que seja essencial fazer isso", disseram autoridades municipais em um comunicado divulgado no domingo (9), acrescentando que, quem tiver de se deslocar, precisará de uma autorização oficial.

Escolas e campi universitários foram fechados, e os trens entre Tianjin e Pequim, cancelados. Bloqueios de estradas também foram instalados para veículos que entram na capital.

Tianjin já ordenou que seus 14 milhões de habitantes sejam testados para Covid-19. Outros 21 casos foram registrados na cidade nesta segunda-feira, embora a variante do vírus não tenha sido confirmada.

A China está tentando conter qualquer surto antes dos Jogos Olímpicos de Inverno, que acontecem em Pequim de 4 a 20 de fevereiro.

Os casos de Covid-19 na cidade chinesa de Xi'an caíram, nesta quarta-feira (5), ate seu nível mais baixo nas últimas semanas, e as autoridades anunciaram que o surto está "sob controle" depois de duas semanas de confinamento obrigatório.

Outros centros urbanos onde foram detectadas fontes de contágio ainda enfrentam restrições, incluindo um fechamento parcial na cidade de Zhengzhou.

Os contágios na China são ínfimos, se comparados com outras partes do mundo. Nas últimas semanas, porém, atingiram níveis que não eram vistos no país desde março de 2020, no início da pandemia.

A China manteve uma política de erradicação de casos de coronavírus por meio de estritos controles fronteiriços e de fechamentos seletivos.

Esta estratégia foi posta à prova com uma série de surtos locais em diferentes partes do país, a menos de um mês do início dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, que terão início em 4 de fevereiro.

O número de infecções pareceu diminuir, nesta quarta-feira, com 91 casos em toda China, incluindo 35 novos casos na cidade histórica de Xi'an. Trata-se de seu nível mais baixo desde meados de dezembro.

As autoridades provinciais disseram que finalmente conseguiram controlar a propagação do vírus e conter sua disseminação com um confinamento rígido e testes em massa entre os 13 milhões de moradores de Xi'an.

"Embora o número de casos tenha sido elevado no decorrer de vários dias, a rápida disseminação da covid-19 em nível comunitário foi controlada, em comparação com a fase inicial do surto", disse o vice-diretor da comissão provincial de saúde, Ma Guanghui, em entrevista coletiva em Shaanxi.

"A tendência geral da epidemia é de queda", acrescentou.

Enquanto isso, quatro casos foram registrados na província vizinha de Henan, onde as autoridades impuseram o fechamento parcial na cidade de Zhengzhou. A localidade registrou dois casos e nove infecções assintomáticas nos últimos dias.

A imprensa estatal indicou que localizaram cerca de 500 contatos próximos desses dois casos.

Na noite de segunda-feira, um milhão de pessoas da cidade de Yuzhou, também em Henan, foram postas em quarentena, após a detecção de três casos assintomáticos.

A alta no número de casos da Covid-19, em decorrência da propagação da nova variante Ômicron, fez diversas cidades ao redor do mundo anunciarem o cancelamento de suas tradicionais e famosas festas de Ano Novo.

Na Itália, a Prefeitura de Roma cancelou o tradicional concerto de Ano Novo no Circo Máximo, para evitar aglomerações em um momento de recrudescimento da pandemia. Além da capital italiana, Veneza, Pádua e Treviso, além de adiar eventos culturais, também proibiram a queima de fogos de artifício.

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Turim, por sua vez, cancelou o tradicional mercado de Natal. Outras regiões e províncias também anunciaram restrições como Florença, Bolonha, Campânia, Lazio, Vêneto e Emília-Romagna.

Já no Reino Unido, o famoso show de Ano Novo nas margens do Tâmisa, em Londres, não acontecerá. Na França, por sua vez, as festividades foram canceladas em Paris, incluindo a programada para a Champs-Elysées em 31 de dezembro.

Ainda na Europa, a capital portuguesa, assim como as cidades de Nazaré, Porto, Braga e Albufeira, também anularam as comemorações, temendo uma quinta onda da emergência sanitária.

Na Holanda, a capital Amsterdã vetou seu show de fogos e as celebrações públicas, de acordo com a prefeitura local. Além disso, os cidadãos não foram autorizados a usar fogos de artifícios em festas privadas.

