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Nesta quinta (29), os senadores Humberto Costa (PT) e Armando Monteiro (PTB) se reuniram com o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco, Antônio Carlos Alves da Silva, na sede da instituição. O encontro teve como finalidade pedir rigor na apuração de denúncias de compra de votos no dia da eleição, que acontece no próximo domingo (2).

Humberto Costa disse, na ocasião, que é preciso alertar às autoridades sobre ações ilegais no dia do pleito. “Esse é um momento importante para o Recife e tem muita coisa em jogo. Todos temos que estar mobilizados para denunciar e exigir rigor na apuração de denúncias sobre compra de votos”, disse o petista.

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Também participaram da reunião os dirigentes dos seguintes partidos: Silvio Costa (PTdoB), José Humberto (PTB), Ossésio Silva (PRB), Ricardo Teobaldo (PTN) e Bruno Ribeiro (PT). 

Crime

Aglomeração de pessoas com roupas padronizadas de um candidato ou boca de urna, é ilegal, suscetível a multa e/ou prisão de quem prática. Também constituem crimes, no dia da eleição, o uso de alto-falantes e amplificadores de som, promoção de comício ou carreata e a divulgação de qualquer espécie de propaganda de partidos políticos ou de seus candidatos. 

Até o término do horário da votação, qualquer ato que caracterize manifestação coletiva, com ou sem utilização de veículos, a exemplo de pessoas com roupas padronizadas é proibido.

Vale destacar que espalhar material de campanha no local de votação ou nas vias próximas, ainda que realizado na véspera da eleição, é crime eleitoral. A vedação é definida pelo artigo 39 da Lei nº 9.504/97, editado em 2015 pela reforma política. De acordo com o texto, a distribuição de santinhos só é permitida ao eleitor até às 22 horas do próximo sábado (1º).

 

 

Um esquema criminoso objetivando a compra votos nas eleições municipais deste ano no município de Viçosa, em Alagoas, foi desarticulado nesta terça-feira (26) pela Polícia Federal (PF).

O esquema, segundo a PF, previa a distribuição de dinheiro e benesses a eleitores visando o pleito de outubro. Entre os investigados estão um grande proprietário rural e um pré-candidato a prefeito do município.

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Os policiais estão cumprindo três mandados de busca e apreensão, um de condução coercitiva e três de intimação de suspeitos de participação no crime.

O relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, ministro Teori Zavascki, entendeu haver suspeitas de que um assessor parlamentar do senador e ex-presidente Fernando Collor de Melo (PTC-AL), Cleverton Melo Costa, teria comprado votos durante as eleições. Diante disso, o ministro determinou que as suspeitas contra ele fossem encaminhadas para a Justiça Eleitoral de Alagoas, onde serão investigadas.

Como foi para a Justiça Eleitoral no Estado, a investigação não implica Collor em nenhum crime eleitoral, pois o senador só pode ser julgado pelo Tribunal Superior Eleitoral. Já denunciado ao STF acusado de receber R$ 26 milhões em propinas no esquema de corrupção na Petrobras e também alvo de impeachment em 1992, o ex-presidente e senador vai ser um dos responsáveis por julgar o processo de afastamento de Dilma no Senado.

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A decisão atende a um pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, após a Procuradoria-Geral da República encontrar na residência de Cleverton, em Alagoas, um caderno "com anotações possivelmente referentes a compra de votos", segundo o procurador-geral. O material, resultado das buscas e apreensões realizadas na Operação Politeia, desdobramento da Lava Jato no Supremo que mirou em Collor e outros políticos com foro privilegiado realizada em julho do ano passado.

O material da busca, contudo, permanece sob sigilo na Corte e não há informação sobre em qual eleição há suspeita de compra de votos por parte de Cleverton. O material foi encaminhado ao Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas na semana passada e deve seguir nesta semana para o cartório de Marechal Deodoro, no interior do Estado.

