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O deputado federal Coronel Meira (PL) apresentou Projeto de Decreto Legislativo de sua autoria, que tem por finalidade suspender a Instrução Normativa apresentada pelo presidente Lula (PT), que permite compras por dispensa de licitação, impedindo a aquisição de móveis de alto valor para o Palácio da Alvorada.

O presidente Lula (PT) comprou 11 móveis com dispensa de licitação no valor de R$ 379.428,00 para recompor o mobiliário do Palácio da Alvorada, que não foi conservado pela família Bolsonaro nos quatro anos que passaram no local. 

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“O cenário pós-pandemia é desafiador, em todo o planeta, e a compra de um mobiliário luxuoso de centenas de milhares de reais contrasta com essa realidade e também com o discurso do senhor Luiz Inácio Lula da Silva, que é um forte crítico da ostentação da classe média brasileira. Mas, levado por suas incoerências e contrariando a legislação vigente no País (sob a justificativa de necessidade de recomposição do mobiliário), o novo governo anunciou as absurdas compras de 11 móveis de luxo, totalizando o valor de R$379.428,00. Apenas um dos itens possui valor superior a R$ 180.000,00", criticou Meira.

Com a Instrução Normativa Nº 4, o governo Lula pretende a flexibilização do Decreto n° 10.818, de 27 de setembro de 2021, que foi assinado pelo ex-presidente, Jair Bolsonaro (PL) sob a intenção de evitar gastos excessivos e promover maior economia, conforme prevê a Constituição. 

Esse decreto, regulamenta e enquadra os bens de consumo adquiridos para atender as demandas da Administração Pública Federal, de acordo com a lei de licitações, que no seu art. 20 cita: “os itens de consumo adquiridos para suprir as demandas das estruturas da administração pública deverão ser de qualidade comum, sendo vedada a aquisição de artigos de luxo.”

"Como deputado federal e fiscal da Nação, não podemos admitir que o atual presidente da República ou qualquer autoridade abuse do direito de ampliar os gastos públicos. Casos assim só serão autorizados em situações de emergência, tais como: guerra, calamidade pública, desabamentos, entre outros; desta forma, reafirmo meu compromisso com a população de Pernambuco e do Brasil, propondo suspensão, junto à Câmara dos Deputados, da Instrução Normativa Nº 4 e, assim, defendendo a democracia e zelando pelo dinheiro público", finalizou o Coronel Meira.

A deputada estadual Clarissa Tércio (PSC), que afirma estar “completamente alinhada” às bandeiras do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), é apontada como uma possível aposta do campo conservador ao governo do Estado de Pernambuco em 2022. A parlamentar está em seu primeiro mandato e é casada com o vereador do Recife Júnior Tércio (PODE), pastor da Igreja Assembleia de Deus.

Classificando as eleições como um processo “diário e natural”, Clarissa afirma que “muita coisa pode acontecer” até o período eleitoral. “A minha prioridade nesse momento é continuar executando com excelência o mandato que me foi confiado. Costumo dizer que sou Serva de Deus e do povo. Eles que direcionam meus próximos passos”, diz.

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Segundo a parlamentar, que é líder do Partido Social Cristão (PSC) na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), ainda não existe uma movimentação partidária oficial para que seu nome esteja à frente na disputa. Contudo, ao ser perguntada sobre o tabuleiro político que começa a se articular para uma possível polarização entre esquerda x direita no Estado, Clarissa cita a bíblia, e defende o livre arbítrio da população.

“A Bíblia diz que, ao que crê, tudo é possível. O povo tem nas mãos a chave das duas portas. Uma aponta para um futuro justo, sólido e próspero. A outra aponta para o retrocesso e o caos”, ressalta. Ainda de acordo com ela, “há uma grande parcela da população que anseia por legítimos líderes conservadores”.

Sobre o encontro com o coronel Meira, presidente do PTB em Pernambuco, realizado no último dia 7 de junho, durante a passagem da deputada federal Bia Kicis (PSL - DF) pelo Recife, Tércio diz que sua “principal aliança é com Pernambuco” e que “para que haja a escolha de um vice, a majoritária [PSC] teria que ser palpável no cenário”.

Embora as pesquisas já sinalizem o desgaste da imagem de Jair Bolsonaro (sem partido), que também não alcançou a maioria dos votos em Pernambuco, a deputada não considera isso um possível “obstáculo” caso a candidatura ao governo se concretize.

“Não acredito na narrativa dessas pesquisas distorcidas que apontam desgastes do presidente nos desdobramentos da pandemia em qualquer lugar que seja. O povo tem se mantido alerta. Tem saído às ruas em apoio aos direcionamentos do governo federal e isso tem sido nosso principal termômetro”, enfatiza, citando as manifestações bolsonaristas durante a pandemia.

Avaliando a gestão atual

Ao ser questionada sobre os desdobramentos da pandemia em Pernambuco, Tércio faz questão de destacar que tem opiniões contrárias ao atual governador Paulo Câmara (PSB): “Acredito que qualquer escolhido para governar Pernambuco, de forma justa e responsável, deverá agir de maneira completamente diferente dos que hoje comandam nosso Estado”.

A parlamentar, que sinaliza em suas redes sociais a proximidade com a Polícia Militar de Pernambuco, considera a valorização da força policial como prioridade. “Há muita coisa a se fazer e a primeira delas, no caso da segurança pública, é valorizar a força policial do nosso Estado que tem sido tão desonrada e massacrada salarialmente há décadas”, diz.

Tércio também categoriza a gestão da Saúde no Estado como “egocêntrica e desestruturada”, e cita as investigações de desvios de recursos do combate ao novo coronavírus. “Os desvios, escândalos, respiradores de porcos e confrontos da polícia federal em relação ao Covid-19 no nosso Estado apontam para os principais responsáveis que ‘viabilizaram’ mortes evitáveis”, finaliza. Ela ainda sinaliza que “inúmeras” mudanças precisam ser feitas, apesar de não pontuar nenhuma.

 

 Na manhã desta quinta (18), o diretório estadual do PTB/PE, liderado por seu presidente, o Coronel Meira, deu entrada em um pedido de mandado de segurança coletiva contra a medida de lockdown instituída pelo governador de Pernambuco, Paulo Câmara, em razão da alta de casos da covid-19 no estado, válida até o dia 28 de março. O partido quer que o comércio em todo o estado volte a funcionar normalmente. Também foi feito um pedido de liminar.