Na cidade alemã de Berlim, além dos festejos terem sido cancelados, as comemorações privadas devem ser limitadas a 10 pessoas. Em Frankfurt e Munique também estão vetados os eventos. Segundo o chanceler Olaf Scholz, "não é o momento de fazer festa e celebrar com muita gente".

Tóquio, no Japão, abriu mão da famosa e tradicional contagem regressiva no distrito de Shibuya, na tentativa de evitar aglomerações no local, tendo em vista que as festividades anteriores reuniam cerca de 100 mil pessoas.

A capital japonesa ainda determinou que toda a região seja patrulhada e o consumo de bebidas alcóolicas seja banido entre 21h e 3h (horário local).

Em Nova Déli, na Índia, todos os eventos coletivos e celebrações de Natal e Ano Novo foram proibidos. A agência municipal de gestão de desastres da capital indiana anunciou a decisão em decorrência do avanço da variante Ômicron da Covid-19. A proibição afeta todas as iniciativas culturais, religiosas, sociais, políticas ou de entretenimento.

Até o momento, outras cidades famosas por suas festas de fim de ano, como Nova York, Cidade do Cabo, Melbourne, Bangcoc, Dubai, Las Vegas, Sydney e Taipei, ainda não cancelaram seus eventos.

Da Ansa

Novos recursos para quatro cidades baianas atingidas pelas chuvas fortes no estado, desde o fim de novembro, estão sendo liberados nesta terça-feira (14) pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR). O dinheiro será usado para recuperar as áreas mais afetadas pelo desastre natural.

De acordo com o ministério, o maior repasse, de R$ 1,1 milhão, será destinado ao município de Jiquiriça. A cidade de Guaratinga será atendida com R$ 888 mil. Eunápolis, que já havia recebido recursos federais, receberá mais R$ 403 mil. Para Itambé, o MDR destinou R$ 376 mil. Outros municípios ainda aguardam análise dos planos de trabalho e serão beneficiados em breve, informa o ministério.

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Recursos liberados

Segundo a pasta do Desenvolvimento Regional, com os repasses de hoje, o governo federal já liberou R$ 8,5 milhões aos municípios do sul da Bahia atingidos pelas chuvas. No último sábado (11), o governo já havia autorizado a liberação de R$ 5,8 milhões. As portarias foram publicadas no Diário Oficial da União dessa segunda-feira (13).

Até o momento, o MDR já reconheceu a situação de emergência em 26 cidades da Bahia. São elas: Anagé, Baixa Grande, Boa Vista do Tumpim, Camacan, Canavieiras, Encruzilhada, Eunápolis, Guaratinga, Ibicuí, Itabela, Itacaré, Itamaraju, Itambé, Itapetinga, Itarantim, Jaguaquara, Jiquiriçá, Jucuruçu, Marcionílio de Souza, Mascote. Medeiros Neto, Mundo Novo, Santanópolis, Teixeira de Freitas, Teolândia e Vereda.

De acordo com os dados mais atualizados divulgados pela Defesa Civil do Estado da Bahia, as chuvas já causaram a morte de 11 pessoas e deixaram 267 feridas. O número de desabrigados chega a 6.371.

*Com informações do Ministério do Desenvolvimento Regional

A cantora Daniela Mercury não vai participar de festas de rua no carnaval de 2022. A decisão da cantora foi anunciada nesta sexta-feira, 3, e se dá pelo momento de incerteza da pandemia de coronavírus, causada pelo surgimento da variante Ômicron. "Sinto muito em anunciar isso, mas avaliamos bem a situação e chegamos à conclusão que o cenário é muito incerto", disse a baiana.

Antes mesmo da identificação da Ômicron e da sua chegada ao Brasil, alguns produtores já tinham decidido não sair no carnaval do ano que vem. Em Salvador, terra de Daniela Mercury, a produtora Flora Gil, esposa do Gilberto Gil, anunciou no dia 24 de novembro que não produziria o camarote Expresso 2222, um dos principais espaços do carnaval da capital baiana. No último domingo, 28, a cantora Preta Gil também anunciou que não ia desfilar com o seu bloco, o Bloco da Preta. A chegada da nova cepa acelerou os cancelamentos.