Ao se deparar com a documentação, o ministro do Supremo concordou com a avaliação de Janot. "Examinada a documentação apresentada, constatou-se o possível envolvimento de Cleverton Melo da Costa na prática da conduta descrita no art. 299 do Código Eleitoral (compra de votos)", assinalou Teori na decisão do último dia 5 de abril.

Cleverton trabalha desde 2007 como comissionado no gabinete de Collor no Senado. Atualmente ocupa o cargo de ajudante parlamentar sênior, com um salário de R$ 3,7 mil. Ele foi denunciado ao Supremo em agosto do ano passado junto com Collor, acusado de corrupção e lavagem de dinheiro, na Lava Jato.

A denúncia contra o senador e sua equipe é mantida sob sigilo na Corte. As investigações indicam que Collor recebeu R$ 26 milhões em propina entre 2010 e 2014 por um contrato de troca de bandeira de postos de combustível assinado pela BR Distribuidora, subsidiária da Petrobrás, e por outros contratos da estatal com empreiteiras e que são alvo da Lava Jato. O senador vem rechaçando qualquer envolvimento com irregularidades.

Além da denúncia, em agosto do ano passado, Janot pediu a continuidade de outras investigações contra Cleverton e outro assessor de Collor, que teriam realizado "operações suspeitas" de lavagem de dinheiro por meio de depósitos em espécie feitos em favor de empresas do Collor e que somariam um total de R$ 1,3 milhão. Para investigadores, os valores em espécie "provavelmente têm origem no esquema criminoso investigado".

A reportagem entrou em contato com o gabinete de Collor, que não se pronunciou.

O presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) de Pernambuco, Bruno Ribeiro, rebateu as acusações do deputado federal Daniel Coelho (PSDB) de que o governo estaria comprando votos dos parlamentares para se posicionarem contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). O processo está em tramitação na Câmara dos Deputados. Sob a ótica do dirigente petista, o tucano está procurando “factóides” para manchar a gestão federal.

“É uma manifestação de desespero, de quem está percebendo que não vai ter maioria para dar golpe. O deputado Daniel Coelho é integrante da periferia do golpe, porque ele nem articulador ou ator central ele é. É um periférico que fica atrás de encontrar notícias, de falar de factóide”, alfinetou. 

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“O governo está articulando no Congresso com aqueles deputados que diferentemente de Daniel Coelho não querem violará a constituição. O governo e a sociedade estão falando para os deputados sérios que não querem perder a democracia”, acrescentou Bruno Ribeiro. 

A denúncia do tucano também foi alvo de críticas da vice-presidente da legenda em Pernambuco, a deputada estadual Teresa Leitão. Segundo ela, o PT não atuará como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) diante da PEC da reeleição. 

“Que ele prove! Ele está é com medo, porque ele pode rifado da disputa da prefeitura do Recife. Ele é de um partido cujo presidente da república comprovadamente comprou a reeleição. Todos sabem que Fernando Henrique comprou emenda da reeleição. Agora vem Daniel Coelho fazer essa denúncia...”, ironizou a deputada.

O deputado federal Daniel Coelho (PSDB) denunciou, nesta quarta-feira (30), que o Governo Federal está tentando comprar os parlamentares para votarem contra o impeachment em troca de vantagens, como cargos e ministérios. Condenando a atitude, o tucano apontou que o comando da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) "foi colocado na mesa" para barganha e questionou "como um cidadão decente ainda defende um governo que tem esse tipo de prática?"

“Onde está a vergonha desse governo que está negociando abertamente a compra de votos contra o impeachment? Até a Funasa, a Fundação Nacional de Saúde, foi colocada na mesa. A saúde do povo pobre brasileiro colocada numa mesa de negociação para comprar voto de deputado contra o impeachment. É uma vergonha o que está acontecendo hoje em Brasília”, detalhou. "Eles perderam completamente a noção. E essa negociação não é uma negociação feita com critério não. É simplesmente assim: 'o que tiver de pior, o que tiver de mais retrógrado e mais atrasado e mais conservador, venha pro nosso governo'. O que estão dizendo é que quem juntar três votos, três deputados, ganha um ministério. Cheio de cargos e de verba”, acrescentou.