"Esse Lockdown é um absurdo. Já foi visto mundo a fora que essa determinação não funciona e só fez prejudicar a economia dos países; nosso povo precisa trabalhar para que não falte o alimento em suas residências. A cada dia que passa, o desemprego aumenta e as empresas vem quebrando gradativamente; e o Governo de Pernambuco, nada faz para ajudar nossa economia: suas benesses são para os amigos do grupo que governa nosso Estado; já o povo e os trabalhadores como um todo, são os que pagam o preço das irresponsabilidades dos gestores do PSB", alegou o Coronel Meira.

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Meira argumentou ainda que o lockdown é “inconstitucional”. “Por isso entramos com pedido para que o TJPE cancele o Lockdown. Precisamos garantir que todos possam exercerem suas atividades de forma organizada e mantendo os cuidados necessários para o combate à pandemia", complementa Meira.

A recomendação nº 36 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), de 11 de maio do ano passado, orienta que o lockdown seja adotado em munícipios que enfrentem "ocorrência acelerada" de novos casos de Covid-19. O Organização Mundial de Saúde (OMS) também é favorável às medidas de isolamento social no sentido de controlar a pandemia. De acordo com a gestão estadual, Pernambuco já soma 323.176 casos de Covid-19 e 11.510 vidas perdidas para a doença. 

 

 

 

 

Meira foi preso por suspeita de corrupção, fraude em licitações, lavagem de dinheiro e organização criminosa. (Reprodução/Facebook)

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Na tarde desta quinta feira (19), o ex-prefeito de Camaragibe Demóstenes Meira deixou Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, na região Metropolitana do Recife, onde estava preso desde junho de 2019. Meira foi apontado pela Operação Harpalo, da Polícia Civil, como suspeito de fraude em licitações, corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, o que motivou seu processo de impeachment. O político foi solto graças ao habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), na última sexta (13).

Em sua decisão, o STF comunica as decisões judiciais às quais estará submetido. São elas: permanecer com a residência indicada ao Juízo, atender aos chamamentos judiciais; informar eventual transferência e "adotar a postura que se aguarda do cidadão integrado à sociedade".

Em nota, o Escritório de Ademar Rigueira, responsável pela defesa de Meira, declarou que o STF estava afastando uma detenção “desnecessária” e sem “fundamentação razoável”. “Prisões desta natureza só buscam antecipar o cumprimento antecipado de pena, em flagrante afronta à Constituição Federal”, completa o comunicado.

A defesa do ex-prefeito de Camaragibe, Demóstenes Meira (PTB), negou que seus transtornos psicológicos tenham sido utilizados como justificativas para os crimes no qual o gestor é suspeito, e que culminaram na prisão e na perda do mandato na semana passada. Entre as acusações estão fraude em licitação, corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

De acordo com o pedido de Habeas Corpus de Meira, ele havia feito ofertas de compras de casas e de uma BMW, mas que não chegou a efetivar os pagamentos e que por isso não teria como concluir que ele usaria dinheiro ilícito para adquirir os bens. O fato que levaria o ex-prefeito a fazer tais ofertas seria uma depressão e um grau de euforia.

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O documento traz também em dos trechos que a ex-esposa do político Judith Maria Silva e Pessoa, que depois que foi eleito o estado psicológico de Meira teve uma piora, e que ele inclusive foi diagnosticado com transtorno bipolar, mas que havia iniciado um tratamento, abandonado várias vezes e justamente nesses hiatos é que ocorriam as supostas compras atribuídas no processo. Ele fazia a oferta, chegava a ficar de posse dos bens, mas quando se dava conta de que não tinha como pagá-los, devolvia-os aos donos.

O Habeas Corpus pede que Demostenes Meira cumpra prisão domiciliar, com ou sem uso de tornozeleira eletrônica, por conta da preexistência de doenças mentais que podem agravar com a manutenção da prisão preventiva.

Veja o trecho do HC 

Em uma sessão acalorada e com uma reviravolta, a Câmara dos Vereadores de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife (RMR), aceitou, nesta terça-feira (26), a denúncia que pedia a abertura de um processo de impeachment contra o prefeito da cidade, Demóstenes Meira (PTB). A votação inicialmente terminou empatada e a denúncia havia sido rejeitada, mas o denunciante, de acordo com uma brecha na legislação encontrada pelo jurídico da Casa, passou a ter direito ao voto e a denúncia foi acatada.

No primeiro momento, quatro vereadores votaram a favor da denúncia, quatro contra e quatro se abstiveram. E o empate havia resultado na rejeição, mas o presidente da Câmara, Antônio Oliveira (PTB), que não votou em primeira instância e era o proponente da denúncia consultou o departamento jurídico, que baseado em uma brecha na lei autorizou o voto. A autorização causou euforia entre os presentes que entoaram gritos constantes de "fora Meira", uma vez que o voto autorizaria o prosseguimento. "Mostrando que Camaragibe tem moral e independência, voto sim", declarou Antônio ao votar.

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Durante a votação, populares que acompanhavam o pronunciamento dos vereadores chamaram os que se posicionavam contra de "omissos", "covardes" e "ladrões". Se posicionaram contra a abertura do processo os vereadores Antônio Carlos Tomé, Eugênio Victorino, Hélio Albino e Manoel Rodrigues. Já os que se abstiveram foram Adriano Tabatinga, Paulo André, Renê Cabral e Severino Gomes.  

Além de Toninho, como é conhecido o presidente, votaram a favor Délio Júnior, José Roberto, Leandro Lima e Lindomar Santos.

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O prefeito Demóstenes Meira ficou conhecido no país por ter exigido que os servidores de cargo em comissão participassem de um bloco da cidade no último dia 17, onde a secretária de Assistência Social, Taty Dantas, que é noiva dele, faria um show.

Após isso, Meira passou a ser investigado criminalmente pelo Ministério Público de Pernambuco por improbidade administrativa e peculato. E o Tribunal de Contas do Estado (TCE) proibiu a gestão de gastar verbas com os festejos de Carnaval.