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Daniela ainda afirmou que já considera que, na Bahia, o governo e a prefeitura não vão realizar o carnaval de 2022. As gestões ainda não se pronunciaram publicamente sobre o assunto, mas cancelaram as festas de réveillon. Na cidade de São Paulo, onde também se apresenta, Daniela também não vai desfilar com o seu bloco Pipoca da Rainha no ano que vem. O bloco encerrou o carnaval de São Paulo em 2020. "Se for mantida a liberação das autoridades sanitárias, tentaremos, na medida do possível, realizar shows e eventos durante todo o verão, sempre com limitação de público e com a exigência das duas doses da vacina", afirmou.

"Além disso, continuo estimulando meus fãs e todos os brasileiros a usarem máscara. O momento ainda não é de plena tranquilidade, mesmo com as vacinas salvando milhares de vidas", concluiu Daniela.

Em entrevista ao Estadão, a doutora em microbiologia pela USP e presidente do Instituto Questão de Ciência (IQC), Natalia Pasternak, afirmou que o momento atual da pandemia não dá segurança festas públicas com grande aglomeração independente da presença da Ômicron. "Precisamos esperar para ver como o vírus vai se comportar com a população vacinada. Não podemos retroceder no que avançamos até agora", afirmou.

Com a quarta onda da Covid-19 na Europa e o avanço da variante Ômicron, governos têm cancelado festas de réveillon pelo Brasil. Salvador, Fortaleza, Florianópolis, João Pessoa e Belo Horizonte são exemplos de cidades que cancelaram eventos públicos de ano-novo. A descoberta da nova cepa do vírus impulsionou os planos de evitar aglomerações, que já ocorriam ao longo do mês - mais de 70 municípios paulistas já haviam desistido do carnaval, entre elas São Luiz do Paraitinga. Guarujá entrou na lista ontem.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) enviou aos governos ontem alerta em que aponta risco global "muito alto" da Ômicron. Mas destacou haver poucas evidências concretas sobre se a nova cepa é mais transmissível ou escapa das vacinas. No Brasil, há dois casos suspeitos em investigação: um homem vindo da África do Sul, que chegou em Guarulhos, e uma mulher vinda do Congo, que buscou atendimento médico em Belo Horizonte.

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"Diante da chegada de uma nova variante do coronavírus e do aumento de casos na Europa, estou tomando a decisão de cancelar o Virada Salvador deste ano", escreveu o prefeito soteropolitano, Bruno Reis (DEM), nas redes sociais. O evento costuma reunir mais de 250 mil pessoas. Reis prevê adiar ao máximo a decisão sobre o carnaval - ele quer bater o martelo com o governador baiano, Rui Costa (PT). Pressionado por empresários do setor, Costa já sinalizou cautela. "Países estão fechando cidades quando aparecem cinco casos", disse, no dia 18.

Na sexta, o governo do Ceará informou o cancelamento da tradicional Festa da Virada, na Praia de Iracema, em Fortaleza. "Até chegamos a considerar a possibilidade de realizar nossa tradicional festa da virada, se a situação permitisse", disse o prefeito José Sarto (PDT). "O cenário internacional é preocupante."

Florianópolis vai ter queima de fogos, mas não shows musicais. Por outro lado, a capital catarinense prevê festividades natalinas, com público. O Estado suspendeu a exigência de máscaras em local aberto desde a semana passada.

João Pessoa cancelou a festa, mas o acesso às praias está liberado. Belo Horizonte disse não planejar festa pública de réveillon. Guarujá, que já havia cancelado a virada, decidiu ontem suspender o carnaval.

MAIS ESTADOS

A Prefeitura de São Paulo informou, em nota, que "o réveillon (na Avenida Paulista) já está sendo planejado e a realização do evento está condicionada ao quadro epidemiológico". Afirmou ainda que, na primeira semana de dezembro, serão apresentados dados para guiar a decisão sobre o uso de máscara ao ar livre. Na semana passada, o Estado disse prever o fim da exigência no dia 11, mas as prefeituras podem ser mais restritivas.

A decisão sobre o carnaval do paulistano também continua em aberto. Ontem, a Prefeitura informou ter aprovado 440 blocos de rua, mas a confirmação do evento só deve ocorrer no fim deste mês.