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No plenário da Câmara, o tucano deixou claro que a oposição não ia aceitar tal postura. "Nós não vamos admitir isso. Nós vamos ficar em alerta no dia da votação do impeachment. Tenham coragem, sejam homens e mulheres decentes. Venham para esse plenário e votem. Sim ou não. Porque a negociação é mais covarde do que se pensa. O que estão dizendo? 'Você pega aqui os cargos e as vantagens e é só faltar no dia, atestado médico'. Quem faltar no dia é comprado! Está aqui dito na tribuna e registrado”, enfatizou o deputado. “A gente tem que aceitar os fatos e a democracia. Deixem os deputados se manifestarem pelo voto e pelas suas consciências. Esse governo não vai vencer com esse golpe com o dinheiro público”, completou.

A Polícia Federal em Pernambuco (PF-PE) prendeu uma ex-prefeita de Bezerros, no Agreste, na tarde da quarta-feira (29). Elizabete Maria da Silva de Lima, conhecida como “Bete de Dael”, de 53 anos, teria faltado audiências que tinha se comprometido a comparecer. Além disso, testemunhas afirmaram que foram pressionadas a mudar o depoimento que haviam prestado na época de sua prisão anterior.

A ex-prefeita foi acusada de cometer crime eleitoral em junho de 2012. Na época, ela estaria fazendo doação de cestas básicas e dinheiro a eleitores em troca da promessa de votos, inclusive com as pessoas informando o número do título de eleitor, o que configura a prática de crime eleitoral pela compra de votos.

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Durante as buscas realizadas pela Polícia Federal em 2012 na casa de Elizabete, foram encontradas cestas básicas e pelo menos seis papeis assinados por ela autorizando a entrega das cestas (compra de votos), além de um revólver (posse ilegal de arma) e dois papagaios (criação clandestina de animais silvestres sem autorização do Ibama). 

Na ocasião, Elizabete foi levada à sede da Polícia Federal e foi liberada após pagamento de 30 salários mínimos (R$ 18.660). Ela havia negado a compra de votos, informando que fazia atendimento público em sua casa há muitos anos e que ajudava os eleitores com recursos próprios. Naquele mesmo ano, ela foi afastada da função pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE). 

Desta vez, Elizabete foi presa por volta das 14h enquanto chegava a uma reunião do Clube de Diretores Lojistas de Bezerros. Ela foi conduzida à Colônia Penal Feminina do Bom Pastor, no Recife. 

Com informações da assessoria.

O Pleno do Tribunal Regional Eleitoral em Pernambuco (TRE-PE) acatou o pedido da Procuradoria Regional Eleitoral em Pernambuco (PRE-PE) para que seja refeito o cálculo do quociente eleitoral da última eleição para vereadores no município de Joaquim Nabuco (PE). A PRE-PE alegou que os votos obtidos pela vereadora Elizabeth Gomes Malaquias da Silva (PT) não devem, sequer, ser redistribuído para a coligação que fazia parte. 

Eleita vereadora em 2012, pela aliança “Unidos Somos Mais Fortes”, Elizabeth Gomes foi cassada pela Justiça Eleitoral, por compra de votos. O candidato Iran Severino de Lima, primeiro suplente da coligação “Unidos para Mudar”, requereu ao TRE que fossem declarados nulos os votos dados a petista, realizando-se um novo cálculo do quociente eleitoral. Dessa forma, a vaga da ex-vereadora passaria a ser da sua coligação e seria ocupada por ele.