Líder da base governista em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife (RMR), o vereador Tomé Carlos (PV) argumentou, nesta terça-feira (26), que a prática adotada pelo prefeito Demóstenes Meira (PTB) de exigir a presença dos servidores cargos comissionados no bloco pré-carnavalesco em que a secretária de Assistência Social e sua noiva, Taty Dantas, fez um show é recorrente nas prefeituras pernambucanas. 

Tomé minimizou as acusações de improbidade administrativa e peculato contra Meira e disse que não enxergou ameaças aos servidores nos áudios encaminhados pelo prefeito ao exigir a presença dos comissionados no evento do último dia 17. 

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"Essa prática existe em todas as prefeituras. Trabalhei na época de Jarbas (Vasconcelos) no Recife e isso muitas vezes aconteceu", frisou Tomé Carlos. "O problema neste caso é que ele declarou algo em favor da sua noiva. Se ele tivesse colocado apenas pelo grande evento, já tradicional, talvez não tivesse acontecido essa repercussão", completou. 

Indagado se acreditava que os áudios ameaçaram os servidores, o aliado de Meira negou. "Não enxergo como ameaça não. Correto não é, mas não dá impeachment isso não", salientou. 

Mesa Diretora 

O imbroglio para a abertura de um processo de impeachment contra o prefeito de Camaragibe, contudo, vai além e também enfrenta um impasse na Câmara. De acordo com o líder governista, não há uma Mesa Diretora formada para a tramitação do processo. Isto porque, de acordo com Tomé, o atual presidente Antônio Oliveira (PTB), que é autor da denúncia, não tem legitimidade para presidir a Casa. 

No fim do ano passado foi realizada uma eleição para formar a Mesa Diretora, mas que foi suspensa pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco e o presidente anterior, no caso Toninho, voltou a assumir o posto.

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A situação do prefeito de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife (RMR), Demóstenes Meira (PTB), tende a se complicar caso os vereadores do município aceitem, nesta terça-feira (26), o pedido de abertura de um processo de impeachment contra ele. A denúncia é de autoria do presidente da Casa, Antônio Oliveira (PTB), mais conhecido por Toninho.

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O prefeito ficou conhecido no país por ter convocado os servidores de cargo em comissão para participar de um bloco da cidade, onde a secretária de Assistência Social Taty Dantas, que é noiva dele, faria um show. Após isso, Demóstenes Meira passou a ser investigado criminalmente pelo Ministério Público de Pernambuco por improbidade administrativa e peculato. A denúncia que, se aceita, pode levar o prefeito a sofrer um processo de cassação tem a postura do prefeito como base.

"O prefeito com essa atitude coagiu, fez ameaças diretas aos cargos comissionados e deixou todos com medo de perder seus cargos", argumentou Toninho, em conversa com jornalistas antes do início da reunião plenária. 

Com o quórum completo, ou seja a presença dos 13 vereadores, a sessão desta terça iniciou por às 9h35. Na galeria, enquanto estava sendo lida a ata da reunião anterior, moradores de Camaragibe entoaram gritos de "fora Meira" e pediram que os parlamentares aceitassem a denúncia que será apresentada. 

Para ser aceita, a maioria simples dos 13 vereadores precisa votar a favor do pedido apresentado pelo vereador Toninho. Caso isso aconteça, serão sorteados três vereadores para compor uma comissão que analisará a denúncia em cinco dias e opinará se arquiva ou convoca Demóstenes Meira para se explicar no prazo de 15 dias. Todo o processo deve durar cerca de 45 dias.

Após toda a confusão envolvendo o prefeito de Camaragibe, Demóstenes Meira, o presidente da Câmara Municipal de Camaragibe, Toninho Oliveira, nesta terça (19), avisou que vai entrar com um pedido de impeachment contra o gestor. Segundo ele, a situação é mais grave do que o imaginado e que na cidade há diversas “empresas fantasmas”. 

“Estou me reunindo neste momento com meu jurídico. Estamos pegando todos os pontos, inclusive, as várias obras sem licitação. Vários processos de empresas que estão prestando serviço sem passar por carta convite. Além de todo esse absurdo que aconteceu no final de semana, que foi o áudio do prefeito cobrando a presença de funcionários em um bloco carnavalesco. São vários pontos que estamos levantando, empresas fantasmas”, destacou Toninho. 

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No entanto, o vereador não quis relevar que empresas seriam essas. “Até o momento o que posso adiantar é isso. Quando tudo estiver pronto, vamos tornar público”, antecipou. 

A vice-prefeita da cidade, Nadige Queiroz, também disparou contra Meira. “Nossa cidade não aguenta mais passar vergonha. Nossa gente tão competente não merece isso”, chegou a disparar por meio das redes sociais. Eles romperam desde o início do mandato. 

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) ajuizou hoje ação civil pública de improbidade administrativa na 1ª Vara Cível da Comarca de Camaragibe contra o prefeito a cidade, Demóstenes e Silva Meira; a secretária de Assistência Social, Tatiana Dantas da Silva; e o secretário de Educação do município, Denivaldo Freire Bastos, após toda a confusão na qual Meira convocou cargos comissionados para participarem de um evento, que teria como uma das atrações a sua noiva Taty Dantas. 

Além disso, a subprocuradoria-geral de Justiça em Assuntos Jurídicos do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), atuando por delegação do procurador-geral de Justiça, nessa segunda-feira (18), procedimento investigatório criminal (PIC) com o objetivo de apurar a prática de intimidação aos comissionados. 

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) abriu uma investigação criminal com o objetivo de apurar a prática de intimidação aos ocupantes de cargos comissionados da Prefeitura de Camaragibe. Agora, o prefeito Demóstenes Meira (PTB) tem 72 horas para apresentar esclarecimentos.

O caso foi amplamente noticiado após a divulgação de áudios atribuídos a Meira, em que ele exigia que os funcionários comissionados da prefeitura comparecessem a uma prévia de carnaval em que sua noiva, a cantora Taty Dantas, se apresentaria no último domingo (17).

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O subprocurador-geral de Justiça Clênio Valença expediu um ofício ao prefeito e ele terá que informar se Tatiana Dantas da Silva é servidora municipal ou não. Caso o vínculo com a administração pública exista, o MPPE vai requerer ainda que Meira apresente o ato de nomeação dela e demais documentações que entender cabíveis. Tatiana Dantas é secretária de Assistência Social da cidade.