No Rio, o secretário estadual da Saúde, Alexandre Chieppe, afirmou que a nova variante "em nada altera o plano do Estado". Os planos de carnaval e réveillon, assim como o acesso de turistas, estão mantidos até que, porventura, seja identificado "algum fato novo ou informação de risco".

Paulo Ziulkoski, presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) diz que, com ou sem Ômicron, "todos que puderem suspender aglomerações" devem adotar a medida. "Não podemos baixar a guarda", defende. Levantamento da CNM, feito de 16 a 19 de novembro, aponta que, de 2.362 gestores ouvidos, 97,8% pretendiam continuar com a máscara obrigatória em locais privados e 88,6% disseram mantê-la em espaços públicos. (Colaboraram Bruno Luiz e Sofia Aguiar)

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Apesar do avanço da vacinação, ao menos 70 cidades do interior de São Paulo já cancelaram o carnaval de 2022 motivadas pela pandemia de Covid-19. As prefeituras alegam o risco de um aumento nas infecções pelo vírus, por causa do fluxo de pessoas e aglomerações, e ainda o respeito às famílias que perderam entes queridos. Há casos também de prefeituras sem recursos para bancar a festa, por terem investido no controle da doença. Estâncias climáticas - como Caconde, Santo Antônio do Pinhal e São Bento do Sapucaí - estão na lista dos que não preveem a festa.

Na estância climática de Caconde, conhecida por um carnaval repleto de fantasias luxuosas, a prefeitura anunciou a suspensão da folia em 2022. Em nota, o município informou ter cancelado a festa diante das manifestações contrárias ao evento. "A saúde da população é prioridade e a vacinação é o caminho. Sinto que, em 2022, ainda não seja o momento de realizarmos o carnaval. Esse momento é de cautela para que, em 2023, tenhamos de volta o saudoso e tradicional carnaval de Caconde", disse o prefeito João Filipe (PSDB).

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A prefeitura de São Bento do Sapucaí, outra estância climática, também optou pela não realização do famoso carnaval "Tem Folia na Montanha" no próximo ano. Conforme a prefeitura, a decisão foi tomada em conjunto com os demais municípios da região, "levando em consideração que esses eventos possuem grande fluxo de munícipes e turistas, o que impossibilita de promover controle de público e dos protocolos sanitários", disse, em nota. "Além disso, há de se considerar o risco de uma nova onda de contágio", acrescentou.

Estância climática encravada na Serra da Mantiqueira, Santo Antônio do Pinhal já definiu que não fará o carnaval tradicional em 2022. A prefeitura estuda realizar uma folia fora de época, quando a pandemia estiver bastante arrefecida. "Como outras cidades também propuseram, podemos fazer um carnaval fora de época, talvez no segundo semestre", disse o prefeito Anderson Mendonça (PSDB).

Em algumas regiões do interior, como na de Jundiaí, as decisões foram conjuntas, envolvendo todas as cidades do polo regional. Isso aconteceu também no Vale do Paraíba, onde 13 cidades decidiram suspender a festa, entre elas a turística Cunha e a litorânea Ubatuba. Na região de Franca, 26 municípios tomaram a decisão de evitar a folia. Outros municípios alegaram, além da pandemia, a situação financeira. Em Sorocaba, a prefeitura comunicou as escolas de samba de que não disponibilizaria recursos públicos para a festa. A Associação Cultural do Samba, no entanto, foi autorizada a fazer um Carnaval paralelo, com recursos da iniciativa privada.

A prefeitura de Ribeirão Preto informou que não vai patrocinar ações para o Carnaval, mas incentiva os agentes culturais da cidade a realizarem festas relacionadas ao evento. Já a prefeitura de Potirendaba disse que, diante da situação financeira do município, as prioridades são saúde e educação.

Parte dos municípios ainda não definiu cronograma

Com um dos carnavais mais concorridos do interior, com uma infinidade de blocos inusitados e à tradição das marchinhas, São Luiz do Paraitinga só deve definir se haverá festa nas próximas semanas. De acordo com a prefeitura, a situação da pandemia está sendo avaliada com cautela e a preocupação, no momento, é estender a vacinação completa a todos os moradores.