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Ao julgar o pedido, o desembargador eleitoral Alberto Nogueira Virgínio, relator do caso, decidiu que esses votos deveriam ser computados para a coligação da vereadora cassada, sendo a vaga ocupada por seu primeiro suplente. No entanto, a PRE-PE, por discordar desse entendimento, recorreu ao Pleno do TRE, alegando que “é também anulável a votação, quando viciada de falsidade, fraude, coação (…) ou emprego de processo de propaganda ou captação de sufrágios vedado por lei”. Conforme orienta o artigo 222 Código Eleitoral. 

Para a PRE-PE, os votos obtidos de forma ilícita contaminam o resultado da eleição e não podem ser contabilizados nem mesmo para a definição do número de vagas destinadas ao partido ou coligação. Caso contrário, os partidos políticos seriam incentivados a colaborar com os candidatos na captação ilícita de votos. “Não se pode se falar em eleições autênticas, livres, feitas com a observância do princípio da igualdade na disputa dos mandatos, quando a coligação, por intermédio do candidato infrator, está obtendo vantagem decorrente de votos ilícitos”, declarou o procurador regional eleitoral substituto, Antônio Carlos de Vasconcellos Barreto Campello.

JOÃO PESSOA (PB) - A Polícia Militar registrou 41 ocorrências entre os dias 1º e 5 de outubro, durante a operação ‘Voto Seguro’ na Paraíba. Deste total, 22 flagrantes de compra de votos foram feitos, segundo levantamento divulgado nesta terça-feira (7).

Foram também atendidas ocorrências de alteração/falsificação de documentos com fins eleitorais, aliciamento de eleitores, transporte irregular de pessoas para votar, desordem e desobediência à Justiça Eleitoral. A corporação ainda apoiou as ações desencadeadas pela Polícia Federal e Justiça Eleitoral para coibir a compra de votos, principalmente na noite e madrugada dois últimos dias que antecederam as votações.

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Os 6.300 agentes que trabalharam na segurança das eleições retornaram às cidades de origem na noite dessa segunda-feira (6). Durante os próximos 15 dias a Polícia Militar fará ajustes para a operação “Voto Seguro II”, que reforçará a segurança também no segundo turno.

Durante esta Operação, Tovar Correia (PSDB) foi preso, junto com correligionários, portando cestas básicas e uma lista com nomes de eleitores. Ele pagou uma fiança de R$ 50 mil e foi solto.

JOÃO PESSOA (PB) - A Paraíba elegeu, neste domingo (5), Tovar Correia (PSDB), detido pela Polícia federal em Campina Grande, sob suspeita de compra de votos ainda na madrugada do domingo. Tovar estava acompanhado de outras duas pessoas, que também foram presas.

Com o então candidato, foram encontrados material de campanha, cestas básicas e uma lista com nomes de eleitores. Tovar negou as acusações e foi solto após pagar fiança de R$ 50 mil durante a manhã.

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Com 30.670 votos, ele foi eleito para o cargo de deputado estadual, como 24º candidato mais votado. O tucano exerce um mandato de vereador de Campina Grande.

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No último domingo (5), 101 pessoas foram detidas durante as eleições em Pernambuco. Foram registrados: nove prisões em flagrante, 33 Termos Circunstanciados de Ocorrências (TCO) e um Boletim de Ocorrência Circunstanciado envolvendo menor. As ocorrências foram computadas pelo Centro Integrado de Comando e Controle de Pernambuco (CICCR-PE), que continha representantes da Polícia Militar (PM), Polícia Civil (PC), Polícia Científica, Corpo de Bombeiros (CBMPE), do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Polícia Federal em Pernambuco (PF-PE), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Ministérios da Justiça e Público Federal.

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A PF-PE registrou seis ocorrências de destaque. Uma delas foi a prisão por compra de votos do Prefeito Péricles Tavares, do município de Verdejante, no Sertão do Estado. Ele foi flagrado com aproximadamente R$ 10,2 mil, 12 kg de material publicitário eleitoral e diversas contas de água e luz na praça da cidade. Após pagar uma fiança de R$ 15 mil, o prefeito foi liberado.