O Ministério Público também solicitou que o prefeito informe o quantitativo de guardas municipais designados para realizar a segurança do bloco Canário Elétrico, já que em um dos áudios ele menciona a designação de 30 guardas para garantir a segurança dos comissionados que comparecerem. Se isso tiver acontecido, de acordo com o MPPE, se caracteriza a utilização indevida de serviços públicos para atender a interesses privados.

Além disso, o secretário de Educação de Camaragibe e presidente do bloco Canário Elétrico, Denivaldo Freire, será notificado para esclarecer quem efetuou o pagamento das despesas da troça carnavalesca e da apresentação da cantora Taty Dantas no evento.

A cantora se posicionou

Através de suas redes sociais, a cantora e noiva do prefeito, Taty Dantas, emitiu uma nota em que explica o ocorrido no último domingo. Ela lembrou sua carreira na música e sua experiência como secretária na prefeitura de Camaragibe. Confira na íntegra:

"Olá meus amigos, amigas e seguidores das minhas redes sociais. Para quem não me conhece bem e começou a acompanhar minha carreira recentemente, eu sou Taty Dantas, cantora há mais de 20 anos. Muita gente acompanha minha carreira desde os tempos do Bonde do Forro, e agora seguem junto comigo na minha carreira solo. Hoje muitas pessoas me procuraram para falar sobre o show de ontem do bloco Canário Elétrico. Esse show foi um convite que recebi dos coordenadores do bloco desde o começo do ano, e me orgulho muito de ter participado junto com diversas atrações maravilhosas. Tenho sido procurada por diversos produtores de eventos nesse Brasil. Com muito trabalho se Deus quiser, vou alegrar muito as pessoas que gostam da minha música! Sobre a secretaria: Assumi recentemente e estou apurando tudo em relação a esta. Sei na pele o que é necessidade e jamais deixarei ninguém passar por ela enquanto estiver ao meu alcance. Tenho sensibilidade social e estamos elaborando ideias fantásticas, já exitosas em outras municipalidades, que vão surpreender a população mais carente de Camaragibe. Esperem para ver. Minha sala está aberta a qualquer proposta, crítica construtiva e a tudo que diga respeito as melhorias na atuação e efetividade das ações desta pasta junto a população. Que agora a base dessa relação seja amor e respeito, como sempre tive com todos. Obrigada Deus sim, sobretudo, porque nunca me desamparou e estou onde estou por Ele. Obrigada pelo apoio de todos amigos que estão indignados com esse preconceito gigante. Vamos em frente e deixa que dos outros assuntos o tempo e a justiça mostram a vocês."

Um ano após ser eleito para assumir a Câmara dos Vereadores de Camaragibe pela mesa diretora da Casa, o vereador Toninho Oliveira (PTB) alega que vem sofrendo perseguição política por parte dos aliados do prefeito Demóstenes Meira (PTB). Segundo o vereador, Meira vem se “organizando” politicamente para evitar que ele possa assumir a cadeira de presidente da Câmara no próximo ano. 

Toninho afirma que a perseguição política começou quando ele virou oposição por não aceitar a forma como o atual prefeito vem trabalhando no munícipio. Segundo o vereador, o prefeito Meira tenta anular o resultado da eleição que o colocou como presidente da Câmara, realizada em 2017, registrada em cartório e publicada no Diário Oficial do Município. Toninho foi o segundo mais votado na eleição de 2016. 

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“Ele está usando todas as suas forças para anular a eleição da mesa diretora realizada há um ano. O prefeito Meira não quer que eu sente na cadeira como presidente da Câmara. Durante todo este ano eu me destaquei pelos meus projetos sociais e pela minha oposição por não permitir aceitar as vontades do prefeito, as quais não acho corretas. Ele alega que é uma questão de honra anular essa eleição onde saí vitorioso para colocar alguém ligado a ele”, argumentou. 

No início deste mês, ocorreu a primeira sessão na Câmara Municipal de Camaragibe, onde os parlamentares entraram com um requerimento pedindo a anulação da eleição, porém o presidente da Câmara, Roberto da Loteria, não colocou o requerimento em pauta, enviando o mesmo para o jurídico da Casa. Outra sessão foi remarcada para esta semana, mas acabou não ocorrendo por falta de quórum.

Outro assunto bastante comentado na cidade nos últimos dias é a votação dos projetos de lei de autoria do Executivo, referentes à Lei Orçamentária Anual (LOA), para o exercício de 2019, e o Plano Plurianual (PPA). Segundo Roberto da Loteria o Poder Executivo vem interferindo nas atividades do Legislativo, dizendo que matérias importantes como a LOA e o PPA, de natureza orçamentária, podem não ser aprovadas neste mês o que, de acordo com o parlamentar, resultaria uma série de problemas financeiros para o munícipio.

“O prefeito tem se preocupado mais em anular a eleição da Comissão Executiva da Câmara para o biênio 2019/2020, mesmo com a decisão judicial na esfera de 2º insistência provocando um conflito de interesse, ao invés de se preocupar com o futuro da cidade”, lamentou.

Apesar de não ser ilegal, não foi bem visto pela população o prefeito de Camaragibe, Demóstenes Meira (PTB), nomear três irmãos para comandar secretarias de destaque do município. A partir desta terça-feira (10), o secretário de Governo é Davi Meira; o de Segurança, Délamo Meira, e o de Planejamento Estratégico, Daniel Meira. Dos três, apenas Daniel já integrava a equipe onde comandava a pasta de Segurança. 

Em resposta ao LeiaJá, a Prefeitura de Camaragibe garantiu que os três irmãos de Meira integram o governo municipal “por experiência profissional em cada área delegada”. A nota detalha a experiência profissional de cada um. 

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Mais cedo, durante a solenidade de posse, Meira chegou a explicar que foi feita uma reformulação no quadro de secretários para melhor servir a população. “As secretarias que não estavam funcionando como deveriam tiveram a mudança de comando para dar fluidez ao nosso trabalho como gestão. Não temos problemas em mudar, se este for para benefício da população”, justificou o prefeito 

Além de Davi, Délamo e Daniel, outros quatro secretários foram empossados: Desenvolvimento Econômico, Nívia Borba, ex secretária adjunta da pasta; Esportes, Abnael Bernardes; Articulação Política, Alamar Junior; e para a presidência da Fundação de Cultura, Josué Silva.