Na estância turística de Socorro, a realização do carnaval 2022 ainda está indefinida. "O assunto está sendo discutido com os demais prefeitos da região turística do Circuito das Águas Paulista", informou a prefeitura. Os foliões de Brotas, estância conhecida pelo turismo de aventura, também esperam uma definição sobre o Carnaval do ano que vem. "Vamos conversar com os prefeitos da nossa região para, se possível, tomar uma decisão conjunta", disse o prefeito Leandro Corrêa (DEM).

Prefeituras condicionam folias

Em Campinas, a Secretaria de Cultura e Turismo publicou no edital convocando os blocos carnavalescos interessados em participar do carnaval 2022. O cadastro deve ser feito até 10 de dezembro. O edital esclarece que a realização do Carnaval está condicionada à situação epidemiológica da covid-19. Conforme a pasta, a avaliação será feita pela Vigilância em Saúde do município.

São José do Rio Preto também confirmou que pretende realizar a festa, desde que a situação epidemiológica se mantenha favorável. "Essa condição continua sendo avaliada junto à Secretaria da Saúde", disse. Em Santos, a prefeitura liberou o início dos preparativos para o Carnaval de 2022, mas ainda espera uma definição do governo estadual sobre a festa.

Rio confirma carnaval 2022, mas especialistas pedem passaporte vacinal para turistas

O secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, garantiu que há na cidade segurança sanitária para a realização do carnaval de 2022, cujo calendário está mantido. Segundo o secretário, a cidade já atingiu praticamente todos os indicadores necessários para a festa. Eles foram listados em estudo da Fiocruz e da UFRJ apresentado na última sexta-feira à Comissão Especial de Carnaval da Câmara dos Vereadores do Rio.

Atualmente, a cidade tem apenas 3% de resultados positivos para covid-19 no total de testes realizados. A meta a ser conquistada era 5%. A taxa de contágio, que deveria estar abaixo de 1, é hoje de 0,76. A cidade também conseguiu zerar a fila de internação para casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave. Outro indicador importante é o porcentual de vacinados, que deve estar em 80%. O índice atual é de 76%. A perspectiva é que a meta será alcançada bem antes do carnaval.

"Além da cobertura que a gente tem hoje, dos ótimos indicadores, a gente ainda tem uma cobertura adicional de dose de reforço que poucos países têm", afirmou o secretário aos vereadores. "A gente pode dizer neste momento que a covid está controlada na cidade do Rio e a gente tem condições ideais para ir retomando nossas atividades."

Especialistas que participam da comissão da Câmara dos Vereadores, entretanto, chamaram a atenção para o descompasso da cobertura vacinal do Rio de Janeiro para o restante do Estado e do Brasil e também de alguns países. Eles recomendaram que a Prefeitura cobre o passaporte vacinal para turistas.

"A prefeitura precisa deixar claro que vai exigir o passaporte vacinal para quem entrar no município no Natal, Réveillon e carnaval", afirmou o epidemiologista Roberto Medronho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O pneumologista Hermano Castro, da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz, também defendeu a cobrança do passaporte vacinal para turistas. Ele afirmou que é importante, até o carnaval, a manutenção de medidas como o uso de máscaras em aglomerações.

O desfile das escolas de samba está confirmado. O trabalho nos barracões já é acelerado. Os ensaios técnicos, no Sambódromo, estão previstos para a segunda semana de janeiro.

"É improvável que aconteça um adiamento dessa vez", afirmou o presidente da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), Jorge Perlingeiro. "A vacinação tem proporcionado o efeito necessário, vamos dar o maior carnaval de todos os tempos. Os barracões estão funcionando a todo vapor."