Em Pesqueira, no Agreste, ainda por compra de votos, duas pessoas foram presas e a quantia de R$ 440 foi apreendida. A fiança foi arbitrada em R$ 3 mil para o primeiro autuado e R$ 724 para o segundo. 

Também no Agreste, mas na cidade de Riacho das Almas, a PM prendeu um suspeito de compra de votos após receber uma denúncia anônima. O detido estava com R$1.158 e panfletos de candidatos. Fiança de R$ 724 foi arbitrada e paga. Garanhuns registrou um TCO pelo crime de desobediência. 

Em Cabrobó, no Sertão, dois veículos de carga foram apreendidos por suposto envolvimento com a oferta de areia em troca de votos. Segundo a PF-PE, não houve flagrante, mas um inquérito será instaurado para investigar o caso.

A polícia também atuou na Região Metropolitana do Recife (RMR). No município de Moreno, cinco cestas básicas foram apreendidas, após cumprimento de mandado de busca e apreensão. Não houve flagrante e um inquérito policial será instaurado. Entre os registros da SDS ainda estão transporte irregular e fornecimento de alimentação para eleitores. A PF-PE apreendeu no total R$ 11.798. 

Com informações da assessoria

JOÃO PESSOA (PB) - O prefeito da cidade de Santa Helena (a 500 km de João Pessoa), Emanuel Messias (PSD) e seu vice-prefeito João Cléber Ferreira Lima (PSDB) tiveram os mandatos cassados. A decisão, proferida pelo juiz José Irlando Sobreira Machado, da 37ª Zona Eleitoral, fala em compra de votos nas eleições de 2012.

Por terem sido eleitos com mais de 50% dos votos, ficou determinada a realização de novas eleições. O juiz decretou ainda a inelegibilidade de ambos por oito anos e multa de R$ 15 mil Ufirs - Unidade Fiscal de Referência.

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Uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) foi proposta pela coligação "Por uma Santa Helena Melhor", acusando Emanuel Messias de abuso de poder econômico e político, abuso de autoridade, conduta vedada e utilização de bens públicos em campanha eleitoral.

Manuel Messias e João Cléber venceram as eleições com 2.304 (51,1%) votos, tendo Maria do Socorro Felix Rolim (PTB) em segundo, que obteve 2.205 (48,9%) votos. Ainda cabe recurso da decisão.

Passados mais de um ano das eleições para escolha de prefeitos pernambucanos ocorrida em outubro de 2012, o ex-candidato de Camaragibe, Demóstenes Meira (PSB), ainda espera por um novo resultado. O socialista levantou a hipótese de compra de votos de seu rival político e atual prefeito da cidade, Jorge Alexandre (PSDB), e acredita que os processos sobre o pleito no município devem ser julgados nos meses de fevereiro ou março. 

Segundo Meira houve uma decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE) sobre supostas irregularidades nas eleições de 2012, mas como não obteve êxito com a decisão, preferiu recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Nós recorrermos à Brasília, até porque as provas são muitas, nós temos prova de compra de voto, abuso econômico, inclusive, um dos processos que foi aberto pela Polícia Federal trata-se de um poço artesiano e exige uma perícia  de um vídeo que foi gravado onde quatro ou cinco pessoas afirmam que o atual prefeito tinha financiado o poço em troca de votos”, alega. 

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Disparando críticas ao atual prefeito, o ex-postulante soltou que “existem pessoas que usam o poder financeiro para chegar e galgar o cargo de prefeito e não tem nenhum compromisso com a população e com os segmentos da sociedade”.