Confira a nota na íntegra:

A Prefeitura Municipal de Camaragibe esclarece que os secretários empossados, pertencentes à família do atual prefeito, foram nomeados para o cargo por experiência profissional em cada área delegada. Daniel Meira já era secretário da gestão, apenas foi remanejado de secretaria.  É advogado, graduado e pós-graduado em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, possui mestrado na área, realizado na PUC-SP, pós-graduação na Universidade de Oxford, na Inglaterra, e na Universidade de Coimbra, em Portugal, além de ser comendador do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), professor adjunto da UFPE desde 1996 e coordenador e idealizador da Câmara de Conciliação, Mediação e Arbitragem, além de membro da Comissão, Mediação e Arbitragem da OAB.

Délamo Meira, secretário de Segurança, chega ao time de secretários para trabalhar na diminuição dos índices de violência no município. Foi chefe de segurança no Ceará, em Barbalha; prefeito da Vila Operária da Usina Manoel Costa Filho, além de Chefe de Patrimônio, Chefe dos Bombeiros de prevenção e combate a incêndio, também no Ceará. Foi também chefe de segurança do Shopping Manaíra, na Paraíba, criou o plano de proteção e combate a incêndio do centro de compras, além do plano de uniforme e plano de segurança. Passou 18 anos como chefe de segurança do Pernambuco Dá Sorte, foi oficial de polícia, comandante de uma companhia mista independente de trânsito e rádio patrulha em garanhuns e, ainda, instrutor de defesa pessoal do batalhão de guarda, de trânsito, do sexto batalhão e do Choque. Além disso, também atuou como gestor da Rede de Hoteis do Sol durante oito anos, nas unidades de Pajuçara, em Maceió, São José da Coroa Grande e Recife, ganhando prêmio como melhor gerente da rede em 1989, na cidade de Garanhuns.

Por último, Luís David Meira, secretário de governo, é grande atuante político no município junto ao prefeito. Acompanhou toda trajetória política de Meira, foi seu assessor parlamentar durante 12 anos enquanto Meira atuava como vereador da cidade, foi vereador e ainda ajudante de ordem do ex deputado estadual Pedro Eurico. Sempre atuou com entidades públicas e conselhos municipais, configurando-se significante para a gestão na articulação governamental municipal.

 

Após um período de turbulência no qual o prefeito de Camaragibe, Meira (PTB), protagonizou uma briga com a sua vice-prefeita Nadegi Cruz (PSDC), o petebista comemora um feito no final deste ano. De acordo com Meira, em entrevista ao LeiaJá, nesta quarta-feira (29), a prefeitura realizou o pagamento do esperado décimo terceiro dos servidores. “Não precisei esperar 1% que vem do Governo Federal”, gabou-se.

O prefeito disse que “controla” o município. “A gestão está muito boa. Eu já paguei o décimo terceiro. Estou feliz da vida porque quantas prefeituras estão aí sofrendo para pagar o décimo e eu já paguei? A cidade, eu controlo ela. Tinha 1.500 cargos comissionados, reduzi para 730. Agora, há pouco, fiz uma nova reforma e diminui cinco secretários e fundi uma secretaria com outra economizando mais de R$ 400 mil reais para que a gente governe com tranquilidade até porque eu fui eleito pelo povo, foi uma votação esmagadora contra nosso adversário e eu tenho que dar resultados”, declarou.

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Segundo o prefeito, antes mesmo de assumir o mandato, esteve em Brasília articulando verba para obras na cidade. “Consegui R$ 20 milhões das emendas parlamentares dos deputados federais e consegui mais uma emenda de R$ 30 milhões de outros três deputados para fazer a estrada-parque. Eu sou o prefeito campeão de emendas em Brasília, pois já são R$ 50 milhões de emendas destinadas à Camaragibe”. Antes de assumir, eu já fiz o trabalho de bastidores de gabinete em gabinete, de deputado em deputado e agora está surtindo os efeitos”. 

Ele ainda falou que aguarda a liberação de um pouco mais de R$ 4 milhões, que deverão ser liberados pelo Governo do Estado, para continuar as obras do mercado público. “O governador Paulo Câmara me prometeu que vai assinar a ordem de serviço. Se ele liberar, nós tocamos a obra”, frisou.

Meira ainda contou que Camaragibe cumpre rigorosamente e faz o pagamento do piso salarial dos professores. “Também paguei o salário em dia. Pago o melhor salário da educação de Pernambuco, Camaragibe é o primeiro lugar. Pagamos R$ 3.884 reais, que é o piso, além de termos reformado 27 escolas. Além disso, eu trouxe de volta o SUS do trabalhador”.

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta terça-feira (3) soltar o empresário Eduardo Aparecido de Meira, cuja prisão preventiva havia sido determinada pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância. Caberá agora a Moro decidir aplicar medidas cautelares diversas da prisão a Meira.

Sócio da empresa Credencial Construtora, Meira é acusado de ter repassado ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu R$ 700 mil em propina. Moro decretou a prisão preventiva do empresário em maio de 2016.

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O julgamento da Segunda Turma terminou em 2 a 2, mas, conforme previsto no Regimento Interno da Corte, no julgamento de habeas corpus deve prevalecer a decisão mais favorável ao réu no caso de empate. O colegiado ainda decidiu estender a revogação da prisão preventiva ao outro sócio da Credencial Construtora, o empresário Flávio Henrique de Oliveira, que também estava preso por determinação do Moro.

A empresa é acusada de ser de fechada e ter recebido valores de propinas de contratos da Petrobras.

"A mim me parece que esse é um caso em que não aparece haver dúvida de que se mostra, sim, aplicáveis às disposições do artigo 319 (do Código de Processo Penal, que trata da aplicação de medidas cautelares diversas da prisão), que como eu disse foi pensado como um instituto adequado e compatível com a Constituição no sentido de que a prisão provisória será tangida pelo princípio da necessidade, só se houver necessidade", argumentou o ministro Gilmar Mendes.

Durante o julgamento, os ministros Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes votaram pela revogação da prisão preventiva de Meira; em sentido diverso se posicionaram o relator do caso, ministro Edson Fachin, e o decano da Corte, Celso de Mello. O ministro Dias Toffoli não compareceu à sessão.