Segundo a Riotur, 506 blocos estão inscritos para fazer 620 desfiles na cidade, durante o carnaval, entre eles os chamados megablocos de Anitta, Ludmilla e Preta Gil. Nem todos serão aprovados; a lista final sai no fim de dezembro. Ainda assim, em 2020, por exemplo, foram autorizados 441 blocos. / COLABOROU (Roberta Jansen)

Veja abaixo as cidades de São Paulo que suspenderam o carnaval em 2022:

Altinópolis

Barrinha

Borborema

Botucatu

Brodowski

Cabreúva

Caçapava

Caconde

Cajuru

Campo Limpo Paulista

Cássia dos Coqueiros

Catanduva

Cunha

Dobrada

Dumont

Fernandópolis

Franca

Guaíra

Guariba

Guatapará

Iacanga

Ibitinga

Itapetininga

Itápolis

Itatiba

Itupeva

Jaboticabal

Jacareí

Jarinu

Jundiaí

Lagoinha

Lins

Louveira

Luis Antônio

Marília

Mogi das Cruzes

Monte Alto

Monteiro Lobato

Natividade da Serra

Nova Europa

Orlândia

Piacatu

Pitangueiras

Pradópolis

Poá

Potirendaba

Redenção da Serra

Ribeirão Preto

Rifaina

Roseira

Sales Oliveira

Santa Cruz da Esperança

Santa Ernestina

Santa Rosa do Viterbo

Santo Antônio da Alegria

Santo Antônio do Pinhal

São Bento do Sapucaí

São Joaquim da Barra

São Simão

Sarapuí

Sorocaba

Suzano

Taquaritinga

Taubaté

Ubatuba

Uchoa

Urupês

Valinhos

Várzea Paulista

Vinhedo

No ano passado, 98,6% (ou 5.393) das prefeituras que responderam à Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic) 2020, divulgada nesta quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Pesquisa (IBGE), adotaram alguma medida de isolamento social por causa da pandemia de Covid-19. Em 76% delas foram instaladas barreiras sanitárias. Apenas 74 administrações municipais não adotaram qualquer medida de distanciamento.

Entre as ações realizadas durante a pandemia em 2020, 94,5% das prefeituras adotaram o uso obrigatório de máscaras, 78,9% fizeram a desinfecção de locais públicos, 78,7% compraram testes para a Covid-19 e 78,5% testaram a população para o novo coronavírus.

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“Em 18,6% dos municípios, a população foi orientada a ficar em isolamento por meio de campanhas publicitárias e em 81,4% por decreto de isolamento social”, disse a gerente da pesquisa do IBGE, Rosane Teixeira de Siqueira e Oliveira.

Em 88,8% dos municípios foram registrados óbitos por Covid-19 no ano passado. Em todas as cidades com mais 500 mil habitantes ocorreram mortes pela doença. Em 68,2% dos municípios menores, com até 5 mil moradores, foi contabilizado pelo menos um óbito pelo novo coronavírus. Em todas as cidades do Acre, Amazonas, de Roraima, do Pará, Amapá, Ceará e de Alagoas, houve a ocorrência de mortes pela doença em 2020.

Em 99,7% dos municípios, houve casos confirmados de Covid-19 no ano passado. Apenas 18 cidades não tiveram casos, todas com menos de 10 mil habitantes. Em 93,8% dos municípios com casos foram registradas internações.

Dos 5.109 municípios onde foram necessárias internações por Covid-19, 23,6% informaram que o número de doentes ultrapassou a capacidade de leitos e de unidades de terapia intensiva (UTIs) públicas e privadas e conveniadas ao Sistema Único do Saúde (SUS).

Cerca de 58,2% desses municípios ampliaram o número de leitos, 12,3% instalaram hospitais de campanha, 91,6% encaminharam pacientes para outros municípios e 39,1% mantiveram pessoas por mais de 24 horas em unidades sem internação.

Munic 2020

Além da Covid-19, a Munic 2020 abordou outros temas com as prefeituras, como a gestão de riscos e desastres. Cerca de 66,2% dos municípios relataram a ocorrência de algum impacto ambiental nos 24 meses anteriores. Os eventos mais frequentes foram as queimadas (49,4% dos municípios) e condições climáticas extremas, como secas e enxurradas (40,9%). De 2017 para 2020, o número de cidades com ocorrência de queimadas aumentou 42,9%.

Quanto à habitação, em 67,9% dos municípios havia loteamentos irregulares e/ou clandestinos em seus territórios. Em 91,7% das cidades com mais de 500 mil habitantes foram registradas favelas e em 79,2% havia ocupações de prédios ou terrenos por movimentos de moradia.

Cerca de 49,4% dos municípios tinham transporte por ônibus para deslocamentos internos. Apenas 20,7% das cidades com transporte por ônibus intramunicipal tinham frota de ônibus totalmente adaptada.