Indagado se pretendia concorrer a alguma das vagas nas eleições de 2014, o socialista demonstrou ressentimentos pelo pleito recente e colocou o assunto como prioridade. “Eu não posso definir candidatura nenhuma (...) porque a eleição não acabou para mim, está prorrogado, porque eu ainda estou num debate jurídico”, esclareceu deixando claro ter o apoio de o deputado estadual Aluísio Lessa (PSB). 

Esperançoso, o político prevê que os processos possam ser julgados em fevereiro ou março. “Dr. Márcio Silva (advogado) que contratei recentemente está acompanhando em Brasília, e até meados de março temos uma decisão. Ele está forçado entrar na pauta um (processo) em fevereiro e dois em março e a Policia Federal está ouvindo as testemunhas”, garantiu. 

Ele também disparou críticas a atual gestão, à justiça pela demora de analisar o processo e ainda a segurança da urna eletrônica. “Infelizmente a nível de Camaragibe e de Pernambuco a justiça precisa acelerar os processo eleitorais para que casos como compra de votos não fiquem impunes (...). Eu sou contra até urna eletrônica, eu acho que tem falha na urna eletrônica. A gente sabe que o TRE prisma, mas eu sei que existem falhas. Precisa-se aperfeiçoar e melhorar, os hackers existem e atuam também nas escaladas das eleições”, opinou, mandado recado para o atual gestor da cidade. “Não vendo minha dignidade, e meu voto pelo caráter de muitos políticos que tem por aí que não faz o município crescer”, soltou. 

 

 

 

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O juiz eleitoral de Igarassu, Marco Aurélio Mendonça de Araújo, determinou o afastamento do Prefeito do município de Araçoiaba, Joamy Alves de Oliveira (PDT) do cargo. O pedetista é acusado de compra de votos em troca de materiais de construção. A denúncia partiu do ex-prefeito da cidade, Jogli Uchoa (PSDB), adversário político do gestor.

Além da compra de votos, o prefeito é acusado de dar “esquentes” em carteiras profissionais para comprovar experiência a pessoas que nunca exerceram funções anotadas nas CTPS.  O gestor deve entrar com recurso contra a sentença.

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Pará cassou nesta terça-feira (28), por 4 votos a 1, o mandato do deputado federal Cláudio Puty (PT) por compra de votos, abuso de poder econômico e conduta vedada a agente público durante a eleição de 2010. Puty anunciou que ingressará com embargos de declaração para tentar reverter a decisão e, se for derrotado, pretende recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para reaver o mandato.

"Respeito a decisão judicial, todavia dela discordo por ter sido tomada em franca contradição com as provas colhidas no processo", afirmou o deputado federal do PT do Pará, em nota. De acordo com Puty, a decisão foi baseada num inquérito policial de 2010 no qual diz não ter sido indiciado pela Polícia Federal (PF) e não responder a qualquer ação penal dele proveniente. Ele acrescentou que as contas de campanha foram aprovadas sem ressalva. A decisão dos juízes surpreendeu a direção estadual do partido, que ainda avalia as consequências do resultado.

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Puty cumpre o primeiro mandato em Brasília e é apontado dentro da Democracia Socialista (DS), corrente ideológica abrigada na legenda e à qual pertence a ex-governadora Ana Júlia Carepa, como eventual candidato a governador do Pará em 2014. A juíza Eva do Amaral Coelho, relatora do processo, disse que Puty teve três condenações no julgamento por violações da Lei Eleitoral. No voto, seguido por outros três juízes, Eva citou jurisprudências do TSE e de Cortes eleitorais de outros Estados, como a do Maranhão, onde o ex-prefeito de São Luís Jackson Lago teve o mandato cassado por compra de votos.

Como o deputado federal do PT foi condenado em decisão colegiada, de acordo com a juíza, foi atingido pela Lei da Ficha Limpa e poderá ter os direitos políticos suspensos se não conseguir reverter a decisão no TSE. O processo no Pará tramitou sob sigilo. Na representação movida pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), Puty - que na época, durante o governo de Ana Júlia, era o chefe da Casa Civil - é acusado de "utilizar do prestígio atribuído pelo cargo que ocupou para obter aprovação de planos de manejo florestal irregulares ou inexistentes junto à Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), em troca de apoio político e votos".