A defesa de Meira havia recorrido ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) e ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas teve o pedido negado nos dois tribunais.

Procurado pela reportagem, o advogado Fernando Araneo, defensor de Meira, disse que a Segunda Turma do STF corrigiu uma injustiça de um ano e quatro meses (período correspondente à decretação da prisão preventiva) e negou que a Credencial seja uma empresa de fachada.

"A empresa não é só uma construtora, é consultoria, representação de vendas", afirmou Araneo à reportagem. A defesa de Flávio Henrique de Oliveira não foi localizada.

O coronel Luiz Meira pediu demissão do cargo de consultor em segurança do Metrô do Recife, nesta sexta-feira (21). Alegando motivos pessoais, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) informou que Meira entregou ao superintendente da empresa, Leonardo Villar, o pedido de demissão.

Por meio de nota, a CBTU explicou que o superintendente lamenta a saída e agradece os inestimáveis serviços prestados pelo coronel. "Sempre agiu com competência e compromisso para garantir maior segurança aos usuários do sistema". Meira estava à frente da consultoria em segurança do Metrô desde janeiro deste ano.

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O prefeito de Camaragibe, Meira (PTB), em menos de dois meses de gestão, já se envolveu em um desentendimento com a sua vice, Nadegi Queiroz (PSDC), que chegou a dizer que ele teve “atitudes insanas” e que não possuía humildade para escutar sua equipe. Em entrevista concedida ao LeiaJa.com, o prefeito falou sobre o assunto e na exoneração de Nadegi da pasta de Saúde local, a qual comandava. “Eu disse a minha vice que a minha tolerância era zero para a corrupção. Acho que quem não deve nada, não teme. Estou muito tranquilo”.

Meira falou sobre o acontecimento durante uma licitação para compra de medicamentos. “Aconteceu de mandarem, da secretaria, um envelope para a CPL e quando estavam lá, abrindo os envelopes, chegou um bendito envelope com quatros propostas e uma delas, segundo informações, era fraudulenta. O dono da empresa declarou que ele o papel não era dele, que o timbre não era dele e nem a assinatura. Eu mandei que fosse apurado, mandei que o controlador abrisse o devido processo legal. Chamei o secretário de Justiça, chamei os procuradores e chamei toda a equipe para comunicar a exoneração da doutora. Ela não pediu exoneração. Eu que exonerei, mas eu não tenho nada contra ela, nunca fiz nenhuma acusação contra ela, apenas exonerei e eu não vou admitir que esse tipo de coisa aconteça na nossa gestão”, contou. 

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O prefeito disse que não quer que o seu nome seja esteja, mais tarde, “na boca de ninguém”. “Nem tampouco da imprensa porque zelo meu nome para que evitasse qualquer absurdo em área de licitação. Você sabe que a Polícia Federal investiga Camaragibe por conta de uma fraude de R$ 100 milhões onde o prefeito de Camaragibe, outros, estavam juntos? Eu não tenho o que esconder. Eu estive com o presidente do Tribunal de Contas e disse a ele que colocasse uma equipe em Camaragibe. Eu estive com a juíza da cidade e disse que mandasse o Ministério Público para acompanhar. Nós vamos atuar de forma lícita, transparente, sem nenhuma dificuldade para os órgãos fiscalizadores. Ao contrário, eu quero que me fiscalize tanto a Câmara, como o Tribunal de Justiça e os promotores porque eu não tenho o que esconder. A nossa tolerância é zero”.

Meira ainda ressaltou que Nadegi vem de “gestões viciadas” e que nunca a acusou de nada. “Agora, na hora que eu aviso a primeira, a segunda, a terceira vez e acontece um fato dentro da secretaria dela, eu não podia mais manter ela como secretária de Saúde. Ela declarou que solicitou a exoneração. É uma inverdade. Eu que a exonerei por conta do erro dentro da secretaria. Eu não estou dizendo que ela errou em nada não. Agora a secretaria errou. Um funcionário dela errou e nós estamos apurando e nem por isso sai atirando contra ela. Eu estou na retaguarda aguardando. Agora quando me perguntam eu respondo e, se a imprensa quiser ver o processo, está lá. Foi instaurado o processo e estamos apurando”. 

“Eu não rompi com ela, eu não briguei com ela, eu apenas a desonerei do cargo de secretária. O presidente da República quando erra alguém no gabinete de algum ministro, ele bota para fora o ministro, governador a mesma coisa e prefeito também. Eu havia avisado três vezes a ela que a minha tolerância seria zero, inclusive, em duas das reuniões eu disse a ela que nós temos que ter cuidado de tudo que é licitação”, acrescentou. 

O gestor garantiu que a população está feliz com o seu governo. “Porque há 34 anos que não se limpava canal. Todo dia estou com os caminhões e as máquinas no município limpando a cidade. A gente precisa dar uma resposta à sociedade e a nossa resposta é trabalho", concluiu. 

Em carta publicada no seu Facebook, a vice-prefeita de Camaragibe, Nadegi Queiroz, informou o rompimento político com o prefeito do município, Demóstenes Meira, e anunciou a entrega do seu cargo como secretária de Saúde e de toda a equipe técnica, que não ainda não foi nomeada pelo prefeito, segundo ela informou. 

Nadegi disparou críticas contra Meira e definiu como “atitudes insanas” o fechamento do Hospital Aristeu Chaves. “E entregar a chave ao antigo dono, perdendo um investimento de mais de 18 milhões de reais e deixando a população sem um hospital, já que a intenção do prefeito depois de eleito é privatizá-lo, assim como também manter a maternidade fechada”, disse. 

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“Também não concordo com o cancelamento de todos os contratos dos profissionais do Programa Saúde da Família (PSF) e o fechamento de todas as unidades, como o mesmo quer fazer para reduzir gastos. Acordei com o Sindicato dos Médicos, Conselho Municipal de Saúde e com o Ministério Público que iríamos organizar os vínculos empregatícios no município, mas não foi aceito pelo atual gestor. A Saúde é uma garantia constitucional, é um investimento, é obrigação do município para com a população e não um gasto, o gestor público que pensa dessa forma não é digno de sentar na cadeira de prefeito”, acrescentou.