De acordo com a pesquisa, havia política de apoio à agricultura familiar em 87,2% dos municípios e ações de fomento à agricultura orgânica em 42,2% deles.

Em 2020, havia 6.416.845 servidores nas administrações direta e indireta dos municípios do país, 1,8% a menos que em 2019. Cerca de 62,2% dos servidores municipais da administração direta e 44,8% da indireta eram estatutários.

Estadic 2020

O IBGE também divulgou hoje a Pesquisa de Informações Básicas Estaduais (Estadic) 2020. De 2017 para 2020, houve mudança na prioridade de temas ambientais dos governos estaduais. A gestão de recursos hídricos se tornou prioridade em 15 unidades da Federação (UFs). Licenciamento ambiental, prioritário para 19 UFs em 2017, caiu para oito em 2020.

No ano passado, 24 UFs contaram com recursos financeiros específicos para os órgãos estaduais de meio ambiente. O percentual médio do total do orçamento direcionado à área foi 1,6%, abaixo dos 2% verificados em 2017.

Das 25 UFs com Fundo de Meio Ambiente (FMA) em 2020, 19 o utilizaram para ações ambientais.

Em 2020, 18 UFs tinham legislação sobre ICMS Ecológico ou Socioambiental, sendo que 14 efetuaram repasse para os municípios. O critério ambiental para o repasse mais considerado em 2020 foi a presença de unidades de conservação (13 UCs), seguido pela coleta e destinação final de resíduos sólidos (oito).

Segundo a pesquisa, houve queda de 3,1% no número de ocupados nos governos estaduais e distritais frente a 2019. Do total de 2020 (2.891.337), 85,7% estavam vinculados à administração direta e 14,3%, à administração indireta. A administração direta era composta, em sua maioria, por estatutários: 79,8%. Na administração indireta, os estatutários também eram maioria (45,3%), e os celetistas, 35,3%.

Tempestades de poeira voltaram a atingir cidades do interior de São Paulo, nesta segunda-feira (8). Houve registros do fenômeno em ao menos oito cidades das regiões de Bauru, Marília e Ourinhos. Em alguns municípios, além das nuvens de poeira, houve registro de chuvas rápidas e temporais. O fenômeno foi menos intenso do que os registrados nos dias 26 de setembro e 14 de outubro deste ano também no interior.

Em Paulistânia, a dentista Alexandra Kesam, que atua na unidade de saúde do município, registrou a passagem da tempestade de poeira. Segundo ela, quando a nuvem avermelhada encobriu a cidade, a energia acabou. Muitas pessoas saíram das casas para observar o fenômeno. Ela contou que a ventania durou cerca de 40 minutos. A densa nuvem de poeira atingiu também Santa Cruz do Rio Pardo e Ourinhos, na mesma região. Motoristas que transitavam pela rodovia João Baptista Cabral Rennó (SP-255) relataram sustos ao serem envolvidos pelo poeirão.

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Em Ourinhos, moradores do Recanto dos Pássaros registraram a passagem da nuvem de poeira, com rajadas de vento. Logo depois caiu a chuva. Em Marília, a densa camada de poeira em suspensão foi registrada na Rodovia do Contorno e em bairros da zona norte. Bairros de Bauru também chegaram a ficar encobertos pelo pó.

No fim da tarde, outras cidades do sudoeste paulista foram atingidas por temporais com chuva intensa e rajadas de vento. Em Taquarituba, ao menos dez árvores caíram e casas ficaram destelhadas. A força do vento causou o tombamento de uma carreta carregada com laranjas na rodovia Eduardo Saigh (SP-). O motorista não se feriu. Em Itaí, o telhado de uma casa caiu sobre uma mulher e suas três filhas, mas elas foram resgatadas pelos bombeiros apenas com escoriações.

O Instituto de Pesquisas Meteorológicas (IPMet) da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Bauru registrou ventos com velocidade de até 60 km por hora na tarde desta segunda. Conforme o meteorologista José Carlos Figueiredo, as tempestades com ventos fortes levantam a poeira ao atingirem o solo seco, desprovido de vegetação, devido às recentes queimadas na região.

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