A base da condenação por crimes eleitorais foram as conversas telefônicas gravadas, apreensão de documentos, computadores e interceptação de e-mails pela PF, durante a Operação Alvorecer, que investigou tudo e remeteu mais de 2 mil páginas do trabalho para a Justiça Federal. Segundo o MPE, graças ao trabalho da PF, foi possível perceber que o deputado federal "auxiliava terceiros a obter as aprovações de suas solicitações na Sema, ainda que eivadas de irregularidades" como forma de captar votos ilicitamente.

Salvador - O Ministério Público da Bahia (MP-BA) denunciou a prefeita eleita de Ribeira do Amparo por montar um esquema de compra de votos na cidade. Tetiana de Paula Fontes foi eleita no último período eleitoral e é acusada de fazer doações de material de construção no período da campanha. A compra de votos foi confirmada pelo MP-BA através de depoimento de testemunha presencial. Além de Tetiana, foram acusados o ex-prefeito Marcelo da Silva Brito e o candidato a vereador Edson Conceição dos Santos.

O Ministério Público concluiu as investigações no final de setembro até conseguir os depoimentos dos eleitores de Ribeira do Amparo, município que fica a 254 km de Salvador. Segundo informações do MP-BA, os acusados podem levar pena máxima de quatro anos de prisão. Com a denúncia, a prefeita eleita, pode não assumir o cargo. Além de compra de votos, os três envolvidos foram denunciados por captação ilícita e, caso condenados, deverão pagar multa além da cassação do mandato.

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O ex-prefeito Marcelo da Silva Brito é marido de Tetiane de Paula. A denúncia já foi encaminhada à Justiça e se for a julgamento antes de empossada, Tetiane pode não ser empossada. 

Por Juliana Gomes

 

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O serviço 0800 montado pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para receber denúncias de crimes, corrupção e fraudes eleitorais no Pará, funcionou até às 17h deste domingo (28).  O Comitê de Combate à Corrupção recebeu 269 denúncias de compra de voto, sendo 63 já encaminhadas para a Polícia Federal e Ministério Público Federal para investigação. O valor pago variou de R$ 50,00 a R$ 300,00, em média.

A coordenadora da CNBB, Irmã Henriqueta, considerou o número de denúncias elevado e ao mesmo tempo “péssimo” para a democracia. "Essa campanha foi de última qualidade. A maior configuração de compra de votos. A população está indignada com a prática criminosa", destacou.

Irmã Henriqueta destacou, dentre os casos mais graves, uma denúncia no bairro do Satélite, onde os eleitores, ao votarem no candidato indicado pelo “contratante”, deveriam arranjar um meio de fotografar seu voto na urna eletrônica para, em troca, receber R$ 90,00.

Segundo a irmã, a maioria das denúncias foi de compra direta de votos, com pagamento em dinheiro, diferente do primeiro turno, quando foi comum a doação de cestas básicas. Ela revelou que as ofertas estavam acontecendo até os últimos minutos da votação.

De acordo com o Comitê, o 2° turno foi marcado pela compra de votos."Voto não tem preço, tem consequências. Quem se submete à compra de votos tem 90% de certeza de que não vai fazer uma boa administração porque já está demonstrando que não tem caráter, nem responsabilidade. A compra de voto é a insegurança do candidato que sabe que não tem proposta para ganhar", reforçou.

A expectativa é que a PF e o MPF consigam consolidar as denúncias para que os responsáveis pela compra do voto sejam responsabilizados criminalmente.