A vice disse que tem uma trajetória digna e que não pode compactuar com essas atitudes. “Por isso, amigos, decidi não mais fazer parte desta gestão, que em menos de vinte dias, criou um colapso na cidade por atitudes impensadas e egoístas do atual gestor, que não possui humildade para escutar a equipe e os anseios da população, além de não honrar com todos os compromissos políticos”, cravou. 

Ela ainda pediu desculpas por não ter ido além e que sabe que será alva de acusações. “E, quaisquer que sejam elas, terão que ser provadas perante da justiça dos homens. Para muitos sei que ao pedir exoneração do cargo de Secretária de Saúde pode parecer fraqueza, mas é impossível fazer uma boa gestão tendo que rebater as imposições do prefeito (...) como disse o atual prefeito no seu discurso de posse “primeiro ele, segundo ele e terceiro ele”. Não há espaço para uma “gestão participativa”. Não há espaço para ouvir a voz do povo deste município”, concluiu.

O advogado Demóstenes Meira (PTB) tentou por quatro vezes ser prefeito de Camaragibe, mas apenas na quarta vez obteve êxito, com 48.019 votos, 56,49% dos votos válidos e uma vantagem de quase quinze mil votos sobre o atual prefeito Jorge Alexandre (PSDB). A vitória teve o sabor de permitir a Meira uma oportunidade que há muito tempo ele buscava mas principalmente uma série de desafios, ciente disso ele já foi a Brasília para estabelecer diálogo com os ministros e permitir a partir de 2017 a chegada de recursos federais.

Meira governará o 14º maior PIB do estado, mas uma cidade que está calejada com gestões problemáticas como as de João Lemos e de Jorge Alexandre, que acabou sendo envolvido na operação Blacklist da Polícia Federal, e que naturalmente precisará do novo prefeito um olhar especial e uma atitude diferente dos seus antecessores se quiser fazer valer a confiança dada pelo povo camaragibense nas urnas no último dia 2 de outubro.

Uma vez na prefeitura, Meira promete cortar custeio da máquina pública e fazer com que a máquina funcione para os que mais precisam. Das suas propostas, a que mais chamou atenção é a construção de um hospital, fato que numa crise não é fácil de ser efetivada, que evidentemente se for colocada em prática lhe dará uma consolidação ainda maior.

O desafio é tamanho mas ele promete bater à porta dos ministros, dos secretários estaduais, dos senadores, deputados federais e deputados estaduais, bem como do governador Paulo Câmara sempre que for necessário pelo bem da cidade. Sua ida a Brasilia recentemente demonstrou que ele buscará essa interlocução para que Camaragibe saia das páginas policiais e passe a ter uma gestão diferenciada, inovadora e legitimada pelas urnas.

Alinhamento - Já há quem defenda no Palácio do Campo das Princesas um alinhamento das secretarias estaduais com os ministros pernambucanos de Temer. Na pasta de educação Maurício Romão substituiria Fred Amâncio e na secretaria das Cidades o vice-presidente de Suape Evandro Avelar assumiria para aproximar o governo estadual do ministro Bruno Araújo.

Marlus Costa - O vereador eleito de Jaboatão dos Guararapes Marlus Costa (PTN) já se movimenta no intuito de assumir a presidência da Câmara Municipal no biênio 2017/2018. Dono de um blog importante na cidade, Marlus se elegeu fazendo oposição ao prefeito Elias Gomes (PSDB) e terá a sua primeira oportunidade na política ocupando um cargo eletivo.

Armando Monteiro - A cada dia que passa o senador Armando Monteiro (PTB) faz questão de sublinhar seu distanciamento do PT, uma vez que a aliança com os petistas não lhe trouxe nenhum resultado positivo, apenas derrotas eleitorais e desgaste político com a queda de Dilma Rousseff. O objetivo de Armando hoje é se aproximar dos ministros Mendonça Filho e Bruno Araújo visando 2018.

Rejeitado - No Palácio do Campo das Princesas a conversa é que ninguém quer aproximação com o PT. A entrada do partido no governo traria mais desgaste ao governador Paulo Câmara, por isso a ordem é tentar refazer as pontes com o DEM e o PSDB. Nem Paulo nem Armando querem mais o PT como aliado.

RÁPIDAS

Lula Cabral - Após a expressiva vitória no Cabo de Santo Agostinho, o prefeito eleito Lula Cabral (PSB) está com tesão de noivo para reassumir a prefeitura. Ele não se adaptou à vida morna da Casa Joaquim Nabuco e por isso queria voltar a fazer o que mais gosta: governar o Cabo.

Tabira - O prefeito Sebastião Dias (PTB) entrou para a história de Tabira, que fica a 410 km do Recife no sertão do Pajeú, ao ser o primeiro prefeito reeleito da cidade. Desde que a reeleição foi instituída em 2000 nenhum prefeito havia conseguido a façanha de alcançar o segundo mandato.

Inocente quer saber - Quando teremos definição sobre a situação de Ipojuca?

O ex-integrante do PSB e pré-candidato à Prefeitura de Camaragibe, Demóstenes Meira (sem partido), revelou ter sido traído pelo ex-governador Eduardo Campos nas eleições de 2012. Prestes a integrar o partido do PTB do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro (PTB) ou mesmo o PRB, o ex-socialista demonstra insatisfação por Campos em reação a uma possível parceria que tinha sido realizada com o PSDB nas últimas eleições municipais. 

“Eu rompi com Eduardo por conta da infidelidade comigo. Só depois que ele morreu, eu descobri que ele tinha feito aliança com Sérgio Guerra e com Jorge Alexandre (PSDB - prefeito de Camaragibe)”, contou, comentando como foi à ida de Campos à cidade na época das eleições municipais. “Por isso eu estranhei, porque em vez dele passar comigo pelo centro cidade veio por outras ruas, e eu lutei muito no TRE para derrubar a candidatura do prefeito, mas infelizmente nossos tribunais estão extorquidos”, disparou.

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O ex-socialista, que apoiou Armando Monteiro nas eleições a governador em 2014, também fez duras críticas a Paulo Câmara (PSB). “Eu acredito que ele foi um produto fabricado e que já está se embaraçando na gestão”, alfinetou, relembrando a influência da morte de Campos no meio político. “Infelizmente, a morte de Eduardo trouxe uma vitória avassaladora por causa da dor da perda, do líder. Mas a minha questão foi de eu ter sido traído com ele nos bastidores e eu jamais faria política com corrupção, eu quero sentar e poder dormir”, cravou Meira. 

Campanha - A ida de Eduardo Campos à campanha de Meira ocorreu no dia 29 de setembro de 2012. Confira o vídeo com o discurso do ex-governador abaixo:

 

 

 

Com um ano e três meses antes das eleições municipais, a cidade de Camaragibe, Região Metropolitana do Recife (RMR), deve configurar um clima acirrado para a disputa do próximo pleito. Até agora, três nomes já se colocam como pré-candidatos, entre eles, o do atual prefeito da cidade, Jorge Alexandre (PSDB) e do ex-prefeito João Lemos (PCdoB) e do pré-candidato que disputará as eleições pelo quarto pleito, Demóstenes Meira (sem partido).

Ex-PSB e fechando alianças com a base do ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto (PTB), Demóstenes Meira garante entrar na disputa novamente no próximo ano. “Olhe, eu sou candidato. Eu nunca desisti da minha postulação ao cargo de prefeito. Sou pré-candidato, tenho até o final de agosto e a minha preocupação agora é de montar os partidos e regimentar forças”, revelou. 

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Meira contou se reunir todas as segundas e quartas-feiras com coordenadores e equipe técnica, respectivamente, para tratar da corrida eleitoral e alegou fazer política com ética. “Eu faço política com decência e não entro na parte da compra de votos. Eu faço política pelo projeto, e se eu puder chegar com a força de Deus e do povo, até porque, o dinheiro que eu uso é declarado e é por isso que eu sou a favor desta reforma política”, destacou. 

O pré-candidato avalia de forma negativa a gestão do atual prefeito e dispara dizendo que está pior do que Dilma. “Está aí o exemplo da nossa cidade, com 86% de rejeição. Ele (Jorge Alexandre) despencou de uma forma que está pior do que Dilma (...). A cidade está abandonada, ele fala só de empresários que veio investir em Camaragibe. Ele coloca isso como se fosse o trabalho dele, mas isso não convence ninguém. A educação vai mal, a saúde vai mal, a última gestão do prefeito (João Lemos) gastava de R$ 460 mil a R$ 480 mil  com limpeza, mas assim que ele assumiu ele conseguiu colocar uma empresa ligada ao pai dele e hoje gasta R$ 1200.000,00”, denunciou. 

Demóstenes Meira, que deixou o PSB ano passado alegando ter sido traído pelo ex-governador Eduardo Campos, revelou ter possibilidade de migrar para o PTB. “Eu vou marchar no partido do ministro de Armando Monteiro, ou PTB ou o PRB. Eu tenho vários aliados que eu possa disputar um pleito eleitoral. Eu venho de três eleições, de três derrotas e eu tenho tido ascensão. Na primeira obtive 27 mil votos, na segunda 29 mil e na terceira 37,286 mil votos. Eu venho numa ascensão política, por três vezes eu só faço crescer. Nesta eleição eu tenho tudo para ser favorável”, acredita. 

O ex-prefeito da cidade, João Lemos (PCdoB), também confirmou entrar na corrida de 2016. “Eu não sou candidato da minha vontade, mas se o povo quiser eu topo. Do jeito que estão às coisas atualmente eu digo que sou”, admitiu. Indagado se já tinha costurado o desejo com o partido, ele se colocou indiferente ao assunto e disse que independente do PCdoB, ele quer entrar na disputa. “Isso é um programa do PCdoB. Se eles não quiserem colocar candidatura eu vou para outro partido. Quem tem mandato muda, ainda mais eu que não tenho”, ironizou. 

Assim como Meira, Lemos criticou a gestão de Jorge Alexandre e se colocou como o mais preparado. “Quem está aí não sabe para que veio, além de eu já ter sido (prefeito), são três mandatos de prefeito e eu tenho mais chances de colocar a cidade do mesmo do jeito que estava. Agora, o cabra que diz que resolve a saúde é mentiroso porque isso é um problema do Brasil e ficar acreditando nos recursos federais e estaduais não resolve, você tem que cuidar da sua casa”, destacou. 

João Lemos ainda fez questão de garantir sua preparação para administrar novamente à cidade. “Eu me sinto preparado, capaz e ainda depois que a gente vê as falhas que cometeu. Tem que ter um gestor de pulso forte e não dar cargos a quem trabalhou na campanha. Agora, você fica fazendo sem ter equipe técnica e a cidade está afundada”, disparou o pós-comunista. 

Demonstrando tranquilidade, o prefeito Jorge Alexandre revelou que sua reeleição já vem sendo articulada. “Graças a Deus está tudo caminhando como planejado. Nós somos aliados da base do governo. Temos a maioria dos candidatos à reeleição a vereador, temos todos os vereadores do município e a maioria dos partidos. Estamos com a gestão tranquila, uma gestão sem débito, com dificuldade como qualquer município, porque os municípios estão atravessando ai uma fase difícil, mas com o pé no chão. Um passo atrás do outro e com cautela, nós estamos conseguindo atingir o nosso objetivo”, comemorou. 

Questionado sobre a disputa em meio a adversários antigos como Meira e João Lemos, o tucano acredita que sua equipe e seu trabalho podem somar de forma positiva em seu desempenho. “Eu tenho um grupo bom. Uma orientação boa. Eu acho que o sol nasceu para todos, vamos colocar a nossa campanha na rua e o povo é quem vai decidir. Se o poso estiver satisfeito com a nossa gestão, e nos deixar administrar Camaragibe por mais quatro anos, vai ser bem vindo, e eu vou ficar bastante feliz e vou trabalhar mais e mais porque em dois anos e meio como prefeito eu aprendi muito. As coisas estão começando a acontecer”, ressaltou.

Jorge Alexandre ainda citou a obra da reforma do Mercado Público da cidade com destaque e reforçou a tranquilidade na corrida eleitoral. “Gestão pública é um pouco diferente da gestão privada, mas estamos caminhando para uma reeleição com muita tranquilidade, com muito pé no chão, com muita clareza, olhando nos olhos do povo e ouvindo o povo. Um grande compromisso nosso foi o Mercado Público uma obra que já tem mais de 30% e iremos entregá-la em abril de 2016”, contou o prefeito. 

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