Em Birigui (SP), a Polícia Civil investiga denúncias, feitas por dezenas de eleitores, de compra de votos. Três celulares com torpedos que confirmariam o pagamento da compra dos votos foram apreendidos. Eleitores disseram que receberam R$ 50 para votar e depois receberiam mais R$ 70 se candidatos a prefeito e vereador vencessem a eleição. Parte deles procurou a polícia porque não teria recebido os R$ 70 prometidos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Carmem Cristina, de 32 anos, candidata a vereadora pelo PDT em Itacoatiara, a 176 km de Manaus, foi presa por volta das 9h30 deste domingo (7). Ela foi levada para a Polícia Federal após ser flagrada trocando pasta base de cocaína por votos.

Policiais militares estranharam a movimentação ao redor do carro da candidata, que foi presa com 11 papelotes da droga. Carmem tentou fugir, mas foi pega logo em seguida. Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil, a maior parte da cocaína já tinha sido distribuída pela candidata. 

Os eleitores que conseguiram pegar a droga saíram correndo do local e conseguiram fugir. Neste momento Carmem está detida na delegacia do município sob a acusação de compra de votos.

Foi realizada neste sábado (6), uma operação da Polícia Federal (PF) no Veneza Water Park em Paulista, onde resultou na apreensão de dinheiro, listas com nomes para a compra de votos e agenda com a programação de distribuição de verbas entre eleitores.

De acordo com a PF, o local servia de ponto de boca de urna. O ato supostamente ocorreu para benefício do candidato a prefeito Júnior Matuto (PSB). Todo o material apreendido foi encaminhado para o Fórum de Paulista.

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Na ação os agentes da Polícia Federal revistaram todas as dependências, carros, pessoas e até o mangue localizado por trás do parque, que dá acesso ao Rio Timbó, à procura de mais provas materiais. A saída do parque foi fechada até que a operação fosse concluída e todo o material apreendido foi encaminhado ao Fórum de Paulista.

Em debate ocorrido na noite desta quinta-feira (20), na TV Nova Nordeste, em Olinda, o único candidato à Prefeitura de Moreno que não compareceu a sabatina, Dilsinho (PSB), foi acusado pelo postulante Alfredo Costa (PCdoB) de comprar votos no município. O socialista negou a denúncia, disse que o discurso de seu oponente era mentiroso e que isso era um ato de desespero, devido ao baixo percentual de intenções de voto obtido nas últimas pesquisas.

O candidato do PSB explicou que não compareceu ao debate porque estava em uma reunião de ajustes para receber nesta sexta-feira (21) à noite, o governador Eduardo Campos (PSB) e o Ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (PSB), que farão uma caminhada seguida de comício, em frente à Prefeitura Municipal de Moreno.

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Questionado sobre as acusações da oposição, Dilsinho disse que não acompanhou a sabatina, mas irá solicitar a gravação para processar Alfredo. “Eu quero que ele prove, porque aqui não temos essa prática não. Isso é uma acusação muito grave e ele deve se retratar. Quero ver a gravação para processá-lo por calúnia, porque isso é um ato de desespero” desabafou o candidato que chamou ainda o opositor de irresponsável e sem postura.

O socialista falou que algumas pessoas dos partidos que estão apoiando Costa o procuraram com esse tipo de conversa e ele não aceitou. “Quem está comigo não usa dessa prática. Eu podia ter 20 partidos me apoiando, mas prefiro 10, se for o caso, de que concordar com esse tipo de atitude” expressou Dilsinho, que acrescentou ainda que chegaram a falar em divisão de funções dentro da prefeitura. “Algumas coligações queriam discutir até cargos, mesmo sem ninguém ter ganhado as eleições ainda”, contou.

Dilsinho também relatou que Alfredo Costa tem o apoio do atual prefeito, Edvard Bernardo (PMDB), mas que o esconde do palanque por vergonha. Cumprindo a agenda de campanha, no próximo domingo (23) o socialista fará uma carreata saindo do início da cidade em direção ao Distrito de Bonança.

 

 

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